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PROCESSO DE FORMAÇÃO DA LEI

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NOTA DE AULA – PROCESSO DE FORMAÇÃO DA LEI
PROCESSO LEGISLATIVO
Apresentação de projeto;
exame das comissões;
discussão e aprovação;
 Revisão;
 Sanção;
promulgação;
publicação.
INICIATIVA DA LEI – QUEM PODE PROPOR?
Art. 61 da Constituição Federal - a iniciativa das leis complementares e ordinárias compete: 
a qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional;
 ao Presidente da República;
 ao Supremo Tribunal Federal;
 aos Tribunais Superiores;
 ao Procurador-Geral da República 
ao cidadãos. (apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 5 Estados, com não menos de 0,3 % dos eleitores de cada um deles).
EMENDAS À CONSTITUIÇÃO:  
São leis que modificam parcialmente a Constituição.
Discussão e votação: em cada Casa do Congresso, em 2 turnos .
Aprovação: precisa de 3/5 dos votos dos respectivos membros
 LEIS COMPLEMENTARES:
Elaboração:
Já indicada ou sugerida na própria Constituição.
Aprovação:
Maioria absoluta dos votos, das duas Casas do Congresso.
LEIS ORDINÁRIAS:
São as leis comuns.
Formulação: Congresso Nacional, Assembléia 	Legislativa e Câmara dos Vereadores.
MEDIDAS PROVISÓRIAS: 
São normas com força de lei baixada pelo Presidente da República, em caso de relevância e urgência. Têm de ser submetidas de imediato ao Congresso Nacional. Perdem a eficácia em 60 dias da publicação se não forem convertidas em lei ordinária.
 
EXAME PELAS COMISSÕES
Uma vez apresentado, o projeto tramita por diversas comissões parlamentares, às quais se vincula por seu objeto. Passado pelo crivo das comissões competentes, deverá ir ao plenário para discussão e votação. No regime bicameral, como é o nosso, é indispensável a aprovação do projeto pelas duas Casas.
Comissões parlamentares são formadas para apreciar os projetos de acordo com os assuntos dos quais estes tratam.
 Ex. de comissões permanentes:
Comissão de Ciência e Tecnologia
 Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania
Comissão de Cultura
Comissão de Defesa do Consumidor 
REVISÃO DO PROJETO
A responsabilidade de revisão é da casa que NÃO apresentou o projeto.
OBS.: os projetos encaminhados pelo Presidente da República, STF e TFs serão apreciados primeiramente na Câmara dos Deputados
APROVADO: deverá ser encaminhado à Presidência da República para sanção, promulgação e publicação.
EMENDA: Volta à casa de origem;(10 dias para apreciar as emendas)
REPROVADO:arquivado. 
 SANÇÃO
É a concordância do Presidente da República com o projeto apresentado e votado. É ato exclusivo do Poder Executivo. Para sancionar ou vetar ele dispõe de 15 dias.
A sanção pode ser tácita ou expressa.
 SANÇÃO TÁCITA – o Pres. Da República não se manifesta.
SANÇÃO EXPRESSA – declaração de concordância.
VETO: Volta ao Congresso Nacional para votar o veto (em 30 dias) 
Rejeição – maioria absoluta.(Senado tem 81 senadores e o Congresso tem 513 deputados)
PROMULGAÇÃO
É o NASCIMENTO DA LEI. É a declaração formal do chefe do executivo, de que a lei existe. 
A promulgação deverá se dar em 48 hs. Caso o pres. da República não o faça, o presidente do Senado, fará isso. Caso não faça, o vice presidente do Senado fará isso.
PUBLICAÇÃO
É indispensável para que a lei entre em vigor; É feita por órgão oficial(publicada no DOU);
INICIO DA VIGÊNCIA:
PUBLICAÇÃO: “A presente Lei entrará em vigor na data de sua publicação.”
VACATIO LEGIS – período de vacância da lei ( tempo entre a publicação e o início da vigência).
VACATIO LEGIS
A lei pode estabelecer que ela entrará em vigor em uma data específica;
Em prazo determinado (O mais comum é 180
dias);
Dependência de outra norma. (por exemplo, quando outra norma for aprovada).
 Sem prazo: 45 dias.
Exemplos de vacatio legis
 Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 - Institui o Código Civil: Art. 2.044. Este Código entrará em vigor 1 (um) ano após a sua publicação.
Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990 - Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua publicação.
Parágrafo único. Durante o período de vacância deverão ser promovidas atividades e campanhas de divulgação e esclarecimentos acerca do disposto nesta Lei.
REVOGAÇÃO
A revogação é a cessação da vigência de uma norma legal, através do advento de uma nova lei.
LINDB: DEC. LEI N.º 4.657/1942 Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro.  Redação dada pela lei 12.376/2010 .
Art. 2º. - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. 
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
Espécies:
Ab-rogação - trata da supressão total da norma legal anterior por lei nova; 
Derrogação - ocorre quando a nova lei torna sem efeito apenas parte do texto legal anterior. 
Revogação expressa - quando a lei nova expressamente mencionar que a anterior está revogada 
Tácita - quando a nova norma for incompatível com a anterior, não havendo previsão quanto a sua revogação.
Regras:
Normas só podem ser revogadas por norma equivalente à revogada. Lei ordinária não ab-roga ou derroga o contido numa norma constitucional.
CRITÉRIOS DE REVOGAÇÃO
Critério hierárquico: (lex superior derogat legi inferiori — a lei superior revoga a lei inferior). Uma das exigências da hierarquia normativa é que as normas inferiores não podem revogar as superiores e as superiores podem revogar as inferiores.A regra é que a lei superior revoga a inferior. Ex: uma norma constitucional é superior a uma norma ordinária.
Critério cronológico (lex posterior derogat priori) — a lei posterior revoga a anterior. 
Ele se baseia no tempo em que as normas começaram a ter vigência. Imaginando a lei como expressão da vontade do legislador, o critério se justifica, pois, no direito, é regra geral que, de dois atos de vontade da mesma pessoa, seja válido o que foi realizado por último.
LINDB - art. 2o, § 1o: “A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior”.
Critério de especialidade (lex specialis derogat legi generali) — a lei especial revoga a lei geral. 
Baseia-se na superioridade da norma especial sobre a geral. 
 Uma norma é especial quando “possui em sua definição legal todos os elementos típicos da norma geral e mais alguns de natureza objetiva ou subjetiva, denominados especializantes.
EX. Código Civil e lei do inquilinato
Conflitos da lei no tempo
Alguns fatos iniciam-se sob a égide de uma lei e só se extinguem quando outra nova está em vigor. Para solucionar tais conflitos existem dois critérios:
Disposições transitórias: o próprio legislador no texto normativo novo concilia a nova norma com as relações já definidas pela norma anterior;
Princípio da irretroatividade: a lei não deve retroagir para atingir fatos e efeitos já consumados sob a lei antiga.
Art. 5º, XXXVI, CF –” a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”
O direito adquirido: É aquele que já se incorporou definitivamente ao patrimônio e à personalidade de seu titular. Nem a lei e nem fato posterior podem alterar tal situação jurídica. 
Ato jurídico perfeito: é o já consumado de acordo com a lei vigente ao tempo em que se efetuou. Exemplo: contrato celebrado antes da promulgação do Código Civil não é regido por este diploma legal, e sim pelo Código Civil anterior.
Coisa julgada: É a imutabilidade da sentença. Diz-se da sentença judicial da qualjá não caiba mais recurso.
SITUAÇÕES DE RETROATIVIDADE DA LEI
 a) lei penal mais benéfica; 
b) lei com cláusula expressa de retroatividade, desde que não viole o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. 
c) lei interpretativa: é a que esclarece o conteúdo de outra lei. A lei interpretativa não cria situação nova; ela simplesmente torna obrigatória uma interpretação que o juiz, antes mesmo de sua publicação, já podia adotar.

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