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Destrinchando Inquérito Policial

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INQUERITO POLICIAL
1. HISTÓRICO
O inquérito policial é fruto da evolução do “Sumário de Culpa”, documento elaborado
pelos juízes de paz à época da promulgação do Decreto nº 4.824, de 22 de novembro de
1871, que regulamentou a Lei nº 2.033, de 20 de setembro de 1871.
Sempre que ocorre um “crime”, materializa-se para o Estado a vontade de punir o
responsável pelo suposto fato típico, ilícito e culpável (isto, seguindo a Teoria Tripartite). Tal
vontade nada mais é que a manifestação, em concreto, da Punibilidade. Porém, para que ela
seja efetivada, é necessária a instalação da persecução penal, entendida como o conjunto de
investigações preliminares (das quais só nos interessa o inquérito policial) e a ação penal. De
modo bastante simplificado, o esquema fica assim:
Persecução Penal = Inquérito Policial + Ação Penal
1.1 Persecução Penal ou Criminal (Persecutio Criminis):
A persecução penal (atividade estatal de perseguir o crime, apurar o crime) é desenvolvida
em duas etapas: 
 1º Etapa: Investigação preliminar (inquérito policial)
 2º Etapa: Ação Penal (juiz)
2. NATUREZA DO INQUÉRITO
O inquérito tem NATUREZA JURÍDICA , mas não é a única modalidade de investigação 
preliminar. É anterior ao processo penal, por isso, não permite contraditório. Por isso, 
eventuais vícios do inquérito policial não contaminam o processo a que der origem. Só
provas ilícitas contaminam o processo.
3. CONCEITO 
O inquérito policial de caráter pré-processual, é sequência de atos de polícia judiciária,
que formam espécie de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO, INQUISITÓRIO E
PREPARATÓRIO, presidido pela autoridade policial, SEM FORMA PRÉ-ESTABELECIDA,
mas ESCRITA, desenvolvida em SEGREDO, SEM CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA.
É o conjunto de diligências realizadas para reunir elementos informativos de autoria e
materialidade do fato e tem por objetivo subsidiar a propositura da ação penal e visa 
colher elementos para o deferimento (aceitação) das medidas cautelares pelo juiz.
4. FINALIDADE
A principal finalidade é a Colheita de Elementos de Informação quanto à autoria e
materialidade do fato delituoso necessárias à propositura da ação penal pelo seu titular
– em regra, o Ministério Público.
https://atlasconcursos.org 1
5. CARACTERÍSTICAS
5.1 Oficialidade
Sendo a repressão criminal função essencial e exclusiva do Estado, esse deverá criar órgãos
para esse fim. Em síntese: os órgãos encarregados da persecução criminal devem ser
oficiais. 
Assim, as investigações preliminares, nos crimes de ação pública, deverão ser feitas
pela Polícia Judiciária (art. 144 da CF), e a interposição da ação deverá ser feita pelo
Ministério Público (art. 129, I da CF), dois órgãos oficiais do Estado.
5.2 Escrito
Pode ter gravações de áudio e vídeo como complemento. Nas escutas telefônicas, apenas
as partes mais relevantes da conversa devem ser redigidas.
https://atlasconcursos.org 2
Características do 
IP
Oficioso
Escrito
Instrumental
Dispensável Alternativas ao IP: Investigação pelo MP; Processo Administrativo disciplinar (PAD); Inquérito Civil, Inquérito Parlamentar (CPIs) e Investigações Particulares.
Oficiosidade Nos crimes de ação penal pública incondicionada o IP poderá ser iniciado de ofício pela autoridade policial. 
Sigiloso
Pessoas que tem Acesso aos Autos do IP: Delegado, escrivão e agentes da polícia, 
Juiz e servidores do poder judiciário, Membros e servidores do Ministério Público e 
o advogado e defensores públicos. 
Inquisitivo
Discricionário
O delegado de polícia define as diligências a serem realizadas e a ordem de 
realização conforme um juízo de OPORTUNIDADE E CONVENIENCIA
Requer autorização Judicial: Interceptação telefônica; Busca e apreensão, Incidente 
de insanidade mental, Infiltração de agentes de polícia na organização criminosa
Diligências Obrigatórias: Exame de corpo de delito nas infrações que deixam 
vestígios e Diligências requisitadas pela autoridade judiciária ou pelo MP.
Informativo
Indisponível
O delegado NÃO pode 
arquivar o IP, só o Juiz 
pode
5.3 Instrumental
É o instrumento usado para colheita de elementos de informação quanto à materialidade e
autoria do crime.
5.4 Dispensável
A instauração da ação penal independe da existência de IP, pois a investigação pode ser
feita de outras maneiras.
5.4.1 Procedimentos Alternativos ao IP (art. 4º parágrafo único CP)
Permite que outras autoridades administrativas possam realizar a investigação preliminar.
Dentre as outras modalidades investigativas, podemos citar:
a) CPIs: Inquérito parlamentar. Infrações ou faltas funcionais e aqueles crimes de matéria
de alta relevância;
b) IPM: Inquérito Policial Militar. Instrumento para investigação de infrações militares
próprias;
c) Crimes cometidos pelo magistrado: investigação presidida pelo juiz presidente do
tribunal;
d) Crimes cometidos por outras autoridades com foro privilegiado: ministro ou
desembargador do respectivo tribunal.
e) Investigação pelo MP (PGR/PGJ);
f) PAD: Processo Administrativo disciplinar (PAD);
g) Inquérito Civil: (precede a ação civil pública);
h) Investigações Particulares.
5.4.2 Investigação pelo Ministério Público:
O STF é favorável . Se o MP pode ajuizar ação penal, então também pode realizar a 
investigação preliminar (pode o mais, pode o menos) - Teoria dos poderes implícitos.
OBS: A investigação preliminar NÃO É ATRIBUIÇÃO EXCLUSIVA da polícia judiciária 
(PF e PC), pois o MP também pode.
5.5 Procedimento Administrativo
Ora, se a PF é órgão do Poder Executivo e seus atos são administrativos, o IP nada
mais é do que um procedimento administrativo. O IP NÃO É PROCEDIMENTO JUDICIAL 
OU PROCESSO ADMINISTRATIVO É UM PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO . 
5.6 Oficiosidade
A oficiosidade está prevista no art. 5º, I, do CPP, que dispõe que o inquérito policial
será instaurado de ofício nos crimes de ação penal pública incondicionada:
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
https://atlasconcursos.org 3
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a
requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.”
Isso significa que, para esses tipos de crime, há obrigatoriedade de instauração do
inquérito ex officio , independente de provocação. 
A ação penal será PÚBLICA quando o crime for praticado contra o patrimônio ou 
interesse da união, estados, DF ou municípios e p ode ser INCONDICIONADA ou 
CONDICIONADA . 
Nos crimes de ação penal pública INCONDICIONADA , o IP poderá ser iniciado de 
OFÍCIO pela autoridade policial. 
Nos crimes de ação penal pública CONDICIONADA ou de ação penal privada, o
inquérito depende de provocação da vítima para ser instaurado.
5.7 Sigiloso
 Sigilo Externo: Oponível à coletividade (Sociedade).
 Sigilo Interno: Oponível ao indiciado (acusado). 
5.7.1 Pessoas que tem Acesso aos Autos do IP
 Delegado, escrivão e agentes da polícia; 
 Juiz e servidores do poder judiciário 
 Membros e servidores do Ministério Público 
 O advogado e defensores públicos tem acesso aos autos JÁ DOCUMENTADOS. 
5.8 Inquisitivo
Contraditório e ampla defesa não são assegurados, pois NÃO há acusação, só
INVESTIGAÇÃO. O inquérito policial é inquisitivo, na medida em que a autoridade
policial preside o inquérito e pode indeferir diligência requerida pelo indiciado. 
O indiciamento deve estar baseado em elementos concretos, indicativos da autoria e é
ato privativo do delegado de polícia (não pode ser feito pelo juiz ou peloMP).
ATENÇÃO!!! Admite-se EXCEPCIONALMENTE , o contraditório no inquérito instaurado 
por determinação do Ministério da Justiça, para a expulsão de estrangeiro.
5.9 Discricionário
O IP não tem forma pré-definida, é informal, discricionário. A sequência de atos do IP
não é pré-fixada. Tudo depende de conveniência e da necessidade. Desse modo o
delegado de polícia definirá as diligências e a ordem de realização conforme um juízo 
de OPORTUNIDADE e CONVENIENCIA .
Art. 14º CPP permite o requerimento das diligências (art. 6º) pelo ofendido (sujeito
passivo), seu responsável legal ou pelo indiciado (autoridade).
ATENÇÃO!! A discricionariedade NÃO é característica absoluta no IP, pois, em algumas 
situações, o delegado está vinculado ao cumprimento das diligências. São elas:
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5.9.1 Diligências que Vinculam a Autoridade Policial
a) Exame de corpo de delito nas infrações que deixam vestígios (Art. 158 –CPP).
Nas infrações de menor potencial ofensivo, é DISPENSÁVEL o exame de corpo 
de delito, podendo ser substituído por boletim médico ou prova equivalente (Art.
77º § 1º, Lei 9.099/95)
b) Diligências REQUERIDAS pela autoridade judiciária ou pelo MP .
5.9.2 Diligencias que só podem ser realizadas com autorização Judicial
 Interceptação telefônica;
 Busca e apreensão domiciliar 
 Incidente de insanidade mental;
 Infiltração de agentes de polícia na organização criminosa;
 Escuta ambiental;
5.10 Informativo
Visa a colheita de elementos de informação quanto à autoria e materialidade da infração.
Elementos de Informação (IP) ≠ Provas (Ação Penal)
ELEMENTOS DE INFORMAÇÃO PROVAS
Fase investigatória; Em regra, fase judicial;
Não é obrigatória a observância do contraditório e
ampla defesa;
É obrigatória a observância do contraditório e
ampla defesa;
São produzidas sem a presença do juiz, salvo
quando houver necessidade de intervenção do
poder judiciário;
Produzida na presença do juiz (direta e
remota); Provas cautelares antecipadas e não
repetíveis (fase investigatória e fase judicial);
Finalidade: servem como fundamento para
decretação de medidas cautelares. Auxilia na
formação da convicção do titular da ação penal;
Finalidade: apontar o autor do crime e
fundamentar o livre convencimento motivado
do juiz
Exclusivamente: elementos informativos
isoladamente considerados não podem
fundamentar uma sentença condenatória. Porém
não devem ser desprezados podendo somar a
prova produzida em juízo para formar a
convicção do magistrado.
Princípio da identidade física do juiz (o juiz
preside a ação e dá a sentença).
5.10.1 Elementos de Informação 
São colhidos na fase investigatória e sua característica é a AUSÊNCIA de ampla defesa 
e contraditório por uma fase inquisitorial. Não podem fundamentar uma condenação
em nenhuma hipótese, pois não forma produzidas sob o crivo do contraditório e ampla
defesa.
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5.10.2 Elementos Migratórios
Os elementos migratórios são os elementos extraídos da fase de investigação e que
podem servir de base para eventual condenação (ver item 9. Valor probatório do IP)
5.11 Indisponível
O delegado NÃO pode arquivar o IP, só o Juiz pode. Ou seja, O ARQUIVAMENTO NÃO 
PODE SER FEITO DE OFÍCIO.
O arquivamento do IP ocorre por REQUERIMENTO do Ministério Público (o juiz 
determina se arquiva ou não) e por DETERMINAÇÃO judicial. O pedido do MP é
INDISPENSÁVEL para o arquivamento do IP.
OBS: Nos crimes de ação penal privada, o requerente pode solicitar o arquivamento do
inquérito.
6. FUNDAMENTO
Atualmente, os arts. 4º a 23º, do CPP, são as principais normas que fundamentam e
disciplinam o inquérito policial. De outra parte, é importante enfatizar que o inquérito policial
tem previsão constitucional. O inciso VII, do art. 129, da CF, menciona expressamente o
inquérito policial.
Portanto, somente novo poder constituinte originário teria a legitimidade para suprimir
a investigação criminal, por intermédio do inquérito policial, do sistema normativo
brasileiro.
7. TITULARIDADE: 
Atribuição para a presidir o inquérito policial. Desde a CF/88, o IP é presidido pela
autoridade policial, aqui entendida como Delegado. Logo, o IP será presidido pelo
Delegado de Polícia (Polícia Civil) ou pelo Delegado de Polícia Federal (Polícia Federal).
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Ministério PúblicoPoder Judiciário
Polícia 
Judiciári
a
IPIP JuizJuiz
Oferece a denunciaOferece a denuncia
Requisita mais diligênicasRequisita mais diligênicas
Requer o arquivamento do 
IP
Requer o arquivamento do 
IP
Requer a declinação de 
competêencia.
Requer a declinação de 
competêencia.
 Crime Militar: 
 Justiça Militar da União: Polícia Judiciária Militar (Forças Armadas).
 Justiça Militar dos Estados: Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar.
 Inquérito Policial Militar: Encarregado.
 Crime de Competência da Justiça Federal: Polícia Federal.
 Crime de Competência da Justiça Eleitoral: PF ou PC
 Crime de Competência da Justiça Estadual: PF ou PC
8. GRAU DE COGNIÇÃO
No processo penal há três diferentes níveis de cognição, segundo se busque um juízo de
possibilidade, de probabilidade ou de certeza.
Para deflagração da investigação preliminar, basta um juízo de POSSIBILIDADE (razões
favoráveis forem equivalentes às contrárias). 
Já para o início de uma ação penal, é necessário tão somente um juízo de
PROBABILIDADE , que seria o predomínio das razões positivas que afirmam a 
existência do delito e sua autoria.
Para se chegar a um juízo de CERTEZA , é necessário esgotar toda a matéria probatória,
através de uma cognição plena, o que justificaria uma sentença condenatória.
A investigação no plano de cognição deverá ser sumária, limitando-se a atividade
mínima de comprovação e averiguação dos fatos e da autoria, para justificar o
processo ou o não processo.
9. VALOR PROBATÓRIO
Refere-se ao valor que o IP tem como formador de opinião, como prova.
Os ELEMENTOS INFORMATIVOS colhidos durante a fase do inquérito policial não 
poderão ser utilizados para FUNDAMENTAR sentença penal condenatória. O valor de
tais elementos é RELATIVO , uma vez que os mesmos servem para fundamentar o 
recebimento de uma denúncia inicial e dar início à Ação Penal, mas NÃO SÃO 
SUFICIENTES PARA FUNDAMENTAR EVENTUAL CONDENAÇÃO.
Entretanto, há EXCEÇÕES , são elas: 
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Investigação 
Preliminar
Juízo de 
possibilidade
Iníciar a Ação 
Penal
Juízo de 
probabilidade
Sentença 
Condenatórioa Juízo de certeza
 Provas Cautelares: é a prova com risco de desaparecer com tempo (contraditório
diferido ou postergado), é o caso de risco de morte de testemunha ou provas que
desaparecem com o tempo, por exemplo.
 Provas Não Repetíveis: É a prova colhida na fase de investigação que não pode ser
reproduzida na fase processual (terá contraditório diferido), é o caso do exame de
corpo de delito.
 Provas Antecipadas: São as provas produzidas antes de seu momento processual
oportuno (não carece de contraditório diferido ). 
10. FORMAS DE INSTAURAÇÃO
10.1 Crimes de Ação Penal Pública 
Art.5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
II - mediante REQU ISIÇÃO (OBRIGATÓRIO) da autoridade judiciária ou do Ministério
Público, ou a REQU ERIMENTO (DISCRICIONÁRIO) do ofendido ou de quem tiver
qualidade para representá-lo.
Art. 5º § 2º Do despachoque indeferir o requerimento de abertura de inquérito
caberá recurso para o chefe de Polícia.
CHEFE DE POLÍCIA: 
 União: Superintendente da Polícia Federal do Local
 Estados: Secretário de Segurança Pública (pode delegar ao Diretor Geral da
Polícia Civil).
10.1.1 Crimes de Ação Penal Incondicionada
Primeira forma de instauração: é de OFÍCIO , onde a peça inicial é uma PORTARIA feita 
pelo delegado, e deve iniciar INDEPENDENTEMENTE DE SOLICITAÇÃO DA VÍTIMA . 
Segunda forma de instauração: é por REQUISIÇÃO do juiz ou do Ministério Público , 
onde a própria REQUISIÇÃO é a peça inicial. 
ATENÇÃO!! O juiz NÃO PODE ele diretamente instaurar o inquérito policial .
10.1.2 Crimes de Ação Penal Pública Condicionada a Requisição do
Ministério da Justiça
 Crimes contra a honra do presidente ou de chefe de governo estrangeiro (Art. 145,
parágrafo único e 141, I – CP) 
 Crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil (art. 7, §3º, b – CP).
10.1.3 Crimes de Ação Penal Pública Condicionada
A instauração do IP depende de REQUERIMENTO do ofendido ou representante legal. 
Cabe destacar que, antes de instaurar o inquérito policial, o delegado deve verificar a
procedência das informações. 
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Peça inicial: PORTARIA pelo delegado. 
10.2 Crimes de Ação Penal Privada
Crimes de ação penal privada se iniciam com a queixa ( REQUERIMENTO ) , que SÓ 
PODE SER FEITA PELO OFENDIDO . 
10.3 Início do IP
1ª fase: Instauração; 
 De ofício (Portaria ou Auto de Prisão em Flagrante - APF); (Art.5°, I CPP)
 Requisição pelo Juiz ; (Art.5°, II CPP)
 Requisição do MP ; (Art.5°, II CPP)
 Requerimento do ofendido . (Art.5°, II CPP)
2º fase: Desenvolvimento/evolução;
3ª fase: Conclusão
10.3.1 Instauração de Ofício
Pode ser mediante PORTARIA ou AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE (APF). 
10.3.1.1 Portaria
Serve como elemento material para determinação de diligências, indicação dos fatos e
de eventuais agentes envolvidos, determinação de diligências e instauração do
inquérito policial. 
Toda vez que a autoridade policial tiver conhecimento da prática de uma infração penal,
estará “OBRIGADA” a instaurar o respectivo IP. O delegado pode tomar conhecimento do
crime de duas formas:
1. Pela atuação policial rotineira no uso de suas atribuições (cognição direta);
2. Por circunstância alheia ao uso de duas atribuições rotineiras (cognição mediata).
Peça inicial: a portaria é a peça inicial. 
10.3.1.2 Auto de Prisão em Flagrante - APF
O IP pode ser instaurado a partir da lavratura do auto de prisão em flagrante. É a
chamada notícia crime de cognição coercitiva.
Peça inicial: o próprio auto de prisão em flagrante. 
A APF deverá ser comunicada imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e a
família do preso ou a pessoa por ele indicada. A competência é da Autoridade Policial do
local onde a prisão for efetuada.
A prisão em flagrante se desdobra basicamente em 03 etapas:
1. Prisão/captura: é o momento em que o sujeito é preso, é capturado em flagrante
delito. Ao receber voz de prisão o autuado será apresentado a autoridade policial para que
se verifique a legalidade da prisão, e diante dos requisitos legais, é ratificada pelo delegado
de polícia.
https://atlasconcursos.org 9
2. Documentação/formalização da prisão em flagrante: é o instante em que a
autoridade policial formaliza a prisão. O documento formalizado como auto de prisão
em flagrante substitui a portaria (ou ofício), a sua elaboração deverá ser concluída
em 24 horas após a realização da prisão em flagrante e no mesmo prazo entregue ao
preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com motivo da
prisão, nome do condutor e das testemunhas.
3. Encarceramento: é a prisão.
10.3.2 Requisição da Autoridade judiciária
Juízes e tribunais têm o DEVER de comunicar ao MP a ocorrência de uma infração 
penal de que tenham tomado conhecimento no exercício de suas funções (noticia crime
judicial), sob pena de incorrerem em crime de prevaricação. 
A autoridade policial poderá se recusar a atender à requisição de instauração de IP na
hipótese de ordem MANIFESTAMENTE ilegal . 
A ausência de DADO ou ELEMENTO para se dar abertura de IP, NÃO é motivo para a
negativa de instauração desse IP por parte do Delegado, diante de uma REQUISIÇÃO
do Juiz ou MP.
Peça inicial: a própria REQUISIÇÃO . 
10.3.3 Requisição do MP 
REQUISIÇÃO é ORDEM , não pode ser descumprida e não há possibilidade para 
avaliação de seu cabimento. Compete à autoridade policial apenas cumprir o
requisitado. 
O MP é o titular da ação penal (dominus litis) e fiscal da lei. Não há previsão expressa na CF
autorizando o MP a investigar crimes diretamente (por conta própria). No entanto, o STF e o
STJ entendem que é possível (TEORIA DOS PODERES IMPLÍCITOS – quem pode o mais,
também pode o menos). O STF reconheceu a repercussão geral desta decisão e fixou os
requisitos para investigação criminal pelo MP, chamado de PIC (processo de
investigação Criminal), entre eles:
a) Respeitar direitos e garantias do investigado;
b) Permanente controle jurisdicional (controle do judiciário)
c) Respeito às hipóteses de reserva jurisdicional (necessidade de autorização judicial para
interceptação telefônica, prisão cautelar, busca e apreensão...)
d) Respeito aos direitos dos advogados (acesso às provas já documentadas)
e) A investigação pelo MP deve ser regida pela EXCEPCIONALIDADE e
SUBSIDIARIEDADE (na falta da polícia, por exemplo) e aplica-se em determinadas
situações (rol exemplificativo) crimes praticados por policiais, inercia da polícia judiciária,
crimes contra a administração pública e etc.
ATENÇÃO!! O MP pode investigar crimes, mas NUNCA PRESIDIR O IP. Além disso,
quando houver IP em curso, não pode haver PIC. 
https://atlasconcursos.org 10
10.3.4 Requerimento do Ofendido ou Representante Legal
REQUERIMENTO é PEDIDO , não vincula, pode ser questionado e sofrer avaliação sobre 
sua procedência ou não. 
10.4 Notitia Criminis 
10.4.1 Cognição Imediata ou Direta
A autoridade policial toma conhecimento de fato delituoso por meio de suas atividades 
rotineiras , sem que haja o relato de uma 3º pessoa . A instauração do IP ocorre de ofício, 
INDEPENDENTEMENTE da vontade o ofendido . 
10.4.2 Cognição Mediata ou Indireta
A autoridade policial toma conhecimento por meio de uma 3º pessoa ( DENÚNCIA ). A
delação de um crime pode ser: 
 Simples: que consiste na mera comunicação do crime à autoridade; 
 Qualificada ou postulatória: que é a comunicação do crime acompanhada do pedido
de adoção das providências penais cabíveis, para promover a respectiva ação penal.
10.4.2.1 Denúncia Anônima ou Apócrifa
Para o Supremo uma denúncia anônima NÃO serve para fundamentar por si só a 
instauração de inquérito policial. Caso a denúncia anônima venha acompanhada de
provas, o IP poderá ser instaurado.
10.4.3 Cognição Coercitiva
A autoridade policial toma conhecimento através da apresentação do indivíduo preso 
em flagrante. A instauração do IP ocorre de ofício, INDEPENDENTEMENTE da vontade 
o ofendido.
10.4.4 Notitia Criminis Inqualificada
É uma espécie de denúncia anônima , pois não se pode qualificar o delator . Não se sabe 
se o delator é a vítima.
10.5 Delatio Criminis
Delatio Criminis é a denúncia é fornecida por QUALQUER DO POVO . É a notícia de 
crime fornecida por um terceiro que não tem relação direta com a infração penal nos 
crimes de ação penal públicaINCONDICIONADA . 
Peça inicial: PORTARIA. Qualquer um pode oferecer a denúncia e requer abertura do
inquérito policial. Mas, quem requisita a abertura do inquérito, responderá como coautor
no caso de habeas corpus contra o inquérito. 
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11. PROCEDIMENTOS INVESTIGATIVOS
11.1.1 Identificação Criminal
 Fotográfica
 Datiloscópica: procedimento feito por um técnico. De caráter cientifico.
11.1.2 Escutas Telefônicas
MEDIANTE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL , tanto o delegado, quando membros do MP, 
podem REQUISITAR às empresas prestadoras de serviço de telefonia que
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais,
informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito
em curso. 
Entretanto, isso NÃO permitirá acesso ao CONTEÚDO da comunicação de qualquer
natureza, que dependerá de autorização judicial e será por período não superior a 30
(trinta) dias, renovável por UMA ÚNICA VEZ, por igual período. Para períodos
superiores a 60 dias, será necessária a apresentação de ordem judicial.
Na hipótese de haver a liberação do sinal, o inquérito policial deverá ser instaurado no
prazo máximo de 72 HORAS, contado do registro da respectiva ocorrência policial. 
12. INDICIAMENTO
O indiciamento é a individualização do investigado/suspeito. Para indiciar alguém, é
necessário que haja PROVA da existência do crime (materialidade) e INDÍCIOS de 
autoria. A atribuição é privada da autoridade policial (delegado). 
13. GARANTIAS DO INVESTIGADO
Incomunicabilidade do indiciado preso: é VEDADA a incomunicabilidade do indiciado
preso (CF). 
14. CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
Conclusão do IPs e dá com a produção de relatório, com as diligências e evidencias. O
relatório só passa pelo juiz por que o Código de Processo Penal adota o sistema
presidencialista. 
14.1 Relatório da Autoridade Policial
Não é peça obrigatória. Deve ter caráter descritivo, não deve fazer juízo de valor. Na lei de
drogas a autoridade policial terá que apontar a classificação. 
A falta do relatório é mera irregularidade intrínseca, que não torna o IP nulo – nem torna
nula a ação penal dele decorrente. Deve-se sempre ter em mente que o IP serve apenas
para conferir justa causa à AP – se isto existir, a AP dele decorrente não é viciada, apesar de
possíveis vícios no próprio IP.
https://atlasconcursos.org 12
14.2 Destinatário dos Autos do Inquérito Policial
São remetidos ao poder judiciário. 
 No CPP: Relatório JUIZ  MP
 Na Justiça Federal: Relatório MP  JUIZ
OBS: O relatório, mesmo na Justiça Federal, poderá ir diretamente para o Juiz, antes de
passar pelo MP, quando houver pedido de medidas cautelares. 
ATENÇÃO! se for crime de Ação Penal PRIVADA, os autos do IP vão para o Juiz e ficam
aguardando iniciativa do ofendido/representante legal.
14.3 Providencias a Serem Adotadas Após a Remessa do Inquérito
Policial:
 Ação penal de iniciativa PRIVADA: aguardando-se a iniciativa do querelante. 
 Ação penal de iniciativa PÚBLICA: abrir “vista ao MP”.
A partir do envio ao MP, as alternativas de ações são:
a) Oferecimento de denúncia (dá-se o início ao processo penal);
b) Arquivamento do inquérito policial;
c) Requisição de diligencias indispensáveis ao oferecimento da denúncia;
d) Pedido de declinação de competência. Se o promotor entender que o juízo não é
dotado de competência, deve requer a remessa dos autos ao juiz natural;
e) Suscitar conflito de competência. Se já havia previa manifestação de outro juízo quanto à
competência, deve ser suscitado um conflito. Quem decide conflito de competência é o
órgão superior aos conflitantes. Conflitos de competência entre juizado especial federal
e juízo federal da mesma região, é resolvido pelo tribunal regional federal, se de regiões
diferente, o STF resolve;
f) Suscitar conflito de atribuições: geralmente conflito entre órgão do MP (se forem do
mesmo estado, PGJ decide) (se MPE e MPF, STF decide - art. 102, f, da CF).
15. ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL
Perceba que é ato administrativo complexo, pois depende da vontade do MP e da
concordância do Judiciário. Também se pode dizer ser ATO JUDICIAL (decisão judicial), 
uma vez que é o Juiz quem o determina, mas sempre com base em pedido motivado do
MP. O promotor pede ao juiz, e o juiz homologa o arquivamento . O mesmo vale para o
desarquivamento.
OBS: No caso de foro privilegiado por prerrogativa de função, sendo a hipótese de ação
penal originário (que já inicia na 2º instância), o inquérito será arquivado no âmbito do
próprio MP, sem necessidade de requerimento ao poder judiciário.
15.1 Classificação Quanto ao Objeto
 Arquivamento Objetivo: se refere aos FATOS/CRIMES investigados; 
 Arquivamento Subjetivo: se refere às PESSOAS investigadas. 
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15.2 Classificação Quanto a Forma
 Arquivamento Explícito: a pedido do MP e por decisão judicial.
 Arquivamento Implícito: Fatos ou pessoas investigadas presentes no IP deixam de
ser incluídos na denúncia. Segundo o STF, o arquivamento implícito não é 
permitido, uma vez que falta previsão legal (vide RHC 24927/RJ e HC 113560, STJ).
15.3 Arquivamento Originário
Ocorre em relação aos crimes de atribuição originária do PGJ.
15.4 Arquivamento Provisório
No caso das infrações penais de MENOR POTENCIAL OFENSIVO , de ação penal 
pública CONDICIONADA , a vítima deve comparecer à audiência preliminar para realizar 
a composição civil dos danos ou, caso não ocorra, seja realizada a transação penal.
Então o MP pede o arquivamento do TCO (instrumento jurídico que substitui o IP no
procedimento sumaríssimo), mas em circunstância PROVISÓRIA , já que a vítima 
poderá representar durante o prazo decadencial.
15.5 Coisa Julgada
É a decisão judicial para a qual não cabem mais recursos. Ou porque você não recorreu ou
porque esgotou todos os recursos.
Coisa julgada FORMAL: imutabilidade da decisão NO processo em que foi proferida. Se
removido o vício ou se surgirem novas provas, será possível a denúncia.
Coisa julgada MATERIAL: é a imutabilidade da decisão FORA do processo em que foi 
proferida. É quando a questão estará resolvida de vez 
ATENÇÃO! Em regra, a decisão que defere o arquivamento NÃO FAZ COISA JULGADA
MATERIAL. Contudo, quando a decisão se basear na ATIPICIDADE da conduta, causa 
EXTINTIVA DA PUNIBILIDADE e EXCLUDENTE DE ILICITUDE , a decisão que defere o 
arquivamento do IP faz coisa julgada MATERIAL . (PCPE - Delegado - 2016)
Contudo, há situações em que o arquivamento do IP faz coisa julgada FORMAL e 
MATERIAL – de modo que o tema não poderá ser rediscutido: 
 Arquivamento com base em atipicidade da conduta;
 Arquivamento com base em excludente de ilicitude;
 Arquivamento com base em excludente de culpabilidade;
 Arquivamento com base em extinção da punibilidade.
Segundo o STF , provas de fraude em inquérito autorizam desarquivamento e reabertura 
de investigação. O arquivamento de inquérito policial com base em fraudes não produz
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Material Formal
NÃO 
Entra no 
Mérito
coisa julgada material e possibilita a reabertura da investigação caso surjam novos
fatos. 
15.5.1 Motivos para o arquivamento do IP
15.5.1.1 Ausência de Justa Causa 
Ausência de indícios de materialidade e autoria. STF e STJ = coisa julgada FORMAL 
( rebus sic standibus ). É possível o desarquivamento do processo caso de novas
provas que alteremde forma substancial a situação.
15.5.1.2 Manifesta Atipicidade do Fato 
Quando o fato não constitui crime. Pode-se aplicar o princípio da insignificância. STF e 
STJ = coisa julgada MATERIAL . Isso impede o desarquivamento do IP. Ainda que a
decisão de arquivamento seja proferida por juízo absolutamente incompetente . 
15.5.1.3 Manifesta Causa Excludente de Ilicitude 
São elas: Estado de Necessidade, Legítima Defesa, Estrito Cumprimento do Dever
Legal e Exercício Regular Direito. 
O STF entende que haverá coisa julgada FORMAL , mas o STJ entende que haverá coisa 
julgada MATERIAL . 
A decisão de arquivamento do IP por excludente de ilicitude, NÃO IMPEDE A 
REABERTURA DO INQUÉRITO CASO SURGEM NOVAS PROVAS , suficientes para 
justificar desarquivamento do inquérito.
15.5.1.4 Manifesta Causa Excludente de Culpabilidade salvo
inimputabilidade por doença mental 
Haverá coisa julgada MATERIAL . Não se arquiva o IP se houver materialidade. No caso 
de inimputabilidade por doença mental, não haverá arquivamento do IP. Será instaurada
ação penal, denominada “ação de prevenção penal”.
15.5.1.5 Causa Extintiva de Punibilidade
Para o STJ e o STF , haverá coisa julgada MATERIAL . Não pode desarquivar o IP, mesmo 
que haja nova decisão. 
15.6 Procedimento de Arquivamento:
1. Justiça estadual: 
2. MP pede ao juiz: 
 Concorda: arquiva;
 Discorda: remessa para o PGJ.
3. PGJ: Oferece a denúncia;
 Requisita diligências;
 Insiste no arquivamento - Juiz está OBRIGADO a arquivar ;
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 Designa outro órgão do MP para atuar no caso - neste caso é OBRIGADO a 
oferecer a denúncia.
4. Justiça Federal/ Justiça Militar/ Justiça do DF:
5. MPF/ MPM/ MPDFT
6. Se o Juiz Federal não concordar com o arquivamento, remete à Câmara de
Coordenação e Revisão do MPF, a qual se manifesta de maneira OPINATIVA, depois
remete ao Procurador Geral da República, cuja decisão é DEFINITIVA.
15.7 Hipótese de Atribuição Originária do PGR ou do PGJ:
Em regra, o procedimento do arquivamento ocorre mediante decisão judicial. Porém,
quando se tratar de atribuição originária do PGR ou PGJ, não é necessária que a
decisão destes seja submetida à análise do Poder Judiciário, salvo na hipótese em que 
a decisão de arquivamento for capaz de fazer coisa julgada MATERIAL .
15.7.1 Arquivamento Implícito (NÃO PODE)
Ocorre quando o titular da ação penal se omite a cerca de algum indiciado ou alguma
infração penal quando do oferecimento da denúncia ou da queixa. 
OBS: ESSE PROCEDIMENTO NÃO É ADMITIDO PELA JURISPRUDÊNCIA DO STF E STJ , 
que também não admite a Ação Penal Privada subsidiaria da Pública.
15.7.2 Arquivamento Indireto: 
Se o MP, ao invés de oferecer denúncia, requer a declinação de competência do juízo e
este não concorda, essa manifestação deve ser entendida como um pedido indireto de
arquivamento, aplicando-se, por analogia, o art. 28 do CPP.
15.7.3 Arquivamento Direto ou Explícito
Ocorre por decisão expressa do juiz, motivada pelas razões do MP. Sua existência se
deve ao fato de uma das funções do juiz ser a de exercer controle externo sobre a 
atuação do MP. 
15.8 Recorribilidade da Decisão de Arquivamento:
Em regra, a decisão de arquivamento é IRRECORRÍVEL , não cabendo nem sequer ação 
penal privava subsidiária da pública. No entanto, é possível recurso em quatro
hipóteses:
a) Crimes contra a economia popular ou a saúde pública 
b) No caso do jogo do bicho e corrida de cavalos fora do hipódromo
c) Na hipótese de arquivamento de investigação por parte do PGJ, caberá pedido de 
revisão ao colégio de procuradores
d) Se o juiz arquivar o inquérito policial de ofício caberá correição parcial. 
15.9 Trancamento do Inquérito Policial:
Trata-se de medida de natureza EXCEPCIONAL , que só é possível nas seguintes 
hipóteses:
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a) Manifesta atipicidade formal ou material da conduta; 
b) Presença de causa extintiva da punibilidade 
c) Instauração de inquérito policial em crime de ação penal privada, ou crime de 
ação penal pública condicionada à representação, sem prévio requerimento do
ofendido.
ATENÇÃO!! Por meio de Habeas Corpus é possível, apenas, o TRANCAMENTO do 
inquérito policial e não o seu arquivamento (só na fase judicial). 
15.9.1 Instrumentos/Remédios:
Se HÁ RISCO à liberdade de locomoção (prisão) = HABEAS CORPUS
Se NÃO HÁ RISCO à liberdade de locomoção (multa, por ex) = MANDADO DE
SEGURANÇA
15.10 Desarquivamento e Oferecimento de Denúncia:
Para o desarquivamento do IP basta notícia de provas novas. 
16. PRAZO DE CONCLUSÃO DO INQUÉRITO
A regra para a conclusão do inquérito policial é de 10 DIAS , se o indiciado tiver sido 
PRESO em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta 
hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 DIAS , 
quando estiver SOLTO , mediante fiança ou sem ela, sendo que este prazo pode ser 
prorrogado por mais 30 dias se o caso for de difícil resolução ou crime hediondo.
No entanto, crimes espécies tem prazos especiais:
TIPO PRESO SOLTO REFERENCIA
Crime comum
Estadual
10 dias -
IM PRORROGÁVEL 
30 dias –
PRORROGÁVEL
n vezes
(Art. 10 – CPP)
Justiça Federal 15 PRORROGÁVELpor +15 dias 30 dias (Art. 66 - lei nº 5.010/66)
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TIPO PRESO SOLTO REFERENCIA
Lei de Drogas 30 PRORROGÁVELpor +30 dias 90+90 dias (Art. 51 - lei nº 11.343/06 )
Lei de Crimes
Hediondos
30 PRORROGÁVEL
por +30 dias 90+90 dias
(Art. 2º, §4º - lei nº
8.072/1990)
ATENÇÃO! A PRISÃO TEMPORÁRIA SÓ OCORRE NA FASE DO INQUÉRITO POLICIAL . 
16.1 Contagem de Prazo
 Indicado Preso: Contagem do prazo é feita desde o dia em se EXECUTAR a 
ordem de prisão, desconsiderando a fração do dia . 
 Indicado Solto: Contagem do prazo é feita a partir do dia da INSTAURAÇÃO do 
inquérito. 
Início do IP 3º dia 6º dia 15º dia
I-------------------------------I----------------------------------I--------------------------------------------I
O prazo do IP:
 Natureza Processual (solto): Regra do PROCESSO PENAL - Exclui o primeiro dia e 
inclui o último.
 Natureza Material (preso): Regra do DIREITO PENAL - Conta o dia do início e exclui 
o último.
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Decretada a Prisão
preventiva do
investigado
Prazo para conclusão do
IP ou soltura do
prisioneiro.
Executada a
Prisão
Preventiva.
	1. HISTÓRICO
	1.1 Persecução Penal ou Criminal (Persecutio Criminis):
	2. NATUREZA DO INQUÉRITO
	3. CONCEITO
	4. FINALIDADE
	5. CARACTERÍSTICAS
	5.1 Oficialidade
	5.2 Escrito
	5.3 Instrumental
	5.4 Dispensável
	5.4.1 Procedimentos Alternativos ao IP (art. 4º parágrafo único CP)
	5.4.2 Investigação pelo Ministério Público:
	5.5 Procedimento Administrativo
	5.6 Oficiosidade
	5.7 Sigiloso
	5.7.1 Pessoas que tem Acesso aos Autos do IP
	5.8 Inquisitivo
	5.9 Discricionário
	5.9.1 Diligências que Vinculam a Autoridade Policial
	5.9.2 Diligencias que só podem ser realizadas com autorização Judicial
	5.10 Informativo
	5.10.1 Elementos de Informação
	5.10.2 Elementos Migratórios
	5.11 Indisponível
	6. FUNDAMENTO
	7. TITULARIDADE:
	8. GRAU DE COGNIÇÃO
	9. VALOR PROBATÓRIO
	10. FORMAS DE INSTAURAÇÃO
	10.1 Crimes de Ação Penal Pública
	10.1.1 Crimes de Ação Penal Incondicionada
	10.1.2 Crimes de Ação Penal Pública Condicionada a Requisição do Ministério da Justiça
	10.1.3 Crimes de Ação PenalPública Condicionada
	10.2 Crimes de Ação Penal Privada
	10.3 Início do IP
	10.3.1 Instauração de Ofício
	10.3.1.1 Portaria
	10.3.1.2 Auto de Prisão em Flagrante - APF
	10.3.2 Requisição da Autoridade judiciária
	10.3.3 Requisição do MP
	10.3.4 Requerimento do Ofendido ou Representante Legal
	10.4 Notitia Criminis
	10.4.1 Cognição Imediata ou Direta
	10.4.2 Cognição Mediata ou Indireta
	10.4.2.1 Denúncia Anônima ou Apócrifa
	10.4.3 Cognição Coercitiva
	10.4.4 Notitia Criminis Inqualificada
	10.5 Delatio Criminis
	11. PROCEDIMENTOS INVESTIGATIVOS
	11.1.1 Identificação Criminal
	11.1.2 Escutas Telefônicas
	12. INDICIAMENTO
	13. GARANTIAS DO INVESTIGADO
	14. CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
	14.1 Relatório da Autoridade Policial
	14.2 Destinatário dos Autos do Inquérito Policial
	14.3 Providencias a Serem Adotadas Após a Remessa do Inquérito Policial:
	15. ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL
	15.1 Classificação Quanto ao Objeto
	15.2 Classificação Quanto a Forma
	15.3 Arquivamento Originário
	15.4 Arquivamento Provisório
	15.5 Coisa Julgada
	15.5.1 Motivos para o arquivamento do IP
	15.5.1.1 Ausência de Justa Causa
	15.5.1.2 Manifesta Atipicidade do Fato
	15.5.1.3 Manifesta Causa Excludente de Ilicitude
	15.5.1.4 Manifesta Causa Excludente de Culpabilidade salvo inimputabilidade por doença mental
	15.5.1.5 Causa Extintiva de Punibilidade
	15.6 Procedimento de Arquivamento:
	15.7 Hipótese de Atribuição Originária do PGR ou do PGJ:
	15.7.1 Arquivamento Implícito (NÃO PODE)
	15.7.2 Arquivamento Indireto:
	15.7.3 Arquivamento Direto ou Explícito
	15.8 Recorribilidade da Decisão de Arquivamento:
	15.9 Trancamento do Inquérito Policial:
	15.9.1 Instrumentos/Remédios:
	15.10 Desarquivamento e Oferecimento de Denúncia:
	16. PRAZO DE CONCLUSÃO DO INQUÉRITO
	16.1 Contagem de Prazo

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