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TCC CANALIZACAO DE RIOS URBANOS (estudo de caso)

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 
Bruno Rodrigo de Oliveira Moreira
José Gleisson da Silva
“CANALIZAÇÃO DE RIOS URBANOS” 
UM ESTUDO DE CASO NA CI
D
ADE DO RIO DE JANEIRO
Rio de Janeiro 
2018
222222222222222222222222222
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Bruno Rodrigo de Oliveira Moreira
José Gleisson da Silva
“CANALIZAÇÃO DE RIOS URBANOS” 
UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 
Trabalho de conclusão de curso apresentada ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Estácio de Sá, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. 
Orientadora: Professora Sheila Ferreira Maria Campos, MSc
Rio de Janeiro
2018
Scanned by CamScanner
M838c Moreira, Bruno Rodrigo de Oliveira 
 “Canalização de rios urbanos”: um estudo de caso na cidade do Rio de Janeiro. / Bruno Rodrigo de Oliveira Moreira; José Gleisson da Silva. ---- Rio de Janeiro, 2018
. 
 
 
65
f 
 
 
 
Trabalho monográfico (Graduação 
de Engenharia civil
.
). -- Universidade Estácio de Sá, 2018
.
 Bibliografia:
 64-65
 
 1.Engenharia civil
. 
2
.Rios. 3.Àguas pluviais. 4.Canalização de 
 Concretos. 5.Impacto ambiental. 6.Topografia I.Silva, José Gleisson da. II.Título. 
 CDD 624 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
A Deus, por me guiar a todo instante, a minha família e a minha esposa Isabela Velludo por sempre estar ao meu lado me motivando a todo instante a nunca desistir.
DEDICATÓRIA 
Dedico este trabalho a Deus, bem como todas as minhas demais conquistas, a minha esposa Elaine Rocha pela paciência, incentivo, força e principalmente pelo carinho.
AGRADECIMENTOS 
Primeiramente a Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades. Em especial agradeço aos meus pais, Denílson Lima e Rosana Maria, pelo apoio e excelente educação a mim ao longo da vida, em todos os aspectos, pelo apoio em todos os momentos difíceis. Aos meus irmãos Brenda e Rafael. A minha esposa Isabela que pacientemente compreendeu a minha ausência e o carinho que me foi dedicado. 
A Professora Sheila Campos, por sua contribuição e orientação na construção deste trabalho. E todos os professores que mantiveram o alto nível acadêmico e que de certa forma contribuíram para a minha formação. Que Deus esteja sempre presente em nossos pensamentos e atitudes para que possamos propiciar um amanhã cada vez melhor.
AGRADECIMENTOS 
Agradeço a Deus primeiramente, segundo a minha família, minha amada Esposa Elaine e nossas filhas Elice Eduarda e Júlia que sempre foram à minha inspiração e foco para não desistir em meio as adversidades, para a obtenção da minha graduação, todo apoio, carinho e palavras de incentivo da minha esposa, aos amigos do curso, pela amizade e companheirismo e a nossa orientadora Sheila Campos um agradecimento especial, pela atenção e dedicação e o mais importante, paciência com suas orientações e aos outros professores e funcionários da Universidade Estácio de Sá/Santa Cruz pelo profissionalismo, dedicação e amizade.
RESUMO 
MOREIRA. O. R. B.; SILVA. G. J. “Canalização de rios urbanos” Um estudo de caso na cidade do Rio de Janeiro. 65f. Monografia, Universidade Estácio de Sá, 2018.
O presente trabalho se propõe apresentar um estudo de caso do processo executivo da canalização do Canal Capoeira com seção de 7 metros em peças de concreto pré-moldado da bacia de Sepetiba no bairro de Sepetiba, localizado no município do Rio de Janeiro-RJ, compreendendo o trecho entre as estacas 2+18,09 (montante), até sua jusante que se dará à estaca 7+2,53 (final) margens do próprio Canal Capoeira. Esse trecho do canal terá uma extensão de 83,63 metros, conforme locação do projeto executivo. Este projeto visa a canalização a céu aberto do Canal Capoeira, responsável pela coleta das águas pluviais da chuva da macrobacia daquela região, endereçando-as para o seu despejo na praia da Brisa. Trata-se de um projeto integrado, as normas técnicas aplicáveis as canalizações de rios urbanos, técnicas de topografia e as normas de preservação do meio ambiente, que propõe o controle de erosões, inundações e coletas das águas pluviais dos bairros adjacentes que compõem a respectiva bacia. A recuperação das áreas de erosões e inundações irá proporcionar a adequação das áreas dentro das exigências ambientais pertinentes, e ainda, um melhor e mais seguro aproveitamento das áreas disponíveis. 
Palavras-Chaves: canalização; rios urbanos; topografia; meio ambiente.
ABSTRACT
	MOREIRA. O. R. B.; SILVA. G. J. "Channeling urban rivers" A case study in the city of Rio de Janeiro. 65f. Monograph, Estácio de Sá University, 2018.
	The present work intends to present a case study of the executive process of the channeling of the Capoeira Channel with a 7-meter section in precast concrete parts of the Sepetiba basin in the Sepetiba neighborhood, located in the city of Rio de Janeiro-RJ, comprising the section between the stakes 2 + 18,09 (amount), until its mouth that will be given to the stake 7 + 2,53 (final) edges of the Capoeira Channel itself. This stretch of the canal will have an extension of 83.63 meters, depending on the lease of the executive project.This project aims at channeling the Canal Capoeira in the open air, responsible for collecting the rainwater from the macrobacia of that region, addressing them to be dumped at Brisa beach. It is an integrated project, the technical standards applicable to urban river plumbing, topography techniques and environmental preservation standards, which proposes the controlof erosion, flooding and rainwater collection in the adjacent districts that make up the respective basin.
The recovery of the areas of erosion and flooding will provide the adequacy of the areas within the relevant environmental requirements, as well as a better and safer use of the available areas.
Keywords: channeling; urban rivers; topography; environment.
 Lista de ilustrações
Figura 1: Córrego do Acaba Mundo antes da sua canalização na Rua Bernardo Guimarães ao fundo a Avenida Afonso Pena	22
Figura 2: Córrego do Acaba Mundo recém canalizada para a Avenida Afonso Pena	22
Figura 3: Canalização a céu aberto; Canal Capoeira	23
Figura 4: Canalização subterrânea, Córrego da Serra no bairro Funcionários	23
Figura 5: Canalização moldada no local	24
Figura 6: Escavadeira hidráulica limpando o Canal Capoeira	26
Figura 7: Canalização do córrego Cheonggyecheon em Seul, na Coreia do Sul	28
Figura 8: Trecho do Canal Capoeira com problemas ambientais e sociais	32
Figura 9: Animal nativo da área a ser implantado o projeto	35
Figura 10: Escavadeira hidráulica	41
Figura 11: Retroescavadeira	42
Figura 12: Caminhão Munk “Guindaste"	42
Figura 13: Gerador de 33 KVA	43
Figura 14: Betoneira	43
Figura 15: Caminhão Basculante	44
Figura 16: Rachão	44
Figura 17: Brita 2	45
Figura 18: Peças de concreto pré-moldadas e gabarito de ferro fundido	45
Figura 19: Estação total utilizada para levantamentos topográficos	46
Figura 20: Projeto executivo implantado ao levantamento topográfico	47
Figura 21: Escavadeira hidráulica limpando o Canal Capoeira	48
Figura 22: Obstrução do fluxo do rio para construção de ensecadeiras no Canal Capoeira	49
Figura 23: Bombeamento hidráulico para diminuição do fluxo d’água no Canal Capoeira	50
Figura 24: Construção de ensecadeiras no Canal Capoeira	50
Figura 25: Desvio do Canal Capoeira	51
Figura 26: Locação das margens do Canal Capoeira para abertura da vala	52
Figura 27: Vala aberta com o auxílio da topografia	52
Figura 28: Lançamento das placas para o escoramento da vala	53
Figura 29: Fixação das escoras com o auxílio do guindaste e da escaveira	53
Figura 30: Assentamento de rachão para a compactação da base	54
Figura 31: Assentamento de brita 2 para a compactação da base	55
Figura 32: Acerto manual de brita 2 para a compactação da base	55
Figura 33: Locação das peças pré-moldadas	56
Figura 34: Guindaste fazendo lançamento das peças pré-moldadas	56
Figura 35: Escavadeira fazendo içamento das peças pré-moldadas	57
Figura 36: Guindaste fazendo assentamento das peças pré-moldadas	57
Figura 37: Assentamento da peça pré-moldada com o auxílio da força braçal	58
Figura 38: Nivelamento da peça pré-moldada	59
Figura 39: Rejunte de vedação	60
Figura 40: Execução das formas para a concretagem das vigas de amarração	61
Figura 41: Concretagem das vigas de amarração	61
Figura 42: Viga de amarração concretada	62
Figura 43: Execução das formas dos guardas-corpos	63
Figura 44: Guarda – corpos finalizados	63
Lista de tabelas
Tabela 1: Definição das normas operacionais	30
	
Lista de abreviaturas e siglas
INEA – Instituto Estadual do Ambiente
FMP - Faixas Marginais de Proteção
FNA - Faixas Non Aedificandi
SLAM - Sistema de Licenciamento Ambiental
APP - Área de Preservação Permanente
AUC - Área Urbana Consolidada 
EIA – Estudo de Impacto Ambiental
ADA – Área Diretamente Afetada
AID – Área de Influência Direta 
AII - Área de Influência Indireta
PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
1. INTRODUÇÃO 
 
 De acordo com o Ministério das Cidades existem várias metodologias que buscam avaliar a situação do saneamento básico no Brasil (BRASIL, 2015). 
Com base nessa afirmação a canalização dos rios em centros urbanos, é uma intervenção necessária para aumentar a capacidade de vazão de córregos em áreas que sofrem com enchentes, queda das encostas provocadas pelo aprofundamento das calhas fluviais e erosões das margens dos rios.
A realização desse tipo de obra exige um projeto que considere as características hídricas do local. Também requer a superação de uma série de desafios técnicos, da necessidade de reduzir interferências urbanas a imprevistos geotécnicos. Os esforços são sempre no sentido de garantir uma intervenção eficaz e com o mínimo impacto ambiental. 
O modelo de construção foi concretizado adotando os sistemas de informações e bancos de dados disponíveis sobre saneamento básico, considerando que cada qual, foi concebido sob uma lógica diferenciada e que grande parte está incompleta e/ou desatualizada (op. cit.: p. 15).
 Uma etapa crítica no processo de canalização é o licenciamento ambiental, necessário para a liberação da obra, que não é uma solução livre de efeitos colaterais. A correção do rio e a aplicação de revestimento impermeável elevam a velocidade de escoamento da água, gerando aumento dos picos de vazão com impactos ao seu fluxo, jusante. Isso significa que, se o projeto não for realizado corretamente, a canalização pode apenas transferir de lugar o problema da inundação, em vez de resolvê-lo. 
Portanto, a necessidade de produzir canalizações ambientalmente mais sustentáveis vem induzindo mudanças na forma de se projetar e executar esse tipo de obra. Uma tendência é prover intervenções mais suaves. Isso pode ser feito com ações como a utilização de revestimentos permeáveis, a preservação da curva natural do córrego, a ampliação das áreas verdes e a construção de piscinões em pontos estratégicos.
 O projeto deve também lançar mão de informações consistentes sobre a bacia hidrográfica em questão, bem como da geotecnia local. O conhecimento das condições climáticas também é decisivo para o sucesso da obra. As condições de hidrologia do local vão determinar, por exemplo, se o curso da água necessita ser desviado temporariamente para a execução da obra ou não.
 
1.1. Contextualização
A inegável necessidade de diminuir os impactos ambientais causados por poluentes, com essa afirmativa, a canalização ainda é um "mal necessário" em muitas situações, já que em áreas urbanas há grande impermeabilização do solo, o que aumenta o volume da água que vai para o córrego, durante as chuvas. "Isso faz com que seja preciso aumentar a capacidade de vazão do córrego, tornando necessária a canalização." 
1.2. Hipótese
A principal hipótese deste trabalho é demonstrar de forma clara e objetiva o processo executivo de canalização de rios urbanos, demonstrando o seu processo de construção, visando as premissas instituídas pela Lei Federal nº 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e pelo Decreto nº 7.217/2010, que regulamenta a referida Lei.
 1.3. Meios de Pesquisa
As pesquisas para este trabalho de conclusão de curso, foram utilizadas fontes de pesquisas teóricas e práticas, como: livros, sites, trabalhos de conclusão de curso, teses de mestrados e principalmente um estudo de caso de uma obra localizada no Estado do Rio de Janeiro e para tanto um breve estudo histórico de sua utilização.
1.4. Objetivo Geral
Apresentar os processos construtivos de canalização em rios urbanos com o auxílio da topografia. 
1.5. Objetivos Específicos 
Apresentar a canalização como alternativa para a diminuição das enchentes nas áreas urbanas;
Expor o processo de construção com o auxílio da topografia.
1.6. Justificativa
O trabalho aqui apresentado se justifica por tratar de um conjunto de obras públicas de grande interesse social, que beneficiarão as cerca de 56.575 mil pessoas residentes na região de realização e permitirão, ao mesmo tempo: eliminar as inundações provocadas pelas cheias do Canal Capoeira; retirar as famílias que estão em área de risco ao longo do canal; promover a recuperação desses cursos de água. 
A canalização do Canal Capoeiraampliará e aprofundará a sua seção de escoamento, a fim de evitar transbordamentos. Hoje, as inundações provocadas pelas cheias do Canal Capoeira e de seus afluentes no bairro de Sepetiba ocorrem em todas as temporadas de chuvas.
Elas se devem à impermeabilização do solo do entorno do canal por uma ocupação urbana desordenada, ao assoreamento de seu leito, ao lançamento de lixo e o despejo de esgotos sem qualquer tratamento, que acabam também por degradar todo o curso d’água. 
Põem em risco a segurança e a saúde da população, bem como acarretam prejuízos e transtornos às pessoas que moram, estudam e trabalham nessa região, o que justifica as obras de recuperação e canalização propostas para o empreendimento. 
1.7. Escopo do Trabalho
O presente trabalho se estrutura em cinco capítulos de modo a discutir o tema e o problema proposto de forma clara e objetiva, organizados da forma descrita a seguir: 
O capítulo 1, corresponde à introdução, com a contextualização, justificativa do tema, objetivos e estrutura do trabalho.
O capítulo 2, por sua vez, o referencial teórico, teve embasamento em leitura de artigos, teses, dissertações, livros e materiais disponibilizados na internet onde foi possível verificar uma revisão bibliográfica sobre o tema em estudo.
O capítulo 3, apresenta os procedimentos metodológicos, abordando as técnicas utilizadas para canalização do rio urbano junto as técnicas de topografia. 
O capítulo 4, foi feito um desenvolvimento da pesquisa que se deu através do estudo de caso. 
 O capítulo 5, contém a conclusão obtida pelo trabalho.
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
Com base nos estudos de caso, em leitura de artigos, teses, livros e materiais disponibilizados na internet foi possível verificar uma revisão bibliográfica sobre o material em estudo. Tal revisão é de suma importância para o trabalho aqui apresentado, especificamente nesse que objetiva à conclusão de um curso acadêmico. 
Foi dado prosseguimento ao tema, relacionando-se por estabelecer um método lógico, qual seja partindo-se de premissas gerais até situações particulares. Inicialmente com o objetivo de identificar e caracterizar os impactos ambientais referentes às etapas de Planejamento, Implantação e Operação do projeto em análise, a metodologia utilizada compreendeu as etapas a seguir relatadas: a primeira consiste na identificação dos impactos ambientais potenciais relacionados ao planejamento, implantação e operação do empreendimento. A segunda, na análise destes impactos ambientais, quanto à sua localização, natureza, duração, reversibilidade, entre outros aspectos, que caracterizam os impactos identificados.
2.1. Histórico de Canalização no Brasil
A cidade nasce da água. A história urbana pode ser traçada tendo como eixos as formas de apropriação das dinâmicas hídricas. A trajetória das relações entre cidades e corpos d’água reflete, assim, os ciclos históricos da relação entre homem e natureza. (MELLO, 2008)
A história da canalização de rios urbanos no Brasil pode ter o seu início no meio do Século XIX, por volta do ano de 1850, quando se iniciou a canalização do Rio Maracanã localizado no estado do Rio de Janeiro. (Missaci, 2009) 
Outro projeto notório da época, (Figura 1) foi o da nova capital da cidade de Belo Horizonte, Córrego do Acaba Mundo antes da sua canalização na Rua Bernardo Guimarães ao fundo a Avenida Afonso Pena. Onde os cursos d'água atravessariam a zona urbana. Essas medidas visavam adequar os cursos d'água ao crescimento urbano, pois a canalização possibilitaria a abertura das vias projetadas e a construção e ocupação dos quarteirões. Era uma medida que permitia a continuidade da expansão da malha urbana. (Borsagli, 2018). (Figura 2).
Figura 1: Córrego do Acaba Mundo antes da sua canalização na Rua Bernardo Guimarães ao fundo a Avenida Afonso Pena
Fonte: Arquivo Público Mineiro - APM 
 
Figura 2: Córrego do Acaba Mundo recém canalizada para a Avenida Afonso Pena
Fonte: Arquivo Público Mineiro - APM 
 2.2. Tipos de Canalização
Os tipos de canalização se dividem em dois processos construtivos, que são do tipo de canalização a céu aberto (Figura 3) e a canalização subterrânea (Figura 4). 
Figura 3: Canalização a céu aberto; Canal Capoeira
 Fonte: Arquivo pessoal
 
Figura 4: Canalização subterrânea, Córrego da Serra no bairro Funcionários
Fonte: Arquivo Público Mineiro - APM
2.3. Sistemas Construtivos
As técnicas utilizadas no sistema construtivo visam um padrão de conhecimentos técnicos e específicos para a canalização de rios urbanos. 
O aprimoramento das tecnologias do concreto aliado à necessidade de superar condições de logísticas desafiadoras, especialmente em grandes centros urbanos, estimulou a busca de sistemas construtivos que garantam maior agilidade às obras. (Nedavaska, 2017) 
Segundo “Nedavaska, 2017 todo projeto de canalização deve considerar as características hídricas do local, requer superação de uma série de desafios técnicos, com a necessidade contínua de reduzir as interferências urbanas e impactos geológicos”. 
Um dos destaques para o método construtivo mais eficiente até o momento é o uso de pré-fabricados de concreto que, chegam prontas para a montagem no canteiro. As peças pré-moldadas de concreto ganharam importância ao reduzir o tempo de obra e os transtornos decorrentes da realização dos serviços. 
Está crescente se deu até pouco tempo atrás, onde as canalizações eram feitas em sua maioria com peças moldadas no local (Figura 5). Era preciso escavar, acertar o leito, montar as fôrmas, produzir e aplicar o concreto, com isso o processo construtivo era mais trabalhoso e demorado. 
Figura 5: Canalização moldada no local
Fonte: https://guiaecologico.wordpress.com/2009/10/02/conservar-sim-canalizar-jamais-diga-nao-a-canalizacao/ 
Paredes de concreto e aduelas pré-moldadas foram utilizadas na canalização do córrego Ponte Baixa, na zona sul de São Paulo, no trecho entre a Estrada do M’Boi Mirim e a sua foz no Canal do Guarapiranga. A obra, concluída em 2016 e com 3,5 quilômetros de extensão, engloba a construção de um complexo viário que beneficiou cerca de 550 mil pessoas, segundo a administração municipal. Para reduzir a velocidade de escoamento da água, o projeto previu a instalação de degraus de amortecimento.
Embora cada projeto tenha sua particularidade, as obras de canalização costumam seguir um roteiro que pode ser dividido em seis etapas principais. (Spitzkopf, 2017). São elas:
1. desapropriação das áreas urbanas (quando necessário);
2. escoramento e terraplenagem;
3. desvio de córrego, escavação e consolidação do solo;
4. preparo de base e assentamento de galerias;
5. reaterro;
6. desvio do córrego para seu curso natural e reurbanização da área trabalhada.
 	Há, também, o uso maciço de máquinas para auxiliar a execução da estrutura em si, como guindastes lançadeiras, guindastes e muncks. (Nedavaska, 2017)
A etapa de consolidação de solo costuma empregar máquinas como perfuratriz para execução de tirantes e bombas para drenagem de água e rebaixamento de lençol freático. (Spitzkopf, 2017)
A especificação de cada equipamento depende muito das condições de acesso às obras, do terreno e da solução adotada. No caso dos equipamentos para içamento, por exemplo, um critério de seleção é o peso a ser içado e o local de operação. 
Para a realização desses serviços, são largamente utilizados equipamentos de terraplenagem, como escavadeiras hidráulicas (Figura 6), tratores de esteiras, pá-carregadeiras e moto niveladoras.
Figura 6: Escavadeira hidráulica limpando o Canal Capoeira
Fonte: Arquivo Pessoal
2.3.1. Técnicas Topográficas 
O conhecimento de uma área através de representação gráfica definindo tamanho, contorno, relevo, acidentes naturais, detalhes como edificações e sua posição relativa de uma parte da superfície terrestre, são frequentes preocupações dos profissionais responsáveis por planejamentos e projetos urbanos e rurais,ou ainda, por todos aqueles que têm necessidade de conhecer os elementos que caracterizam uma área. Quando essa representação gráfica se refere a uma parte restrita da superfície terrestre, o problema é objeto da topografia. (Silva, 2009) 
Para “Garcia e Piedade (1979), a topografia preocupa-se com processos de medição e normas de representação. Num levantamento topográfico efetuam-se as medições das distâncias horizontais e verticais em unidades de comprimento e as direções em unidades de arco”.
 Obedecendo às normas de representação NBR 6492/94 – Representação de Projetos de Arquitetura, efetua-se o desenho através das distâncias e das coordenadas polares exatamente como foram obtidas no campo ou através de 9 distâncias obtidas da transformação dos dados em coordenadas retangulares. (Garcia e Piedade, 1979)
Segundo “Garcia e Piedade (1979), a topografia tem por objetivo o estudo que trata da descrição de uma parte limitada da superfície terrestre, desenvolvendo hipóteses para representar graficamente sua projeção horizontal”. 
“Doubek (1989) cita que a topografia tem por objetivo o estudo dos instrumentos e métodos utilizados para obter a representação gráfica de uma porção do terreno sobre uma superfície plana”. 
Para “CUIABANO, (2006) a topografia tem por objetivo o estudo dos métodos utilizados para obter a representação gráfica, em uma escala adequada, dos resultados das atividades de levantamento de campo (execução de medições, de ângulos, distâncias e desníveis), para a determinação dos contornos, dimensões e posições relativas em determinadas áreas de terrenos, de maneira a permitir representar uma porção da superfície terrestre sobre uma superfície plana, sem levar em conta a curvatura resultante da esfericidade terrestre”.
2.4. Vantagens e Desvantagens da Canalização de Rios Urbanos
	As vantagens da canalização de rios urbanos permitem a condução das cheias sem transbordamentos, eliminando a ocorrência de enchentes na área ao longo do seu percurso. (Vieira, 2007)
Este processo necessariamente retira as famílias que vivem em área de risco ao longo do rio. Na implantação da canalização é efetuada a regularização dos lançamentos de esgotos no curso d’água, contribuindo efetivamente para a sua recuperação.
Os benefícios da canalização são:
diminuir a área ocupada pelo curso d'água;
aumentar sua calha e assim o volume da água que pode passar;
aumentar a velocidade de escoamento e a drenagem do rio;
acabar com o assoreamento;
não ter que coletar o esgoto que é jogado nos rios.
Fonte:https://pt.wikibooks.org/wiki/Manual_de_urbanismo/Canaliza%C3%A7%C3%A3o_e_Retifica%C3%A7%C3%A3o_de_Cursos_D%27%C3%A1gua
Com outra visão sobre a canalização de rios urbanos, “Costa (2017) diz que a transformação dos rios em canais é uma execução corrente na maior parte das cidades brasileiras, que lamentavelmente tem ido contra à propensão adotada mundialmente de salvação das paisagens naturais, tão bem-sucedida, a exemplo do Rio Cheonggyecheon, na Coreia do Sul”. (Figura 7)
Figura 7: Canalização do córrego Cheonggyecheon em Seul, na Coreia do Sul
Fonte: (Nghia Khanh/ Shutterstock.com)
Entre suas consequências, pode-se enfatizar a alteração do ciclo hidrológico. Com o leito de rios e córregos revestidos por elementos impermeáveis, a água não se infiltra no solo e, de modo consequente, não chega aos lençóis freáticos subterrâneos. Sem obstáculos naturais, os cursos d’água correm mais acelerado em canais lineares. Evitando inundações em um certo trecho, porém elas passam a ser mais destrutivas em trechos mais à frente, uma vez que a água chega com uma rapidez bem maior. 
Ainda segundo “Costa (2017), as enchentes têm sido formadas, pela impermeabilização do solo. A canalização é, na realidade, uma falsidade para as complicações urbanas. Essa providência ignora as qualidades naturais dos cursos d’água e, especialmente, o feito de eles serem essenciais à regulação climática, à biodiversidade, à vida. As canalizações de rios urbanos produzem um resultado cumulativo e sinérgico de bombas d’água”. 
As margens de rios e córregos precisam escoar em leito natural. A infiltração é fundamental para compor a porção de água dos rios e córregos e oferecer seu fluxo subterrâneo até os mares e oceanos. Sem infiltrar, mais água é retida na superfície, provocando inundações nas áreas mais baixas. (Costa, 2017)
Segundo “(Costa, 2017), cobertos por grandes avenidas, vários cursos d’água são lembrados apenas ao transbordarem, no momento em que o volume de água e lixo ultrapassa a capacidade de acúmulo de suas galerias”.
 2.5. Normativas Aplicáveis a Canalização de Rios Urbanos 
Com uma análise detalhada das atividades da obra, identificação dos impactos potenciais ao meio ambiente, locais de incidência, magnitude e a identificação de medidas de controle e normas aplicáveis na execução dos serviços. Serviços estes que são descritos no Instituto Estadual do Ambiente (INEA). 
 	Estabelecem as especificações ambientais para construção. Trata-se de atividade a ser desenvolvida no detalhamento dos programas e consiste em um conjunto de diretrizes e especificações destinadas a orientar as atividades de operação do canteiro e das frentes de obra, a utilização, recuperação de áreas de apoio, medidas de segurança para os trabalhadores, dos usuários das vias e da população próximas às obras. (INEA, 2008)
Estas especificações ambientais devem fazer parte dos editais de licitações das obras. O planejamento ambiental da construção, que consiste em adequar o plano de ataque das obras proposto pela construtora contratada de modo a considerar os requisitos decorrentes do processo de licenciamento, localização do canteiro e das instalações de apoio. Trata-se de atividade a ser desenvolvida pela construtora e submetida à aprovação da Supervisão Ambiental, antes do início das obras. 
	Segundo a Resolução INEA Nº130 de 10 de dezembro de 2015 esta lei operacional se aplica aos setores do INEA envoltos no processamento de demarcação das Faixas Marginais de Proteção (FMP) e/ou Faixas Não Edificantes - Non Aedificandi (FNA) de corpos d’água inseridos no Estado do Rio de Janeiro, tal como serve de embasamento aos requerentes que solicitam, juntamente ao órgão ambiental, a demarcação de FMP e/ou FNA para os corpos d’água situados próximos aos empreendimentos ou atividades de relevância para esses, os quais sejam requeridos documento do Sistema de Licenciamento Ambiental (SLAM).
	Segundo o INEA o Sistema de Licenciamento Ambiental (SLAM), instituído pelo Decreto Estadual nº 42.159, de 2 de dezembro de 2009, e alterado pelo Decreto Estadual nº 44.820, de 2 de junho de 2014, define os empreendimentos e atividades que estão sujeitos ao licenciamento ambiental, bem como os tipos de documentos que são emitidos em cada caso. 
O decreto contribuiu para a simplificação do licenciamento, pois incorporou instrumentos das Agendas Azul e Verde, como as autorizações para a intervenção em corpos hídricos e supressão de vegetação.
Considere, para efeitos da Norma Operacional INEA Nº 130 de 10 de dezembro de 2015, as definições a seguir:
Tabela 1: Definição das normas operacionais:
	TERMO / SIGLA
	OBJETO
	
Área de Preservação Permanente - APP
	São áreas protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. No presente documento são abordadas as APPs das margens de cursos d’água e nascentes.[1: Contínua]
	Área Urbana Consolidada - AUC
	Área que possui os quesitos descritos no Art. 4° do Decreto nº 42.356/2010.
	
Canal artificial
	Sulco ou fosso, resultante de uma obra de engenharia, para escoamento ou alimentação de água e comunicação entre corpos d’água, não sendo alimentado por nascentes próprias. Alguns cursos d’água após serem retificados recebem a denominação de canal ou vala,mas são distintos dos canais artificiais, pois são cursos d’água naturais que sofreram intervenções hidráulicas em alguns trechos. Canal de adução, que é utilizado para a condução de água, é considerado um canal artificial.
	
Canal ou vala de drenagem
	Canal artificial, executado para escoamento de água da chuva ou excedente da irrigação
	
Corpo d’água
	Termo que representa as coleções hídricas existentes: curso d’água, trecho de rio, reservatório artificial, lago, laguna, lagoa ou aquífero. Também é utilizado o termo Corpo Hídrico.
	
Curso d’água canalizado/retificado
	Curso d’água natural submetido a qualquer intervenção hidráulica que tenha como consequência alterar, total ou parcialmente, o seu traçado ou percurso original.[2: Contínua]
	
Curso d’água capeado
	Curso d'água que se encontra, no trecho em questão, com seu escoamento confinado em uma seção fechada, como por exemplo, galeria subterrânea, e que seu acesso é dado apenas através de poços de visitas.
Fonte: http://www.inea.rj.gov.br/cs/groups/public/documents/document/zwew/mte0/~edisp/inea0114700.pdf
	
Ainda segundo a Resolução INEA Nº130, faz-se uso das seguintes normas e/ou deliberações:
NBR 13.133/1994 - versão corrigida em 1996 - Esta Norma fixa as condições exigíveis para a execução de levantamento topográfico.
 
NBR 10.067/1995 – Versão sobre princípios gerais de representação em desenho técnico – Procedimento.
2.6. Problemáticas Ambientais
A canalização na maioria das vezes, reflete as condições da “cidade formal”, coberta por infraestrutura urbana e com ruas e avenidas implantadas ao longo das canalizações fluviais e interceptores de esgotos, mas ao contrário disso que é apresentado, representa um cenário mais grave, uma vez que de forma geral, está associado à ocupação de assentamentos precários, reconhecidos como a “cidade informal”. 
Segundo “Grostein (2001), as condições de degradação dessas áreas, que crescem e se consolidam na ilegalidade urbana, exacerbam os seus problemas ambientais e sociais”. (Figura 8) 
Figura 8: Trecho do Canal Capoeira com problemas ambientais e sociais
Fonte: Arquivo pessoal
Com o objetivo de identificar e caracterizar os impactos ambientais referentes às etapas de Planejamento, Implantação e Operação da obra em análise, a metodologia utilizada compreendeu as etapas a seguir relatadas: a primeira consiste na identificação dos impactos ambientais potenciais, relacionados ao planejamento, implantação e a execução da obra. A segunda na análise destes impactos ambientais, quanto à sua localização, natureza, duração, reversibilidade, magnitude, significância, entre outros aspectos, que caracterizam os impactos identificados. 
Para a primeira etapa – identificação dos impactos, optou-se pela formulação de uma Matriz de Interação, onde são inter-relacionados os fatores geradores de impactos e os aspectos ambientais relevantes, organizados de acordo com os componentes dos meios que serão afetados pelo empreendimento. (LEOPOLD et al.,1971) 
A partir do conhecimento das áreas de influências definidas e estudadas no Diagnóstico Ambiental dos Meios Físico, Biótico e Socioeconômico e com o entendimento de como serão realizadas a implantação e a operação do empreendimento, foi possível elaborar uma relação de ações/atividades que serão implementadas e que poderão causar algum impacto ambiental nos meios estudados, denominados de fatores geradores de impactos. 
A identificação destes fatores decorre da experiência da equipe técnica alocada nos trabalhos, na análise de empreendimentos semelhantes e na avaliação de impactos decorrentes da implantação deste empreendimento. Os fatores e as ações geradoras de impactos derivadas do empreendimento, relacionados de acordo com as fases do empreendimento consideradas no presente Estudo de Impacto Ambiental (EIA).
2.6.1. Fases da Execução da Obra e os Fatores Geradores de Impactos
2.6.1.2. Planejamento
Divulgação da execução da obra; Levantamentos de campo (dados sócios econômicos e ambientais, investigações geológicas / geotécnicas, etc.); Processo de oficialização / comunicação da desocupação dos imóveis. 
2.6.1.3. Implantação
Desapropriação de imóveis residenciais e comerciais, reassentamento de famílias. Mobilização de mão-de-obra; Implantação e operação do canteiro de obras/ canteiros de apoio; Desocupação e demolição de imóveis / limpeza da área; Supressão de vegetação e limpeza de terrenos; Construção de acessos e desvios temporários/ provisórios; Tráfego/movimentação de veículos pesados, máquinas e /ou equipamentos; Terraplenagem (cortes, aterros, movimentação de terra); Escavação em rocha (material de 3ª Categoria); Disposição de material de entulho; Exploração de jazidas de solo; Transporte de material excedente; Execução de corta-rios; Ampliação da calha do curso d'água; Execução de obras de arte correntes; Execução de obras de arte especiais; Execução de obras de Contenção Geotécnica; Manutenções corretivas/ operações de abastecimento dos veículos e equipamentos; Implantação de projeto paisagístico ao longo do sistema viário; Interferências - remanejamento de serviços públicos; Restauração do sistema viário utilizado pela obra; Desmobilização dos canteiros de obra e áreas de apoio;
Pavimentação. 
A outra variável da Matriz de Interação é representada pelos componentes ambientais relevantes, que decorrem dos levantamentos e da caracterização efetuados no diagnóstico ambiental das áreas de influência do empreendimento.
2.6.2. Meios e Componentes ambientais
2.6.2.1. Físico
 
Qualidade do ar; Níveis de ruído; Nível de vibração; Geologia, geomorfologia e geotécnica; Recursos hídricos superficiais; Solos; Recursos hídricos subterrâneos;
2.6.2.2. Biótico
Vegetação Área de Preservação Permanente (APP); Fauna. (Figura 9)
Figura 9: Animal nativo da área a ser implantado o projeto
Fonte: Arquivo pessoal
2.6.2.3. Socioeconômico 
Patrimônio arqueológico e histórico-cultural; Paisagem; Economia; Uso e ocupação do solo; Qualidade de vida da população; Infraestrutura viária e tráfego; Redes de Serviços.
A Matriz de Interação ou de Identificação de Impactos consiste de uma lista de verificação bidimensional de impactos, dispondo, nas linhas, os fatores geradores de impactos e, nas colunas, os componentes ambientais relevantes. A partir da análise sistemática do cruzamento das linhas com as colunas, assinalam-se nas quadrículas correspondentes os impactos de cada ação sobre os componentes por ela modificados.
 
Esse procedimento permite a verificação da interação das ações necessárias à implantação e operação do empreendimento com os componentes da dinâmica ambiental diagnosticada, tornando possível a identificação das potenciais alterações no meio ambiente. A avaliação dos impactos, segunda etapa da metodologia proposta, é realizada a partir da identificação dos mesmos em cada componente ambiental. 
Nesta etapa a caracterização dos impactos, será efetuada, segundo diferentes atributos, em sua mensuração e em sua avaliação propriamente dita. Tal caracterização foi desenvolvida de acordo com o estabelecido pela Resolução CONAMA nº 001/86 sendo adotados os seguintes parâmetros: 
Natureza: positivo, quando pode resultar em melhoria da qualidade de um fator ou parâmetro ambiental, negativo, quando causar dano à qualidade de um fator ou parâmetro ambiental;
Ordem: direto, por decorrência do fator gerador, ou indireto, quando consequência de outro impacto; 
Abrangência espacial: podendo ser de incidência local Área Diretamente Afetada (ADA), Área de Influência Direta (AID), regional Área de Influência Indireta (AII) e estratégico (quando o componente ambiental afetado tem importância coletiva ou nacional).
Duração: temporário, quando ocorre durante certo período de tempo, permanente, quando o efeito não cessa com o tempo, ou cíclico, quando o efeito se manifesta em intervalos de tempo determinados;
Probabilidade de ocorrência: certa, provávelou possível, avaliada com base no conhecimento que se tem sobre o impacto analisado; 
Época da Ocorrência: curto prazo: quando o impacto se manifesta simultaneamente ao fator gerador, ou de médio e longos prazos, quando o impacto se manifesta certo tempo após a ocorrência do fator gerador; 
Magnitude: reflete a dimensão do efeito sobre determinado componente ambiental. A magnitude é avaliada como pequena, média ou grande, com base na abrangência e permanência do impacto sobre o fator ambiental afetado; 
Importância: baixa, média ou alta em relação à significância do impacto sobre o fator ambiental, em relação a outros impactos; 
Mitigação: mitigável ou não mitigável e apresentação da (s) medida (s) mitigadora (s) proposta (s). Se mitigável podem ser divididas em medidas Preventivas, Corretivas, Compensatórias e Potencializadoras, conforme exposto a seguir:
Medidas Preventivas: compreende as ações e atividades propostas cujo fim é prevenir a ocorrência de impactos negativos; 
Medidas Corretivas: compreende as ações e atividades propostas com a finalidade de corrigir os impactos negativos que venham a ocorrer; 
Medidas Compensatórias: compreende as ações e atividades propostas para a compensação daqueles impactos negativos que não podem ser prevenidos e nem corrigidos; 
Medidas Potencializadoras: compreende as ações e atividades propostas para otimizar e/ou ampliar os efeitos de impactos positivos.
Durante a execução da obra são realizadas diversas atividades que produzem resíduos sólidos, desde a supressão de vegetação, demolições, instalação e operação do canteiro de obras, escavações e a execução das obras propriamente dita. Desta maneira, em praticamente todas as intervenções de grande porte, é comum a produção de grande quantidade de entulho de construção civil, solos, material de escavação em rocha, lixo, resíduos de oficina, resíduos de refeitórios. (FRIGO, SILVEIRA, 2012). 
É previsível que a maior quantidade de resíduos sólidos será produzida nas áreas de implantação das obras de canalização e das vias marginais, além do canteiro de obras e canteiros de apoio. 
De fato, a maior quantidade de resíduos será produzida nas escavações em solo e em rocha, quando não aproveitados nas obras, são denominadas de material excedente e devem ser removidos, transportados e depositados em local devidamente licenciado para tal atividade. 
Os resíduos devem ser devidamente separados e armazenados, visando o posterior encaminhamento para destinação adequada, de acordo com sua classificação. Quando estes procedimentos deixam de ser adotados é que de fato torna-se um impacto ambiental.
 
Desta forma, todas as atividades desde a geração, tratamento, acondicionamento, armazenamento, transporte e destinação final desses materiais devem ser monitoradas e gerenciadas de forma eficiente. 
É importante ressaltar que os diferentes tipos de resíduos possuem sua classificação para registro, atendendo à Resolução CONAMA 313/02, que dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais, a NBR 10.004/04, que trata da classificação dos resíduos sólidos e a Resolução CONAMA 275/01, que estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos gerados, com vistas à identificação, coleta seletiva e reciclagem. 
Da mesma forma, o acondicionamento e disposição final destes produtos devem seguir os padrões estabelecidos segundo as normas NBR 11.174/90 – Armazenamento de Resíduos Sólidos – Classes II e III e NBR 12.235/92 – Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos – Classe I.
3. METODOLOGIA
A metodologia utilizada para descrever a realização dos sistemas construtivos se baseou na coleta direta de um estudo de caso. Estes dados foram sistematizados de forma a consolidar um cenário abrangente e atual das condições políticas, sociais, ambientais, institucionais e técnicas dos sistemas e serviços de saneamento básico – limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. 
Esta metodologia também se ocupou de fazer uma caracterização geral das técnicas topográficas utilizadas para a execução da construção. A partir deste patamar de referência situado pelo diagnóstico – base sobre a qual foi formulada a política pública municipal de saneamento básico – construiu-se um referencial teórico que fosse capaz de responder de forma adequada à elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB).
Com o objetivo de descrever a realização dos sistemas construtivos com base na normativa aplicável, Resolução INEA Nº130, que se aplicam aos seguintes processos de demarcação das Faixas Marginais de Proteção (FMP) e/ou Faixas Não Edificantes - Non Aedificandi (FNA) de corpos d’ água inseridos no Estado do Rio de Janeiro, como:
área de Preservação Permanente - APP
área Urbana Consolidada - AUC
canal artificial
canal ou vala de drenagem
corpo d’água
curso d’água canalizado/retificado
curso d’água capeado
Com isso caracterizar os impactos ambientais referentes às etapas de execução da obra em análise, a metodologia utilizada compreendeu as etapas a seguir relatadas: a primeira consiste no levantamento topográfico para a identificação dos impactos ambientais potenciais relacionados ao planejamento, implantação e a execução da obra. A segunda na análise destes impactos decorrente a execução da obra, quanto à sua localização, natureza, duração, reversibilidade, magnitude, significância, entre outros aspectos, que caracterizam os impactos identificados.
4. DESENVOLVIMENTO 
4.1. Equipamentos e Materiais
Para a execução da obra de canalização do Canal Capoeira, alguns equipamentos e materiais foram indispensáveis para se obter o cronograma dentro do planejamento do projeto implantado, tais como escavadeiras hidráulicas (Figura 10), retroescavadeiras (Figura 11), guindaste (Figura 12), gerador de 33 KVA para utilização das bombas hidráulicas (Figura 13), entre outras. Seguem as figuras dos equipamentos e materiais básicos:
Figura 10: Escavadeira hidráulica - É a designação genérica aos vários tipos de máquinas de escavar, de revolver ou remover terra ou de retirar aterro.
 Fonte: Arquivo pessoal
Figura 11: Retroescavadeira - É um trator que possui uma caçamba na parte frontal e outra na traseira, isso faz dela uma máquina multitarefa.
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 12: Caminhão Munk “Guindaste” - É um equipamento utilizado para içamento vertical de carga e descarga de materiais pesados dentro de um canteiro de obras.
 Fonte: Arquivo pessoal
Figura 13: Gerador de 33 KVA para utilização das bombas hidráulicas – É um dispositivo destinado a manter uma diferença de potencial entre os dois pontos aos quais estão ligados; têm como função básica aumentar a energia potencial das cargas que os atravessam.
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 14: Betoneira - É o equipamento utilizado para mistura de materiais, na qual se adicionam cargas de pedra, areia e cimento mais água, na proporção e textura devida, de acordo com o tipo de obra.
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 15: Caminhão Basculante - É um tipo específico de caminhão equipado com uma caçamba articulada na parte traseira, destinado ao transporte de grandes quantidades de material.
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 16: Rachão
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 17: Brita 2
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 18: Peças de concreto pré-moldadas e gabarito de ferro fundido
Fonte: Arquivo pessoal
4.2. Levantamento Topográfico 
A elaboração do levantamento planialtimétrico foi o primeiro passo a ser dado na execução da obra, afim de obter todas as informações e possíveis interferências relacionadas ao projeto a ser implantado. (Figura 19)
Esse levantamento foi fundamental, pois pode constituir todos os elementos característicos da área, na sua utilização de poder destacar o planejamento de atividades, uso do solo e suas capacidades de uso.
 Figura 19: Estação total utilizada para levantamentos topográficos
 Fonte: Arquivo pessoal
4.3.Implementação do Projeto ao Levantamento Topográfico
Nesse processo é implementado o projeto executivo da obra ao levantamento topográfico, aonde foram levantados além do Canal Capoeira todas as referências e interferências que na área continham. (Figura 20)
Figura 20: Projeto executivo implantado ao levantamento topográfico
Fonte: Arquivo pessoal
4.4. Limpeza do Canal
A limpeza do canal, como o conjunto de operações de destacamento, escavação e remoção de resíduos, a fim de permitir o livre escoamento das águas pluviais ao longo de suas calhas. 
As condições físicas e o porte dos canais determinam o tipo de limpeza recomendável, existem 3 tipos de limpezas: limpeza mecânica, limpeza manual e limpeza mista. 
Para esta obra foi optada pela limpeza mecânica (Figura 21), pois é a que melhor se adequou ao planejamento por ser mais rápida aos serviços no canal. A empresa que executou os serviços teve que apresentar o “planejamento de execução”, detalhando o projeto básico, embasado em inspeções locais com definição do tipo e forma de limpeza, frentes de serviço, localização de bota-foras provisórios, sistema de sinalização e outros, o qual deverá atender às condições de contrato, quanto a prazos e cronograma físico-financeiro. 
A Fiscalização em conjunto a empresa contratada, EMPREITEIRA / FISCALIZAÇÃO, fizeram o requerimento junto ao Órgão Estadual do Meio Ambiente, a “Licença Ambiental”, para dar início aos trabalhos de campo, como mostra na (Figura 21), escavadeira realizando a limpeza do Canal. 
Figura 21: Escavadeira hidráulica realizando a dragagem no Canal Capoeira
Fonte: Arquivo pessoal
4.5. Desvio do Curso do Canal
Já no planejamento da obra, foi preciso definir os procedimentos a serem adotados para o desvio do canal para construção da obra, analisando criteriosamente todos os aspectos técnicos e financeiros. 
Os procedimentos a serem adotados para o desvio do rio dependeram de alguns aspectos, como do volume de água do rio e de sua largura. São basicamente três os procedimentos adotados para o desvio do rio: 
Quando o volume de água não é grande e há espaço suficiente na região do eixo da barragem, o desvio pode ser feito através de uma tubulação de fundo;
Quando o volume de água é grande e o rio tem largura suficiente, pode-se adotar o procedimento de construção de ensecadeiras, onde se constrói primeiramente uma ensecadeira, estrangulando o rio e orientando para posições mais convenientes à construção da obra, no seu próprio leito. Construída a base da barragem dentro da ensecadeira, desviando o volume de água do rio para estas galerias de concreto.
Em vales fechados, onde a construção de ensecadeiras não é possível, o rio deve ser desviado através de “canais” ou “túneis” escavados nas ombreiras.
Para esta obra foi adotada o procedimento por enscadeiras, onde fez-se primeiro o estrangulamento do canal (Figura 22) obstruindo o fluxo do canal, logo após se utiliza uma bomba hidráulica para a diminuição do fluxo d’água (Figura 23). Por fim se utiliza estacas para o travamento da barreira. (Figura 24). Obtendo assim o desvio do curso do canal. (Figura 25)
Figura 22: Obstrução do fluxo do rio para construção de ensecadeiras no Canal Capoeira
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 23: Bombeamento hidráulico para diminuição do fluxo d’água no Canal Capoeira
 Fonte: Arquivo pessoal
Figura 24: Construção de ensecadeiras no Canal Capoeira
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 25: Desvio do Canal Capoeira
 Fonte: Arquivo pessoal
4.6. Abertura da Vala com o Auxílio da Topografia
Antes de iniciar a execução da canalização deve-se primeiro materializar em campo os pontos que definirão posições estratégicas da obra, para o lançamento exato de cada peça pré-moldada assim como a localização de abertura das valas, como eixos e cotas de nível do canal. Neste sentido a locação tem grande importância, pois um erro durante o processo de locação pode resultar diretamente num erro da execução da obra. (Figura 26)
É a técnica que permite que a locação de pontos em campo seja feita diretamente empregando as coordenadas dos mesmos com necessidade de cálculos intermediários da distância e direção. Isto é feito indicando-se em que direção o auxiliar de topografia deve se deslocar até chegar na posição desejada. (Figura 27)
Figura 26: Locação das margens do Canal Capoeira para abertura da vala
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 27: Vala aberta com o auxílio da topografia
Fonte: Arquivo pessoal
4.7. Escoramento da Vala
O escoramento das valas é um serviço frequentemente utilizado em obras de saneamento, drenagem, para evitar desmoronamentos e manter estáveis os taludes das escavações. O objetivo é garantir condições para a realização das atividades no local e, principalmente, a segurança dos trabalhadores. As peças são içadas com o auxílio da escavadeira hidráulica (Figura 28) e do guindaste munk. (Figura 29) 
Figura 28: Lançamento das placas para o escoramento da vala
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 29: Fixação das escoras com o auxílio do guindaste e da escaveira
 Fonte: Arquivo pessoal
4.8. Base para Assentamento das Peças Pré-Moldadas 
Para o assentamento adequado das peças pré-moldadas a base precisa estar bem compactada devido ao grande acumulo de água e umidade no solo. O processo de compactação é feito mecanicamente primeiro com a colocação de rachão (Figura 30) e em seguida a brita 2 (Figura 31). Por fim o nivelamento preliminar é feito manualmente. (Figura 32)
Figura 30: Assentamento de rachão para a compactação da base
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 31: Assentamento de brita 2 para a compactação da base
 Fonte: Arquivo pessoal
Figura 32: Acerto manual de brita 2 para a compactação da base
Fonte: Arquivo pessoal
4.9. Locação das Peças Pré-Moldadas 
Assim como a locação das valas, segue o mesmo processo de locação (Figura 33) para as peças pré-moldadas. Vide o item 4.6. 
Figura 33: Locação das peças pré-moldadas
Fonte: Arquivo pessoal
4.10. Assentamento das Peças Pré-Moldadas
Para o assentamento das peças pré-moldadas são utilizados equipamentos hidráulicos (Figuras 34, 35 e 36) para uma movimentação mais fácil das peças. São utilizados guindaste, escavadeira e um gabarito para a movimentação das peças.
Figura 34: Guindaste fazendo lançamento das peças pré-moldadas
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 35: Escavadeira fazendo içamento das peças pré-moldadas
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 36: Guindaste fazendo assentamento das peças pré-moldadas
 Fonte: Arquivo pessoal
Ao trazer a peça até o local de seu assentamento, desse ponto em diante, é necessário o auxílio da força braçal (Figura 37), para um melhor e mais preciso assentamento.
Figura 37: Assentamento da peça pré-moldada com o auxílio da força braçal
Fonte: Arquivo pessoal
4.11. Nivelamento
O nivelamento, também conhecido como levantamento altimétrico, é também uma técnica topográfica que se executa em uma determinada região e que permite determinar desníveis, ou seja, a diferença de altura de pontos da superfície em relação a outro. 
Para realizar o nivelamento foi utilizado equipamentos chamados de nível óptico com precisão a um plano horizontal ortogonal à vertical em relação ao eixo vertical dos mesmos, sendo assim dando seguimento a execução do assentamento das peças nas cotas exatas. (Figura 38) 
Vale ressaltar que a extensão do Canal que está sendo canalizada tem o comprimento de 83,63 metros e que seu desnível do início ao final da canalização equivale a 3 mm por metro, ou seja, o seu desnível total do início ao final dessa extensão do Canal Capoeira será de aproximadamente 26 cm. 
Figura 38: Nivelamento da peça pré-moldada
Fonte: Arquivo pessoal
4.12. Rejunte de Vedação 
O rejunte é utilizado na obra, pois possui a capacidade de vedar as peças de concreto pré-moldadas, preenchendo os espaços vazios (Figura 39), afim de evitar a penetração de água e umidade entre as peças e fazercom que a aplicação dure por muito mais tempo. Para este tipo de vedação foi utilizado argamassa AC-II pois possui propriedades que permitem absorver os efeitos de variações de temperatura e umidade e à ação do vento, podendo ser utilizada em ambientes internos e externos. 
Figura 39: Rejunte de vedação
Fonte: Arquivo pessoal
4.13. Viga de Amarração
A viga de amarração é um elemento estrutural que se usa em edificações planas ou em construções onde não se prevê a construção de uma laje. Como o nome indica, serve para amarrar ou ancorar as peças pré-moldadas, para que passem a trabalhar em conjunto conferindo maior solidez de concreto armado. São feitas as formas in loco com madeira marítima compensada (Figura 40) e sua concretagem é feita logo após a execução das formas. (Figura 41)
Figura 40: Execução das formas para a concretagem das vigas de amarração
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 41: Concretagem das vigas de amarração
 Fonte: Arquivo pessoal
Figura 42: Viga de amarração concretada
Fonte: Arquivo pessoal
4.14. Guarda Corpo
	Os guarda-corpos tem a função que é garantir a segurança aos usuários e seu uso só é obrigatório diante de um desnível maior do que 1 metro. Do mesmo modo que as vigas de amarração, os guarda-corpos são executados no trecho com formas de madeira e em seguida concretadas. (Figuras 43 e 44)
Figura 43: Execução das formas dos guardas-corpos
Fonte: Arquivo pessoal
Figura 44: Guarda – corpos finalizados
Fonte: Arquivo pessoal
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Estudo de Impacto Ambiental – EIA das obras de Canalização do Canal Capoeira, permitiu identificar e caracterizar os Impactos Ambientais do projeto acima referido nas etapas de Planejamento, Implantação e Operação. 
A construção da obra contemplou tanto a solução do problema de enchentes (fato recorrente na época das chuvas no Canal Capoeira). Como também com a implantação da obra foram reassentados os moradores que ocupavam a área diretamente afetada pelas obras, especialmente as áreas inundáveis do Canal, para outros locais mais seguros e com maior facilidade de acesso aos serviços públicos.
 A abrangência desses impactos será descrita à área diretamente afetada pelas obras e, em alguns casos, à área de influência direta. Dentre estes impactos destacam-se aqueles referentes à alteração da qualidade das águas, dado aos intensos movimentos de terra visando o alargamento da seção e posterior canalização do canal, além do risco de contaminação do solo.
O estudo demonstrou também que os impactos ao meio ambiente podem ser classificados como negativos, de pequena ou média grandeza, ocorreram no decorrer da etapa de construção da obra. Porém, vale destacar que as obras do canal, mesmo localizadas em Áreas de Preservação Permanente – APP – ocorrem em local onde as características naturais estão completamente alteradas devido a intensa ação humana. Quanto aos componentes do meio socioeconômico, os estudos ambientais demonstraram que a quase totalidade dos impactos podem ser classificados como positivos, de abrangência local. 
Após a identificação e a análise dos impactos mais significativos aos diversos componentes do meio ambiente causados pelo planejamento e obras de canalização do Canal Capoeira será elaborado o Plano Básico Ambiental onde serão detalhados os Planos e Programas Ambientais. Esses planos e programas compreendem ações de caráter preventivo que estão voltadas para evitar que os impactos adversos identificados ocorram.
Neste contexto, considera-se que as obras de canalização do Canal Capoeira são social e ambientalmente viáveis. Este conjunto de intervenções deve propiciar ampla melhoria nas condições sanitárias desta região e eliminar as enchentes que são bastante frequentes ao longo do Canal, trazendo inestimáveis benefícios sociais e econômicos para a região Oeste do município do Rio de Janeiro, especialmente à população do Bairro de Sepetiba.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANTUNES, C. Levantamentos Topográficos: Apontamentos de Topografia. Faculdade de Ciências – Universidade de Lisboa. 1995. 129 p. Disponível em: < http://webpages.fc.ul.pt/~cmantunes/topog/TOPOGRAFIA_FCUL.pdf>. Acesso em: 04 outubro 2018.
BRASIL. Ministério das Cidades. Programa Nacional de Capacitação das Cidades (Capacidades). Curso a Distância: Planos de Saneamento Básico. Módulo 1 – O Saneamento Básico no Brasil: Aspectos Fundamentais. 57 p. Disponível em <http://ead.capacidades.gov.br/pluginfile.php/67643/mod_resource/content/2/MOD%2001.pdf>. Acesso em: 03 outubros 2018.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos (SPI). Indicadores de programas: Guia Metodológico / Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos - Brasília: MP, 2010. 128 p.: il. color. Acesso em: 03 outubros 2018.
BRASIL. Portal Brasil. Meio Ambiente. Disponível em <http://www.brasil.gov.br/meioambiente/2016/03/brasil-faz-historia-com-acordo-de-r-20-bi-para-recuperar-rio-doce-diz-dilma>. Acesso em: 05 outubro 2018.
DOUBECK, A. Topografia. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1989. Acesso em: 04 outubro 2018.
ESPARTEL, L. Curso de Topografia. 9 ed. Rio de Janeiro: Globo, 1987. Acesso em: 06 outubro 2018.
http://brasil--historia.blogspot.com/2009/11/canalizacao-do-rio-maracana-1850.html Acesso em: 03 outubro 2018.
http://curraldelrei.blogspot.com/2010/11/qualquer-semelhanca-nao-e-mera.html. Acesso em: 13 outubro 2018.
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