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7 - Recuperação judicial de 
empresas – Disposições gerais
1. Objetivos
2. Possibilidade jurídica
3. Requisitos
4. Legitimidade jurídica
5. Interesse processual
1. Objetivos – artigo 47
• Função social da empresa (artigos, 5o, XXII e XXIII c/c 170, III da CF/88;
artigo 421, CC; artigo 116, p.único, LSA – Lei 6.404/76)
• Poder-dever de exercer a propriedade vinculada a uma
finalidade
• Reorganização saudável da empresa
• Participação ativa/dinâmica dos envolvidos
• Preservação da empresa (artigos 3o, III, 23, X, 170, VII e VIII; 174, caput e
§1º e 192 da CF/88)
• Manutenção da fonte produtora
• Continuidade dos empregos
• Proteção aos interesses dos credores
• Estímulo à atividade econômica (artigo 3º, II e III, CF/88)
Observe a prevalência
da manutenção da
atividade produtora
sobre os demais
interesses, inclusive
de trabalhadores em
suas execuções
trabalhistas.
Elementos essenciais:
• Série de atos
• Consentimento dos credores
• Concessão judicial
• Superação da crise
• Manutenção das empresas viáveis
Tomazette, Marlon. Curso de Direito Empresarial – Falências e Recuperação Judicial, v. 3, 5ª. Ed., ver. e atual. – São Paulo: Atlas, 2017, p. 44
2. Possibilidade jurídica – artigo 48
A Recuperação Judicial pode ser requerida:
– por empresário ou sociedades empresárias
– Exercício regular da atividade econômica há mais de
2 anos (artigo 48, caput) x regularmente inscrito no
Registro do Comércio
O pedido de RJ será analisado em dois momentos
(responsabilidade multilateral pelo sucesso do Plano de Recuperação)
– Pelo juiz para o processamento da RJ (artigos 52)
– Pelos credores, quanto à viabilidade do Plano (artigo 53,
p. único)
3. Requisitos
Condições da ação/elementos de possibilidade jurídica do pedido
A recuperação judicial depende da vontade do 
empresário em crise.
3.1. Artigo 48, caput
Exercício regular da atividade há mais de 2 anos
– Comprovação: Certidão da Junta Comercial
– Exercício da atividade
– regularidade do exercício: cumprimento das
obrigações decorrentes do regime jurídico
empresarial
– Permanência da atividade: aferição da seriedade e
relevância empresarial
3.2. Artigo 48, I
• “Não ser falido” (artigo 102)
– Empresário ou a sociedade empresária (artigo 1º)
– No prazo da contestação (na falência) o empresário
poderá requerer a RJ (artigo 95)
• “Declaradas extintas as responsabilidades da
falência” – artigo 158
– Dificuldade: provar a quitação dos tributos para a
extinção da responsabilidade falimentar (artigo 191-A, CTN)
3.3. Artigo 48, II
• Não ter obtido, há menos de 5 anos, a concessão
de recuperação judicial
• O prazo conta-se da decisão concessiva da RJ (artigo
58), e não do:
– do aforamento do pedido de RJ (artigo 51)
– do deferimento do processamento da RJ (artigo 52)
– da sentença que decreta o encerramento da RJ (artigo
63)
3.4. Artigo 48, III
• Plano Especial das ME e EPP (artigo 70 a 72)
– não exige assembleia de credores
– Plano elaborado unilateralmente pelo devedor
• Prazo de 5 anos – Lei Complementar 147/2014
3.5. Artigo 48, IV
• Veda a recuperação às empresas administradas ou
controladas por pessoas condenadas por crime
falimentar (artigos 168 a 178) -> indicativo de potencial uso
indevido da RJ
• Críticas ao dispositivo:
– Sócio x sociedade
– Afastamento do sócio condenado por crime falimentar
– Efeitos da condenação (incisos do artigo 181 c/c seu§1º ou a Reabilitação
penal – artigos 93 a 95, CP)
– A sociedade pode ser viável econômica e financeiramente – Princípio da
Preservação da Empresa
– Pessoa condenada por crime falimentar não pode ser administradora (sócia
ou não) de sociedades empresárias (artigo 1.011, §1º, CC e artigo 147,
§1º, LSA – Lei 6.404/76)
O Prazo do 
artigo 48, II (5 
anos), será 
contado da 
concessão
Provido o agravo, 
indeferimento da 
RJ e decretação da 
falência
Desprovido o 
agravo, a RJ não é 
prejudicada
O prazo do artigo 
61 (2 anos) será 
contado da 
concessão
4 – Legitimidade jurídica
• Empresário individual: simples decisão da pessoa física
• Sociedade Empresária: pedido formulado pelo administrador
da Sociedade empresária, em conformidade à decisão colegiada (artigos 1071,
VIII, 1076, II do CC e artigo 122, IX, Lei 6474/76)
• Em casos de urgência:
– Representante com poderes especiais (artigos 1.172 e 116,
CC)
– Administrador, sem poderes, com a aprovação
dos quotistas, em caso de excepcional urgência
(artigo 1071 c/c 1072,§4º, CC)
4.1. Artigo 48, §1º 
Legitimidade ativa extraordinária 
Morte do sócio majoritário
•Cônjuge sobrevivente
•Herdeiros
•Inventariante
•Sócio remanescente (casos de unipessoalidade temporária na
sociedade)
4.2 Artigo 48, §2º 
Exercício de atividade rural por pessoa jurídica
Comprovação do prazo de 2 anos 
Declaração de Informações Econômicos-fiscais
da Pessoa Jurídica.
Legitimidade passiva???
Não há réu na Recuperação 
Judicial
A RJ é pedida em favor da empresa,no entanto a
universalidade de credores se sujeitam ao pedido,
sendo atraída para o processo e alcançada por seus
efeitos. (artigo 49, exceto os créditos tributários: artigo 187, CTN)
5 – Interesse processual
Interesse de agir
Relação processual pressupõe:
•Pedido possível
•Partes legítimas
•Interesse de agir (artigo 47)
crise econômico-financeira que efetivamente 
possa conduzir à insolvência empresária
8 – Pedido de Recuperação 
Judicial de empresas
1. Fase Postulatória
2. Fase de Processamento
Caracterização do concurso de 
credores
Meios tradicionais
Insolvência
Impontualidade
Inadimplemento
Concepção privatística
Meios modernos
Crise econômico-
financeira
Função social da empresa
1 – Fase Postulatória
• Início: artigo 51 -> pedido do devedor
• Término: artigo 52 -> decisão que manda 
processar a recuperação judicial
1.1 - Elementos da petição inicial
• Ação constitutiva positiva: ajustar a situação
jurídica do devedor em crise
• É formulada pelo empresário ou sociedade
empresária (artigo 966, CC) (observar artigo 2º, LRF)
• Artigo 319, CPC c/c artigo 189, LRF
• Artigo 51, LRF
– O processo de RJ é orientado a viabilizar a realização de um acordo entre
a empresa devedora e os seus credores.
Requisitos estruturais da petição inicial
Artigo 319, CPC - adaptação
• Juízo competente (artigo 3º)
– juízo do local do principal estabelecimento = critério
econômico: centro de administração dos negócios? Com maior
importância econômica? De maior movimento? Com maior volume de
ativos e negócios? Local mais importante do ponto de vista econômico?
– Prevenção (artigo 6º,§8º): inclusive na convolação da RJ em
Falência
• Nome e sua qualificação (artigo 48)
• Causa de pedir (artigo 51, I – exposição das causas concretas!!)
• Pedido (deferimento do processamento da recuperação judicial)
• Valor da causa (artigo 291, CPC): corresponde ao valor do passivo da
empresa submetido à RJ, passível de impugnação pelos credores, em
incidente processual.
Pagamento de custas processuais
x
Precariedade financeira do devedor 
1. O caso em apreço reveste-se de peculiaridades que afastam a jurisprudência
majoritária desta Corte que já se firmou em sentido contrário, isto porque, é
evidente que a exigência de pagamento das custas judiciais por empresa em fase
recuperação judicial é contrária e mesmo incompatível com o instituto da
recuperação judicial, porquanto o contribuinte que ostenta esta condição,
comprovou em juízo a sua dificuldade financeira, posto que é intuitivo que se não
tivesse nesta condição a recuperação judicial não lhe teria sido deferida.
2. Dessa forma, o contribuinte não pode ser penalizado e ser-lhe podado o direito
de litigarem juízo, por ausência de demonstração da capacidade de arcar com as
custas judiciais, uma vez que o deferimento da recuperação judicial da sociedade
empresária comprova a sua dificuldade financeira, devendo tal benefício ser
deferido de plano, se a parte já tiver em seu favor a decisão que admitiu o
processamento da recuperação judicial da empresa recorrente.
Agravo Regimental no Agravo em RECURSO ESPECIAL Nº 514.801 - RS (2014/0110687-0) RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO. AGRAVANTE:
FAZENDA NACIONAL. AGRAVADO : HABG MÓVEIS LTDA - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Jurisprudência em teses/STJ
Edição 35 – Recuperação Judicial
8) A assistência judiciária gratuita pode ser deferida à pessoa
jurídica em regime de recuperação judicial ou de falência, se
comprovada, de forma inequívoca, a situação de precariedade
financeira que impossibilite o pagamento dos encargos processuais.
9) A exigência de pagamento das custas judiciais por empresa em
fase de recuperação judicial é contrária e mesmo incompatível com
o instituto da recuperação judicial, porquanto o contribuinte que
ostenta esta condição, comprovou em juízo a sua dificuldade
financeira, posto que é intuitivo que se não tivesse nesta condição a
recuperação judicial não lhe teria sido deferida.
Artigo 51
Assimetria de informações
Seleção adversa
A abertura de informações na petição inicial permite
reduzir a assimetria de informações entre a empresa
devedora e seus credores, capacitando-os para avaliar a
viabilidade do plano de recuperação apresentado.
Documentos societários de legitimação
artigo 51, V
Legitimação ativa
•Cópia do Contrato Social (LTDA) ou do Estatuto
(S/A), atualizados.
•Cópia dos demais atos societários: ata de eleição
dos administradores, ata da deliberação
assemblear que autorizou a postulação da RJ
•Artigos 48 – comprovação da legitimidade
Relação dos bens particulares dos sócios e 
administradores – artigo 51, VI
Exigência legal
X
Direito à privacidade (artigo 5º, X e XII, CF/88)
X
Princípio de distinção entre a sociedade 
empresária e seus membros 
(sócios/administradores/membros de conselhos)
Causa de pedir – artigo 51, I
I – exposição das causas concretas da situação
patrimonial do devedor e das causas da crise
econômico-financeira.
– Memorial/histórico dos problemas
– Aferição do interesse de agir e da causa de pedir
– Aferição de prática de ilícito civil ou penal
– Pode ser apresentado em documento apartado,
acompanhando a petição inicial.
Documentos contábeis – artigo 51, II
• Dos últimos três exercícios e as demonstrações
levantadas especialmente para instruir o pedido
• Objetivos:
– Reduzir a assimetria de informações entre o devedor e seus
credores
– Registrar o histórico econômico e o desenvolvimento
empresarial
– Identificar o cumprimento à legislação contábil aplicável à
atividade desenvolvida pelo devedor
– Demonstrar a viabilidade econômica do Plano sugerido
• Deverão ser elaboradas por contador ou técnico em
contabilidade (artigo 1.179, CC)
Alguns documentos contábeis….
• Balanço patrimonial: (artigo 178, Lei 6.404/76) documento
obrigatório, exprime a situação real da empresa indicando o
ativo e o passivo
• Demonstração de Resultados acumulados = (artigo 187, Lei
6.404/76) é a demonstração de resultados do exercício (DRE)
que permite avaliar a rentabilidade da empresa, confronta
receita e despesa e identifica o lucro
• Demonstração do resultado desde o último exercício social: é o
relatório contábil produzido especificamente para instruir o
pedido
• Relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção (artigo
188, I, Lei 6.404/76): indica os investimentos, as operações e os
financiamentos realizados
• E outros relatórios auxiliares
Artigo 51, §2º
• ME e EPP 
• tratamento favorecido, diferenciado e 
simplificado
• Escrituração simplificada
Artigo 51, §1º 
Princípio do sigilo da escrituração (artigo 1.190, CC)
Princípio da continuidade da empresa
• Regra: a empresa conserva a posse de seus documentos
contábeis
• Exceção: Artigo 51,§3º: depósito em cartório é medida
excepcional, que deverá ser fundamentada pelo Juiz
• Permanecerão à disposição do juízo e do Administrador
Judicial
Tratamento sigiloso
• O exame dos documentos contábeis por
terceiros e MP é excepcional.
• Ocorre por decisão judicial específica e
fundamentada, que desafia agravo para o
Tribunal ad quem.
• Juiz responde civilmente pelo ato de autorização
e exibição da escrituração, sem respeito ao
exercício do duplo grau de jurisdição e que traga
prejuízo ao devedor.
Extratos de contas, artigo 51, VII
Indicam na data da postulação da Recuperação 
Judicial:
– O saldo das contas bancárias, dos fundos de
investimentos, em bolsa de valores
– O valor líquido disponível
Não há necessidade de apresentação de 
extratos de contas pretéritas
Certidões de Protesto – artigo 51, VIII
• É razoável que a empresa em crise econômica-
financeira tenha títulos protestados.
• A certidão de protesto demarca o termo legal 
da falência, caso seja decretada (artigo 99, II).
Relação nominal dos credores – artigo 51, III
Enunciado 78 da II Jornada de Direito Comercial do 
Conselho de Justiça Federal
“O pedido de recuperação judicial deve ser instruído com
a relação completa de todos os credores do devedor,
sujeitos ou não à recuperação judicial, inclusive fiscais,
para um completo e adequado conhecimento da situação
econômico-financeira do devedor”.
Relação de empregados – artigo 51, IV
•Indica o passivo trabalhista
•Facilita a participação dos credores trabalhistas
na assembleia geral de credores
Relação de todas as ações judiciais – artigo 
51, IX
• A relação deverá conter a estimativa dos
valores demandados, identificando, assim, o
crédito que se submete à RJ.
• Todas as ações (autora/ré/interveniente; de
conhecimento/executório/cautelar/especial; declaratório/condenatório;
no Judiciário comum/em Juizado Especial/na Justiça Federal/na Justiça do
Trabalho......)
2 – Fase de processamento
Artigo 52
Despacho de processamento da RJ
Artigo 52
• Requisitos:
– Legitimidade ativa
– Atendimento aos requisitos do artigo 51
• Natureza do despacho:
– Não é a decisão concessiva da Recuperação Judicial
– Inaugura uma fase intermediária de cognição
perfunctória de mérito
– Coloca o devedor em uma situação especial de
negociação
O Juiz poderá:
1. indeferir a inicial (artigo 330 e 331, CPC)
– Caberá apelação do despacho que indefere o processamento,
em face da extinção do processo sem julgamento do mérito?
– Decretação da falência? (artigo 73, LRF)
2. requerer a emenda da inicial (artigo 321, CPC) e
assinalar prazo para entrega de documentos
faltantes ou incompletos
– Princípio da Instrumentalidade das formas
3. Pode o Juiz realizar perícia na documentação?
4. Deferir processamento da recuperação judicial
Decisão interlocutória ou de mero 
expediente??
Enunciado 52
I Jornada de Dir Comercial do CJF
“A decisão que defere o processamento da
recuperação judicial desafia agravo de
instrumento”
Artigo 59, §2º x Súmula 264/STJ
Efeitos do deferimento do processamento
artigo 52
• Atenção: artigo 66 e 69, LRF
• Nomeação do Administrador Judicial (artigo 21 e 22)
• Dispensa do requerente da exibição de certidões
negativas (artigo 57: exibição de certidões débitos tributários)
• Suspensão das ações ou execuções (artigo 52,§3º) (artigo 49
§1º)
• Suspensão temporária do curso da prescrição (artigo 6º§1º
quantia ilíquida,§2º crédito trabalhista, e§7º natureza fiscal e artigo 49§3º
e§4º c/c artigo 86, II)
• Determinação de apresentação de contas demonstrativas
mensais enquanto perdurar a RJ = balancete mensal
(artigo, 22, II, c)
• Intimaçãodo MP e comunicação às Fazendas Públicas
Limites do despacho
“O momento de determinar o processamento da
recuperação judicial não é a oportunidade de ser
apreciada a viabilidade ou não do pedido, mas, tão
só, o de constatar o juiz se o pleito vem
acompanhado da documentação exigida no artigo
51 da Lei 11.101/2005, o que fará de acordo com o
critério passível de reapreciação, se concedido o
benefício, em recurso contra essa concessão.
(Agravo de Instrumento 601.314-4/0-00/ TJSP,
Desembragador Lino Machado)
DIREITO EMPRESARIAL. PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL. APROVAÇÃO EM
ASSEMBLEIA. CONTROLE DE LEGALIDADE. VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA.
CONTROLE JUDICIAL. IMPOSSIBILIDADE.
1. Cumpridas as exigências legais, o juiz deve conceder a
recuperação judicial do devedor cujo plano tenha sido aprovado em
assembleia (art. 58, caput, da Lei n. 11.101/2005), não lhe sendo
dado se imiscuir no aspecto da viabilidade econômica da empresa,
uma vez que tal questão é de exclusiva apreciação assemblear.
2. O magistrado deve exercer o controle de legalidade do plano de
recuperação - no que se insere o repúdio à fraude e ao abuso de
direito -, mas não o controle de sua viabilidade econômica. Nesse
sentido, Enunciados n. 44 e 46 da I Jornada de Direito Comercial
CJF/STJ.
3. Recurso especial não provido.
RECURSO ESPECIAL Nº 1.359.311 - SP (2012/0046844-8) RELATOR : MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO. RECORRENTE : BRAIDO-LEME
INDUSTRIA QUIMICA LTDA. RECORRIDO : REI FRANGO ABATEDOURO LTDA
Jurisprudência em teses/STJ
Edição 37 – Recuperação Judicial II
1) Embora o juiz não possa analisar os aspectos
da viabilidade econômica da empresa, tem ele o
dever de velar pela legalidade do plano de
recuperação judicial, de modo a evitar que os
credores aprovem pontos que estejam em
desacordo com as normas legais.
Edital – artigo 52, §1º 
• Resumo do pedido e da decisão
• Relação nominal de credores
• Advertência aos credores:
– Prazo para habilitação de seus créditos, caso não
conste da lista (artigo 7,§1º)
– Prazo para objeção ao Plano de Recuperação (artigo 8º)
Assembleia de Credores - artigo 52, 
§3º 
• Após deferimento do processamento
• Convocação:
– Assembleia de Credores para constituição do
Comitê de Credores ou substituição dos seus
membros (artigo 36,§2º)
Desistência do devedor - artigo 52, 
§4º 
O devedor não poderá desistir, salvo aprovação 
de seu pedido de desistência pela Assembleia de 
Credores.
Organograma
9 - Plano de recuperação judicial
1. Apresentação do Plano de Recuperação 
Judicial
2. Meios de recuperação
3. Limitações ao Plano
• Discriminação pormenorizada dos meios de
recuperação
• Demonstração de sua viabilidade econômica
(financeira)
• Laudo econômico-financeiro e Laudo de avaliação dos
bens ativos do devedor
Projeto de superação da crise econômico-financeira
1 – Apresentação do Plano de Recuperação 
Judicial
Conteúdo do Plano de Recuperação Judicial
É o cerne do plano de recuperação
•Reduz a assimetria de informações entre a
devedora e os seus credores
•Análise da viabilidade financeira do plano
Prazo de 60 dias
• Artigo 53 -> Improrrogável
• Artigo 73, II -> convolação em falência
É possível apresentação de novo plano,
modificando aquele apresentado no prazo legal?
Enunciado 77 da II Jornada de Direito Comercial 
do CJF
Artigo 53, p. único c/c Artigo 55
• Publicação de edital -> aviso aos credores sobre o
recebimento do PRJ
• O devedor deverá realizar tal publicação, sob
pena de esgotamento do prazo do artigo 6,§4º
Oportuniza a discussão pelos credores da 
viabilidade econômica da recuperação 
pretendida
Plano RJ – Aeroporto Viracopos
• https://g1.globo.com/sp/campinas-
regiao/noticia/2018/08/02/especialistas-analisam-
plano-de-recuperacao-judicial-de-viracopos-e-apontam-
fatores-de-risco-e-erro-de-avaliacao.ghtml
• Vídeo: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/jornal-
da-eptv/videos/t/edicoes/v/aeroporto-de-viracopos-
entrega-plano-de-recuperacao-judicial-para-o-
pagamento-de-dividas/6904982/?mais_vistos=1
Verificação administrativa de credores
Art. 7º, §1º (15 dias)
+
Art. 7º, §2º (45 dias)
2 – Meios de recuperação judicial da 
empresa
“A recuperação judicial tem por finalidade
precípua o soerguimento da empresa
mediante o cumprimento do plano de
recuperação, salvaguardando a atividade
econômica e os empregos que ela gera, além
de garantir, em última ratio, a satisfação dos
credores.”
AgRg no Conflito de Competência 86.594 – SP 2007/01, rel. Ministro Fernado Gonçalves
Conjunto de bens comuns
common pool assets
Os credores deixam de buscar a satisfação individual de seus
créditos e passam a atuar cooperativamente;
Manutenção do conjunto de ativos operacionais capazes de
gerar maior valor para, assim, satisfazer um maior número de
credores;
O objetivo da RJ não é a execução coletiva, mas sim a
reestruturação empresarial, por meio de uma barganha
coletiva.
Objetivo da Recuperação Judicial
“O objetivo da recuperação judicial não é a
liquidação da empresa, por meio de uma execucão
coletiva, mas sim a sua reestruturação, por meio
de barganha coletiva que se estabelece com os
credores. Com efeito, na recuperação judicial não
haverá inabilitação para o exercício da atividade,
tampouco a arrecadação de ativos.”
(TJRJ, AI 0033510-48.2013.8.19.0000, 1a Câmara Cível, j. 12.11.2103, v.u., rela.
Des. Maldonado de Carvalho)
Como fazer???
Meios de recuperação
•Simples reestruturação de passivos, adequando
seus montantes e vencimentos à capacidade de
pagamento
•Reorganização societária
•Remodelação administrativa, comercial e
operacionalda empresa
•Dentre outros…
Artigo 50
• Rol meramente exemplificativo
• Liberdade de apresentação dos meios de recuperação
• Amplo espaço negocial nos processos de RJ
“É preciso competência e criatividade, além de
compreensão mútua, para que o plano de recuperação
seja adequadamente composto, aprovado e
implementado, atendendo aos múltiplos direitos e
interesses envolvidos.”Mamede, Gladston.
3 – Limitações ao Plano
A. legislação pertinente a cada caso (artigo 50,
caput)
B. Alienação de bens objeto de garantia real
(artigo 50,§1º)
C. créditos trabalhistas (artigo 54)
A – Legislação pertinente a cada caso 
Artigo 50
a. Legislação societária – incisos II, III, IV, V, VI, X,
XIV, XV, XVI.
b. Legislação concorrencial – se o plano resultar
em ato de concentração
c. Legislação trabalhista – inciso VIII
Atenção: Artigo 50, VII c/c Artigo 66 – alienação ou arrendamento
de unidade produtiva isolada são regulado pela própria Lei
11.101/2005
B – Alienação de bens objeto de garantia real 
(artigo 50, §1º)
a. Eficácia da cláusula;
b. A alienação depende de aprovação expressa do
credor titular da garantia;
c. Se o bem for vendido, o gravame acompanhará o
bem.
C – Créditos trabalhistas
a. Créditos derivados da legislação do trabalho
b. Créditos decorrentes de acidentes de trabalho
Artigo 54 – vedação
• 1 ano – pagto dos créditos derivados da legislação trabalhista
• 30 dias – pagto dos créditos salariais vencidos nos 3 meses 
anteriores ao pedido de RJ
Respeito à dignidade humana e ao valor do trabalho (art. 1º, III e 
IV, c/c art. 6º, ambos da CF/88)
Prazos – artigo 54
• Até 1 ano: para os créditos vencidos até a data
do pedido de RJ
• 30 dias: para os créditos de natureza
estritamente salarial vencidos nos 3 meses
anteriores ao pedido de RJ, até o limite de 5
salários mínimos
• O crédito trabalhista deve ser pago em
conformidade com o valor apurado pela Justiça
do Trabalho (limites da competência do juízo recuperacional)
10 – Administrador Judicial
Conceito - Administrador Judicial
• Nomeação: artigo 52, I• Auxiliar do Juiz na efetivação dos atos da
recuperação judicial
• Exerce múnus público = funcionário para fins
penais (artigo 327, CP)
• Fiscalizar as atividades do devedor e o
cumprimento do plano de recuperação, em
conjunto com o Comitê de Credores
• Posição do devedor: artigo 64
O administrador judicial cujos atos são submetidos
à fiscalização do juiz – este orientado, em especial,
pelos princípios da celeridade e da economia
processual – e do comitê de credores, ao qual
cumpre zelar pelo bom andamento do processo e
pelo cumprimento da lei (art. 27, alínea "b"),
investe-se, no ato de sua nomeação, de uma série
de prerrogativas e deveres, sujeitando-se às
formalidades e prazos prescritos na LRE, sob pena
de desobediência e, até mesmo, de destituição de
suas funções (art. 23).
(REsp 1163143 (2009/0211276-3 - 17/02/2014)
Critério de escolha
• Idoneidade técnica/profissional - artigo 21
– capacidade e adequação profissional, conveniência e
suficiência para o desempenho da função
• Idoneidade moral - impedimentos
– Artigo 30 – Confiabilidade (v. artigo 1.011,§1º CC)
– Artigo 30,§1º - Imparcialidade relacionada ao parentesco
• Preferência: advogado, economista, administrador de
empresas ou contador
• Pessoa jurídica especializada (artigo 21, p. único)
Investidura
• Assinatura do Termo de Compromisso
• Prazo 48 horas
• Artigo 33
Competência 
• Atua sob a fiscalização do Juiz e do Comitê de
Credores
• Recuperação Judicial – fiscalização do devedor
• Falência – administração e liquidação da massa
falida
• Competência: Artigo 22 (rol exemplificativo)
– Inciso I – na falência e na recuperação judicial
– Inciso II – na recuperação judicial
– Inciso III – na falência
Remuneração
• Não tem natureza salarial – artigo 24
• Não excederá 5% do valor dos créditos
submetidos à recuperação judicial
• 2% para EPP e ME (artigo 24,§5º)
• A fixação poderá ser objeto de AI
• 40% será pago após a apresentação e julgamento
de suas contas e de seu relatório final
• Quem paga: devedor!! (artigo 25 e artigo 84)
Passivo da recuperação
R$4,8 bilhões
0,2% = R$9,6 milhões
0,02% = R$960.000,00
Imparcialidade
• Não há previsão legal para a manifestação do
AJ sobre o plano apresentado
• AJ preside a Assembleia de Credores, devendo
manter neutralidade sobre o mérito que será
objeto de deliberação
Substituição
• Artigo 30,§2º
• Devedor, credores e Ministério Público
• Pode ser feita a qualquer momento
• Renúncia, falecimento, conveniência do processo, …
• Discute-se a regularidade da nomeação
• Ampla defesa e contraditório – caráter negativo da
reclamação para o nomeado
• Direito à remuneração proporcional – artigo 24,§3º
Destituição
• Atuação administrador – artigo 31
• Caráter sancionatório - artigo 30, caput
• Não tem direito à remuneração - artigo 24, §3º
e§4º
Responsabilidade
• Artigo 32
• Responsabilidade subjetiva – culpa/dolo/omissão
• Ação de responsabilidade - qualquer momento
– Na falência – pelo novo administrador/ na rejeição das contas
(artigo 154,§5º)
– Na Recuperação – pelo devedor/qualquer credor/MP
• Nexo causal – ação/omissão -> dano
11 - Credores
Posição dos credores
Assembleia de Credores
Comitê de Credores
Posição dos Credores
• Execução coletiva: coletividade de credores
executando, em processo único (juízo universal),
o patrimônio do devedor comum
– par conditio creditorum (Igualdade de condições)
– universitas creditorum (Assembleia e Comitê de
Credores)
• Artigo 49, §1º: Os credores conservam seus
direitos e privilégios contra os coobrigados,
fiadores e obrigados de regresso.
Fazendas Públicas e INSS
Artigo 68
•Parcelamento de seus créditos
•Artigo 155-A do Código Tributário Nacional
Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei
específica.
§ 1o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a
incidência de juros e multas,
§ 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei, relativas à
moratória.
§ 3o Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do
devedor em recuperação judicial.
§ 4o A inexistência da lei específica a que se refere o § 3o deste artigo importa na
aplicação das leis gerais de parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação
judicial, não podendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela
lei federal específica
Credores especiais
• Artigo 49, §3º: conservam seu direito de
propriedade, mas não poderão vender ou
retirar do estabelecimento do devedor os bens
de capital essenciais à atividade empresarial
• Artigo 49, §4º c/c Artigo 86, II: Contrato de
Câmbio para exportação
• Artigo 49, §5º: poderão ser renovadas ou
substituídas
Comunicação com os credores
• Artigo 52,§1º, III
– Advertência acerca dos prazos para habilitação de
créditos e objeção ao Plano de Recuperação
• Artigo 53, p. único: Edital
– Aviso aos credores sobre recebimento do Plano
– Primeiro contato dos credores com o plano
– Prazos para manifestações dos credores:
• Artigo 55 (objeção ao plano)
• Artigo 7º,§2º c/c artigo 8º (impugnação contra a relação
de credores)
Tutela do Crédito e da circulação de bens ou serviços
Fonte: http://ri.oi.com.br/conteudo_pt.asp?conta=28&idioma=0&tipo=43089
E se não houver objeção??
• Artigo 58, caput
• Juiz poderá conceder a recuperação judicial
• Atenção: Artigo 58,§2º !!
Atenção: objeção intempestiva é objeção 
inexistente
E se houver objeção??
Artigo 56
•Ato de manifestação de contrariedade
– Exame dos autos
– Pedido de esclarecimentos: artigo 22, I, b
– Fundamentação?
•Necessidade de deliberação assemblear
– Artigo 56, caput
– Participação ativa dos credores: aprovação,
modificação ou rejeição do plano de recuperação
Fonte:http://www.valor.com.br/empresas/5063764/anatel-pede-que-oi-refaca-plano-de-recuperacao-judicial 
Ver também
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/08/1912476-para-evitar-falencia-maiores-credores-da-oi-fecham-plano-de-
recuperacao.shtml
Assembleia de Credores
É órgão colegiado, composto pelos credores
sujeitos ao prcesso de recuperação judicial, com
atribuições consultivas e poderes deliberativos,
cuja eficácia depende do pronunciamento
homologatório do juízo da recuperação.
Atribuições: artigo 35
Limites à Assembleia de Credores
Enunciado 1 da Secretaria de Jurisprudência do STJ.
Jurisprudência em teses II, n.37/2015
“Embora o juiz não possa analisar os aspectos da
viabilidade econômica da empresa, tem ele o dever de
zelar pela legalidade do plano de recuperação judicial, de
modo a evitar que os credores aprovem pontos que
estejam em desacordo com as normas legais”.
•Informativo 0549 da 4a Turma/STJ
•Enunciado 46 da Primeira Jornada de Direito Comercial do Conselho de Justiça 
Federal
“Em que pese a soberania das decisões da
assembleia geral de credores, as decisões por
ela emitidas devem respeitar os dispositivos da
Lei 11.101/2005, uma vez que encerram normas
de natureza cogente, não sendo válidas as
deliberações contrárias aos dispositivos
previstos na legislação falimentar”.
TJPR, AgRg 818.340-0/02, 18a Câmara Cível, j. 27/06/2012, rel. Des. Ivanise Maria
Tratz Martins
Formação da Assembleia de Credores
• Composição: Artigo 41
• Prazo para realização: Artigo 56,§1º
– 150 dias contados do deferimento do processamento
da recuperação judicial
• Convocação: Artigo 36
– Artigo 56, caput -> pelo Juiz
– Artigo 22, I, g -> pelo Administrador Judicial
– Artigo 27, I, e -> pelo Comitê de Credores
Competência da Assembleia de Credores
• Competência:Artigo 35, I
– aprovação
– alteração (artigo 56,§3º)
– rejeição do Plano (artigo 56,§4º)
• Constituição do Comitê de Credores (artigo 56,
§2º)
• Apreciação do pedido de desistência do devedor:
(artigo 52, 4º)
• Gestor Judicial (artigo 65)
• Outras matérias
Comitê de Credores
• Órgão facultativo: depende da complexidade
da atividade econômica em crise
• Artigo 35, I, b e Artigo 56,§2º: constituição é
decidida pela Assembleia de Credores, após
aprovação do Plano
• Artigo 28: inexistência de Comitê de Credores
Composição, atribuições e remuneração
• Composição: Artigos 26
– 4 membros e seus suplentes (artigo 44)
• Competência: Artigo 27
– Principal atribuição: fiscal
– Artigos 8º, 12, 19 e 22, I e II
– Livre acesso às dependências, escrituração, documentos
• Remuneração: Artigo 29
– facultativa, mas se fixada será custeada pelos credores
– Reembolso das despesas realizadas
Outros aspectos
• Artigo 30: Impedimento/substituição
• Artigo 31: destituição
– Negligência ou ato lesivo à administração
• Artigo 32: Responsabilidade
– Respondem civilmente por má administração ou
infração à lei
– O membro que proferiu voto vencido não responde
pelas consequencias danosas da deliberação
majoritária
12 – Credores - Manifestação
Chance de manifestação
• Publicação do Edital (artigos 55 c/c 191)
• Aviso aos credores sobre recebimento do Plano
• Prazo para manifestação: 30 dias (artigo 55)
– Não havendo objeção -> aprovação tácita
– Objeção fundamentada -> convocação da
Assembleia de Credores (artigo 56)
• Prazo para deliberação da Assembleia 150 dias
(artigo 56,§1º)
• Participação do devedor nas discussões (artigo
56,§3º)
Votação
Com ou sem alterações, o plano de recuperação será 
submetido à votação pelas classes de credores
Artigo 41
I – titulares de créditos advindos da legislação do trabalho ou
decorrentes de acidentes de trabalho
II – titulares de crédito com garantia real
III – titulares de crédito quirografário
IV – titulares de créditos enquadrados como ME ou EPP
Objetivo: impedir distorções na formação da vontade no concurso de
credores
Direito de Voto
• Terão direito ao voto (artigo 39)
• Não terão direito ao voto
– artigo 39,§1º c/c artigo 49,§3º e§4º
– artigo 43
– Artigo 45,§3º
“peso” do voto 
• Artigo 38: = um real, um voto
• Exceção: as deliberações sobre o plano: artigo
45,§2º
Convocação da Assembleia
• Legitimidade para convocar:
– Juiz (artigo 36, caput)
– 25% dos credores (artigo 36,§2º)
• Forma:
– Edital no órgão oficial e em jornais de grande
circulação (artigo 191)
– A assembleia será presidida pelo Administrador
Judicial (artigo 37), (exceção: artigo 37,§1º)
• Obrigatoriedade da convocação:
– Artigo 56 (Qualquer objeção ao plano)
– Artigo 65, caput e§2º (nomeação de gestor)
Instalação da Assembleia
• Convocações (artigo 37,§2º)
– 1º: com a presença de credores titulares de + da ½
dos créditos de cada classe
– 2º: com qualquer número
https://www.youtube.com/watch?v=DydILJ6xdMI
Procedimento – Artigo 37
• Administrador Judicial: (caput)
• Assinatura da lista de presença: (§3º)
• Representação do credor: (§4º)
• Sindicato (§§5º e 6º)
• Ata (§7º)
Votação do Plano
• Aprovação do Plano: Artigo 45
–O juiz concederá a Recuperação: Artigo 58
– Tratamento diferenciado: Artigo 58,§1º e 2º
• Alterações no Plano: Artigo 56,§3º
–Contraproposta do devedor??
–Aprovação do devedor
–Não prejuízo para os credores ausentes
Para a aprovação do plano será necessária
Artigo 45
• Classes I e IV – trabalhista/acidente de trabalho e ME e EPP:
– Aprovação: maioria simples dos credores presentes,
independentemente do valor de seu crédito.
• Classes II e III – garantia real/quirografários e com privilégios
– Aprovação: credores que representem + da ½ do valor
total dos créditos presentes à assembleia E pela maioria
simples dos credores presentes.
Enunciado 77 da II Jornada de Direito Comercial 
do CNJ
“As alterações do plano de recuperação judicial devem
ser submetidas à assembleia geral de credores, e a
aprovação obedecerá ao quorum previsto no artigo 45
da Lei 11.101/05, tendo caráter vinculante a todos os
credores submetidos à recuperação judicial, observada
a ressalva do artigo 50, §1º, da Lei 11.101/05, ainda
que propostas as alterações após dois anos da
concessão da recuperação judicial e desde que não
encerrada por sentença”.
Quórum de deliberação das propostas
Artigo 42
Será aprovada a proposta que obtiver votos
favoráveis de credores que representem mais da
metade do valor total dos créditos presentes à
assembleia.
Exceções ao quórum de deliberação
• Deliberações sobre o plano (artigos 45 e 35, I, a)
• Composição do Comitê de Credores (artigos 44
e 35, I, b)
• Forma alternativa de realização do ativo
(artigo 145)
quórum alternativo – cram down
Artigo 58, §1º e §2º 
O Juiz poderá conceder a recuperação:
– mesmo que o plano não tenha sido aprovado pela
maioria de cada uma das classes (quoruns do artigo
45)
– e se o plano não implicar tratamento diferenciado
entre os credores da mesma classe
Fundamentos:
– Princípio da Preservação da Empresa
– Princípio da Maioria
http://www.leidefalencia.com.br/mod/admlivros/arquivos/noticia/155_20111121.pdf
Neste norte, importante ressaltar que o processo de recuperação judicial de
empresa busca, entre seus princípios objetivos, preservar empresas
economicamente viáveis, mas prejudicadas pela insolvência momentânea. Contudo,
como no caso em tela, essa pretensão pode restar frustrada por um credor
relevante que se oponha injustificadamente ao plano de recuperação.
A fim de que evitar-se tal situação a qual, repisa-se, não faz parte do objeto
principal da Lei de Recuperações Judiciais, foi desenvolvido, no sistema norte-
americano, o instituto do cram down que consiste em autorizar o juiz a aprovar o
plano rejeitado por alguma classe de credores, desde que se verifique a viabilidade
econômica daquele plano e a necessidade de se tutelar o interesse social vinculado
à preservação da empresa.
No ordenamento jurídico pátrio, mais especificamente, no artigo 58, §1º, da Lei
11.101/05, estabeleceu-se o mecanismo acima mencionado, o qual existe para
possibilitar-se de corrigir os excessos da legislação. É o interesse coletivo que deve
prevalecer com a preservação da empresa e, consequentemente, da dignidade da
pessoa humana envolvida no ciclo dessa atividade econômica. Em não ocorrendo a
aprovação da proposta de recuperação o cram down é a única hipótese do juiz não
decretar a falência.
Parecer da lavra do Procurador de Justiça, dr. Antônio Augusto Vergara Cerqueira, TJRS, AI
70045411832, 5ª Câmara Cível, j. 29.02.2012)
Rejeição do Plano
Artigo 56, §4º
Decretação da Falência
“Quem reconhece estar passando por uma 
crise deve ter uma solução, seja no sentido 
da superação da crise, seja no sentido da 
liquidação patrimonial” Tomazette
Apresentação de certidões negativas
Incompatibilidade com a dinâmica 
recuperacional??
•Artigo 57 – Certidões negativas de débitos tributários
•Artigo 47 – preservação da empresa/superação da crise
•Artigo 151, VI, CTN – parcelamento do débito
tributário/suspensão da exigibilidade do
tributo/regularidade fiscal
Enunciado 55 da I Jornada de Direito Comercial 
do CNJ
“O parcelamento do crédito tributário na
recuperação judicial é um direito do contribuinte, e
não uma faculdade da Fazenda Pública, e,
enquanto não for editada lei específica, não é
cabível a aplicação do disposto no artigo 57 da Lei
11.101/2005 e no artigo 191-A do CTN”.
Artigo 191-A do CTN: dispõe que a concessão da recuperação judicial depende da
apresentação da prova de quitação de todos ostributos.
13 – Efeitos da Concessão da 
Recuperação Judicial
Quando será concedida a Recuperação 
Judicial ??
1. Juiz concederá a Recuperação
– Se o Plano não sofreu objeções dos credores (art 55)
– Se o Plano for aprovado em assembleia (art 45)
2. Juiz poderá conceder a recuperação judicial:
– Mesmo contra decisão assemblear, se observado o
disposto no art. 58,§1º e§2º (quórum alternativo)
http://www.recuperacaojudicialoi.com.b
r/wp-content/uploads/2017/04/2018-
01-08-Decis%C3%A3o-
Homologa%C3%A7%C3%A3o-PRJ.pdf
Concessão da 
recuperação 
judicial do grupo 
OI
Efeitos da concessão da recuperação
• Novação dos créditos anteriores ao pedido
– Atenção: artigos 59, 49,§1º e 61,§2º
• Obriga o devedor e todos os credores;
– Credor de garantia real (art. 50,§1º)
• A concessão da recuperação é título executivo
judicial (art. 515, II, CPC)
• Contra a decisão que deferir, caberá Agravo de
Instrumento sem efeito suspensivo
– art. 59, §2º e Enunciado 52, da I Jornada de Direito
Comercial do CNJ)
Enunciado 77 da II Jornada de Direito 
Comercial
“As alterações do plano de recuperação judicial
devem ser submetidas à assembleia geral de
credores, e a aprovação obedecerá ao quorum
previsto no artigo 45 da Lei 11.101/05, tendo
caráter vinculante a todos os credores submetidos
à recuperação judicial, observada a ressalva do
artigo 50, §1º, da Lei 11.101/05, ainda que
propostas as alterações após dois anos da
concessão da recuperação judicial e desde que não
encerrada por sentença”.
Expressão “em Recuperação Judicial
Artigo 69
•Inclusão da expressão em todos os atos, contratos e
documentos
•Juiz determinará o acréscimo no Registro Público de
Empresas
Artigo 63, V
•Supressão da expressão após cumpridas todas as
obrigações
•Juiz comunicará o Registro Público para providências
Prazo para cumprimento do Plano
Artigo 61
• 2 anos: o devedor permanecerá em recuperação,
sem possibilidade de prorrogação, mesmo que
existam obrigações a serem cumpridas após este
prazo => período de observação
• Termo a quo: data da publicação da decisão de
concessão da REJ
• Descumprimento das obrigações após o prazo:
execução específica ou pedido de falência (art. 62
c/c art. 94, III, g)
Condução da atividade empresária
• Devedor atua sob fiscalização
– Do administrador judicial (art. 22, II, a)
– Do Comitê de Credores (art. 27,I, a e c, II, b)
• Devedor poderá ser afastado (art. 64)
– Condenação em sentença penal transitada em julgado
– Indícios de pratica criminosa prevista na Lei 11.101/05
– Dolo, fraude ou simulação contra os interesses dos credores
– Comportamento incompatível
– Simular ou omitir créditos
– Não prestar as informações solicitadas
Afastamento do devedor
Artigo 64
•Visa privilegiar a melhor condução da atividade
empresarial
•Destituição e substituição (art. 64, p. único)
•Nomeação de Gestor Judicial (art. 65)
Sentença de encerramento
Artigo 63
• Cumprimento das obrigações no prazo de 2 anos
• Encerramento da recuperação judicial da empresa
• Providências acessórias
– Pagamento de saldo de honorários devidos ao administrador;
– Apresentação, pelo Administrador Judicial, de Prestação de
Contas e Relatório Circunstanciado Apuração do saldo de
custas judiciais;
– Dissolução do Comitê de Credores;
– Exoneração do Administrador Judicial
– Comunicação ao Registro Público de Empresas
Despesas extraconcursais
Artigo 67
• Contraídas durante a recuperação judicial
• Fornecedores de bens ou serviços
• Contratos de mútuo
Artigo 67, parágrafo único
• Créditos com privilégio, em caso de falência
• Artigo 84, V
São extraconcursais os créditos originários de negócios jurídicos realizados após a data em que foi
deferido o pedido de processamento de recuperação judicial. Inicialmente, impõe-se assentar como
premissa que o ato deflagrador da propagação dos principais efeitos da recuperação judicial é a
decisão que defere o pedido de seu processamento. Importa ressaltar, ainda, que o ato que defere o
pedido de processamento da recuperação é responsável por conferir publicidade à situação de crise
econômico-financeira da sociedade, a qual, sob a perspectiva de fornecedores e de clientes,
potencializa o risco de se manter relações jurídicas com a pessoa em recuperação. Esse incremento de
risco associa-se aos negócios a serem realizados com o devedor em crise, fragilizando a atividade
produtiva em razão da elevação dos custos e do afastamento de fornecedores, ocasionando, assim,
perda de competitividade. Por vislumbrar a formação desse quadro e com o escopo de assegurar
mecanismos de proteção àqueles que negociarem com a sociedade em crise durante o período de
recuperação judicial, o art. 67 da Lei 11.101/2005 estatuiu que "os créditos decorrentes de obrigações
contraídas pelo devedor durante a recuperação judicial [...] serão considerados extraconcursais [...] em
caso de decretação de falência". Em semelhante perspectiva, o art. 84, V, do mesmo diploma legal
dispõe que "serão considerados créditos extraconcursais [...] os relativos a [...] obrigações resultantes
de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial". Desse modo, afigura-se razoável
concluir que conferir precedência na ordem de pagamentos na hipótese de quebra do devedor foi a
maneira encontrada pelo legislador para compensar aqueles que participem ativamente do processo
de soerguimento da empresa. Não se pode perder de vista que viabilizar a superação da situação de
crise econômico-financeira da sociedade devedora - objetivo do instituto da recuperação judicial - é
pré-condição necessária para promoção do princípio maior da Lei 11.101/2005 consagrado em seu art.
47: o de preservação da empresa e de sua função social. Nessa medida, a interpretação sistemática das
normas insertas na Lei 11.101/2005 (arts. 52, 47, 67 e 84) autorizam a conclusão de que a sociedade
empresária deve ser considerada "em recuperação judicial" a partir do momento em que obtém o
deferimento do pedido de seu processamento. REsp 1.398.092-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado
em 6/5/2014.
14 - Plano Especial de Recuperação 
Judicial 
Tratamento diferenciado para
ME e EPP
Lei Complementar 123/2006
Ver artigo sobre a PL 125/2015
• MICROEMPRESA: receita anual bruta igual ou
inferior a R$360.000,00
• EMPRESA DE PEQUENO PORTE: receita anual
superior a R$360.000,00 e igual ou inferior a
R$4.800.000,00
– Vantagens: inseridos no Regime Especial Unificado de
Arrecadação de Tributos e Contribuições – SIMPLES
deverão recolher os seus tributos (IRPJ, IPI, CSLL,
COFINS, PIS/PASEP, Contribuição Patronal
Previdenciária para a Seguridade Social, ICMS, ISS), em
alíquota proporcional ao seu faturamento.
– Desvantagens: não poderão gozar de benefícios fiscais
https://www.opovo.com.br/jornal/economia/2017/05/governo-pretende-mudar-as-regras-da-lei-de-recuperacao-judicial.html
Fonte: http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/pedidos-de-recupera%C3%A7%C3%A3o-judicial-cresceram-86-em-minas-1.441010
Legitimidade
Artigo 70 
•Legitimidade: ME e EPP
•Faculdade do devedor (Artigo 70,§1º)
•Opção expressa na petição inicial (artigo 51)
Regras específicas
Artigo 71
•Apresentação do Plano no prazo do artigo 53
•Abrangerá todos os créditos existentes (artigo 71, I)
•Parcelamento em 36 parcelas mensais (artigo 71, II)
•1a parcela em 180 dias (artigo 71, III)
•Necessidade de autorização do juiz: aumento de despesas
e contratação de empregados (artigo 71, IV)
Artigo 72
• Não há convocação de assembleia de credores
• Juiz analisa as demais exigências legais
• Objeções dos credores (30 dias contados da publicação da
relação de credores)
• Decretação da falência em caso de objeções
dos titulares de + ½ de qualquer das classesde
credores (artigos 55, 83 e 45)
15 – Recuperação Extrajudicial
1. Extrajudicialidade
2. Viabilidade jurídica
3. Recuperação Extrajudicial ordinária
4. Recuperação Extrajudicial extraordinária
5. Homologação
6. Estado Falimentar
1 – Extrajudicialidade
“procedimento que se constrói a partir da 
concordância entre credores e devedores”
Artigos 161/167
A participação do Estado se fará de maneira 
acessória
2 - Viabilidade jurídica
• Regularidade e licitude dos procedimentos negociais
• Requisitos:
– artigo 48 c/c artigo 161,§3º
– artigo 161, §1º: inaplicabilidade aos créditos de
natureza tributária e decorrentes da legislação do
trabalho/acidente de trabalho
– artigo 161,§2º: tratamento igualitário
– Artigo 161,§3º: impossibilidade do pedido
3 - Recuperação extrajudicial ordinária
Artigo 162
Adesão voluntária dos credores
Homologação facultativa do acordo 
•Artigo 161,§4º: a suspensão só atingirá os credores que
se sujeitam à Recuperação Extrajudicial
•Artigo 161, §5º: os credores que aderiram não poderão
desistir
•Artigo 161, §6º: a homologação é título executivo
judicial (artigo 515, III, CPC)
4 - Recuperação extrajudicial extraordinária
Artigo 163
Valorização das deliberações coletivas
Homologação obrigatória do acordo
•Artigo 163, caput: plano aceito por mais de 3/5 de todos os
créditos de cada espécie
•Artigo 163,§1º: credores
•Artigo 163,§4º: supressão/substituição de garantia real
•Artigo 163,§5º: conversão da moeda estrangeira
•Artigo 163,§6º: requisitos
5 - Homologação
• Facultativa na Recuperação Extrajudicial Ordinária
• Publicação de edital (artigo 164, caput)
• Impugnação dos credores:
– Artigo 164,§2º: prazo de 30 dias para impugnação
– Artigo 164,§3º: fundamentos da impugnação
• Apelação:
– Artigo 164,§7º: da sentença que homologa ou que indefere
o pedido de homologação
• Indeferimento do pedido de homologação:
– Artigo 164, §8º Indeferimento do pedido de homologação
não importa em falência do devedor, podendo ser
apresentado novo pedido de recuperação extrajudicial
Especificidades
• Artigo 167 – outras modalidades de acordo
privado
• Artigo 166 – alienação de filial ou unidades
produtivas
• Artigo 163, §2º - credores não sujeitos ao plano 
• Artigo 161, §5º - desistência dos devedores
• Artigo 164, §8º - novo pedido
16 - Convolação da Recuperação 
Judicial em Falência
1 – Hipóteses legais de convolação
2 – Condução da atividade empresária
“O direito do credor, em outros termos, é 
parcialmente sacrificado (com ou sem o seu 
consentimento) para que, em benefício de toda 
a coletividade, possa a empresa explorada pelo 
devedor se recuperar. Não atingido esse 
objetivo, não há por que manter-se o sacrifício.”
Fábio Ulhoa
1 – Hipóteses legais de Convolação – Artigo 
73
• Deliberação da Assembleia (artigo 73, I e artigo 42)
• Não apresentação do Plano de Recuperação (artigo 73, II e
artigo 53 :
• Rejeição do Plano pela Assembleia Geral (artigo 73, III,
artigo 56,§4º, artigo 35, I, a:
• Descumprimento de obrigação assumida no Plano (artigo
73, IV c/c artigo 61,§1º)
• Objeção dos credores ao Plano de Recuperação Judicial
para ME e EPP (art 72, p. único)
• Atos danosos praticados durante a recuperação judical
(art 94, III)
Artigo 35, I, a/Artigo 56, §4º/ Artigo 73
X
Artigo 58, §1º 
Em caso de rejeição ao plano, o juízo 
recuperacional não possui discricionariedade 
para conceder a recuperação judicial sem a 
aprovação da assembleia geral de credores.
Neste norte, importante ressaltar que o processo de recuperação judicial de
empresa busca, entre seus princípios objetivos, preservar empresas
economicamente viáveis, mas prejudicadas pela insolvência momentânea. Contudo,
como no caso em tela, essa pretensão pode restar frustrada por um credor
relevante que se oponha injustificadamente ao plano de recuperação.
A fim de que evitar-se tal situação a qual, repisa-se, não faz parte do objeto
principal da Lei de Recuperações Judiciais, foi desenvolvido, no sistema norte-
americano, o instituto do cram down que consiste em autorizar o juiz a aprovar o
plano rejeitado por alguma classe de credores, desde que se verifique a viabilidade
econômica daquele plano e a necessidade de se tutelar o interesse social vinculado
à preservação da empresa.
No ordenamento jurídico pátrio, mais especificamente, no artigo 58, §1º, da Lei
11.101/05, estabeleceu-se o mecanismo acima mencionado, o qual existe para
possibilitar-se de corrigir os excessos da legislação. É o interesse coletivo que deve
prevalecer com a preservação da empresa e, consequentemente, da dignidade da
pessoa humana envolvida no ciclo dessa atividade econômica. Em não ocorrendo a
aprovação da proposta de recuperação o cram down é a única hipótese do juiz não
decretar a falência.
Parecer da lavra do Procurador de Justiça, dr. Antônio Augusto Vergara Cerqueira, TJRS, AI
70045411832, 5ª Câmara Cível, j. 29.02.2012)
Causa externa
Artigo 73, p. único
Será decretada a falência caso o devedor
descumprir obrigação não sujeita à recuperação
judicial
Artigo 94, I e II
Artigo 74
Presunção de validade dos atos praticados 
durante a recuperação judicial
Mesmo se decretada a convolação em falência
17 – Disposições gerais sobre 
Falência
1. Disposições gerais
2. Processo
3. Juízo falimentar
4. Estado falimentar
1 – Disposições gerais
Inviabilidade de recuperação empresarial
Afastamento do devedor de suas atividades (Artigo 75)
Apurar o patrimônio ativo
Saldar o patrimônio passivo 
Preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e 
recursos produtivos
2 - Processo
“A demora no processo de falência é um mal em 
si, devendo ser evitado”. Gladston Mamede
Artigo 75, parágrafo único
Celeridade e economia processual
Artigo 79
Preferência na ordem dos feitos
3 – Juízo Falimentar
Artigo 76
Indivisível e universal vis atractiva
•Artigo 6º: suspensão do curso da prescrição e das
ações e execuções em face do devedor
•Exceção: causas trabalhistas e fiscais
•Artigo 82: apuração de responsabilidade pessoal
dos sócios
Administrador Judicial
• Competência: Artigo 22, I e III
• Início de suas funções: Artigo 76, p. único
4 – Estado Falimentar
• Não se exige comprovação inequívoca da
insolvência
• Presunção relativa
• Indicadores da situação falimentar:
– Impontualidade no adimplemento de obrigação
– Verificação de execução frustada
– Prática de atos falimentares
a) Impontualidade
Artigo 94, I
•título ou títulos executivos judiciais ou extrajudiciais
•O valor ultrapasse o equivalente a 40 salários mínimos
•Artigo 94, §1º: Credores diversos podem se reunir em
litisconsórcio
•Artigo 94,§3º: protesto do título (Lei 9.482/97)
•Súmula 361 STJ: “a notificação do protesto, para requerimento de
falênciada empresa devedora, exige a identificação da pessoa que a recebeu”.
Informativo nº 0462
Período: 7 a 11 de fevereiro de 2011.
Quarta Turma
FALÊNCIA. EMPRESA. DÉBITO. VALOR ÍNFIMO.
A Turma negou provimento ao recurso em caso no qual foram aplicadas as regras
pertinentes à antiga Lei de Falências (DL n. 7.661/1945). Segundo o Min. Relator,
em razão do princípio da preservação da empresa, o qual inspirou a doutrina, a
jurisprudência e o art. 94 da nova Lei de Recuperação Judicial, Extrajudicial e
Falência (Lei n. 11.101/2005), reafirmou-se não bastar haver impontualidade do
devedor para que o ajuizamento do pedido de falência seja aceito e decretada a
quebra da sociedade empresária, antes se devem levar em consideração os sinais
de sua insolvência, como bem delineou o acórdão recorrido. Ademais, a
jurisprudência deste Superior Tribunal entende que, apesar de o art. 1º do DLn.
7.661/1945 ser omisso quanto ao valor do pedido, não seria razoável, nem se
coadunaria com a sistemática do próprio decreto, que valores insignificantes,
como no caso dos autos, provocassem a quebra de uma empresa.
Precedentes citados: REsp 959.695-SP, DJe 10/3/2009, e AgRg no REsp 1.089.092-SP, DJe
29/4/2009. REsp 920.140-MT, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, julgado em 8/2/2011.
b) Execução frustada
Artigo 94, II
•Não pagar, não depositar, não nomeiar bens à
penhora, dentro do prazo legal = Tríplice omissão do
devedor
•Artigo 94,§4º: Não é necessário o protesto do título
executivo judicial, basta a certidão expedida pelo juízo
em que se processa a execução
c) Atos de falência
Artigo 94, III
•Relação de atos
•Descumprimento dos princípios da boa fé e da
probidade
•Artigo 94, §5º: descrição dos fatos e
apresentação de provas

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