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74 Anulatória cumulada com investigação de paternidade post mortem


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14	TERCEIRO MODELO (anulatória cumulada com investigação de paternidade post mortem)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da __ Vara Cível da Comarca de Mogi das Cruzes, São Paulo. CUIDADO: havendo organizada no Foro Vara de Família e Sucessões, a ela deve ser endereçada a petição (na dúvida, consulte as normas de organização judiciária do seu estado). 
S. A. de M., brasileira, solteira, professora, portadora do RG 00.000.000-SSP/SP e do CPF 000.000.000-00, titular do e-mail sam@gsa.com.br, residente e domiciliada na Rua Arthur Vigário, nº 00, Vila Verde, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, por seu Advogado que esta subscreve (mandato incluso), com escritório na Rua Francisco Martins, nº 00, Centro, Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, onde recebe intimações (e-mail: gediel@gsa.com.br), vem perante Vossa Excelência propor ação de anulação de registro civil cumulada com investigação de paternidade post mortem, observando-se o procedimento comum, em face de N. B. S., brasileiro, casado, marceneiro, com RG, CPF e endereço eletrônico desconhecidos, residente e domiciliado na Rua João Fernandes de Lima, nº 00, Vila Nancy, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, M. L. S., brasileiro, casado, aposentado, com RG, CPF e endereço eletrônico desconhecidos, residente e domiciliado na Rua Antônio da Silva, nº 00, Socorro, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, com RG, CPF e endereço eletrônico desconhecidos, e L. V. Q., brasileira, casada, escrevente, residente e domiciliada na Rua Antônio da Silva, nº 00, Socorro, cidade de Mogi das Cruzes-SP, CEP 00000-000, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe:
1. A genitora da autora e o Sr. “J”, falecido em 00 de janeiro de 0000, filho dos réus “M” e “L”, mantiveram um relacionamento amoroso, que incluía relações sexuais, por aproximadamente 2 (dois) anos, no período de 0000 até meados do ano de 0000. Desse relacionamento adveio o nascimento da autora, nascida em 00 de abril de 0000.
2. Ocorre que, após o nascimento da autora, o Senhor “J” não reconheceu formalmente sua paternidade em face dela. Sem alternativa, vez que à época não havia os recursos atuais, a genitora da autora registrou a criança somente em seu nome, assumindo, com a ajuda da família, os encargos de sua criança.
3. No ano de 0000, a genitora da autora conheceu o réu “N”, por quem se apaixonou, vindo a contrair matrimônio em 00 de maio de 0000, conforme demonstra certidão de casamento anexa.
4. Após o casamento, o réu “N” decidiu, em ato de humanidade, registrar a autora como sua filha, pois naquela época era inaceitável a situação da menor (filha espúria).
5. Recentemente, ao tomar conhecimento dos fatos, a autora decidiu pela propositura da presente ação, com escopo de obter a regularização de seu registro civil, anulando-se o reconhecimento da paternidade feita pelo requerido “N” e declarando-se a paternidade do falecido “J”.
Ante o exposto, considerando que a pretensão da autora encontra arrimo nas disposições do § 6º, do art. 227, da Constituição Federal, no art. 1.606 do Código Civil e na Lei nº 8.560/92, requer:
a) os benefícios da justiça gratuita, uma vez que se declara pobre no sentido jurídico do termo, conforme declaração anexa;
b) intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito;
c) a citação dos réus para que, querendo, apresentem resposta no prazo legal, sob pena de sujeitarem-se aos efeitos da revelia;
d) seja decretada a anulação do registro de nascimento da autora quanto à paternidade do réu “N”, declarando-se, em seguida, a paternidade do falecido “J” em face dela, expedindo-se o competente mandado para o Cartório de Registro Civil, determinando-se as retificações necessárias, inclusive quanto ao nome da autora, que passará a ser “S. A. M. de S.”.
Provará o que for necessário, usando de todos os meios permitidos em direito, em especial pela juntada de documentos (anexos), perícia médica (DNA), oitiva de testemunhas e depoimento pessoal dos réus.
Nos termos do art. 319, VII, do CPC, a requerente, considerando que seu genitor é falecido, o que impossibilita acordo sobre a questão, registra “que não tem interesse na designação de audiência de conciliação”.
Dá ao pleito o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais).
Termos em que
p. deferimento.
Mogi das Cruzes, 00 de abril de 0000.
Gediel Claudino de Araujo Júnior
OAB/SP 000.000

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