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Campus Francisco Beltrão Curso: Administração 2º Ano Disciplina: Sociologia Aluno: Alana Gabriela Lazzaretti Comte, Durkheim e as crises do século XIX August Comte e Émile Durkheim, são considerados os pais da sociologia, os mesmos seguiram a linha pesquisa que se iniciou quando a sociologia deixa de lado os aspectos morais e filosóficos para penetrar em um campo mais “científico”, com estudos quantitativos sobre as sociedades humanas. Mas a influência da “biologia social” sobre essa disciplina ainda é muito forte, pois a sociedade é pensada como um corpo orgânico, cujos “membros” (os homens) precisam cumprir certas funções para o maior benefício do todo. Comte aprofunda seu estudo sobre as doenças humanas, as causas da mortalidade, a vida dos trabalhadores, as raízes da criminalidade e muitos outros problemas “sociais”, que eram medidos, comparados, colocados em progressão. Comte pretendia estar no centro não apenas de uma nova maneira de interpretar a sociedade, como igualmente de transformá-la em seus próprios fundamentos. Considerava que a sociedade precisava estar organizada e acreditava que para responder às questões que sua época apresentava bastava que cada coisa/fato social estivesse no seu devido lugar, cumprindo sua função, é por isso que a frase "ordem e progresso" escrita na nossa bandeira, expressa tão bem o seu pensamento sociológico, frase essa que advém dos discípulos de Comte. Durkheim também entendia a sociedade como um todo organizado, só que para ele esta era um organismo que funcionava como um corpo, uma pessoa e assim como uma pessoa que tem necessidades como alimentação, saúde, formação moral, ética, social etc. também a sociedade tinha que satisfazer essas necessidades para estar bem. Se isto não acontecia a sociedade ficaria doente ao que ele chamou de sociedade endêmica.Exemplo de uma sociedade endêmica é quando valores considerados bons são deixados de lado e substiuídos por comportamentos considerados errados, como vemos hoje em que uma pessoa honesta é tida por tola, enquanto um "esperto" é considerado "vivo". Esta frase: "o mundo é dos mais espertos", ilustra muito bem o comportamento da sociedade atual. A diferença entre Comte e Durkheim é que, Comte entende que é se tudo estiver em ordem, isto é, organizado, a sociedade irá viver bem enquanto Durkheim, considerando a sociedade como uma pessoa, deixa claro que sendo como uma pessoa, não se pode receitar para os males de uma sociedade Campus Francisco Beltrão Curso: Administração 2º Ano Disciplina: Sociologia Aluno: Alana Gabriela Lazzaretti as mesmas medidas que se aplicou a outra, sob pena de não se obter os mesmos resultados, pois sendo comparada a uma pessoa, para Durkheim, havia muita probabilidade de que uma determinada sociedade, teria suas próprias formas de reagir a um mesmo estímulo, portanto não bastava que tudo estivesse no seu lugar e funcionando dentro dos padrões estabelecidos, para que a sociedade seja saudável. O século XIX é marcado pela troca de comandos, as formas de organização social e as instituições criadas pelos homens para regular as relações entre eles, o progresso das luzes na visão desses ideólogos da sociedade civil e a evolução dos meios materiais (tecnologia), assim como as funções do Estado e os modos pelos quais os homens entram em relações de trabalho ou se organizam politicamente. Fatos este que levaram Comte a coletar dados sobre a vida dos homens em sociedade: nascimento, morte, trabalho, criminalidade, ocupações profissionais, a amplitude do sofrimento humano e as desigualdades existentes. Com isso inicia-se no século XIX grandes projetos de reforma das sociedades tradicionais, ou em transição para o sistema fabril capitalista. Durkheim é o primeiro grande sociólogo sistemático do século XX, tendo formulado as bases da análise social no século XIX o mesmo então rejeitava as explicações de tipo individual ou psicológico para expor um fenômeno básico da vida em sociedade, mesmo com declínio dos valores religiosos e dos laços de solidariedade (típicos das comunidades menores). A divisão social do trabalho, no entanto, não é apenas encontrada nas sociedades complexas, ela já existe nas sociedades primitivas, mas assume aqui a forma de divisão sexual do trabalho. Mas é na sociedade moderna, com seu regime fabril, que a divisão se aperfeiçoa em alto grau, com base na especialização profissional. Durkheim não deixa de traçar um paralelo entre essa evolução e a diferenciação nos organismos, para formas cada vez mais complexas. Nas sociedades, ele vê a passagem da solidariedade mecânica, típica dos estágios mais elementares da vida em sociedade, para a solidariedade orgânica, mais estruturada e denotando formas superiores de coesão social.
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