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GDF – SEE – CEPROF – CRET – CEP – ETB
Curso Técnico em Telecomunicações
PROTOCOLOS DE RASTREAMENTO
Autores: 
Professor:
BRASÍLIA-DF
2018
Escola Técnica de Brasília
GDF – SEE – CEPROF – CRET – CEP – ETB
Curso Técnico em Telecomunicações
PROTOCOLOS DE RASTREAMENTO
Projeto de pesquisa ao curso Técnico em Telecomunicações da Escola técnica de Brasília, a ser utilizado como diretriz para o trabalho final da matéria.
Prof. Airton Junior
BRASÍLIA-DF
DEZEMBRO/2018
INTRODUÇÃO
Um protocolo de roteamento especifica como roteadores se comunicam uns com os outros, a distribuição de informações que permite selecionar rotas entre quaisquer dois nós em uma rede de computadores. Algoritmos de roteamento determinam a escolha específica da rota. Cada roteador tem um prévio conhecimento somente das redes ligadas diretamente ao mesmo. Um protocolo de roteamento compartilha estas informações entre os vizinhos imediatos, e, em seguida, em toda a rede. Desta forma, os roteadores adquirem conhecimento sobre a topologia da rede. As características específicas dos protocolos de roteamento incluem a forma pela qual eles evitam loops de roteamento, a forma que eles selecionam as rotas preferenciais, usando informações sobre custos de saltos, o tempo necessário para alcançar a convergência de roteamento, sua escalabilidade, e de outros fatores.
O presente trabalho traça uma metodologia descritiva, dividindo subitens para exposição escrita do tema escolhido. São eles: Protocolos de Roteamento Internos, RIP OSPF, EIGRP, BGP (Protocolos de Rastreamento Externos).
Palavras chave: Protocolo, Roteamento, Rede, Computadores 
Protocolos de Roteamento Internos
A Internet é uma coleção de redes interconectadas, e os pontos de ligação são os Roteadores. Estes, por sua vez, estão organizados de forma hierárquica, onde alguns Roteadores são utilizados apenas para trocar dados entre grupos de redes controlados pela mesma autoridade administrativa; enquanto outros roteadores fazem também a comunicação entre as autoridades administrativas. A entidade que controla e administra um grupo de redes e roteadores chama-se Sistema Autônomo [RFC 1930]. 
 
Roteamento e seus componentes
O Roteamento é a principal forma utilizada na Internet para a entrega de pacotes de dados entre hosts (equipamentos de rede de uma forma geral, incluindo computadores, roteadores etc.). O modelo de roteamento utilizado é o do salto-por-salto (hop-by-hop), onde cada roteador que recebe um pacote de dados, abre-o, verifica o endereço de destino no cabeçalho IP, calcula o próximo salto que vai deixar o pacote um passo mais próximo de seu destino e entrega o pacote neste próximo salto. Este processo se repete e assim segue até a entrega do pacote ao seu destinatário. No entanto, para que este funcione, são necessários dois elementos: tabelas de roteamento e protocolos de roteamento.
Roteamento Interno
Os roteadores utilizados para trocar informações dentro de Sistemas Autônomos são chamados roteadores internos (interior routers) e podem utilizar uma variedade de protocolos de roteamento interno (Interior Gateway Protocols - IGPs). Dentre eles estão: RIP
RIP (ROUTING INFORMATION PROTOCOL)
O protocolo RIP utiliza o conceito broadcast, desta forma um roteador envia sua tabela para todos os seus vizinhos em intervalos predefinidos de tempo (geralmente 30 segundos). Estas mensagens fazem com que os roteadores vizinhos atualizem suas tabelas e que por sua vez serão enviadas aos seus respectivos.
O protocolo RIP facilita a troca de informações de roteamento numa rede Netware. Os roteadores Netwate utilizam o protocolo RIP para criar e manter uma base de dados com informações de roteamento (comumente denominado Tabela de Roteamento). Da mesma forma que o IPX, o RIP foi derivado do XNS. Entretanto, um campo foi adicionado a estrutura do pacote para implementar um critério de decisão que permitisse selecionar a rota mais rápida para chegar até um nodo destino. Esta troca proíbe a integração do RIP da Netware com outras implementações XNS.
A estrutura do pacote RIP permite a troca das seguintes informações:
- Workstations podem localizar a rota mais rápida para um determinado segmento da rede através de um broadcasting de uma requisição para os roteadores
- Roteadores podem requisitar informações de roteamento para outros roteadores através do broadcasting de uma requisição, atualizando desta forma suas tabelas internas
- Roteadores podem responder as requisições realizadas por workstations e outros roteadores
- Roteadores podem realizar periódicos broadcastings para terem certeza que todos outros roteadores estão cientes da configuração da rede
- Roteadores podem realizar broadcastings sempre que detectarem alterações na configuração da rede.
OPERAÇÕES RIP
Os pacotes RIP podem transportar requisições ou respostas, dependendo do conteúdo do campo operação. Se o pacote RIP é uma requisição de informações (campo operação = 1), somente o campo número de rede (interno ao campo "Entrada na rede") possui significado. Entretanto, os campos números de saltos e números de sinais devem ser incluídos para cada entrada na rede do pacote. Os valores atribuídos numa requisição para os campos de número de saltos e sinais são irrelevantes.
Os pacotes RIP de respostas (campo operação = 2) podem ser de dois tipos:
- Uma resposta para uma requisição genérica ou específica oriunda de um roteador ou de uma workstation.
- Um broadcast informativo realizado por um roteador. Estes broadcasts informativos ocorrem quando um roteador é inicializado, desativado ou quando um roteador detecta alguma alteração na configuração da rede. Os roteadores realizam periódicamente um broadcast de pacotes RIP informativos contendo todas informações de roteamento conhecidas pelo roteador.
Características da estabilidade do RIP
O RIP impede que os enlaces do roteamento continuem transmitindo infinitamente, a fim de evitar loops na rede. Para tal, o protocolo possui um limite no número dos hops permitidos em um trajeto da fonte ao destino. O número máximo dos hops em um trajeto é 15. Se um roteador receber uma atualização do roteamento que contenha uma entrada nova ou mudada, e se aumentar o valor métrico por 1 pode resultar em loop, o destino da rede será então considerado inalcançável. O ponto fraco desta característica da estabilidade é que limita o número de saltos máximos de uma rede RIP para 16 hops. O RIP inclui inúmeras outras características de estabilidade que são comuns a muitos protocolos do roteamento.
OSPF
O OSPF – Open Shortest Path First, é um protocolo de roteamento dinâmico, criado pelo IETF e que utiliza o algoritmo SPF – Shortest Path First, também conhecido como Dijkstra, nome de seu criador.
Ele é do tipo link state, e assim, ao invés de manter uma tabela com todas as rotas aprendidas, ele mantém uma tabela com o estado de todos os links de sua área. A partir daí ele consegue calcular o melhor caminho para cada rede.
O OSPF é o protocolo de roteamento interno (IGP) mais utilizado, por não ser proprietário e também por sua escalabilidade e robustez. Ele é mais pesado do que o RIP e o EIGRP, mas isso não é grande problema atualmente, considerando-se poder de processamento dos equipamentos existentes.
Itens básicos (mas relevantes) do OSPF
Áreas
Adicionam hierarquia e aumentam a escalabilidade da rede.
Cada área é um LSA Flooding Domain. Mudanças em uma área nem sempre requerem recálculo SPF fora desta área.
Todos os roteadores em uma área têm a mesma visão da topologia.
Roteamento entre áreas é semelhante ao feito por protocolos Distance Vector.
Área 0 (backbone) é usada para sumarizar informações entre áreas. E tráfego entre áreas precisa passar pela área 0.
As áreas precisam ser contíguas.
Outras áreas (sem ser 0) são chamadas non backbone area.
Tipos de Roteadores
BackboneRouter: Tem links (ao menos um) na área 0.
Internal Router: Roteador com links apenas em uma área (sem ser a área 0).
ABR – Area Border Router: Tem links na área 0 e em outras áreas. Usado para sumarizar informações entre área 0 e demais áreas (faz o cálculo SPF para cada área que está conectado).
ASBR – Autonomous System Boundary Router: Tem interface no domínio OSPF (qualquer área) e ao menos um link fora do domínio OSPF (rodando EIGRP, RIP). Usado para fazer redistribuição.
Router ID
Router ID (RID) pode ser configurado automaticamente (escolhe a loopback com maior IP, e na ausência de interfaces loopback escolhe qualquer outra interface com maior IP). Para ser usada como router ID a interface não pode estar em shutdown, mas pode estar down.
O Router ID não precisa ser um IP existente no roteador, não precisa ser anunciado no processo e não precisa haver rota para ele.
Cada processo OSPF usa um RID diferente.
Se mudarmos o RID o processo OSPF é reiniciado.
Quando o processo OSPF é reiniciado um RID diferente pode ser escolhido (desde que não tenha sido configurado manualmente).
Hello
Pacotes Hello são enviados para o endereço multicast 224.0.0.5 (todos os roteadores OSPF), ou como unicast, dependendo do tipo da rede.
Servem para identificar outros roteadores falando OSPF no segmento.
Verificam a visibilidade bidirecional, e a “saúde” do neighbor.
Validam parâmetros de configuração:
Autenticação.
Se os roteadores estão na mesma subnet (IP primário da interface).
Se os roteadores estão na mesma área e se a área é do mesmo tipo.
Se não há RID duplicado.
O Hello Timer e Dead Timer precisam ser igual entre os vizinhos. Dead Timer = 4x Hello Timer.
Se um destes itens não bater os roteadores não formam adjacência.
Estado do Vizinho
Down: Estado inicial do OSPF. O neighbor também é considerado down quando o roteador deixa de receber os hellos. Para ser considerado down o neighbor precisa já ter sido visto.
Attempt: Estado válido apenas em redes NBMA ou point-to-multipoint non-broadcast. Neste tipo de rede o neighbor é imediatamente colocado em Attempt e contatato por Hello. Se o neighbor não responder no Dead Interval é colocado como Dead.
Init: Quando o roteador recebe um Hello, mas seu próprio RID não está no Hello (eu enxergo o vizinho, mas será que o vizinho me vê?).
2-Way: Quando o roteador recebe um Hello e seu próprio RID está no Hello. Ou seja, ambos os roteadores se enxergam. Em caso de redes multiaccess, os neighbors ficam neste estado (menos com o DR e com o BDR).
Exstart: Quando o roteador sai de Init/2-way significa que deverão ficar Full Adjacentes, e este é o início da troca do Database Description.
Exchange: Nesta fase o Database Description é trocado. No Database Description está a lista de LSAs que cada roteador conhece.
Loading: O roteador está fazendo o download dos LSAs do vizinho.
Full: Todos os LSAs foram baixados do respectivo vizinho.
DR/BDR/DROthers
Em redes multiaccess (broadcast ou não) temos a eleição do DR – Designed Router, e do BDR – Backup Designed Router.
Neste tipo de rede os roteadores formam adjacência (ficam com o status “Full”) somente com o DR e o BDR. Os demais vizinhos ficam com status DROTHER.
Os roteadores enviam updates para o DR e para o BDR usando o IP multicast 224.0.0.6, e então o DR envia o update para todos os roteadores (multicast destinado à 224.0.0.5).
É eleito DR o roteador com maior prioridade (1 – 255, padrão = 1) no segmento. Se houver empate é eleito DR o roteador com maior RID.
O segundo roteador com maior prioridade/RID é eleito BDR.
Interfaces com prioridade 0 não participam da eleição.
Se o DR falhar o BDR muda para DR e uma eleição para BDR é realizada.
Não há preempt (há controvérsia). Ou seja, se o DR anterior voltar, ele não assumirá o papel de DR até que ocorra uma nova eleição e ele seja escolhido.
Tipos de Rede OSPF
O tipo de rede/interface impacta diretamente no funcionamento do OSPF, conforme podemos ver na tabela abaixo.
Custo
O OSPF usa apenas a banda como custo (Custo = Banda de Referência / Banda da Interface).
Podemos definir o custo por neighbor ou por interface.
Roteadores não precisam ter a mesma banda de referência (definida no processo OSPF), mas não faz sentido terem referências diferentes.
Nem sempre o custo é levado em conta para a escolha do melhor caminho.
OSPF baseia-se na tecnologia “ link-state ”, que é bem diferente e bem mais avançada que a tecnologia utilizada em protocolos puramente vetoriais, como o RIP.  Como mencionado, nós temos dois tipos de tecnologia que está envolvida com os protocolos de roteamento, que seria link state e vetor distância, veja quais são as diferenças:
Vetor de Distância: Os protocolos que utilizam dessa tecnologia têm como a principal característica a quantidade de saltos, ou seja, a cada ” hop ” para alcançar aquela determinada rede que você deseja, ela será incrementada na distância ” saltos “.
Link State: Os protocolos que utilizam dessa tecnologia têm como a principal característica em trabalhar através do estado do link, ou seja, a métrica inserida para esse tipo de protocolo é baseada em caracteristicas como banda, delay, confiabilidade, carga etc.
  Através desses pontos podemos citar as características essenciais que o protocolo utiliza dentro do ambiente:
Não existe limite de saltos para o OSPF
OSPF permite a utilização de VLSM
Podemos fazer utilização de criptografia para a troca das tabelas de roteamento
Todas atualizações/anúncios das redes dentro do protocolo são executadas através de endereços multicast.
OSPF permite a execução de balanceamento de carga mais eficaz
Dentro do protocolo podemos fazer a utilização de uma hierarquia mais avançada com a utilização de areas. Fazendo dessa forma um método mais controlado de sumarização de rotas e atualizações de tabela de roteamento.
OSPF permite marcações de rotas vindo de outros protocolos externos como BGP, permitindo um rastreamento dessas redes.
Devido a todos esses pontos citados, obviamente que esse protocolo irá fazer uma utilização maior de CPU e memória, devido a diversos pontos adicionais que ele utiliza para controle do protocolo de roteamento, além do que ele consegue montar uma árvore completa da rede.
EIGRP
 
O EIGRP é um protocolo do tipo classless, de vetor de distância, porém, com algumas características também de estado de enlace. O EIGRP é uma versão melhorada do antigo IGRP. Da mesma forma como o OSPF, o EIGRP usa o conceito de sistema autônomo para descrever um grupo de roteadores que rodam um mesmo tipo de protocolo de roteamento, com isso, compartilhando informações referentes à rede. Quem definiu esse protocolo foi a Cisco, ou seja, o mesmo só roda em equipamentos de tal fabricante (FILIPPETTI, 2008).
O EIGRP é capaz de lidar com máscaras de rede, diferentemente do seu antecessor, o IGRP. Com isso, é possível aplicar práticas como VLSM, CIDR e sumarização de rotas. Também possui funções como autenticação, tornando-o mais seguro.
 Devido ao fato de o EIGRP manter tantas qualidades de um protocolo de estado de enlace, quanto de um vetor de distância, algumas literaturas o tratam como híbrido, erroneamente. Como o EIGRP tenta trazer o melhor de cada algoritmo, o mesmo é recomendando para redes de grande porte. As principais vantagens que estão na utilização do EIGRP são: é um protocolo classless, suporte VLSM, CIDR, também consegue realizar a sumarização em redes não-contíguas. É eficiente em sua operação, possuindo uma convergência rápida, comparando-se com o RIP. E faz uso do algoritmo DUAL (diffusion update algorithm), que inibe a criação de loops. Entretanto, é um protocolo proprietário Cisco, ou seja, só funciona em equipamentos deste fabricante. E na atualidade, com a diversidade de fabricantes, torna-se muito particular sua utilização (FILIPPETTI, 2008).
 
Para que o EIGRP troque informações entre vizinhos, primeiramente os mesmos devem se tornar vizinhos. Assim, três condições devem ser executadas.
Pacotes Hello ou ack sãorecebidos;
Ambos os roteadores se encontram dentro do mesmo sistema autônomo;
Ambos possuem os parâmetros usados para cálculo de métricas idênticas.
 
Protocolos que se encaixam dentro da classificação de estado de enlace, tendem a enviar datagramas hello para estabelecer a relação de vizinhança, já que normalmente não enviam atualizações periódicas, a não ser quando acontece alguma alteração de topologia na rede. Também há um envio da tabela de roteamento completa quando um novo roteador é adicionado à topologia (CISCO, 2011).
 
Na Tabela 5 seguem alguns temos intrínsecos ao EIGRP.
Tabela 5: Termologias principais EIGRP
	TERMO
	DESCRIÇÃO
	Feasible distance (FD)
	Esta seria a melhor distância métrica para uma rede remota, incluindo a métrica até o vizinho que a está propagando.
	Reported distance ou advertised distance (AD)
	Métrica de uma rede remota, de modo como o router vizinho a enxerga. Trata-se da métrica para a rede remota existente na tabela de roteamento do router vizinho.
	Neighbor table
	Uma lista de todos os roteadores vizinhos, incluindo o endereço IP dos mesmos, interface de saída, valores dos timers e tempo que o vizinho se encontra na tabela.
	Topology table
	Tabela contendo todos os caminhos propagados pelos roteadores vizinhos para todas as redes conhecidas. Nessa tabela encontram-se o FD e o AD.
	Sucessor
	Roteador de próximo ponto que satisfaz a FC. Ele é escolhido entre os FSs como tendo a menor métrica para a rede remota.
	Feasible sucessor FS
	Um roteador vizinho que reporte uma AD menor que a FD do router, torna-se um FS
	Feasible condition FC
	Quando um vizinho reporta um caminho AD com uma métrica menor que a FD do router em questão, a condição FC é alcançada.
	Reliable trasport protocol (RTP)
	Requerimento de que todos os datagramas devem ser entregues com garantia e sequência.
Fonte: (FILIPPETTI, 2008, p. 282, adaptado)
 
O EIGRP usa um protocolo, também proprietário da CISCO, denominado de RTP para gerenciar o fluxo de informações entre roteadores. O RTP garante a integridade das informações. Quando o EIGRP envia tráfego multicast, ele usa um endereço 224.0.0.10. Quando um vizinho não responder ao envio multicast, é trocado para unicast para o vizinho especifico que não respondeu. Isso é feito 16 vezes, se não houver resposta, o roteador é tido como morto (FILIPPETTI, 2008).
 
Algoritmo Dual - Diffusing Upadate Algorithm
 
O EIGRP faz uso do algoritmo dual para selecionar e manter em sua tabela de roteamento a melhor rota para uma rede. As principais ações que tal algoritmo faz são:
Determinação de uma rota alternativa, se possível;
Suporte a VLSM e CIDR;
Identificação dinâmica das rotas;
Procurar identificar uma rota alternativa, caso nenhuma seja encontrada.
 
O algoritmo dual provê ao EIGRP um dos tempos mais rápidos para realizar a convergência dos protocolos existentes. O que faz com que seja possível este tempo rápido de convergência são basicamente dois pontos:
 
Os roteadores que estão rodando o EIGRP mantêm uma cópia de todas as rotas conhecidas por outros vizinhos que, assim, são usados para o cálculo do melhor custo para cada uma das redes. Se por algum motivo uma rota se tornar inativa, basta fazer uma consulta à tabela topológica, em busca da melhor rota alternativa.
 
Outro ponto é que se não houver uma rota alternativa na tabela topológica local, o EIGRP contatará seus vizinhos, perguntando se algum deles possui uma rota alternativa para a rede em questão.
Métricas do EIGRP
 
Diferentemente do RIP, o EIGRP leva em consideração mais que um parâmetro para fazer a escolha da melhor rota. Dessa forma, tal protocolo traz as seguintes métricas:
Largura de banda;
Carga;
Atraso;
Confiança.
Entretanto, por configuração padrão, usam-se apenas duas métricas na configuração do EIGRP, largura de banda e atraso. A utilização dos outros parâmetros só é necessária em casos específicos e muito particulares. É importante mencionar que as métricas larguras de banda e atraso possuem valores fixos, de acordo com as interfaces e tipos de meios (CISCO, 2011)
 Os protocolos de roteamento dinâmico geralmente são usados em redes maiores com mais de uma rota possível para o mesmo ponto, aliviando a sobrecarga administrativa e operacional causada pelo uso de rotas estaticas. Normalmente, uma rede usa a combinação de um protocolo de roteamento dinâmico e rotas estáticas. Na maioria das redes, um único protocolo de roteamento dinâmico e usado. No entanto, há casos em que partes diferentes da rede podem usar protocolos de roteamento diferentes.
Vantagens do roteamento dinâmico: 
• O administrador tem menos trabalho para manter a configuração ao adicionar ou excluir redes;
• Os protocolos reagem automaticamente as alterações de topologia; 
• A configuração e menos propensa a erros; 
• Mais escalável, o desenvolvimento da rede não costuma ser um problema. 
Desvantagens do roteamento dinâmico:
• São usados recursos de roteador (ciclos de CPU, memória e largura de banda de link);
• São necessários mais conhecimentos de administrador para configuração, verificação e solução de problemas.
Comparação entre Protocolos de Roteamento Dinâmicos
 
A fim de se realizar uma comparação clara, foi criada uma tabela com as principais características dos protocolos de roteamento internos. Tais particularidades foram selecionadas de acordo com a necessidade do trabalho. 
Assim,
Tabela 6: Comparação protocolos de roteamento internos
	PROTOCOLO
	OSPF
	RIP1
	RIP2
	EIGRP
	Classless/Classful
	Classless
	Classfull
	Classless
	Classless
	Convergência
	Rápida
	Lenta
	Lenta
	Rápida
	Escalável
	Sim
	Não
	Não
	Sim
	Atualização
	Associada
	Constante
	Constante
	Associada
	Loops
	Não
	Sim
	Sim
	Não
	Interoperável
	Sim
	Sim
	Sim
	Não
	Métricas
	Largura de banda/
Confiabilidade
	Nº saltos
	Nº saltos
	Largura de banda/atraso/
Confiabilidade/
Carga
CISCO. EIGRP Stub Routing. CISCO, 2011. ISSN ISBN. Disponivel em:
http://www.cisco.com/en/US/docs/ios/12_0s/feature/guide/eigrpstb.html
BGP (Border Gateway Protocol)
O Protocolo BGP é considerado o mais robusto Protocolo de Roteamento para redes IP. Sua complexidade permite a conexão de múltiplos Sistemas Autônomos, chamados de AS (Autonomous systems), permitindo o roteamento dinâmico na Internet.
Um Sistema Autônomo é uma coleção de prefixos (rotas) sobre uma mesma política de roteamento e sobre o controle administrativo de uma mesma entidade (empresas, provedores de Internet [ISP’s]).
A Internet consiste em redes Comerciais conectadas por Provedores (ISP’s) como Telefônica, Embratel, Oi, CTBC e etc. Cada rede comercial ou Provedor deve ser identificado pelo Número do seu Sistema Autônomo (ASN) sobre controle do IANA.
O range disponível para o BGP é de 1 até 65635. Os ASN públicos disponíveis vão de 1 até 64511, já a utilização dentro de uma empresa do BGP, sem a comunicação com a Internet, poderá utilizar os valores de 64512 até 65535, chamados de uso privado.
A função primária de um sistema BGP é trocar informação de acesso à rede, inclusive informações sobre a lista das trajetórias dos ASes, com outros sistemas BGP. Esta informação pode ser usada para construir uma rede de conectividade dos ASes livre de loops de roteamento.
O BGP é considerado um Protocolo de Vetor de Distância avançado utilizando-se de vetores para contagem de saltos para cada destino. A contagem de saltos para o BGP é baseada em ASes.
O BGP é considerado um protocolo de roteamento externo usado para transmitir informações de roteamento entre ASes e como ponto de troca entre organizações.
Desenhado para grandes redes com necessidade complexas para políticas de roteamento.
O BGP roda sobre TCP (porta 179) e requer a configuração manual para conexão com o vizinho (peering).
BGP versão 4
Providencia uma série de atributos (métricas) para os prefixos anunciados, além de suportar CIDR. Também suporta diversas estratégias de filtro parao roteamento
Não gera informações periódicas de roteamento e sim atualizações engatilhadas (* triggered updates para os peers) além de mandar as atualizações em lote para os seus vizinhos (* “batch” route updates).
Protocolos de roteamento interior (IGP) vs exterior (EGP)
Interior (RIP, OSPF, EIGRP, ISIS,etc)
Descobrimento automático de vizinhos
Os roteadores internos possuem informação completa da tabela de rotas
Exterior (BGP)
 Os vizinhos são configurados estaticamente (não há um sub-processo como o Hello do OSPF para descoberta de vizinhos)
Conexão com redes externas
Demarcação clara de limites administrativos
Operação Geral
Roteadores BGP aprendem multiplos caminhos via BGP internos e externos. Eles escolhem SOMENTE o melhor caminho e instala na tabela de roteamento IP. O Roteador BGP anuncia apenas as rotas que este utiliza (apesar da possibilidade de aprender sobre multiplos caminhos).
BGP peer
– A comunicação BGP entre roteadores é sobre uma conexão TCP.
– Roteadores são pares (peer) são classificados em:
… eBGP peer (external BGP) se os roteadores estão em um Sistema Autonomo diferente
… iBGP peer (internal BGP) se os roteadores estão em um mesmo Sistema Autonomo.
– eBGP peer devem ter um link direto entre eles.
– iBGP peer não necessitam ter um link direto.
Obs: dentro de um AS os roteadores trocam roteamento interno via IGP, já os roteadores eBGP geralmente não trocam roteamento via IGP.
Configuração eBGP
As mensagens eBGP são encapsuladas no pacote IP com o TTL=1 por padrão. Caso seja necessário a conexão entre vizinhos eBGP por uma interface Loopback, o TTL deve ser alterado para 2: adicione o comando 
peer ebgpmax-hop 2bgp 10
peer <endereço da loopback do vizinho> as-number 20
peer <endereço da loopback do vizinho> ebgp-max-hop 2
peer <endereço da loopback do vizinho> connect-interface loopback0
Obs: Geralmente utilizado em cenários com redundância de Link. Certifique-se que o roteamento da interface Loopback do vizinho seja acessível pelos links redundantes.
Configuração iBGP
Devido ao fato de uma interface looopback estar sempre UP, ela é utilizada para configurar uma conexão TCP estável entre 2 vizinhos iBGP (geralmente a conexão é estabelecida via IGP).
Observações
– Uma rota aprendida via iBGP não é ensinada para outros vizinhos iBGP como forma de prevenção de loop de roteamento
– Os roteadores iBGP de um AS devem formar uma conexão “full mesh” entre si ou utilizar outros mecanismos como Route Reflector e Confederation.
– Roteadores conectados via iBGP não necessitam estar diretamente conectado e sim acessivel via IGP (static, RIP, OSPF, etc.)
– Um Roteador iBGP não altera o next-hop de um prefixo aprendido via eBGP e que é ensinado na atualização para um vizinho iBGP. Certifique-se que o next-hop (endereço IP do próximo salto) seja acessível via IGP em todos roteadores do AS ou altere o next-hop para o vizinho das rotas aprendidas por eBGP com o comando “peer <endereço IP do peer iBGP> next-hop-local”
Quando configurar um peer iBGP, lembre-se:
* Utilize o endereço da interface loopback do vizinho
* Utilize a sua interface loopback para conexão com o comando “connect interface”
* Se o numero de vizinhos é grande, utilize a configuração de “groups”
# Peer group Configuration
bgp 10
group as20 internal
peer as20 as-number 20
peer as20 connect-interface loopback0
peer 192.1.254.2 group as20
peer 192.1.254.3 group as20
peer 192.1.254.4 group as20
peer 192.1.254.5 group as20
Dica: O status correto para o “peering” entre 2 Roteadores iBGP e eBGP é Established
 
Rotas BGP
Para uma rota ser anunciada no BGP, ela deve existir no Roteador (como estática, IGP, BGP)
BORDER GATEWAY PROTOCOL
1. redistribuição dinamica do IGP
– nem sempre a melhor opção
– requer configuração cuidadosas de filtragem de rotas
– caso um prefixo não esteja na tabela do IGP este deixa de ser anunciado
– mais utilizados em cenarios PE-CE
2. Redistribuição de rotas estáticas apontando para Null0 – mesmo que os prefixos estejam fora do IGP as redes são anunciadas:
	bgp 30
	import-route static
	quit
	!
	ip route 198.10.0.0 255.255.0.0 null 0
3. Comando network
– redes origininadas pelo roteador local
– rota deve existir no IGP
	router bgp 30
	network 192.168.0.0 255.255.0.0
 
CONCLUSÃO
Este trabalho abordou os protocolos de roteamento: RIP, OSPF, EIGRP E BGP. Foi visto o funcionamento de seus algoritmos e suas vantagens e desvantagens. Procurou apresentar o embasamento teórico do estudo de caso, com ênfase nos fundamentos nos protocolos de roteamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialredeipec1/pagina_5.asp 
https://webpovoa.com/rip/
http://brainwork.com.br/2017/02/16/resumo-ospf/
http://www.comutadores.com.br/resumo-sobre-border-gateway-protocol-bgp-mase-parte1/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_roteamento

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