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DIREITO COSTUMEIRO “É o conjunto de normas de conduta social, criadas espontaneamente pelo povo, através do uso reiterado, uniforme e que gera a certeza de obrigatoriedade, reconhecidas e impostas pelo Estado. “Quid consuetudo? – Lex non scripta: Quid lex? – Consuetudo scripta”. ( O que é o costume? Lei não escrita. O que é a lei? Costume escrito). Para ter força jurídica: Deve ter previsão de uso no ordenamento; Deve reunir dois elementos: MATERIAL – ( objetivo ou exterior) - Prática reiterada por longo tempo; PSICOLÓGICO (subjetivo ou interno) - Convicção de necessidade e obrigatoriedade; ESPÉCIES DE COSTUMES: Costume “Secundum Legem” – É também denominado costume interpretativo. É quando a própria lei remete seus destinatários aos costumes, determinando o seu cumprimento. A norma costumeira atua efetivamente como fonte formal, apesar de sua aplicação ser ordenada por lei. Art. 1297, §1º C.Civil (muros, cercas, divisórias “até prove-se em contrário pertencem aos dois confinantes”) Costume “Praeter Legem” – É o que se aplica supletivamente, na hipótese de lacuna da lei. Art 4º da LINDB – “quando a lei for omissa, o juiz decidirá com base nos costumes, analogia e Princípios Gerais do Direito Costume “Contra Legem” – É quando a prática social contraria as normas de Direito escrito, portanto forma-se em sentido contrário ao da lei, admite-se em caso de defasagem da lei. Obs. Não há uniformidade na doutrina. Ex: Cheque pré-datado. .( Lei 7.357/85) VALOR DOS COSTUMES A sua aplicação está prevista na legislação trabalhista brasileira, pelo art. 8o da Consolidação das Leis do Trabalho: CLT - Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. Não se aplica ao Direito Penal, em face do princípio da reserva legal. art. 5.º II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; C. Penal - Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. É fonte universal do Direito Internacional Público, mas podem ser substituídas mediante tratados internacionais. No Direito Civil há previsão para sua aplicação: C. civil - Art. 596. Não se tendo estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-se-á por arbitramento a retribuição, segundo o costume do lugar, o tempo de serviço e sua qualidade. PROVA DA EXISTÊNCIA DO COSTUME O Princípio de que o juiz deve conhecer a lei (iura novit curi), não se aplica em relação aos costumes. CPC - art. 376 “A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar” Assim, cabe à parte provar a existência dos costumes por todos os meios de prova admitidos (documentos, testemunhas, vistorias etc.) Em matéria comercial, porém, devem ser provados através de certidões fornecidas pelas juntas comerciais.
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