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Aula 01 - EXTINCAO DO PROCESSO

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PROCESSO DE CONHECIMENTO II – Prof. Francis Vanine de Andrade Reis
AULA 1
EXTINÇÃO DO PROCESSO DE CONHECIMENTO
Conceito: a fase cognitiva do processo de conhecimento chega ao seu momento resolutivo através da prolatação de uma sentença (provimento final), que é o ato processual de resposta do Estado-Juiz ao exercício do direito-de-ação. Na sistemática do CPC, essa resposta pode ser de duas formas: com resolução do mérito (art. 269) e sem resolução do mérito (art. 267). Seqüência lógica da análise de matérias no processo: 1. matéria de processo (pressupostos processuais); 2. matéria de ação (“condições da ação”); 3. matéria de mérito.
OBS: 1. Toda sentença possui um “julgamento”?: na realidade, há sentenças que não possuem nenhum juízo de valor do magistrado, apenas confirmam a vontade das partes. É o que acontece nas hipóteses dos incisos II (reconhecimento da procedência do pedido); III (transação) e V (renúncia), do art. 269, bem como na hipótese do art. 267, VIII (desistência) e VII (convenção de arbitragem) – são as chamadas falsas sentenças de mérito (porque não resolvem propriamente o pedido do autor). Daí, nos termos da Lei 11.232/2005, os referidos artigos tiveram os seus caputs alterados com a substituição da expressão julgamento pela expressão resolução, que é adequada tanto para as hipóteses de efetivo julgamento, bem como as de mera homologação de vontade. 
2. O que é mérito? Para Liebman, são todas as questões controvertidas do processo. Na minha opinião, envolve todas as questões de direito material presentes no processo. 
3. O que é direito material? O direito que fundamenta a causa de pedir próxima seja de que natureza for, ou alegado na defesa, quando não visar o encerramento do processo por vício de procedimento. 
4. Com a sentença há realmente extinção do processo? Não. Com a sentença, encerra-se, apenas, a fase cognitiva do procedimento (continuará esse, ainda, sob os princípios do processo, com a fase recursal e de cumprimento da sentença, até o ato final, que é o arquivamento dos autos – tais fases, porém, são eventuais). 
5. Resolução: não é o mesmo conceito de direito civil (extinção judicial do contrato por inadimplência de uma das partes).
Hipóteses de extinção do processo sem resolução do mérito: (art. 267) – sentença terminativa: juiz põe fim à relação processual sem dar uma resposta (positiva ou negativa) ao pedido do autor, ou seja, sem outorgar-lhe a tutela jurisdicional, que se revelou inadmissível diante das circunstâncias do caso concreto (HTJ).
Indeferimento da petição inicial: (art. 267, I) – quando ocorrer alguma das hipóteses do art. 295 do CPC e 284, CPC, a fase cognitiva do procedimento deverá ser encerrada no primeiro contato deste com o juiz (via de regra) – só ocorre antes da citação do réu (Marcus Vinícius Rios Gonçalves). Vale observar que, apesar da redação do artigo 267, I, nem todas as hipóteses do artigo 295 envolvem extinção sem julgamento de mérito. É o caso do inciso IV (decadência ou prescrição)�. Quando o processo for extinto dessa forma, caberá recurso de apelação pelo procedimento especial do art. 296 do CPC. Além dessas hipóteses, há a da sentença de improcedência liminar (art. 285-A� do CPC), a qual envolve julgamento do mérito, porque já houve sentenças de improcedência semelhantes na Vara para qual a petição inicial foi distribuída. 
Abandono do processo: presunção de desistência – desaparecimento do interesse (HTJ)
2.2.1. Abandono bilateral (art. 267, II): ocorre quando ambas as partes não tomam nenhuma providência que lhes competia dentro do processo no prazo de 01 (um) ano. A hipótese é excepcional, porque o processo segue o princípio do impulso oficial (ou seja, o juiz é quem dá andamento à causa). Mas pode ocorrer, por exemplo, quando as partes requerem a suspensão consensual do processo porque fizeram um acordo, não informando seus termos em juízo para homologação e, depois de um ano, não se manifestam mais. Para que o juiz finalize seu ofício, será necessário, primeiramente, nos termos do art. 267, §1º, intimar pessoalmente as partes� para que, no prazo de 48 horas (prazo peremptório), dêem andamento ao feito, sob pena de extinção. Essa intimação só poderá ser feita ao advogado, como vem entendendo a jurisprudência, no caso de a parte não ser localizada, quando, por ficção legal, terá o mesmo efeito. As custas, nesse caso, serão divididas proporcionalmente entre as partes (art. 267, §2º) – aqui não há condenação em honorários (Elpídio Donizetti).
OBS: dispensa da intimação pessoal: advogado que litiga em causa própria� - em sentido contrário, HTJ defende a intimação pessoal considerando se tratar de solenidade legal indispensável, na forma do 247, CPC, porque a intimação pela imprensa é presumida.
2.2.2. Abandono unilateral (art. 267, III): ocorre quando o autor deixa de promover diligência que lhe competia dentro do processo, no prazo de 30 dias (prazo não peremptório). Ex: autor intimado para pagar diligência de oficial de justiça para citação de parte. Não é hipótese muito comum por conta do princípio do impulso oficial. Também, para ocorrer, depende de intimação pessoal (porque o feito pode estar parado por inépcia ou desinteresse do advogado). As custas, nesse caso, serão por conta do autor (art. 267, §2º), que também será condenado a pagar os honorários de advogado do demandado.
OBS: Antes do oferecimento da resposta do demandado: nessa hipótese, após a intimação pessoal, o juiz pode extinguir o processo, mesmo de ofício (Marcus Vinícius Rios Gonçalves). 
Depois do oferecimento da reposta do demandado: após a intimação pessoal do autor, o juiz deve ouvir o demandado (S. 240, STJ), visto que, em caso contrário, poderia estar aceitando uma desistência indireta (tácita), o que não é permitido (art. 267, §4º). Se o demandado não concordar com a extinção, deve o processo ter resolução do mérito (se isso for possível) – se o réu for inerte, deve o juiz aguardo o prazo de 01 ano para configuração do abandono bilateral (Marcus Vinícius Rios Gonçalves).
Repetição do abandono pelo autor: por três vezes, gera perempção (268, parágrafo único, CPC) – abuso do direito de ação.
Ausência de algum dos pressupostos processuais: (art. 267, IV) – apenas nos casos de vícios insupríveis ou supríveis não corrigidos. Ex.: ausência de capacidade postulatória. Correção na fase das providências preliminares (via de regra) ou na determinação de emenda da petição inicial (art. 284, por analogia) – se o juiz extinguir de ofício, o réu arca com ônus da sucumbência pelos atos praticados inutilmente (267, §3º, CPC – a matéria, inclusive, pode ser revista pelo juiz a qualquer tempo - Elpídio Donizetti e HTJ�) – EXCEÇÃO: 249, §2º, CPC – juiz pode extinguir o processo com resolução do mérito a favor da parte que se aproveite da nulidade.
Perempção, litispendência ou coisa julgada: 267, V, CPC - não permitem repropositura - pressupostos processuais objetivos-negativos (não podem existir para a constituição do processo) – visa estabilidade nas relações:
Perempção: impedimento de legitimação do interesse requerida pelo autor porque esse deu causa à extinção do processo, por três vezes, por abandono unilateral seu (art. 268, parágrafo único c/c art. 267, III). Não poderá receber, em sua quarta busca, a qualquer resposta positiva à eliminação dos obstáculos para fruição do direito, que quer ver constituído a seu favor, requerida nas três vezes anteriores. Em nada, porém, atinge o direito material, que poderá ser regularmente alegado como defesa, em outro processo.
Litispendência: repetição de demandada anteriormente ajuizada e ainda não julgada. Identidade de partes, pedido e causa de pedir (elementos da ação). A que foi ajuizada em segundo lugar, deve encerrar-se, considerando sua inutilidade em face da primeira. Ex. pedidos sucessivos de separação litigiosa (o primeiro do marido e o segundo da esposa); pedidos sucessivos de rescisão contratual etc. 
Coisa julgada: indiscutibilidade do conteúdo do provimentoque foi construído com obediência ao devido processo legal. Decisão já legitimada. Impede novo provimento porque já houve solução anterior para a lide.
Carência de ação: art. 267, VI – ausência de legitimidade, interesse para agir ou possibilidade jurídica (não permitem repropositura por simples repetição). 
Convenção de arbitragem: método de heterocomposição - 267, VII – Lei 9.307/1996 – presença de cláusula compromissória (4º, L. 9.307/1996 – antecedente ao conflito) ou compromisso arbitral (9º, L. 9.307/1996 – após o surgimento do conflito – antes, através de documento particular assinado por duas testemunhas ou documento público, ou após o ajuizamento da demanda, por termo nos autos) - a questão será decida no juízo arbitral, não judicialmente�. Poderá, é claro, como qualquer ato jurídico, ser discutida judicialmente, sob a alegação de nulidade em sua formação, buscando a desconstituição da sentença arbitral (33, L. 9.307/1996) – depende de provocação da parte (301, §4º, CPC), porque pode ser objeto de renúncia tácita.
Desistência do autor: art. 267, VIII – abandono expresso do processo pelo autor. Diferentemente da renúncia (abrir mão), não atinge o direito material, que poderá, novamente, ser objeto de eventual fruição por conta de outro processo, salvo se ocorrer causa impeditiva superveniente (ex. decadência). O requerimento do autor, até a apresentação da contestação, não depende de concordância da outra parte (desistência unilateral) – só produz efeitos após homologada judicialmente (158, parágrafo único, CPC). Após o “prazo da resposta”, deve o demandado concordar (art. 267, §4º - desistência bilateral) – na verdade, após a apresentação de contestação, porque não se exige intimação do revel – o juiz homologará a desistência, também, se houver silêncio do réu ou discordância imotivada (Marcus Vinícius Rios Gonçalves) – só cabe até a prolatação da sentença�.
OBS: litisconsórcio de demandados: extinção apenas com a concordância de todos (Vicente Greco). Mas, na desistência parcial (apenas contra um), não há necessidade de tal providência, bastando a oitiva do que será atingido por tal pedido do autor (ex. despejo c/c cobrança – desistência em relação a um dos fiadores – obrigação solidária).
Intransmissibilidade: art. 267, IX – hipótese excepcional - a regra geral é a transmissibilidade pela sucessão processual, com a suspensão do processo (art. 265, I), porque as obrigações atingem o patrimônio. Direitos personalíssimos (obrigações que atingem a pessoa). Ex. obrigação personalíssima; divórcio; separação; alimentos (via de regra); interdição.
OBS: pedido com parte transmissível e parte intransmissível: cabe prosseguimento do processo, com redução objetiva da lide (Elpídio Donizetti).
Confusão: art. 267, X – quando uma das partes confunde-se na condição de credor e devedor da outra (art. 381 a art. 384, NCCB). Ex.: 1. dívida de filho único com o pai, sendo cobrada na Justiça. Pai falece durante o processo. Filho passa a ser credor (porque recebeu o crédito pela herança) e devedor ao mesmo tempo – aplica-se também a regra em caso de comunhão de patrimônio e fusão ou incorporação de sociedades; 2. Locatário que no curso da ação de despejo adquire o imóvel; 3. Reivindicante que se torna legatário do bem reivindicado – CRÍTICA: na verdade, envolve o mérito (causa de extinção da obrigação�).
Nos demais casos previstos no CPC: art. 267, XI – fórmula genérica – casos não previstos no rol do art. 267, mas possuem a mesma natureza: art. 47, parágrafo único (extinção porque o autor não promoveu a citação do litisconsorte necessário); 284, CPC (ausência de emenda da inicial); 265, §2º, CPC (ausência de constituição de advogado em caso de morte do originário).
Repetibilidade dos processos extintos sem resolução de mérito (art. 268): Via de regra, sim (não houve julgamento do mérito – a lide não foi objeto de decisão legitimadora do interesse de uma das partes). Basta a parte pagar as custas e honorários de advogado do feito arquivado, bem como as custas do novo – nesses casos, o novo processo tem de ser distribuído por dependência (art. 253, II, do CPC). Exceções�: perempção, litispendência e coisa julgada (267, V) = razões lógicas (poderá novo feito ser intentado, mas ele será novamente encerrado pelos mesmos motivos do encerramento anterior – parte que assim agiu pode ser condenada na litigância de má-fé – art. 17, I e art. 14, III, CPC; perdas e danos em procedimento autônomo – art. 187, CCB). 
OBS: Custas processo anterior: tal informação será prestada pelo demandado, visto que o magistrado não terá conhecimento dela. 
Hipóteses de extinção sem julgamento de mérito por iniciativa do magistrado (de ofício): art. 267, §3º - matérias de ordem pública – ausência de pressupostos processuais (art. 267, IV); condições da ação (art. 267, IV) e presença de perempção, litispendência e coisa julgada (art. 267, V). Também, é de iniciativa do magistrado, a hipótese de abandono bilateral (art. 267, II). Nos demais casos, depende de provocação do demandado. Mesmo nos citados (com exceção do art. 267, II) o demandado tem o dever de alegar, na primeira oportunidade possível, a causa de extinção, apesar de poder ser reconhecida de ofício, pena de responder pelas custas do retardamento que provocou (abuso do direito de defesa). Assim, mesmo não sendo sucumbente da demanda, haverá, nessa hipótese, uma inversão parcial do ônus da sucumbência (princípio da causalidade). 
OBS: Efeitos secundários da extinção do processo sem julgamento do mérito: a) cessação da litispendência (coisa deixa de ser litigiosa; juízo deixa de ser prevento, salvo para repropositura (253, II, CPC); alienação ou oneração de bens não importa em fraude de execução); b) interrupção da prescrição e constituição em mora: desde que a inicial não tenha sido indeferida e o réu tenha sido citado.
Hipóteses de extinção do processo com julgamento de mérito: art. 269 – sentença definitiva – acolhimento ou rejeição do pedido do autor.
Acolhimento ou rejeição do pedido do autor: art. 269, I – solução ordinária e natural da fase cognitiva do processo, ao contrário das soluções do art. 267, que são consideradas anômalas. Julgamento de procedência (acolhimento do pedido) ou de improcedência (inacolhimento) do pedido – análise dos fundamentos jurídicos e provas�.
Reconhecimento da procedência do pedido�: art. 269, II, CPC (submissão) – legitimação, pelo demandando (pessoalmente, ou por advogado com poderes especiais – 38, CPC), do interesse do autor – aceitação do pedido em seus termos – vincula o magistrado (via de regra), porque as partes são as destinatárias do provimento final e, portanto, as principais responsáveis por sua construção. Logo, sentença de procedência do pedido. Hipótese de autocomposição, independente da vontade do autor, beneficiado. EXCEÇÕES: 
Pedido que objetiva a prática de ato ilícito (art. 129, CPC c/c art. 186, 166 e 167, CCB);
 Direitos indisponíveis: e.g. incapaz (art. 1.749, II, CCB); alimentos (art. 1.707, CCB).
OBS: Confissão (fatos desfavoráveis – art. 348 – não resulta, sempre, em sentença favorável ao autor) x reconhecimento do pedido (via de regra, resulta na procedência do pedido): Sentença meramente homologatória (sem conteúdo decisório – o conteúdo decisório está contido no reconhecimento homologado – é ele o título executivo, somado com a petição inicial e sentença que lhe deu tal força).
Reconhecimento integral do pedido: extinção do processo (hipótese de julgamento antecipado).
Reconhecimento parcial: antecipação de tutela da parte incontroversa e prosseguimento do processo em face da parte controvertida (273, §3º, CPC).
Transação: art. 269, III – concessões recíprocas (840, CCB) – autocomposição – autorresolução da lide pelas partes, sem a interferência do Estado-Juiz na decisão. Logo, não pode ser por “coação”, seja da parte, seja do magistrado, pena de nulidade do ato (art. 151 e 849, CCB – possibilidade de anulação por erro�, dolo ou coação – discutido em outro processo).Vincula o magistrado�, salvo se não houver permissão do direito material (mesmas hipóteses do art. 269, II, CPC e 841, CCB). Pode ser espontânea (petição das partes) ou provocada (convocação para conciliação em audiência, seja nas comuns do procedimento – AIJ, 331, 276 etc) ou designada para esse fim (art. 125, IV). Renúncia parcial do autor + reconhecimento parcial do demandado. Sentença sem conteúdo decisório – meramente homologatória (conferência apenas da capacidade das partes, licitude do objeto e regularidade formal do ato) - é ela o título executivo, somado com a petição de acordo – ou termo de audiência – e sentença que lhe deu tal força – não guarda, necessariamente, relação com o objeto do processo, podendo ser mais ampla (princípio da economia processual – 475-N, III, CPC) – só gera efeitos em relação aos transatores (844, CCB) e é interpretada restritivamente (843, CCB) – entre os transatores gera efeitos antes mesmo da homologação judicial, o que a torna irretratável unilateralmente (HTJ�).
OBS: Transação parcial: prosseguimento do processo quanto à parte restante – decisão interlocutória e força de sentença (redução objetiva da lide).
Reconhecimento de decadência ou prescrição: art. 269, IV, CPC –Decadência: extinção do direito material “com prazo de validade” pelo não uso no tempo legal (direito potestativo). Prescrição: exceção (defesa) adquirida pelo demandado pela ausência de busca do autor em fazer valer seu interesse dentro do tempo legal (atinge a exigibilidade da pretensão). Ambas envolvem o mérito, porque envolvem direito material (extinção do direito do autor na primeira hipótese, e direito adquirido do demandado na segunda). Ambas podem ser reconhecidas do ofício pelo magistrado (295, IV, c/c 219, §5º, CPC e 210, CCB) – se for hipótese de indeferimento da inicial, o escrivão comunicará da decisão o réu ainda não citado (219, §6º, CPC).
Renúncia do autor: art. 269, V – autor abre mão do reconhecimento de seu interesse, reconhecendo o do demandado. Autocomposição – construção do conteúdo do direito objetivo material – criação de direito subjetivo do demandado (independente de sua vontade, porque beneficiado). Julgamento de improcedência do pedido do autor – pode ser realizada até o trânsito em julgado. EXCEÇÕES: as mesmas do art. 269, II e III – sentença meramente homologatória.
OBS: renúncia (efeitos materiais) x desistência (efeitos meramente processuais).
PRECEDENTES INTERESSANTES:
INFORMATIVO 440 STJ
CLÁUSULA ARBITRAL. OBRIGATORIEDADE. 
A previsão contratual de cláusula de arbitragem, quando anteriormente ajustada pelas partes, gera a obrigatoriedade de solução de conflitos por essa via, acarretando, no caso de descumprimento, a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, VII, do CPC. Apesar de a Lei n. 9.307/1996 (Lei de Arbitragem) prever o acesso ao Poder Judiciário das partes contratantes que tenham optado pela via arbitral, esse acesso não pode substituir a própria apreciação do conflito pelo juízo arbitral, que pode só depois se sujeitar ao pleno controle jurisdicional estatal. Com esse entendimento, a Turma reformou o acórdão recorrido que entendia não ser absoluta a cláusula contratual que determina a submissão à arbitragem e por isso a afastava. Precedentes citados: REsp 450.881-DF, DJ 26/5/2003; REsp 712.566-RJ, DJ 5/9/2005, e REsp 653.733-RJ, DJ 30/10/2006. REsp 791.260-RS, Rel. Min. Paulo Furtado (Desembargador convocado do TJ-BA), julgado em 22/6/2010.
INFORMATIVO 452 STJ
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ABANDONO. CAUSA. 
Trata-se da necessidade de fixação de honorários advocatícios em favor do advogado do réu na hipótese de extinção do processo sem resolução de mérito, em decorrência do abandono da causa por ambas as partes, nos termos do art. 267, II, do CPC. No caso, em ação de reintegração de posse, o juiz, atendendo a requerimento de ambas as partes, determinou a suspensão do processo por 30 dias. Todavia, transcorridos mais de três anos da suspensão do feito sem que houvesse manifestação das partes, aquele juízo extinguiu o processo sem resolução de mérito, nos termos do referido artigo, sem condenação em honorários advocatícios. Dessa sentença, adveio a apelação do advogado da ré, buscando, em seu favor, o arbitramento dos honorários, mas o TJ negou-lhe provimento. Observa o Min. Relator que, no caso de extinção do processo por negligência de ambas as partes, o art. 267, II, do CPC determina repartir proporcionalmente as custas (§ 2º), mas silencia quanto ao pagamento dos honorários de advogado. Segundo o Min. Relator, mesmo exaustivamente disciplinando os ônus da sucumbência nas diversas hipóteses de abandono da causa, pode-se concluir que é eloquente o silêncio da norma acerca dos honorários de advogado, ou seja, a seu ver, não devem ser fixados os honorários advocatícios. Também explica haver interpretações de que, havendo a extinção do processo por abandono de ambas as partes, cada uma delas deve pagar os honorários de seu advogado, diferentemente de quando o abandono do processo for apenas do autor (art. 267, III, do CPC), quando ele será condenado ao pagamento das custas e dos honorários de advogado. Assim, na hipótese dos autos, explica o Min. Relator que nenhum desses posicionamentos ampara a pretensão do recorrente. Por esse motivo, negou provimento ao recurso, no que foi seguido pelos demais ministros. REsp 435.681-ES, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 19/10/2010.
� INCLUDEPICTURE "http://www2.redepitagoras.com.br/Pitagoras_Programadores_Interno/FADOM/fadom_ass.jpg" \* MERGEFORMATINET ���
� Os incisos II (ilegitimidade manifesta); III (falta de interesse processual) do caput do 295, e o inciso III (pedido juridicamente impossível) do parágrafo único, por envolverem as condições da ação, são considerados pela doutrina majoritária como causa de extinção do processo sem resolução do mérito, em especial, quando envolvem o indeferimento da inicial, por adoção da teoria da asserção.
� Art. 285-A – Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada. §1º - Se o autor apelar é facultado ao juiz decidir, no prazo de 05 (cinco) dias, não manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação. §2º - Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso. (grifos nossos)
� Assim, evita-se que a parte seja prejudicada por negligência de seu advogado.
� AÇÃO RESCISÓRIA. IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA. ACOLHIMENTO. COMPLEMENTAÇÃO DAS CUSTAS E DO DEPÓSITO DESATENDIDA. ADVOGADO EM CAUSA PRÓPRIA. ART. 267, § 1º, DO CPC. - Tratando-se de advogado em causa própria, prescindível é a sua intimação pessoal para fins do disposto no art. 267, § 1º, do CPC. - Recurso especial não conhecido. (REsp 218284/RS, Rel. Ministro BARROS MONTEIRO, QUARTA TURMA, julgado em 15/02/2001, DJ 07/10/2002, p. 260).
� Este, inclusive, defende que o raciocínio também se aplica às condições da ação.
� Para Elpídio Donizetti, a presença de cláusula compromissória envolveria falta de condição da ação (interesse processual) e, portanto, poderia ser reconhecida de ofício. Apenas o compromisso arbitral, portanto, envolveria tal hipótese do dispositivo em questão. Em posição parecida, HTJ entende que a presença de cláusula compromissória gera impossibilidade jurídica do pedido.
� EMBARGOS DECLARATÓRIOS - OMISSÃO. Verificada a omissão, cumpre ao órgão investido do oficio judicante afastá-la, aperfeiçoando a prestação jurisdicional. Isto ocorre quando não tenha sido emitido pronunciamento quanto a peca em que empolgado o pressuposto negativo de desenvolvimento valido do processo, que e a coisa julgada, e formalizado o pedido de desistência da impetração. AÇÃO - DESISTÊNCIA. A desistência da ação pressupõe não haver sido proferida, ainda, sentença de mérito,sendo que, contestada, requer o consentimento do réu. A manifestação de vontade da parte não podem ser conferidos contornos equiparáveis a verdadeira rescisória, sem ocorrência do segundo juízo, ou seja, voltado a decisão que, no julgamento da lide, substitua a anterior. (RE 163976 ED, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Segunda Turma, julgado em 11/03/1996, DJ 26-04-1996 PP-13122 EMENT VOL-01825-04 PP-00697)
� Em sentido contrário, HTJ entende que a extinção não envolve o mérito, porque a confusão envolve sucessão e, assim, extinção da relação processual já que autor e réu tornam-se a mesma pessoa.
� Em resumo, a repropositura importa em superação do vício que levou à extinção do processo anterior (Nelson Nery Júnior) – ausência de superação do vício importa em falta de interesse processual.
� PROCEDÊNCIA = pretensão autoral acorde com o ordenamento jurídico e provas hábeis a comprovar os fatos constitutivos do direito do autor; IMPROCEDÊNCIA – pretensão desconforme ao ordenamento jurídico; ausência de provas; acolhimentos de fatos impeditivo, extintivo ou modificativo do direito do autor (alegados e provados pelo réu)
� Para Elpídio Donizetti, também importa em reconhecimento da causa de pedir autoral.
� ERRO = deve ser essencial sobre pessoa ou o objeto da ação – não cabe sobre direito.
� Para Elpídio Donizetti, não cabe arrependimento mesmo antes de homologada judicialmente, porque a transação gera efeitos imediatos – pode ser celebrada a qualquer tempo, mesmo depois do trânsito em julgado da sentença.
� Direito civil e processual civil. Ação de separação judicial e conversão em divórcio. Transação não homologada. Denúncia de uma das partes. Nulidade decretada. Ausência de vício de vontade ou de defeito insanável. - São causas de anulabilidade da transação, conforme dispõe o art. 1.030 do CC/16 (correspondência: art. 849, caput do CC/02), o dolo, a violência (a coação conforme terminologia do CC/02), ou o erro essencial quanto à pessoa ou coisa controversa. Tais vícios de vontade devem ser invocados por uma das partes em ação própria. - Efetuada e concluída a transação, é vedado a um dos transatores a rescisão unilateral, como também é obrigado o juiz a homologar o negócio jurídico, desde que não esteja contaminado por defeito insanável (objeto ilícito, incapacidade das partes ou irregularidade do ato). [...] - A transação efetuada e concluída entre as partes, sem qualquer mácula, seja vício de consentimento, seja defeito ou nulidade, é perfeitamente válida, o que torna inevitável sua homologação. Recurso especial de C. M. V. parcialmente provido, para validar e homologar a transação, extinguindo-se o processo, com julgamento do mérito. (REsp 650795/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 07/06/2005, DJ 15/08/2005, p. 309).
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