Prévia do material em texto
Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 1 Pág Acionamento Eletrônico de Motores Aula 9 – Controle escalar do motor de indução FAENG – Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia Campo Grande – MS Prof. João Onofre Pereira Pinto Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 2 Pág Regiões de Operação Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 3 Pág Tensão variável e frequência constante (Variable voltage constant frequency) Frequência variável e tensão constante (Variable frequency constant voltage) Relembrando... Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 4 Pág Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Tensão variável e frequência variável → V/f cte (Variable voltage variable frequency – VVVF) Relembrando... Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 5 Pág Controle Via Inversor Alimentado com Fonte de Tensão (VFI) Manipulação da tensão de alimentação do motor em amplitude e frequência O controle escalar está na metodologia para obtenção dos pulsos (bloco PWM) Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 6 Pág Modulação PWM senoidal Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 7 Pág Controle escalar via VFI – Diagrama de Blocos Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 8 Pág Controle Via Inversor Alimentado com Fonte de Tensão (VFI) - Introdução n Controle Amplitude/Frequência (Volts/Hertz) em Malha Aberta n É o método mais popular de controle de velocidade por causa da sua simplicidade e ao fato de máquinas de indução serem muito usadas na indústria n Tradicionalmente MIT são alimentados a frequência constante n Variação de frequência é a forma natural de controle de velocidade n desprezando a resistência do estator, para o fluxo permanecer constante a tensão precisa ser proporcional a frequência (ψ=Vs/ωe) Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 9 Pág n Circuito de Potência n Retificador a diodo alimentado com rede monofásica ou trifásica n Filtro LC n VFI PWM n Idealmente, não é necessário nenhum sinal de realimentação para o controle n ωe é a variável de controle primária e é aproximadamente igual a velocidade ωr, se desprezarmos a velocidade de escorregamento ωsl. n A referência de tensão de fase Vs* é gerada diretamente da referência de frequência através da multiplicação por um fator de ganho G, de maneira que o fluxo ψs fique constante Controle escalar via VFI – Diagrama de Blocos Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 10 Pág n Para baixas frequências, a resistência do estator tende a absorver toda a tensão do estator, o que enfraquece o campo n Uma tensão de “boost” V0 é somada para que que o fluxo nominal seja estabelecido e seja possível desenvolver o torque total em velocidade zero. n Para altas velocidades o efeito de V0 torna-se desprezível n O sinal de velocidade ωe* é integrado para gerar o sinal de ângulo θe*, e as tensões de fase correspondentes va*, vb* e vc*. Controle escalar via VFI – Diagrama de Blocos Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 11 Pág n O controlador PWM é representado junto com o bloco do inversor n Com retificadores a diodo na entrada, o inversor necessitará um freio dinâmico, como indicado no diagrama de blocos n A figura a seguir mostra a performance do sistema em regime permanente no plano torque-velocidade para carga do tipo ventilador ou bomba (TL=Kωr2) n A medida que a frequência é aumentada gradualmente, a velocidade também aumenta proporcionalmente, como indica nos pontos 1, 2, 3, 4, ... n A operação pode suavemente entrar na região de campo enfraquecido, onde a tensão de alimentação satura. Controle escalar via VFI – Diagrama de Blocos Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 12 Pág Controle escalar via VFI – Diagrama de Blocos Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 13 Pág Ø Efeito das variações de torque de carga e tensão da rede n Se o sistema estiver inicialmente operando no ponto 3 (figura slide anterior) e o torque é aumentado para TL’ para a mesma frequência de comando, a velocidade irá cair de ωr para ωr’. Esta queda é pequena, principalmente para máquinas de alta eficiência (baixo escorregamento) e é tolerada para aplicações do tipo ventiladores, e bombas, onde a precisão no controle de velocidade não é necessária. n Assuma agora que o a operação esteja no ponto a da curva torque- velocidade. Se a tensão da rede cair, então a tensão nos terminais da máquina também cairão. A velocidade então cairá para o ponto b. n Uma melhoria do controle em malha aberta pode ser feita utilizado um estimador de escorregamento, e somando o valor estimado ao comando de frequência. Controle escalar via VFI – Diagrama de Blocos Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 14 Pág n Uma aplicação típica de MIT é carga tipo bomba para controle de fluxo de fluído. n Forma de controle tradicional: n Motor opera a velocidade constante e uma válvula controla o fluxo do fluído; n A vazão é controlada pela abertura e fechamento parcial da válvula instalada em série com a bomba; Sistema de controle com velocidade variável Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 15 Pág Sistema de controle com velocidade variável n A figura abaixo mostra uma sucessão de pontos de operação de uma bomba para uma família de curvas do sistema gerada pelo fechamento progressivo de uma válvula de estrangulamento. Nota- se que a medida que a válvula é fechada, a vazão do sistema vai sendo reduzida (Q1 para Q4) Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 16 Pág n Forma de controle com velocidade variável: n A velocidade da bomba é controlada para controlar o fluxo, e a válvula opera completamente aberta sempre. n Consumo é reduzido drasticamente n Rápido retorno do investimento n Aumento do lucro n Diminui a demanda, o que implica em contribuir para a proteção ambiental Sistema de controle com velocidade variável Como analisado no slide n°13, o controle escalar em malha aberta (pela simplicidade) pode ser utilizado neste tipo de aplicação, porém o escorregamento (influência do torque de carga) pode interferir na precisão do controle de vazão Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 17 Pág Sistema de controle com velocidade variávelPara uma determinada vazão menor que a vazão nominal de projeto, a linha vertical indica dois valores de pressão distintos. O primeiro ponto (A) se refere à pressão que a bomba d e v e f o r n e c e r a o s i s t e m a estrangulado para estabilizar na vazão desejada. O segundo ponto (B) indica qual seria a pressão necessária para estabelecer a mesma vazão sem estrangular a curva do sistema. A diferença de pressão entre estes dois pontos indica o excesso de pressão que a bomba deve fornecer. Esse excesso é dissipado na válvula, tornando-se uma parcela adicional de perdas. Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 18 Pág Sistema de controle com velocidade variável O uso da válvula de estrangulamento possibilita um controle preciso da vazão do sistema, porém com um grande desperdício de energia. O uso do acionamento eletrônico permite uma precisão ainda maior do controle de vazão, aliada a uma significativa economia de energia. Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 19 Pág n Uma performance típica de um sistema de controle Volts/Hertz em malha aberta de um motor de indução, em condições de aceleração e desaceleração com torque de carga TL=Kωr2 é mostrado na figura a seguir. n O efeito do acoplamento inerente da máquina faz a resposta do torque ser lenta. n Há um subamortecimento nas respostas de torque, o qual é maior para baixas frequências n Tais oscilações são filtradas pela inércia e portanto não aparecem na velocidade Controle escalar – Performance do sistema Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 20 Pág Controle escalar – Performance do sistema Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 21 Pág n Uma melhoria do controle Volts/Hertz em malha aberta, é o controle Volts/Hertz em malha fechada Controle via VFI – Controle de velocidade em Malha Fechada Regulação de escorregamento Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 22 Pág Controle Via VFI – Controle com Regulação de Escorregamento n Nesta técnica, o erro do laço de velocidade gera a referência de escorrregamento ωsl* via o controlador Proposcional-Integral (PI) e um limitador. n O escorregamento é somado ao sinal de realimentação de velocidade para gerar o comando de frequência. n O comando de frequência ωe* também gera o comando de tensão através de um gerador de função Volts/Hertz, o qual incorpora a compensação à queda de tensão estatórica em baixa velocidade Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 23 Pág Controle Via VFI – Controle com Regulação de Escorregamento Ø Efeito das variações de torque de carga e tensão da rede Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 24 Pág Simulação – Controle escalar malha aberta Implementação no Matlab/Simulink. ACIONAMENTOS ELETRÓNICOS DE MOTORES V/f Open Loop Control Prof. Marcio Kimpara - UFMS/FAENG w (120*(w/(2pi))) / P rad/s to rpm tensão fase 30/pi Discrete, Ts = 1e-005 s. powergui n (velocidade) frequencia v+- Torque Perfi de Frequencia 10 Load CONTROL + - A B C INVERTER Load w_r Te Ia_r iA Vq Vd Theta_r fluxo A B C INDUCTION MOTOR 2*pi25 Freq (Hz) Fluxo w* CONTROLE Controle escalar + - BARRAMENTO CC -K- Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 25 Pág Simulação – Controle escalar malha aberta - Inversor 5 - 4 + 3 C 2 B 1 A g 1 2 S6 g 1 2 S5 g 1 2 S4 g 1 2 S3 g 1 2 S2 g 1 2 S1 1 CONTROL <signal3> <PWM A> <signal4> <signal2><signal2> <PWM C> <signal6><signal6> Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 26 Pág Simulação – Controle escalar malha aberta PWM A_ PWM B_ PWM C_ PWMB 1 CONTROLE f(u) Vc* f(u) Vb* f(u) Va* 10 V_boost -K- V/f Scope2 Scope1 Scope <= <= Portadora Triangular <= 1 s Integrator NOT NOT NOT 1 w* PWM A PWM C Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 27 Pág Resultado Simulação – Velocidade para torque carga constante Freq. Referência = 25Hz rpmns 7504 25120 = × = A frequência de entrada corresponde à velocidade de 750rpm ( l inha em a m a r e l o ) , p o r é m a velocidade no eixo (nr) (linha em magenta) difere deste valor devido ao escorregamento. A diferença é maior quanto maior o torque de carga. Neste caso foi utilizado TL = 10N.m Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 28 Pág Resultado Simulação – Velocidade variável e torque TL=k.w² C o m p a r a ç ã o e n t r e velocidade de referência (amarelo) e a velocidade de saída (magenta) Note que o controle em malha aberta apresenta uma resposta razoável, p r i n c i p a l m e n t e p a r a torque de carga baixo (neste caso proporcional à velocidade TL=K.w²). Para torque de carga elevado, a velocidade começa a apresentar erro de regime mais visível. Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 29 Pág Simulação – Controle escalar malha aberta Forma de onda na saída do inversor, evidenciando que a frequência e amplitude da tensão são ajustadas de acordo com a velocidade requerida Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 30 Pág Simulação – Controle escalar com regulação de escorregamento Implementação no Matlab/Simulink. Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 31 Pág Simulação – Controle escalar com regulação de escorregamento Forma de onda da velocidade. Comparação entre velocidade de referência (amarelo) e a velocidade de saída (magenta) Note que, para o mesmo perfi l de velocidade, a malha f e c h a d a p e l a r e g u l a ç ã o d o e s c o r r e g a m e n t o corrigiu o erro de regime apresentado n a s i m u l a ç ã o a n t e r i o r . , e m situação de torque de carga elevado (velocidade alta). Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 32 Pág Ø Inerentemente acoplado: tanto torque quanto o fluxo dependem da tensão e da frequência Ø Resposta lenta Ø Comportamento não-linear Ø Facilmente instabilizável Alternativa: Controle vetorial Problemas do Controle Escalar de Motores de Indução Acionamentos Eletrônicos de Motores – 2018.1 Prof. João Onofre P. Pinto CONTROLE ESCALAR DO MOTOR DE INDUÇÃO 33 Pág O controle escalar impõe no motor uma determinada tensão/frequência, visando manter a relação V/f constante, ou seja, o motor trabalha com fluxo aproximadamente constante. É aplicado quando não há necessidade de respostas rápidas a comandos de torque e velocidade. O controle é realizado em malhaaberta e a precisão da velocidade é função do escorregamento do motor, que varia em função da carga, já que a frequência no estator é imposta. Para melhorar o desempenho do motor nas baixas velocidades, alguns inversores possuem funções especiais como a compensação de escorregamento (que atenua a variação da velocidade em função da carga) e o boost de tensão (aumento da relação V/f para compensar o efeito da queda de tensão na resistência estatórica), de maneira que a capacidade de torque do motor seja mantida. O controle escalar é o mais utilizado devido à sua simplicidade e devido ao fato de que a grande maioria das aplicações não requer alta precisão e/ou rapidez no controle da velocidade. Controle Escalar - Resumo