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Doenças e lesões da pele

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DOENÇAS E LESÕES DA PELE 
 
1 
PELE 
• Maior órgão do corpo humano 
• Tem várias funções 
 
• PROTEÇÃO 
• HIDRATAÇÃO 
• TEMPERATURA 
• ESTÍMULOS 
 
2 
REVISÃO ANATOMIA DO SISTEMA TEGUMENTAR 
• Epiderme: profundidade, tipos de células, não vascularizada 
 
• Derme: tecido conjuntivo, colágeno e elastina, vasos sanguíneos, 
vasos linfáticos e também os nervos e os órgãos sensoriais 
 
• Hipoderme: É um tecido conjuntivo frouxo ou adiposo que faz 
conexão entre a derme e a fáscia muscular 
3 
4 
CÂNCER DE PELE 
 
INCIDÊNCIA: 
Câncer de maior incidência no Brasil: corresponde a cerca de 25% 
de todos os tumores malignos registrados no país. 
 
Mais comum em indivíduos com mais de 40 anos, de pele clara ou 
com doenças cutâneas prévias. 
 
5 
CÂNCER DE PELE 
 
TIPOS: 
Pele: Órgão heterogêneo, que se apresenta em camadas, portanto 
apresenta neoplasias de diferentes linhagens. 
 
6 
CARCINOMA BASOCELULAR: 
•Mais comum, é também o câncer de pele menos agressivo. 
•Corresponde a 70% dos diagnósticos de câncer de pele 
•Origina-se na camada mais profunda da epiderme e dos apêndices 
cutâneos acima da camada basal, como os pêlos. 
 
 FATOR DE RISCO: 
Seu surgimento está diretamente ligado à exposição solar acumulativa 
durante a vida. 
LOCAL DE OCORRÊNCIA: 
A maior incidência deste tipo de câncer de pele se dá na região da cabeça e do 
pescoço, locais de exposição direta aos raios solares. 
7 
CARCINOMA BASOCELULAR: 
 ASPECTO CLÍNICO: 
•Mais comum: Pequenos nódulos brilhantes de cor rósea ou translúcida, 
duras e salientes que aumentam de volume lentamente. 
•Pode ulcerar-se ou formar crostas no centro. Pode sangrar, formar 
crostas e sarar. 
PROGNÓSTICO: 
•Não causa metástase. Pode 
atingir tecidos ao redor, 
cartilagens e ossos. 
8 
CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS/ ESPINOCELULAR: 
 
• 25% dos casos 
 
• Tem origem na camada intermediária da epiderme, podendo também 
surgir no epitélio escamoso das mucosas (língua, mucosa bucal). 
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CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS: 
LOCAL DE OCORRÊNCIA: 
Pode surgir em áreas de pele sadia ou previamente comprometidas por 
cicatrizes de queimaduras antigas, feridas crônicas ou lesões decorrentes do 
efeito acumulativo da radiação solar sobre a pele. 
 
FATOR DE RISCO: 
• Exposição prolongada ao sol, principalmente sem a proteção adequada, 
tabagismo, exposição a substâncias químicas com arsênio e alcatrão e 
alterações na imunidade. 
 
 
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CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS: 
 
ASPECTO CLÍNICO: 
• Surge por meio de uma ferida com superfície crostosa, descamativa 
que não sara, porém, que evolui rapidamente e vem acompanhada de 
secreção e de coceira. 
 
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TRATAMENTO: 
• Em ambos os casos, a cirurgia é o tratamento mais indicado. 
 
• Carcinoma basocelular: pode também ser tratado com medicamento 
tópico ou radioterapia. 
 
• Carcinoma de células escamosas: cirurgia mais precoce possível e 
radioterapia. 
 
PROGNÓSTICO: 
• Pode se disseminar por meio de gânglios e provocar metástase. 
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MELANOMA 
Origina-se dos melanócitos, células que produzem melanina. 
 
• Pode se originar da pele sã, como uma formação cutânea nova, 
pequena e pigmentada, ou de lesões pigmentadas pré-existentes 
("sinais" escuros), como ocorre em cerca de metade dos casos. 
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MELANOMA 
LOCAL DE OCORRÊNCIA: 
•O maior número de lesões aparece nas áreas da pele que ficam 
expostas à radiação solar. 
 
INCIDÊNCIA: 
• Mais freqüente em adultos de pele clara com sardas, cabelos claros 
ou ruivos e olhos claros. 
 
14 
MELANOMA 
ASPECTO CLÍNICO: 
• Lesão escura que aumenta de tamanho em extensão e/ou 
profundidade, 
• com alteração de suas cores originais, 
• surgimento de pontos pigmentados ao redor da lesão inicial, 
• ulceração (formação de ferida), sangramento ou sintomas como 
coceira, dor ou inflamação. 
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MELANOMA 
ASPECTO CLÍNICO: 
 
• Fase inicial: restrito à camada mais superficial da pele. É o 
melanoma "in situ". 
 
• Quando deixa de ser plano, formando lesão elevada na pele, 
também está progredindo em profundidade. 
• Quanto mais profunda e espessa, mais grave, pois aumentam 
os riscos de metástases para outros órgãos. 
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MELANOMA 
As lesões de melanoma apresentam 
as seguintes características: 
Assimetria: formato irregular 
Bordas irregulares: limites externos 
irregulares 
Coloração variada (diferentes 
tonalidades de cor) 
Diâmetro: maior que 6 milímetros 
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MELANOMA 
TRATAMENTO: 
• Cirúrgico e o mais precocemente possível. 
• Radioterapia e a quimioterapia. 
 
PROGNÓSTICO: 
• Alto potencial de produzir metástases. 
• Se o melanoma se não tiver propagado, o índice de cura aproxima-se 
dos 100 % com a cirurgia. 
• Para os melanomas que se tenham propagado, os índices de cura são 
baixos. 
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ÚLCERAS POR PRESSÃO 
CONCEITO: 
•Área localizada de necrose celular que tende a se desenvolver quando o 
tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície 
dura por um período prolongado de tempo. 
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ÚLCERAS DE PRESSÃO 
CAUSAS: 
•Manutenção da pressão local com diminuição/ausência de fluxo sanguíneo 
para pele durante mais de 2 a 3 horas consecutivas. 
 
 
 
 
•Fatores agravantes: 
Fricção da camada externa da pele: Roupas inapropriadas, lençóis 
enrugados, fricção dos sapatos contra a pele. 
A exposição prolongada à umidade: Pode danificar a superfície da pele, 
facilitando a formação da úlcera por pressão. 
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ÚLCERAS DE PRESSÃO 
LOCALIZAÇÃO: 
•Proeminências ósseas. Região sacral e calcâneos. Cerca de 60% das úlceras 
de pressão se desenvolvem na área pélvica ou abaixo. 
21 
INCIDÊNCIA: 
•Comum em indivíduos acamados, com alterações de sensibilidade 
e restrição de mobilidade. 
•Presente em 20% a 60% das pessoas com Lesão Medular. 
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ÚLCERAS DE PRESSÃO 
CLASSIFICAÇÃO / DIAGNÓSTICO: 
Estágio I ao IV: profundidade da lesão 
tecidual: 
 
 
•ESTÁGIO I: 
Alteração da pele intacta relacionada à 
pressão. Indicadores: mudança na 
temperatura (calor ou frio), mudança na 
consistência do tecido (edema, 
endurecimento ou amolecimento) ou 
sensação de coceira ou queimação. 
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CLASSIFICAÇÃO / DIAGNÓSTICO: 
•ESTÁGIO I: 
Pessoas de pele clara: eritema que não embranquece após remoção 
da pressão. Pessoas de pele escura: descoloração, manchas roxas ou 
azuladas. 
 
24 
•ESTÁGIO II: 
A úlcera é superficial e apresenta-se como abrasão, bolha ou 
cratera rasa. 
Perda parcial da pele envolvendo epiderme, derme ou ambas. 
 
25 
•ESTÁGIO III: 
Perda de pele na sua espessura total envolvendo danos ou 
necrose de tec. subcutâneo que pode se aprofundar, como uma 
cratera profunda, não chegando até a fáscia muscular. 
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•ESTÁGIO IV: 
•Perda de pele na sua espessura total com destruição extensa ou 
exposição dos músculos, ossos, ou outras estruturas como tendão 
ou articulações. 
 
27 
ESCARA: Termo inadequado. 
Tecido necrótico que pode cobrir a lesão em estágios avançados. Só após 
o desbridamento é que o estágio da úlcera pode ser identificado de 
acordo com a profundidade ou grau de comprometimento dos tecidos. 
28 
PREVENÇÃO: 
•Inspeção diária da pele das pessoas acamadas, proteção de saliências 
ósseas, mudança freqüente de decúbito (ao menos a cada duas horas) e 
manter a pele limpa e seca. 
 
TRATAMENTO: 
•Antibioticoterapia,higiene local, recursos que favorecem formação de 
tecido de granulação. 
29 
30 
PSORÍASE 
CONCEITO: 
•Doença inflamatória da pele, crônica, não contagiosa. 
CAUSAS: 
•Multigênica, com herança genética em cerca de 30% dos casos. 
31 
PSORÍASE 
 
Fatores desencadeantes / agravantes: 
estresse emocional, traumas ou irritações na pele, quadros 
infecciosos, baixa umidade do ar e uso de alguns medicamentos 
(alguns medicamentos para hipertensão arterial, problemas 
psiquiátricos, malária e hepatite e alguns remédios à base de 
cortisona injetáveis ou via oral.). 
32 
PSORÍASE 
INCIDÊNCIA: 
•Afeta entre 1 a 3 % da população geral e atinge indistintamente 
homens e mulheres, sendo mais freqüente na raça branca. 
•Surge principalmente entre a 2ª e a 4ª décadas da vida, mas em 
15% dos casos pode parecer ainda na infância. 
•Pico de ocorrência em idosos. Com o aumento da idade, há 
diminuição da associação com história familiar. 
33 
PSORÍASE 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
•Caracteriza-se por lesões avermelhadas e descamativas, 
normalmente em placas, que aparecem, em geral, no couro 
cabeludo, cotovelos e joelhos. 
 
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TIPOS: 
•PSORÍASE VULGAR OU EM PLACAS: 
•Mais comum. Atinge 90% dos pacientes. 
•Lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com 
escamas secas, aderentes, prateadas ou acinzentadas. 
•Áreas mais afetadas: cotovelos, joelhos, couro cabeludo, região 
lombo-sacra e umbigo. 
35 
•PSORÍASE UNGUEAL: 
•Em até 90% dos casos a psoríase pode envolver as unhas. Umas das 
principais características da doença é o descolamento da unha 
(onicólise) principalmente nas unhas da mãos. 
•ARTRITE PSORIÁTICA 
 
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•PSORÍASE INVERTIDA: 
Lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras como couro 
cabeludo, joelhos e cotovelos 
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•PSORÍASE GUTATA: 
Pequenas lesões localizadas, em forma de gotas, associadas a 
processos infecciosos. 
Geralmente aparecem no tronco, região proximal de braços e 
coxas. 
Ocorrem com maior freqüência em crianças e adultos jovens 
 
38 
•PSORÍASE ERITRODÉRMICA: 
Lesões generalizadas em 75% ou mais do corpo; 
39 
PSORÍASE PUSTULOSA: 
Lesões com pus nos pés, mãos ou 
espalhadas pelo corpo. 
 
PSORÍASE PALMO-PLANTAR: 
Lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e solas dos 
pés. 
DIAGNÓSTICO: 
•Exame clínico de pele, unhas e couro cabeludo. 
•Biópsia de pele. 
40 
PSORÍASE 
TRATAMENTO: 
•Formas leves: medicamentos 
•Formas mais avançadas: sessões de fototerapia e medicamentos de 
uso interno via oral ou injetável, dependendo do caso. 
•Uso diário de hidratantes para manter a pele com menos escamas. 
 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO 
CONCEITO: 
•Doença auto-imune crônica que afeta múltiplos órgãos e é 
caracterizada por períodos de exacerbações e remissões das 
manifestações clínicas. 
41 
CAUSAS: 
•Herança genética: Familiares têm maior chance de 
apresentar o LES ou outra doença auto-imune. Existe 
também uma alta concordância nos gêmeos monozigóticos. 
•Fatores desencadeantes / agravantes: Luz solar (lesões 
cutâneas) e estresse emocional intenso. 
 
INCIDÊNCIA: 
•Predomínio no sexo feminino (9/1). 
•Primeiros sintomas ocorrem entre a 2ª e 4ª década de vida. 
42 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
43 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
•Sintomas Gerais: Febre, perda de peso e fadiga. 
•PELE E MUCOSA: 
A lesão mais comum é o eritema facial em asa de 
borboleta. 
1/3 desses pacientes referem fotossensibilidade. Úlceras 
orais ocorrem em cerca de 20% dos pacientes. 
A alopecia difusa ocorre na maioria dos pacientes. 
44 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 
•ARTICULAR: 
•Artralgia/artrite de pequenas e grandes articulações, com 
padrão simétrico e em geral poupam a coluna. 
 
•Deformidades e degeneração articular pouco presentes. 
 
45 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 
•SISTEMA CARDIOVASCULAR: 
•As manifestações mais freqüentes são a pericardite ou 
derrame pericárdico. 
 
•SISTEMA PULMONAR: 
•A pleurite é o sintoma pulmonar mais comum. O derrame 
pode em até 50% dos pacientes e a dor pleural em 70%. 
46 
•MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 
•SISTEMA HEMATOLÓGICO: A anemia ocorre em 50% dos 
pacientes. 
 
•RIM : Evidência clínica de lesão renal ocorre em pelo menos 
50% dos pacientes. O quadro renal é um dos fatores 
importantes no prognóstico da doença. 
47 
DIAGNÓSTICO: 
 
•Biópsia da pele, exames de sangue e de urina, radiografia de tórax 
e, eventualmente, outros exames, de acordo com os sintomas 
apresentados. 
48 
DIAGNÓSTICO: 
•É estabelecido quando 4 ou mais critérios estiverem presentes: 
•Eritema Malar 
•Lesão Discóide 
•Fotossensibilidade 
•Úlcera Oral 
•Artrite 
•Serosite (Pleurite ou pericardite) 
•Doença Renal (Proteinúria ou cilindruria) 
•Doença Neurológica (Convulsão ou psicose) 
•Doença Hematológica (Anemia hemolítica ou leucopenia ou 
trombocitopenia). 
•Alteração Imunológica 
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TRATAMENTO: 
•Corticóide e imunossupressor, dependendo da gravidade. 
•As lesões de pele podem ser tratadas com medicação de 
uso tópico. 
50 
QUEIMADURAS 
CONCEITO: 
•Lesões dos tecidos orgânicos em decorrência de trauma de 
origem térmica resultante da exposição a chamas, líquidos 
quentes, superfícies quentes, frio, substâncias químicas, 
radiação, atrito ou fricção. 
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QUEIMADURAS 
FISIOPATOLOGIA: 
Principais alterações fisiológicas: 
•Aumento de permeabilidade capilar e edema: 
 
A lesão térmica determina a exposição do colágeno no tecido 
afetado levando à liberação de histamina → ativa liberação de 
prostaglandinas → esses mediadores inflamatórios 
aumentam a permeabilidade capilar aos líquidos → 
 EDEMA. 
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QUEIMADURAS 
 
ETIOLOGIA: 
• Queimaduras térmicas, químicas, elétricas, por radiação, 
por atrito. 
53 
CLASSIFICAÇÃO: 
Relaciona-se com a profundidade da queimadura: 
54 
CLASSIFICAÇÃO: 
Relaciona-se com a profundidade da queimadura: 
•LESÃO DE PRIMEIRO GRAU: 
•Atinge a epiderme e não provoca alterações na hemodinâmica. 
•Clinicamente: eritema e dor local sem a presença de bolhas. 
Ex: queimadura solar. 
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•LESÃO DE SEGUNDO GRAU: 
•Atinge derme e epiderme. 
•Característica mais marcante: presença de bolhas. Ex: Lesões 
por escaldadura. 
•Lesão de 2º Grau Superficial: lesões bolhosas eritematosas. 
•Lesão de 2º Grau Profunda: As bolhas de coloração violácea 
ou esbranquiçada. Diferença da lesão de 3º grau: queimaduras 
de 2º grau são dolorosas e as de 3º grau não costumam doer. 
56 
•LESÃO DE TERCEIRO GRAU: 
•Acomete todas as camadas da pele e pode atingir também 
outros tecidos (subcutâneo, músculos e ossos). 
•Característica: Lesão de aspecto duro, inelástico, esbranquiçado 
ou marmóreo, perda de sensibilidade no local e presença de 
vasos trombosados. 
•Ex: Causa elétrica ou térmica. 
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 ÁREA ADULTO CRIANÇA 
Cabeça e Pescoço 9% 18% 
Membro superior D 9% 9% 
Membro superior E 9% 9% 
Tronco anterior 18% 18% 
Tronco posterior 18% 18% 
Genitália 1% 1% 
Coxa D 9% 4,5% 
Coxa E 9% 4,5% 
Perna e Pé D 9% 4,5% 
Perna e Pé E 9% 4,5% 
SUPERFÍCIE CORPORAL QUEIMADA 
Para o cálculo da superfície corporal queimada (SQC) podem ser 
utilizados 2 esquemas: 
 - Esquema de Lund-Browder 
 - Regra dos Nove: - Palma da mão: 1% de SCQ. 
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COMPLEXIDADE DAS QUEIMADURAS 
PEQUENO QUEIMADO: “Queimado de pequena gravidade”: 
•Queimaduras de 1ºgrau em qualquer extensão e/ou 
 
•Queimaduras de 2º grau com área corporal atingida até 5% em 
crianças < de 12 anos e 
•Queimaduras de 2º grau com área corporal atingida até 10% em > 
de 12 anos. 
 
•No pequeno queimado as repercussões da lesão são locais. 
59 
COMPLEXIDADE DAS QUEIMADURAS 
MÉDIO QUEIMADO: “Queimado de média gravidade”: 
• Qualquer queimadura de 2º grau envolvendo mão ou pé ou face 
ou pescoço ou axila. 
 
• Queimaduras de 2º grau com área corporal atingida entre 5% a 
15% em < de 12 anos; 
• Queimaduras de 2º grau com área corporal atingida entre 10% e 
20% em > de 12 anos 
60 
COMPLEXIDADE DAS QUEIMADURAS 
MÉDIO QUEIMADO: “Queimado de média gravidade”: 
 
• Queimaduras de 3º grau com até 10% da área corporal atingida 
em adultos, quando não envolve face ou mão ou períneo ou pé, 
 
• Queimaduras de 3º grau em área menor que 5% da área corporal 
nos < de 12 anos 
 
•Obs.: todo paciente deverá ser reavaliado quanto à extensão e 
profundidade, 48 a 72 h após o acidente. 
61 
COMPLEXIDADE DAS QUEIMADURAS 
GRANDE QUEIMADO: “Queimado de grande gravidade”: 
•Queimaduras de períneo ou queimaduras por corrente elétrica ou 
 
•Queimaduras de 3º grau em mão ou pé ou face ou pescoço ou 
axila. 
62 
COMPLEXIDADE DAS QUEIMADURAS 
GRANDE QUEIMADO: “Queimado de grande gravidade”: 
•Queimaduras de 2º grau com área corporal atingida maior do que 
15% em menores de 12 anos ou 
•Queimaduras de 2º grau com área corporal atingida maior de 20% 
em maiores de 12 anos 
 
•Queimaduras de 3º grau com mais de 10% da área corporal 
atingida no adulto e 
•Queimaduras de 3º grau com área corporal atingida maior que 5% 
nos menores de 12 anos 
63 
COMPLEXIDADE DAS QUEIMADURAS 
GRANDE QUEIMADO: 
•As repercussões da lesão manifestam-se de maneira sistêmica: 
 
Extenso dano à integridade capilar, com perda acelerada de 
fluidos, via evaporação através da ferida (hipotermia) ou 
extravazamento no interstício (desequilíbrio hidroeletrolítico). 
 
Nas queimaduras superiores a 40% da área corporal, o 
sistema imune é incapaz de delimitar a infecção, tornando rara 
a sobrevida nesses casos. 
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TRATAMENTO DA LESÃO DO PACIENTE QUEIMADO 
 
QUEIMADURA DE PRIMEIRO GRAU: 
•Analgesia via oral ou intramuscular e hidratação local com 
compressas úmidas. 
 
QUEIMADURA DE SEGUNDO GRAU: 
•Além da analgesia e hidratação local: limpeza do local, 
debridamento de bolhas e confecção de curativos. O paciente 
deve ser mantido em repouso e com a área queimada elevada. 
65 
TRATAMENTO DA LESÃO DO PACIENTE QUEIMADO 
 
QUEIMADURA DE TERCEIRO GRAU: 
•Tratamento em centro especializado no atendimento a 
queimados: tratamento local e sistêmico. 
 
Ex: Debridamento cirúrgico, escarotomia, fasciotomia, 
broncoscopia, enxerto de pele, entre outros. 
66 
HANSENÍASE 
 
•Doença infecciosa, de evolução crônica causada pelo 
Mycobacterium leprae, que acomete principalmente a pele e os 
nervos das extremidades do corpo. 
 
INCIDÊNCIA: 
•O Brasil é o segundo país com maior número de casos de 
Hanseníase do mundo, perdendo apenas para a Índia. 
67 
HANSENÍASE 
 
TRANSMISSÃO: 
•Normalmente propagada pelas vias aéreas, após contato 
freqüente com a pessoa doente. 
 
•Contato direto, íntimo e prolongado, com a pele através de 
feridas de doentes. 
68 
FATORES DE RISCO: 
•Baixo nível sócio-econômico, desnutrição e a superpopulação 
doméstica. 
 
LOCAL DE ACOMETIMENTO: 
•Locais mais comuns: extremidades (braços, mãos, coxas, 
pernas e pés) e o rosto. 
69 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
•Gerais: Área da pele com queda dos pêlos, manchas brancas 
ou avermelhadas, ressecamento, sensação de formigamento 
e/ou dormência. 
70 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 
•Pode ocorrer perda de visão por lesão da córnea; paralisia da 
mão em forma de “garra”, impossibilidade de flexão dorsal do 
pé (pé eqüino) e alterações na sudorese. 
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Os tipos dependem da resposta imune do hospedeiro ao bacilo 
causador da doença: 
 
HANSENÍASE INDETERMINADA: 
• Forma inicial, mais benigna. 
• Mais comum em crianças. 
• Geralmente, encontra-se apenas uma a duas lesões localizadas 
principalmente nas nádegas, coxas e região deltoidiana de limites 
imprecisos, algumas vezes nítidos, medindo de 1 a 5 cm de 
diâmetro, cor mais clara que a pele normal. 
72 
 
HANSENÍASE INDETERMINADA: 
73 
HANSENÍASE INDETERMINADA: 
• Há alteração da sensibilidade, vasomotora e da sudorese com 
alopécia parcial. 
• Evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos e 
para as outras formas da doença em cerca de 25% dos casos. 
74 
HANSENÍASE TUBERCULÓIDE: 
75 
HANSENÍASE BORDERLINE (OU DIMORFA): 
• As lesões lembram pelo aspecto e distribuição, as de reação 
tuberculóide (pápulas, tubérculos, máculo-pápulas), se 
diferenciando pela imprecisão dos bordos e tonalidades da cor, 
que é acastanhada. 
• O acometimento dos nervos é mais extenso, com anestesia, 
distúrbio de sudorese (anidrose) e alopécia nas lesões. 
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HANSENÍASE VIRCHOWIANA (OU 
LEPROMATOSA): 
• A imunidade é nula e o bacilo se 
multiplica muito, levando a um quadro 
grave, com anestesia dos pés e mãos 
que favorecem os traumatismos e 
lesões cutâneas que podem causar 
deformidades, atrofia muscular, 
rarefação, atrofia e absorção óssea, 
inchaço dos membros e surgimento de 
lesões elevadas na pele (nódulos). 
• Órgãos internos também são 
acometidos pela doença. 
77 
ESTADOS REACIONAIS: 
São períodos de alterações imunes 
•Na hanseníase borderline: Lesões tornam-se avermelhadas e 
os nervos inflamados e doloridos. 
 
•Na forma virchowiana: Surge o eritema nodoso hansênico 
(lesões nodulares, endurecidas e dolorosas nas pernas, 
braços e face, que se acompanham de febre, mal-estar, queda 
do estado geral e inflamação de órgãos internos). 
78 
TRATAMENTO 
•Antibioticoterapia. Específica. Duração: de 6 a 24 meses. 
 
•Prevenção: 
•Vacina BCG, que faz parte do calendário de vacinação infantil. 
•Quando uma pessoa na casa possui Hanseníase, todos os 
moradores devem procurar o posto de saúde para exame 
clínico e aplicação da vacina. 
79

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