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livro corrosao e selecao de materiais - Universo EAD

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Fisiologia 
1 
Corrosão e Seleção de 
Materiais 
Paulo César Oliveira Carvalho 
1ª
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DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Direção Editorial: Diogo Pereira da Silva e Patrícia Figueiredo Pereira Salgado 
Texto: Paulo César Oliveira Carvalho 
Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes 
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos e Victor Narciso 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca UniversoCampus Niterói 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliotecária responsável: Elizabeth Franco Martins – CRB 7/4990 
 
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se r esponsabilizando a ASOEC 
pelo conteúdo do texto formulado. 
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedor a 
da Univer sidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
 
 
C331a Carvalho, Paulo César Oliveira. 
 Corrosão e seleção de materiais / Paulo César Oliveira Carvalho ; revisão 
de Rafael Dias de Carvalho Moraes. – 1. ed. – Niterói, RJ: UNIVERSO. 
Departamento de Ensino a Distância, 2017. 
144 p. : il. 
 
1. Corrosão e anticorrosivos. 2. Materiais - Corrosão. 3. Oxidação - 
Prevenção & controle. 4. Materiais metálicos 5. Materiais não metálicos. 6. 
Meio ambiente - Poluição. 7. Ensino à distância. I. Moraes, Rafael Dias de 
Carvalho. II. Título 
 
CDD 620.11223 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
 Palavra da Reitora 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO EAD, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio dessa 
modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço presentes 
nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio tempo e 
gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se responsável 
pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo 
momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
Seja bem-vindo à UNIVERSO EAD! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
4 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
5 
 Sumário 
Apresentação da disciplina ...................................................................................................... 7 
Plano da Disciplina ..................................................................................................................... 9 
Unidade 1 - Corrosão: Uma Introdução .............................................................................. 13 
Unidade 2 - Estudo dos Principais Meios Corrosivos ....................................................... 33 
Unidade 3 - Estudo dos Mecanismos Básicos De Corrosão............................................ 55 
Unidade 4 - Formas de Corrosão .......................................................................................... 71 
Unidade 5 - Estudo das Heterogeneidades Responsáveis por Corrosão 
Eletroquímica ..................................................................................................... 91 
Unidade 6 - Estudos dos Métodos de Limpeza e de Proteção ....................................105 
Considerações finais ..............................................................................................................133 
Conhecendo o autor ..............................................................................................................134 
Anexos.......................................................................................................................................137 
 
 
 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
6 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
7 
 Apresentação da disciplina 
Caros alunos, 
Esta disciplina objetiva fornecer conhecimento sobre o processo de corrosão 
dos materiais, através do estudo de seus mecanismos, de suas diferentes formas e 
dos principais meios corrosivos. Fornecer, também, conhecimento sobre os 
principais métodos de proteção contra a corrosão, envolvendo avanços 
tecnológicos e aspectos econômicos, além de conhecimentos necessários para que 
vocês possam identificar na prática, as formas de corrosão e saber como evitá-las. 
O fenômeno da corrosão é um fato indesejável, principalmente no cotidiano 
industrial, a importância de seu estudo pode ser quantificada pelos gastos 
efetuados devido ao seu custo direto e prevenção. Além dos custos diretos 
estimados, outros custos de difícil avaliação devem ser considerados por conta da 
corrosão, como a perda de vidas humanas por conta de acidentes provocados por 
vazamento de líquidos ou gases de tubulações danificadas pela corrosão, 
ocasionando, assim, as falhas mecânicas consequentes. 
O estudo da corrosão, tendo em vista à prevenção e o conhecimento de seus 
mecanismos, é de suma importância devido ao impacto que esta pode causar nas 
atividades econômicas, ambientais e na conservação de monumentos públicos. Em 
termos econômicos, o engenheiro quer sempre escolher o material com a 
combinação de propriedades que sejam adequadas e de um preço bem barato, 
além do fator disponibilidade. A abordagem desse interessante e importantíssimo 
assunto será feito dentro de uma linguagem atual e simples. Espero que vocês 
tenham um ótimo aprendizado ao final da discussão desta temática. 
 
Bons estudos! 
 
Corrosãoe Seleção de Materiais 
 
8 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
9 
 Plano da Disciplina 
 
Caros alunos, 
O conteúdo aqui abordado encontra-se na seguinte ordem: 
Unidade 1: Corrosão: Uma introdução 
Nesta unidade sobre a deterioração de um material pela ação do meio 
ambiente que o cerca. Nesta interpretação, podem ser citados desde a erosão, 
ocasionada por ação de fluídos abrasivos em movimento até a oxidação 
eletroquímica de um determinado metal. Nossa disciplina também abordará a 
preocupação que todos devemos ter com o meio ambiente. 
Objetivos da unidade: 
Conceituar e definir aspectos relevantes à deterioração de materiais pela 
oxidação dos mesmos, destacar a relevância dos prejuízos causados pelo 
fenômeno para a sociedade industrial e mostrar como se deve preservar o meio 
ambiente. 
 
Unidade 2: Estudo dos Principais Meios Corrosivos. 
Nesta unidade, vamos concentrar a abordagem na oxidação e corrosão de 
metais. A oxidação é a reação química direta entre o metal e o oxigênio 
atmosférico (O2). Basicamente será mostrado um conceito negativo o qual todos 
os materiais podem ser até certo ponto suscetíveis à degradação ambiental. 
Objetivos da unidade: 
Fornecer ao aluno conhecimento sobre o processo de corrosão dos materiais, 
através do estudo de seus mecanismos, de suas diferentes formas e dos principais 
meios corrosivos. Mostrar porque determinados materiais tendem a ser estáveis ou 
instáveis em ambientes que lhes são específicos. 
 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
10 
Unidade 3- Estudo dos mecanismos básicos de corrosão 
Nessa Unidade, veremos que dependendo do material e o meio de corrosão 
envolvido irá predominar um mecanismo de corrosão, que poderá ser de dois 
tipos: Eletroquímico ou Químico. 
Objetivos da unidade: 
Identificar as diferentes formas, tipos e princípios do processo de corrosão; 
Compreender um processo corrosivo; Identificar o tipo de corrosão, avaliar a taxa 
de corrosão nos materiais metálicos. 
 
Unidade 4 - Formas de Corrosão 
Nesta unidade, iremos tratar sobre as formas de corrosão, que nada mais são 
do que as classificações em relação à aparência e morfologia. 
Os processos que provocam a corrosão são considerados reações químicas 
heterogêneas ou reações eletroquímicas que ocorrem geralmente na superfície de 
separação entre o metal e o meio corrosivo. 
Objetivos da unidade: 
Descrever a natureza do processo de deterioração para cada forma de corrosão 
a ser estudada. 
Descrever o mecanismo proposto de cada uma destas formas. 
 
Unidade 5 - Estudo das Heterogeneidades responsáveis por corrosão 
eletroquímica 
Nesta unidade, iremos tratar sobre as características da corrosão associadas ou 
apresentadas sob múltiplas situações, capazes de produzir degradação do material, 
envolvendo diferentes tipos que agravam a perda de massa e a redução acelerada 
das propriedades mecânicas e físico-químicas do material. 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
11 
 
Objetivos da unidade: 
Explicar os mecanismos de deterioração em metais, polímeros e cerâmica; 
Identificar as diferenças entre corrosão e oxidação em metais; 
Descrever os mecanismos de deterioração de concreto. 
 
Unidade 6 - Estudos dos Métodos de Limpeza/Métodos de Proteção 
Nesta unidade, abordaremos os principais Métodos de Limpeza, assim como os 
Métodos de Proteção Após a compreensão dos primeiros métodos de 
revestimentos aplicados nas superfícies metálicas com objetivo de proteger contra 
a corrosão, serão definidos os conceitos e características dos sistemas de pintura 
através de fluxogramas que mostram os principais constituintes. Ao final, será 
apresentado o método de proteção catódica por corrente impressa e/ou através de 
ânodos de sacrifícios. 
Objetivos da unidade: 
Identificar as diferentes impurezas metálicas; Compreender e identificar os 
meios de remoção das impurezas metálicas. Aplicar diferentes técnicas de proteção 
da superfície metálica através de revestimentos metálicos. Identificar e classificar os 
processos de revestimentos não metálicos. Aplicar técnicas de tratamento de 
superfícies metálicas através do uso de revestimentos não metálicos inorgânicos. 
Identificar e classificar as tintas e seus elementos constituintes. Classificar os 
diferentes mecanismos de proteção. Classificar e identificar os diferentes sistemas 
de pintura. 
 
Bons estudos! 
 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
12 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
13 
 
1 Corrosão: Uma Introdução 
 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
14 
Caro Aluno, 
A corrosão, como já foi citado, é um fato! Um fato muito indesejado. Este 
vocábulo é usado de forma abrangente, e interpretado de maneira muito difusa 
como sendo a deterioração de um material pela ação do meio ambiente que o 
cerca. Nesta interpretação, podem ser citados desde a erosão, ocasionada por ação 
de fluídos abrasivos em movimento até a oxidação eletroquímica de um 
determinado metal. Nossa disciplina também abordará a preocupação que todos 
devemos ter com o meio ambiente. 
 
Objetivos da unidade: 
Conceituar e definir aspectos relevantes à deterioração de materiais pela 
oxidação dos mesmos, destacar a relevância dos prejuízos causados pelo 
fenômeno para a sociedade industrial e mostrar como se deve preservar o meio 
ambiente. 
 
Plano da unidade: 
 Conceito de Corrosão 
 Importância e Custos de corrosão Mundial e no Brasil 
 Corrosão e deterioração de Materiais e preservação do meio ambiente 
 
Bons estudos! 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
15 
 Conceito de Corrosão 
A deterioração de um dado material, geralmente metálico, devido à ação 
química ou eletroquímica do meio ambiente é assim definida como sendo 
corrosão. Esta degradação poderá ou não ser aliada a esforços mecânicos. 
Conforme cita Gentil (2003), a deterioração causada pela interação físico-química 
entre o material e o seu meio operacional representa alterações prejudiciais 
indesejáveis, sofridas pelo material, tais como desgaste variações químicas ou por 
modificações estruturais, tornando este material inadequado para o uso. 
A corrosão é, geralmente, um processo espontâneo, estando constantemente 
a transformar os materiais metálicos de modo que a sua durabilidade e 
desempenho deixem de satisfazer os objetivos e finalidades a que se destinam. 
Problemas relacionados à corrosão são frequentes, ocorrendo nas mais diversas 
atividades, como por exemplo, em indústrias químicas, petroquímica, petrolífera, 
de construção civil, naval, de transportes entre outros segmentos. 
As perdas econômicas que afetam essas atividades podem ser classificadas em: 
a) Perdas diretas: 
a.1) Os custos de substituição das peças ou equipamentos que sofreram 
corrosão, incluindo-se energia e mão de obra; 
a.2) Os custos e a manutenção dos processos de proteção (proteção catódica, 
recobrimentos, pinturas etc.). 
b) Perdas indiretas: 
b.1) Paralisações acidentais – para limpeza de caldeiras; para a substituição de 
uma tubulação corroída. 
b.2) Perda de produto, como perdas de óleo, gás, água ou soluções através de 
tubulações corroídas até se realizar o reparo. 
b.3) Perda de eficiência – diminuição da troca de calor através de produtos de 
corrosão em trocadores de calor; entupimento ou perda de carga em tubulações 
de água, obrigando a custo mais elevado de bombeamento, devido à incrustações 
de produtos de corrosão. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
16 
b.4) Contaminação de produtos – arraste, por intermédio da água, de 
produtos de corrosão, como óxidos de ferro, tornando-se não potável para o 
consumohumano ou para o uso industrial alimentício; alteração nas 
tonalidades de corantes devido a traços de metais; equipamentos de chumbo 
são proibidos na preparação de alimentos e bebidas, devido às propriedades 
tóxicas dos sais de chumbo formados. 
b.5) Superdimensionamento nos projetos – fator comum no dimensionamento 
de reatores, paredes de oleodutos, tanques, estruturas navais etc. Em alguns casos, 
não há informações quanto à previsão do período de vida de materiais metálicos 
em determinados meios, como exemplo, o armazenamento de lixo nuclear de alto 
nível, em depósitos profundos, sendo exigidos pelo Congresso norte-americano 
(de 300 a 1.000 anos). 
Segundo Callister, Jr. (2012), a maioria dos materiais apresenta algum tipo de 
interação com um grande número de ambientes diferentes que, com frequência, 
comprometem a sua utilização em decorrência da deterioração de suas 
propriedades mecânicas, por exemplo, a ductilidade e a sua resistência, além de 
outras propriedades físicas ou ainda de sua aparência. 
Os mecanismos de deterioração são distintos para os três tipos de materiais de 
engenharia. Nos metais ocorre uma perda de material. 
 Importância e custos de corrosão mundial e no Brasil 
A corrosão tem um grande impacto econômico, ambiental e de segurança na 
sociedade industrial, que pode ser mensurado pela análise dos seus custos diretos 
e indiretos. 
Os custos diretos são aqueles atribuídos aos proprietários ou operadores das 
estruturas, fabricantes de produtos e fornecedores de serviços, relacionados com: 
 Seleção de materiais mais resistentes e aumentos de espessuras; 
 Utilização de revestimentos, inibidores de corrosão, técnicas 
eletroquímicas; 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
17 
 Inspeção, manutenção e reparação; 
 Controle das condições ambientais; 
 Perdas de produtividade. 
 
Os custos indiretos são os custos não pagos pelos donos ou operadores e 
frequentemente ignorados, relacionados com: 
 O impacto no ambiente, na qualidade da água e do ar; 
 A preservação de monumentos; 
 A segurança das pessoas e bens; 
 A saúde pública; 
 Sustentabilidade dos recursos naturais. 
 
O governo brasileiro anunciou que vai investir R$ 5,8 bilhões até 2018 em um 
programa de recuperação de pontes e viadutos em rodovias federais no País. O 
Programa de Reabilitação de Obras de Arte Especiais (Proarte) partiu da 
constatação de que 10% das estruturas deste tipo ou 500 pontes e viadutos estão 
em péssimo estado de conservação e demandam reparos imediatos. 
Nos EUA a situação é muito semelhante. Um programa similar só foi lançado 
depois que uma ponte desabou, com vítimas fatais, em 2007, em Minneapolis. Em 
2003, a sociedade americana dos engenheiros da construção civil já havia 
denunciado que 27% das pontes nos Estados Unidos apresentavam falhas 
estruturais ou corrosão. Seria necessário investir aproximadamente US$ 10 bilhões 
por ano durante duas décadas para eliminar todas as falhas. 
Estudos da década de 1970, nos EUA estimavam os custos da corrosão naquele 
país em cerca de 4% do PIB, o que atualmente chega a quase US$ 600 bilhões. Em 
1982, o Departamento de Comércio daquele país estimou os custos em 126 bilhões 
de Dólares. Já no início da década de 1990, foram estimados os custos de 200 
bilhões de dólares por ano. Para o ano 2000, segundo o Banco Mundial, a 
estimativa foi de US$ 350 bilhões. Neste mesmo ano, no Brasil, o custo estimado foi 
de US$ 21 milhões para um PIB de 600 milhões de dólares. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
18 
Um quinto da produção mundial de aço é destinado a repor perdas causadas 
pela corrosão. Boa parte desses gastos poderia ser economizada se melhores 
práticas de manutenção fossem adotadas. 
Além dos custos diretos estimados, alguns custos de difícil avaliação devem 
ser considerados devido a sua corrosão. Assim: 
a) Custos incalculáveis como a morte de seres humanos devido a acidentes 
provocados por falhas mecânicas decorrentes da corrosão ou vazamento 
de líquidos ou gases em tubulações; 
b) Prejuízos causados ao patrimônio histórico, cultural e artístico 
ocasionados não só pela chuva ácida, mas por qualquer ambiente 
agressivo, como nos monumentos situados à beira mar, segundo Gentil 
(2003), os custos da recuperação da estátua da liberdade em Nova York 
atingiram a cifra de 780 mil dólares. 
c) Danos ao meio ambiente pela introdução localizada dos produtos de 
corrosão, ou acidentes com despejo de materiais tóxicos, como o 
rompimento de dutos ou naufrágios de petroleiros ou graneleiros, 
causados pela corrosão. 
 Corrosão e deterioração de Materiais e preservação do 
meio ambiente 
Neste subitem iremos tratar corrosão como a deterioração de um material, 
geralmente metálico, por ação química ou eletroquímica do meio ambiente aliada 
ou não a esforços mecânicos. Essa deterioração nada mais é do que alterações 
prejudiciais indesejáveis, tais como desgaste, variações químicas ou modificações 
estruturais, tornando-o inadequado para o uso. 
Segundo Callister (2005), ambientes corrosivos são aqueles que incluem a 
atmosfera, as soluções aquosas, os solos, os ácidos, as bases, os solventes 
inorgânicos, os sais fundidos, metais líquidos e o nosso corpo. De um modo 
geral, a corrosão atmosférica é responsável pelas maiores perdas, pois a umidade 
contém oxigênio dissolvido é o principal agente corrosivo, mas existem outras 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
19 
substâncias que contribuem para isto, como compostos à base de enxofre e o 
cloreto de sódio (atmosferas marinhas). As soluções de ácido sulfúrico (chuva 
ácida) em ambientes industriais também causam a corrosão. Os metais mais 
comuns para serem usados para aplicações atmosféricas são o alumínio, o cobre 
e as suas ligas, além do aço galvanizado. 
A água do mar é, geralmente, mais corrosiva do que a água dos rios e lagos 
não salobres, produzindo normalmente as corrosões por pites e em frestas, cujos 
mecanismos serão explicados mais adiante. Utilizam-se o ferro fundido, o aço, o 
alumínio, o cobre, latão e alguns aços inoxidáveis para aplicação de 
armazenamento e dutos de água doce. Para utilização em água salgada, 
recomenda-se o titânio, o latão, alguns bronzes, ligas cobre-níquel e as ligas de 
níquel-cromo-molibdênio. 
Os solos apresentam uma enorme variedade de composições, portanto são 
bem suscetíveis à corrosão. As variáveis destas composições incluem a umidade, o 
teor de oxigênio, teores de sais, a alcalinidade e a acidez, assim como a presença de 
algumas bactérias. Para estes casos são indicados o ferro fundido e os aços comuns 
ao carbono, tanto com revestimentos superficiais de proteção quanto sem esses 
revestimentos, visto que são materiais baratos para compor estruturas 
subterrâneas. 
Processos que determinam o “fim” dos materiais 
 Corrosão e deterioração 
 Corrosão de metais 
 Corrosão de materiais cerâmicos 
 Degradação de polímeros 
 Desgaste mecânico (estudado pela Tribologia, parte da física aplicada 
que estuda o fenômeno do atrito em suas diversas manifestações.) 
 Desgaste abrasivo 
 Erosão 
 Cavitação. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
20 
Figura 1 – Ciclo de vida de um determinado produto. 
 
Fonte: adaptado pelo autor. 
Para os três tipos de materiais de engenharia, os mecanismos de deterioração 
são diferentes: 
 Metais: a deterioração ocorre pela dissolução do material, com ou sem a 
formação de produtos sólidos (óxidos, sulfetos, hidróxidos). Esse 
fenômeno é denominado corrosão. 
 A deterioração também pode ocorrer pela reação em atmosferas a alta 
temperatura, formando camadas de óxidos. Esse fenômeno se chama 
oxidação. Ambos são processoseletroquímicos. 
 Cerâmicas: a deterioração (que também pode ser chamada corrosão) 
ocorre somente em temperaturas elevadas ou em ambientes muito 
agressivos. Estes materiais são muito resistentes à deterioração. 
 Polímeros: os mecanismos de deterioração são diferentes daqueles dos 
metais e cerâmicas, mencionados acima. A deterioração deste tipo de 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
21 
material é denominada degradação. Alguns tipos de solventes líquidos 
podem provocar dissolução ou expansão (quando o solvente é absorvido 
pelo polímero) nos polímeros. Podem também ocorrer alterações na 
estrutura molecular dos polímeros pela exposição a radiações 
eletromagnéticas (luz; raios-X) ou calor. 
 
A prevenção contra a corrosão pode ser obtida por diversos meios, a saber: 
 Seleção de metais e ligas que se caracterizam por resistirem à corrosão. 
 Alteração do ambiente; 
 Emprego de revestimentos superficiais, os quais constituem uma película 
protetora que separa o meio ambiente do metal-base; 
 Proteção catódica. 
 
Com relação à seleção adequada de metais e ligas, emprego de revestimentos 
superficiais e a proteção catódica serão feitas abordagens mais detalhadas no 
decorrer deste livro. 
Alteração do ambiente - Isto não significa propriamente usar um meio 
diferente, mas sim tentar alterar suas características corrosivas, diminuindo sua 
capacidade de ataque corrosivo (CHIAVERINI, 1986). 
Segue abaixo alguns métodos empregados para a alteração do ambiente 
corrosivo, segundo Fontana (1978). 
 Diminuição da temperatura 
 Diminuição da velocidade 
 Remoção do oxigênio e de substâncias oxidantes 
 Modificação da concentração 
 Utilização de inibidores. 
A redução da temperatura do meio, geralmente, proporciona um decréscimo 
considerável do ataque corrosivo, excetuando-se o caso da água salgada, onde, se 
houver uma elevação da sua temperatura até seu ponto de ebulição, irá ocorrer 
uma queda de solubilidade do oxigênio e ela se tornará menos corrosiva que a 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
22 
água quente. De certo modo, temperaturas elevadas aceleram o ataque corrosivo, 
pois na maioria dos meios, essa elevação de temperatura aumenta o poder 
oxidante do meio, mesmo nos casos de materiais resistentes à corrosão. 
Quanto ao decréscimo da velocidade do meio se trata de um método comum 
para diminuir o ataque corrosivo, porque altas velocidades do meio podem 
provocar a remoção das películas protetoras (corrosão-erosão), resultando num 
ataque corrosivo acelerado. Exceções são feitas aos aços inoxidáveis e o titânio que 
se tornam mais passivos quando a velocidade do meio é elevada. 
A remoção de oxigênio e de substâncias oxidantes do meio pode ser 
conseguida por eliminação de ar, por tratamento a vácuo, pela adição de 
elementos desoxidantes e, eventualmente, outros meios (Chiaverini, 1986). 
A modificação da concentração do meio é um método eficiente; um exemplo a 
ser citado é a eliminação de íons de cloreto da água de resfriamento de reatores 
nucleares, diminuindo a sua capacidade corrosiva. 
Em alguns casos, porém, o aumento da concentração do meio pode atuar no 
sentido de favorecer a resistência à corrosão. Exemplificando: Os ácidos sulfúrico, 
acético e outros tornam-se inertes com 100% de concentração (puros), a 
temperatura moderadas, porque sua ionização se torna reduzida. 
Os inibidores são substâncias adicionadas em pequenas partes no meio com o 
objetivo de reduzir a velocidade da reação de corrosão. Substâncias com essas 
características são usadas como um dos melhores métodos para proteção contra 
corrosão. Muitas pesquisas têm sido estimuladas por várias indústrias, visando à 
utilização de novos compostos com esse objetivo. 
Propriedade e mecanismos de ação dos inibidores. 
 Redução de ação de catalisadores devido à possibilidade de os inibidores 
ficarem adsorvidos nesses catalisadores; 
 Queda e eficiência térmica; 
 Possibilidade de um inibidor proteger um material metálico e ser 
corrosivo para determinado metal, como ocorre com as aminas, que 
protegem aço, mas atacam o cobre as suas ligas. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
23 
Exemplos: 2Na2SO3 + O2 2Na2SO4 
 (INIBIDOR) 
 Na2H4 + O2 Na2 + 2H2O 
 (INIBIDOR) 
Classificação dos Inibidores. 
 Quanto à composição: inibidores orgânicos e inorgânicos; 
 Quanto ao comportamento: inibidores oxidantes, não oxidantes, 
anódicos, catódicos e de adsorção. 
Nesta unidade serão apenas evidenciadas considerações sobre os inibidores 
anódicos, catódicos e de adsorção. 
Inibidores Anódicos 
São aqueles que atuam reprimindo as reações anódicas, ou seja, RETARDAM 
ou IMPEDEM a reação do ANODO (é um elétrodo através do qual a carga elétrica 
positiva flui para o interior de um dispositivo elétrico polarizado). Funcionam, 
geralmente, reagindo com o produto de corrosão inicialmente formado, 
ocasionando um filme aderente e insolúvel, na superfície do metal, ocorrendo a 
polarização anódica. Substâncias como hidróxidos, carbonatos, silicatos, boratos e 
fosfatos terciários de metais alcalinos são inibidores anódicos, porque reagem com 
os íons metálicos M n+ produzidos no anodo, formando produtos insolúveis que 
têm ação protetora. Exemplo: 
CO32- + 2H2O 2OH-+ H2CO3 
OBS.: A polaridade do ânodo em relação ao cátodo pode ser positiva ou 
negativa, dependendo da forma como o dispositivo funciona. De fato, como os 
íons negativos são chamados de ânions, há a tendência para se associar a palavra 
"ânodo" ao polo negativo (ou ao positivo, se pensarmos que este atrai os íons 
negativos), contudo a polaridade do ânodo depende da forma como se está a 
interpretar a corrente elétrica na célula eletroquímica onde esta tem origem, e que 
pode ser galvânica ou eletrolítica. Assim, o ânodo é positivo num dispositivo que 
consome energia e é negativo num dispositivo que fornece energia. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
24 
Inibidores Catódicos 
Atuam com repressão às reações catódicas. São substâncias que fornecem 
íons metálicos capazes de reagir com a alcalinidade catódica, produzindo 
compostos insolúveis. Esses compostos insolúveis envolvem a área catódica, 
impedindo a difusão do oxigênio e a condução de elétrons inibindo assim o 
processo catódico. 
A ação inibidora, com esse mecanismo, ocorre em águas com dureza 
temporária, isto é, água contendo bicarbonato de cálcio ou de magnésio. A reação 
no catodo é: 
HCO3-+ OH- CO22- + H2O 
Havendo precipitação da CaCo3, que recobre a área catódica. 
Os inibidores catódicos agem, portanto, fazendo uma polarização catódica, e 
como o metal, no catodo, não entra em solução mesmo que esse não seja 
totalmente coberto, não haverá corrosão localizada nessas áreas. Assim, esses 
inibidores, quaisquer que sejam as suas concentrações, são considerados mais 
seguros, o que não ocorre com os anódicos, como visto anteriormente. 
Inibidores de Adsorção 
Funcionam como películas protetoras. Algumas substâncias têm a capacidade 
de formar películas sobre as áreas anódicas e catódicas, interferindo com a ação 
eletroquímica. Nesse grupo estão incluídas substâncias orgânicas com grupos 
fortemente polares que dão lugar à formação de películas por adsorção. Entre elas 
estão os coloides, sabões de metais pesados e substâncias orgânicas com átomos 
de oxigênio, nitrogênio ou enxofre, podendo-se citar os aldeídos, aminas, 
compostos heterocíclicos nitrogenados, ureia e tiouréia substituídas. 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
25 
As películas de proteção ocasionadas pelos inibidores de adsorção sãoafetadas por diversos fatores, tais como velocidade do fluido, volume e 
concentração do inibidor usado para tratamento, temperatura do sistema, tipo de 
substrato eficaz para adsorção do inibidor, tempo de contato entre o inibidor e a 
superfície metálica e a composição do fluído do sistema. Para comprovar a ação 
desses fatores podemos citar os inibidores que na concentração de 0,2% só são 
eficazes até as temperaturas indicadas (ºC): 
Cicloexilamina ..................................... 32ºc 
Ácido naftênico ...................................46ºc 
Ácido linólico ......................................46ºc 
Acido esteárico, laurato de zinco ........88ºc 
 
Os inibidores de adsorção são eficazes, mesmo em pequenas concentrações, 
como mostram os valores de diferentes inibidores usados para evitar o ataque por 
ácidos em concentração de até 10%, segundo Eldredge: 
Sulfeto de butila ....................................0,003% 
0,toliltiouréia ........................................0,0034% 
Feniltioureia ..........................................0,009% 
Tioureia.................................................0,011% 
 
Em certos casos, o oxigênio funciona também como inibidor de adsorção, 
produzindo a passivação. Algumas substâncias só tem ação inibidora em presença 
de oxigênio, talvez criando condições mais favoráveis para a sua adsorção. Entre 
essas substâncias estão o hidróxido de sódio, fosfato de sódio, silicato de sódio e 
tetraborato de sódio. Além do filme de oxigênio adsorvido, a proteção é 
suplementada por filmes de silicatos, fosfatos de ferro etc. 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
26 
Entre os inibidores usados na indústria de petróleo, encontram-se as aminas 
de ácidos graxos, que são adsorvidos pelas superfícies metálicas, formando um 
filme protetor, impedindo o contato com o meio corrosivo. Elas apresentam 
propriedades de detergência, o que permite boa umectância e remoção de 
qualquer produto de corrosão existente possibilitando o contato que é essencial, 
da superfície metálica com o inibidor. 
Estamos encerrando a unidade. Sempre que tiver uma dúvida entre em contato 
com seu tutor virtual através do ambiente virtual de aprendizagem e consulte 
sempre a biblioteca do seu polo. 
 
 
 
É hora de se avaliar 
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ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
27 
 Exercícios – Unidade 1 
1. Em 1872, Robert Angus Smith criou o termo “chuva ácida”, descrevendo 
precipitações ácidas em Manchester após a Revolução Industrial. Trata-se do 
acúmulo demasiado de dióxido de carbono e enxofre na atmosfera que, ao 
reagirem com compostos dessa camada, formam gotículas de chuva ácida e 
partículas de aerossóis. A chuva ácida não necessariamente ocorre no local 
poluidor, pois tais poluentes, ao serem lançados na atmosfera, são levados pelos 
ventos, podendo provocar a reação em regiões distantes. A água de forma pura 
apresenta pH 7, e, ao contatar agentes poluidores, reage modificando seu pH para 
5,6 e até menos que isso, o que provoca reações, deixando consequências. Fonte:: 
http://www.brasilescola.com. Acesso em: 18 maio 2010 (adaptado). 
O texto aponta para um fenômeno atmosférico causador de graves problemas 
ao meio ambiente: a chuva ácida (pluviosidade com pH baixo). Esse fenômeno tem 
como consequência: 
a) A corrosão de metais, pinturas, monumentos históricos, destruição da 
cobertura vegetal e acidificação dos lagos. 
b) A diminuição do aquecimento global, já que esse tipo de chuva retira 
poluentes da atmosfera. 
c) Ca destruição da fauna e da flora, a redução dos recursos hídricos, com o 
assoreamento dos rios. 
d) As enchentes, que atrapalham a vida do cidadão urbano, corroendo, em 
curto prazo, automóveis e fios de cobre da rede elétrica. 
e) A degradação da terra nas regiões semiáridas, localizadas, em sua 
maioria, no nordeste do nosso país. 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
28 
2. O fenômeno causado pela excesso de poluição da atmosfera pode acarretar 
muitos problemas para as plantas, animais, solo, água, construções e também às 
pessoas. Entre as opções abaixo destaque aquela que indica um fenômeno que 
reage com metais e carbonatos atacando muitos materiais usados na construção 
civil, como mármore e calcários. 
a) Chuva Ácida. 
b) Poluição Ambiental. 
c) Poluição Atmosférica. 
d) Efeito Estufa. 
e) Smog. 
 
3. A respeito de corrosão, assinale a afirmativa INCORRETA. 
a) Corrosão é a deterioração de um metal por ação química ou 
eletroquímica de um determinado meio corrosivo. 
b) Corrosão é o desgaste de metais pela ação abrasiva de fluidos em 
movimento. 
c) O processo de corrosão é uma reação que ocorre espontaneamente. 
d) Os processos de corrosão podem ser considerados como reações de 
oxidação. 
e) Todos os metais estão sujeitos ao ataque corrosivo, se o meio for 
suficientemente agressivo. 
 
4. Sabe-se que a chuva ácida é formada pela dissolução, na água da chuva, de 
óxidos ácidos presentes na atmosfera. Entre os pares de óxidos relacionados, qual é 
constituído apenas por óxidos que provocam a chuva ácida? 
a) Na2O e NO2 
b) CO2 e MgO 
c) CO2 e SO3 
d) CO e NO2 
e) CO e NO. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
29 
5. Todos os meios apresentados abaixo podem causar corrosão. Contudo, 
apenas um deles causa corrosão eletroquímica nos metais. Qual? 
a) Oxigênio. 
b) Nitrogênio. 
c) Vapor de água. 
d) Água do mar. 
e) Dióxido de enxofre. 
 
6. Complete as seguintes frases: 
a) Na corrosão eletroquímica, a velocidade de oxidação é _________________ 
a velocidade de redução. igual 
b) O mar é um meio mais corrosivo que a água doce porque_________. tem 
mais íons. 
c) Se um revestimento catódico apresentar fissuras o metal que se corrói é 
o_____________. metal a proteger. 
d) Um inibidor catódico ______ a velocidade da reação de________. Reduz; 
redução. 
e) O alumínio anodizado é um material que resiste bem à corrosão em 
determinados meios porque tem ________ de alumínio na_____________, que 
isola do___________. Óxido; sua superfície; exterior. 
 
7. Qual o tipo mais comum de corrosão em metais? 
a) Química; 
b) Eletrolítica; 
c) Eletroquímica; 
d) Eletrostática; 
e) Oxidação anódica. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
30 
8. Segundo o que foi abordado nesta unidade, conceitue: 
a) O que são inibidores? 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
b) Quais são os possíveis mecanismos responsáveis pela sua eficiência? 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
9. Cite três medidas que podem ser tomadas para prevenir ou controlar a 
corrosão: 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ______________________________________________________________________________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
31 
10. Em uma fábrica foi feita uma tubulação de ferro contendo juntas (ligação 
entre tubos de ferro) feitas de cobre. Nessa tubulação passa uma solução aquosa. 
Esta empresa está sofrendo de problemas de corrosão na tubulação. Imagine que 
você foi chamado para resolver o problema. Faça então um relatório para o dono 
da empresa explicando porque está ocorrendo corrosão, quais as partes da 
tubulação mais afetadas e uma solução para o problema. ] 
 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
32 
 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
33 
 
2 Estudo dos Principais Meios Corrosivos 
 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
34 
Caro aluno, 
Ao iniciarmos esta unidade, vamos concentrar a abordagem na oxidação e 
corrosão de metais. A oxidação é a reação química direta entre o metal e o oxigênio 
atmosférico (O2). Segundo Shackelford (2010), existem diversos mecanismos para a 
formação de camadas de óxidos nos metais, sendo cada um deles diferenciado por 
um tipo específico de difusão através da camada. Para alguns metais, o 
revestimento óxido (ferrugem superficial) é tenaz fornecendo proteção contra 
outros ataques ambientais, já para outros, este revestimento pode ocasionar 
trincas e deixando de ser protetor. Basicamente será mostrado um conceito 
negativo o qual todos os materiais podem ser até certo ponto suscetíveis à 
degradação ambiental. 
 
Objetivos da unidade: 
Fornecer ao aluno conhecimento sobre o processo de corrosão dos materiais, 
através do estudo de seus mecanismos, de suas diferentes formas e dos principais 
meios corrosivos. Mostrar porque determinados materiais tendem a ser estáveis ou 
instáveis em ambientes que lhes são específicos. 
 
Plano da unidade: 
 Corrosão Atmosférica. 
 Corrosão pelo Solo. 
 Corrosão pelas Águas. 
 
 
Bons estudos! 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
35 
 Corrosão Atmosférica 
Geralmente, metais e suas ligas formam compostos óxidos estáveis sob 
exposição ao ar em temperaturas elevadas. Existem algumas exceções muito 
importantes, como o ouro, são extremamente valorizadas. Pode-se demonstrar a 
estabilidade dos óxidos metálicos através dos seus pontos de fusão relativamente 
altos em comparação com o metal puro. Como exemplo, o Alumínio (Al) se funde a 
660 ºC, enquanto o Al2O3se funde a 2.054 ºC. À temperatura ambiente, essas 
camadas de óxido superficiais poder se formar em alguns metais. Para alguns 
deles, a reatividade com o oxigênio do ar, pode ser uma limitação para sua 
aplicação em engenharia, já para outros, filmes de óxidos na superfície podem 
proteger o metal contra um ataque ambiental mais severo. 
Segundo Gentil (2003), a importância da atmosfera, como meio corrosivo, pode 
ser confirmada pelo grande número de publicações científicas relacionadas com 
ensaios de corrosão utilizando diferentes materiais metálicos e prolongados 
períodos de exposição, nos mais diferentes países. Assim, o estudo das variáveis 
que influenciam no processo de corrosão atmosférica, é de fundamental 
relevância, haja vista que grande parte dos materiais presentes no cotidiano está 
susceptível ao processo de degradação. No Brasil, Brambilla (2009), aponta, como 
exemplo, a maioria dos metais das linhas de distribuição e transmissão de energia 
elétrica, bem como de comunicação de dados, tais como: cabos, torres, linhas 
telefônicas, acessórios de rede, entre outros. Com base em sua pesquisa propõe 
abordar diversos aspectos para a determinação da taxa de corrosividade e de 
deterioração de aço carbono da rede aérea de distribuição de energia elétrica (RD) 
da região metropolitana de Salvador-BA. Saliba (2013) utiliza em seu trabalho 
amostras planas de aço galvanizado com revestimento organometálico de tanque 
combustível, provenientes de dois tipos de fabricantes, foram estudadas; e 
amostras de aço galvanizado foram utilizadas como referência. O estudo focou 
mais especificamente na corrosão da parte externa do tanque, que se encontra 
exposta ao ambiente atmosférico. 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
36 
Embora as atmosferas possam ser classificadas em quatro tipos básicos: urbana, 
Industrial, Marítima ou Rural. Muitas, estas apresentam características mistas, além 
de não haver uma demarcação definida para cada tipo. Ainda pode haver locais 
com micro- climas de características diferentes da região em que se encontram. 
Gentil (2003), cita que, em decorrência do custo elevado das perdas por 
corrosão atmosférica, estimado em cerca de metade do custo total, foi 
desenvolvido um projeto denominado “Mapa Ibero-Americano de 
Corrosividade Atmosférica”, a fim de caracterizar e classificar a corrosividade 
atmosférica de diversas estações de ensaio distribuídas pelos países da 
Comunidade ibero-americana. Já os EUA instituíram um programa de 10 anos 
de pesquisa, denominado The National Acid Precipitation Assessment Program 
(NAPAP), para otimizar os conhecimentos de causas e efeitos de precipitação 
ácida ou deposição atmosférica. 
Nos países da Europa foram criados programas de exposição durante oito anos 
para a contabilização dos efeitos de poluentes atmosféricos em metais estruturais, 
mármores, revestimentos com tintas e contatos elétricos. 
No Brasil, durante a década de 1990, foi iniciado um estudo desenvolvido pelo 
Laboratório de Corrosão e Proteção do IPT com onze tipos diferentes de materiais 
metálicos, sendo nove sem revestimentos e dois com revestimento. Os ensaios de 
exposição atmosférica foram realizados em três regiões do Estado de São Paulo, 
selecionados de modo a representar as atmosferas rural, urbana e industrial. Os 
resultados obtidos neste estudo permitiram classificar os ambientes de exposição, 
quanto à agressividade aos metais e conhecer o desempenho destes nas 
atmosferas estudadas. A classificação das atmosferas foi feita com base nas taxas 
de corrosão de metais de referência para um ano e para dez anos de exposição 
(Almeida, 1999). 
A ação corrosiva da atmosfera depende dos seguintes fatores: 
 Umidade relativa; 
 Substâncias poluentes (partículas e gases); 
 Temperatura; 
 Tempo de permanência do filme de eletrólito na superfície metálica. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
37 
Outros fatores, além dos acima citados, devem ser considerados como os 
climáticos (intensidade e direção dos ventos), variações cíclicas de temperatura e 
umidade, chuvas e insolação (radiações ultravioleta). 
A classificação da corrosão atmosférica em função do grau de umidade na 
superfície metálica pode ser: Seca,úmida e molhada (SHREIR, 1978). 
 CORROSÃO ATMOSFÉRICA SECA: é aquela que ocorre em atmosfera 
isenta de umidade, sem qualquer presença de filme eletrólito na 
superfície metálica. Ocorre uma oxidação lenta do metal com formação 
do produto da corrosão, podendo ser um mecanismo puramente 
químico, como por exemplo o escurecimento da prata ou do cobre, 
devido à presença de gás sulfídrico (H2S) na atmosfera ou meio ambiente. 
 CORROSÃO ATMOSFÉRICA ÚMIDA: ocorre em atmosferas com umidade 
relativa menor que 100%. Um fino filme de eletrólito se encontra 
depositado na superfície metálica, e a velocidade do processo corrosivo 
depende da umidade relativa, poluentes atmosféricos e a capacidade de 
absorção de água (higroscopicidade) dos produtos de corrosão. Os 
produtos de corrosão podem ser solúveis ou insolúveis. Os produtos de 
corrosão solúveis podem aumentar as taxas de corrosão, quer seja 
aumentando a condutividade do eletrólito sobre a superfície metálica, ou 
por agir higroscopicamente, formando soluções quando a umidade 
ambiental é alta. Por outro lado, os produtos de corrosão insolúveis 
geralmente reduzem a taxa de corrosão, por atuarem como uma barreira 
entre a atmosfera e a superfície metálica. 
Exemplos de substâncias higroscópicas: cloreto de cálcio e de magnésio (CaCl2 
e MgCl2). 
 CORROSÃO ATMOSFÉRICA MOLHADA: a umidade relativa está perto de 
100% e ocorre condensação na superfície metálica, observando-se que a 
superfície fica banhada com o eletrólito. Exemplo – Chuva e névoa salina 
molhando a superfície metálica. 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
38 
Umidade relativa. 
 Relação entre o teor de vapor d’água encontrado no ar e o teor máximo 
que pode existir no mesmo. 
 Nas condições consideradas, é expressa em porcentagem. 
 A influência da umidade na ação corrosiva da atmosfera é acentuada. Por 
exemplo: Ferro. 
 baixa umidade relativa – praticamente não sofre corrosão 
 60% umidade relativa – processo corrosivo lento 
 70% umidade relativa – processo corrosivo acelerado. 
 
Partículas Sólidas Poluentes. 
As partículas sólidas, sob forma de poeiras, existem na atmosfera e a tornam 
mais corrosiva, porque se pode verificar: 
 Deposição de material não metálico, como a sílica, que embora não 
atacando diretamente o material metálico, cria condições de aeração 
diferencial, ocorrendo corrosão localizada abaixo do depósito. As partes 
sujeitas a poeira são as mais atacadas quando estocadas sem nenhuma 
proteção. 
 Deposição de substâncias que retém umidade e são higroscópicas: 
aceleram o processo corrosivo, pois aumentam o tempo de permanência 
da água na superfície metálica. Exemplo: cloreto de cálcio e de magnésio. 
 Deposição de sais que são eletrólitos fortes, como sulfato de amônio e 
cloreto de sódio. Daí a maior corrosão de atmosferas marinhas, devido à 
presença da névoa salina, contendo sais com NaCl e MgCl2. 
 Deposição de material metálico: se o material metálico depositado for 
de natureza química diferente daquele em que estiver depositado, 
poderá ocorrer formação de pilhas de eletrodos de metais diferentes, 
com consequente corrosão do material mais ativo. 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
39 
 Deposição de partículas sólidas que, embora inertes ao material 
metálico, podem reter sobre a superfície metálica gases corrosivos 
existentes na atmosfera: caso de partículas de carvão que, devido ao seu 
alto poder de absorção, retiram, por exemplo, dióxido de enxofre de 
atmosferas industriais, o qual, com a umidade presente, forma ácido 
sulfuroso e sulfúrico. 
 
Gases 
Além dos gases constituintes da atmosfera, principalmente oxigênio e 
nitrogênio, são frequentemente encontrados monóxido de carbono, CO; dióxido 
de carbono, CO2; ozônio, O3; dióxido de enxofre, SO2; trióxido de enxofre, SO3; 
monóxido de nitrogênio, NO; dióxido de nitrogênio, NO2; e, em áreas mais 
localizadas, gás sulfídrico, H2S; amônia, NH3; cloreto de hidrogênio, HCl; fluoreto 
de hidrogênio, H2F2; e cloro, Cl2. Embora haja predominância e maior frequência 
de ocorrência dos gases citados, são encontrados referências de corrosão de cobre 
devido à presença de ácidos orgânicos, como o ácido acético, na atmosfera. 
A presença desses gases está evidentemente associada aos diferentes tipos de 
indústrias, bem como aos combustíveis utilizados. Assim, é comum a presença dos 
que se seguem. O gás carbônico, ou dióxido de carbono, juntamente com o 
monóxido de carbono são normalmente originados da queima de combustíveis, 
como os hidrocarbonetos (gasolina, óleo) e carvão. 
A Amônia (NH3): comum nas atmosferas vizinhas à fábricas de fertilizantes. 
Deve-se evitar nestas regiões instalações de cobre ou suas ligas, pois são bastante 
atacadas pela ação conjunta de amônia, oxigênio e água. Gás sulfídrico (H2S): 
comum em atmosferas próximas à refinarias de petróleo, mangues e pântanos. É 
responsável pelo enegrecimento de cobre e prata e suas ligas, pois há o 
surgimento de sulfeto de cobre e sulfeto de prata, pretos. 
Aparecimento de coloração amarela em materiais de cádmio, devido à 
formação de sulfeto de cádmio. 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
40 
Decomposição de revestimentos com tintas à base de zarcão, óxido de 
chumbo, que ficam pretas devido à formação de sulfeto de chumbo. 
Dióxido e trióxido de Enxofre (SO2 e SO3): são os mais frequentes constituintes 
corrosivos de atmosferas industriais, em função das indústrias utilizarem óleos 
combustíveis contendo, geralmente, de 3 a 4% de enxofre. Esses óxidos, na 
presença de umidade, formam ácidos, o que justifica o fato de as atmosferas 
industriais serem bastante corrosivas. 
Outros fatores prejudiciais. 
a) Temperatura: se for elevada, irá diminuir a possibilidade de condensação 
de vapor d’água na superfície metálica e adsorção de gases; 
b) Tempo de permanência do filme de eletrólito sobre a superfície 
metálica: quanto menor o tempo, menor será a ação corrosiva. 
c) Chuvas: podem ser benéficas, solubilizando os sais presentes nas 
superfícies metálicas. 
d) Ventos: podem arrastar, para as superfícies metálicas, agentes poluentes. 
e) Variações cíclicas de temperatura e umidade: em função das estações 
climáticas do ano, pode haver uma influência mais intensa desses fatores 
climáticos. Em determinados países europeus, por exemplo, aumenta 
muito a presença de óxidos de enxofre no inverno, devido à maior 
queima de carvão para aquecimento. 
 Corrosão pelo Solo. 
A corrosão provocada pelo solo, em uma instalação industrial, por exemplo, 
depende de muitas variáveis, como: aeração, umidade, pH, presença de micro-
organismos, condições climáticas, heterogeneidades, presença de bactérias e 
fertilizantes, presença de despejos industriais, melhor ou pior qualidade de 
revestimento, contato bi metálico devido à malha de aterramento elétrico de cobre 
e fuga de gás. Essa grande quantidade de variáveis faz com que o solo seja um dos 
meios corrosivos mais complexos que existem, sendo praticamente impossível de 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
41 
se determinar com exatidão sua ação agressiva para os materiais metálicos nele 
enterrados, normalmente aço e ferro fundido, muito comuns em plantas 
industriais. 
A agressividade do solo e os problemas de corrosão podem, entretanto, ser 
diagnosticados com boa precisão, mediante a determinação e a análise de algumas 
variáveis, como a resistividade do solo e seu pH. 
Segundo Gentil (2003), o solo como meio corrosivo tem que ser considerado 
de grande importância, levando-se em consideração as enormes extensões de 
dutos enterrados, como tubulações de gás, de óleo, adutoras e minerodutos, além 
da grande quantidadede tanques enterrados para armazenar combustíveis. Estas 
tubulações e tanques sofrendo corrosão podem causar vazamentos, com 
consequências fatais, de incêndios e explosões, além de contaminações do solo e 
lençóis freáticos. 
O solo pode ser considerado como um dos meios corrosivos mais complexos 
para se avaliar previamente sua ação destrutiva para os materiais metálicos. 
Tomada de Amostras. 
Essa complexidade fica logo evidenciada na tomada de amostras de solos para 
análise físico-química. Dois problemas costumam ocorrer: a variabilidade dos solos 
dificultando a tomada de amostras no campo e a divergência dos tipos de análises. 
Outro ponto, a evidenciar essa complexidade, está ligado ao fato de que na 
retirada de amostras o solo sofre alterações, que certamente influirão nas suas 
condições físicas, ocasionando determinações de certos parâmetros analíticos que 
não representam valores realmente existentes no solo. Entre os parâmetros 
afetados podem-se citar aeração, umidade, pH, potencial de oxirredução e 
presença de microrganismos. 
Para reforçar a evidência dessa complexidade pode-se apresentar a influência 
das condições climáticas na época de tomada de amostras. Assim, em épocas de 
chuvas, fatores como umidade e resistividade elétrica serão completamente 
diferentes daqueles verificados em épocas não chuvosas. 
É usual, para se determinar a ação corrosiva dos solos, a verificação inicial da 
natureza do solo, isto é, das características físico-químicas do mesmo, das 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
42 
condições microbiológicas e as condições operacionais que influenciam na 
corrosão das tubulações enterradas. 
Características físico-químicas 
As características físico-químicas dos solos que podem influir mais diretamente 
na sua ação corrosiva são: 
 Presença de água; 
 Presença de sais solúveis; 
 Presença de gases 
 Acidez; 
 Ph; 
 Resistividade elétrica; 
 Potencial redox. 
 
Estas características não são totalmente independentes, havendo 
combinação das mesmas. Assim, como exemplo mais simples, pode-se citar a 
influência que a presença de água e de sais solúveis vai exercer sobre a 
resistividade elétrica, que será mais baixa com o aumento do teor de água e de 
sais solúveis. Como a corrosão nos solos é um processo eletroquímico, as 
resistividades baixas favorecem o mesmo. 
A presença de gases, provenientes da atmosfera, como oxigênio, dióxido de 
carbono, gás sulfídrico, óxidos de enxofre e de nitrogênio, pode acelerar o 
processo corrosivo. O oxigênio sofrendo redução na área catódica teria uma ação 
aceleradora. Esta afirmativa poderia induzir que em solos poucos ou não aerados a 
corrosão seria menor, o que desde que não se tenha a presença de bactérias 
anaeróbicas ou a possibilidade de formação de pilhas de aeração diferencial ao 
longo da tubulação atravessando solos de diferentes características. 
A acidez total elevada, ou seja, com pH menores do que 7, podem acelerar o 
processo corrosivo em tubulações de aço-carbono enterradas. 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
43 
Sendo a corrosão nos solos de natureza eletroquímica, há necessidade de 
existir: 
 Áreas anódicas e catódicas; 
 Ligação entre as diferentes áreas 
 Eletrólito. 
 Corrosão pelas águas 
Os processos de corrosão eletroquímica são os mais frequentes na natureza e 
se caracterizam basicamente por: 
a) Necessariamente na presença de água no estado líquido. 
b) Temperaturas abaixo do ponto de orvalho da água, sendo a grande 
maioria na temperatura ambiente. 
c) Formação de uma pilha ou célula de corrosão, com a circulação de 
elétrons na superfície metálica. Em face da necessidade do eletrólito 
conter água líquida, a corrosão eletroquímica é também denominada 
corrosão em meio aquoso. 
Corrosão uniforme em chapa de aço-carbono. 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
44 
Os materiais metálicos em contato com a água tendem a se oxidar, a qual vai 
depender de muitas substâncias que podem estar contaminando a mesma, ou seja: 
 Gases dissolvidos – Nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, cloro, 
amônia, gás sulfídrico, dióxido de enxofre e trióxido de enxofre; 
 Sais dissolvidos, como, por exemplo, cloretos de sódio, de ferro e de 
magnésio, carbonato de sódio, bicarbonato de cálcio, de magnésio e de 
ferro; 
 Matéria orgânica de origem animal e vegetal; 
 Bactérias, limos e algas; 
 Sólidos suspensos. 
 
Neste contexto corrosivo da água, também devem ser considerados o seu pH, 
a temperatura, a velocidade e a ação mecânica. Assim, por exemplo, em água: 
 Potável, é de extrema importância a qualidade sanitária, evitando-se a 
presença de sólidos suspensos, de sais, de cloreto e de sulfato (máximo 
de 250 mg/l), como os de mercúrio e de chumbo, e de microrganismos 
causadores de doenças transmissíveis por via hídrica; 
 Para sistemas de resfriamentos, procura-se evitar a presença de sólidos 
suspensos ou sais formadores de depósitos, e crescimento biológico, que 
poderiam, ao se depositarem, criar condições para corrosão sob depósito 
ou por aeração; 
 Para geração de vapor, evita-se a presença de oxigênio e de sais 
incrustantes como bicarbonatos de cálcio e de magnésio. No caso das 
caldeiras, o oxigênio oxidaria a magnetita Fe3O4, protetora, formando o 
Fe2O3 não protetor, e os sais incrustantes depositariam o CaCO3, por 
exemplo, impossibilitando a troca térmica; 
 De processo para a fabricação de produtos químicos ou farmacêuticos, 
evita-se a presença de impurezas, como sais, usando-se água deionizada 
(sem minerais), e, no caso de produtos farmacêuticos, também 
esterilizada. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
45 
A água 100% pura quimicamente é constituída de moléculas, que se 
apresentam associadas devido às ligações de hidrogênio (pontes de hidrogênio). 
Todas as outras substâncias presentes, dissolvidas ou em suspensão, podem ser 
consideradas impurezas, como: sais, ácidos, bases e gases dissolvidos, material em 
suspensão e microrganismos. De acordo com a utilização a que se aplica a água, 
deve-se condicioná-la de maneira a evitar problemas de utilização como também a 
corrosão, decorrentes das impurezas nela contidas. 
Em águas, deve-se considerar a possibilidade da ação combinada de 
solicitações mecânicas e meio corrosivo. Em tais casos, os materiais metálicos em 
contato com líquidos em movimento podem apresentar corrosão acelerada pela 
ação conjunta de fatores químicos e mecânicos como erosão, turbulência e 
cavitação. 
As impurezas podem ocasionar degradação dos equipamentos e tubulações 
em que há circulação de água, por isso convém tecer algumas considerações sobre 
os fatores que mais frequentemente influenciam a ação corrosiva da água, a saber: 
 Sais dissolvidos como, por exemplo, cloretos de sódio, de ferro e de 
magnésio, carbonato de sódio, bicarbonatos de cálcio, de magnésio e de 
ferro; 
 Gases dissolvidos – oxigênio, nitrogênio, gás sulfídrico, óxidos de enxofre, 
SO2 e So3, amônia, cloro e gás carbônico; 
 Matéria orgânica; 
 Sólidos suspensos; 
 Bactérias (crescimento biológico). 
 
Na ação corrosiva da água, devem ser consideradas, também, as variáveis 
influentes como pH, temperatura, velocidade e ação mecânica. 
Existe pouca diferença na taxa de corrosão de aços em água doce com valores 
de pH entre 4,5 e 9,5. Isto pode ser confirmado para águas “de torneira” e água 
destiladas. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
46 
Neste campo de valores de pH, os produtos da corrosão mantêm um pH de 
9,5 em ponto próximos da superfície do aço, independentemente do pH da 
solução. Para valores de pH em torno de 4 e abaixo começa a evolução do 
hidrogênioe a corrosão aumenta rapidamente (ver figura abaixo). 
 
A ação corrosiva da água potável pode ocasionar, além de perda de 
espessura ou perfurações das tubulações, produtos de corrosão que podem 
torná-la imprópria para o uso devido a não atender mais aos padrões de 
potabilidade. A contaminação de água potável com sais de chumbo ou de 
cobre a tornam imprópria para o consumo humano. As autoridades sanitárias 
estabelecem concentrações máximas de chumbo e cobre permitidas em água 
para o consumo humano (GENTIL, 2003). 
Assim, os valores expressos em mg/l: 
Países BRASIL EUA 
CHUMBO 0,05 (mg/l) 0,015 (desejável zero) 
Cobre _________ 1,3 
Fonte: BRASIL: Ministério da Saúde do Brasil, Portaria nº 36, 19.01.90. EUA: National Primary 
Drinking Water Regulations – USEPA, 1996. 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
47 
Ação de sais dissolvidos. 
Os sais dissolvidos podem agir acelerando ou retardando a velocidade do 
processo corrosivo. Entre os sais que influenciam com maior frequência os 
processos de corrosão estão: cloretos, sulfatos, sais oxidantes e bicarbonatos de 
cálcio, de magnésio e de ferro. 
Água do mar 
Conforme nos indica Gentil, (2003), a ação corrosiva da água do mar pode 
ser determinada inicialmente por sua salinidade que é praticamente 
constante em oceanos, mas pode variar em mares interiores, conforme os 
dados da tabela abaixo: 
Tabela Salinidade em Oceanos e Mares. 
 SALINIDADE, % 
OCEANO ATLÂNTICO 3,54 
OCEANO PACÍFICO 3,49 
MAR MEDITERRÂNEO 3,7 – 3,9 
MAR VERMELHO > 4,1 
MAR BÁLTICO (Golfo da Finlândia) 0,2 – 0,5 
MAR CÁSPIO 1,0 – 1,5 
MAR CÁSPIO (Golfo de Karabaguz) 16,4 
 
Em água do mar notam-se com mais frequência as formas de corrosão 
uniforme, por placas e por pite ou alvéolos. Entre os fatores que podem ocasionar 
corrosão por pite em materiais metálicos expostos à atmosfera marinha devem ser 
citados: partículas de sais, contaminantes ou poluentes atmosféricos, fatores 
metalúrgicos (defeitos superficiais e segregações) e falhas em películas protetoras. 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
48 
Em condições de imersão devem ser citados como fatores: presença de metais 
como cobre ou seus íons (Cu2+ e Cu+), áreas de estagnação e deposição de sólidos. 
A presença de cobre ou seus íons possibilita a ocorrência galvânica, e a presença de 
áreas de estagnação com a deposição de sólidos criam condições formadoras de 
áreas diferentemente aeradas, com a consequente corrosão por aeração diferencial 
e, neste caso, também chamada corrosão sob depósito. 
Entre as condições formadoras de áreas diferentemente aeradas estão a 
deposição de sólidos, a presença de frestas em instalações e contato entre 
materiais, daí nesses casos a corrosão por aeração diferencial ser também chamada 
de corrosão sob depósito, corrosão em frestas (ou corrosão por crevice) e corrosão 
por contato, respectivamente. 
Em instalações submersas em água do mar as causas mais frequentes de 
formação de frestas são: 
 Presença de crescimento biológico, fouling, constituído, por exemplo, de 
cracas, conchas e moluscos; 
 Detalhes construtivos como junções de peças metálicas por parafusos ou 
rebites; 
 Contato entre material metálico e não metálico, como no caso de 
emprego de gaxetas: teflon, celeron, hypalon etc. 
 
Como a água do mar é um eletrólito forte, ocorre acentuada corrosão quando 
materiais metálicos diferentes são ligados e expostos à atmosfera marinha ou 
submersos em água do mar. Um dos metais funcionará como anodo da pilha 
galvânica formada entre eles, e a intensidade de ataque dependerá da posição que 
esses metais ocuparem na série galvânica em água do mar. 
Salinidade 
Como o mecanismo do processo corrosivo em água é eletroquímico, os sais 
presentes na água do mar a tornam um eletrólito forte e, portanto, aumentam sua 
ação corrosiva. Embora o sal predominante na água do mar seja o cloreto de sódio, 
ela contém também quantidades significativas de bicarbonato de cálcio, 
Ca(HCO3)2, e sulfato de magnésio, MgSO4, e esses sais podem agir como inibidores 
catódicos. Como na área catódica há formação de íons hidroxila, OHG-, e o pH se 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
49 
eleva, pode-se ter a formação dos compostos insolúveis de carbonato de cálcio, 
CaCO3, e hidróxido de magnésio, Mg(OH)2, devido às reações: 
Ca(HCO3)2 + 2NaOH CaCO3 + Na2CO3 + 2H2O 
MgSO4 + 2NaOH Mg(OH)2 + Na2SO4 
Se esses compostos insolúveis se depositarem sobre as superfícies metálicas 
podem evitar o processo catódico e consequentemente o processo corrosivo. 
O Fator pH. 
Em soluções ácidas, preferencialmente em pH < 5, a corrosão é mais acentuada, 
diminuindo com a elevação do valor de pH, tornando-se quase nula para o ferro e 
suas ligas, em pH > 10. Mas, para o alumínio e zinco, esse valor é prejudicial. O pH 
da água do mar está entre 7,2 e 8,6, não sendo o fator mais influente na ação 
corrosiva da água do mar. 
Medidas Preventivas: 
O uso de revestimentos orgânicos em combinação com proteção catódica 
oferece o método mais econômico e eficaz contra a corrosão em água do mar. 
Plataformas de petróleo, tubulações e outros equipamentos fazem uso deste 
método. Quanto menos poroso o revestimento menor corrente é necessária para a 
proteção catódica e mais econômico o sistema. Anodos de alumínio são os mais 
comuns em água do mar. Também são muito utilizados anodos de zinco. 
Inibidores são às vezes usados em equipamentos de resfriamento de água. Quando 
possível todo o equipamento em contato com água do mar deve ser projetado 
sem pares galvânicos. 
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com seu tutor virtual através do ambiente virtual de aprendizagem e consulte 
sempre a biblioteca do seu polo. 
É hora de se avaliar 
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ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
50 
 Exercícios – Unidade 2 
 
1. Julgue certo ou errado as afirmativas abaixo: 
a) As ligas de níquel e cobre, como o Monel, são utilizadas para aplicações em 
meios ácidos fortes. 
_________________________________________________________________ 
b) A influência do pH do meio tem grande influência na taxa de corrosão 
quando o meio está no estado gasoso. 
_________________________________________________________________ 
c) Para as ligas ferrosas, em geral, quanto maior o pH do meio maior será a taxa 
de corrosão. 
_________________________________________________________________ 
d) Em função da umidade relativa do ar as atmosferas podem ser classificadas 
em seca, normal, úmida ou molhada, sendo que a primeira delas é a mais agressiva 
para os metais que exibem passivação. 
_________________________________________________________________ 
e) A corrosão é dita de corrosão pelo solo quando o meio corrosivo está no 
estado sólido, como o solo. 
_________________________________________________________________ 
f) Quando o meio corrosivo é modificado localmente devido à presença de 
bactérias e o meio fica mais agressivo nessa região do que em outras, provocando 
um aumento da taxa de corrosão do metal, esta corrosão é chamada de 
microbiológica. 
_________________________________________________________________ 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
51 
g) Os microrganismos cujo metabolismo de crescimento depende da presença 
do oxigênio são chamados de anaeróbicos. 
_________________________________________________________________ 
 h) As bactérias aeróbicas maisconhecidas na corrosão biológica são as 
oxidantes de ferro, que atuam de maneira a reduzir o pH do meio junto ao metal. 
_________________________________________________________________ 
i) A cloração em meios aquosos e o uso de bactericidas são os meios mais 
usuais no combate a corrosão microbiológica em meios aquosos. 
_________________________________________________________________ 
 
2. Considere as seguintes afirmações. Indique as verdadeiras (V) e as falsas (F). 
( ) Numa reação de oxidação-redução a espécie reduzida perde elétrons. 
( ) A corrosão eletroquímica ocorre em qualquer meio. 
( ) As águas arejadas facilitam a corrosão eletroquímica. 
( ) Na proteção catódica por correntes impostas, o metal a proteger funciona 
como cátodo. 
( ) Um exemplo de um revestimento anódico é o alumínio anodizado. 
 
3) Em relação ao pH, a corrosão é mais acentuada quando este for: 
a) 10 
b) 7,0 
c) > 7,0 
d) < 5,0 
e) 6,0 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
52 
4. A corrosão é resultado da ação do meio sobre um determinado material, 
causando sua deterioração. A formação da ferrugem se caracteriza por ser um 
processo de corrosão do ferro, onde os átomos de ferro sofrem oxidação, perdendo 
elétrons. A aplicação de uma camada de outro metal sobre o ferro o protege da 
oxidação. 
Considere as reações de redução e os respectivos potenciais apresentados a 
seguir. 
 
O elemento que seria útil para a proteção do ferro é o: 
a) cádmio 
b) chumbo 
c) cobre 
d) hidrogênio 
e) magnésio 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
53 
5. Todos os meios apresentados abaixo podem causar corrosão. Contudo, 
apenas um deles causa corrosão eletroquímica nos metais. Qual? 
a) Oxigênio. 
b) Nitrogênio. 
c) Vapor de água. 
d) Água do mar. 
e) Dióxido de enxofre. 
 
6. A respeito de corrosão, assinale a afirmativa INCORRETA. 
a) Corrosão é a deterioração de um metal por ação química ou 
eletroquímica de um determinado meio corrosivo. 
b) Corrosão é o desgaste de metais pela ação abrasiva de fluidos em 
movimento. 
c) O processo de corrosão é uma reação que ocorre espontaneamente. 
d) Os processos de corrosão podem ser considerados como reações de 
oxidação. 
e) Todos os metais estão sujeitos ao ataque corrosivo, se o meio for 
suficientemente agressivo. 
 
7. Os motores de um navio consomem óleo pesado e é sabido que o enxofre 
contido em produtos da combustão deste tipo de combustível é um agente 
corrosivo em potencial. A condição que favorece a corrosão de partes internas da 
chaminé (saída de gases dos motores) é a: 
a) Alta umidade do ar. 
b) Alta temperatura. 
c) Baixa temperatura. 
d) Presença de nitrogênio atmosférico. 
e) Presença de oxigênio atmosférico. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
54 
8. No que diz respeito à corrosão de metais, é correto afirmar que: 
a) Solos são meios propícios para corrosão química. 
b) A velocidade de corrosão independe do tipo de material. 
c) A perda de peso é a maneira mais comum de se expressar a velocidade de 
corrosão. 
d) Galvânica e alveolar são classificações da corrosão quanto ao meio onde 
ocorrem. 
e) Química e eletroquímica são classificações da corrosão quanto à forma de 
ocorrência. 
 
9. Qual a diferença existente entre corrosão química e corrosão eletroquímica? 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
10. Num dia de verão com alta temperatura e média umidade do ar, um pintor 
decide interromper o serviço para evitar problemas na pintura. A decisão foi 
equivocada pois: 
a) Apenas baixa umidade relativa do ar é condição desfavorável para 
pintura. 
b) Apenas baixa temperatura constitui condição desfavorável para pintura. 
c) Não há problema quanto à temperatura do ar para aplicação de pintura. 
d) Somente uma baixa pressão atmosférica prejudica a pintura. 
e) Somente as condições de vento podem interromper o serviço de pintura. 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
55 
 
3 Estudo dos Mecanismos Básicos 
De Corrosão 
 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
56 
Caro aluno, 
Nessa Unidade, veremos que dependendo do material e o meio de corrosão 
envolvido irá predominar um mecanismo de corrosão, que poderá ser de dois 
tipos: Eletroquímico ou Químico. 
A Corrosão Eletroquímica ocorre devido ao fluxo de elétrons entre dois 
materiais, o ânodo (que sofre oxidação) e perde elétrons, cedendo-os ao cátodo 
(que, por sua vez, sofre redução), e também pela diferença de potenciais de 
oxidação e redução, respectivamente, entre eles. Envolve a participação de uma 
solução eletrolítica, que permite a movimentação de cargas elétricas. As soluções 
eletrolíticas mais comuns são soluções aquosas, gases atmosféricos, solo (pois 
pode conter significativas quantias de umidade e sais dissolvidos) e sais fundidos. 
A Corrosão Química se trata de um ataque por agente químico presente no 
meio corrosivo sobre o material. Também chamada de corrosão seca, não necessita 
de água ou de solução eletrolítica, por não haver migração de cargas, tampouco 
formação de polos elétricos. 
 
Objetivos da unidade: 
Identificar as diferentes formas, tipos e princípios do processo de corrosão; 
Compreender um processo corrosivo; Identificar o tipo de corrosão, avaliar a taxa 
de corrosão nos materiais metálicos. 
 
Plano da unidade: 
 Mecanismo de corrosão química. 
 Mecanismo de corrosão eletroquímica. 
 
Bons estudos! 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
57 
 Mecanismo de corrosão química. 
Quando estudamos os processos corrosivos, devemos considerar as seguintes 
variáveis: Material metálico; Meio corrosivo; Condições operacionais. Os 
conhecimentos teórico e prático dessas variáveis permitirá indicar o material mais 
adequado para ser utilizado em determinados equipamentos ou instalações. 
Dependendo do material metálico e meio corrosivo, diferentes mecanismos 
são propostos: Eletroquímico, Químico e Físico. 
Começaremos pelos dois principais, que serão bem detalhados nesta unidade: 
O Químico e o Eletroquímico. 
Mecanismo Químico: reações químicas diretas entre material metálico, ou 
não metálico, com o meio corrosivo, não havendo geração de corrente elétrica. 
Corrosão de materiais não metálicos; Corrosão de metais, em temperaturas 
elevadas, por gases e ausência de umidade (corrosão seca). 
Neste caso há reação direta com o meio corrosivo, sendo os casos mais 
comuns a reação com o oxigênio (OXIDAÇÃO SECA), a dissolução e a formação de 
compostos. 
Exemplo: 
Ataque de metais, como níquel, por CO com formação de Carbonila de Níquel 
(Ni(CO4), líquido volátil. 
Ni(s) + 4 CO(g) Ni(CO4) (l) (50 ºC, 1 atm). 
 
Ataque de metais, como ferro, alumínio e cobre, por cloro em temperaturas 
elevadas, com formação dos respectivos cloretos. 
M + n/2Cl2- MCln 
 
Corrosão e Seleção de Materiais 
 
58 
A corrosão química pode ser por: Dissolução simples exemplo: dissolução do 
Cobre em HNO3. 
Dissolução preferencial exemplo: dissolução preferencial de fases ou planos 
atômicos. 
Formação de ligas e compostos (óxidos, íons etc.), na qual se dá geralmente 
por difusão atômica. 
CONSIDERAÇÕES SOBRE DISSOLUÇÃO A dissolução

Outros materiais