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Imunidade Inata Imunidade adquirida Parte 1 IBP 029 – Imunologia Profa. Andréa Belém Costa Aula 2: Visão Geral do Sistema Imune Exposição constante a agentes infecciosos O sistema imune permite resistir a infecções, na maioria dos casos. Apresenta 2 divisões principais: Sistema inato ou não específico Sistema adaptativo ou específico Função dos sistemas: proteção contra organismos invasores Origem das células dos sistemas: medula óssea Visão geral O sistema inato é a primeira linha de defesa contra organismos invasores O sistema imune adaptativo age como uma segunda linha de defesa e também protege contra re-exposição ao mesmo patógeno. Cada uma dessas subdivisões principais do sistema imune tem tanto componentes celulares como humorais, através dos quais elas executam suas funções de proteção. Embora esses dois ramos do sistema imune tenham funções distintas, há interconexão entre eles (isto é, componentes do sistema imune inato influenciam o sistema imune adaptativo e vice-versa). Visão geral Algumas diferenças entre os sistemas inato e adaptativo O sistema imune inato apresenta sistemas de defesa sempre presentes e prontos para mobilização em uma infecção. O sistema imune adaptativo requer algum tempo para reagir contra um organismo invasor. O sistema imune inato não é específico para um antígeno e reage da mesma maneira para uma variedade de organismos. O sistema imune adaptativo é específico para um antígeno e reage somente contra o organismo que induz a resposta. O sistema imune inato não possui memória imunológica. O sistema adaptativo possui memória imunológica. Ele “lembra” que já encontrou um organismo invasor e reage mais rapidamente à exposição subseqüente do mesmo organismo. As células do sistema imunológico Todas as células do sistema imune têm sua origem na medula óssea. Elas incluem células mielóides (neutrófilos, basófilos, eosinófilos, macrófagos e células dendríticas) e linfóides (linfócitos B, linfócitos T e células assassinas naturais ou células NK (do inglês Natural Killer), que se diferenciam segundo etapas diferentes. A célula mielóide progenitora (tronco) na medula óssea produz eritrócitos, plaquetas, neutrófilos, monócitos/macrófagos e células dendríticas enquanto que células linfóides progenitoras (tronco) produzem células NK, T e B. Para o desenvolvimento das células T as células precursoras de células T devem migrar para o timo onde sofrem diferenciação em dois tipos distintos de células T, as células T auxiliares CD4+ e as células T pré-citotóxicas CD8+. Dois tipos de células T auxiliares são produzidos no timo: As células TH1, que ajudam as células pré-citotóxicas CD8+ a se diferenciarem em células T e as TH2, que ajudam as células B a se diferenciarem em plasmócitos, que secretam anticorpos. Vamos simplificar? Células do sistema imunológico Células do sistema imunológico Células do sistema imunológico Função principal do sistema imunológico A principal função do sistema imune é a distinção entre o Próprio e o Não-Próprio Função para proteger o organismos contra invasores patogênicos e eliminar células modificadas ou alteradas (ex. cél. malígnas) Patógenos podem replicar intracelularmente ou extracelularmente A infecção por um organismos não significa necessariamente doença porque o sist. Imune é capaz de eliminar a infecção antes que a doença ocorra. Quando a doença ocorre? Nível de infecção é elevado; Virulência do organismo invasor é grande; Imunidade comprometida. Porém, efeitos detrimentais podem ocorrer: Deconforto local Danos colaterais aos tecidos sadios – produtos tóxicos da resposta imune Resposta imune dirigida a tecidos próprios – doença autoimune. Comparando imunidade inata e imunidade adaptativa: Tabela1 ImunidadeNão-Específica ImunidadeEspecífica Arespostaéindependentedoantígeno Arespostaédependentedoantígeno Hárespostaimediataemáxima Háperíododelatênciaentre aexposiçãoe arespostamáxima Nãoespecificidadeàantígeno Especificidadeàantígeno Exposiçãonãoresultaemmemóriaimunológica Exposiçãoresultaemmemóriaimunológica Tolerânciaaopróprio Tolerânciaaopróprio Imunidade Inata ou não-específica Imunidade Inata ou não-específica Os elementos do sistema imune inato incluem barreiras anatômicas, moléculas de secreção e componentes celulares. Barreiras mecânicas anatômicas: pele e camadas epiteliais internas, movimento dos intestinos e a oscilação dos cílios bronco-pulmonares. Associados: agentes químicos e biológicos. Imunidade Inata A. Barreiras anatômicas à infecções Fatores mecânicos Superfícies epiteliais: barreiras físicas e impermeáveis a agentes infecciosos. A pele: a primeira linha de defesa. Descamação da pele: remove bactérias e outros agentes infecciosos Movimentos devido aos cílios e à peristalse: mantém vias aéreas e trato gastrointestinal lives Lágrimas e saliva: previne infecção em olhos e boca Muco: efeito pegajoso no trato respiratório e gastrointestinal proteje pulmões e trato digestivo. Fatores químicos Ácidos graxos no suor: inibem o crescimento de bactérias Lisozima e fosfolipase: lágrima, saliva e secreção nasal: destruição da perede celular bacteriana e desestabilização da membrana bacteriana Baixo pH do suor e secreção gástrica Defensinas: proteína de baixo peso molecular no pulmão e trato gastrointestinal têm atividade antimicrobiana Agentes surfactantes: agem como opsoninas (promovem fagocitose) Imunidade Inata A. Barreiras anatômicas à infecções Fatores biológicos A flora normal da pele e do trato digestório: previne colonização por bactérias patogênicas devido secreção de substâncias tóxicas ou competição por nutrientes ou ligação à superfície da célula. Ex.: iogurte, lactobacilos. Imunidade Inata A. Barreiras anatômicas à infecções Quando há lesão em tecidos as barreiras anatômicas são rompidas e a infecção pode ocorrer. Após a entrada de agentes infecciosos nos tecidos, outro mecanismo de defesa inato entra em ação = inflamação aguda Os fatores humorais têm importante papel na inflamação caracterizada por edema e o recrutamento de células fagocitárias. Imunidade Inata B. Barreiras humorais à infecções Imunidade Inata B. Barreiras humorais à infecções Imunidade Inata B. Barreiras humorais à infecções Os fatores humorais são encontrados no soro ou são formados no local da infecção Os fatores humorais são: Sistema Complemento – mecanismo de defesa humoral não-específico. Ao ser ativado pode levar ao aumento da permeabilidade vascular, recrutamento de células fagocitárias, e lise e opsonização da bactéria. Imunidade Inata B. Barreiras humorais à infecções Os fatores humorais: Sistema de coagulação – Dependendo da severidade da lesão no tecido, o sistema de coagulação poderá ou não ser ativado. Alguns produtos do sistema de coagulação podem contribuir para a defesa específica devido a sua habilidade de aumentar a permeabilidade vascular e agir como agente quimiotáctico para células fagocitárias. Além disso, alguns dos produtos do sistema de coagulação são antimicrobianos por si só. Por exemplo, a beta-lisina, uma proteína produzida pelas plaquetas durante a coagulação pode lisar muitas bactérias Gram positivas ao agir como detergentes catiônicos. Imunidade Inata B. Barreiras humorais à infecções Os fatores humorais: Lactoferrina e transferrina – Ao se ligarem com o ferro, um nutriente essencial para bactérias, essas proteínas limitam o crescimento bacteriano. Interferons – são proteínas que podem limitar a replicação de vírus nas células. Lisozima – Lisozima degrada a parede celular da bactéria. Interleucina-1 – induz febre e a produção de proteínas de fase aguda, algumas das quais são antimicrobianos porque elas podem opsonizar bactérias. Imunidade Inata B. Barreiras humorais à infecções Imunidade Inata Resumindo: Barreiras físico-químicas à infecções Sistema/Órgão Componenteativo Mecanismoefetor Pele Célulasdedescamação,suor Descamação, fluxo secretor, ácidos orgânicos TratoGastrointestinal Células colunares Peristalse, baixo pH, ác. biliares,fluxo secretor, tiocianato Pulmão Cílios traqueais Elevador mucociliar, surfactante Nasofaringe, olhos Muco, saliva, lágrima Fluxo secretor, lisozima Circulação e órgãolinfóide Células fagocitárias Células NK e K LAK Fagocitose e morte intracelular Citólisedireta e dependente decitólise Citóliseativada por IL2 Soro Lactoferrinaetransferrina Ligação ao ferro Interferons Proteínas antivirais TNF-alpha Antiviral e ativação fagocitária Lisozima Hidrólise depeptidoglicano Fibronectina Opsonizaçãoe fagocitose Complemento Opsonização, fagocitose aumentada e inflamação Neutrófilos – Células polimorfonucleares (PMNs) são recrutadas ao local da infecção onde fagocitam organismos invasores e os matam intracelularmente. PMNs contribuem para lesões colaterais no tecido que ocorrem durante a inflamação. Macrófagos – Macrófagos tissulares e monócitos recentemente recrutados, que se diferenciam em macrófagos, também funcionam na fagocitose e na morte intracelular de microrganismos. Além disso, macrófagos contribuem para o reparo de tecidos e agem como células apresentadoras de antígenos, que são requeridas para a indução de respostas imunes específicas. Imunidade Inata C. Barreiras celulares à infecções Células assassinas naturais (NK) e células assassinas ativadas por linfocina (LAK) – Células NK e LAK podem matar células tumorais infectadas por vírus de maneira não específica. Essas células não são parte da resposta inflamatória, mas são importantes na imunidade não específica a infecções virais e na prevenção de tumores. Eosinófilos – têm proteínas em grânulos que são eficientes na destruição de certos parasitas. Imunidade Inata C. Barreiras celulares à infecções Para casa: Como se dá a resposta de fagócitos à infecções? Qual a diferença entre fagocitose e pinocitose? Responder em uma folha A4. Citar a fonte (normas bibliográficas) Vale nota!
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