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USINAGEM AULA 4 - FORMAÇÃO DE CAVACO Prof. Leonard Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA AULA 4 FORMAÇÃO DE CAVACO Recapitulando Recapitulando Recapitulando Recapitulando • Ângulo de Posição (χr): • Distribui as tensões de corte favoravelmente no início e no fim do corte. • Aumenta o ângulo de ponta (εr), aumentando a sua resistência e a capacidade de dissipação de calor. • Influi na direção de saída do cavaco. • Produz uma força passiva na ferramenta, reduzindo vibrações. • Geralmente 30º > χr > 90º. Em perfilamento ou faceamento pode ser maior que 90º. Recapitulando • Ângulo de Folga (αo): • Evitar atrito entre a peça e a superfície de folga da ferramenta. • Se ao é pequeno, a cunha não penetra convenientemente no material, a ferramenta perde o corte rapidamente, grande geração de calor e prejudica o acabamento superficial. • Se ao é grande, a cunha da ferramenta perde resistência, podendo soltar pequenas lascas ou quebrar. ao depende principalmente da: resistência do material da ferramenta e da peça a usinar. • Geralmente 2º < αo < 14º. Recapitulando • Ângulo de Saída (γo): • Influi decisivamente na força e na potência necessária ao corte, no acabamento superficial e no calor gerado. • Quanto maior γo menor será o trabalho de dobramento do cavaco. • γo depende principalmente da: • resistência do material da ferramenta e da peça a usinar. • quantidade do calor gerado pelo corte. • velocidade de avanço (vf). • γo negativo é muito usado para corte de materiais de difícil usinabilidade e em cortes interrompidos, com o inconveniente da necessidade de maior força e potências de usinagem e maior calor gerado na ferramenta. • Geralmente -10º < γo < 30º. Recapitulando • Ângulo de Inclinação (λs): • Controlar a direção de saída do cavaco. • Proteger a quina da ferramenta contra impactos. • Atenua vibrações. • Geralmente -4º < λs < 4º. Cavaco • O cavaco é o principal ponto em comum entre os processos de usinagem, pois é o subproduto final presente em todos eles. O cavaco pode variar muito (em tipo, forma, extensão, etc) para cada operação de usinagem ou mesmo em uma única operação, como por exemplo o torneamento, sendo o resultado final deste função de todas as variáveis envolvidas no processo. Cavaco • A formação do cavaco influência diversos fatores ligados à usinagem, tais como: • desgaste da ferramenta; • os esforços de corte; • o calor gerado na usinagem; • a penetração do fluido de corte, etc. Cavaco • Assim, estão envolvidos com o processo de formação do cavaco aspectos: • econômicos; • de qualidade da peça; • de segurança do operador; • de utilização adequada da máquina-ferramenta, etc. • Variáveis básicas de processo • Variáveis básicas de processo: • Corte direcionado e diagonal; • Corte livre e diagonal; • Corte livre e ortogonal. Mecanismos de formação do cavaco • Para fim de estudos da formação do cavaco a maneira mais simples e mais acessível a cálculos é obter o cavaco a partir de um corte ortogonal. Mecanismos de formação do cavaco • No corte ortogonal, a aresta de corte é uma reta normal à direção de avanço, de maneira que a formação do cavaco pode ser considerada bidimensional e que ocorre em um plano normal à aresta de corte, ou seja, no plano de trabalho. Mecanismos de formação do cavaco • Além do corte ortogonal livre, são admitidas algumas outras simplificações: • Os cavacos formados são contínuos sem a formação de aresta postiça de corte; • Não há contato entre a superfície de folga da ferramenta e a superfície usinada; • A espessura de corte (h), equivalente ao avanço (f), é suficientemente pequena em relação à largura de corte (b); • A largura da aresta de corte é maior que a largura de corte (b); • A largura (b) e a largura do cavaco (b’) são idênticas; • A aresta de corte é idealmente afiada e perpendicular ao plano de trabalho. Mecanismos de formação do cavaco • O corte dos metais envolve o mecanismo de cisalhamento concentrado ao longo de um plano chamado plano de cisalhamento (zona primária de cisalhamento). O ângulo entre o plano de cisalhamento e a direção de corte é chamado de ângulo de cisalhamento (φ). • Quanto maior a deformação do cavaco sendo formado, menor o ângulo de cisalhamento e maiores os esforços de corte. Essa influência é marcante na usinagem de materiais dúcteis, muito suscetíveis à deformação. Mecanismos de formação do cavaco Mecanismos de formação do cavaco Mecanismos de formação do cavaco Mecanismos de formação do cavaco Mecanismos de formação do cavaco Fatores de influência na formação do cavaco Formação do cavaco Dessa forma, o fenômeno da formação do cavaco, nas condições normais de trabalho, é periódico, uma vez que acontece, ciclicamente, as fazes de recalque, ruptura, deslizamento e saída do cavaco para cada pequena lamela de material a ser removida. Tipos de cavaco a) Cavaco contínuo: • Características: - lamelas justapostas numa disposição contínua - lado de baixo geralmente suave • Formação do cavaco: - fluxo contínuo do material (materiais dúcteis) - elementos do cavaco não se separam em zonas de cisalhamento • Condições de formação: - alta velocidade de corte - grandes ângulos de usinagem • Acabamento superficial: - Como a força de corte varia muito pouco devido a contínua formação do cavaco, a qualidade superficial é muita boa. Tipos de cavaco a) Cavaco contínuo: Tipos de cavaco b) Cavaco de cisalhamento: • Características: -superfície fortemente dentada • Formação do cavaco: - fluxo não contínuo do material - cavacos lamelares são levemente deformados no plano de cisalhamento e novamente soldados - serrilhado nas bordas o difere do cavaco contínuo. Tipos de cavaco b) Cavaco de cisalhamento: • Condições de formação: - materiais com baixa ductilidade. A descontinuidade é causada por irregularidades no material, vibrações, ângulo efetivo de corte muito pequeno, elevada profundidade de corte, baixa velocidade de corte, etc • Acabamento Superficial: - A qualidade superficial é inferior a obtida com cavaco contínuo, devido a variação da força de corte. Tal força cresce com a formação do cavaco e diminui bruscamente com sua ruptura, gerando fortes vibrações e uma superfície com ondulações. Tipos de cavaco b) Cavaco de cisalhamento: Tipos de cavaco c) Cavaco de ruptura: • Características: - fragmentos arrancados de peças usinadas • Formação do cavaco: - fluxo não contínuo do material - completa desintegração do cavaco • Condições de formação: - materiais com baixa ductilidade (frágeis) - condições desfavoráveis de usinagem (ângulo de saída com valores muito baixos, nulos ou negativos) • Acabamento Superficial: - o cavaco rompe em forma de concha gerando uma superfície com qualidade superficial inferior Tipos de cavaco c) Cavaco de ruptura: Relação entre propriedades dos materiais e tipos de cavacos Formas de cavaco i) Cavaco em fita: apresenta maiores inconvenientes, devendo ser evitado, as demais formas podem ser utilizadas dependendo da aplicação. • Pode ocasionar acidentes, visto que eles se enrolam em torno da peça, da ferramenta ou dos componentes da máquina; • Possíveis danos à ferramenta e à peça; • Dificulta a refrigeração direcionada, desperdiçando o fluido de corte; • Dificulta o transporte (manuseio), ocupa muito volume; • Ele prejudica o corte, no sentido de poder afetar, o acabamento, as forças de corte e a vida útil das ferramentas. Formas de cavaco i) Cavaco em fita Formas de cavaco ii) Cavaco em lascas:preferido quando houver pouco espaço disponível ou quando o cavaco é removido pelo fluído de corte. Formas de cavaco iii) Cavaco helicoidal: quando a remoção de material é elevada este tipo de cavaco deixa com maior facilidade o espaço entre os dentes da ferramenta. Formas de cavaco iv) Cavaco em espiral Formas de cavaco Formas de cavaco Formas de cavaco Formas de cavaco Formas de cavaco Formas de cavaco Volume de cavaco Volume de cavaco Fator de empacotamento Influência do ângulo de saída na formas de cavaco OBRIGADO!
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