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INTRODUÇÃO AO DIREITO ADMINISTRATIVO O QUE É DIREITO PÚBLICO? Direito publico é um ramo do direito que trata dos interesses gerais, da coletividade, da sociedade como um todo. É o direito que trata do interesse do Estado. O que diferencia o direito público do direito privado é justamente esse interesse que o Direito público tem no Estado, enquanto que o direito privado preocupa-se com os interesses do indivíduo. O Direito Administrativo se enquadra na área do direito público e pode ser conceituado como o conjunto de normas e princípios que regem a atuação da administração pública. O QUE É ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA? A administração pública é o instrumento do qual dispõe o Estado para por em prática decisões politicas, ou seja, decisões destinadas à administração da população. O QUE É ESTADO? Estado é a pessoa jurídica de direito público interno e, como tal, pode contrair direitos e obrigações. É a pessoa jurídica territorial soberana. São elementos do Estado: POVO: Conjunto de nacionais, componente humano do Estado. TERRITÓRIO: Sua base física: solo, subsolo, espaço aéreo e mar territorial. GOVERNO SOBERANO: Elemento condutor do Estado, que detém o poder absoluto de direção e comando do Estado. Qual a função do Estado? O Estado tem função pública, ou seja, exerce atividades em nome e de interesse do povo. Poderes do Estado: A tripartição de poderes compõe a estrutura de organização das funções publicas do Estado. A tripartição em poder Executivo, Legislativo e Judiciário é fruto da teoria clássica de Montesquieu, adotada pelo ordenamento brasileiro. PODER EXECUTIVO: Converter a lei em atos individuais e concretos; função administrativa. PODER LEGISLATIVO: Elaborar leis; função normativa. PODER JUDICIÁRIO: Aplicação coativa da lei aos conflitos sociais; função judicial. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO: LEI: É a fonte primária do direito administrativo. Abrange desde a Constituição Federal aos regulamentos internos de cada órgão da administração. DOUTRINA: A doutrina colabora não só na elaboração da lei como nas decisões contenciosas ou não contenciosas. Sistema de teorias dos estudiosos do direito administrativo. JURISPRUDÊNCIA: julgamento dos tribunais num mesmo sentido. Influencia poderosamente na construção do direito administrativo. Os julgados dos tribunais e juízes acaba por penetrar e integrar a ciência jurídica. COSTUMES: É a prática administrativa habitual, a praxe burocrática passa a suprir a lei ou auxiliá-la. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO: Representam as vigas de sustentação do direito. São a base do ordenamento jurídico. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO: SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO: O interesse público é o somatório dos interesses da maioria. Supremacia do interesse público significa a superioridade do interesse público sobre o individual. Exemplos: limite de som próximo a hospitais; desapropriação de imóvel em razão de interesse público. INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO: A administração pública não pode dispor do interesse público. Exemplo: deixar de fazer concurso é deixar de escolher o melhor servidor; Contratação sem licitação. Além desses princípios basilares, temos ainda os princípios mínimos do direito administrativo: LEGALIDADE: a legalidade é um princípio geral do direito público, e não apenas do administrativo, e, assim, deve orientar todas as atividades do Governo Federal, dos estados, dos municípios e dos órgãos vinculados a eles. Sob a perspectiva específica do direito administrativo, o princípio da legalidade define que a atuação dos agentes e órgãos públicos deve se limitar ao que a lei permite e determina. IMPESSOALIDADE: Este princípio comporta três interpretações. 1. Entende-se que a atuação do agente ou órgão público deve sempre ser voltada ao atendimento do interesse público, buscando a satisfação do interesse coletivo, e não do interesse particular do administrador. 2. Além disso, o ato praticado pelo agente público é sempre atribuído ao órgão a que ele está vinculado, e não ao agente como pessoa física. 3. Os agentes e órgãos públicos devem dispensar tratamento igual a todos os administrados, exceto nos casos especiais previstos em lei. MORALIDADE: o princípio da moralidade prevê que a atuação dos agentes e órgãos públicos deve também ocorrer de acordo com a moral, os princípios éticos, a boa-fé e os bons costumes. PUBLICIDADE: Os atos administrativos devem ser publicados, ou seja, o poder público deve divulgar todos os seus atos administrativos, para garantir que esses atos possam ser controlados e avaliados. EFICIÊNCIA: O agente público deve usar os padrões e técnicas de gestão ou de administração mais modernos, buscando atingir, do modo mais eficiente possível, o resultado mais satisfatório em sua atuação, em favor do interesse público. PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE: O agente público deve observar a adequação entre os meios e os fins no exercício da atividade administrativa. Dessa forma, jamais poderá adotar medidas abusivas, desproporcionais ou em intensidade superior à permitida em lei. MOTIVAÇÃO: esse princípio prevê que todas as medidas a serem adotadas pelos agentes públicos, no exercício da atividade administrativa, devem ser motivadas, devendo-se, obrigatoriamente, indicar os motivos e as razões que justificam tais medidas. AUTOTUTELA: Por este princípio, a administração pública tem a possibilidade de rever os próprios atos. O princípio da autotutela administrativa é decorrente da súmula 473 do Supremo Tribunal Federal, que afirma o seguinte: “A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados dos vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.” CONTROLE JUDICIAL: O Poder Judiciário pode ser acionado, para que seja reparada qualquer lesão ou ameaça a direito ou interesse, particular ou público causado por agente público. Esse princípio busca garantir a segurança nas relações entre a administração pública e seus administrados e evitar os abusos e irregularidades.
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