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INQUERITO POLICIAL 1. HISTÓRICO O inquérito policial é fruto da evolução do “Sumário de Culpa”, documento elaborado pelos juízes de paz à época da promulgação do Decreto nº 4.824, de 22 de novembro de 1871, que regulamentou a Lei nº 2.033, de 20 de setembro de 1871. Sempre que ocorre um “crime”, materializa-se para o Estado a vontade de punir o responsável pelo suposto fato típico, ilícito e culpável (isto, seguindo a Teoria Tripartite). Tal vontade nada mais é que a manifestação, em concreto, da Punibilidade. Porém, para que ela seja efetivada, é necessária a instalação da persecução penal, entendida como o conjunto de investigações preliminares (das quais só nos interessa o inquérito policial) e a ação penal. De modo bastante simplificado, o esquema fica assim: Persecução Penal = Inquérito Policial + Ação Penal 1.1 Persecução Penal ou Criminal (Persecutio Criminis): A persecução penal (atividade estatal de perseguir o crime, apurar o crime) é desenvolvida em duas etapas: 1º Etapa: Investigação preliminar (inquérito policial) 2º Etapa: Ação Penal (juiz) 2. NATUREZA DO INQUÉRITO O inquérito tem NATUREZA JURÍDICA , mas não é a única modalidade de investigação preliminar. É anterior ao processo penal, por isso, não permite contraditório. Por isso, eventuais vícios do inquérito policial não contaminam o processo a que der origem. Só provas ilícitas contaminam o processo. 3. CONCEITO O inquérito policial de caráter pré-processual, é sequência de atos de polícia judiciária, que formam espécie de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, INQUISITÓRIO E PREPARATÓRIO, presidido pela autoridade policial, SEM FORMA PRÉ-ESTABELECIDA, mas ESCRITA, desenvolvida em SEGREDO, SEM CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. É o conjunto de diligências realizadas para reunir elementos informativos de autoria e materialidade do fato e tem por objetivo subsidiar a propositura da ação penal e visa colher elementos para o deferimento (aceitação) das medidas cautelares pelo juiz. 4. FINALIDADE A principal finalidade é a Colheita de Elementos de Informação quanto à autoria e materialidade do fato delituoso necessárias à propositura da ação penal pelo seu titular – em regra, o Ministério Público. https://atlasconcursos.org 1 5. CARACTERÍSTICAS 5.1 Oficialidade Sendo a repressão criminal função essencial e exclusiva do Estado, esse deverá criar órgãos para esse fim. Em síntese: os órgãos encarregados da persecução criminal devem ser oficiais. Assim, as investigações preliminares, nos crimes de ação pública, deverão ser feitas pela Polícia Judiciária (art. 144 da CF), e a interposição da ação deverá ser feita pelo Ministério Público (art. 129, I da CF), dois órgãos oficiais do Estado. 5.2 Escrito Pode ter gravações de áudio e vídeo como complemento. Nas escutas telefônicas, apenas as partes mais relevantes da conversa devem ser redigidas. https://atlasconcursos.org 2 Características do IP Oficioso Escrito Instrumental Dispensável Alternativas ao IP: Investigação pelo MP; Processo Administrativo disciplinar (PAD); Inquérito Civil, Inquérito Parlamentar (CPIs) e Investigações Particulares. Oficiosidade Nos crimes de ação penal pública incondicionada o IP poderá ser iniciado de ofício pela autoridade policial. Sigiloso Pessoas que tem Acesso aos Autos do IP: Delegado, escrivão e agentes da polícia, Juiz e servidores do poder judiciário, Membros e servidores do Ministério Público e o advogado e defensores públicos. Inquisitivo Discricionário O delegado de polícia define as diligências a serem realizadas e a ordem de realização conforme um juízo de OPORTUNIDADE E CONVENIENCIA Requer autorização Judicial: Interceptação telefônica; Busca e apreensão, Incidente de insanidade mental, Infiltração de agentes de polícia na organização criminosa Diligências Obrigatórias: Exame de corpo de delito nas infrações que deixam vestígios e Diligências requisitadas pela autoridade judiciária ou pelo MP. Informativo Indisponível O delegado NÃO pode arquivar o IP, só o Juiz pode 5.3 Instrumental É o instrumento usado para colheita de elementos de informação quanto à materialidade e autoria do crime. 5.4 Dispensável A instauração da ação penal independe da existência de IP, pois a investigação pode ser feita de outras maneiras. 5.4.1 Procedimentos Alternativos ao IP (art. 4º parágrafo único CP) Permite que outras autoridades administrativas possam realizar a investigação preliminar. Dentre as outras modalidades investigativas, podemos citar: a) CPIs: Inquérito parlamentar. Infrações ou faltas funcionais e aqueles crimes de matéria de alta relevância; b) IPM: Inquérito Policial Militar. Instrumento para investigação de infrações militares próprias; c) Crimes cometidos pelo magistrado: investigação presidida pelo juiz presidente do tribunal; d) Crimes cometidos por outras autoridades com foro privilegiado: ministro ou desembargador do respectivo tribunal. e) Investigação pelo MP (PGR/PGJ); f) PAD: Processo Administrativo disciplinar (PAD); g) Inquérito Civil: (precede a ação civil pública); h) Investigações Particulares. 5.4.2 Investigação pelo Ministério Público: O STF é favorável . Se o MP pode ajuizar ação penal, então também pode realizar a investigação preliminar (pode o mais, pode o menos) - Teoria dos poderes implícitos. OBS: A investigação preliminar NÃO É ATRIBUIÇÃO EXCLUSIVA da polícia judiciária (PF e PC), pois o MP também pode. 5.5 Procedimento Administrativo Ora, se a PF é órgão do Poder Executivo e seus atos são administrativos, o IP nada mais é do que um procedimento administrativo. O IP NÃO É PROCEDIMENTO JUDICIAL OU PROCESSO ADMINISTRATIVO É UM PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO . 5.6 Oficiosidade A oficiosidade está prevista no art. 5º, I, do CPP, que dispõe que o inquérito policial será instaurado de ofício nos crimes de ação penal pública incondicionada: Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: I - de ofício; https://atlasconcursos.org 3 II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.” Isso significa que, para esses tipos de crime, há obrigatoriedade de instauração do inquérito ex officio , independente de provocação. A ação penal será PÚBLICA quando o crime for praticado contra o patrimônio ou interesse da união, estados, DF ou municípios e p ode ser INCONDICIONADA ou CONDICIONADA . Nos crimes de ação penal pública INCONDICIONADA , o IP poderá ser iniciado de OFÍCIO pela autoridade policial. Nos crimes de ação penal pública CONDICIONADA ou de ação penal privada, o inquérito depende de provocação da vítima para ser instaurado. 5.7 Sigiloso Sigilo Externo: Oponível à coletividade (Sociedade). Sigilo Interno: Oponível ao indiciado (acusado). 5.7.1 Pessoas que tem Acesso aos Autos do IP Delegado, escrivão e agentes da polícia; Juiz e servidores do poder judiciário Membros e servidores do Ministério Público O advogado e defensores públicos tem acesso aos autos JÁ DOCUMENTADOS. 5.8 Inquisitivo Contraditório e ampla defesa não são assegurados, pois NÃO há acusação, só INVESTIGAÇÃO. O inquérito policial é inquisitivo, na medida em que a autoridade policial preside o inquérito e pode indeferir diligência requerida pelo indiciado. O indiciamento deve estar baseado em elementos concretos, indicativos da autoria e é ato privativo do delegado de polícia (não pode ser feito pelo juiz ou peloMP). ATENÇÃO!!! Admite-se EXCEPCIONALMENTE , o contraditório no inquérito instaurado por determinação do Ministério da Justiça, para a expulsão de estrangeiro. 5.9 Discricionário O IP não tem forma pré-definida, é informal, discricionário. A sequência de atos do IP não é pré-fixada. Tudo depende de conveniência e da necessidade. Desse modo o delegado de polícia definirá as diligências e a ordem de realização conforme um juízo de OPORTUNIDADE e CONVENIENCIA . Art. 14º CPP permite o requerimento das diligências (art. 6º) pelo ofendido (sujeito passivo), seu responsável legal ou pelo indiciado (autoridade). ATENÇÃO!! A discricionariedade NÃO é característica absoluta no IP, pois, em algumas situações, o delegado está vinculado ao cumprimento das diligências. São elas: https://atlasconcursos.org 4 5.9.1 Diligências que Vinculam a Autoridade Policial a) Exame de corpo de delito nas infrações que deixam vestígios (Art. 158 –CPP). Nas infrações de menor potencial ofensivo, é DISPENSÁVEL o exame de corpo de delito, podendo ser substituído por boletim médico ou prova equivalente (Art. 77º § 1º, Lei 9.099/95) b) Diligências REQUERIDAS pela autoridade judiciária ou pelo MP . 5.9.2 Diligencias que só podem ser realizadas com autorização Judicial Interceptação telefônica; Busca e apreensão domiciliar Incidente de insanidade mental; Infiltração de agentes de polícia na organização criminosa; Escuta ambiental; 5.10 Informativo Visa a colheita de elementos de informação quanto à autoria e materialidade da infração. Elementos de Informação (IP) ≠ Provas (Ação Penal) ELEMENTOS DE INFORMAÇÃO PROVAS Fase investigatória; Em regra, fase judicial; Não é obrigatória a observância do contraditório e ampla defesa; É obrigatória a observância do contraditório e ampla defesa; São produzidas sem a presença do juiz, salvo quando houver necessidade de intervenção do poder judiciário; Produzida na presença do juiz (direta e remota); Provas cautelares antecipadas e não repetíveis (fase investigatória e fase judicial); Finalidade: servem como fundamento para decretação de medidas cautelares. Auxilia na formação da convicção do titular da ação penal; Finalidade: apontar o autor do crime e fundamentar o livre convencimento motivado do juiz Exclusivamente: elementos informativos isoladamente considerados não podem fundamentar uma sentença condenatória. Porém não devem ser desprezados podendo somar a prova produzida em juízo para formar a convicção do magistrado. Princípio da identidade física do juiz (o juiz preside a ação e dá a sentença). 5.10.1 Elementos de Informação São colhidos na fase investigatória e sua característica é a AUSÊNCIA de ampla defesa e contraditório por uma fase inquisitorial. Não podem fundamentar uma condenação em nenhuma hipótese, pois não forma produzidas sob o crivo do contraditório e ampla defesa. https://atlasconcursos.org 5 5.10.2 Elementos Migratórios Os elementos migratórios são os elementos extraídos da fase de investigação e que podem servir de base para eventual condenação (ver item 9. Valor probatório do IP) 5.11 Indisponível O delegado NÃO pode arquivar o IP, só o Juiz pode. Ou seja, O ARQUIVAMENTO NÃO PODE SER FEITO DE OFÍCIO. O arquivamento do IP ocorre por REQUERIMENTO do Ministério Público (o juiz determina se arquiva ou não) e por DETERMINAÇÃO judicial. O pedido do MP é INDISPENSÁVEL para o arquivamento do IP. OBS: Nos crimes de ação penal privada, o requerente pode solicitar o arquivamento do inquérito. 6. FUNDAMENTO Atualmente, os arts. 4º a 23º, do CPP, são as principais normas que fundamentam e disciplinam o inquérito policial. De outra parte, é importante enfatizar que o inquérito policial tem previsão constitucional. O inciso VII, do art. 129, da CF, menciona expressamente o inquérito policial. Portanto, somente novo poder constituinte originário teria a legitimidade para suprimir a investigação criminal, por intermédio do inquérito policial, do sistema normativo brasileiro. 7. TITULARIDADE: Atribuição para a presidir o inquérito policial. Desde a CF/88, o IP é presidido pela autoridade policial, aqui entendida como Delegado. Logo, o IP será presidido pelo Delegado de Polícia (Polícia Civil) ou pelo Delegado de Polícia Federal (Polícia Federal). https://atlasconcursos.org 6 Ministério PúblicoPoder Judiciário Polícia Judiciári a IPIP JuizJuiz Oferece a denunciaOferece a denuncia Requisita mais diligênicasRequisita mais diligênicas Requer o arquivamento do IP Requer o arquivamento do IP Requer a declinação de competêencia. Requer a declinação de competêencia. Crime Militar: Justiça Militar da União: Polícia Judiciária Militar (Forças Armadas). Justiça Militar dos Estados: Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar. Inquérito Policial Militar: Encarregado. Crime de Competência da Justiça Federal: Polícia Federal. Crime de Competência da Justiça Eleitoral: PF ou PC Crime de Competência da Justiça Estadual: PF ou PC 8. GRAU DE COGNIÇÃO No processo penal há três diferentes níveis de cognição, segundo se busque um juízo de possibilidade, de probabilidade ou de certeza. Para deflagração da investigação preliminar, basta um juízo de POSSIBILIDADE (razões favoráveis forem equivalentes às contrárias). Já para o início de uma ação penal, é necessário tão somente um juízo de PROBABILIDADE , que seria o predomínio das razões positivas que afirmam a existência do delito e sua autoria. Para se chegar a um juízo de CERTEZA , é necessário esgotar toda a matéria probatória, através de uma cognição plena, o que justificaria uma sentença condenatória. A investigação no plano de cognição deverá ser sumária, limitando-se a atividade mínima de comprovação e averiguação dos fatos e da autoria, para justificar o processo ou o não processo. 9. VALOR PROBATÓRIO Refere-se ao valor que o IP tem como formador de opinião, como prova. Os ELEMENTOS INFORMATIVOS colhidos durante a fase do inquérito policial não poderão ser utilizados para FUNDAMENTAR sentença penal condenatória. O valor de tais elementos é RELATIVO , uma vez que os mesmos servem para fundamentar o recebimento de uma denúncia inicial e dar início à Ação Penal, mas NÃO SÃO SUFICIENTES PARA FUNDAMENTAR EVENTUAL CONDENAÇÃO. Entretanto, há EXCEÇÕES , são elas: https://atlasconcursos.org 7 Investigação Preliminar Juízo de possibilidade Iníciar a Ação Penal Juízo de probabilidade Sentença Condenatórioa Juízo de certeza Provas Cautelares: é a prova com risco de desaparecer com tempo (contraditório diferido ou postergado), é o caso de risco de morte de testemunha ou provas que desaparecem com o tempo, por exemplo. Provas Não Repetíveis: É a prova colhida na fase de investigação que não pode ser reproduzida na fase processual (terá contraditório diferido), é o caso do exame de corpo de delito. Provas Antecipadas: São as provas produzidas antes de seu momento processual oportuno (não carece de contraditório diferido ). 10. FORMAS DE INSTAURAÇÃO 10.1 Crimes de Ação Penal Pública Art.5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: I - de ofício; II - mediante REQU ISIÇÃO (OBRIGATÓRIO) da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a REQU ERIMENTO (DISCRICIONÁRIO) do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. Art. 5º § 2º Do despachoque indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. CHEFE DE POLÍCIA: União: Superintendente da Polícia Federal do Local Estados: Secretário de Segurança Pública (pode delegar ao Diretor Geral da Polícia Civil). 10.1.1 Crimes de Ação Penal Incondicionada Primeira forma de instauração: é de OFÍCIO , onde a peça inicial é uma PORTARIA feita pelo delegado, e deve iniciar INDEPENDENTEMENTE DE SOLICITAÇÃO DA VÍTIMA . Segunda forma de instauração: é por REQUISIÇÃO do juiz ou do Ministério Público , onde a própria REQUISIÇÃO é a peça inicial. ATENÇÃO!! O juiz NÃO PODE ele diretamente instaurar o inquérito policial . 10.1.2 Crimes de Ação Penal Pública Condicionada a Requisição do Ministério da Justiça Crimes contra a honra do presidente ou de chefe de governo estrangeiro (Art. 145, parágrafo único e 141, I – CP) Crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (art. 7, §3º, b – CP). 10.1.3 Crimes de Ação Penal Pública Condicionada A instauração do IP depende de REQUERIMENTO do ofendido ou representante legal. Cabe destacar que, antes de instaurar o inquérito policial, o delegado deve verificar a procedência das informações. https://atlasconcursos.org 8 Peça inicial: PORTARIA pelo delegado. 10.2 Crimes de Ação Penal Privada Crimes de ação penal privada se iniciam com a queixa ( REQUERIMENTO ) , que SÓ PODE SER FEITA PELO OFENDIDO . 10.3 Início do IP 1ª fase: Instauração; De ofício (Portaria ou Auto de Prisão em Flagrante - APF); (Art.5°, I CPP) Requisição pelo Juiz ; (Art.5°, II CPP) Requisição do MP ; (Art.5°, II CPP) Requerimento do ofendido . (Art.5°, II CPP) 2º fase: Desenvolvimento/evolução; 3ª fase: Conclusão 10.3.1 Instauração de Ofício Pode ser mediante PORTARIA ou AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE (APF). 10.3.1.1 Portaria Serve como elemento material para determinação de diligências, indicação dos fatos e de eventuais agentes envolvidos, determinação de diligências e instauração do inquérito policial. Toda vez que a autoridade policial tiver conhecimento da prática de uma infração penal, estará “OBRIGADA” a instaurar o respectivo IP. O delegado pode tomar conhecimento do crime de duas formas: 1. Pela atuação policial rotineira no uso de suas atribuições (cognição direta); 2. Por circunstância alheia ao uso de duas atribuições rotineiras (cognição mediata). Peça inicial: a portaria é a peça inicial. 10.3.1.2 Auto de Prisão em Flagrante - APF O IP pode ser instaurado a partir da lavratura do auto de prisão em flagrante. É a chamada notícia crime de cognição coercitiva. Peça inicial: o próprio auto de prisão em flagrante. A APF deverá ser comunicada imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e a família do preso ou a pessoa por ele indicada. A competência é da Autoridade Policial do local onde a prisão for efetuada. A prisão em flagrante se desdobra basicamente em 03 etapas: 1. Prisão/captura: é o momento em que o sujeito é preso, é capturado em flagrante delito. Ao receber voz de prisão o autuado será apresentado a autoridade policial para que se verifique a legalidade da prisão, e diante dos requisitos legais, é ratificada pelo delegado de polícia. https://atlasconcursos.org 9 2. Documentação/formalização da prisão em flagrante: é o instante em que a autoridade policial formaliza a prisão. O documento formalizado como auto de prisão em flagrante substitui a portaria (ou ofício), a sua elaboração deverá ser concluída em 24 horas após a realização da prisão em flagrante e no mesmo prazo entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com motivo da prisão, nome do condutor e das testemunhas. 3. Encarceramento: é a prisão. 10.3.2 Requisição da Autoridade judiciária Juízes e tribunais têm o DEVER de comunicar ao MP a ocorrência de uma infração penal de que tenham tomado conhecimento no exercício de suas funções (noticia crime judicial), sob pena de incorrerem em crime de prevaricação. A autoridade policial poderá se recusar a atender à requisição de instauração de IP na hipótese de ordem MANIFESTAMENTE ilegal . A ausência de DADO ou ELEMENTO para se dar abertura de IP, NÃO é motivo para a negativa de instauração desse IP por parte do Delegado, diante de uma REQUISIÇÃO do Juiz ou MP. Peça inicial: a própria REQUISIÇÃO . 10.3.3 Requisição do MP REQUISIÇÃO é ORDEM , não pode ser descumprida e não há possibilidade para avaliação de seu cabimento. Compete à autoridade policial apenas cumprir o requisitado. O MP é o titular da ação penal (dominus litis) e fiscal da lei. Não há previsão expressa na CF autorizando o MP a investigar crimes diretamente (por conta própria). No entanto, o STF e o STJ entendem que é possível (TEORIA DOS PODERES IMPLÍCITOS – quem pode o mais, também pode o menos). O STF reconheceu a repercussão geral desta decisão e fixou os requisitos para investigação criminal pelo MP, chamado de PIC (processo de investigação Criminal), entre eles: a) Respeitar direitos e garantias do investigado; b) Permanente controle jurisdicional (controle do judiciário) c) Respeito às hipóteses de reserva jurisdicional (necessidade de autorização judicial para interceptação telefônica, prisão cautelar, busca e apreensão...) d) Respeito aos direitos dos advogados (acesso às provas já documentadas) e) A investigação pelo MP deve ser regida pela EXCEPCIONALIDADE e SUBSIDIARIEDADE (na falta da polícia, por exemplo) e aplica-se em determinadas situações (rol exemplificativo) crimes praticados por policiais, inercia da polícia judiciária, crimes contra a administração pública e etc. ATENÇÃO!! O MP pode investigar crimes, mas NUNCA PRESIDIR O IP. Além disso, quando houver IP em curso, não pode haver PIC. https://atlasconcursos.org 10 10.3.4 Requerimento do Ofendido ou Representante Legal REQUERIMENTO é PEDIDO , não vincula, pode ser questionado e sofrer avaliação sobre sua procedência ou não. 10.4 Notitia Criminis 10.4.1 Cognição Imediata ou Direta A autoridade policial toma conhecimento de fato delituoso por meio de suas atividades rotineiras , sem que haja o relato de uma 3º pessoa . A instauração do IP ocorre de ofício, INDEPENDENTEMENTE da vontade o ofendido . 10.4.2 Cognição Mediata ou Indireta A autoridade policial toma conhecimento por meio de uma 3º pessoa ( DENÚNCIA ). A delação de um crime pode ser: Simples: que consiste na mera comunicação do crime à autoridade; Qualificada ou postulatória: que é a comunicação do crime acompanhada do pedido de adoção das providências penais cabíveis, para promover a respectiva ação penal. 10.4.2.1 Denúncia Anônima ou Apócrifa Para o Supremo uma denúncia anônima NÃO serve para fundamentar por si só a instauração de inquérito policial. Caso a denúncia anônima venha acompanhada de provas, o IP poderá ser instaurado. 10.4.3 Cognição Coercitiva A autoridade policial toma conhecimento através da apresentação do indivíduo preso em flagrante. A instauração do IP ocorre de ofício, INDEPENDENTEMENTE da vontade o ofendido. 10.4.4 Notitia Criminis Inqualificada É uma espécie de denúncia anônima , pois não se pode qualificar o delator . Não se sabe se o delator é a vítima. 10.5 Delatio Criminis Delatio Criminis é a denúncia é fornecida por QUALQUER DO POVO . É a notícia de crime fornecida por um terceiro que não tem relação direta com a infração penal nos crimes de ação penal públicaINCONDICIONADA . Peça inicial: PORTARIA. Qualquer um pode oferecer a denúncia e requer abertura do inquérito policial. Mas, quem requisita a abertura do inquérito, responderá como coautor no caso de habeas corpus contra o inquérito. https://atlasconcursos.org 11 11. PROCEDIMENTOS INVESTIGATIVOS 11.1.1 Identificação Criminal Fotográfica Datiloscópica: procedimento feito por um técnico. De caráter cientifico. 11.1.2 Escutas Telefônicas MEDIANTE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL , tanto o delegado, quando membros do MP, podem REQUISITAR às empresas prestadoras de serviço de telefonia que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. Entretanto, isso NÃO permitirá acesso ao CONTEÚDO da comunicação de qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial e será por período não superior a 30 (trinta) dias, renovável por UMA ÚNICA VEZ, por igual período. Para períodos superiores a 60 dias, será necessária a apresentação de ordem judicial. Na hipótese de haver a liberação do sinal, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 HORAS, contado do registro da respectiva ocorrência policial. 12. INDICIAMENTO O indiciamento é a individualização do investigado/suspeito. Para indiciar alguém, é necessário que haja PROVA da existência do crime (materialidade) e INDÍCIOS de autoria. A atribuição é privada da autoridade policial (delegado). 13. GARANTIAS DO INVESTIGADO Incomunicabilidade do indiciado preso: é VEDADA a incomunicabilidade do indiciado preso (CF). 14. CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL Conclusão do IPs e dá com a produção de relatório, com as diligências e evidencias. O relatório só passa pelo juiz por que o Código de Processo Penal adota o sistema presidencialista. 14.1 Relatório da Autoridade Policial Não é peça obrigatória. Deve ter caráter descritivo, não deve fazer juízo de valor. Na lei de drogas a autoridade policial terá que apontar a classificação. A falta do relatório é mera irregularidade intrínseca, que não torna o IP nulo – nem torna nula a ação penal dele decorrente. Deve-se sempre ter em mente que o IP serve apenas para conferir justa causa à AP – se isto existir, a AP dele decorrente não é viciada, apesar de possíveis vícios no próprio IP. https://atlasconcursos.org 12 14.2 Destinatário dos Autos do Inquérito Policial São remetidos ao poder judiciário. No CPP: Relatório JUIZ MP Na Justiça Federal: Relatório MP JUIZ OBS: O relatório, mesmo na Justiça Federal, poderá ir diretamente para o Juiz, antes de passar pelo MP, quando houver pedido de medidas cautelares. ATENÇÃO! se for crime de Ação Penal PRIVADA, os autos do IP vão para o Juiz e ficam aguardando iniciativa do ofendido/representante legal. 14.3 Providencias a Serem Adotadas Após a Remessa do Inquérito Policial: Ação penal de iniciativa PRIVADA: aguardando-se a iniciativa do querelante. Ação penal de iniciativa PÚBLICA: abrir “vista ao MP”. A partir do envio ao MP, as alternativas de ações são: a) Oferecimento de denúncia (dá-se o início ao processo penal); b) Arquivamento do inquérito policial; c) Requisição de diligencias indispensáveis ao oferecimento da denúncia; d) Pedido de declinação de competência. Se o promotor entender que o juízo não é dotado de competência, deve requer a remessa dos autos ao juiz natural; e) Suscitar conflito de competência. Se já havia previa manifestação de outro juízo quanto à competência, deve ser suscitado um conflito. Quem decide conflito de competência é o órgão superior aos conflitantes. Conflitos de competência entre juizado especial federal e juízo federal da mesma região, é resolvido pelo tribunal regional federal, se de regiões diferente, o STF resolve; f) Suscitar conflito de atribuições: geralmente conflito entre órgão do MP (se forem do mesmo estado, PGJ decide) (se MPE e MPF, STF decide - art. 102, f, da CF). 15. ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL Perceba que é ato administrativo complexo, pois depende da vontade do MP e da concordância do Judiciário. Também se pode dizer ser ATO JUDICIAL (decisão judicial), uma vez que é o Juiz quem o determina, mas sempre com base em pedido motivado do MP. O promotor pede ao juiz, e o juiz homologa o arquivamento . O mesmo vale para o desarquivamento. OBS: No caso de foro privilegiado por prerrogativa de função, sendo a hipótese de ação penal originário (que já inicia na 2º instância), o inquérito será arquivado no âmbito do próprio MP, sem necessidade de requerimento ao poder judiciário. 15.1 Classificação Quanto ao Objeto Arquivamento Objetivo: se refere aos FATOS/CRIMES investigados; Arquivamento Subjetivo: se refere às PESSOAS investigadas. https://atlasconcursos.org 13 15.2 Classificação Quanto a Forma Arquivamento Explícito: a pedido do MP e por decisão judicial. Arquivamento Implícito: Fatos ou pessoas investigadas presentes no IP deixam de ser incluídos na denúncia. Segundo o STF, o arquivamento implícito não é permitido, uma vez que falta previsão legal (vide RHC 24927/RJ e HC 113560, STJ). 15.3 Arquivamento Originário Ocorre em relação aos crimes de atribuição originária do PGJ. 15.4 Arquivamento Provisório No caso das infrações penais de MENOR POTENCIAL OFENSIVO , de ação penal pública CONDICIONADA , a vítima deve comparecer à audiência preliminar para realizar a composição civil dos danos ou, caso não ocorra, seja realizada a transação penal. Então o MP pede o arquivamento do TCO (instrumento jurídico que substitui o IP no procedimento sumaríssimo), mas em circunstância PROVISÓRIA , já que a vítima poderá representar durante o prazo decadencial. 15.5 Coisa Julgada É a decisão judicial para a qual não cabem mais recursos. Ou porque você não recorreu ou porque esgotou todos os recursos. Coisa julgada FORMAL: imutabilidade da decisão NO processo em que foi proferida. Se removido o vício ou se surgirem novas provas, será possível a denúncia. Coisa julgada MATERIAL: é a imutabilidade da decisão FORA do processo em que foi proferida. É quando a questão estará resolvida de vez ATENÇÃO! Em regra, a decisão que defere o arquivamento NÃO FAZ COISA JULGADA MATERIAL. Contudo, quando a decisão se basear na ATIPICIDADE da conduta, causa EXTINTIVA DA PUNIBILIDADE e EXCLUDENTE DE ILICITUDE , a decisão que defere o arquivamento do IP faz coisa julgada MATERIAL . (PCPE - Delegado - 2016) Contudo, há situações em que o arquivamento do IP faz coisa julgada FORMAL e MATERIAL – de modo que o tema não poderá ser rediscutido: Arquivamento com base em atipicidade da conduta; Arquivamento com base em excludente de ilicitude; Arquivamento com base em excludente de culpabilidade; Arquivamento com base em extinção da punibilidade. Segundo o STF , provas de fraude em inquérito autorizam desarquivamento e reabertura de investigação. O arquivamento de inquérito policial com base em fraudes não produz https://atlasconcursos.org 14 Material Formal NÃO Entra no Mérito coisa julgada material e possibilita a reabertura da investigação caso surjam novos fatos. 15.5.1 Motivos para o arquivamento do IP 15.5.1.1 Ausência de Justa Causa Ausência de indícios de materialidade e autoria. STF e STJ = coisa julgada FORMAL ( rebus sic standibus ). É possível o desarquivamento do processo caso de novas provas que alteremde forma substancial a situação. 15.5.1.2 Manifesta Atipicidade do Fato Quando o fato não constitui crime. Pode-se aplicar o princípio da insignificância. STF e STJ = coisa julgada MATERIAL . Isso impede o desarquivamento do IP. Ainda que a decisão de arquivamento seja proferida por juízo absolutamente incompetente . 15.5.1.3 Manifesta Causa Excludente de Ilicitude São elas: Estado de Necessidade, Legítima Defesa, Estrito Cumprimento do Dever Legal e Exercício Regular Direito. O STF entende que haverá coisa julgada FORMAL , mas o STJ entende que haverá coisa julgada MATERIAL . A decisão de arquivamento do IP por excludente de ilicitude, NÃO IMPEDE A REABERTURA DO INQUÉRITO CASO SURGEM NOVAS PROVAS , suficientes para justificar desarquivamento do inquérito. 15.5.1.4 Manifesta Causa Excludente de Culpabilidade salvo inimputabilidade por doença mental Haverá coisa julgada MATERIAL . Não se arquiva o IP se houver materialidade. No caso de inimputabilidade por doença mental, não haverá arquivamento do IP. Será instaurada ação penal, denominada “ação de prevenção penal”. 15.5.1.5 Causa Extintiva de Punibilidade Para o STJ e o STF , haverá coisa julgada MATERIAL . Não pode desarquivar o IP, mesmo que haja nova decisão. 15.6 Procedimento de Arquivamento: 1. Justiça estadual: 2. MP pede ao juiz: Concorda: arquiva; Discorda: remessa para o PGJ. 3. PGJ: Oferece a denúncia; Requisita diligências; Insiste no arquivamento - Juiz está OBRIGADO a arquivar ; https://atlasconcursos.org 15 Designa outro órgão do MP para atuar no caso - neste caso é OBRIGADO a oferecer a denúncia. 4. Justiça Federal/ Justiça Militar/ Justiça do DF: 5. MPF/ MPM/ MPDFT 6. Se o Juiz Federal não concordar com o arquivamento, remete à Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, a qual se manifesta de maneira OPINATIVA, depois remete ao Procurador Geral da República, cuja decisão é DEFINITIVA. 15.7 Hipótese de Atribuição Originária do PGR ou do PGJ: Em regra, o procedimento do arquivamento ocorre mediante decisão judicial. Porém, quando se tratar de atribuição originária do PGR ou PGJ, não é necessária que a decisão destes seja submetida à análise do Poder Judiciário, salvo na hipótese em que a decisão de arquivamento for capaz de fazer coisa julgada MATERIAL . 15.7.1 Arquivamento Implícito (NÃO PODE) Ocorre quando o titular da ação penal se omite a cerca de algum indiciado ou alguma infração penal quando do oferecimento da denúncia ou da queixa. OBS: ESSE PROCEDIMENTO NÃO É ADMITIDO PELA JURISPRUDÊNCIA DO STF E STJ , que também não admite a Ação Penal Privada subsidiaria da Pública. 15.7.2 Arquivamento Indireto: Se o MP, ao invés de oferecer denúncia, requer a declinação de competência do juízo e este não concorda, essa manifestação deve ser entendida como um pedido indireto de arquivamento, aplicando-se, por analogia, o art. 28 do CPP. 15.7.3 Arquivamento Direto ou Explícito Ocorre por decisão expressa do juiz, motivada pelas razões do MP. Sua existência se deve ao fato de uma das funções do juiz ser a de exercer controle externo sobre a atuação do MP. 15.8 Recorribilidade da Decisão de Arquivamento: Em regra, a decisão de arquivamento é IRRECORRÍVEL , não cabendo nem sequer ação penal privava subsidiária da pública. No entanto, é possível recurso em quatro hipóteses: a) Crimes contra a economia popular ou a saúde pública b) No caso do jogo do bicho e corrida de cavalos fora do hipódromo c) Na hipótese de arquivamento de investigação por parte do PGJ, caberá pedido de revisão ao colégio de procuradores d) Se o juiz arquivar o inquérito policial de ofício caberá correição parcial. 15.9 Trancamento do Inquérito Policial: Trata-se de medida de natureza EXCEPCIONAL , que só é possível nas seguintes hipóteses: https://atlasconcursos.org 16 a) Manifesta atipicidade formal ou material da conduta; b) Presença de causa extintiva da punibilidade c) Instauração de inquérito policial em crime de ação penal privada, ou crime de ação penal pública condicionada à representação, sem prévio requerimento do ofendido. ATENÇÃO!! Por meio de Habeas Corpus é possível, apenas, o TRANCAMENTO do inquérito policial e não o seu arquivamento (só na fase judicial). 15.9.1 Instrumentos/Remédios: Se HÁ RISCO à liberdade de locomoção (prisão) = HABEAS CORPUS Se NÃO HÁ RISCO à liberdade de locomoção (multa, por ex) = MANDADO DE SEGURANÇA 15.10 Desarquivamento e Oferecimento de Denúncia: Para o desarquivamento do IP basta notícia de provas novas. 16. PRAZO DE CONCLUSÃO DO INQUÉRITO A regra para a conclusão do inquérito policial é de 10 DIAS , se o indiciado tiver sido PRESO em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 DIAS , quando estiver SOLTO , mediante fiança ou sem ela, sendo que este prazo pode ser prorrogado por mais 30 dias se o caso for de difícil resolução ou crime hediondo. No entanto, crimes espécies tem prazos especiais: TIPO PRESO SOLTO REFERENCIA Crime comum Estadual 10 dias - IM PRORROGÁVEL 30 dias – PRORROGÁVEL n vezes (Art. 10 – CPP) Justiça Federal 15 PRORROGÁVELpor +15 dias 30 dias (Art. 66 - lei nº 5.010/66) https://atlasconcursos.org 17 TIPO PRESO SOLTO REFERENCIA Lei de Drogas 30 PRORROGÁVELpor +30 dias 90+90 dias (Art. 51 - lei nº 11.343/06 ) Lei de Crimes Hediondos 30 PRORROGÁVEL por +30 dias 90+90 dias (Art. 2º, §4º - lei nº 8.072/1990) ATENÇÃO! A PRISÃO TEMPORÁRIA SÓ OCORRE NA FASE DO INQUÉRITO POLICIAL . 16.1 Contagem de Prazo Indicado Preso: Contagem do prazo é feita desde o dia em se EXECUTAR a ordem de prisão, desconsiderando a fração do dia . Indicado Solto: Contagem do prazo é feita a partir do dia da INSTAURAÇÃO do inquérito. Início do IP 3º dia 6º dia 15º dia I-------------------------------I----------------------------------I--------------------------------------------I O prazo do IP: Natureza Processual (solto): Regra do PROCESSO PENAL - Exclui o primeiro dia e inclui o último. Natureza Material (preso): Regra do DIREITO PENAL - Conta o dia do início e exclui o último. https://atlasconcursos.org 18 Decretada a Prisão preventiva do investigado Prazo para conclusão do IP ou soltura do prisioneiro. Executada a Prisão Preventiva. 1. HISTÓRICO 1.1 Persecução Penal ou Criminal (Persecutio Criminis): 2. NATUREZA DO INQUÉRITO 3. CONCEITO 4. FINALIDADE 5. CARACTERÍSTICAS 5.1 Oficialidade 5.2 Escrito 5.3 Instrumental 5.4 Dispensável 5.4.1 Procedimentos Alternativos ao IP (art. 4º parágrafo único CP) 5.4.2 Investigação pelo Ministério Público: 5.5 Procedimento Administrativo 5.6 Oficiosidade 5.7 Sigiloso 5.7.1 Pessoas que tem Acesso aos Autos do IP 5.8 Inquisitivo 5.9 Discricionário 5.9.1 Diligências que Vinculam a Autoridade Policial 5.9.2 Diligencias que só podem ser realizadas com autorização Judicial 5.10 Informativo 5.10.1 Elementos de Informação 5.10.2 Elementos Migratórios 5.11 Indisponível 6. FUNDAMENTO 7. TITULARIDADE: 8. GRAU DE COGNIÇÃO 9. VALOR PROBATÓRIO 10. FORMAS DE INSTAURAÇÃO 10.1 Crimes de Ação Penal Pública 10.1.1 Crimes de Ação Penal Incondicionada 10.1.2 Crimes de Ação Penal Pública Condicionada a Requisição do Ministério da Justiça 10.1.3 Crimes de Ação PenalPública Condicionada 10.2 Crimes de Ação Penal Privada 10.3 Início do IP 10.3.1 Instauração de Ofício 10.3.1.1 Portaria 10.3.1.2 Auto de Prisão em Flagrante - APF 10.3.2 Requisição da Autoridade judiciária 10.3.3 Requisição do MP 10.3.4 Requerimento do Ofendido ou Representante Legal 10.4 Notitia Criminis 10.4.1 Cognição Imediata ou Direta 10.4.2 Cognição Mediata ou Indireta 10.4.2.1 Denúncia Anônima ou Apócrifa 10.4.3 Cognição Coercitiva 10.4.4 Notitia Criminis Inqualificada 10.5 Delatio Criminis 11. PROCEDIMENTOS INVESTIGATIVOS 11.1.1 Identificação Criminal 11.1.2 Escutas Telefônicas 12. INDICIAMENTO 13. GARANTIAS DO INVESTIGADO 14. CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 14.1 Relatório da Autoridade Policial 14.2 Destinatário dos Autos do Inquérito Policial 14.3 Providencias a Serem Adotadas Após a Remessa do Inquérito Policial: 15. ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL 15.1 Classificação Quanto ao Objeto 15.2 Classificação Quanto a Forma 15.3 Arquivamento Originário 15.4 Arquivamento Provisório 15.5 Coisa Julgada 15.5.1 Motivos para o arquivamento do IP 15.5.1.1 Ausência de Justa Causa 15.5.1.2 Manifesta Atipicidade do Fato 15.5.1.3 Manifesta Causa Excludente de Ilicitude 15.5.1.4 Manifesta Causa Excludente de Culpabilidade salvo inimputabilidade por doença mental 15.5.1.5 Causa Extintiva de Punibilidade 15.6 Procedimento de Arquivamento: 15.7 Hipótese de Atribuição Originária do PGR ou do PGJ: 15.7.1 Arquivamento Implícito (NÃO PODE) 15.7.2 Arquivamento Indireto: 15.7.3 Arquivamento Direto ou Explícito 15.8 Recorribilidade da Decisão de Arquivamento: 15.9 Trancamento do Inquérito Policial: 15.9.1 Instrumentos/Remédios: 15.10 Desarquivamento e Oferecimento de Denúncia: 16. PRAZO DE CONCLUSÃO DO INQUÉRITO 16.1 Contagem de Prazo
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