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5 Quinta Aula Teórica Máquinas e Mecanização Florestal

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Quinta Aula Teórica 
Maquinas e Mecanização Florestal GNE-159 
Prof. Volpato 
Sistema de Rodados 
O sistema de rodados é um conjunto de órgãos que, além de sustentar o peso do 
trator, permite a autopropulsão, o direcionamento e, principalmente, a transformação da 
potência do motor em potência útil na barra. Mais especificamente, o rodado deve ser 
considerado como um conjunto de órgãos que asseguram as características veiculares ou de 
movimento, fornecendo a potencia útil para as mais variadas operações agrícolas. 
Mas a potência do motor que chega ao rodado, denominada potência no eixo, é 
distribuída na sobreposição da resistência ao rolamento, nas perdas por patinagem, na 
interação rodado-solo e na produção de trabalho útil na barra de tração. De modo que o uso 
mais eficiente de potência do trator é obtido quando se alcança maiores valores de potência 
na barra, com mínimos valores nas demais formas. 
As funções dos rodados podem ser descritas a seguir: 
 Assegurar equilíbrio estável e vão livre compatível com as condições de trabalho 
agrícola; 
 Possibilitar a autopropulsão e direcionamento do trator; 
 Desenvolver esforço tratório. 
Para o cumprimento dessas funções e requisitos são identificados dois tipos de 
rodado: 
 a) rodado pneumático; 
 b) rodado de esteira; 
 c) rodado de semi-esteira. 
Cada um desses tipos apresenta características tais que possibilitam vantagens e 
desvantagens em diversas situações de campo. Muito da energia produzida pelo trator (20 a 
50%) se perde na interface pneu-solo, o que leva a contínua necessidade de 
desenvolvimento de estudos que visam à melhoria de sua construção, utilização e seleção 
adequada, em função da operação a ser executada, do tipo e condições de solo e das 
características do trator utilizado. Por conta disso é que se têm diferentes configurações de 
rodado: 4x2, 4x4, esteira, semi-esteira e outras. 
A) Rodas com pneumáticos 
Da primitiva roda de ferro à roda pneumática, muita tecnologia foi desenvolvida. Os 
primeiros tratores construídos eram equipados com rodas de ferro providas de garras, mas 
estas transmitiam muitas vibrações ao operador. Razão porque a introdução do pneumático 
em tratores agrícolas tinha, em princípio, a finalidade de propiciar conforto ao operador, 
pois a borracha absorvia boa parte dessas vibrações. Com o aperfeiçoamento dos processos 
de obtenção da borracha e combinação de outros elementos utilizados na construção do 
pneu, estes passaram a apresentar também vantajosas características de resistência e 
aderência ao solo. 
Desta forma, podemos definir um pneu inflável ou rodado pneumático como sendo 
aquele que tem como principio básico a elasticidade de um corpo em forma de tubo circular 
preenchido com ar em uma determinada pressão de inflação ou insulflagem. 
Assim sendo, os pneus infláveis tem as seguintes características em ralação aos de 
ferro ou madeira: 
 Melhoria na tração devido ao aumento na área de contato; 
 Amortecimento das vibrações estruturais provocadas pelas ondulaões e desníveis 
do solo; 
 Melhoria da dirigibilidade do trator. 
Podemos enumerar ao longo do tempo um processo evolutivo nos pneumáticos 
infláveis, tais como: 
 Confinamento de ar: pneu com câmara evoluiu para pneus sem câmara 
 Disposição das lonas: diagonal evoluiu para radial 
 Pressão de insulflagem: Alta pressão (20 a 35 psi) evoluiu para baixa pressão (< 15 
psi); 
 Flutuação sobre o solo; baixa flutuação evoluiu para alta flutuação. 
 
 
 
 
 
 
1º) Classificação dos pneus infláveis quanto ao desenho da banda de rodagem 
Classificação Símbolo Características Desenho banda de rodagem 
Direcional 
F-1 Pneus para eixos direcionais não 
tracionados de tratores e 
colhedoras. Apresenta um ressalto 
(raia) ao longo de seu plano 
médio. 
Regular de (uma raia) uso 
Agrícola 
F-2 Pneus para eixos direcionais não 
tracionados de tratores e 
colhedoras. Apresenta duas ou 
três raias ao longo de seu plano 
médio. 
Regular com duas ou três raias. 
Uso Agrícola 
F-3 Pneus para eixos direcionais não 
tracionados de tratores e 
colhedoras. Multiraiados. 
Multiraiado Uso industrial leve 
Tração 
R-1 Pneus para rodas tração de 
tratores e colhedoras. Indicados 
para trabalhos em solos com boas 
características de tração. É o tipo 
mais utilizado. Altura da barra 
igual nível 100 
Tração regular 
R-1W Pneus para rodas tração de 
tratores e colhedoras. Indicados 
para trabalhos em solos com boas 
características de tração. É o tipo 
mais utilizado. Altura da barra 
igual nível 125 
Tração em solos irrigados (25%). 
Mais profundidade de sulco que 
R1) 
R-2 Pneus para rodas motrizes de 
tratores e colhedoras. Indicados 
para solos inconsistentes, moles e 
excessivamente úmidos. Muito 
utilizados em trabalhos em 
lavouras de arroz irrigado e 
várzeas. 
Tração extra (raia profunda) 
R-3 Pneu para transmissão /flutuação 
Raia superficial (pouco profunda) 
Tração leve. Raia superficial 
(pouco profunda) 
Rodagem em baixa profundidade 
R-4 Pneus para rodas de tração de 
tratores industriais e outras 
máquinas para movimentação de 
terra e florestais. Retros e 
carregadoras 
Industrial 
Implementos 
Agrícolas 
I-1 Pneus para uso em implementos e 
carretas. 
Multiraiado Uso Agrícola 
I-3 Pneu para rodas dianteira/tração 
retro-escavadoras e carregadoras 
 Tração 
HF-2 Pneus para uso em implementos e 
carretas. 
Pneu de alta flutuação 
LS-2 Pneus Agrícolas para remoção de 
Madeira/Florestal 
Tração Intermediaria 
Tração 
Motocultivador 
G-1 Pneu especialmente desenvolvido 
para rodas motrizes de 
motocultivadores e microtratores. 
O desenho de sua banda de 
rodagem se assemelha ao dos 
Tração regular 
pneus R-1. 
 
Pneu Agrícola Multiraiado 
 
Pneu Agrícola duas raias 
 
 
R1 R1W 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LS-2 para Skidder e Forwardder 
23.1-26-16 ls-2 tt( pneu apenas) 
28l-26-14 ls-2 tt( pneu apenas) 
24.5-32-16 ls-2 tt( pneu apenas) 
24.5-32-16 ls-2 tl 
30.5l-32-18 ls-2 tt( pneu apenas) 
30.5l-32-18 ls-2 tl 
30.5l-32-20 ls-2 tt( pneu apenas) 
30.5-32-20 ls-2 tl 
35.5-32 ls-2 
 
 
Assim sendo, estruturalmente um pneu inflável é constituído de: 
 Carcaça 
 Banda de rodagem 
 Cintas 
 Talões 
 Liner 
 Parede lateral 
 Ombro 
2º) Composição estrutural do pneu inflável de tração 
 
 
Carcaça: parte resistente do pneu; deve resistir a pressão, peso e choques. Compõem-se de 
lonas de poliéster, nylon ou aço. A carcaça retém o ar sob pressão que suporta o peso total 
do veículo. Os pneus radiais possuem ainda as cintas que complementam sua resistência; 
Banda de rodagem: é a parte do pneu que fica em contato direto com o solo. Seus 
desenhos possuem partes cheias chamadas de biscoitos ou blocos e partes vazias 
conhecidas como sulcos, e devem oferecer aderência, tração, estabilidade e segurança ao 
veículo. 
Cintas (lonas): Compreende o feixe de cintas (lonas estabilizadoras) que são 
dimensionadas para suportar cargas em movimento. Sua função é garantir a área de contato 
necessária entre o pneu e o solo; 
Talões ou colar: Constituem-se internamente de arames de aço de grande resistência, tendo 
por finalidade manter o pneu fixado ao aro da roda; 
Liner: camada de proteção da carcaça, na parte interna. 
Parede lateral: São as laterais da carcaça. São revestidos por uma mistura de borracha com 
alto grau de flexibilidade e alta resistência à fadiga; 
Ombro: É o apoio do pneu nas curvas e manobras.Nervura central: Proporciona um contato "circunferencial" do pneu com o solo. 
 
3º) Como identificar um pneu 
 
 
 
ITEM DESCRIÇÃO 
1 MARCA / MODELO DO PNEU 
2 STEEL BELTED RADIAL - Tipo de construção do pneu (Radial com Cintas de Aço) 
3 
Medidas do Pneu: 
33 = Diâmetro externo em polegadas (x 2,54) 
11.50 = Largura do pneu em polegadas (x 2,54) 
R = Radial 
15 = Diâmetro da Roda (aro) em polegadas (x 2,54) 
6PR = 6 lonas 
108 = Indicador de carga máxima para o pneu (ver tabela abaixo) 
Q = Indicador da velocidade máxima para o pneu (ver tabela abaixo) 
4 Certificação E4 (Comunidade Econômica Européia) 
5 TUBELESS - Indica que o pneu é sem câmara 
6 Número de série de fabricação 
7 Nome fantasia do pneu 
8 Certificação DOT (Departamento de Transportes dos EUA) 
9 
Aviso de Segurança: 
SAFETY WARNING - Serious injury may 
result from: 
Tradução 
AVISO DE SEGURANÇA - Serios danos 
podem ocorrer de: 
- Tire failure due underinflation / 
overloading - - 
Follow owner's manual or tire placard in 
vehicle 
- Explosion of tire / rim assembly due 
improper mouting 
Only specially trained person should 
mount tires. 
- Falha do pneu devido a baixa pressão / 
excesso de carga. 
Siga o manual do proprietário ou verifique as 
plaquetas no veículo. 
- Explosão do pneu ou encaixe da roda 
devido a montagem inadequada. 
Somente pessoas especialmente treinadas 
devem montar os pneus. 
 
10 Certificação INMETRO 
11 MT 754 - Código do modelo do pneu 
12 Origem da fabricação do pneu 
13 Indicação nominal da carga máxima em Kg e Libras e pressão máxima em Kpa e PSI 
14 Descrição da construção da carcaça e paredes laterais (quantidade e tipos das lonas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4º) Evolução do pneu inflável: DIAGONAL X RADIAL 
A principal diferença entre um pneu diagonal e um radial está em sua carcaça: o 
pneu diagonal (convencional) possui uma carcaça constituída de lonas têxteis cruzadas 
umas em relação às outras; a carcaça do pneu radial, por sua vez, constitui-se de uma ou 
mais lonas com cordonéis em paralelo e no sentido radial. As cintas de aço sob a banda de 
rodagem possibilitam a estabilidade dessa estrutura. O pneu radial tem por vantagens: 
maior durabilidade; melhor aderência; maior eficiência nas freadas e acelerações e 
economia de combustível. 
 
 
 
 
PNEU DE CONSTRUÇÃO DIAGONAL PNEU DE CONSTRUÇÃO RADIAL 
O pneu é chamado diagonal ou 
convencional quando a carcaça é composta 
de lonas sobrepostas e cruzadas umas em 
relação às outras. Os cordonéis que 
compõem essas lonas são de fibras têxteis 
Neste tipo de construção, os flancos são 
solidários à banda de rodagem. Quando o 
pneu roda, cada flexão dos flancos é 
transmitida à banda de rodagem, 
conformando-a ao solo. 
No pneu radial, os fios da carcaça estão 
dispostos em arcos perpendiculares ao plano 
de rodagem e orientados em direção ao 
centro do pneu. A estabilidade no piso é 
obtida através de uma cinta composta de 3 
ou 4 lonas de aço sobrepostas. Por ser uma 
carcaça única, não existe fricção entre lonas 
- apenas flexão -, o que e evita a elevação 
da temperatura interna do pneu. 
PNEU DIAGONAL SEM CARGA 
E ÁREA DE CONTATO COM O PISO 
 
PNEU RADIAL SEM CARGA 
E ÁREA DE CONTATO COM O PISO 
 
 
 
 
 
 
PNEU DIAGONAL COM CARGA 
E ÁREA DE CONTATO COM O PISO 
PNEU RADIAL COM CARGA 
E ÁREA DE CONTATO COM O PISO 
 
COMPORTAMENTO EM CURVA COMPORTAMENTO EM CURVA 
 
 
Características do Pneu Diagonal 
 Desgaste mais rápido - Menor quilometragem; 
 Consumo da combustível mais elevado; 
 Aquecimento muito grande - Lixamento com o solo, fricção entre lonas e a má 
condução de calor do material têxtil; 
 Aderência não muito boa - Menor área de contato pneu/solo, deformações da Banda 
de Rodagem; 
 Estabilidade prejudicada - Perda da trajetória causada pelas deformações da Banda 
de Rodagem; 
 Maior possibilidade de cortes/furos - Carcaça rígida e material têxtil. 
Características Pneu Radial 
 Desgaste mais lento - Aumento nas horas de utilização e/ou quiilometragem; 
 Diminuição no consumo de combustível; 
 Redução do aquecimento - Não existe fricção entre lonas da carcaça, diminui o 
lixamento com o solo e o aço é um excelente condutor de calor; 
 Maior aderência - A área contato pneu/solo é maior e constante; 
 Estabilidade favorecida - Com a redução das deformações da Banda de Rodagem, o 
pneu segue uma trajetória definida; 
 Menor possibilidade de cortes/furos - Carcaça mais flexível e com uma "alma do 
aço". 
 
 
 
 
EXEMPLO 1 - Identificação pelo Código do Pneu (volta) 
 
LT245/75R16 108/104N 
CÓDIGO DESCRIÇÃO 
LT Light 
Truck 
Utilitário, Pick Up 
245 Largura Nominal do Pneu em Milímetros 
75 
Relação entre a Largura e a Altura nominal do Pneu – Também conhecida como SÉRIE 
ou PERFIL (se não houver indicação, a série é 82) 
R 
Indica que o pneu é de construção RADIAL. A ausência do R indica que o pneu é de 
construção DIAGONAL 
16 Indica, em polegadas, o diâmentro interno do Pneus (ARO) 
108/104 Indica o peso que o pneu pode suportar (ver tabela) 
N Indica a velocidade máxima que o pneu pode atingir com segurança 
EXEMPLO 2 - Identificação pelo Código do Pneu (volta) 
33 X 11,50 X 16 LT 6PR 
CÓDIGO DESCRIÇÃO 
33 Diâmetro do pneu em polegadas (x2,54) 
11,50 Largura Nominal do Pneu em Polegadas (x2,54) 
16 Diâmetro do ARO em polegadas 
LT Ligth Truck (utilitários, pick up's) 
6PR Número de lonas (ply rating) 
OUTROS CÓDIGOS ENCONTRADOS NOS PNEUS (volta) 
CÓDIGO DESCRIÇÃO 
TL Pneu sem câmara (Tubeless) 
TT Pneu com câmara (Tube Type) 
REINFORCED Indica pneu com reforço estrutural 
ROTATION Indica a posição correta de rodagem (vem junto com uma seta indicando sentido) 
 
 
TABELA DE ÍNDICE DE VELOCIDADE MÁXIMA (volta) 
CÓDIGO DESCRIÇÃO 
 
CÓDIGO DESCRIÇÃO 
 
CÓDIGO DESCRIÇÃO 
F 80 km/h N 140 km/h H 210 km/h 
G 90 km/h Q 160 km/h V 240 km/h 
J 100 km/h R 170 km/h W 270 km/h 
K 110 km/h S 180 km/h Y 300 km/h 
L 120 km/h T 190 km/h ZR acima de 240 km/h 
M 130 km/h U 200 km/h 
TABELA DE CARGA MÁXIMA ADMITIDA POR PNEU (volta) 
ÍNDICE DE 
CARGA 
Kg/PNEU 
ÍNDICE DE 
CARGA 
Kg/PNEU 
ÍNDICE DE 
CARGA 
Kg/PNEU 
80 450 96 710 111 1090 
81 462 97 730 112 1120 
82 475 98 750 113 1150 
83 487 99 775 114 1180 
84 500 100 800 115 1215 
85 515 101 825 116 1250 
86 530 102 850 117 1285 
87 545 103 875 118 1320 
88 560 104 900 119 1360 
89 580 105 925 120 1400 
90 600 106 950 
91 615 107 975 
92 630 108 1000 
94 670 109 1030 
95 690 110 1060 
 
 
 
 
5). Manutenção de Pneus 
5.1) Calibragem e Alinhamento 
SEGURANÇA 
Os pneus são a única parte do carro que tem o contato direto com o piso. Os pneus afetam 
diretamente a estabilidade, o conforto, a frenagem e a segurança do seu veículo. Para um 
desempenho melhor e seguro, os pneus devem estar com a pressão indicada pelo fabricante, 
profundidade dos sulcos adequada e o alinhamento e balanceamento das rodas corretos. 
Verificar os pneus regularmente é uma etapa importante para garantir sua segurança. O 
ideal é fazer uma inspeção semanal nos pneus. Se você utiliza estrada com piso ruim ou 
dirige longas distâncias regularmente, então você deve inspecionar seus pneus com mais 
frequência. Inspecione sempre seus pneus antes de uma viagem. Será mais fácil encontrar 
um problema pequeno, tal como um prego em seu pneu, e repará-lo antes que ele se 
transforme num problema maiscaro e mais complicado. 
Assegure-se de que somente pessoal de serviço corretamente treinado e equipado execute 
alguma manutenção no pneu de seu veículo (consertos, trocas, rodízios, alinhamento e 
balanceamento). 
SINAIS DE DESGASTE NOS PNEUS 
A falta de manutenção nos pneus pode levar ao desgaste prematuro e também à problemas 
mais sérios como um estouro. Outros fatores podem também afetar o desgaste do pneu. 
Peças gastas da suspensão e a falta de alinhamento do veículo tem um papel direto no 
desempenho do pneu. Saiba reconhecer os principais sintomas de problemas com os pneus 
através da análise do desgaste dos mesmos: 
SINAIS DE PROBLEMAS AO DIRIGIR: 
RUÍDO INCOMUM, VIBRAÇÃO OU BATIDA: 
Pode indicar uma cinta radial separada, roda desbalanceada ou pneu mal montado. 
VOLANTE PUXA PARA UM LADO: 
Pode indicar diferença de pressão entre os pneus, cinta radial separada ou desalinhamento das rodas. 
INSPEÇÃO NA BANDA DE RODAGEM 
Quando você verificar a pressão de ar em cada pneu, inspecione visualmente a BANDA DE RODAGEM e as 
PAREDES LATERIAS do pneu para verificar o desgaste e detritos que podem ter penetrado no pneu. 
Os pneus dependem das boas condições da BANDA DE RODAGEM para manter a tração e para drenar a 
água em pisos molhados. A profundidade do sulco deve ser verificada para ver se há desgaste excessivo ou 
desigual. Faça a medida da profundidade com uma régua pequena. Faça a verificação das medidas em 
duas posições da banda de rodagem: na borda e no centro. As leituras desiguais indicam pressão imprópria 
do pneu ou a necessidade de alinhamento das rodas. Quando o sulco atingir 1,6mm de profundidade é hora 
de substituir por pneus novos. 
VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO DOS PNEUS 
Verifique a pressão dos pneus uma vez por semana. Você pode fazê-lo nos postos de 
gasolina, mas, o ideal é que você faça a medição antes de rodar com o veículo enquanto os 
pneus estiverem FRIOS. A pressão recomendada pelo fabricante é para pneus FRIOS. 
Medir a pressão com os pneus quentes pode resultar em diferenças de até 5 PSI. 
Veja a pressão de ar recomendada pelo fabricante do veículo na coluna da porta do 
motorista, dentro do porta luvas ou manual do fabricante do pneu e obedeça sempre a 
pressão máxima indicada nos pneus. Acrescente de 2 a 4 PSI quando for trafegar com o 
veículo carregado.Em condições normais, um pneu pode perder até 1 libra de pressão 
por mês. Mais do que isso pode indicar algum problema como furo ou vazamento de 
ar. 
 
 
 
DICAS DE MANUTENÇÃO DE PNEUS 
Há procedimentos de manutenção de pneus que somente profissionais treinados devem 
fazer, porque eles têm as ferramentas e o conhecimento apropriados. Entretanto, 
compreender estes procedimentos podem ajudá-lo na hora de contratar serviços 
especializados de manutenção. 
Rodizio dos Pneus 
Os pneus dianteiros e traseiros dos veículos trabalham com cargas, esterçamento e 
frenagens diferentes ocasionando desgastes desiguais. Para aumentar a vida útil e o 
desempenho dos pneus, é essencial fazer o rodízio dos pneus do seu veículo conforme 
recomendação do fabricante quanto a quilometragem e disposição dos pneus no rodízio. 
Balanceamento das Rodas 
Rodas corretamente balanceadas ajudam a minimizar o desgaste desigual e estender a vida 
útil dos pneus. Quando as rodas são balanceadas, normalmente a cada 10.000 km, pesos 
são colocados nas rodas para deixar seu peso uniforme. Os pneus e as rodas devem ser 
balanceados quando for feito rodízio de pneus e após a colocação de pneus novos. 
Alinhamento das Rodas 
Cada veículo tem uma especificação apropriada para alinhamento das rodas. Se o 
alinhamento das rodas não estiver dentro desta especificação, os pneus desgastam 
desigualmente, tornando-os inseguros e causando um consumo de combustível maior. 
Você deve verificar o alinhamento da roda de acordo com a recomendação do fabricante. 
Um veículo está com as rodas desalinhadas quando ao dirigir em linha reta, o veículo 
"puxa" para um dos lados. 
 
Pneus para carros: Os Dez Mandamentos da Manutenção Preventiva 
1 - As pressões devem ser verificadas regularmente em pneus frios (incluindo o de 
reserva). Nunca reduza a pressão do ar enquanto os pneus estiverem quentes, pois é normal 
que ela cresça além das pressões frias. 
2 - Os pneus devem ser substituídos quando suas superfícies demonstrarem sinais de 
desgaste, mesmo que o desgaste seja somente parcial (ex.: desgaste irregular); 
3 - Verifique o carro periodicamente e/ou os impactos do desgaste anormal; 
4 - Faça o balanceamento dos pneus periodicamente, ou quando ocorrer vibração; 
5 - Quando ocorrerem impactos ou furos, verifique também a parte interna do pneu; 
6 - Nunca estacione sobre locais com óleo, solvente, etc; eles podem causar danos aos 
pneus. 
7 - Cumpra o código de velocidade e o índice de carga; 
8 - Os pneus radiais (mesmo os novos) devem sempre ser montados no eixo traseiro; a 
instalação deve estar sempre correta e completa; 
9 - O estilo e a velocidade da direção afetam diretamente a vida dos pneus; 
10 - Faça uma verificação geral de condição dos pneus regularmente. 
 
 
B) Rodados de Esteira 
Equipado com esteiras no lugar dos pneus, os tratores apresentam melhor aderencia 
e melhor distribuição de peso, principalmente em solos com baixa capacidadede suporte 
(terra solta ou terrenos alagados ou pantanosos). São mais utilizados na construção de 
estradas e outras grandes obras civis, embora também tenham aplicações no setor 
agrosilvopastoril, onde seu uso é muito recomendado devido à menor compactação do solo 
pelas esteiras. 
 Os órgãos de propulsão são duas sapatas (esteiras), metálicas ou de borracha, 
montadas em duas rodas, uma das quais motoras, funcionando a outra como reguladora da 
tensão da esteira, que se designa por roda guia. Para além das rodas e esteiras, o sistema de 
locomoção inclui vários roletes, uns inferiores que suportam a massa do trator e outros 
superiores que sustentam a própria esteira, aliviando assim a pressão sobre as rodas 
motoras. Nestes tratores a mudança de direção é feita geralmente por embreagens e freios 
colocados nos semi-eixos motrizes. 
Quando comparados com os tratores de rodas, têm como principais vantagens as 
seguintes: 
_maior estabilidade em terrenos inclinados devido à grande superfície de apoio do 
sistema de locomoção e da pequena distância do centro de gravidade ao solo; 
_ pequeno raio de giro devido à imobilização de uma das esteiras; 
_ elevada força de tração, que pode ser superior a 80% da sua massa total, e baixa 
patinagem, devido à grande superfície de contacto com o solo; 
_ baixa compactação do solo devido à baixa pressão exercida ( 0.3 - 0.4 kgf.cm
-2
) e 
da regularidade da distribuição da carga em toda a superfície de apoio. Os pneus exercem 
uma grande pressão no solo sendo esta distribuída de uma forma bastante irregular 
principalmente pelos flancos e garras. 
Como principais desvantagens destacam-se: 
_ a impossibilidade de circulação em estradas pelos estragos que as sapatas 
provocam; 
_ custo de aquisição e encargos com a manutenção bastante altos, especialmente das 
transmissões e esteiras; atualmente tem-se verificado uma tendência para a diminuição dos 
custos das esteiras, para aproximá-lo do custo dos pneus. 
 
 
 
 
C) rodados de Semi-esteira 
 São estruturas em forma de correntes articuladas, de ferro ou borracha, ou 
mesmo esteiras semelhantes as usadas nos tratores de esteiras convencionais que tem por 
objetivo melhorar as condições de tração dos tratores agrícolas de rodas. Podem também já 
serem fabricados desta forma. 
 
 
 
 
 
 
Patinagem de Pneus 
1. Introdução 
Apatinagem é o movimento relativo na direção de deslocamento, na superfície mútua de 
contato de rodado de tração ou de transporte e a superfície de apoio. Depende de vários 
fatores como: 
- Condição do solo – solo solto ou firme 
- Condição do pneu – novo ou gasto, calibração, etc. 
- Condição da distribuição de peso no trator – lastro, tipo de trator, etc. 
- Carga no sistema de engate de três pontos ou na barra de tração, etc. 
- Qualidade do operador: marcha e rotação certas e adequação trator/implemento 
 
Tratores modernos podem ser equipados com monitores de desempenho que fornecem ao 
operador importantes informações, inclusive a patinagem das rodas sob condições de 
grande exigência de potência. 
Para um trator sem monitor de desempenho, a verificação da patinagem é uma tarefa que 
pode ser feita em poucos minutos. O tempo gasto medindo a patinagem pode economizar 
tempo e dinheiro através do aumento o trabalho final e reduzindo o desgaste do trator e 
custos de manutenção. 
 
2. Determinação da patinagem 
 A patinagem pode ser determinada medindo-se o espaço percorrido por número de voltas 
da roda motriz, nas condições de sem carga e com carga. Inicialmente, coloca-se o trator 
sem o implemento acoplado em uma pista de teste com solo firme, preferencialmente, na 
rotação do motor (rpm) e na marcha que será utilizada no campo. Marca-se, na pista de 
teste, um espaço com duas estacas de madeira, por exemplo, 20 m. Com o trator em 
movimento constante, uma pessoa ao seu lado marca com um giz a posição do pneu da roda 
motriz ao passar pela primeira estaca previamente fincada no solo. Conta o número de 
voltas até o pneu atingir a segunda estaca. 
Em seguida, faz-se o mesmo procedimento de contar o número de voltas da roda motriz, 
agora com o trator acoplado com o implemento de trabalho e lembrando de utilizar a 
rotação e a marcha que será utilizada em toda a operação agrícola. Utilizam-se os valores 
obtidos na seguinte equação para se determinar a patinagem. 
 IP = ((NVCC –NVSC)/NVCC)*100 
em que: 
 IP = indice de patinagem do pneu, %; 
NVCC = numero de voltas com carga; 
NVSC = numero de voltas sem carga; 
 
3. Exemplo de aplicação 
 Como exemplo, suponhamos um trator com pneu traseiro “16.9 – 28”. Com base nestes 
dados, o perímetro teórico de seu pneu é aproximadamente 4,40 m. 
Durante o teste com o trator sem carga, num espaço percorrido de 20 m contou-se 4,5 
voltas. E durante o teste com o trator com o equipamento acoplado, num espaço percorrido 
de 20 m contou-se 5,2 voltas. 
Aplicando a equação, tem-se: 
 IP = 13,5 % 
 4. E agora? 
 A patinagem afeta a eficiência tratória, que é a razão entre a potência útil e a potência 
motora, ou seja: 
Eficiência Tratória = Potencia na barra de tração/ Potência no eixo motriz 
Deve-se tentar realizar uma operação agrícola com a maior eficiência tratória. Segundo 
experimentos científicos, a eficiência tratória é afetada principalmente pelo tipo de piso e a 
patinagem. A eficiência tratória é máxima quando o trator opera nas seguintes condições: 
 
Tipo de piso Patinagem 
Concreto 4 a 8 % 
Solo firme 8 a 10 % 
Solo cultivado 11 a 13 % 
Solo fofo ou arenoso 14 a 16 % 
 
 
 
Logo, de acordo com a patinagem e o tipo de solo, podem-se adotar práticas a fim de evitar 
problemas de operação e custos desnecessários. A patinagem muito reduzida em geral 
representa excesso de peso no trator. Ocorre o aumento da potência requerida para mover o 
trator e reduz a potência disponível para tracionar o implemento. Há o aumento do desgaste 
do trator e do consumo de combustível. O acerto deve ser feito reduzindo-se o lastro. 
Quando a patinagem for excessiva ocorre perda de potência pelo deslizamento excessivo 
dos pneus e a velocidade de deslocamento é reduzida. O gasto dos pneus também é 
acelerado nesta condição. O acerto deve ser feito aumentando-se o lastro e reduzindo-se a 
carga na barra de tração ou engate de três pontos. 
A pressão utilizada nos pneus também afeta a capacidade de tração, porém nunca se deve 
reduzir a pressão para valores abaixo da recomendada para a carga aplicada no pneu. Outro 
fator que pode afetar muito a eficiência de tração é a autolimpeza da banda de rodagem. 
Deve-se escolher um pneu adequado conforme as características do terreno e da operação a 
ser realizada.

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