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REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIALPREVIDÊNCIA SOCIAL Professora Marina Vasques Duarte de Barros Falcão 1. Fundamentos do Regime Geral de Previdência Social 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1. Fundamentos do Regime Geral de Previdência Social 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 1.2. Relação jurídica de previdência 3 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 1.2. Relação jurídica de previdência Art. 201. A PREVIDÊNCIA SOCIAL será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. I – filiação obrigatória; Art. 201. A PREVIDÊNCIA SOCIAL será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (...) § 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. § 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo- lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo. 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo. § 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social. II – caráter contributivo; Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 § 8º, CF - O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. Art. 25, Lei 8212/91. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contribuição de que tratam os incisos I e II do art. 22, e a do segurado especial, referidos, respectivamente, na alínea a do inciso V e no inciso VII do art. 12 desta Lei, destinada à Seguridade Social, é de: I - 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção; 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 I - 2% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção; II - 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção para financiamento das prestações por acidente do trabalho. § 1º O segurado especial de que trata este artigo, além da contribuição obrigatória referida no caput, poderá contribuir, facultativamente, na forma do art. 21 desta Lei. Art. 39, Lei 8.213/91. Para os segurados especiais, referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, fica garantida a concessão: I - I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de auxílio- reclusão ou de pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, e de auxílio-acidente, conforme disposto no art. 86, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período, imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao número de meses correspondentes à carência do benefício requerido; ou ; II - dos benefícios especificados nesta Lei, observados os critérios e a forma deII - dos benefícios especificados nesta Lei, observados os critérios e a forma de cálculo estabelecidos, desde que contribuam facultativamente para a Previdência Social, na forma estipulada no Plano de Custeio da Seguridade Social. Parágrafo único. Para a segurada especial fica garantida a concessão do salário- maternidade no valor de 1 (um) salário mínimo, desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores ao do início do benefício. Súmula 272 do STJ: O trabalhador rural, na condição de segurado especial, sujeito à 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 O trabalhador rural, na condição de segurado especial, sujeito à contribuição obrigatória sobre a produção rural comercializada, somente faz jus à aposentadoria por tempo de serviço, se recolher contribuições facultativas. III – equilíbrio financeiro e atuarial; EC 20/98 – Lei 9.876/99: FATOR PREVIDENCIÁRIO -Idade segurado; -Exprectativa de sobrevida; -Tempo de contribuição 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 -Tempo de contribuição Obrigatório na aposentadoria por tempo de contribuição; Facultativo na aposentadoria por idade (art. 7º Lei 9.876/99) Lei 13.183/2015: instituiu o Fator 95/85 possibilitando a exclusão do FP na aposentadoria por tempo de contribuição para quem preenchesse tempo contribuição (mínimo 35/30) + idade (art. 29-C, Lei 8213/91) IV – correção monetária dos salários-de-contribuição; Art. 201, § 3º, CF - Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei. 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei. Art. 29-B, Lei 8.213/91. Os salários-de-contribuição considerados no cálculo do valor do benefício serão corrigidos mês a mês de acordo com a variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. V – preservação do poder aquisitivo do valordos benefícios; Art. 201, § 4º, CF - É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. Art. 41-A, Lei 8.213/91. O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salário mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. . VI – garantia do benefício mínimo; Art. 201, § 2º, CF - Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. Art. 41-A, § 6º, Lei 8.213/91. Para os benefícios que tenham sido majorados devido à elevação do salário mínimo, o referido aumento deverá ser compensado no momento da aplicação do disposto no caput deste artigo, de acordo com normas a serem baixadas pelo Ministério da Previdência Social. VII – previdência complementar facultativa; Art. 201, § 7º, CF – (REDAÇÃO ORIGINÁRIA) A previdência social manterá seguro coletivo, de caráter complementar e facultativo, custeado por contribuições adicionais. 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 caráter complementar e facultativo, custeado por contribuições adicionais. Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) VII – previdência complementar facultativa; Art. 202. (...) § 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. § 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 § 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. § 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. § 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada. § 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 § 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada. § 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste artigo estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação. VIII – comutatividade; Art. 201, § 9º, CF - Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. Art. 94, Lei 8.213/91. Para efeito dos benefícios previstos no Regime Geral de Previdência Social ou no serviço público é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na atividade privada, rural e urbana, e do tempo de contribuição ou de serviço na administração pública, hipótese em que os diferentes sistemas de 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 público é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na atividade privada, rural e urbana, e do tempo de contribuição ou de serviço na administração pública, hipótese em que os diferentes sistemas de previdência social se compensarão financeiramente. § 1o A compensação financeira será feita ao sistema a que o interessado estiver vinculado ao requerer o benefício pelos demais sistemas, em relação aos respectivos tempos de contribuição ou de serviço, conforme dispuser o Regulamento. § 2o Não será computado como tempo de contribuição, para efeito dos benefícios previstos em regimes próprios de previdência social, o período em que o segurado contribuinte individual ou facultativo tiver contribuído na forma do § 2o do art. 21 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, salvo se complementadas as contribuições na forma do § 3o do mesmo artigo. VIII – comutatividade; Art. 96, Lei 8.213/91. O tempo de contribuição ou de serviço de que trata esta Seção será contado de acordo com a legislação pertinente, observadas as normas seguintes: I - não será admitida a contagem em dobro ou em outras condições especiais; II - é vedada a contagem de tempo de serviço público com o de atividade privada, quando concomitantes; 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 II - é vedada a contagem de tempo de serviço público com o de atividade privada, quando concomitantes; III - não será contado por um sistema o tempo de serviço utilizado para concessão de aposentadoria pelo outro; IV - o tempo de serviço anterior ou posterior à obrigatoriedade de filiação à Previdência Social só será contado mediante indenização da contribuição correspondente ao período respectivo, com acréscimo de juros moratórios de zero vírgula cinco por cento ao mês, capitalizados anualmente, e multa de dez por cento. IX – indisponibilidade do direito dos beneficiários; Art. 114, Lei 8213/91. Salvo quanto a valor devido à Previdência Social e a desconto autorizado por esta Lei, ou derivado da obrigação de prestar alimentos reconhecida em sentença judicial, o benefício não pode ser 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 alimentos reconhecida em sentença judicial, o benefício não pode ser objeto de penhora, arresto ou seqüestro, sendo nula de pleno direito a sua venda ou cessão, ou a constituição de qualquer ônus sobre ele, bem como a outorga de poderes irrevogáveis ou em causa própria para o seu recebimento. IX – indisponibilidade do direito dos beneficiários; Art. 115. Podem ser descontados dos benefícios: I - contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social; 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 I - contribuições devidas pelo seguradoà Previdência Social; II - pagamento de benefício além do devido; III - Imposto de Renda retido na fonte; IV - pensão de alimentos decretada em sentença judicial; V - mensalidades de associações e demais entidades de aposentados legalmente reconhecidas, desde que autorizadas por seus filiados. VI - pagamento de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operações de arrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, ou por entidades fechadas ou abertas de previdência complementar, públicas e privadas, quando expressamente autorizado pelo beneficiário, até o limite de 35% (trinta e cinco por cento) do valor do benefício, sendo 5% (cinco por cento) destinados exclusivamente para: a) amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 a) amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou b) utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito. Parágrafo único. Na hipótese do inciso II, o desconto será feito em parcelas, conforme dispuser o regulamento, salvo má-fé. § 1o Na hipótese do inciso II, o desconto será feito em parcelas, conforme dispuser o regulamento, salvo má-fé. § 2o Na hipótese dos incisos II e VI, haverá prevalência do desconto do inciso II. X – tempus regit actum; Súmula 359 STF RESSALVADA A REVISÃO PREVISTA EM LEI, OS PROVENTOS DA INATIVIDADE REGULAM-SE PELA LEI VIGENTE AO TEMPO EM QUE O MILITAR, OU O SERVIDOR CIVIL, REUNIU OS REQUISITOS NECESSÁRIOS. Art. 102, Lei 8.213/91. A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 Art. 102, Lei 8.213/91. A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos inerentes a essa qualidade. § 1º A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a legislação em vigor à época em que estes requisitos foram atendidos. § 2º Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após a perda desta qualidade, nos termos do art. 15 desta Lei, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da aposentadoria na forma do parágrafo anterior. XI – direito adquirido ao melhor benefício; Art. 122, Lei 8.213/91. Se mais vantajoso, fica assegurado o direito à aposentadoria, nas condições legalmente previstas na data do cumprimento de todos os requisitos necessários à obtenção do benefício, ao segurado que, tendo completado 35 anos de serviço, se homem, ou trinta anos, se mulher, optou por permanecer em atividade. 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 APOSENTADORIA - PROVENTOS - CÁLCULO. Cumpre observar o quadro mais favorável ao beneficiário, pouco importando o decesso remuneratório ocorrido em data posterior ao implemento das condições legais. Considerações sobre o instituto do direito adquirido, na voz abalizada da relatora - ministra Ellen Gracie -, subscritas pela maioria.(RE 630501, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ Acórdão: Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 21/02/2013, DJe-166 DIVULG 23-08-2013 PUBLIC 26-08-2013 EMENT VOL-02700-01 PP-00057) XII – princípio do in dubio pro misero: hipossuficiência do segurado; Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social: I - aposentadoria e auxílio-doença; II - duas ou mais aposentadorias; II - mais de uma aposentadoria; III - aposentadoria e abono de permanência em serviço; 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 II - mais de uma aposentadoria; III - aposentadoria e abono de permanência em serviço; IV - salário-maternidade e auxílio-doença; V - mais de um auxílio-acidente; VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela mais vantajosa. Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio- acidente. XII – princípio do in dubio pro misero: hipossuficiência do segurado; 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 XII – princípio do in dubio pro misero: hipossuficiência do segurado; Art. 7º, Lei 9.876/99 - É garantido ao segurado com direito a aposentadoria por idade a opção pela não aplicação do fator previdenciário a que se refere o art. 29 da Lei 8.213/91, de 1991, com a redação dada por esta Lei. A fundamentalidade dos direitos sociais, impõe, dentre outras consequências, o dever de legislar, no sentido da obrigação de regulamentar os preceitos constitucionais carentes de intervenção legislativa. As normas constitucionais de direitos sociais não são “normas programáticas”, são normas que instituem 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 de direitos sociais não são “normas programáticas”, são normas que instituem deveres específicos de legislar e têm vocação principal para gerar direitos a prestações materiais, pois impõem ao legislador a disciplina dos meios de realização concreta de uma sociedade de bem-estar sob a forma de prestações materiais. Ao menos no que se refere à dimensão das prestações minimamente necessárias para uma existência digna – ou vital para alguns –, a doutrina de forma majoritária admite que a legitimidade democrática seja afastada, 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 forma majoritária admite que a legitimidade democrática seja afastada, impondo-se a intervenção do Poder Judiciário na determinação do direito garantidor desta condição. Princípio da universalidade da cobertura e do atendimento (art. 194, parágrafo único, inciso I, CF) não afasta de plano o Princípio da separação dos poderes e da reserva do possível, criando, por si só, direitos originários a prestações sociais relativas à previdência. 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 prestações sociais relativas à previdência. Apenas traz uma norma princípio a ser observada pelo legislador a fim de orientar a sua atuação, no sentido de, quando possível, abranger ao máximo os riscos sociais e proteger o maior número de pessoas, sempre expandindo o amparo estatal objetiva e subjetivamente. A “reserva do possível” aparece como limite à expansão do sistema, ainda mais se considerado que o artigo 195, § 5º, da Constituição Federal, 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 mais se considerado que o artigo 195, § 5º, da Constituição Federal, expressamente determina que nenhum benefício ou serviço da seguridade social – inclusive previdenciário – poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio. O inciso III daquele artigo 194, parágrafo único, da Constituição Federal, dispõe como objetivo da seguridade social a seletividade e a distributividade na prestação dos benefícios e serviços, o que quer dizer que, ab initio, será o Poder Legislativo, ou até mesmo o Poder Executivo, – pautados pelo senso de 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 Poder Legislativo, ou até mesmo o Poder Executivo, – pautados pelo senso de solidariedade social, de erradicação da pobreza e de promoção de bem- estar e justiça sociais – os responsáveis por selecionar os riscos mais urgentes a serem cobertos pelo Estado em dado momento histórico e cultural, considerando a reserva orçamentária que possui. Os indivíduos mais carentes e as situações de risco mais eminentes deverão 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988Os indivíduos mais carentes e as situações de risco mais eminentes deverão ser protegidos de modo especial em detrimento de outros, já que a Previdência Social é também responsável por promover a “justiça distributiva”. Na ponderação dos critérios de atendimento da necessidade a ser amparada, nenhum dos órgãos estatais pode-se furtar ao cumprimento dos valores hierarquicamente eleitos pelo constituinte, sendo certo que há uma obrigação de se implementar ao menos as políticas minimamente necessárias 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 obrigação de se implementar ao menos as políticas minimamente necessárias para a preservação da dignidade da pessoa humana, vinculados ao núcleo essencial do direito fundamental, para, a partir de então, expandir o amparo estatal até o limite das condições econômicas que o Estado permitir, sempre a partir da prestação mais indispensável à preservação da vida e da integridade física do segurado e de seus dependentes. Mesmo em relação às categorias de segurados e de dependentes a serem amparados é possível a eleição de prioridades e etapas a serem seguidas. O próprio sistema constitucional protege de modo especial os segurados empregados, rurais e urbanos, e trabalhadores avulsos (art. 7º e inciso XXXIV da CF), os trabalhadores rurais (art. 201, § 7º, inciso II, parte final, CF), os professores do ensino infantil, fundamental e médio (art. 201, § 8º, CF), os trabalhadores e pessoas 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 infantil, fundamental e médio (art. 201, § 8º, CF), os trabalhadores e pessoas integrantes de famílias de baixa renda (art. 201, § 12, CF), os portadores de deficiência e aqueles que exerçam atividade considerada nociva à saúde e à integridade física (art. 201, § 1º, CF). No que se refere aos dependentes, há uma proteção especial a ser seguida em relação às crianças, aos adolescentes e aos jovens (art. 227, CF), aos portadores de deficiência física, sensorial ou mental (art. 227, § 1º, II, CF), bem assim aos idosos (art. 230, CF). RE 211.319-1/RS - extensão do direito à pensão por morte de marido ou companheiro que não fosse inválido (jurisprudência alterada recentemente pelo STF - RE 415861 AgR (19/06/2012), RE 429273 AgR (17/05/2011), RE 585620 AgR (26/04/2011), RE 352744 AgR (01/03/2011) 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 585620 AgR (26/04/2011), RE 352744 AgR (01/03/2011) EDRE 163.332-2/RS - redução da idade mínima para aposentadoria por idade do trabalhador rural (de 65 anos para 60 anos, homem, e 55, mulher). Mais recentemente o STF reconheceu direito originário à prestação: Mandado de Injunção nº 721-7, Relator Ministro Marco Aurélio, julgado em 30/08/2007: STF decidiu, por unanimidade, reconhecer a omissão do legislador na implantação da aposentadoria especial do servidor público, prevista 1.1. Organização da Previdência Social na Constituição Federal de 1988 na implantação da aposentadoria especial do servidor público, prevista constitucionalmente no artigo 40, § 4º, da CF, adotando via pronunciamento judicial, a disciplina própria dos trabalhadores do Regime Geral da Previdência Social, prevista no artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/1991. Reiterado pela Corte Constitucional no julgamento de outros casos semelhantes, como os veiculados nos MIs nº 795 e 797. 1.2. Relação Jurídica de Previdência 1.2.1. Natureza Jurídica Fundamentos do RGPS 1.2.1. Natureza Jurídica 1.2.2. Validade da Relação Jurídica 1.2.3. Espécies de Relação Jurídica 1.2. Relação Jurídica de Previdência 1.2.1. Natureza Jurídica Contratual (direito privado) Fundamentos do RGPS (direito privado) X Legal (direito público) 1.2. Relação Jurídica de Previdência 1.2.2. Validade da Relação Jurídica � Concepção dualista e monista: autonomia entre a relação de emprego e a relação de previdência social; � Validade do contrato de emprego como condição para validade da relação de Fundamentos do RGPS � Validade do contrato de emprego como condição para validade da relação de previdência; - nulidade por defeitos de forma; - incapacidade do agente; - inidoneidade da prestação (ilicitude da prestação X ilicitude do objeto do contrato); 1.2.2. Validade da Relação Jurídica Agravo de instrumento. 2. Trabalhador rural ou rurícola menor de quatorze anos. Contagem de tempo de serviço. Art. 11, VII, da Lei nº. 8213. Possibilidade. Precedentes. 3. Alegação de violação aos arts. 5º, XXXVI; e 97, da CF/88. Improcedente. Impossibilidade de declaração de efeitos retroativos para o caso de declaração de nulidade de contratos trabalhistas. Tratamento similar na doutrina do direito comparado: México, Alemanha, França e Itália. Norma de garantia do trabalhador que não se interpreta em seu detrimento. Acórdão do STJ em conformidade com a Fundamentos do RGPS trabalhador que não se interpreta em seu detrimento. Acórdão do STJ em conformidade com a jurisprudência desta Corte. 4. Precedentes citados: AgRAI 105.794, 2ª T., Rel. Aldir Passarinho, DJ 02.04.86; e RE 104.654, 2ª T., Rel. Francisco Rezek, DJ 25.04.86 5. Agravo de instrumento a que se nega provimento. (AI 529694, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 15/02/2005, DJ 11-03- 2005 PP-00043 EMENT VOL-02183-09 PP-01827 RTJ VOL-00193-01 PP-00417 RDECTRAB v. 12, n. 129, 2005, p. 176-190) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. COMPROVAÇÃO DO DISSÍDIO. PROVA DE ATIVIDADE RURÍCOLA EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. MENOR DE 14 ANOS. CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO PARA FINS PREVIDENCIÁRIOS. POSSIBILIDADE. I - Em se tratando de matéria por demais conhecida da Egrégia Seção, dispensáveis se mostram Fundamentos do RGPSFundamentos do RGPS I - Em se tratando de matéria por demais conhecida da Egrégia Seção, dispensáveis se mostram maiores exigências formais na comprovação da divergência, bastando a transcrição de ementas. Precedente. II - In casu, ao tempo da prestação dos serviços - entre 17.08.68 e 31.12.69 - vigorava o art. 165, inciso X, da CF/67, repetido na E.C. nº 1/69, que admitia o trabalho do menor a partir dos 12 (doze) anos. III - Reconhecendo a Lei 8.213/91, art. 55, § 2º, o tempo de serviço rural pretérito, sem contribuição, para efeitos previdenciários - não para contagem recíproca - não podia limitar aos 14 (quatorze) anos, sem ofensa à Norma Maior. É que o tempo de serviço, para fins de aposentadoria, é disciplinado pela lei vigente à época em que efetivamente prestado, passando a integrar, como direito autônomo, o patrimônio jurídico do trabalhador. Fundamentos do RGPSFundamentos do RGPS direito autônomo, o patrimônio jurídico do trabalhador. IV - Comprovada a atividade rurícola de menor de 14 anos, antes da Lei 8.213/91, impõe-se seu cômputo para fins previdenciários. A proibição do trabalho aos menores de catorze anos foi estabelecida pela Constituição em benefício do menor e não em seu prejuízo. V - Embargos acolhidos. (EREsp 329.269/RS, Rel. Ministro GILSON DIPP, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 28/08/2002, DJ 23/09/2002, p. 221) PREVIDENCIÁRIO.APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. CERTIDÃO DO INCRA EM NOME DO PAI DO SEGURADO. ADMISSIBILIDADE. DESNECESSIDADE DE ABRANGER TODO O PERÍODO DE CARÊNCIA. POSSIBILIDADE DE CÔMPUTO DE TRABALHO EXERCIDO A PARTIR DOS 12 ANOS DE IDADE, ANTES DA PROMULGAÇÃO DA LEI N.º 8.213/91. JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA DESTA TNU. QUESTÃO DE ORDEM Nº 6/TNU. INCIDENTE PROVIDO. 1. Constitui entendimento dominante desta Turma Nacional que documentos comprobatórios da propriedade de imóvel rural por integrante do grupo familiar (como certidão de propriedade expedida pelo INCRA), servem de início de prova material do exercício de atividade rural em regime de economia familiar, independentemente da circunstânciade não abrangerem todo o período de carência, sendo que aosindependentemente da circunstância de não abrangerem todo o período de carência, sendo que aos filhos menores integrantes do grupo admite-se a contagem de tempo de serviço a partir dos 12 anos de idade. Inteligência das Súmulas 5, 6 e 14 desta Turma Nacional. 2. Incidente provido. Determinação, ainda, de devolução dos recursos com mesmo objeto às Turmas de origem, a fim de que, nos termos do art. 15, §§ 1º e 3º, do RI/TNU, mantenham ou promovam a adequação da decisão recorrida. (TNU, PEDILEF 200971950005091, Relatora Juíza Federal Simone Lemos Fernandes, julgado em 11/10/2011) Súmula 05 da TNU A prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até o Fundamentos do RGPS A prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até o advento da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, devidamente comprovada, pode ser reconhecida para fins previdenciários. EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. TRABALHADORA RURAL. MENOR DE 16 ANOS DE IDADE. CONCESSÃO DE SALÁRIO-MATERNIDADE. ART. 7º, XXXVIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NORMA PROTETIVA QUE NÃO PODE PRIVAR DIREITOS. PRECEDENTES. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o art. 7º, XXXIII, da Constituição “não pode ser interpretado em prejuízo da criança ou adolescente que exerce atividade laboral, haja vista que a regra constitucional foi criada para a proteção e defesa Fundamentos do RGPS exerce atividade laboral, haja vista que a regra constitucional foi criada para a proteção e defesa dos trabalhadores, não podendo ser utilizada para privá-los dos seus direitos” (RE 537.040, Rel. Min. Dias Toffoli). Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 600616 AgR, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 26/08/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-175 DIVULG 09-09-2014 PUBLIC 10-09-2014) PREVIDENCIÁRIO. SALÁRIO MATERNIDADE. SEGURADA MENOR DE 16 ANOS DURANTE O PERÍODO DE CARÊNCIA. PARTO JÁ COM 16 ANOS COMPLETOS. PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA PROTEÇÃO. UNIVERSALIDADE DA COBERTURA. PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DESPROVIDO. (...)A norma prevista na Lei 8.213/91 que estabelece idade mínima para o segurado especial há de ser interpretada de acordo com os princípios constitucionais. A jurisprudência tanto do Supremo Tribunal Federal (AI 529.694/RS, 2ª Turma, relator o Sr. Ministro Min. Gilmar Mendes) quanto do Fundamentos do RGPS Tribunal Federal (AI 529.694/RS, 2ª Turma, relator o Sr. Ministro Min. Gilmar Mendes) quanto do Superior Tribunal de Justiça (AR 3.629/ RS, 3ª Seção, relatora a Srª Ministra Maria Thereza de Assis Moura) são unânimes ao afirmar que a proibição de qualquer trabalho ao menor de quatorze anos após a promulgação da Constituição de 1988 e ao menor de dezesseis após a Emenda Constitucional 20 é norma de garantia do trabalhador, que não pode ser usada em seu desfavor. (...) (...) Ora, se a norma constitucional não pode prejudicar aquele que comprovadamente exerce atividade remunerada, embora não tenha a idade mínima para fazê-lo, com muito mais razão incorre a mesma proibição em relação à legislação infraconstitucional. Merece destaque o fato de a segurada ter completado 16 anos no período de carência, conforme ventilado pelos órgãos de origem. 5. Estando devidamente comprovado, o trabalho exercido pela menor de 16 anos em regime de economia familiar, durante o período de carência do salário-maternidade, deve ser Fundamentos do RGPS regime de economia familiar, durante o período de carência do salário-maternidade, deve ser reconhecido para fins previdenciários. Invoca-se como precedente da Turma Nacional de Uniformização o recente Pedilef n. 2008.71.54.003653-8, julgado em 11-9-2012. 6. Julgamento de acordo com o art. 46 da Lei 9.099/95 7. Pedido de uniformização desprovido. (TNU, PEDILEF 201071650008556, Relator Juiz Federal Gláucio Ferreira Maciel Gonçalves, julgado em 14/11/2012) 1.2. Relação Jurídica de Previdência 1.2.3. Espécies de Relação Jurídica 1.2.3.1. Classificação segundo sua estrutura: Teoria unitarista X Teoria Pluralista; Fundamentos do RGPS Teoria unitarista X Teoria Pluralista; 1.2.3.1. Teoria Pluralista (duas ou três relações jurídicas): � Relação Jurídica de Filiação; � Relação Jurídica de Custeio; � Relação Jurídica de Previdência. Teoria unitarista da relação jurídica: Giorgio Canella (Corso di diritto della previdenza sociale (p. 136 e seguintes): As duas relações fundamentais que têm por objeto, respectivamente, o recolhimento das contribuições e o percebimento das prestações, nascem de uma única fonte, sob Fundamentos do RGPS das contribuições e o percebimento das prestações, nascem de uma única fonte, sob uma base de identidade de pressupostos, e possuem relação de interdependência orgânica. Com base na lei, sob certos requisitos, estabelece-se a obrigação assecuratória, da qual nasce, de um lado, o dever de pagar as contribuições ao ente gestor, o qual, de outra parte, assume a obrigação de conceder o benefício uma vez preenchidos os pressupostos condicionantes. Teoria unitarista da relação jurídica: Orlando Gomes (Escritos menores, p. 236-237): A relação jurídica de previdência social possui “natureza publicística e estrutura Fundamentos do RGPSFundamentos do RGPS A relação jurídica de previdência social possui “natureza publicística e estrutura unitária”. A estrutura unitária é justificada “porque as duas relações básicas, que têm, respectivamente, como objeto o pagamento das contribuições e a percepção dos benefícios, nascem, como sintetiza Cannella, de uma única fonte, sobre a base de uma identidade de pressupostos que se acham em relação de interdependência orgânica”. Teoria pluralista da relação jurídica: Almansa Pastor (Derecho de la Seguridad Social, vol, I, p. 153-154) e Feijó Coimbra (Direito Previdenciário Brasileiro, p. 66): (...)das leis que, em nosso ordenamento jurídico, regulam a proteção social, resultam relações jurídicas de diversa forma e conteúdo, estabelecendo direitos e obrigações Fundamentos do RGPS relações jurídicas de diversa forma e conteúdo, estabelecendo direitos e obrigações entre vários tipos de sujeitos, consoante o objetivo do preceito hipotético de que se trata. � Relação de vinculação ou de filiação; � Relação de amparo ou de proteção; � Relação de custeio. � Relação Jurídica de Filiação (segurados e dependentes): Fundamentos do RGPS - Filiação obrigatória (depende da ocorrência de fato descrito em lei); - Filiação facultativa (depende da manifestação de vontade). � Relação Jurídica de Previdência (amparo ou proteção): Fundamentos do RGPS - Natureza de direito administrativo (ato administrativo vinculado à lei); - Direito subjetivo à prestação (direito fundamental) � Relação Jurídica de Custeio: - Natureza de direito tributário; Fundamentos do RGPS - Dever de contribuir (compulsoriedade da contribuição); - Funcionamento fiscal do regime: capitalização ou repartição Relação Jurídica de Custeio X Fundamentos do RGPS X Relação Jurídica de Previdência (sinalagma genético & sinalagma funcional)
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