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RESUMO CORONARIOPATIA

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CORONARIOPATIA (DAC)
Introdução:
Obstrução da luz de uma ou mais artérias coronárias com consequente diminuição da irrigação do miocárdio, podendo ser assintomática ou sintomática 
A cardiopatia isquêmica (CI) é definida como doença arterial coronariana (DAC) relacionada à aterosclerose, com obstrução do fluxo sanguíneo, resultando em uma diminuição da distribuição de oxigênio para o miocárdio.
Causas da Coronariopatia:
Aterosclerose (formação de placas de gordura nas artérias, que dificultam a passagem do sangue. Essas placas são conhecidas como ateromas. Os ateromas podem se romper, causando oclusão aguda, devido à coagulação na artéria. Este quadro está associado à ocorrência de ataque cardíaco, derrame cerebral e claudicação em membros inferiores quando acomete as pernas)
Espasmo da parede das coronárias (aumento do tônus muscular vasomotor) – angina variante (angina típica ao repouso associada com supra desnivelamento transitório do segmento ST no ECG, principalmente à noite ou nas primeiras horas da manhã. Em 30% dos pacientes pode se associar ao exercício. Embora os espasmos coronarianos tenham tendência de resolução espontânea, quando prolongados podem conduzir ao infarto do miocárdio, arritmias e morte súbita. O espasmo coronariano frequentemente afeta só um segmento de uma artéria. No entanto, ele é um processo generalizado que resulta em estreitamento difuso da artéria coronária)
Malformação congênita; embolia das coronárias
Aortrite sifilítica (artrite infecciosa localizada na aorta)
Vasculites por alteração de colágeno 
Aneurismas dissecantes/rompidos
Poliartrite 
Tumores infiltrados nas paredes das artérias 
Alterações macro vasculares do diabete mellitus tipo I (acometendo coronárias, cerebrovasculares e artérias periféricas) 
Aterosclerose é causa primária de 50% das mortes relacionadas a IAM e AVC 
Fatores de risco:
Não modificáveis: história familiar de DAC prematura; história pregressa de doença cerebrovascular; doença arterial obstrutiva periférica; idade avançada, raça e gênero (mais risco em homens)
Modificáveis: HAS; tabagismo; dislipidemia ou hipercolesterolemia; menopausa; diabetes mellitus; sedentarismo, fatores ambientais e psicossociais
Fisiopatologia da DAC: 
O acumulo de lípides, células inflamatórias e elementos fibrosos, que se depositam na parede das artérias, são os responsáveis pela formação de placas ou estrias gordurosas, e que geralmente ocasionam a obstrução das mesmas 
A obstrução pode ser suficiente para interromper o suprimento de sangue ao miocárdio – em repouso ou atividade – ou a distribuição de sangue pode não ser suficiente para a demanda, surgindo sintomas de isquemia miocárdica, como angina
Diagnóstico (avaliação cardiológica):
História clínica com exame físico 
Anamnese 
Eletrocardiograma
Exames laboratoriais: colesterol (LDL: 25% de proteína/45% de colesterol – HDL: 50% de proteína/20% de colesterol). Estrógenos (diminuem a lipoproteína LDL, auxilia na prevenção das lesões decorrentes da oxidação das LDL)
Radiografia de tórax 
Angiografia coronária com ventriculografia (Cateterismo arterial transcutâneo – CAT)
Manifestação clínica:
2 grupos de doente: os que manifestam sintomas agudos relacionados com a obstrução, e os com quadro crônico e assintomático
Principal manifestação clínica: Angina de peito (pectoris) – A dor pode ser grave e fulminante ou transitória, presente em maior ou menor intensidade
Dispneia cardíaca; fadiga; lipotimia; sincope 
Angina Pectoris:
5 características da angina pectoris: dor torácica em aperto ou queimação; localização subesternal, podendo ser em região epigástrica; dor pode irradiar para mandíbula, pescoço e braço; desencadeada comumente por esforço físico de qualquer natureza, ou por fatores emocionais; duração de 1 a 10 minutos, sendo aliviada pela interrupção do evento da isquemia, com o repouso e/ou com o uso de medicamentos
Angina pectoris instável: manifesta-se por episódios frequentes de dor aos mínimos esforços ou mesmo em repouso, com duração de até 10 minutos e que desaparece espontaneamente/ com o repouso ou com medicação – “aguda”. A angina instável, por sua vez, ataca de forma repentina e a dor aparece sem uma causa óbvia.
Angina pectoris crônica estável: manifesta-se por **pelo menos dois meses ou mais, com duração de 5 minutos; durante o esforço ou emoção e desaparece espontaneamente/ com o repouso ou com medicação – “crônica”. A angina estável acontece quando a dor é devido a um gatilho, como a prática de exercício.
Angina variante: é causada por um espasmo de uma das artérias, pelo fato dela ter se estreitado de forma temporária. Esse tipo de angina também pode acontecer até mesmo quando você está deitado e, na maioria das vezes, é muito grave.
Tratamento:
Controle dos fatores de risco: correção de distúrbios metabólicos; controle da HAS; controle da obesidade; extinção do tabagismo; estimulação de atividade física; controle de fator ambiental e emocional 
Farmacológico: prevenção de eventos mórbidos (IAM e morte) – antiplaquetários, estatinas, bloqueadores adrenérgicos e inibidores de ECA; redução dos sintomas de isquemia/dor (bloqueadores adrenérgicos; anti-hipertensivos e ansiolíticos) 
Procedimentos cirúrgicos: angioplastia com colocação de stent; revascularização do miocárdio; transplante cardíaco (evolução para IC grave)

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