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Autor: Horcades, Carlos M T!tulo: A evolucao da escrita : histori 111111111111111111111111111111111111111111 ~1111111111111111 60178 Ac.2018 • E~.5 SE>IAC-GO BIB A EVOLUÇÃO DA ESCRITA HISTÓRIA ILUSTRADA CARLOS M. HORCADES senac rio E D I T O R A "Cada vez que vejo um erro tipográfico, penso que algo novo foi inventado." Goethe ( 1739- 7832) DEDICO ESTE LIVRO A: PAI E MÃE (ouro de mina) NICHOLAS BIDDULPH (meu grande mestre) ED BENGUIAT (amigo e mestre) BRIAN YATES E FRED PACKER (mestres e amigos) ANTONIO HOUAISS (amigo e guru) SUMÁRIO AGRADECIMENTOS---------------- 8 APRESENTAÇÃO ---------------- 9 PREFÁCIO ------------------- 10 1.1NTRODUÇÃO 15 2. A INVENÇÃO DA ESCRITA 16 3. O ALFABETO LATINO 24 4. A IDADE MÉDIA 28 5. A RENASCENÇA 34 5.1 Quem eram os tipógrafos 56 5.2 A dominação francesa 62 5.3 Dürer e os módulos 67 5.4 A letra em chapa de cobre 70 5.5 A tipografia holandesa 71 5.6 A nova letra (preâmbulo) 74 5.7 A letra transicional 79 6. A NOVA LETRA (FINALMENTE)------------ 82 7. O SÉCULO XIX 88 7.1 A Kelmscott Press --------------- 92 8. ESTILOS TIPOGRÁFICOS E MESTRES DA TIPOGRAFIA 94 8.1 Art Nouveau ----------------- 94 8.2 O novo grafismo 96 8.3 Dadaísmo 98 8.4 Bauhaus 100 8.5 Art Déco 1 02 9. APÊNDICE 120 10.ÍNDICEDEFONTES 123 11. ÍNDICE ONOMÁSTICO 124 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 126 7 8 AGRADECIMENTOS Guilherme Szpigiel, Léo Visconti , Isabel Thees, Ricardo Leite, Aline Malheiro, Denis Policani, Aldemar d'Abreu Pereira, Ricardo Nauenberg, Pojucan, Fernanda Martins, José Mindlin, Rosane Fonseca, Fabio Darei, Eduardo Denne, Bruno Vianna, Karin Schneider, Natalia 'Leibovitch, Silmara Mansur, Marcos Pires de Campos, Ricardo Oliveira, Carlos Alberto Rabaça, Wlademir A. de Araujo, Luís Antonio Segadas, José Antonio Passos, Henrique Pires e Maria Helena H. Machado pela ajuda, incentivo e inspiração. .. APRESENTAÇÃO Em uma interessante viagem através do tempo, Carlos M. Horcades nos apresenta aos principais mestres da arte da escrita - tipógrafos, calíg rafos, grafistas e impressores- que, aliando a técnica à sensibi l idade estética, tornaram possível a evolução da mais importante forma de comunicação já criada pelo homem- a letra. Nada menos do que trezentas fotos e ilustrações enriquecem esta obra, cuja narrativa se estende da época do surgimento da escrita até os dias de hoje. Dos primeiros registras pictográficos, passando pe los alfabetos protocanaanita, grego arcaico, romano e latino, somos levados a conhecer mais profundamente o aperfeiçoamento dessa arte, especialmente na Europa. Nesse percurso, acompanhamos suas transformações e aprendemos como a evolução da letra sempre esteve assoc iada ao est i lo artístico de determinado momento histórico, entre os quais, o clássico, o gótico, o renascentista, o moderno e o construtivista. A ênfase dada pelo autor à vida dos grandes artistas desse ofício descortina sua fundamental importância na construção da cu l tura . Gutenberg, Jenson, Griffo, Vicentino, Garamond, Aldus, Grandjean, Caslon, Baskerville, Bodoni e Didot estão entre os brilhantes mestres do passado que ajudaram a tecer a história das letras e da impressão, graças a seu talento e conhecimento diversificado- muitos dominavam a mecân ica das prensas, a finalização de ligas, o processo de fabr icação de papel, a formulação de tintas, as técnicas de encadernação e diagramação, além de outros idiomas e escritas. É com orgulho, portanto, que o Senac Rio participa deste projeto. Temos a convicção de que se trata de um trabalho de grande utilidade e relevância para todos os interessados no assunto, uma vez que nosso país, como lembra o autor, não tem tradição nessa área. Por sua abordagem singular e objetiva, este l ivro constitui-se uma fonte de referência essencia l - sobretudo para as novas gerações de designers. Regina Cury Centro de Cultura e Comunicação do Senac Rio 9 10 PREFÁCIO Londres, 1975. Central School of Art and Design. De vez em quando eu passava em frente a uma sala de aula e, olhando pelo vidrinho da porta, via belas letras que eram projetadas em uma tela. Como aluno de mestrado, eu tinha dire ito de freqüentar quaisquer cursos da escola e, um dia, pedi licença e entrei. Era uma au la de Typography 1, e o professor se chamava Nicholas Biddu lph, um inglês culto e atencioso que se propôs a me ensinar tipografia, já que, apesar de formado na velha e boa Esdi (Escola Superior de Desenho Industrial) do Rio de Janeiro, essa matéria (tipologia) não era lecionada naquele tempo. De ignorante total passei a interessado fervoroso nas aulas do Nick, que foi o melhor professor de tipologia que conheci. O homem usava dois projetares de slides ao mesmo tempo e conseguia despertar nos alunos interesse e paixão pela tipografia. Meu mestrado passou a ser muito menos importante do que as aulas de tipografia do Nick. Quando apresentei minha tese e me vi livre daquela "pesada carga", passei mais alguns meses na louca Londres dos anos 1970 me especializando em tipologia, já com a assistência de Nicolete Gray, além de Nicholas Biddulph. Os bons mestres não só me passaram mais e mais conhecimentos de tipologia como também me cederam seu grande arquivo de imagens que até hoje me acompanha. Voltei para o Brasil em 1977 e, em 1978, já dava o primeiro curso na Coordenação Central de Extensão (CCE) da PUC Rio, Técnica e Estética da Palavra Escrita, que no fundo no fundo queria dizer: tipologia. Desde 1978, no século passado, até o ano de 2003, venho desenvolvendo a idéia deste livro. Onde aprendi tipologia? No Central School of Art and Design, de Londres; também no London College of Printing, conversando com Nicho las Biddulph, Nicolete Gray, Anthony Froshaus, Walter Tracy, Herbert Spencer, AI Hill, Fred Packer e o velho Brian Yates, que tantas tardes passou conosco os "Type Freaks", contando histórias dos velhos tipógrafos, causas efofocas dos grandes escribas, desmanchando livros antigos para estudar o papel, a encadernação, a capa, enfim, todos os elementos que compõem o universo da letra e, finalmente, conversando com o grande Ed Benguiat, este, amigo novo, que em pouco tempo me ensinou anos de tipografia. As histórias deste livro flutuam entre o real e o suposto, pois coisas que aconteceram há cem, mil ou cinco mil anos podem•ter mudado ou são contadas de várias maneiras diferentes. Eu estou contando só um pedacinho da história. Quanto mais livros eu leio, menos certeza tenho das coisas. Tantos são os fatos, os personagens, as causas, os efeitos. A cada segundo, em vários lugares do mundo, acontece algo relacionado à tipografia. Tem acontecido há milhares de anos. 1. INTRODUÇÃO Letras são como abelhas. Uma abelha sozinha é apenas um inseto irracional. Mas, se observarmos uma colméia com seu funcionamento extremamente complexo, com operárias, soldados, babás, faxineiras, zangões e rainha, veremos que esses insetos primitivos desempenham funções bem determinadas. A abelha não tem inteligência individual, mas a colméia possui inteligência coletiva. Isso acontece também com as letras. Uma letra sozinha não vale nada. Mas letras juntas formam palavras, e palavras são pensamento. Mas o que são letras? As letras devem ser diferentes entre si, pois se todas fossem "as" e "bês" não se conseguiria ler. Letras também devem ser parecidas; todas as letras de um alfabeto devem apresentar o mesmo estilo e grafismo. Por isso, chamamos alfabetos de famílias. Mas não nos esqueçamos da função primordial da letra : informar. Uma letra sem leiturabilidade ou legibilidade é como um borrão no papel; não significa nada. As letras juntas formamalfabetos e registram as idéias. Uma letra deve dar conforto ao leitor, ou seja, deve ser lida com facilidade e ao mesmo tempo precisa ter estética agradável. É o casamento da técnica com a estética celebrado pela inteligência humana. Os velhos artist as da letra eram possuidores dos dois talentos. Conhecimento técnico de processos gráficos, fabricação de papéis, tintas, ligas de metais, prensas, e conhecimento de arte, sensibilidade para formas, concordâncias, harmonia e equilíbrio. Eram pessoas muito especiais. E dessas pessoas especiais este livro vai falar. Ao mesmo tempo, ao estudarmos a letra, vamos ver que todos os estilos inventados pelo homem - classicismo, gótico, renascentismo, modernismo, construtivismo, etc.- trazem consigo letras que conservam as mesmas características culturais e esti lísticas dos estilos a que pertencem. Mas o que são letras em última instância? As letras são o cavalo que transporta a inteligência. As letras são a maior invenção do homem, o que o diferenciou definitivamente dos homens das cavernas. 16 Hieróglifos (original do autor). 2. A INVENÇÃO DA ESCRITA Uma das maiores realizações do homem na Terra é a invenção da escrita. Sabemos hoje que os primeiros hominídeos datam de aproximadamente cinco milhões de anos. Mas o homem permaneceu quase tão primitivo como na pré- história por praticamente esses mesmos cinco milhões de anos até pelo menos dez mil anos atrás. Naquela época, os agrupamentos humanos começaram a crescer mais e mais e, com tanta gente nas vilas, foi preciso organizar a sociedade. Só a palavra falada já não era suficiente. Então o homem inventou a escrita. A escrita possibilitou o acúmulo de conhecimento humano. Antes dela, tudo o que um homem aprendia durante sua vida morria com ele. Depois da invenção da escrita, o conhecimento passou a se acumular e a não se perder, assim, ao nascer, o homem tem a seu dispor toda a experiência e as descobertas de seus antecessores. Não vamos considerar escritas os desenhos rupestres das cavernas pré- históricas, que eram manifestações artísticas e mais emocionais do que o ato racional de criar sinais que representem idéias quando associados, gerando então os alfabetos. As plaquetas de barro do templo da cidade de Uruk, feitas aproximadamente seis mil anos atrás, com listas de cereais e cabeças de gado, são as formas de escrita mais antigas encontradas. Naquela época, existiam outras escritas simul taneamente, em geral pictográficas, com imagens f igurativas simbolizando palavras. Havia também uma escrita cuneiforme dos sumérios feita com cunhas de diferentes formas, que eram pressionadas sobre barro mole. Essa escrita, que, presume-se, foi uma evolução da pictográfica suméria, foi adotada posteriormente pelos babi lônios, assírios, elamitas Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Typewritten Text Benefíciosnullda escrita Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline 18 A Pedra de Roseta foi um marco na história do entendimento da escrita hieroglífica. Continha o mesmo texto em três escritas: hieroglífica, demótica {uma escrita mais rápida, também utilizada pelos egípcios) e grega. O pesquisador francês Champollion conseguiu decifrá-la comparando os três textos por analogia ao notar que os nomes dos nobres eram circundados por uma linha. e hititas. Os alfabetos cuneiformes tinham um grande número de sinais (aproximadamente 1.500) para representar sílabas e palavras, e algumas vezes misturavam também pictogramas. A escrita pictográfica uti liza pictogramas ou ilustrações. Ex: o desenho de um cavalo signif ica cavalo. Ex: ~=Cavalo A escrita fonética, a nossa escrita, utiliza símbolos que representam sons. Esses sons são analisados pela mente humana e seu significado é decodificado. Ex: O som da palavra cavalo significa o animal. Ex: . ~VAlO e A escrita ideográfica, usada pelos orientais, utiliza símbolos que representam idéias. A associação de duas idéias gera uma terceira e assim sucessivamente. Ex: Dia + agora hoje 8 Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Highlight Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Escrita pictográfica hitita. ~xtn m.~~v ~~ff~4rm 1q!>W>-~vr~IT~~ 1 ~t- ~ nrtr.t Abecedário aproximado. Disco de Phaistos [séc. XVII a.C.). ~ \1? I di>@ 2'f i,GZI(J>I §~6> l'ji lt!JllJ C~ 17 Y-?i zl (\ lf<;PJI\ Escritas pictográficas de Creta e Micenas. Escrita hieroglífica egípcia {origina l do autor). Os egípcios também desenvolveram sua escrita pictográfica, os hieróglifos, que era pintada em papiro ou gravada em relevo em materiais duros ou em barro mole; hieróglifo em grego significa gravar textos sagrados. Os pictogramas egípcios podiam representar sílabas, letras e até palavras. Os hititas na Anatólia também usavam alfabetos pictográficos ao mesmo tempo que utilizavam a escrita cuneiforme. Os alfabetos, nessa época, tinham um número imenso de caracteres, que geralmente eram difíceis de escrever, o que restringia a leitura e a escrita a um número muito pequeno de pessoas, geralmente nobres, sacerdotes ou escribas. Aos nobres e aos sacerdotes, a escrita era fundamental para manter seus nomes e doutrinas gravados; e aos escribas, pelo amor à profissão e porque afinal esse era o seu ofíc io. Em 2000 a.C. aproximadamente, havia quatro escritas mais importantes no Oriente Médio: a escrita pictográfica dos hititas, os hieróglifos, uma escrita de Micenas e a cuneiforme dos sumérios. 19 Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Typewritten Text Alfabetonullprotocanaanita Windows 7 Typewritten Text Características Windows 7 Typewritten Text 1. Razoavelmentenullsimples: 25-30nullcaracteres;null2. podia se escrevernullem todas as nulldireções;null3. combina elementosnulldas 4 escritasnullprincipais:nulla. cuneiforme sumérianullb. pictográfica hititanullc. escrita de Micenasnulld. hieróglifa egípcia. Windows 7 Typewritten Text Em 1000 a.C: sofre transformações e é reduzido para 22 caracteres, passandonulla se chamar Alfabeto Fenício. EXEMPLOS DO DESENVOLVIMENTO DE ALGUMAS LETRAS LATINAS: HEBREU ~ ÁRABE I GREGO A LATIM A A letra A desenvolveu-se de um ancestral comum, que apareceu em inscrições proto-sinaicas de mais ou menos 1500 a.C., desenhado como uma cabeça de boi, ( (j) cujo nome era provavelmente alp. A/pé uma palavra canaanita que corresponde ao hebreu aluf que quer dizer boi. A forma da letra mudou com o tempo. Nasegunda metade do segundo milênio a.C., podem-se observar as seguintes mudanças: tt Mais ou menos no ano 1000 a.C., a forma do fenicio clássico já tinha evoluído para ( Cf {j- v). Quando os gregos aprenderam o alfabeto protocanaanita, a posição do alef ainda não havia sido estabilizada. Nas inscrições arcaicas dos séculos XVI II e XVI I a.C. podem-se encontrar três rotações para alfa. Uma é se- melhante ao fenício a/ef, ( q=. V A ) e as outras estão em posições diferentes como-\,L ou ~. A última forma foi aceita por todos e copiada pelos romanos. HEBREU M ÁRABE c GREGO H LATIM H A letra H desenvolveu-se a partir do pictograma protocanaanita de uma cerca, feito em duas posições, (JI[ ~).Mais tarde, as inscrições protocanaanitas tinham o het com a forma de um retângulo seccionado ao meio. Essa forma se desenvolveu do grego arcaico para H sendo também adotada para o latim. Os usos das letras variam de acordo com a língua, mas aqui nós estamos acompanhando somente a evolução gráfica das letras e não a fonética. 21 Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline 22 HEBREU 'S1 ÁRABE ~ GREGO 0 LATIM o A letra O desenvolveu-se da representação pictográfica de um olho na escrita protocanaanita, ( 8 ). Em hebreu, a palavra para olho é a mesma para a letra O, ayin. A pupila do olho foi preservada em algumas inscrições protocanaanitas até o século XII a.C. Às vezes, no grego arcaico, omícron era usado com um ponto no meio. É difícil acreditar em outra corrente que afirma que esse ponto no centro era a marca feita pela ponta de um compasso. A letra U também foi introduzida para se diferenciar o V vogal do V consoante. A letra J foi introduzida na Idade Média para se diferenciar a letra I consoante da I vogal. A letra W foi introduzida no século XI em razão da necessidade de· registro sonoro das línguas germ~nicas. Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Capitalis Romana - Coluna Trajana. 24 3. O ALFABETO LATINO O alfabeto latino não usava todos os caracteres do arcaico grego porque não havia necessidade de todos eles. Nas mudanças de uma língua para out ra, às vezes inventam-se símbolos correspondentes a sons estranhos às líng uas de origem, ou eliminam-se caracteres desnecessários. O alfabeto grego arca ico tinha 27 let ras, usava 22 letras do original semítico e cinco letras acrescidas pelos gregos para satisfazer às suas necessidades. Em 700 a.C., o alfabeto latino aparece. Descendente direto do grego ar- caico, ainda era escrito da direita para a esquerda, da esquerda para a direita e em boustrofedon (ziguezague). Os romanos, no ano 100 d.C., tinham quatro escritas em uso. A primeira , Capitalis Romana ou Capitalis Monumentalis, era uma letra monumental. Bem espacejada, era uti lizada na arquitetura em fachadas, prédios e monumentos, combinando com os contornos arquitetônicos e com as formas quadrat izadas. O melhor exemplo da Capital is Romana é a letra da Coluna Trajana (1 14 d.C.) em Roma. Essa letra é considerada em todo o mundo o gabarito estético para as let ras romanas no que diz respeito a suas proporções altura/largura , curvas, serifas e espessuras. Quando se diz que uma letra tem proporções clássicas, significa que ela segue as relações da Capitalis Romana, que só existia em caixa-alta. As letras eram primeiramente pintadas na pedra com um pincel de ponta reta nas partes superiores e inferiores e depois entalhadas. Não havia espacejamento entre palavras e nem letras em caixa-baixa. Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Highlight Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline r~ . • • 1' 1 ...) • ., , . ..._í'rV, V .,...>.r:V.. · r:41ta9r ~'-t(.,rvY.} ~"" ' . I . L .~ ... • •t ~ 1/ • • "" ·lrJr~;it;;, JVarvl(~~ar Capitalis Monumentalis (acima) e Rústica Romana. Quadra ta (acima) e Cursiva Romana. A segunda letra utilizada pelos romanos, de desenho imponente, era usada para livros públicos, documentos importantes, em situações ma is formais e se chamava Ouadrata. Sua escrita era lenta e trabalhosa, não havia espacejamento entre palavras, e a barra transversa da letra A não existia ainda, assim como as letras em caixa-baixa. Todas as letras tinham a mesma altura. Ainda não havia elementos ascendentes e descendentes. Elementos ascendentes e descendentes são partes das letras que ultrapassam as linhas-limite das letras em ca ixa-baixa, como a parte superior do "d" ou a perna do "g". A terceira letra chamava-se Rústica Romana e era usada mais informalmente. Nota-se que também não havia espacejamento entre palavras, a barra transversa da letra A inexiste e aparecem os primeiros elementos ascendentes e descendentes, apesar de as letras em caixa-baixa ainda não existirem. Essa let ra era pintada com pincel, e suas serifas são grandes dando peso visual ao texto. A cidade de Pompéia nos apresenta numerosos exemplos de rústicas pintadas nas paredes e muros com avisos, sinalização e reclames, que foram preservadas pelas cinzas do Vesúvio. A quarta letra é a Cursiva Romana, usada cotidianamente e escrita com pena de ponta fina. Nessa letra há elementos ascendentes e descendentes em profusão. A Cursiva Romana, ao contrário das outras usadas em Roma, era predominantemente composta de letras minúsculas. Seu estilo também variava muito, pois sendo uma letra manuscrita, dependendo do calígrafo, ela era mais ou menos inclinada e suas ascendentes poderiam ser maiores ou menores. 25 Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Highlight Windows 7 Highlight Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Jor•de1r•~rec4:u~•r•J • m-ce-cunlher-etacelu~ •Ne-rnJNi'dreeNtar. hu rxfa~ ... rcf"· "~'." • t''\""'"'"''11"" "f"li-;-t,,_, ~)l:,.J" ,..,O ,..., I fo.i '(_~ur-c ·t~,·t,tv'- nu'\~l /• 1\..'::-'""-lL.,..J , ,.,v ""' ' ,,~~ / (A'-)l' J.[1 .... ,t'<l<••'\lf'),. , , . ' f" l h u<.., u.,.lr!..o(l ~ ''"" ' Á-\ t,, ;"+..1~ · }1 n /loi . ... (_V,,t .... .. " ..... 'A.'·'""f'''', ~...~~ hl" l/J ~U T J'-l""'N OP IJN ~( \.''1.{'-C. :f<-1 !'-{'-'( 4 P'O~ ~· o ::i i}'.H c· \ f Oft.ll1A t;t"N 4..~J<-1.S::X.:II 1 Cl "ll ''ll~ll !" '-J li ''-I\ l ljH..., .S fl l lll H / J7-.X~1:1 ~O I )..J 11-J • \.1 tl ",' c,,~ l~f.Jl ll nc:.y.l!>'! !'·.14..;·,.... O I'HI N ~"'IA' h1 ( ... Meia Uncia/ {St. Hil/ary de Trinity) ano 509 {acima) e Uncia/ (Homero Ambrosiano) ano 374. Um Quarto de Uncia / e Uncial {Probus Vet. Urbinatus) ano 7 754 (acima) e Uncia / (Livro de Kells). 26 A pa rti r de 500 d.C., começa a aparecer a letra Uncial ou Insular, que vem do Norte da Europa, Inglaterra e Irlanda. Sua forma é arredondada, com serifas bem desenhadas, e seu traçado é elegante e cheio de ritmo, unindo estética agradável e legibilidade. As unciais eram também mais rápidas para se escrever. O nome Uncial vem da Úncia, uma moeda romana de forma circular. Vêem-se ascendentes e descendentes em profusão e as minúsculas predominam. O livro de Kells, feito por monges na Irlanda, no século VIII, foi escrito em Uncial de raro e elegante desenho. As serifas t riangulares eram acrescentadas às letras depois de escri t as. Esse livro, que ainda existe no Museu de Trinity Col lege, em Dublin, é considerado o livro mais belo de sua época, não só por sua let ra, mas ta mbém por todo t ipo de let ras capitu lares, decorações e iluminuras. Iluminuras são as ilustrações dos livros da época, e capitulares são as grandes letras decoradas util izadas para abrir parágrafos ou capítulos. As letras usadas no texto têm extrema beleza e são originalmente alinhadas por cima e irregulares na sua base, ao contrário das demais. As serifas eram acres- centadas depois das letras prontas. Existe um fac-símile do livro de Kells impresso e vendido comercialmente para os estudiosos. As unciais são classif icadas em Meia Uncial, com ma is ascendentes e descendentes, Um Quarto de Uncial e Uncial, de acordo com o informal ismo que apresentam. Windows 7 Highlight Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Underline Windows 7 Highlight Windows 7 Highlight Windows 7 Underline m - ~· ~pnum · Ttmu1 ~-rum tf ue1- bu nl ~......,.~onetnbnc. rrau.~ As letras minúsculas finalmente aparecem no século VIII, quando Carlos Magno, cujo reinado cobria quase toda a Europa e partes da África, encomendou ao bispo de York, o anglo-saxão Alcuin, grande escriba, o desenho de uma letra que tivesse fluidez e legibilidade, além de uma estética agradável. Essa seria a letra oficial para todos os escritos do seu reinado. A fabricação de um livro era considerada a grande obra de um rei, já que a impressão ainda não tinha sido inventada e os livros eram peças únicas. Naquele tempo, a equipe de produção de um livro envolvia copistas, pesquisadores, tradutores, iluministas e, desde o papel , passando pela encadernação, tintas e ferramentas, tudo era fabricado nos ateliês dos escribas. Os caríssimos livros produzidos eram conquistas comparadas às cruzadas e outros feitos. O resu ltado foi a Minúscula Carolingia (Carolus Magnus), talvez o primeiro trabalho de iden- tidade visual encomendado na história das artes gráficas feito nos mesmos mol- des das identidades visuais de hoje - todo um sistema gráfico foi planejado, letra, mancha e um controle rigoroso no desenho da letra manuscrita. Esse sistema facilita a datação dos documentos da era de Carlos Magno nos nossos dias. A unificação das escritas no reino de Carlos Magno teve como obj~tivo uma interpretação uniforme da Bíblia, mas, na realidade, criou uma das mais belas letras escritas que o homem já viu. 27 28 4. A IDADE MÉDIA A procura por livros menores e portáteis fez com que a largura das letras diminuísse gradualmente. Acredita-se que a idéia de se produzirem livros menores em tamanho partiu da necessidade de a Igreja fazer bíblias portáteis para uma melhor difusão da doutrina católica. A letra gótica aparece, então, com seu desenho solene e severo, trazendo todo o formalismo da Idade Média. Nascida originalmente na França, a Gótica ou Letra Preta (black letten espalha-se pela Europa e em cada localidade ela assume características regionais. Assim, há diferenças básicas entre a Gótica francesa (Textura), a alemã (Fraktur) e as italianas e espanholas, latinamente arredondadas, também chamadas de Rotundas. Havia também a Gótica Bastarda, uma letra menos formal e mais cursiva. A arte mais importante da Idade Média foi a arquitetura gótica, que teve seu apogeu aproximadamente no ano 1200 d.C. A arquitetura gótica chamava a atenção pelo tamanho monumental de suas construções, geralmente catedrais imen- sas, que eram o centro do poder da época. As torres terminavam em agu lhas e as janelas eram estreitas, exatamente como as letras góticas, que terminavam também em pontas e têm seus buracos interiores estreitos. Havia também esculturas de pedra em profusão que combinavam com a arquitetura. Os vitrais davam o toque final nas construções e foram um dos pontos altos na arquitetura gótica. A posição do homem no mundo também era diferente. A vida do homem era mais importante após a morte do que durante a vida propriamente dita. Tudo isso se reflete na letra solene, escura e severa como a Inquisição católica. Catedral gótica. · f Utlllllt Blgnd•tmttDlllldOii Oi 1}!1 i nit.t m ídnútifdin nr Uf'lf..IQn'".~ ...... ~ Letra Gótica. rologue 8rct4 rati(9et4 matíte:e 9e ce p~(ent fiur:e._ appea'êft(autcõ~ ~our(aírtpaffertip6 au~(til grttm8&mte e(cuin:e et8amoÍ/ fttlee 4ioufttiere opent pat:f'n 8r~ l4ait 8e ~ile8oitreauf~(l 8amoure :Jqentcq:inemecm pate(aipffing aaepuíe m:tairJ tempe a8uenu e., (ra a&&u,r~~amom:eu,r. tteffl afcmoú.ilng~nrflegentíf~meet .htno6td~ JZtfque(~cõ6ieJJ ct'bt e51lpl)icâ f.ttlbuaftUaba bicofos a:~tmfiropl)o& conrlltsi cdtt& ptofpl)o netice et fmbulerice.21o fnt>enCP) ~ec cium inuiaifTlmum. pf)ebt ripl)eos abínn:e rnontctl :í!::t:phcans noacm b:euíoti& vmbtt .f..ent4 fub cdo tigít>is t:efo:ma$ <Dr!tmína campís ~aurus amoo ptopio: colur~ IIE>:ícut: recum t:efcrcns tepo:te <!:um vaga(; fentítpliabe& ®urf .t.nmine pl)cbi ~rppa~t vultu& t:ofco beco:e trlunbus:et plaufh:íi ftnuane \?ttÚqJ :ltnguis alg":em poftturus opcac: 6olcnouarí 2:erra p:ofufo mabíb\lll& 9umo:e p;u:ttu:ír !ecos mbicunba flow~ nauígam fh·llto rtlcgenbo merc~ ~quo:c naure non mín~~ \?arto bo:eaa egeo f!:>buíus féuít \?IOlenttt: au(tro 6"m~ luaanbo timíba mouentt• pzflí~ ponto 6tb per e,t:tremas agiratut'l o:a• Spít:ar in rcn:ís "%:fpl)irus tepentí 6ujli~atle flMu mcíti fcpulu; . S tmirta miH)i e-(ntiunt ,Set>u~ .e-u~ 1{1) ([-{) ~ tf () 1b 3' l m11~~1!\~t:\1~ abrqtblrht ~rffitftobt ti 1 m n o p q r m t n r a ll B t ~urd,lnuf)tigifier groffmecf)tiger .tllniggemblgfierl)trl13on wegrulltt ~~mnb tmnb guett{w ' (o mir llon illfifonb M11 nlfer burcf)lcucf}tigifim llnberol]mccf)tigrn.ta9(er )J?arimman ~ocf)hlblicf)er gc!ltcbtniff :Citltr mniqlnt ljtr!mllnbgrofjllater be(cl)e()(n i(i!er(rn icf) inicf) lltt (tllirun nitminlltt bnn gn11rltrr .tal)(crlicf>m SY?ni('jiatnad,meinnn grringm \lerunigm oubimm fÍi)Ulbig (cinfüinlleil ficf) nun Ôll brtgtlxuHf. IDt. cdícf) fiert llnnD fled'm ou bcfrtligm•l llmf)(Affi ~t1 bin id) \lmlrfad)t lUCÍilO! gmngm \ltrfinnbt~tl!Ú tlll oU30)\Jnl/ OÚ ~. )J?t. gtfcllig (till tooltl(tlllAtjbamujjnbaunnnmfOnnn icf) Dar filr ~alt 1ob mtin an, ~fl.)gOI nitanallm Oltfll angcnommmn fM"bil11Úg Mnnocf) oÜUI tti( 1\lasnu~ bnmusmt(ptingmtnit nlll"t)ll ~. )'Ht. (onlltr nud) anbmt ~úr(rm, 9rnn1 \lnnb fiettml bie fic!j germ llor gnoolt \lnb llnpilliger &r, btnngung fd)llfim illoltmipít llarautfgan~ tmterttniglicf). ~ )J?t. illÕllc bic trhel.)9ung bi(crmeincr bin(tparfl"t)t gmcbiglicf)llcn mir annnnmn tmnb meingmebigficr ~m (t911. ~ ~ . .r;: . )nt. tt labtleS botntfhtí btutt»tnt fpoltum. n ~ t bu t bft» tnttt fulígínt obbuttas olta• tatutftts, tt tã atri g, tarbo factt efhs:er&tts poit}Jactã tãbtbt, g, ale altcut~tOlúbe.ettãrt argentot~omntafuertt, tt penne tlttus tlt" ganuranmí~tum Oabeant aun pnuo~. +Q.uum bttlrtbuens o omnipottn.s pttba f{a• p~ouínttas, qut regant eam, tum mn.- bíbto~em rtbbtStntn ntuc,que bucufQJ btr fatcl tfi Ítl Obfcuro. 15m. on~ brt .monsl5aran, monsea tn ba .. GOTHIC TYPES ~~t farflr Solir. fut.ro • • Owrlcttc ve rctournc to tbc o:du of lern}'ng 11~ fo1 a gcn .. tyll man. wbcnn J am ot tbc opíníon of O.uint1lüm 1 rbat J -~- woldcbaucbym lcrnegrckc'l larutc!luto:6 botb !lt onctimc: ou lo tobc .. ro'" wttb grei; c 1 fo: aG mocbc !lG tbar lt LIJ bardcft to come by: by rcafon oftbc niucr .. fite of tongce!Wbicbc bc fyue in nóbu: and ell mutl be knownv o: cllc~vnctb any poct can be wctt vnd(rflande. :Und if a cbildc oo ~e'fr:ft befiVn tbmn at fcucn ycrco of a(ifl bc may ~,'.!~.'" continually lernc grcltc autours tb:c ycrcGt ~. ond m tbc mcanc tymc vfc ~bc latin tongc soa fam1líar lãgagc: wbícbc in a noblc mà .. llc6 fonnt may wdl come to paffc; b~tU)'nge nonc otbcrpcrfon6 to fcruc bím o: kepyn6 bym company 1 but fucbc ao can fpcakc la .. tine clcgantly. 2fnd wbat tloubt tG tbcrc! but fo mil}' bc a e fone fpeitkc l)OOd lllti!WB be mayc tlo purc frcncbc 1 wbicbc nowe i!J b:ougbtc in to a6 many rulciJ and figurcG.t end ao longe n grãmcr1 ao is latino: grckt. J wyllnar contende 1Wbo a monge rbcmt tb~t oo w:ite grammcro of grcke (wbícbe howc allmoft bc innumcrablc) &6 tbc bdle' but tbar J rcfnrc to tbc oifcrctíó of 11 w,f.:; lnllyftcr,·ZilwBy J woldeaduyfc byrn; nac t~OC• :flJ3CbE_fG bJJ~J_Ll)fi el)aRsc q\'WX)?3 abcoefgbijlnt nopqrstu~ Cracóvia • MAPA DA EVOLUÇÃO DAS ESCRITAS OCIDENTAIS • BiZ@1f)ti7Jfj) Gv!ÜU:.() (}reg() Hiemgllifos lli!Jlpdos hcmc~naavai.t<t.t sé~~ !I !5DlJ @1, C ~roleS S~7iia.s-. lf'Ltt~ P«:«>gr4fioo Kuim.. 34 Champ Fleury- Geoffroy Tory. 5. A RENASCENÇA O século XV traz a Renascença, talvez o momento mais fértil e criativo da existência humana. Com as descobertas de outras terras, expansões coloniais e conseqüente enriquecimento da sociedade, os ganhos das classes altas e da nobreza possibilitaram o aparecimento de uma nova classe média que as servia e vivia com os excedentes de riqueza ganhos. O homem reavaliou seu papel no mundo e abandonou a servidão da Idade Média, para se valorizar e repensar a sociedade com todos os outros valores, como mora l, estética, arte, filosofia e relig ião. Durante a Idade Média, a vida do homem era menos importante do que a sua morte. Na Renascença, o papel do homem no mundo recebeu maior destaque. A maior personalidade da Renascença foi, sem sombra de dúvida, Leonardo da Vinci (1452-1519). Conhecido como o melhor desenhista de toda a raça humana, Leonardo inventou toda sorte de equipamentos, muitos dos quais ainda não podiam ser fabricados por falta de tecnologia na época; veículos, armas de guerra, aquedutos, sistemas hidráulicos, pontes, foi chefe de cozinha, escritor, pensador e participava de praticamente todas as atividades criativas do mundo renascentista. Não podemos deixar de falar em Mona Lisa, o quadro mais con hecido dos mundos antigo e moderno. Há registras de outros empreend imentos de Leonardo, como um restaurante que abriu em sociedade com o pintor Sandra Botticelli, para o qual foi criado o primeiro menu esteticamente agradável, assim como pratos que não eram só saborosos, mas também bem apresentados. ~~~~~~~~----~~~--~~~--------------------------~ Leonardo da Vinci costumava escrever ao contrário: com as letras invertidas e da direita para a esquerda. Naquele tempo, suas invenções valiam muito e não podiam ser reveladas. Havia também o perigo de se escrever alguma coisa que fosse contra a doutrina católica, o medo do braço pesado da Santa Inquisição. Para se ler a escrita de Leonardo, utiliza-se um espelho. . 36 Luca PISCID!i: 1 5 0 9 Ftli~ Fdiciano: l.flo Na tipologia, os artistas da letra desenvolveram tipos mais arredondados, visualmente mais leves e mais legíveis, usou-se mais o espacejamento entre as palavras. Pela primeira vez fizeram-se alfabetos completos, com a caixa-alta combinando com a caixa-baixa, todas dentro do mesmo estilo. As maiúsculas foram resgatadas do século I em Roma (Capitalis Romana) e as minúsculas inspiradas na Minúscula Carolingia, erroneamente datada do século I e não de sua época real, a do reinado de Carlos Magno, no século VIII. As novas letras da Renascença coincidem também com a introdução da perspectiva nos desenhos, o descobrimento da luz e da sombra na pintura e a invenção do domo pelo arquiteto Filippo Bruneleschi, na igreja conhecida por 11 Duomo, em Florença, na Itália, que transformou a arquitetura fazendo os novos espaços mais claros e amplos, com vãos maiores, janelas mais largas e muita luz entrando e clareando os ambientes. Como conseqüência, a letra da Renascença era mais espaçosa e legivel, como os ambientes da nova arquitetura. A página dessa época difere muito da página gótica, escura e triste como a Inquisição, a miséria e a barbárie da Idade Média. 38 1/J~t<O'-fvl\ Árabe do Oriente. I(}'J'1J7<tJlo Árabe do Ocidente. ~.{~ ~ ~ f;~C~o Números Hindus. 1 z. 1 ~ a YY19 o Árabe Ocidental. Ghobar, Árabe Oriental. I~P~"t: r;Cjb~80 12 3 ~<róAS9 Europa - números mais recentes. 1234567890 Claude Garamond. Os primeiros números ou algarismos inventados pelos romanos eram de difícil manejo e utilização. Sabemos que os árabes sempre foram, entre outras coisas, bons matemáticos. A invasão dos mouros à Europa trouxe também a sua escrita. Com a volta dos árabes à África, alguns nichos de sua cultura ficaram na Europa. Os números trazidos pelos árabes, com o tempo, sofreram transformações e foi desses números transformados pelos árabes radicados na Europa que os nossos algarismos arábicos descenderam, a partir do século XI. t 1\~ptv1Tl) 11-~ 'V NH t ~ 111mfamaf mendacá· <t-q, uf· dadroo11ttr<fptaauf:]> • .; fcnpuont babw·td~umh ' c:ermrojmm. datnd fill1 tt 9 1pi1 afsspl>T<ro T.>®an" pf "'"1"'1'1""'•f.,(' ,f";,....,....__ .-a.. - - ·brmd ,rtofopht~ lffunt J[ <lb tca:Q' dcctÚ toncní f.!.thnm <1Í '!'" -íbwd~, ~ •pfllf . ftll~ 1-'llllt. -gt:J,.tjíc, uro.Q{l :ufoca pf•fmdr. J t((txro f!Ydlm l;f.múcs uutpé: ~(\' UC pan dr lll'ro ld -&: qi. :ro e r srnt 1 SdCf' :l:\ mt .c abro •. c.cdç ncd!nc a. cm dttm\( tnfic:fmmm qutdtr TQ.:·rufua}.dcmdod quoddb~-paaf."f mi"'M'!'" ~ .... ...._.. ,.. ... tlO. rl IUL q.>- l{itu ofttn nni 'UÍ "'tlt -~ 'ft/ .,~ ..... ,;i •• i~ """cfort.odmraa.( -a "i l'(t11\ fo<r ~lll'C"~tr" 'fnx:f.rs: ,. :c pt'1U.~1T' s<:.s H • SJ.pTv.a.G''f~tO'I<'- I t-tutn-r " ~~J\lõmo WIXlOO ps..)l.L<nt h Tí-r'"l"'S P"~ lj \' r- ~ , ...., 1\ · '$! mro dtcnmur- qu< i1 p offlnr 1lt ll'tn"' M1 rt'1J\1 r(rf ' 'fCtiTn <~trné'-• r.> quc•dt •Uo ~ <cnpmr.> fo.tt ' unnr( :·tt,;" .hstt'xp·,, .lpofftttlf p V•><k cmt!l":fN m-' tpftÍ u<><.>bt (.11"'ncmf..>b~=·ii~l11ic.m~ .><! l'tbm'i ' "" mro.rPf .lmp>df:~ 0 070 .. qutppt·'rt1tipmm1'p .u r'- Cllc uoc.Wultí dh nmff"· lnl; <'V<JfllC <~ · pqui' mr :rJ: C ~11tl11Uf .. lctcpta T"tmmffi('l"' <XC.Sta:!Ú n<Ollnh oltt>Ul'dro·6t- CÚ ttUTttta dfnrl"=-m onab,m fm r v morri· liiJ, n':l&m lf'1t & P"' qat f.m: \nT"''; un;;. <1· mm.iÍ p. m.>al'1tl""""'f mtm1(2(ld( mtMt tmr' m....cmam dttttu( cu.lctldr d&f a:>O>dcrro u lfc anú ttOUÚ I1P' · r r !)f~ ..... ::>'{· "-'. b .\!' !'t • l)p...,_<; 1:41..51 1'Fflf~ ~:!.' Clllt' t~l.oné ~ro:um .~Xdtc' c1} 1)nt.m m (J.UL\f-pcdcf; cmm t\.cxpaucfccrrr U1. f r , f ,{:.r ~ ...... •"'""' ~· '-'l)"H••\.u~ tt'ttbíamdoftn$linunrc- 01dtnan mdcbtfrdt'ch:l\r ~ú4-U \.Otàlt~futrr; J mrfcfmchd mn Cffilufbubttrc-·. mphc ' 'Cll~ll cth i {(){lll-ll1f: l '"' t u-t loqtH .At"<t ttn11.i ftf.-,- riCahii fcnfú. pmatll tntrlf<lW>!Ildl.;,. ijonnc famo. tuna dtfaturtufi .IB\·~(. , hUt',..''""~ t 1 l'orítfrnmontt'driíaítofurclícm dtá .w-on<f'ur ad~ípoplt ..,.~·rc. r tbnsífaan wbml , .,. •-ítu<\dalnat& !DIInafuo<4 clodl!ok_,.tt..aídóam= lf'rt'pnmw dtio offrrrr.<f"f.ll drÚ!f ltfl~~m~<UIIIIL c('chmtbm.vt~'lnlf .na·~ruí~lfdc chur ~GclnddAbn,tt. Ltcm••r J l('ttnan<\m.ow., fxpl!Otlfl \7- L.npn JqlOSITIÓ llf!iOW!I &r!t t'USIII!'U!.I ot U llfr-11. 04la.n qwsnl\S Ac qrsttr ......... ~~'? U UUOÚJO). ~ct-pn'ltau. t&Imq~. ~-~~ruvnJ. ~ ~cm, dr Cl Clbcnh\ tah.<l"II4ÍIIIil at1f wmtilnun ti }-{ãlacLc$1bmmftannor . . ' ) d(ÓGblllo~b. tttdt4ia,mao. t;%- tt vsal.o ~""r .... ~.r~--~r-·tn~l 411qu4nnrm l'"'h"' qmA pf•hnuf l>m. prol!P"""". vr.w,,. dAmuf-Qril mnol mmdl(!<iqurmut .t f.tpon> rfr.tnun 1 allatuf rft: i t qu~~~ dtl>mo tffi>S, (111 •. cü'1oamdtc.arr n tot tMfhf.nroobhmonr ltfttt:· o.ldan tp!d m • mutal nof pocm ,..-.v·~Dqu.unur adatodt.n noffcnounnt1f.Co rwc uor .utdltrr. ~d •· p(.U.nufmunnafuo :-q;, tamnm: 4UC c.tn J>O!UI cl'noffmnuf.)l. nmr~mur.fu pomtmut «canrorn. mtdan nofÚJ fmm liur:fcdiiUIIÍboanni f. sxxf'om 9<Jnulnf w n ~""1-'~UltnC • !i~ "t:"s. .;..ú.<t ff ~·~ ·n-sf!\l-1111~ 1~~.u~ú0ll.t·~; UL ~ d'rlcfll3iSivlh:· &<.c< .xlí( p.,tJit . ..:·m~.:ul dti.rcgrr untua-W'q· .tt!.tJu= tuhttf. tr n.:i · .kttnd( "fl J(, ltba: Úmmú' :5fUn.1: f í«=~ftbt -rt# 'i _,....; ..._,.,~ ,-;.:1 tf~1-.; t•• <ld ~doc:uw;quallv:r fi flm;~aptanti ~~"!'l.VO: \ ~f UI. íbpl~ tt'Cf tlOt' e. 1d qd'aw ~~nm-bd. U(.JfunQd n~ UI( qu.Íd«an&lst'f't- ' . 'ltet'nrT""~"~ do funm mqmu mhodurnÚ dtan dtfi nommo d:iÚ nof4dm umdlqm cf ,~frrnf~,. qut pu:c:tuUJIV.~S"""~ onm-v.,paoblr:" ~etlcrlt UDf.fi.u;. ~~~ lt.1ca .qu.t• hou~ú du)lv.1uu: erg ttflamn t1ftll1f : &'.,pph Oti'Úa qutppt tUA. tnf tlltf:'fl(.ll[; ~ a vt.f.SCI' ... - •4 ..... Página ao lado: Bíblia de 42 1inhas de Gutenberg. "'m;lro ~.i&-!p4Ut <Jl .. ~ . l . \o ot~ ~J9.tf4tW .. ~ T W'JÍimqJ.t in monU'J ÓC'Ut prdfTU .et ~Jftpk inNm m~o n.~.twr.tbtu.\1nb: n.úmw;ro ~o .r ~UAt.lim m Aliqutba!J cutfrijs ~. ~~·~ JOJU!\4C.Cf. Q'lilf.~ ~~po.tca.bo& qQIO .mp t.lat-q~ ~tulit. 1mlr m~ui.m ttdu .., .. ~ b.tbe P"""4m CODtm'lll M' UWt~ t"nfue~to tJe tiz B twtn.m~·e; Nàfttr tSMJh.\ t.lb..a.. U'bt ktet ,...._.. Íft a.~~tfaaafO.a.uut Ratt ,or-.~xx•if•f...C ·cu h&.\ f-.<THlftt flbi "-" mDtCD .bod r J taitAZJD.A fWtt tt-.- .W ~ tull/ ....... OAu.~tJM(r.woMa,,.aakw SYN'Ievt'rs(: &W.Ou .. .aw.ar n•f~ ~ .... u ff.. __..A mo,. cb· kS hAPQD tt • .-a aqc t~ . ... -.... oitwt~têii-· ........ -.. ;.,...,..w..,,r.,.. ..... .,...., •• (t c5t b ............. qa ........ ,. .. -.uar ..... a.....-.. ,......,.......,... ... ,.,, •••• toer. a.Aa ............. fllqp) Qlill(~ ....... fgpllf.m..c..n 'CIIII- ,.e:ft 1tt'.-1~ •ISit.l~eas ... .- I"' li2111 8 lldt U&JIIII ~ii ..bUiiM:W 11111eW1t O Catholicon, de Balbus, de 1460, livro impresso por Gutenberg j á se distanciando da Gótica e se aproximando dos tipos humanistas da Renascença. Possivelmente entalhado por Peter Schoeffer. A maior figura da Renascença, nas artes da letra, foi sem dúvida Johannes Gutenberg. Originalmente um ourives de alto nível, Gutenberg, ou Johann Gensfleisch zur Laden, chamado de Gutenberg por causa da casa em que a famíl ia morava, nasceu na Mogúncia (atual Mainz) provavelmente entre 1394 e 1399. Filho de Friele Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg, um associado do bispo na fundição da igreja, desde pequeno teve contato com os metais e seus segredos. Há menções de atividades relacionadas a experiências com os tipos móveis e com metais com promessas de sigilo e multas, caso essas experiências fossem reveladas a outros. Isso aconteceu em 1439, na cidade de Estrasburgo, França, onde Gutenberg residiu até voltar para a Mogúncia. Ali, em 1445, finalmente ele imprimiu a Bíblia de 42 linhas, provavelmente na gráfica que montou com os oitocentos ducados emprestados por Johann Fust e que se chamava Das Werk der Buchei (Fábrica de Tipos). Considerado o primeiro livro impresso no mundo, a Bíblia de Gutenberg é composta em Textura, uma Gótica muito em moda naquela época e que foi ainda usada na Alemanha por alguns séculos. Tem duas colunas de 421inhas. Provavelmente foram impressas 150 bíblias em papel e trinta em pergaminho durante três anos. A tinta gráfica era uma mistura de óleo de linhaça com negro de fumo. Alguns detalhes como ilustrações e capitulares eram acrescentados à mão após a impressão do texto. As ilustrações e cores, manufaturadas, valorizavam os livros e eram fe itas por mulheres e crianças, a mão-de-obra mais barata. Havia, por parte dos possuidores de livros, preconceito contra livros impressos em detrimento dos livros manuscritos. Em algumas cidades, os poderosos 49 Entalhe da punção. Fundição de tipos. Impressão. Encadernação. 50 escribas e calígrafos proibiam a entrada dos impressores, já que as cidades eram cercadas por muros e guardadas por portões. A gráfica de Gutenberg estava em franca produção, mas a genialidade que o iluminou com a invenção da imprensa não o dotou de habilidade para lidar com as finanças. Em 1455, Johann Fust o processou para cobrar-lhe o empréstimo que Gutenberg havia tomado para montar a gráfica e não pagara. A corte determinou que a gráfica passasse para as mãos de Fust, que, com a ajuda de Peter Schoeffer, que provavelmente entalhou os tipos inventados por Gutenberg, continuou produzindo. Em 1460, o livro Catholicon, de Balbus, foi impresso pela gráfica de Gutenberg já sendo usado um tipo mais arredondado e legível com melhor espacejamento e mais parecido com os livros modernos, distanciando-se do formalismo da Idade Média. Atribui -se a Gutenberg a criação dessa nova fonte e o entalhe, a seu sócio, Peter Schoeffer, morto em 1503. Gutenberg, pobre e desamparado, ainda conseguiu que um capitalista da época, Dr. Conrad Humery, financiasse uma nova gráfica e, em fevereiro de 1468, aos 70 anos, Gutenberg morreu relativamente pobre e esquecido. Os t ipógrafos, na realidade, começaram na Alemanha, onde havia muitos problemas de instabilidade no trabalho, como brigas, invasões e desordens, situações incompatíveis com a calma que um ateliê tipográfico deve ter. Aos poucos, os t i- pógrafos foram se mudando para a Itália, onde mais precisamente nos conventos encontravam paz e proteção indispensáveis e, em troca, editavam obras sacras fun- damentais para a divulgação da religião católica. A Igreja naquela época era mais poderosa do que os reis e, com os tipógrafos por perto, o controle sobre tudo o que era impresso podia ser ainda maior. ':4 morte visita uma oficina de tipografia"- representação artística do clima de instabilidade e desordem que predominava na Alemanha, nos primórdios da impressão, fazendo com que os impressores fugissem gradualmente para a Itália. As caveiras representam a morte. 51 52 ------------- - ------ Edat.tui ut opmor animam non etr t rotubíttm Juptrdl cít1rt c~llts quo;e aucoriatt argumit16rmmt NcqJ núcJ'pbttts in cdnmoim uocabo.quo;e rario u dtuínatio ín boc fo(o pofits db ur ad cu(cum dri er.ad imorcalítni ab to acdpítndá crtatí bomínt doetanr. fed eos pocíus ~bus íftos ~ní rt'fuúc unitui crtcltrt fie necdT t. Hernus na curam defrríbis uc doctruq;admodumtfl'uadtofaétushfcmculír. Ka.l a.v-ro t{ t.Ka.Tt..- pc..:>t.J .~VIS't.t..))J "'flt(S' Tf. a.9a.)Ja."T'Ot.J KC41 T~IS' 8~WT'Hcs' .)..tia.t.J t.TTO I t.l cpvd'i'}J a.t.J8ft..)'TTOVTOt.J a.V'T'Ot.J 'TTK }-tf.}J a.8a.~a.'T O~TTH })\E, 6t.JWT'O)J TTOI~CS"a.CS' Ka.l 'T'OVT'O)J cpt.pt..)}J t. tJ .)..tf..CS't..) 9t. la. IS' Ka.l cx.8a.t.Ja.'TO}J cf~IS'tt..)C$' Ka.Í 'T'~IS' 9}J~T~IS' KC41 f.V.)..tt.'Ta.P,~H'íOV iS\:vd't.t.J i}JCIC. Oft..)}J a.TTa.)JTa. a.TTa.t.J'ía.. Ka.J8CC.VJ..la.5"H. ]de!l'.Ec idem r" utrnqJ namra morcali u ímmorrali unam fadwar naruram bõís: rundem ín aliquo ~dtm imortal em m aliquo auri morra li f acicns: tt h une frrtns ín medio dtuÓlf u únmorcalís nacarf. tt morralís mutabílifq; con" fhruir.ur o moía nídmsomaía mírtt.Std bunc forraR' t aliqnís ín numero philofopho;e çompurec. ~ ms m de os rdams Mrrcuríí nomóu ab !gíprüs bonore~.ntc plus ri aurotíratís cribuac: ~ Placoní aur Píébgort. Maíus igiE reíHmonüí rt~ramus.Políus ~dam confulnír AppoUínem Míltlium : urrú nt maneac aníma po'} morrem an rtfoluat. Rt'fondít hís uerf&bus f'VX~ M.t }J M.t.Xfi IS' OV 8\t.cs'J..l O I IS' 'TTfOcs' C$' c..) }-ta, KfCC.'Tt.ITC:C.I cp , 6a.p-rc:c. t.JOOVcs'a. TTa.9~ 6t.JKTa.Jcs' a.J\ri})\ocs'it.J t.IKt.l ~piKa. ~a,, va.J\vcS'il-J F-ro-rt~JJ J..lf.Ta.d't..)).la. ).la..ra.peq.J t..)Kitr~., tvpK.- -ra.t td'a.J8tpa.TTa.<S"a.cpopt1Ta.l a.ltl-Jcc.r~fC'Ocs' OVd' J..lf.!Jf.l ~t.i. CS'TTa..J..l'TTa.lJa.THp~d' TTfc..YI"OrO }JOCS" ra.pTOV TO 8t.OV })\jt, 'T'a.( E. rrpoJ.Jota..ld ipaffiois fmciismortalibuscedít doloribus.Cú uao fo(u.- cótm búanãpo!l' corpu5 níutnítt:facilt abítns a cerra nú~ fenefcír.Aía ~di quo ad mnculís corpords ttnft çorrupribílts pam~s fenriis. morcalíbus udíc doloribus. C um uao bumanã (olutionmt uelociffimã poft corrupcú corpus fuumtrir: omms t ttrr.1 ftrt: nú~ fmefcens. e c mane c rít aanú ftnt PfM· Ptímogtníturmi hoc díufua di'fofufc pruditía. ~íd carmía fibí[ .. lma ~Nõnt íta té declarant :cú fort aliquãdo dtnúcianc :ur a deo dt níuis ac morcaís wdicd.~ quo;et)Ctmpla pon ínftremus.Falfa e!l' ígf Omtocríd te Epícuri fmtmúa ec dícearcbi dt anímí díffoludont.~,pfeéto nó auderic dt íttrícn aíarú mago alíquo prf{Cnct díffertre: ~ fcíru cerrís carmíníSfi's cítrt ab ínftrís anfma5: ~ adeffut prtbtrt fe bumanís oculís mdendas: te toqm "'lúmra pclictrt. Er (i audtrtnc: r e ipa tt documtntís pr~ftnábus Conrad Sweinheim e Arnold Pannartz. Página do livro Opera de Lucius Coelius Firmianus Lactantius, o primeiro impresso na Itália datado (1465). Sed plane (plelh remeanf pte utél:or olymp\. T artera preffa tacent.nec fua tura tenent. Inferuftnfdturabtltcer caua gurturd pádenf Q!..tt raperer femper=ftt tua preda deuf. Enptftnnumerú populú decarcere morttf. Et fequttur hber quo fuuf c:tuétor abtf. Euomtt abforptam paUtde fera belua plebê. Et de fc1uce lupt fubtrabtt agnuf ouef. Htnc tumulú reperéfpoft tclrtara carne refúpta. Belhger ad celof ampla tropbea referf . ~ofbabutt pena[e cbaof: 1am reddtdtt tfl:e: Et quof morfpereret:hofnoua utta cenet. R ex facer ecce cut radtat parf magna crophet: Um dos primeiros livros impressos na Itália por Conrad Sweinheim e Arnold Pannartz utilizando as letras romanas da Renascença. Os reis e a Igreja foram os grandes incentivadores da criação de livros, pois para os primeiros era importante ter seu nome regist rado e documentado para que seus descendentes continuassem no poder. À Igreja interessava também que suas doutrinas e fundamentos ficassem impressos e servissem como lastro para a prática religiosa. Presume-se que os gráficos Conrad Sweinheim e Arnold Pa nnartz foram os pri meiros alemães a abrir uma gráfica na Itá lia, no Convento de Subiaco, por volta de 1464. Seu primeiro livro foi impresso em Gót ica, muito usada na Alemanha, mas considerada fora de moda na Itália, berço das letras humanistas, e não foi bem recebido pelo público. A aprovação veio com o segundo livro impresso pela dupla, este em letra Romana. 53 CHAnRlADIS VITA. ,,..nru,.. .., A1HENIENSIS HIC quoq;infummishabttus é duobus: resq; multas memona dtgnas gdftr. Sed ex hlS eluc& maxune muentum aus i prcdio quodapud rhebas feor: ""-'-"'="-'-=-__..,..:.J rum boeriis fubfidio uentlf&.Nanq, in ea uid:oria fidentem fummum ducem Ageftlaum fuga ris iam ab e o cõdu&cús careruis reliq uã phalangé loco uecuir ced.:re:obmxoq; genu fcuro ,pied:aq; ha!la impetum exopere hoilium docutt .Id nouü Ageftlaus intuens progredi nó ell: aufus: fuosq; iam mcurrenres tuba reuocauit.Hoc ufq;oo grzciafamacelebratüé :ut illo ll:atu Chabrias ftbi ll:atuá fie ri uoluerir:quz publice ti ab atheniéfibus m foro cõll:itura ell:. Ex quo fattum éut pofi-eaArhleta: czurig; arnftces his !lanbus !laruis ponendis uterentur cü uiél:oná elfent adepti .Chabrias autem multa in europabellaadmmifi-rauit. Cum dux atheniéfiü elf& :in zgypto fua fpóregelftt.NãNepte- nabum adiutum profeél:us regnum ei conll:ttutt .Feor idé cypn : fed publice ab atheniéftbus Euagor.e a.diutor datus :neq~ prius inde difceíftr q toram inf ul.un pello deuinceret.~Ja ex re athenienfes magnam gloriá funt. adcpri.Interim-bellú mter zgyprios & perfas cóflatú é: Nicho/as Jenson. ' us:~Au foartã j_ Nicho/as Jenson/Eusebius ( 7470}. poribu t.Sed Nicho/as Jenson/Eusebius (7470}. Em 1460, o primeiro alfabeto romano completo foi desenhado por Nicho- las Jenson, um francês nascido em Sommevoire, Albe, e radicado em Veneza. Jenson era um excelente entalhador, gravador artistico e mestre da Casa da Moeda da cidade de Tours. O Rei da Fra~~· Cario~ VIl, ouviu fa lar do invento de Guten9e~'}a,endo da habilidãdelcfeJ~on ê'om as '\rt~s da fundição €'gravação, ra~amente o en.viou ~ Mogúncia para aprender os se'gredos da impre$go. Quando Jenson retornou à França três anos depois, Carlos VIl já tinha sido substituído por seu filho que não se mostrou interessado pelas artes da impressão e Jenson partiu para Veneza à procura de novas oportunidades. Tendo começado com uma pequena oficina de impressão, Jenson logo transformou-se em um homem rico e fez história. A família de tipos criada por Jenson é muito elegante. Pela primeira vez a caixa-baixa foi criada com as serifas combinando com ut ·tona ft ~ \ as se rifas de caixa-alta. Essas letras também são conhecidas como Venezianas. ~umabeo(od .c Seu desenho influenciou as criações de Griffo, Garamond e Aldus, cujas o uennt cedere:obr~ letras são também con hecidas como Garaldas e, mais tarde, em 1724, o famoso · Caslon Old Face, desenhado por William Caslon, na Inglaterra. O ponto mais fácil de reconhecimento da letra de Nicholas Jenson, que se intitulava Nicholas Jenson, o Francês, é a barra transversa da letra E (caixa-baixa), que é oblíqua e não horizontal. , Outro ponto importante são as serifas superiores da letra M (caixa-alta). que são viradas para dentro. O redesenho mais famoso da letra de Jenson chama-se Centaur, 54 Aldus Manutius, Veneza (1501). ASPAVEN'I pato Nemoreeu fomnochefe hat -v-r~~ fnfo reliéti,meril fito aiTai pi u eh e c: "' ti h o rridi,& crep finunofi iugi . Ma compofirame Aldus/Hypnerotomachia (1499]. le Aetna poitLtl lllO tlterq; 11oft LáCtimeífelntts Griffo/de Aetna (1495). mas há outras versões chamadas Jenson Old Style, de 1893; Mazarim, de 1895; Kelmscott, de 1897; Cloister Old Style, de Morris Fuller Benton, e muitas outras. ~ Algumas das versões modernas da letra de Jenson afastaram-se da família ~na I, e a sua versão para dísplaycombina com praticamente todos os alfabetos. Aldus Manutius (1449- 1515) foi o grande impressor dos intelectuais da Renascença. Extremamente rigoroso com seu trabalho, Aldus, que nasceu em Veneza, foi o primeiro dos grandes mestres e impressores da história da tipologia. Começando em 1495, sua maior ambição era editar os grandes autores clássicos. A primeira aparição de uma itálica dá-se nos livros de Aldus. Marca de Aldus ivlanutius. 55 {._~) (:.-~· ... 5~J :~~': .. ~ ::~; .~~ .:.1· J ~ 1 ~·i~ :· .. )~~J~": - ~~ f)L __ f:L.''··._ -~~"-'-~ ~ Marca de Geoffroy Tory,por Robert Estienne, Paris. 56 5. 1 Quem eram os tipógrafos A arte da impressão envolvia uma série de conhecimentos diferentes: mecânica para as prensas, fundição para as ligas, fabricação de papéis, formulação das tintas, técnicas de encadernação, conhecimentos de diagramação, arte, além de muita cultura, conhecimento de outras línguas e escritas. Por tudo isso, os impressores, calígrafos e escribas eram pessoas muito especiais e de grande importância na sociedade européia. Constituíam uma elite de intelectuais que trabalhavam com as tecnologias mais modernas da época e não paravam de inventar máquinas, materiais e processos de fabricação. Mas também eram mestres da estética, pois o desenho das letras exige vastos conhecimentos de arte, desenho, geometria e estética. Para finalizar, nossos heróis eram pessoas de grande cultura, pois falavam, escreviam e criavam letras em várias línguas e escritas, não raro idiomas extintos. Por tudo isso, muitas vezes até as leis eram "adulteradas" em benefício dos artistas da letra. A história de Francesco Griffo é um exemplo da importância dos tipógrafos na sociedade renascentista. Conta-se que Griffo desapareceu de circulação após ter matado seu genro em uma discussão familiar. Se a lei fosse apl icada, Griffo teria sido condenado à forca, por assassinato. Mas inexplicavelmente depois do sumiço de Griffo, muitas das fontes desenhadas por ele continuaram a aparecer no mercado. Uma das versões contadas é que, pela sua importância, Griffo não foi condenado à forca. Diz-se que seu nome foi mudado e ele continuou a viver na mesma casa, trabalhando em paz por muitos e muitos anos. Mas trabalhando SENAC-AR-GO Livro· N°.Jl O 4 5. 9 6 . --· cAaabbccdd eiffgghh iij llmmnn oop p qqrrJJJJftssft'V11vuuxxyyz.,zzjf:- eA AP, B [C'D D'EEP F~ G [!{ H I :r J.....LVM:. c/J1 M c?(; NO OCJ' P ~~7(__,R s s~ TT'VVX.{YYZZ &&> Letra del !Jrfo qm !fcreuia Tra~ Luas 'E_~ //ICadrid. ~izo 'De. c5lf. CD. LXXVII. A itálica de Griffo redesenhada por Francisco Lucas, com maiúsculas, minúsculas, letras dobradas e ligadas (Madri, 1577). em quê? Griffo, grifo, grifado. Pelo nome já deu para ver que a letra grifada ou itálica foi inventada por ele. Ou letra cursiva - cursiv, como chamam os alemães. Griffo não só inventou as primeiras letras itálicas como também entalhou os primeiros tipos itálicos desenhados por Aldus Manutius que, juntamente com Ludovico degli Arrighi da Vicenza (Vicentino), formavam o trio de mestres que lançaram as itálicas mais conhecidas. Aldus escreveu, no seu primeiro livro, utilizando a itálica: "ln grammatoglyptae /adem. Qui graiis dedit Aldus, en Jatinis Dat nunc grammata sculpta daedaleis Francisci manibus Bononiensis." "Em louvor ao entalhador de tipos. Aldus, que antes dera à língua grega, agora dá aos tipos latinos entalhados pelas mãos artistas de Francesco di Bologna." Geronimo Soncino, um conhecido impressor em hebreu, usou uma segunda itá lica entalhada por Griffo em Fano, em 1503. Uma terceira versão da itálica de Griffo foi utilizada em Bologna, em 1516. Dizem também que a letra itálica criada por Griffo foi copiada da letra manuscrita de Petrarca. 57 58 t V)( lI J V V lN A 1. t.S A ~ t NA :r IS S A T l ll A 1' A I MA· lMl'llt lCO AVOITOII. ernMn?llllll~ll~l/llllYtpo~~«m J V tltiiiJtS t<ttcs T"IICI tbtjiJt CodrH I ~~tpUIIltrl' l'lll~inc:••crit 1Ur "'t'ttJI H Ú" tltgtsl1mp1111lthms mtfom r/tritiffrs :r rlrrhllsi,llt {NmlrH plnu , __ '&''" lil>ri S mp,..s,ttmJt'fgtmcJ~~mfillillls,On~st N ••-wsru;l/tio-srf1(.",1-""hilMe~~s M nt!S ,tt .toliisiÜciiii<IIU'Wfib»OIIITlfm V Nlt.lli. ~ld•tmtiUfttl,'{*-1rltT1•r•t-"'~ Â tiiiMS,MMtllitiiSfortl~~.tJcNtl,..tlllfrlfm P rlliCNI.c, 1lllfflllls ••Cidr,.,. wonychNsO'I'fllt, 'S riJI!fiiÍs pW.IH, cv11111dfoq; _,_, c!.m.rrtt S flfll'fl',tt •IJitlllorNpt.C l.t&ncol-m.c • 1 xptflrtrunuficrw~. mllli~podl· 1 ,,., "'gD ,..,.,.p»l.e foJ.Jumws,ttfSis c ~Pii-JrJimllsr,ll.c,ptU..IItsllt •Úiolll D ormlrtt·f1IIÚ. rf1clmtn~rtii,Cltlfl ft>t "'i~wr V •rtl>•s omm'•r ,pmtlrr.c p~~r=tcl..irt.c • C 1rr ,.lfiClt hoc llbt•t pottws de"'""'' til"' /'O, I' tr ~»mm ""'f'"'S l1IIOI A NnHSr.C flcxlt 111NifiiiMI, S i !III<WI,tt p!AciJi Y"l:tolllffl4ilmltntts., rJ•"'· C Nmlrlll'r!IXWmtJttattfP.do,MttÜ4tbU{Clt• J ii:" •pr~Htt,cttflfJII~D"tNhl.t ,.,m,., ~ lltrilies olfllfll •tibus Qlrtt l"411ottt Nlllls, A itálica de Aldus Manutius. I RITRATTI DI.M .GIOVA.N CIWRGIO TRISSINO. ITROVANDOSI M1Jtr Luio Portpt(,o 111 Fcrr-ra, 11 111 caja tL MaiuMI M•~~~rtla CIUlldm&I(('f/rt' D~~tf1.J. á Sura,ne' fa 1"'& v 'tra una 'r~ ata di va[OTif(' lunnt', 1 á. 4uojlu• m~t1Jimt GICVII/IÍ, IA ft rcilltrtdl tutti ;orflrcl/o, con' a y~rfart 1nCom1ncr~ . $(' io hu '!nt la 1n/tn • /fOlie' v ".fira intcjó Gratioj1Jim4,!/ 1 ffujlre- Ma• /.um~. 1 yarimcntt' yf[a /,Mia jucjla no&(1Jrm• cortp-gota,votvofrtr, cbcrmc v•J• namno J"'[~ r~•ot~~~mrn[l, chcforono Ira M1Jcr Puro fiCinbo, ' M1Jtr Vwn/to M«rroj•lt• 1n Mtfano ; 1~ 1 jUII(I COn(I.J Jra Ct.Jta Cb~ VOin'h.U.afc' Urkfo TOj'O• nar~ /, C~l n1 nom1 ,111 [uujh', n! /1my• vt}'lyc' ord.IUilamtn/~ lfi••:Jucr(' , burf la m(', com<" J, ycrjona, cbt' yrr}nte' vijur,J"ff7oprt•famcn/e' ~ nctrcalc; 1/ 10 foJ~r~ y1u chl vofrllltcrt ; !"".; cf,(', &avusM, .rtrt' V! .. &e- r~lt//1, !" mt 1Ja• C(l)e' A itálica de Vicentino. Uma vez criada a letra itálica, mais estreita e ocupando menos espaço na linha de texto, sua utilização foi maior na composição das primeiras bíblias de bolso. Sempre interessou à Igreja a difusão de suas idéias, e as pequenas bíblias nesse formato eram mais um difusor da doutrina católica pelo mundo. Os impressores rivais, da cidade de Lyon, Balthasar da Gabiano e Barthélemy Trot, não demoraram a copiar os tipos itálicos criados por Griffo, Aldus e Vicentino. Aldus chegou até a revisar e corrigir algumas das edições de Lyon. Em 1503, ele fez críticas a essas edições dizendo que "eram impressas em papel inferior, muito texturizado", e que "as consoantes não combinavam bem com as vogais". Outros desenhistas de tipos e impressores que se destacaram na época foram Luca Pacioli, Sigismondo Fanti, Francesco Tornielo e Giovani Baptista Verini. Antes do fim da metade do século XVI, todos os impressores já utilizavam itálicas, sendo o desenho de Aldus o mais difundido. Três livros muito famosos na época foram impressos na Itália e marcaram o panorama da impressão: a edição de 1516 do Decameron, impressa por Fillipo Giunta em Florença; as primeiras edições dos trabalhos de Maquiavel impressas em Roma por Antonio Blado em 1531 e 1532; e o livro A divina comédia, de Dante, impresso por Marcolini em 1544. A versão original de Aldus tinha muitas maiúsculas com ligaduras. assim como a primeira versão desenhada por Griffo, mas essas ligaduras e letras dobradas não eram util izadas com freqüência. O ângulo de inclinação dessas letras variava muito conforme o desenho, assim como a largura e as proporções. Não havia também uma grande AENE· p abulapáruale~ns,nidisq; loqllácibus e{ats, E tnunc porticibus uctcuis,nanc humidct circum s ftl[llâ fonat,fimilis medios Iuturna per hofles F erturequis,rapidotp uoláns obit omniacurru. r am(p hic ~rmanam,iam'q; hic ojkndit ouantem N ec conftrre t~Utnam patitur,uolat duia lonf]!· Itálicas éntalhadas por Griffo, com desenho de Aldus Manutius. variedade de tamanhos (corpos] de letras. Um impressor dispunha de dois ou três tamanhos de uma mesma letra no máximo. É importante ressaltar que nas letras itálicas a inclinação é menos importante do que o informalismo da letra e que a combinação desses dois elementos é que vai resultar em um desenho de sucesso. A letra desenhada por Vicentino diferia das letras de Griffo e de Aldus em vários aspectos. Vicentino tinhauma pequena gráfica e estava interessado em publicar poucos e bons livros. Sua letra era espaçosa e farta em ascendentes e descendentes e raramente era usado corpo inferior a 16. É também interessante ressaltar que várias itálicas, incluindo a de Vicentino, t inham as letras em ca ixa- alta normais, fica ndo as inclinadas somente para a caixa-baixa. A história de Vicentino interrompe-se no dia 6 de maio de 1527 com a invasão de mercenários de Carlos V a Roma, que matou tantos outros cidadã os, e provavelmente Vicentino também. Seu legado não foram só os seus tipos que exerceram forte influência por muitos anos, mas seu estilo l impo na diagramação de livros. Vicentino evitava todo tipo de ornamentação, muito em voga naquela época. Deixava, no máximo, espaços brancos para qu e i l ustrações fossem acrescenta das depois, manualmente. Em 1522, criou os caracteres denominados Chancelerescos, imitando as letras manuscritas com muitas ascendentes e descendentes. Griffo, Aldus e Vicentino exerceram papéis diferentes no século XVI. Griffo inventou a itálica. Aldus desenhou uma letra itálica clara, funcional e econômica, 59 :)( 1ent.:a Jca~it primNs f'Í n.:a1c profon&m, i Et r~li6HS remis Jo«icitAHit "iH.:as: Q!i áu6ijs aufus committm Jfatthus affiHtn: Q!!.4S na~r11 n~.:at,pr.rG!Iit me "'li4s. T ra~ilfis primHm tnpidlu Jc cret!idit vnlis: Littora Jccnro tramite jHmtn4 frgens. .M ox Congos tentare Jimu,& Cin'l"erc terr4S, Et lmi caepit p.:andere vc(.:a noto. A ft v6i pm.riltim praeps 4HÓ4cia cre~it: Coráá1J fallJKcntem lcdidicere metum: I am "114JlU irr~pit pcfaao:c.efú'"iJ ftQiflls, e.g.tas ~emu lonjJÍiftiJ dom4t. A itálica de Colines. 10 L I B E R C11i [ictt acadat Vírttló ,tdlntn ufqui pri!'rts F crt F atum paruú in re quacunqut gcrcnàa. R""""'"'""' lm- Fato Romaní pojl tot àifcrimilla, po!l tot f""""' "1'""'1 • 'Pr.:elia, dtbcllatum Orbtm rcxerc monarcbtr: F..oma caput~ foit Munài,prüls txtguru grtx ~m paflorum babítabat, o trrans exul ab aruú . . F initímú ( ut aJYlum) pojl Jcclu~ omnt colcbat • Vt dmu coiTI<U• J.l[ox Fato inclinantt, Juis fpolíat4 triumpbis Corruit, o patrío ( infandum) iugulata tyranno ]'Jil, niji nomw, babct Romtt, dtfcrtap jõrdct . cr~oru.,.pottn• Fato uiam Gra-ci nil non potucrc ucl armú, ti<. J/ c/ jludiú:tcrra omni pojlbabita, auxit ._Atlunas A itálica de Basle. ~J[i(cvDtc'JJrg!{!J+CJJ~ ~1!}L~Oo1>~~_s1J7}?v:VV~ J~ZZ:Sfé<&~TJ Itálicas floreadas, de Johannes Baptistus Palatinus (Palatino). Marca do impressor Michel Fezandat. 60 muito usada e copiada na primeira metade do século XVI. Vicentino criou uma letra mais luxuosa e espaçosa que foi, então, absorvida e copiada na segunda metade do século, assim como seu grafismo refinado. Outro fato digno de nota foram os livros de Gian Giorgio Trissino, autor da tragédia Sofonisba e do poema épico /ta/ia Liberata dai Gothi. Trissino introduziu em seus livros algumas letras gregas e, pela primeira vez, fez-se uma distinção entre as letras V vogal e V consoante, aparecendo então a letra U. Além dos impressores de Lyon, havia em Paris Simon de Colines, um grande tipógrafo que, em seu primeiro tipo itálico, copiou características das letras de Aldus e Vicentino. Não se sabe se o próprio Colines entalhou os tipos ou se ele empregou Claude Garamond para realizar esse trabalho. Quando Colines morreu, em 1546, os desenhistas f ranceses já haviam incorporado características próprias ao desenho das itálicas. Os primeiros alemães a usarem a itálica estavam estabelecidos em Viena; eram Hieronymus Vietor e Johann Singrenius. Há referências à itálica de Basle, de desenho sofisticado e elaborado muito admirado na época e que, por sua aceitação, foi usado intensamente por no mínimo vinte anos, inclusive em Lyon. As letras em caixa-alta fogem dos padrões de comportamento da época, ressaltando as letras M, N, R e V. A letra O não é inclinada e o P e o A são floreadas. A St. Augustine de Granjon Cicero, Paris (1547}. EX PHILOSTRATI I'Jvl d G I 'N /11 f/ S F d - BYLAE· F .HYL4E ftdAtfop•m,(tumt~~mbm ... ún- ri•riifmmr,, .. tl{lll•g.:foi:f•~uú.q•ippt&ll• =• & Htjiodo, mt non & Ar<bil•rhl '" LJ<un~m t•,.fllir.fid•õ M/ip•h•m.,..,•mni• d{dtihl re- úl14font ,fmnotu Íf'Mtil nt:1f Umtú ;mptrri:o. fflfnl & apitúr~~t~tn immiluUr,& LJ,,Jintm U.[tfl.-ritr,& fi•udtm. Atqut btcti /to iJMi{ptiiJIJ 11gir, & ulptr 1 & prr lo um tqMtu, ntt ttftlltU lttJitll,tX qJUbUI purid;~ flUM,qru. in •it.tgtuntflr. H11.bit~ igltllT 111 prtÚI Jt~ ~uú,.ptr At{opumAuttlwrr ~f.tpitntüiAJtiU"'Pittll tum dtJUnéluu,ctronA.Jroluginll""~"""•rL bu, w p11tt,f11buúm AlíquDN ruir. ri/111 tnim f.Wd,& orw- /imttrrDH lrfix•itl p,.fi frrunr.piltmm,f•~•t.. rum Cllr.U rmujitrt <111im1 mdigtrt,Ho• L:tuit.Pbit..- fophlllur llllttm piéhtrt~ & {ttbld.u-Mn: torpwA. BrutA. mim tltm lnmini6111 &on[ITtnt ~ ccetMm âmt Arjôpum j/llluit,tx iUi.,fttn.confiél•m. Cboriduxvulptr d<- piil•tr1. vtitNTmim,. At/ip•M lllinijir.u&•- mtntrr1U1'1 pltniltm,aN Duo ç,.,,dú, AESOPI A itálica de Granjon, Cicero. L I B E R I V DI T lntcrpGr::rc. J OT..1U A. Bíblia poliglota, de Christophe Plantin. As itálicas mais celebradas da França são as desenhadas por Robert Granjon, filho de um impressor parisiense, Jean Granjon. Sua atividade começou em 1545 em uma pequena loja. Em 1549, Granjon associou-se a Michel Fezandat. Os livros produzidos pelos dois utilizaram uma itálica de fino desenho com as maiúsculas inclinadas harmonizando com o resto das minúsculas. Granjon produziu 18 desenhos de itálicas e ainda há originais de 15 delas em Antuérpia. A famosa Bíblia poliglota, de Christophe Plantin, impressa em caldeu, grego, siríaco, hebreu e latim, foi composta com tipos itálicos desenhados por Granjon, que também criou caracteres e imprimiu livros em árabe. O final do século XVI já se aproximava com as letras itálicas espalhando-se pelo mundo. Hoje, todo alfabeto que se preza vem não com uma, mas com várias versões grifadas, com inclinações, larguras, espessuras e acabamentos diferenciados. Em 1500, a impressão já estava bem difundida na Europa, o período co- nhecido como lncunabu/a, entre 1440 e 1500, corresponde à infância da arte renas- centista. Os impressores já eram mil na Europa e mais de 35.000 títulos haviam sido editados, compreendendo o impressionante total de 12 milhões de livros impressos. Marca do impressor Christophe Plantin. 61 ,, lo I' 62 Ateliê de impressão: original e cópia. 5.2 A dominação francesa Com a chegada do século XVI, os franceses começaram a se impor nas artes das letras. O estilo francês não possui a impetuosidade do estilo italiano, mas acrescentou delicadeza e refinamento ao desenho tipográfico. Um dos mais importantes desenhistas de letras dessa época foi Claude Garamond, que desenhou a família Garamond, obra-prima da tipografia do século XVI e um clássico entre os clássicos. Garamond não era só desenhista, mas um excelente entalhador ou cortador de matrizes dos tipos. Muitos dos tipos criados por contemporâneos franceses foram cortados por Garamond, que se especializou em gravação e fundição de tipos como serviço a outros impressores. Sua letra mais famosa e que leva o seu nome é a letra mais legíve l do mundo para textos, segundo pesquisas. Nascido em Paris em 1490, fo i aluno do impressor Antoine Augereau e, em 1510, começou seu aprendizado. Garamond fez grandes progressos e em dez anos de trabalho já era conhecido em todo o meio das artes de impressão na França, assim como seu discípulo Jacques Sabon, que com ele trabalhava. Sua primeira fonte conhecida foi usada em 1530 para a edição de Paraphasis in elegantiarum libras Laurentii Val/ae Erasmus. Seu desenho era inspirado na letra de Nicholas Jenson e na Romana de Griffo utilizada na edição Vertere MccClllas, vlmifquc adiungcrc vires Cõueni:u:quzcura boum,quis cultus habedo Sit pccori:atq;apibusquâcaexperiêtia pareis: Hinc.cancre incipiã. Vos ô clariffima 1nundi lumina, labcntem czlo quz ducitis annum: Lib~r,& alma Ceres,vefiro fi munerc cellus Chaoniam pingui glandcm mutauit arifta: Poculáquc inuentu Acheloia mifcuit vuis: Garamond. LHOMME L ETRE do Alphabetum Graecum, publ icada por Estienne. Os t rês jogos orig inais das punções desse tipo ainda encontram-se na lmprimerie Nationale de Paris, a gráfica do Rei. Em 1545, Garamond fundou sua própria editora, que utilizava os tipos no livro De Aetna de Pietro Bembo, publicado por Aldus Manutius. O Rei Francisco I '~lJt~ encomendou- lhe a criação de uma família de tipos gregos que seria conhecida por Grecs du Roi, baseada em desenhos de Angelos Verget ios. Essa fonte foi utilizada para a primeira edição feita por ele, além de uma nova letra cursiva. Os trabalhos de Aldus Manutius são forte referência em seu estilo, com margens generosas, impressão esmerada e magnífica encadernação. As referências tipográficas de Garamond incluem trabalhos de Conrad Sweinheim, Arnold Pannartz, NicholasJenson, Aldus Manutius, Francesco Griffo, Henri, Desenho de Robert e Charles Estienne, Ludovico Arrighi, Tagliente e Palatino. Geoffroy Tory. A letra de Garamond foi redescoberta no século XX. Várias reproduções foram recriadas. Uma das melhores redesenhadas é a Garamond Stempel de 1924. Garamond morreu em 1561 e seus bens foram comprados por Christophe Plantin. Em 1592, o tipógrafo Conrad Berner publicou um catálogo com as fontes de Garamond que até hoje serve de referência para os estudos sobre esse grande tipógrafo. 63 Versões variadas da Garamond. 64 ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyza:<rfffiflffifH &1ECE;{I23456789o.,;:-! ?"() ABCDEFGHI JKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyzaaffjiftjijl & IECE;{I234J6J890.,/:-!?u() Monotype 156 ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdef ghi jklmnopqrstu vwxyzfiffflffiffiétSt &$1234567890.,-:;!?" ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyzftffftjfijft{fft &$1234567890.,-:;!?(J ATF ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghi jklmnopqrstuvwxyza:cxfffiflffiffi &.!ECEfl234567890.,:;-!?"() ABCDEFGHI]KLMNOPQRSTUVWXYZ abcdejghqklmnopqrstuvwxyzcecelfftjlfftffl f5 JE(E[J234567890)";·-!7~ Ludlow ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ a bcdefghij klmnopqrstuvwxyzcea:Hfiffffiffi &JECIEI23456789o.,;:-!?"O ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abc defghij k_lmnopqr stuvwxyzacefl fiffffijjl & .IE(]EI234JÓ78yo.n·:-.'?"0 Oeberny Et Peignot ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyzéecefffiflffiffl &lECEf1234567890.,;:-!?() ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuv1JJxyzcecefffiflffiffl & .IECEE1234567 890. ,;:-/?() Nebiolo tC]6ere lrgptnteti.J tt, lnoh of d,i Cúbtpi ·btCtlupea anil § ables o E êfo~ \lll)tct, \\lEre tmnClattll out cf .:ftttdii, ín ro ~nglplll;e bp \\lPUtam 6:arron st \llrítmPnftte :Jn t~ pttt of oure lollle.qy. ~ .. 6:~~~-l~J:~iij • )EI.~tf'í &~~nntti} tiJc r~f of e(óp tbilf; atfq ~iG f\'l~tun~ lptb & ~a6 f~6tplfJlVl?f~/aitõ L\):nq h) 6tt(i/ttot ft"t ft'O ~~~ tfj~ grauttt ma ~olbu" namq~ '!.monto f tb~id~ lbae a nongq o~ õpffOlrtt"~ M~ m!?!l'~ fflct~t}/ ~a: I;~~ " gwtt tt~ I C a r~ ~~f~ /C:Ottg" ~ olb"e/fflatp ~~/a (lj01t nccfte J ro:wlhdh~fgu-tt &iCp f gtttt Ctgg"eJan~ ~argr fM( lt.nr.>z ~ t{Jctt lb~i~ lbae; lb"tf9 ~ lbae t~om&j cm~ cou.a: tlot fl;~!l" /6ut not lVi<fj(tonõ ~ng aC t()ie 6l f;:\b-a_ ~tt tbpf~ (! ~elo ~tt!tCp ~ngenEouejfÚ6~it n) au~p~acione J14it~ ~o~ tvil·1-.. -•, ~o;\'IZ.:s Uma página do livro The subtyl hystories and fables of Ezope, traduzido e impresso por Caxton, em Westminster, em 7484. Wi lliam Caxton (1421- 1491), nasceu em Kent, Inglaterra. Depois de viver quase t rinta anos pela Europa, Caxton, o precursor dos impressores ingleses, imprimiu o primeiro livro na língua inglesa, no ano de 1476, Sayings ofthe philosophers. 65 66 ~o6~rt 6ranlo!J, t'~!l -~íf . 5.Dc-. ~s;,, {4,J ~» ê' &- fA.I ~o.t -- ~ai(t-w---r JnnoCC:""-- .!J i'~t} ~i{ . 5.Dc-. ~Si &f~~»--- C1..__, & f~ ~ ra-- ~aift""C Jnnoce:~ tifEom~ ~oufongnoiGL-. ():' m~ fra~ui-1 I .!!J cf' rancoJ;ál Jê!ja') ~ouuêau.. &êcteu.c....... ~ <2-!)a(flifot) .'\--r ÇP ombeál-- Civilité - Robert Granjon. Paralelamente ao desenvolvimento da letra Romana, houve uma tentativa de se unir o esti lo gótico a uma escrita mais informal. O resul tado foi a letra chamada Civilité que em pouco tempo caiu em desuso. O entalhador de tipos Robert Granjon foi um dos expoentes no desen ho da Civilité. ~IBfãi~l abcDtftrb ~~~Jrrr~ tklmnop [fh~9~' qrtfsruu i~~~J~~ tUIUilt - Manuscrita de Dürer. 5.3 Dürer e os módulos No começo do século XVI, Albrecht Dürer, que era também matemático, ensaísta, pintor, gravador, inventor - uma versão germânica de Leonardo da Vinci - publicou o livro Of the just shaping of Jetters, mo~rando pela primeira vez na História a construção sistematizada de um alfabeto desenhado por ele com base em princípios geométricos. Há um fac-símile desse livro impresso pela editora norte-ame rica na Do ver em 1965, cujo número de série é 0-486-21306-4. No livro, Dürer mostra, sempre a partir de um quadrado ou retângulo, como se constroem todas as letras do alfabeto. Quem tentar redesenhar as letras seguindo as instruções de Dürer, traduzidas para o inglês arcaico na edição da Dover, vai descobrir que a geometria daquela época era inexata e, muitas vezes, os desenhos desenvolvidos não "fecham". Mas foi a primeira tentativa de se sistematizar a constru ção de letras partindo-se de instruções literais. Albrecht Oürer, Of the just shaping of letters. j\. "t. 8 Daniel. 70 John Ayres. 5.4 A letra em chapa de cobre No século XVI I, uma nova técnica foi muito usada pelos ingleses: impres- são por chapa de cobre. Nessa técnica, sulcos são feitos à mão na chapa entintada, que é impressa manualmente em uma prensa. A técnica facilitou o uso de curvas e criou uma série de novos alfabetos, todos baseados na utilização abundante das curvas, desenhadas manualmente com a ajuda de um buril. Para se confeccionar a matriz, segura-se um buril com a mão direita que permanece fixa. Depois, a chapa, que fica pousada sobre uma almofada de couro redonda, é girada seg uindo-se um curso aberto para que as curvas sejam cortadas com suavidade e precisão. Essa técnica exige muitos anos de treinamento. Richard Gething e John Ayres foram seus maiores expoentes. A impressão em chapa de cobre apresenta um inconveniente: a chapa não pode ser reaproveitada como os tipos móveis. SERENISSIM.tE VENETORUM REIPUBLIC.IE CLAUDIUS SALMASIUS S. ,~~~~Um in eo eífem Sapientif]imi e§ lliu.ftrif}imi Pro- iii: cem, ut poft abfolutum Exercitationum Plinia- narum opus , delegendis) ut fit , patronis , & parandis ei defenforibus ex illufl:ri aliquo loco cogitare deberem , non di'u mihi dubitandum fuit , an veftrum nomen clariffimum fronti earum infcriberem , qui multo ante, ab eo nempe rem- pore , quo prima operis fundamenta ponere crepi, id rotum vobis dicandurn ddbnarim. Qgod non folum quam libenrer , fed etiam quam meriro fecerim ~'x veteri vororum ac de- dicatjo~m fot mula , mea refcn: plurimum à me ipfo pra:dicari , ne qui fim fciliccr quibus mirum videri poffit, arque criam reprehenfio- nc -dignum, me foris & apud exteros quxfiviJfe quod in patria ac do- mi poífem hab<;rc, quod. utique hãbcrem. Profeéto tamedi hujus mci f,lél:i nulbm f<ltionem mihi rcddcre libcret, non tamen ullam a me exigi magis par cffer quam ab illis folct, qui vulgo ali quem íibi privara religionc colendum fumunt ex aJfcripticiorum crelitumor- Holandesa (Sa/masius}, ano de 1689. 5.5
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