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CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA Prof. Dr. José Eduardo Gonçalves CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA -(CLAE) É uma técnica cromatográfica que utiliza como FM um líquido e equipamentos sofisticados para separar os componentes de uma amostra pela interação com a FE e a FM. Utiliza-se colunas metálicas e FM pressurizada, obtida com auxílio de bombas de alta pressão, para permitir uma vazão mais rápida da FM. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA -(CLAE) É também conhecida como HPLC, ou de Alta Velocidade, ou de Alta Pressão ou de Alto Desempenho ou, ainda, de Alta Performance. Do Inglês HPLC – High Performance Liquid Chromatography. Cromatografia Líquida de Alta Eficiência - CLAE (HPLC) Equipamento Básico EQUIPAMENTO COMERCIAL CROMATOGRAFIA LIQUIDA Esquema de um equipamento completo para CLAE CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Quais misturas podem ser separadas por CLAE ? Qualquer substancia que puder ser dissolvida (solúvel) no líquido ela poderá ser “carreada” pelo mesmo. Líquidos e sólidos, iônicos ou covalentes com massa molar de 32 ate 4.000.000. FORMA GERAL: CL é aplicável para separação e análise de misturas cujos constituintes sejam solúveis na FM. Não há limitação de volatilidade ou de estabilidade térmica. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Aplicações CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Partes do Equipamento CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Fase Móvel - Solventes DEVE TER ALTO GRAU DE PUREZA. As impurezas da fase móvel podem absorver e diminuir a sensibilidade do detector. DISSOLVER A AMOSTRA SEM DECOMPOR SEUS COMPONENTES. O solvente da amostra, normalmente, é a própria FM ou um dos seus componentes. TER POLARIDADE E VISCOSIDADE ADEQUADAS. NÃO DEGRADAR A FASE ESTACIONÁRIA. Não utilizar fases móveis agressivas. SER COMPATÍVEL COM O DETECTOR UTILIZADO. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Fase Móvel - Água ÁGUA MONO-DESTILADA E DEIONIZADA COMUM SÃO INADEQUADAS. Contaminação de orgânicos voláteis e de orgânicos da resina ÁGUA DEVE SER GRAU HPLC . Purificada com resinas de troca iônica, carvão ativado, filtros de membrana (livre de bactérias). Produzida no momento de uso pois é facilmente recontaminável. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Fase Móvel Filtração da Fase Móvel Essencial. Degaseificação da Fase Móvel Indispensável para o bom funcionamento do sistema. Garante: Reprodutibilidade da vazão: retira ar dissolvido na FM e evita bolhas na bomba; Estabilidade na linha de base: bolhas no detector causam instabilidade da linha de base; CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Partes do Equipamento CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Bombas de Alta Pressão Têm por finalidade enviar um fluxo constante e reprodutível de FM para o sistema cromatográfico. Requisitos: 1. Ser de material inerte; 2. Devem gerar altas pressões: 0,01 a 35 MPa (para análises). 3. Versatilidade: permitir eluição por gradiente CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Eluição Solvente puros ou misturas de solventes de acordo com a polaridade requerida na separação. Eluição isocrática: • Quando a separação feita utilizando um único solvente de composição constante. Eluição com gradiente: • São utilizados dois ou três sistemas de solventes que diferem bastante entre si em polaridade. • Depois que a eluição começa, a razão entre os solventes é variada de modo programado, de forma contínua ou em passos. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Partes do Equipamento CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Injetores Manuais CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Sobrecarga de Volume da Amostra Para aproveitar de todos o pratos que uma coluna possui, não se deve injetar um volume maior que 1 % do volume da coluna vazia. Vmáximo (μL) = (raio) 2(comprimento)(0,01) CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Partes do Equipamento CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Colunas •Remoção de material particulado •Contaminantes do solvente •Contaminantes da amostra •Saturar a FM com a FE Pre-coluna Aumenta a vida útil da coluna COLUNAS TÍPICAS •Material: aço inox •Comprimento: 10 a 30 cm •Diâmetro: 4 a 10 mm •FE: Partículas de 5 a 10 μm •Eficiência: 5 mil a 25 mil pratos/coluna CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Colunas CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Condicionamento da Coluna Necessário para que haja um perfeito equilíbrio da FM e da FE. Coluna nova: 4 – 8 horas. Coluna parada há alguns dias: 2 horas. Coluna de uso diário: 15 minutos. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Fase Estacionária Basicamente são dois tipos de FE: Pelicular: Consiste de leitos de polímero ou vidro não-poroso, esférico, com diâmetros típicos da ordem de 30 a 40 μm, recoberto com uma camada fina e porosa de: • Sílica • Alumina • Resina de poliestireno-divinil-benzeno • Resina trocadora de íons Partícula porosa: Consiste de micro-partículas porosas com diâmetros de 3 a 10 μm. As partículas são constituídas dos mesmos materiais do recobrimento pelicular. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Cromatografia Líquida com Fase Ligada CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Fases Estacionárias Quimicamente Ligadas CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Reação Siloxano CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Fases Móveis CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE HPLC – Fase Reversa CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Partes do Equipamento Dispositivos que examinam continuamente o material eluído, gerando sinal quando da passagem de substâncias. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Detectores Ideal: cada substância separada aparece como um PICO no cromatograma. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Detectores Absorção: Fotométrico: λ fixo. Espectrofotométrico: λ variável. Espectrofotométrico por arranjo de diodos. Índice de Refração Fluorescência Espalhamento de Luz Espectrometria de Massas Dicroísmo Circular Eletroquímico 70 % de análises publicadas utilizam CLAE com detectores UV/Vis Ao contrário da CG, onde a FM se comporta como um gás ideal e não contribui para o processo de separação, a FM líquida da CLAE interage tanto quanto a FE com os componentes da amostra. Isto torna o desenvolvimento dos métodos em CLAE um tanto mais complexo que na CG. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Vantagens FE é utilizada várias vezes. Versatilidade: único requisito é a solubilidade da amostra na FM. Tempo reduzido de análise. Alta resolução. Boa para análise qualitativa: Parâmetros para identificação: tR, espectro de absorção no UV (detector de arranjo de diodos), espectro de massas Bons resultados quantitativos: desvios inferiores a 5%. Boa detectabilidade: Absorção UV-Vis de variável: 10-10 g; Fluorescência: 10-12 g. Automação. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Desvantagens Alto custo do equipamento. Alto custo de manutenção do equipamento. Não existe um detector universal com boa detectabilidade e baixo custo: Índice de refração: baixa detectabilidade (10-6 g), pouco estável. Espectrômetro de massas: ~ US$ 150.000 Experiência do operador. • Lavar um sistema com tampão usando orgânico puro: precipitação. • Injetar amostras que podem precipitar na fase móvel: testar miscibilidade. • Usar HCl, H2SO4 ou CCl3 degradado emsistema de aço inox: corrosão do sistema. • Deixar a bomba trabalhar seca: danificação dos selos. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Dicas do que não fazer em CLAE! • Usar fita de Teflon para vedar conexões: sem efeito e pode causar entupimento. • Deixar o sistema parado com fase móvel contendo tampão ou ácidos/bases fortes: cristalização = danificação dos selos da bomba, injetor, entupimento do detector. • PERDER A PACIÊNCIA!!!! CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Dicas do que não fazer em CLAE! 1 - CAROL H. COLLINS, GILBERTO L. BRAGA, PIERINA S. BONATO (coordenadores), Fundamentos de Cromatografia, Editora da Unicamp, Campinas, 2006. 2 - L.R. SNYDER, J. J. KIRKLAND, J. L. GLAJCH, Practical HPLC Method Development, 2º ed., John Wiley & Sons, 1997. 3 - V.R. MEYER, Practical High-Performance Liquid Chromatography, 4o ed., John Wiley & Sons, 2004. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Referências Bibliográficas 4 - D. A. SKOOG, F. J. HOLLER, T. A. NIEMAN, Princípios de Análise Instrumental, 5° ed., Bookman, 2002. 5 - F.R. de AQUINO NETO, D.S.S. NUNES, Cromatografia Princípios Básicos e Técnicas Afins, Interciência, Rio de Janeiro, RJ, 2003. 6 - D. C. HARRIS. Análise Química Quantitativa, LTC, Rio de Janeiro, 2005. CROMATOGRAFIA LÍQUIDA – CLAE Referências Bibliográficas
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