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DOENÇAS E LESÕES DA PELE 1 PELE • Maior órgão do corpo humano • Tem várias funções • PROTEÇÃO • HIDRATAÇÃO • TEMPERATURA • ESTÍMULOS 2 REVISÃO ANATOMIA DO SISTEMA TEGUMENTAR • Epiderme: profundidade, tipos de células, não vascularizada • Derme: tecido conjuntivo, colágeno e elastina, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e também os nervos e os órgãos sensoriais • Hipoderme: É um tecido conjuntivo frouxo ou adiposo que faz conexão entre a derme e a fáscia muscular 3 4 CÂNCER DE PELE INCIDÊNCIA: Câncer de maior incidência no Brasil: corresponde a cerca de 25% de todos os tumores malignos registrados no país. Mais comum em indivíduos com mais de 40 anos, de pele clara ou com doenças cutâneas prévias. 5 CÂNCER DE PELE TIPOS: Pele: Órgão heterogêneo, que se apresenta em camadas, portanto apresenta neoplasias de diferentes linhagens. 6 CARCINOMA BASOCELULAR: •Mais comum, é também o câncer de pele menos agressivo. •Corresponde a 70% dos diagnósticos de câncer de pele •Origina-se na camada mais profunda da epiderme e dos apêndices cutâneos acima da camada basal, como os pêlos. FATOR DE RISCO: Seu surgimento está diretamente ligado à exposição solar acumulativa durante a vida. LOCAL DE OCORRÊNCIA: A maior incidência deste tipo de câncer de pele se dá na região da cabeça e do pescoço, locais de exposição direta aos raios solares. 7 CARCINOMA BASOCELULAR: ASPECTO CLÍNICO: •Mais comum: Pequenos nódulos brilhantes de cor rósea ou translúcida, duras e salientes que aumentam de volume lentamente. •Pode ulcerar-se ou formar crostas no centro. Pode sangrar, formar crostas e sarar. PROGNÓSTICO: •Não causa metástase. Pode atingir tecidos ao redor, cartilagens e ossos. 8 CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS/ ESPINOCELULAR: • 25% dos casos • Tem origem na camada intermediária da epiderme, podendo também surgir no epitélio escamoso das mucosas (língua, mucosa bucal). 9 CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS: LOCAL DE OCORRÊNCIA: Pode surgir em áreas de pele sadia ou previamente comprometidas por cicatrizes de queimaduras antigas, feridas crônicas ou lesões decorrentes do efeito acumulativo da radiação solar sobre a pele. FATOR DE RISCO: • Exposição prolongada ao sol, principalmente sem a proteção adequada, tabagismo, exposição a substâncias químicas com arsênio e alcatrão e alterações na imunidade. 10 CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS: ASPECTO CLÍNICO: • Surge por meio de uma ferida com superfície crostosa, descamativa que não sara, porém, que evolui rapidamente e vem acompanhada de secreção e de coceira. 11 TRATAMENTO: • Em ambos os casos, a cirurgia é o tratamento mais indicado. • Carcinoma basocelular: pode também ser tratado com medicamento tópico ou radioterapia. • Carcinoma de células escamosas: cirurgia mais precoce possível e radioterapia. PROGNÓSTICO: • Pode se disseminar por meio de gânglios e provocar metástase. 12 MELANOMA Origina-se dos melanócitos, células que produzem melanina. • Pode se originar da pele sã, como uma formação cutânea nova, pequena e pigmentada, ou de lesões pigmentadas pré-existentes ("sinais" escuros), como ocorre em cerca de metade dos casos. 13 MELANOMA LOCAL DE OCORRÊNCIA: •O maior número de lesões aparece nas áreas da pele que ficam expostas à radiação solar. INCIDÊNCIA: • Mais freqüente em adultos de pele clara com sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. 14 MELANOMA ASPECTO CLÍNICO: • Lesão escura que aumenta de tamanho em extensão e/ou profundidade, • com alteração de suas cores originais, • surgimento de pontos pigmentados ao redor da lesão inicial, • ulceração (formação de ferida), sangramento ou sintomas como coceira, dor ou inflamação. 15 MELANOMA ASPECTO CLÍNICO: • Fase inicial: restrito à camada mais superficial da pele. É o melanoma "in situ". • Quando deixa de ser plano, formando lesão elevada na pele, também está progredindo em profundidade. • Quanto mais profunda e espessa, mais grave, pois aumentam os riscos de metástases para outros órgãos. 16 MELANOMA As lesões de melanoma apresentam as seguintes características: Assimetria: formato irregular Bordas irregulares: limites externos irregulares Coloração variada (diferentes tonalidades de cor) Diâmetro: maior que 6 milímetros 17 MELANOMA TRATAMENTO: • Cirúrgico e o mais precocemente possível. • Radioterapia e a quimioterapia. PROGNÓSTICO: • Alto potencial de produzir metástases. • Se o melanoma se não tiver propagado, o índice de cura aproxima-se dos 100 % com a cirurgia. • Para os melanomas que se tenham propagado, os índices de cura são baixos. 18 ÚLCERAS POR PRESSÃO CONCEITO: •Área localizada de necrose celular que tende a se desenvolver quando o tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período prolongado de tempo. 19 ÚLCERAS DE PRESSÃO CAUSAS: •Manutenção da pressão local com diminuição/ausência de fluxo sanguíneo para pele durante mais de 2 a 3 horas consecutivas. •Fatores agravantes: Fricção da camada externa da pele: Roupas inapropriadas, lençóis enrugados, fricção dos sapatos contra a pele. A exposição prolongada à umidade: Pode danificar a superfície da pele, facilitando a formação da úlcera por pressão. 20 ÚLCERAS DE PRESSÃO LOCALIZAÇÃO: •Proeminências ósseas. Região sacral e calcâneos. Cerca de 60% das úlceras de pressão se desenvolvem na área pélvica ou abaixo. 21 INCIDÊNCIA: •Comum em indivíduos acamados, com alterações de sensibilidade e restrição de mobilidade. •Presente em 20% a 60% das pessoas com Lesão Medular. 22 ÚLCERAS DE PRESSÃO CLASSIFICAÇÃO / DIAGNÓSTICO: Estágio I ao IV: profundidade da lesão tecidual: •ESTÁGIO I: Alteração da pele intacta relacionada à pressão. Indicadores: mudança na temperatura (calor ou frio), mudança na consistência do tecido (edema, endurecimento ou amolecimento) ou sensação de coceira ou queimação. 23 CLASSIFICAÇÃO / DIAGNÓSTICO: •ESTÁGIO I: Pessoas de pele clara: eritema que não embranquece após remoção da pressão. Pessoas de pele escura: descoloração, manchas roxas ou azuladas. 24 •ESTÁGIO II: A úlcera é superficial e apresenta-se como abrasão, bolha ou cratera rasa. Perda parcial da pele envolvendo epiderme, derme ou ambas. 25 •ESTÁGIO III: Perda de pele na sua espessura total envolvendo danos ou necrose de tec. subcutâneo que pode se aprofundar, como uma cratera profunda, não chegando até a fáscia muscular. 26 •ESTÁGIO IV: •Perda de pele na sua espessura total com destruição extensa ou exposição dos músculos, ossos, ou outras estruturas como tendão ou articulações. 27 ESCARA: Termo inadequado. Tecido necrótico que pode cobrir a lesão em estágios avançados. Só após o desbridamento é que o estágio da úlcera pode ser identificado de acordo com a profundidade ou grau de comprometimento dos tecidos. 28 PREVENÇÃO: •Inspeção diária da pele das pessoas acamadas, proteção de saliências ósseas, mudança freqüente de decúbito (ao menos a cada duas horas) e manter a pele limpa e seca. TRATAMENTO: •Antibioticoterapia,higiene local, recursos que favorecem formação de tecido de granulação. 29 30 PSORÍASE CONCEITO: •Doença inflamatória da pele, crônica, não contagiosa. CAUSAS: •Multigênica, com herança genética em cerca de 30% dos casos. 31 PSORÍASE Fatores desencadeantes / agravantes: estresse emocional, traumas ou irritações na pele, quadros infecciosos, baixa umidade do ar e uso de alguns medicamentos (alguns medicamentos para hipertensão arterial, problemas psiquiátricos, malária e hepatite e alguns remédios à base de cortisona injetáveis ou via oral.). 32 PSORÍASE INCIDÊNCIA: •Afeta entre 1 a 3 % da população geral e atinge indistintamente homens e mulheres, sendo mais freqüente na raça branca. •Surge principalmente entre a 2ª e a 4ª décadas da vida, mas em 15% dos casos pode parecer ainda na infância. •Pico de ocorrência em idosos. Com o aumento da idade, há diminuição da associação com história familiar. 33 PSORÍASE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: •Caracteriza-se por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas, que aparecem, em geral, no couro cabeludo, cotovelos e joelhos. 34 TIPOS: •PSORÍASE VULGAR OU EM PLACAS: •Mais comum. Atinge 90% dos pacientes. •Lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas, aderentes, prateadas ou acinzentadas. •Áreas mais afetadas: cotovelos, joelhos, couro cabeludo, região lombo-sacra e umbigo. 35 •PSORÍASE UNGUEAL: •Em até 90% dos casos a psoríase pode envolver as unhas. Umas das principais características da doença é o descolamento da unha (onicólise) principalmente nas unhas da mãos. •ARTRITE PSORIÁTICA 36 •PSORÍASE INVERTIDA: Lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras como couro cabeludo, joelhos e cotovelos 37 •PSORÍASE GUTATA: Pequenas lesões localizadas, em forma de gotas, associadas a processos infecciosos. Geralmente aparecem no tronco, região proximal de braços e coxas. Ocorrem com maior freqüência em crianças e adultos jovens 38 •PSORÍASE ERITRODÉRMICA: Lesões generalizadas em 75% ou mais do corpo; 39 PSORÍASE PUSTULOSA: Lesões com pus nos pés, mãos ou espalhadas pelo corpo. PSORÍASE PALMO-PLANTAR: Lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e solas dos pés. DIAGNÓSTICO: •Exame clínico de pele, unhas e couro cabeludo. •Biópsia de pele. 40 PSORÍASE TRATAMENTO: •Formas leves: medicamentos •Formas mais avançadas: sessões de fototerapia e medicamentos de uso interno via oral ou injetável, dependendo do caso. •Uso diário de hidratantes para manter a pele com menos escamas. LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO CONCEITO: •Doença auto-imune crônica que afeta múltiplos órgãos e é caracterizada por períodos de exacerbações e remissões das manifestações clínicas. 41 CAUSAS: •Herança genética: Familiares têm maior chance de apresentar o LES ou outra doença auto-imune. Existe também uma alta concordância nos gêmeos monozigóticos. •Fatores desencadeantes / agravantes: Luz solar (lesões cutâneas) e estresse emocional intenso. INCIDÊNCIA: •Predomínio no sexo feminino (9/1). •Primeiros sintomas ocorrem entre a 2ª e 4ª década de vida. 42 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 43 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: •Sintomas Gerais: Febre, perda de peso e fadiga. •PELE E MUCOSA: A lesão mais comum é o eritema facial em asa de borboleta. 1/3 desses pacientes referem fotossensibilidade. Úlceras orais ocorrem em cerca de 20% dos pacientes. A alopecia difusa ocorre na maioria dos pacientes. 44 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: •ARTICULAR: •Artralgia/artrite de pequenas e grandes articulações, com padrão simétrico e em geral poupam a coluna. •Deformidades e degeneração articular pouco presentes. 45 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: •SISTEMA CARDIOVASCULAR: •As manifestações mais freqüentes são a pericardite ou derrame pericárdico. •SISTEMA PULMONAR: •A pleurite é o sintoma pulmonar mais comum. O derrame pode em até 50% dos pacientes e a dor pleural em 70%. 46 •MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: •SISTEMA HEMATOLÓGICO: A anemia ocorre em 50% dos pacientes. •RIM : Evidência clínica de lesão renal ocorre em pelo menos 50% dos pacientes. O quadro renal é um dos fatores importantes no prognóstico da doença. 47 DIAGNÓSTICO: •Biópsia da pele, exames de sangue e de urina, radiografia de tórax e, eventualmente, outros exames, de acordo com os sintomas apresentados. 48 DIAGNÓSTICO: •É estabelecido quando 4 ou mais critérios estiverem presentes: •Eritema Malar •Lesão Discóide •Fotossensibilidade •Úlcera Oral •Artrite •Serosite (Pleurite ou pericardite) •Doença Renal (Proteinúria ou cilindruria) •Doença Neurológica (Convulsão ou psicose) •Doença Hematológica (Anemia hemolítica ou leucopenia ou trombocitopenia). •Alteração Imunológica 49 TRATAMENTO: •Corticóide e imunossupressor, dependendo da gravidade. •As lesões de pele podem ser tratadas com medicação de uso tópico. 50 QUEIMADURAS CONCEITO: •Lesões dos tecidos orgânicos em decorrência de trauma de origem térmica resultante da exposição a chamas, líquidos quentes, superfícies quentes, frio, substâncias químicas, radiação, atrito ou fricção. 51 QUEIMADURAS FISIOPATOLOGIA: Principais alterações fisiológicas: •Aumento de permeabilidade capilar e edema: A lesão térmica determina a exposição do colágeno no tecido afetado levando à liberação de histamina → ativa liberação de prostaglandinas → esses mediadores inflamatórios aumentam a permeabilidade capilar aos líquidos → EDEMA. 52 QUEIMADURAS ETIOLOGIA: • Queimaduras térmicas, químicas, elétricas, por radiação, por atrito. 53 CLASSIFICAÇÃO: Relaciona-se com a profundidade da queimadura: 54 CLASSIFICAÇÃO: Relaciona-se com a profundidade da queimadura: •LESÃO DE PRIMEIRO GRAU: •Atinge a epiderme e não provoca alterações na hemodinâmica. •Clinicamente: eritema e dor local sem a presença de bolhas. Ex: queimadura solar. 55 •LESÃO DE SEGUNDO GRAU: •Atinge derme e epiderme. •Característica mais marcante: presença de bolhas. Ex: Lesões por escaldadura. •Lesão de 2º Grau Superficial: lesões bolhosas eritematosas. •Lesão de 2º Grau Profunda: As bolhas de coloração violácea ou esbranquiçada. Diferença da lesão de 3º grau: queimaduras de 2º grau são dolorosas e as de 3º grau não costumam doer. 56 •LESÃO DE TERCEIRO GRAU: •Acomete todas as camadas da pele e pode atingir também outros tecidos (subcutâneo, músculos e ossos). •Característica: Lesão de aspecto duro, inelástico, esbranquiçado ou marmóreo, perda de sensibilidade no local e presença de vasos trombosados. •Ex: Causa elétrica ou térmica. 57 ÁREA ADULTO CRIANÇA Cabeça e Pescoço 9% 18% Membro superior D 9% 9% Membro superior E 9% 9% Tronco anterior 18% 18% Tronco posterior 18% 18% Genitália 1% 1% Coxa D 9% 4,5% Coxa E 9% 4,5% Perna e Pé D 9% 4,5% Perna e Pé E 9% 4,5% SUPERFÍCIE CORPORAL QUEIMADA Para o cálculo da superfície corporal queimada (SQC) podem ser utilizados 2 esquemas: - Esquema de Lund-Browder - Regra dos Nove: - Palma da mão: 1% de SCQ. 58 COMPLEXIDADE DAS QUEIMADURAS PEQUENO QUEIMADO: “Queimado de pequena gravidade”: •Queimaduras de 1ºgrau em qualquer extensão e/ou •Queimaduras de 2º grau com área corporal atingida até 5% em crianças < de 12 anos e •Queimaduras de 2º grau com área corporal atingida até 10% em > de 12 anos. •No pequeno queimado as repercussões da lesão são locais. 59 COMPLEXIDADE DAS QUEIMADURAS MÉDIO QUEIMADO: “Queimado de média gravidade”: • Qualquer queimadura de 2º grau envolvendo mão ou pé ou face ou pescoço ou axila. • Queimaduras de 2º grau com área corporal atingida entre 5% a 15% em < de 12 anos; • Queimaduras de 2º grau com área corporal atingida entre 10% e 20% em > de 12 anos 60 COMPLEXIDADE DAS QUEIMADURAS MÉDIO QUEIMADO: “Queimado de média gravidade”: • Queimaduras de 3º grau com até 10% da área corporal atingida em adultos, quando não envolve face ou mão ou períneo ou pé, • Queimaduras de 3º grau em área menor que 5% da área corporal nos < de 12 anos •Obs.: todo paciente deverá ser reavaliado quanto à extensão e profundidade, 48 a 72 h após o acidente. 61 COMPLEXIDADE DAS QUEIMADURAS GRANDE QUEIMADO: “Queimado de grande gravidade”: •Queimaduras de períneo ou queimaduras por corrente elétrica ou •Queimaduras de 3º grau em mão ou pé ou face ou pescoço ou axila. 62 COMPLEXIDADE DAS QUEIMADURAS GRANDE QUEIMADO: “Queimado de grande gravidade”: •Queimaduras de 2º grau com área corporal atingida maior do que 15% em menores de 12 anos ou •Queimaduras de 2º grau com área corporal atingida maior de 20% em maiores de 12 anos •Queimaduras de 3º grau com mais de 10% da área corporal atingida no adulto e •Queimaduras de 3º grau com área corporal atingida maior que 5% nos menores de 12 anos 63 COMPLEXIDADE DAS QUEIMADURAS GRANDE QUEIMADO: •As repercussões da lesão manifestam-se de maneira sistêmica: Extenso dano à integridade capilar, com perda acelerada de fluidos, via evaporação através da ferida (hipotermia) ou extravazamento no interstício (desequilíbrio hidroeletrolítico). Nas queimaduras superiores a 40% da área corporal, o sistema imune é incapaz de delimitar a infecção, tornando rara a sobrevida nesses casos. 64 TRATAMENTO DA LESÃO DO PACIENTE QUEIMADO QUEIMADURA DE PRIMEIRO GRAU: •Analgesia via oral ou intramuscular e hidratação local com compressas úmidas. QUEIMADURA DE SEGUNDO GRAU: •Além da analgesia e hidratação local: limpeza do local, debridamento de bolhas e confecção de curativos. O paciente deve ser mantido em repouso e com a área queimada elevada. 65 TRATAMENTO DA LESÃO DO PACIENTE QUEIMADO QUEIMADURA DE TERCEIRO GRAU: •Tratamento em centro especializado no atendimento a queimados: tratamento local e sistêmico. Ex: Debridamento cirúrgico, escarotomia, fasciotomia, broncoscopia, enxerto de pele, entre outros. 66 HANSENÍASE •Doença infecciosa, de evolução crônica causada pelo Mycobacterium leprae, que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. INCIDÊNCIA: •O Brasil é o segundo país com maior número de casos de Hanseníase do mundo, perdendo apenas para a Índia. 67 HANSENÍASE TRANSMISSÃO: •Normalmente propagada pelas vias aéreas, após contato freqüente com a pessoa doente. •Contato direto, íntimo e prolongado, com a pele através de feridas de doentes. 68 FATORES DE RISCO: •Baixo nível sócio-econômico, desnutrição e a superpopulação doméstica. LOCAL DE ACOMETIMENTO: •Locais mais comuns: extremidades (braços, mãos, coxas, pernas e pés) e o rosto. 69 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: •Gerais: Área da pele com queda dos pêlos, manchas brancas ou avermelhadas, ressecamento, sensação de formigamento e/ou dormência. 70 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: •Pode ocorrer perda de visão por lesão da córnea; paralisia da mão em forma de “garra”, impossibilidade de flexão dorsal do pé (pé eqüino) e alterações na sudorese. 71 Os tipos dependem da resposta imune do hospedeiro ao bacilo causador da doença: HANSENÍASE INDETERMINADA: • Forma inicial, mais benigna. • Mais comum em crianças. • Geralmente, encontra-se apenas uma a duas lesões localizadas principalmente nas nádegas, coxas e região deltoidiana de limites imprecisos, algumas vezes nítidos, medindo de 1 a 5 cm de diâmetro, cor mais clara que a pele normal. 72 HANSENÍASE INDETERMINADA: 73 HANSENÍASE INDETERMINADA: • Há alteração da sensibilidade, vasomotora e da sudorese com alopécia parcial. • Evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos e para as outras formas da doença em cerca de 25% dos casos. 74 HANSENÍASE TUBERCULÓIDE: 75 HANSENÍASE BORDERLINE (OU DIMORFA): • As lesões lembram pelo aspecto e distribuição, as de reação tuberculóide (pápulas, tubérculos, máculo-pápulas), se diferenciando pela imprecisão dos bordos e tonalidades da cor, que é acastanhada. • O acometimento dos nervos é mais extenso, com anestesia, distúrbio de sudorese (anidrose) e alopécia nas lesões. 76 HANSENÍASE VIRCHOWIANA (OU LEPROMATOSA): • A imunidade é nula e o bacilo se multiplica muito, levando a um quadro grave, com anestesia dos pés e mãos que favorecem os traumatismos e lesões cutâneas que podem causar deformidades, atrofia muscular, rarefação, atrofia e absorção óssea, inchaço dos membros e surgimento de lesões elevadas na pele (nódulos). • Órgãos internos também são acometidos pela doença. 77 ESTADOS REACIONAIS: São períodos de alterações imunes •Na hanseníase borderline: Lesões tornam-se avermelhadas e os nervos inflamados e doloridos. •Na forma virchowiana: Surge o eritema nodoso hansênico (lesões nodulares, endurecidas e dolorosas nas pernas, braços e face, que se acompanham de febre, mal-estar, queda do estado geral e inflamação de órgãos internos). 78 TRATAMENTO •Antibioticoterapia. Específica. Duração: de 6 a 24 meses. •Prevenção: •Vacina BCG, que faz parte do calendário de vacinação infantil. •Quando uma pessoa na casa possui Hanseníase, todos os moradores devem procurar o posto de saúde para exame clínico e aplicação da vacina. 79
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