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Brendha Pontes – Turma LI RESUMO DE HISTOLOGIA – 3ª AVALIAÇÃO DO 2º BIMESTRE – 2018 HEMOCITOPOESE (pág.237) Hemocitopoese é o processo contínuo e regulado de produção de células do sangue, que envolve renovação, proliferação, diferenciação e maturação celular. As células do sangue têm vida curta e são constantemente renovadas pela proliferação mitótica de células localizadas nos órgãos hemocitopoéticos. A fase mesoblástica, da hemocitopoese, é caracterizada pelo desenvolvimento de eritroblastos primitivos e geralmente ocorre no interior dos vasos sanguíneos em desenvolvimento. Posteriormente, o fígado funciona como órgão hemocitopoético, temporariamente. Esta fase, denominada hepática, é caracterizada pelo desenvolvimento de eritoblastos, granulócitos e monócitos; as primeiras células linfoides e megacariócitos aparecem. Outros órgãos em desenvolvimento como o baço, timo e linfonodos também contribuem para a hemocitopoese, especialmente para a produção de linfócitos. Na vida pós natal, os eritrócitos, granulócitos, linfócitos, monócitos e plaquetas se originam a partir de células-tronco da medula óssea vermelha. Conforme o tipo de glóbulo formado, o processo recebe os seguintes nomes: eritropoese, granulocitopoese, linfocitopoese, monocitopoese e megacariocitopoese. Estas células passam por diversos estágios de diferenciação e de maturação na medula óssea, antes de passarem para o sangue. Todas as células são derivadas primariamente da medula óssea. Linfócitos B se diferenciam na medula enquanto os Linfócitos T provém de células que migram da medula para o timo e ali se diferenciam. Em órgãos linfoides secundários, como o baço, linfonodos e agregados linfoides em diferentes órgãos, os linfócitos T e B proliferam intensamente, em geral estimulados por antígenos. Células-Tronco, Fatores de Crescimento e Diferenciação As células-tronco originam células-filhas que seguem dois destinos: algumas permanecem como células-tronco, mantendo a população destas células (auto- renovação), e outras se diferenciam em outros tipos celulares com características específicas. Células-Tronco Pluripotentes: (Pág.238) Admite-se que todas as células do sangue derivam de um único tipo celular da medula óssea, por isso chamada célula-tronco pluripotente. Estas células proliferam e formam duas linhagens: a das células linfoides, que vai formar linfócitos, e das células mielóides, que origina os eritrócitos, granulócitos, monócitos e plaquetas. Células Progenitoras e Células Precursoras A proliferação de células-tronco pluripotentes origina células filhas com potencialidade menor: células progenitoras multipotentes que produzem as células precursoras (blastos). É nas células precursoras que as características morfológicas diferenciais das linhagens aparecem pela primeira vez, pois as células-tronco pluripotentes e Brendha Pontes – Turma LI as progenitoras são indistinguíveis morfologicamente e se parecem com os linfócitos grandes. As células progenitoras, quando se dividem, podem originar outras células progenitoras e também células precursoras, mas as precursoras só originam células sanguíneas maduras. Os fatores de crescimento hemocitopoéticos regulam a proliferação, a diferenciação e a apoptose de células imaturas, assim como a atividade funcional de células maduras. Aplicação Médica: Na prática médica, os fatores de crescimento têm sido usados para tratar doenças que afetam a medula óssea. Eles aumentam o número de células hematógenas na medula e o número de células no sangue circulante. Esses fatores têm sido úteis para corrigir a quantidade de células sanguíneas diminuídas por radioterapia e por quimioterapia, por exemplo. São usados também para aumentar a eficiência dos transplantes de medula óssea, pelo estímulo das mitoses; e para aumentar as defesas imunológicas em pacientes com câncer, doenças infecciosas e imunodeficiências. As doenças da hemocitopoese são causadas geralmente pelo aumento ou diminuição de células das linhagens hemocitopoéticas. Um único ou vários tipos de células-tronco podem ser afetados, podendo haver diminuição de um tipo de célula madura e simultâneo aumento de outro tipo. Um exemplo são as leucemias, onde ocorre formação excessiva de leucócitos anormais. (Pág.240) Medula Óssea A medula óssea é um órgão difuso, porém volumoso e muito ativo. É encontrada no canal medular de ossos longos e nas cavidades de ossos esponjosos. Distinguem-se a medula óssea vermelha, hematógena, que deve sua cor à presença de numerosos eritrócitos em diversos estágios de maturação, e a medula óssea amarela, rica em células adiposas e que não produz células sanguíneas. No recém-nascido, toda a medula óssea é vermelha e, portanto, ativa na produção de células do sangue. Com o avançar da idade, porém, a maior parte da medula óssea transforma-se na variedade amarela, existindo a medula vermelha no adulto apenas no esterno, vértebras, costelas, díploe dos ossos do crânio e, no adulto jovem, nas epífises proximais do fêmur e do úmero. A medula amarela ainda retém células mesenquimais indiferenciadas e em certos casos, como nas hemorragias, alguns tipos de intoxicação e irradiação, pode transformar-se em medula óssea vermelha e voltar a produzir células do sangue. Tanto na medula óssea vermelha como na amarela existem nódulos linfáticos, que são acúmulos de linfócitos. A medula óssea não tem vasos linfáticos. Maturação dos Eritrócitos (Pág.243) O processo básico da maturação da série eritrocítica ou vermelha é a síntese de hemoglobina e a formação de um corpúsculo pequeno e bicôncavo, que oferece o máximo de superfície para as trocas de oxigênio. De acordo com seu grau de maturação, as células eritrocíticas são chamadas de: proeritroblastos, eritroblastos basófilos, eritroblastos policromáticos, eritroblastos ortocromáticos (ou acidófilos), reticulócitos e hemácias. Brendha Pontes – Turma LI Granulocitopoese (Pág.246) No processo de maturação dos granulócitos ocorrem modificações citoplasmáticas caracterizadas pela síntese de muitas proteínas, que são acondicionadas em dois tipos de grânulos, os azurófilos e os específicos. As proteínas desses grânulos são produzidas no retículo endoplasmático rugoso e recebem o acabamento final e o endereçamento no aparelho de Golgi, em dois estágios sucessivos. O primeiro estágio resulta na produção de grânulos azurófilos, que se coram pelos corantes básicos das misturas usuais e contêm enzimas do sistema lisossomal. No segundo estágio, ocorre uma modificação na atividade sintética da célula, com a produção das proteínas dos grânulos específicos. Os grânulos específicos contêm diferentes proteínas, conforme o tipo de granulócito. Maturação dos Granulócitos O mieloblasto é a célula mais imatura já determinada para formar exclusivamente os três tipos de granulócitos. Quando nela surgem granulações citoplasmáticas específicas, essa célula passa a ser chamada de promielócito neutrófilo, eosinófilo ou basófilo, conforme o tipo de granulação presente. Maturação dos Linfócitos e Monócitos Os linfócitos circundantes no sangue e na linfa se originam principalmente no tipo e nos órgãos linfoides periféricos (baço, linfonodos e tonsilas, por exemplo), a partir de células trazidas da medula óssea pelo sangue. Os linfócitos T e B se diferenciam no timo e na medula óssea, respectivamente
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