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RELATÓRIO 3

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO 
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL 
PROFESSORA ANA NERY FURLAN MENDES 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO Nº 03 
 EXPERIMENTO 9 
DESLOCAMENTO DO EQUILIBRIO QUÍMICO 
 
 
 
 
 
 
 
Igor Gomes da Silva 
Pedro Ribeiro Figueiredo Couto 
São Mateus – ES / 2018 
1. INTRODUÇÃO 
Este experimento teve como objetivo verificar a influência da 
concentração, temperatura e íon comum no deslocamento do equilíbrio 
químico. 
Dizemos que uma reação reversível atinge o equilíbrio químico quando 
as concentrações dos reagentes e produtos não variam mais. Isso quer dizer 
que embora a reação esteja ocorrendo ainda, a velocidade da formação de 
produtos (reação direta) é igual à velocidade da formação de reagentes (reação 
inversa). Neste estado de equilíbrio, dizemos que Q = K. Sendo: 
Q = [A]a × [B]b / [C]c × [D]d 
para uma reação: 
a A + b B ↔ c C + d D 
Obs.: Assumindo que sólidos e líquidos (solventes) não participam do 
equilíbrio. 
O único fator que altera a constante de equilíbrio é a temperatura. No 
entanto, segundo o princípio de Le Chatelier, a reação tenderá a reduzir ao 
mínimo o efeito de uma perturbação externa, deslocando o sentido da reação 
química. Essa perturbação pode ocorrer por efeito de aumento ou diminuição 
de temperatura (varia com a natureza da reação, endotérmica ou exotérmica), 
subtração ou adição de um íon comum à reação (produto ou reagente) e 
também aumento ou redução de pressão para equilíbrio de gases. 
Este experimento é compreendido em duas partes: A e B. 
A parte A se baseia principalmente no uso dos reagentes Dicromato de 
Potássio (K2Cr2O7) e Cromato Sódio (Na2CrO4) com Ácido Clorídrico (HCl), 
Cloreto de Bário (BaCl2) e Hidróxido de Sódio (NaOH) a fim de observar o 
deslocamento por efeito do íon comum, provocando alteração na cor da 
solução segundo a reação: 
Cr2O7 2- + H2O 2 CrO42- + 2 H+ 
 (aq) (l) (aq) (aq) 
onde a predominância do íon dicromato é responsável pela cor laranja, 
enquanto o íon cromato é responsável pela cor amarela. Para o equilíbrio 
acima, será utilizado somente o H+ provido do HCl ou OH- do NaOH. Com a 
utilização do Cloreto de Bário no sistema acima, teremos uma reação mais 
complexa com a formação de precipitado: 
 
 
BaCr2O7 (aq) BaCrO 4(s) 
 ( solúvel ) ( insolúvel ) 
 
Na parte B do experimento, foi utilizado Nitrato de Cobalto (Co(NO3)2), 
Ácido Clorídrico (HCl) e água destilada (H2O) para avaliar o comportamento do 
equilíbrio químico sob a influência de íon comum e temperatura. Esta parte foi 
dividida em 3 etapas: B1, B2 e B3, para melhor praticidade. Segue abaixo a 
reação dos íons participantes do equilíbrio de interesse: 
Co 2+ + 4 Cl- 2 CoCl42- 
 (aq) (aq) (aq) 
 ( rosado ) ( azul ) 
 
2. METODOLOGIA 
O experimento consiste primordialmente na seleção de materiais e 
equipamentos para o preparo das soluções e montagem do sistema de 
resfriamento e aquecimentos das amostras na parte B. 
Para este experimento foram utilizados os materiais: 1 Espátula, 1 
Bastão de Vidro, 2 Béquers de 250mL, 8 Tubos de Ensaio de ± 30mL, 1 Estante 
de tubos de ensaio, 2 Pipetas graduadas de 10mL, 2 Pipetadores de borracha 
(Pera), 6 Pipetas pasteur de plástico de aproximadamente 5mL, 1 chapa 
aquecedora e 1 bandeja. Os reagentes utilizados foram: Água Destilada (H2O), 
Ácido Clorídico (HCl) 1M e 12M, solução de Hidróxido de Sódio (NaOH) 1M, 
solução de Dicromato de Potássio (K2Cr2O7) 0,05M, solução de Cromato Sódio 
(Na2CrO4) 0,05M, solução de Nitrato de Cobalto (CoNO3) 0,25M, Nitrato de 
Cobalto (CoNO3) sólido, Ácido Clorídrico (HCl), Cloreto de Potássio sólido 
(KCl), solução de Cloreto de Bário (BaCl2) 0,05M e solução de Nitrato de Prata 
(AgNO3) 0,1M. 
A fim de obter um texto menos extenso, os reagentes envolvidos serão 
expressos por suas fórmulas moleculares. 
Com todos os itens à disposição, o experimento foi iniciado com as 
soluções previamente preparadas pelo responsável do laboratório, bem como 
a disposição de gelo para banho de resfriamento. Inicialmente os reagentes 
foram distribuídos sequencialmente pela bancada, reservando o Ácido 
Clorídrico concentrado na capela devido à sua volatilidade. Preparou-se um 
béquer com água a ser colocado sobre a chapa aquecedora para o 
aquecimento das soluções nos tubos de ensaio e outro béquer para as 
amostras que vão banho de gelo, preparado com uma bandeja repleta de gelo. 
Como o caráter do experimento é qualitativo, a temperatura não foi medida à 
rigor, bastando que banho estivesse suficientemente quente e frio para cada 
etapa. 
2.1. PARTE A 
Disponíveis todos os itens, foi dado início à parte A do experimento. 
Iniciou-se o procedimento, com o auxílio de uma pipeta pasteur para cada 
substância, adicionando 2mL de Na2CrO4 0,05M nos tubos previamente 
enumerados 1,5 e 6. O mesmo foi feito com K2Cr2O7 0,05M nos tubos 2, 3 e 4. 
Posteriormente foi adicionado: 
2mL de HCl 1M ao tubo 1; 
2mL de NaOH 1M ao tubo 2; 
2mL de BaCl2 0,05M e 2mL de HCl 1M ao tubo 3; 
2mL de BaCl2 0,05M e 2mL de HCl 1M ao tubo 4; 
2mL de BaCl2 0,05M e 2mL de HCl 1M ao tubo 5; 
2mL de BaCl2 0,05M e 2mL de HCl 1M ao tubo 6. 
Inicialmente as soluções 1, 5, 6 apresentaram a cor amarela oriunda da 
solução de Na2CrO4, enquanto a soluções 2,3 e 4 de K2Cr2O7 apresentaram a 
cor laranja. Após a adição dos reagentes seguida de uma leve agitação, 
obteve-se significante mudança no aspecto da cor das soluções. Os resultados 
serão discutidos em outro tópico. 
Encerradas as observações, seguiu-se para o descarte adequado das 
soluções a limpeza rigorosa dos tubos de ensaio para serem utilizados 
novamente. 
 
2.2. PARTE B 
 A parte B do experimento foi dividida em 3 etapas subsequentes: B1, B2 e B3. 
A etapa B1 inicia com o preparo de soluções utilizando duas pipetas graduadas 
de 10ml e um pipeta pasteur, esta para o Co(NO3)2, aquelas para HCl e H2O 
respectivamente. As soluções contém diferentes alíquotas de Co(NO3)2 0,25M, HCl 
12M e água destilada (H2O) para se observar o efeito do íon comum no deslocamento 
do equilíbrio pela cor apresentada. Segue que as alíquotas foram: 
No tubo 1, foram adicionados 2,5mL de Co(NO3)2 e 5mL de H2O; 
No tubo 2, foram adicionados 2,5mL de Co(NO3)2, 2mL de HCl e 3mL de H2O; 
No tubo 3, foram adicionados 2,5mL de Co(NO3)2, 3mL de HCl e 2mL de H2O; 
No tubo 4, foram adicionados 2,5mL de Co(NO3)2, 3,5mL de HCl e 1,5mL de 
H2O; 
No tubo 5, foram adicionados 2,5mL de Co(NO3)2, 4mL de HCl e 1mL de H2O; 
No tubo 6, foram adicionados 2,5mL de Co(NO3)2 e 5mL de HCl. 
Em cada tubo foi adquirido uma solução com cor distinta das outras, 
caracterizando um comportamento reacional diferente para cada equilíbrio. 
 
 Tomando a solução que apresenta a coloração intermediária, prosseguiu-se 
com a divisão desta mesma solução em três parte iguais. A solução dividida foi a 
número 4, pois a coloração lilás é uma mistura equilibrada de magenta e ciano (azul) 
segundo a escala CMYK de cor pigmento utilizada na indústria e em softwares gráficos 
como CorelDraw e Adobe Photoshop. Uma das três soluções foi reservada para 
padrão de comparação enquanto as outras seguiram para o tratamento térmico: a 
segunda foi resfriada no béquer em banho de gelo e a terceira aquecida em banho 
maria no béquer sobre a chapa aquecedora. Após 2 minutos de tratamento térmico, 
as soluções foram retiradas do banho ao qual estavam submetidase logo foi 
observador uma mudança brusca de cor quando comparadas à solução reservada. 
Juntou-se as soluções novamente para prosseguir à etapa B2. 
 Na etapa B2, a solução intermediária foi dividida em 4 partes. Reservando uma 
para referência, foi adicionado respectivamente cristais Co(NO3)2 no tubo 1, KCl no 
tubo 2 e AgNO3 no tubo 3.Observou novamente alterações no aspecto das soluções. 
 Prossegue-se então à etapa B3, onde foi utilizado o tubo 6 da etapa B1. O 
volume da solução contida no tubo de ensaio 6 foi dobrado adicionando 7,5mL de H2O 
utilizando a mesma pipeta graduada já utilizada anteriormente. Observou-se 
esmaecimento e mudança da cor original da solução. Assim como na parte A, os 
resultados da parte B serão discutidos no próximo tópico. 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Os dados obtidos ao longo do experimento serão abordados aqui. 
Na parte A do experimento, houve alteração de cor pelo deslocamento do 
equilíbrio químico segundo o Quadro 1. 
 
Quadro 1. Resultados de mudança de cor da parte A. 
TUBO 
Substância 
Inicial 
Cor Inicial 
Cor com 
BaCl2 
Cor Final 
1 Cromato Amarelo - Laranja 
2 
Dicromato Laranja - 
Amarelo 
3 Dicromato 
Laranja Laranja fosco 
Laranja 
4 Dicromato 
Laranja Laranja fosco 
Amarelo forte 
fosco 
5 Cromato Amarelo Amarelo claro 
fosco 
Laranja 
6 Cromato Amarelo 
Amarelo fosco 
Amarelo claro 
fosco 
 
Retomando as reações apresentadas na introdução do relatório 
 
Cr2O7 2- + H2O 2 CrO42- + 2 H+ 
 (aq) (l) (aq) (aq) 
LARANJA AMARELO 
BaCr2O7 (aq) BaCrO4(s) 
 ( solúvel ) ( insolúvel ) 
 
Podemos entender o como ocorreu o descolamento do equilíbrio: 
K = [CrO42-(aq)]2 + [H+(aq)]2 / [Cr2O72-(aq)] 
No tubo 1 a adição de HCl acrescentou o íon comum H+ à reação, deslocando 
o equilíbrio para a esquerda, favorecendo a produção de reagentes, por isso a 
mudança de cor amarela para a laranja. Assim, no final, [Cr2O72-(aq)] e [H+(aq)] 
aumentaram e [CrO42-(aq)] diminuiu em relação à solução inicial. 
No tubo 2 a adição de NaOH acrescentou o íon OH- à reação, reagindo com o 
íon H+ e produzindo H2O. A retirada de um produto (H+) e a adição de um reagente 
(H2O) deslocou o equilíbrio para a direita, favorecendo a reação direta, por isso a 
mudança de cor laranja para a amarela. Portanto, no final, [CrO42-(aq)] aumentou e 
[Cr2O72-(aq)] e [H+(aq)] diminuíram em relação à solução inicial. 
Para os próximos tubos pode-se observar as seguintes reações: 
Cr2O7 2- + Ba2+ BaCr2O7 (aq) 
 
2CrO42- + Ba2+ BaCrO4 (s) 
 
No tubo 3 a adição de BaCl2 provocou a reação com o íon Cr2O7 2-, produzindo 
BaCr2O7 e BaCrO4. No entanto não houve alteração significativa no equilíbrio pois 
nenhum íon comum foi retirado ou adicionado desproporcionalmente, permanecendo 
a cor alaranjada da espécie predominante da solução, no entanto turva, pois BaCrO4 
não é solúvel em água. Seguindo da adição de HCl, a solução voltou ao aspecto 
límpido, mantendo a cor laranja devido ao deslocamento do equilíbrio no sentido 
inverso pela adição do íon comum H+, favorecendo a formação de BaCr2O7 que é mais 
solúvel. Infere-se que no final [BaCr2O7(aq)], [Cr2O72-(aq)] e [H+(aq)] aumentaram e [CrO42-
(aq)] e [BaCrO4(s)] diminuíram em relação à solução inicial devido à reação. 
No tubo 4 a adição de BaCl2 provocou a reação com o íon Cr2O7 2-, produzindo 
BaCr2O7 e BaCrO4. No entanto não houve alteração significativa no equilíbrio pois 
nenhum íon comum foi retirado ou adicionado desproporcionalmente, permanecendo 
a cor alaranjada da espécie predominante da solução, no entanto turva pois BaCrO4 
não é solúvel em água. Seguindo da adição de NaOH, a solução tornou-se mais opaca 
e amarelada, evidenciando o deslocamento do equilíbrio no sentido direto da reação 
pelo consumo do íon H+ e produzindo H2O, favorecendo a formação de CrO42-, 
consequentemente de BaCrO4 que é insolúvel. A precipitação colabora ainda mais 
para o deslocamento para a direita pois retira um produto comum do equilíbrio 
reacional. Infere-se que no final [BaCrO4(s)], [CrO42-(aq)] e [OH- (aq)] aumentaram e 
[Cr2O72-(aq)], [BaCr2O7(aq)] e [H+(aq)] diminuíram em relação à solução inicial devido à 
reação. 
No tubo 5 a adição de BaCl2 provocou a reação com o íon CrO42-, produzindo 
BaCr2O7 e BaCrO4. No entanto não houve alteração significativa no equilíbrio pois 
nenhum íon comum foi retirado ou adicionado desproporcionalmente, permanecendo 
a cor amarela da espécie predominante da solução, no entanto turva, pois BaCrO4 
não é solúvel em água. Seguindo da adição de HCl, a solução voltou ao aspecto 
límpido, mudando para a cor laranja devido ao deslocamento do equilíbrio no sentido 
inverso pela adição do íon comum H+, favorecendo a formação de BaCr2O7 que é mais 
solúvel. Infere-se que no final [BaCr2O7(aq)], [Cr2O72-(aq)] e [H+(aq)] aumentaram e [CrO42-
(aq)] e [BaCrO4(s)] diminuíram em relação à solução inicial devido à reação. 
No tubo 6 a adição de BaCl2 provocou a reação com o íon CrO42-, produzindo 
BaCr2O7 e BaCrO4. No entanto não houve alteração significativa no equilíbrio pois 
nenhum íon comum foi retirado ou adicionado desproporcionalmente, permanecendo 
a cor amarelada da espécie predominante da solução, no entanto turva, pois BaCrO4 
não é solúvel em água. Seguindo da adição de NaOH, a solução manteve seu 
aspecto, evidenciando o deslocamento do equilíbrio no sentido direto da reação pelo 
consumo do íon H+ e produzindo H2O, favorecendo a formação de CrO42-, 
consequentemente de BaCrO4. Infere-se portanto que no final [BaCrO4(s)], [CrO42-(aq)] 
e [OH- (aq)] aumentaram e [Cr2O72-(aq)], [BaCr2O7(aq)] e [H+(aq)] e diminuíram em relação 
à solução inicial devido à reação. 
 
Na parte B do experimento, foi observado uma série de diferenças entre as 
soluções submetidas aos processos de cada etapa. 
Na etapa B1, foi importante considerar a concentração dos reagentes após a 
diluição para compreender suas cores. Segue os cálculos: 
Para os íons Co2+  n = V * M  n = 0,0025 * 0,25 = 0,000625 mols 
Mf = 
6,25∗10−4 𝑚𝑜𝑙𝑠
𝑉𝑓
  Mf = 
6,25∗10−4 𝑚𝑜𝑙𝑠
0,0075 𝐿
  Mf = 8,3*10-2 mols/L 
 
Para o HCl: 
Tubo 1  n = V * M  n = 0,005 * 12 = 0,06 mols 
Mf = 
0,06 𝑚𝑜𝑙𝑠
𝑉𝑓
  Mf = 
0,06 𝑚𝑜𝑙𝑠
0,0075 𝐿
  Mf = 8 mols/L 
Tubo 2  n = V * M  n = 0,003 * 12 = 0,036 mols 
Mf = 
0,036 𝑚𝑜𝑙𝑠
𝑉𝑓
  Mf = 
0,036 𝑚𝑜𝑙𝑠
0,0075 𝐿
  Mf = 4,8 mols/L 
Tubo 3  n = V * M  n = 0,002 * 12 = 0,024 mols 
Mf = 
0,024 𝑚𝑜𝑙𝑠
𝑉𝑓
  Mf = 
0,024 𝑚𝑜𝑙𝑠
0,0075 𝐿
  Mf = 3,2 mols/L 
Tubo 4  n = V * M  n = 0,0015 * 12 = 0,018 mols 
Mf = 
0,018 𝑚𝑜𝑙𝑠
𝑉𝑓
  Mf = 
0,018 𝑚𝑜𝑙𝑠
0,0075 𝐿
  Mf = 2,4 mols/L 
Tubo 5  n = V * M  n = 0,001 * 12 = 0,012 mols 
Mf = 
0,012 𝑚𝑜𝑙𝑠
𝑉𝑓
  Mf = 
0,012 𝑚𝑜𝑙𝑠
0,0075 𝐿
  Mf = 1,6 mols/L 
No Quadro 2 os resultados serão melhor exemplificados: 
Quadro 2. Resultados de mudança de cor e concentração das substâncias após 
diluição da Parte B2. 
TUBO 
Volume de 
Co(NO3)2 
0,25M 
Volume 
de HCl 
12M 
Volume 
de H2O 
Volume 
Total 
COR 
Conc. 
Mol/L 
Co2+ HCl 
1 2,5 mL 0 mL 5 mL 7,5 mL 
Rosa 
claro 
8,3*10-2 
8 
2 2,5 mL 
2 mL 3 mL 7,5 mL Rosa 8,3*10-2 
4,8 
3 2,5 mL 3 mL 2 mL 7,5 mL Magenta 8,3*10-2 3,2 
4 2,5 mL 
3,5 mL 1,5 mL 7,5 mL Lilás 8,3*10-2 2,4 
5 2,5 mL 4 mL 1 mL 
7,5 mL Azul 8,3*10-2 
1,6 
6 2,5 mL 5 mL 0 mL 
7,5 mL 
Azul 
escuro 
8,3*10-2 
0Reação: 
Co2+ + 4 Cl- 2 CoCl42- 
 (aq) (aq) (aq) 
( rosado ) ( azul ) 
Tomando a reação acima, observa-se a influência do íon comum cloreto (Cl-) 
no deslocamento do equilíbrio químico: 
 K = [CoCl42-(aq)]2 / [Co2+(aq)] + [Cl-(aq)]4 
de modo que a longo que a concentração do íon Cl- aumenta, maior é o 
deslocamento no sentido direto da reação, pois adição de HCl no sistema reacional 
fornece o íon comum dos reagentes participantes. Concluindo que a medida que a 
solução se torna mais azulada e menos rosada, maior é a concentração de CoCl42- e 
menor a concentração de Co2+. 
É valido pontuar que íon Co2+, quando em meio aquoso, está coordenado à 
água, conferindo a coloração avermelhada à medida que o íon é hidratado. 
Reação: 
[Co(H2O)6]2+ + 4 Cl- 2 CoCl42- + 6 H2O 
 (aq) (aq) (aq) (l) 
Desse modo, a adição de H2O também promove o deslocamento do equilíbrio 
para a esquerda, acentuando a coloração avermelhada, pois é substância participante 
do equilíbrio, neste caso como produto. Compreende-se então que a medida que o 
íon Co2+ é desidratado, mais azulado e menos rosado ele se torna. 
 
Seguindo ainda a etapa B1, conforme citado na metodologia, a solução 4 que 
apresentava a cor lilás foi separada para ser submetida ao tratamento térmico, 
revelando os seguintes aspectos demonstrados no Quadro 3: 
Quadro 3. Tratamento térmico da solução 4. 
TUBO PADRÃO AQUECIDO RESFRIADO 
COR FINAL Lilás Azul Rosa 
 
Variação da cor em função da temperatura permite caracterizar a reação 
termodinamicamente. Visto que o aumento de temperatura levou a solução 4 ficar 
azul, infere-se que a reação direta é endotérmica, pois é favorecida pela absorção de 
energia na forma de calor; enquanto que reação inversa é exotérmica pois é 
favorecida pela retirada de calor provocada pelo resfriamento. Conclui-se que Keq 
aumenta com o aumento da temperatura. Assim é possível especular também como 
se varia a concentração dos íons segundo o Quadro 4. 
Quadro 4. Variação da concentração por ação da temperatura 
CONCENTRAÇÃO ÍON AQUECIMENTO RESFRIAMENTO 
Co2+ Diminuiu Aumentou 
Cl- Diminuiu Aumentou 
CoCl42- Aumentou Diminuiu 
 
Dando sequência para a etapa B2, na qual a mesma solução 4 foi redividida 
em quatro partes para submeter outras perturbações ao equilíbrio químico por adição 
de íons comuns. De acordo com Quadro 5 a seguir, pode-se observar a mudança de 
cor de função da adição de cristais de KCl, cristais de Co(NO3)2 ou gotas de AgNO3. 
 
 
 
Quadro 5. Mudança de cor por influência de adição KCl, Co(NO3)2 ou AgNO3. 
TUBO 1 (com KCl) 2 (com Co(NO3)2) 3 (com AgNO3) 4 (PADRÃO) 
COR 
FINAL 
Roxo escuro Azul Claro 
Lilás claro e 
turvo 
Lilás 
 
Como nos experimentos anteriores, a mudança de cor evidenciou novamente 
o deslocamento do equilíbrio por adição de íons comuns à solução. No tubo 1, o roxo 
escuro manifestado demonstra que a adição de cristais de Co(NO3)2 adicionou os íons 
Co2+, favorecendo a formação de produtos. No tubo 2, o aspecto azulado evidencia 
novamente o deslocamento do equilíbrio no sentido direto da reação por adição do 
íon Cl- fornecido pelos cristais de KCl. No tubo 3, a cor lilás se manteve, no entanto, 
clara e turva, evidenciando a formação de precipitado por reação do Cl- com o íon Ag+ 
formando Cloreto de Prata (AgCl) que ainda se mantinha suspenso, segue a reação: 
Ag+(aq) + Cl-(aq)  AgCl(s) 
Com base no que foi constatado, o Quadro 6 demonstra a variação da 
concentração dos íons presentes neste experimento para o equilíbrio deslocado. 
 
Quadro 6. Variação de concentração no equilíbrio por adição KCl, Co(NO3)2 ou AgNO3. 
ÍON TUBO 1 + 
KCl 
TUBO 2 + 
Co(NO3)2 
TUBO 3 + 
AgNO3 
TUBO 4 
padrão 
[Co2+] Diminuiu Aumentou Aumentou - 
[Cl-] Aumentou Diminuiu Diminuiu - 
[CoCl42-] Aumentou Aumentou Diminuiu - 
 
Por fim, na etapa B3, após a adição de 7,5mL de H2O à solução 6 da etapa 
B1, foi observado a formação de duas fases, uma rosada e uma azul, que logo se 
uniram após leve agitação, causado esmaecimento da cor azul. Em soluções aquosas 
os íons Co2+ (avermelhados) estão coordenados na forma [Co(H2O)6]2+ causando a 
coloração rosada à solução. Assim, pela reação já citada anteriormente: 
[Co(H2O)6]2+ + 4 Cl- 2 CoCl42- + 6 H2O 
 (aq) (aq) (aq) (l) 
 
Observou-se que a adição de produto (H2O) deslocou o equilíbrio para a esquerda, 
favorecendo a formação do complexo de Cobalto hexahidratado. Portanto foi inferido 
que a concentração de [Co(H2O)6]2 aumentou e a de CoCl42- diminuiu. 
 
4. CONCLUSÃO 
Conclui-se que este tipo de experimento tem diversas utilidades em diferentes 
áreas da química, destacando-se na química qualitativa. Entender como uma solução 
se comporta na presença de outras substâncias, muitas vezes um indicador, acelera 
processos e descomplica etapas em rotinas laboratoriais de qualidade. Um exemplo 
é a análise qualitativa de qualidade do leite. Ao receber um leite de um produtor rural, 
o próprio transportador pode verificar a qualidade do leite, uma vez que a acidez é um 
parâmetro importante de qualidade do leite. Ao adicionar 5mL de solução de Alizarol 
72ºGL à 5mL de leite cru, sob leve agitação, rapidamente se obtém uma mudança no 
aspecto do leite. Se o leite estiver ácido, a amostra se torna amarela e coalhada, 
enquanto que se o leite estiver bom, a cor lilás se mostrará. Assim é possível 
rapidamente evitar transtornos com árduo e caro transporte de muitos litros de leite 
de má qualidade, senão estragado. 
Manipular o equilíbrio químico de modo a obter mais produtos ou reagentes é 
extremamente importante para o rendimento de qualquer processo, sobretudo 
industrial. Como a constante retirada de um produto de um sistema reacional a fim de 
permanecer o equilíbrio deslocado para a direita, aumentando a eficiência do 
processo e de toda cadeia produtiva. 
 
 
5. BIBLIOGRAFIA 
Embora não haja citações diretas ou indiretas, os livros abaixo foram 
consultados para a contextualização da conclusão e compreender os fenômenos 
físico-químicos observados. 
 
DALVA, Eliane. Análise Físico-Químicas e microbiológicas do Leite. 1ªEd. 2011 
VOGEL - Análise Química Quantitativa, 5ª Ed.,Editora Mestre Jou: São Paulo, 
1981. (páginas: 286; 393)

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