Buscar

ATPS01.2015

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Universidade Anhanguera -UNIDERP
Centro de Educação à Distância
CURSO DE PEDAGOGIA 
FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DE LÍNGUA PORTUGUESA
TUTOR: Mª ROSEMEIRE FRARIAS
LUAMY CONQUE MONTEIRO 418930
NATASUYANE MARTINS 411567 
 
Campo Grande - MS
2015
INTRODUÇÃO
A língua materna (ou língua nativa) é a primeira manifestação linguística a que uma criança tem contato. A fala que aprendemos quando criança é o motor real da comunicação verbal, tornando a linguagem informal a primeira forma de socialização dos indivíduos.
No entanto, a língua muda conforme o grupo social, a região, e o contexto histórico. São as chamadas variações linguísticas, objeto de estudo científico da Linguística que tenta explicar como a linguagem humana funciona valorizando e considerando as especificidades. Quando, numa tradição cultural dentro de um país, é negada a existência de variantes linguísticas caracterizando-as como deficiente acontece o preconceito linguístico. 
Esta ATPS no traz uma reflexão sobre essas temáticas.
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE FALA E ESCRITA
FALA
ESCRITA
1. Acontece sempre em um determinado contextos, as referências são claras( isto aqui, aquela coisa lá).
1. Deve ser bem especificadas para criar um contexto próprio.
2. O falante e o ouvinte estão em contato direto, e a interação acontece por troca de turnos.
2. O leitor não está presente quando se escreve e não há interação, exceto na conversa via internet ou telefone celular, embora não tão imediata quanto oral.
3. O interlocutor é, geralmente, alguém especifico.
3. Muitas vezes, o leitor nã é conhecido pelo escrito.
4. Como existe interação, as reações são, normalmente, imediatas e podem ser:
Verbais: perguntas, comentário, murmúrios, resmungos etc.
Não verbais: expressões faciais ou corporais.
4. Não é possível o escritor conhecer a reação imediata do leitor. Ele pode, no entanto, anteciparas reações comentar no texto. Nas interações eletrônicas, existem osemoticons( aquelassimpáticas carinhas).
FALA
ESCRITA
5. A fala é transitória. Se o interlocutor não compreender alguma coisa, pode interagir.
5. A escrita é permanente e pode ser lida e relida quantas vezes for necessário para a compreensão.
6. Há hesitações, frases incompletas, pausas e redundâncias.
6. Espera-se maior estruturação da linguagem, organizada em forma de texto e construída com maior cuidado.
7. Existe uma série de recursos para a transmissão do significado: tonicidade, ritmo e entonação. As expressões faciais e os gestos servem a esse propósito.
7. Os recursos são gráficos como: pontuação, letra maiúsculas, aspas, tipo de letras etc. Agora também os emoticons.
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE FALA E ESCRITA
FONÉTICA ALTERADA NO MOMENTO DA FALA
 PEIXE - PEXE
 OURO - ORO
 ALFACE - ALFACI
Fonte: http://www.ig10.net/peixes-ornamentais.html
Fonte: www.google.com
Fonte: http:/www.google.com
 TRAVESSEIRO - TRAVISSERÚ
 QUEIJO - QUEJO
FONÉTICA ALTERADA NO MOMENTO DA FALA
Fonte: http://www.google.com/caixa
Fonte: http://www.baratosdaribeiro.com.br/clubeda
leitura/2011/05/15/quem-mexeu-no-meu-queijo-por-
igor-dias/
Fonte: www.acclaimajes.com
 CAIXA - CAXA 
FONÉTICA ALTERADA NO MOMENTO DA FALA
 ALMOÇO - ALMOÇU
CARANGUEIJO - CARANGUEJO
 GELADEIRA - GELADERA 
Fonte: www.google.com
Fonte: www.google.com/design-nico-e-diferenciado 
http://www.dreamstime.com
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
ABÓBORA - fruto da aboboreira, uma planta rasteira da família das cucurbitáceas, a abóbora possui diferentes denominações no Brasil, como moranga, na região Sul, e jerimum na região Norte e Nordeste.
MANDIOCA - é uma raiz branca utilizada para a culinária. Ela recebe esse nome na região sul do Brasil. Na região Nordeste do Brasil é conhecida como macaxeira.
SALSICHA - é um produto de alimentação, é feito a partir de carne cruas, gordura animal, ervas, especiarias e outros ingredientes. É conhecida como vina em Curitiba e arredores.
Fonte: ttp://www.brasilescola.
com/saude/abobora.htm
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Man
dioca
Fonte: http://www.revistaescola.
abril.com.br
ESTOJO - pequena bolsa para guardar, transportar e organizar lápis, caneta e pequenos objetos escolares e de uso pessoal. Em algumas localidades do estado do Paraná e Santa Catarina, é conhecido como penal.
CANJICA é o nome dado a uma espécie de milho branco e também ao prato que é preparado com esse milho e outros ingredientes. No Nordeste, o prato recebe o nome de munguzá, em Minas Gerais de piruruca, no Rio de Janeiro de canjiquinha e no Sudeste de curau.
REFRIGERANTE - é uma bebida gasosa, não alcoólica e não fermentada fabricada industrialmente. No estado do Paraná é conhecida como gasosa e em Minas Gerais como tubaína.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Fonte: http://cheirodevanilla.blog
spot.com.br/2012/02/penal-pencil-
case.html
Fonte: http://editoraeuropa.com.br/
vegetarianos/canjica/
Fonte: http://restauranteemsp.com.br/
blog/refrigerantes-que-marcaram-
nossa-infancia/
URUCUM, nome da planta, tem sua origem na Floresta Amazônica e muito utilizada pelos índios. Nas culinária nordestina é chamado por “urucum”, e na região sul por “colorau”, que é o pó obtido da planta.
No Sul, este legume é mais conhecido por SALSÃO, embora hoje, em função das grandes redes de mercados, o nome “aipo” também esteja mais difundido. Mas na região nordeste é aipo. 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Fonte: http://imacbyartes.blogspot.
com.br/2011/04/urucum.html
Fonte: ttp://www.cnph.embrapa.br/
hortalicasnaweb/aipo.html
NÃO SE FALA COMO SE ESCREVE
Em todas as línguas, as pessoas falam de um jeito e escrevem de outro. A fala e a escrita são duas modalidades diferentes da língua. 
A língua escrita exige certos padrões, em comparação às regras da gramática normativa. Isso ocorre porque, ao falar, as pessoas podem recorrer a outros expedientes para que a comunicação ocorra. Pode-se, por exemplo, pedir que se repita o que foi dito. Ainda há os gestos, os trejeitos individuais, etc. que nos auxiliam a entender o nosso interlocutor. Já na linguagem escrita, a interação é mais complicada, o que torna necessário assegurar que o texto escrito dê conta da comunicação. Por essa razão, a fala e a escrita exigem conhecimentos diferentes. O português na variante padrão exige que se escreva corretamente. Essas diferenças geram muitos conflitos.
Nesta placa tem dois erros ortográficos: 
CEM e AGROTOXIO. 
SEM e AGROTÓXICO são as formas corretas.
FONTE: libertosdoopressor.blogspot.com
FONTE:http://caloteiro.blogspot.com.br/2012/02/top-7-placas-com-erros-de-ortografia.html
Nesta placa tem dois erros ortógraficos;
VENDE-SI e e CAZA.
VENDE-SE e CASA são as formas corretas
Além disso, o N está espelhado.
EXEMPLOS DE ERROS ORTOGRÁFICOS
FONTE: turma304.escolanereuramos.com.br
Nesta placa tem um erro ortográfico: IRMÕES. IRMÃOS é a forma correta.
FONTE:http://libertosdoopressor.blogspot.com.br/2011/08/erros-ortograficos-incriveis-em-placas.html
Nesta placa tem um erro ortográfico: CREXE CRECHE é a forma correta.
	
EXEMPLOS DE ERROS ORTOGRÁFICOS
LINGUAGEM VERBAL E A COMUNICAÇÃO
O PODER DA PALAVRA
 
A comunicação constitui a base das relações interpessoais, sendo um elemento fundamental na construção do homem enquanto ser.
Comunicação verbal é todo tipo de passagem ou troca de informações por meio de linguagem escrita ou falada. Nem a língua, nem a fala são imutáveis. A língua evolui transformando, historicamente, algumas palavras que perdem ou ganham certos fonemas.
Dentro do nosso processo de aprendizagem seguidamente nos pedem não só para adquirir informação, mas também sermos capazes de compreendê-la e comunicá-la. 
Por isso é importante que desenvolvamos nossa capacidade para planificar e produzir informações tanto oral quanto escrita.
ESOPO: A melhor e a pior coisa do mundo 
A língua assim como diz a parábola ela é a melhor e a pior coisa do mundo, onde temos uma capacidade de dialogarmos com as outras pessoas, mas temos que ficar atento para tudo aquilo que falamos, pois podemos dizer coisas boas agradar a humanidade, mas podemos também dizer coisas ruim que poderá causar intrigas.
www.canstockphoto.com.br/…-imagens/conversando.htm.
 ESOPO: A melhor e a pior coisa do mundo 
Verificamos que de acordo com a parábola, e tendo em vista que a leitura é condição essencial para que se possa compreender o mundo, os outros, as próprias experiências e a necessidade de inserir-se no mundo da escrita, torna-se imperativo que o aluno desenvolva habilidades linguísticas para que possa ir além da simples decodificação de palavras. É preciso levá-lo a captar por que o escritor está dizendo o que o texto está dizendo, ou seja, ler o que está sendo apresentado.. Pode-se fazer mais: proporcionar ao aluno experiências de leitura que o levem não só a assimilar o que o texto diz, mas também como e para quem diz.
Sabemos que o meio de expressão de todas as línguas humanas é o som produzido pelo aparelho fonador, A comunicação humana é um processo que envolve a troca de informações, onde existe uma infinidade de maneiras de se comunicar, quando conversamos os componentes da fala formam um ambiente propício através dos gestos, expressões faciais, tons de voz que complementam, modificam, reforçam o que dizemos.
Através da língua o falante tem a liberdade de expor a situações e acontecimentos que vivencia no seu dia-a-dia. Dessa maneira, na comunicação oral é necessário ter a participação de mais um interlocutor, onde o ato de falar é diferente do ato de escutar.
GÊNEROS LITERÁRIOS
Os gêneros literários são conjuntos de princípios semânticos, estilísticos e formais usados pelos autores em suas criações para qualificá-las de acordo com a sua perspectiva da realidade e para quem se destinam.
Dividem-se em: 
LÍRICO
Seu nome vem de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos. Textos de caráter emocional centrados na subjetividade dos sentimentos da alma. Predominam as palavras e pontuações de 1ª pessoa. O “eu - lírico” que pode ser masculino ou feminino independente do autor.
DRAMÁTICO 
Representam o gênero dramático os textos, em poesia ou prosa, feitos para serem representados teatralmente. Compreende as seguintes modalidades:
Tragédia: é a representação de um fato trágico, apto a despertar compaixão e terror.
GÊNEROS LITERÁRIOS
Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil, geralmente critica os costumes.
Tragicomédia: é a mistura do trágico com o cômico. Antigamente significava a mistura do real com o imaginário.
Farsa: pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, criticando a sociedade e seus costumes.
ÉPICO
Na estrutura épica temos: o narrador, que conta a história praticada por outros no passado; a história, a sucessão de acontecimentos; as personagens, em torno das quais giram os fatos; o tempo, o qual geralmente se apresenta no passado e o espaço, local onde se dá a ação das personagens. Quando as ações são narradas por versos, temos o poema épico ou Epopeia.
GÊNERO NARRATIVO
É visto como uma variante moderna do gênero épico. Caracterizado por se apresentar em prosa.
Encontramos as seguintes modalidades: romance, novela, conto, fábula e crônica. 
•Épico (narrativo)
COMÉDIA
Para diferenciar a comédia da tragédia, Aristóteles diz que, "enquanto esta última trata essencialmente de homens superiores (heróis), a comédia fala sobre os homens inferiores (pessoas comuns da sociedade, a pólis)". 
A comédia é um tipo de gênero teatral que tem por objetivo criticar, satirizar a sociedade e o comportamento humano através do ridículo. Visa provocar o riso, o prazer e a diversão e, a princípio, surgiu dos cantos feitos em homenagem a Dionísio na Grécia, ou Baco em Roma. Sua aparição oficial se daria em 486 a. C. Sua evolução da comédia na Grécia se deu em três fases: Comédia Antiga, Comédia Mediana, Comédia Nova.
Em Roma, apesar da comédia não ter alcançado os níveis atingidos na Grécia, distinguiram-se os seguintes tipos de comédia: Atelanas, Paliata, Togata.
Durante a idade Média a comédia praticamente desapareceu para ressurgir na Renascença. Inicialmente destacou-se Gil Vicente com o teatro popular. Depois floresce na Itália com a Comédia Dell'arte, na Inglaterra (Shakespeare, e outros), na França (Molière) e muitos outros que elevaram a comédia a um patamar pouca vezes igualados. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao findar este trabalho podemos reconhecer as diversidades/variações e a diferença da linguagem oral e a escrita – que são necessárias para o exercício da cidadania .
 É de fundamental importância que o individuo tenha o domínio da língua para conseguir atuar como sujeito ativo na sociedade e assim marcar uma posição de ordem social dentro do contexto cultural.
A escola deve aceitar e receber as crianças sem preconceitos linguísticos e não menosprezar os conhecimentos trazidos da língua materna, porem tem como dever de ensinar os alunos a utilizar a linguagem oral e escrita de forma competente, nas diferentes situações comunicativas, em diferentes situações.
REFERÊNCIAS
BORBA, Daniela Farias Garcia de; BORBA, Marcelo Barros de. Variação Linguística na Culinária Brasileira: Regiões Nordeste e Sul. Disponível em: http://www.reitoria.uri.br/~vivencias/Numero_010/artigos/artigos_vivencias_10/l27.htm. Acesso em 14 Abril de 2015.
GOMES, Maria Lucia de Castro. Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa. Curitiba. IBPEX. 2011.
SÉRGIO, Ricardo. A comédia: estudos literários. Disponível em: htttp://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/2173912. Acesso em 30 de março de 2015.
STALLONI, Yves. Os gêneros literários. Rio de Janeiro. DIFEL, 2001.
ESOPO. A melhor e a pior coisa do mundo. Disponível em: <https://docs.google.com/file/d/0B8qKHuHMENvZGZkdUhDN2FjRDQ/edit?usp=sharing >.Acesso em 28 março 2015.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais