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Cozinha Brasileira Webconferência IV Professor(a): ZILMEIRE MARQUES Região Norte Um item que aparece em quase todos os pratos é a mandioca, apresentada em versões variadas: •Goma – o polvilho de mandioca. •Tucupi – caldo extraído da mandioca-brava. •Tacacá – prato à base de goma de mandioca combinada com camarão seco, pimenta-de- cheiro, tucupi e jambu. Região Norte Os estados do Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins fazem parte da porção Norte do país. Contudo, ao tratarmos a gastronomia nortista neste tema, o Amazonas e o Pará são os estados que representam as características da cozinha regional de modo mais completo. Amazonas Guarda fortes tradições da cultura indígena; A riqueza dos rios e florestas; Variedades de peixes; Variedades de frutos. Os peixes preferidos • Filhote – chamado de piraíba na fase adulta. • – peixe gorduroso e com muita espinha. • Piramutaba – peixe com cerca de 50 centímetros de comprimento, saboreado frito ou cozido no molho de tucupi e servido com jambu ou açaí. • Pirarucu – em razão de seu tamanho, sua carne é utilizada de acordo com o corte. • Surubim – peixe grande que atinge entre 2 a 3 metros de comprimento, presente no Amazonas e no Centro-Oeste. • Tucunaré – carne branca, tenra, com alto teor de gordura e muito apreciado na região. Frutas e sementes Bacuri Banana- pacovã Castanha- do-pará Cupuaçu Guaraná Mangaba Murici Tucumã Pratos típicos Caldeirada de tucunaré – peixe com alto teor de gordura e preparado na versão caldeirada. Caldos e bolinhos – comuns no cardápio dos manauaras, normalmente acompanhados por tucupi, farofa e molho de pimenta. Costela de tambaqui – peixe saboroso assado na brasa. Farinha ou chibé (farinha combinada à água na cuia) Farinha de peixes – peixes como matrinxã, jaraqui e acari assados e socados transformam-se na farinha. Pirarucu de casaca – peixe pirarucu seco e salgado, servido entre camadas de farofa. X-caboclinho – ou x-caboquinho, como é carinhosamente chamado pelos locais, ou ainda sanduíche de tucumã. Pará Culinária é considerada a mais autêntica do Brasil. Os paraenses fazem uso de produtos nativos com sabedoria e grande habilidade, bem como utilizam técnicas indígenas ancestrais na preparação dos alimentos. Os produtos mais consumidos Açaí •Pequena fruta roxa com 90% de sua produção concentrada no Pará. Os paraenses consomem o caldo da fruta acompanhado, principalmente, de farinha- d’água e gelo ou ganha textura mais encorpada com farinha de tapioca para ser servido com peixes, camarão seco e carnes. •Há a versão branca da fruta, que tem consistência de abacate. Os produtos mais consumidos Búfalo – na Ilha de Marajó está o maior rebanho de búfalos do Brasil. Farinha – feita de mandioca, é símbolo da região. Farinha-d’água Farinha de carimã – específica para o preparo da papinha de bebê. Farinha da goma – o polvilho, para a tapioca e o beiju. Farinha seca Mandioca-brava e mansa Tucupi Pratos típicos Caldeirada paraense – como faziam os antepassados indígenas, tanto a receita tradicional como a popular são elaboradas com, entre outros temperos e ingredientes, vinho de buriti e tucumã, uma boa pitada de pimenta-malagueta e acompanhada de beiju grosso. Caldo de turu – o turu é uma espécie de molusco com consistência gelatinosa, de cor branca e formato delgado. Os catadores do molusco o consomem cru, com sal e limão, ainda no mangue. O caldo de turu leva limão, sal, alho e cheiro- verde, e é um prato muito popular na Ilha de Marajó. Outra preparação combina o molusco mergulhado em leite de coco. Pratos típicos Filé marajoara – carne de búfalo coberta com queijo de búfala derretido, mais consumido no Soure; Frito do vaqueiro – também do Soure, como o filé marajoara, o frito do vaqueiro surgiu para conservar a carne durante os longos períodos de trabalho em locais distantes e isolados. Maniçoba – prato típico e de origem indígena, a maniçoba é muito consumida em Belém e preparada com carne suína. A diferença está no caldo espesso de maniva, que substitui o feijão. 1) a maniva (folha da mandioca-brava) é moída e cozida por vários dias seguidos até que todo o ácido cianídrico, ou seja, o veneno seja totalmente removido; e 2) após esses sete dias, adicionam-se as carnes e os temperos. O prato é servido com arroz, farinha de mandioca e pimenta, presença certa nas festas do Círio de Nazaré. Pratos típicos Pato com tucupi – considerado o prato mais sofisticado de toda a culinária do Brasil, leva caldo de tucupi com sabor levemente ácido e equilibradamente temperado com chicória, alfavaca e sal, e feito também com o jambu. Região Sul A região Sul foi o local que mais acolheu imigrantes italianos, alemães, poloneses, árabes entre outros. •O churrasco •O charque gaúcho •O barreado paranaense •Eisbein •kassler •Tortei de abóbora •O vinho e a cerveja são as bebidas que acompanham as iguarias Região Sul • Uma boa mistura resultou em um Rio Grande do Sul bem europeu. • Relevante produção vinícola do Brasil. Dentre as delícias locais e tradicionais Fondue – sucesso em Gramado! Galeto – prato herdado pelos imigrantes italianos. O galeto é um pequeno frango; por ter uma carne de sabor muito suave, é importante que seja bem marinada. As tradições do churrasco gaúcho O churrasco foi, possivelmente, herdado dos guaranis, que assavam as carnes em cavidades abertas no chão e forradas com folhas. Tanto o povo indígena como os colonizadores cobriam as valas no chão com brasas, posicionavam os espetos de pau contendo grandes pedaços de carne. Esse é o conhecido fogo de chão. Churrasqueiras e ao modo de preparo • Fogo de chão • Churrasqueiras caseiras • Churrasco da vala • Parrillada – A parrillada consiste em um churrasco de carnes variadas, com linguiça, miúdos de boi e morcilla (embutido de sangue de porco), preparadas em uma grelha específica chamada parrilla, na qual é possível assar as carnes em diversas posições e inclinações. O chimarrão Podemos encontrar três tipos de ervas: 1) barbacuá – sabor mais suave, com folhas moídas com os talos; 2) pura folha – com pouquíssimos ou quase nenhum resíduo dos talos; 3) tereré – folhas maiores, menos trituradas para infusão em água gelada. Pelotas e os cafés coloniais Hoje cidades como Gramado e Canela ganham fama por suas mesas cheias de delícias, tanto doces como salgadas. Mais tarde ele se torna uma atividade turístico-cultural. Hospitalidade dos alemães. O café servido aos colonos antes de longas jornadas de trabalho. Tradições herdadas dos portugueses no caso dos doces pelotenses e dos alemães no caso dos cafés coloniais. Produtos e pratos típicos de Santa Catarina • Camarão – é comum em Florianópolis. • Marreco recheado – a receita ainda carrega as tradições originais alemãs. O marreco assado leva recheio de seus próprios miúdos (moela, coração, estômago) misturados com carne bovina para dar liga e suavizar o sabor. O prato é servido com repolho roxo refogado, adoçado com uvas passas e aromatizado com pitadas de cravo, canela, chucrute (repolho azedo) e purê de batata ou de maçã. • Pinhão – Com ele, são preparados quitutes como a paçoca, entrevero (semente cozida com linguiça, bacon, alcatra e uma carne salgada típica da região, chamada frescal) e a sapecada (pinhão assado na brasa do fogo de chão), tipicamente dos hábitos de tropeiros. Produtos e pratos típicos de Santa Catarina Ostra - As receitas mais pedidas com o molusco são a ostra no bafo e ostra gratinada, mas ela também é consumida fresca. Tainha – O preparo clássico consiste no peixe escaldado, com a tainha abertae temperada com sal grosso e posta para secar ao sol durante 24 horas. Outra versão, é a tainha recheada com suas ovas, acompanhada de ovas fritas ou grelhadas. Paraná A mescla de tantos países reunidos em um só lugar fez de Curitiba, capital do Paraná, uma cidade bela, organizada e que estampa no local o artesanato da Ucrânia, as casas de chás da Polônia, os restaurantes da Alemanha e, ainda, um bairro dedicado à Itália, Santa Felicidade onde podem ser encontradas receitas típicas, como o frango caipira com polenta. Pratos típicos Barreado •A receita original consiste em um ritual: cozinha-se em panela de barro, na qual são adicionadas carnes como acém, músculo e patinho cortadas em cubos, as quais são temperadas com toucinho, cebola, alho, louro e cominho. Em seguida, a tampa é vedada ou barreada com uma fina massa de farinha de mandioca, misturada à farinha de trigo e água. •O cozido é levado ao forno a lenha, que permanece em processo lento de cocção entre 10 e 12 horas e, quando pronto, é acompanhado de banana, rodelas de laranja e farinha de mandioca. Pratos típicos Quirera lapeana •Iguaria feita com milho quebrado, pilado e cozido, combinado à costela de porco frita. Na Lapa, o preparo ganha ingredientes como manjerona, salsinha, cebolinha, alho e cebola. As costelas de porco ganham versões defumadas ou a carne bovina é substituída por corte da carne suína na parte inferior do lombo. REVISÃO PROVA •O trabalho domestico, culinária e o artesanato. •As índias criavam cabaças para beber água, cuias para se alimentarem, panelas, potes de barro e peneiras como as urupemas, feitas de fibra vegetal. •O moquém e o biaribi. •Os indígenas eram muito sábios, especialmente quando o assunto são as ervas medicinais e como utilizá-las para cura. Esses conhecimentos São utilizados até hoje pelas indústrias farmacêuticas. •A mandioca, milho, raízes, algumas folhas, palmito, cocos, carnes de caça, peixes, castanhas e frutos silvestres. Influência indígena Cultura africana e lusitana. Os conventos portugueses carregavam suas tradições doceiras, chamadas de doçaria conventual, em geral preparações que levam açúcar e ovos. Os negros chegaram escravizados da África e foram submetidos no cultivo da cana-de- açúcar, pela Zona da Mata nordestina. Os portugueses trouxeram animais de caça e aves como vacas, bois, touros, ovelhas, cabras, porcos, galinhas, pombos e gansos. Dos africanos herdamos o azeite de dendê, pimenta malagueta, coco e outros ingredientes. O café e a imigração do sudeste A exportação do café foi influenciando o crescimento das cidades, a construção de infraestrutura – por exemplo, as ferrovias e o porto de Santos –, propiciando o aquecimento do comércio e, mais tarde, o nascimento das indústrias. O café foi um produto de exportação que intensificou o desenvolvimento econômico do país. Chegaram com esperanças de que o trabalho nos cafezais pudesse transformar suas oportunidades de vida. A história açucareira. O desmatamento da Mata Atlântica. Somos considerados os maiores fabricantes de cachaças de alta qualidade. Os portugueses fizeram do Brasil o maior fornecedor da cana-de-açúcar do mundo. A rapadura tem importante valor, não somente apreciada como sobremesa, mas sobretudo como alimento aos homens do campo, uma vez que o produto tem alto teor nutritivo e longa durabilidade. A região de Pelotas A Fenadoce movimenta a região, divulgando a atividade doceira, artesanal ou industrial da cidade que atrai inúmeros turistas. Após uma seca no Nordeste, uma onda de colonos portugueses chega ao sul, levando a tradição das receitas e o açúcar Do comércio entre as regiões nasce a criação de novos hábitos alimentares e, assim, surgem os doces de Pelotas que, atualmente, despontam como os melhores do Brasil e recentemente foram tombados como Patrimônio Histórico Imaterial do Brasil. Arroz No Extremo Oriente o arroz não é apenas o alimento básico, mas, mais que isso, é indispensável. A preparação e o consumo do arroz tiveram início com o cultivo do Oryza sativa, trazido pelos portugueses. No Brasil, a primeira referência ao cultivo do arroz se dá na Bahia. A partir do século XVIII surgiu o consumo do feijão misturado ao arroz, período em que começa a conquistar seu lugar na mesa brasileira. As regiões brasileiras A cultura do Sudeste e Sul foi fortemente influenciada por imigrantes. O prato do dia a dia do povo brasileiro geralmente composto de arroz, feijão, mandioca, bem como pelo churrasco, pelo chimarrão, pela macarronada, pelas caldeiradas e pelos doces. O Norte e o Nordeste carregam uma grande herança afro-indígena. O Sul e ao Sudeste têm em sua cultura uma forte influência europeia. A herança dos negros O dendê é uma das marcas da cozinha genuinamente africana. Geralmente utilizavam açafrão, óleo de dendê, pimenta e o leite de coco. Os alimentos dos rituais do Candomblé da Bahia são sempre reproduzidos seguindo as tradições de cada nação-de-santo. A entrada da gastronomia africana no processo alimentar brasileiro garante seu lugar nas refeições do povo desde o século XVIII. Prova disso é que muitos pratos típicos do cardápio africano, como o acarajé, o acassá, o vatapá e o abará ainda são vendidos na Bahia e em outras cidades brasileiras. A comida brasileira A feijoada é um prato genuinamente brasileiro, saboreado de norte a sul do país. O milho tem uma festa de comemoração praticamente dedicada a ele em junho, mês que concilia a época da colheita do milho e do solstício de inverno – festas pagãs milenares de povos agricultores: a tradicional festa junina. Nessa celebração, consumimos muitos alimentos derivados do cereal, como pipocas, pudins, pamonhas, canjicas, broas, curaus e mungunzás. Atualmente, o milho e seus pratos servem aos orixás. O movimento dos bandeirantes Durante as expedições os bandeirantes estavam sempre munidos de apetrechos e mantimentos. Os bandeirantes alimentavam-se com a chamada farinha de pau ou farinha de guerra, cujo preparo consistia na farinha de mandioca torrada em tachos de barro, acondicionada nos paneiros. Pensando nas dificuldades que poderiam encontrar no retorno os bandeirantes, plantavam alguns alimentos no caminho, como milho, feijão, cará e outros, garantindo, assim, sua sobrevivência. Pelo caminho, colhiam frutas como jabuticaba, abacaxi e banana. Colhiam o mel e as carnes de caça de animais selvagens como quatis, antas e onças. Cachaça, normalmente consumida ao final da tarde para relaxar após um dia longo. A bebida era armazenada nas caixas de couro chamadas bruacas. O macarrão Nome original de todos os tipos de paste italianas é considerado alimento indispensável na nessa de qualquer brasileiro, de todas as classes sociais. Desembarcou no Brasil pela Baía de Guanabara, no início do século XIX, juntamente com os italianos refugiados, rebeldes, liberais e nacionalistas que faziam parte de um movimento clandestino com inspirações na maçonaria, e que eram da Igreja e dos aristocratas contra a unificação italiana. Os italianos fizeram questão de impor suas tradições nos pratos, ingredientes, preparos e cuidados no sabor.
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