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Caso concreto direito processual penal

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Aula 1 
 
Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências 
agrupadas em região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas 
redondezas. Após alguns solavancos e tortura físicopsicológica, o suspeito, de apelido Alfredino, acabou por admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora. Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado n o inquérito policial instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente Chumbinho como aquele q ue mais a agred iu, apesar d e ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. D eflagrada a ação p enal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de t rancar a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos p rincípios constitucionais pertinentes. 
A forma expressa do art. 5ª, LVI, da CF/88 e do art. 157 do CPP, que proíbem a utilização das provas ilícitas no processo são pautadas p elo os Princípios pertinentes, Vedação da prova ilícita, devido processo legal e dignidade da pessoa humana. As provas obtidas são ilícitas e ilícitas por derivação. 
O habeas corpus deverá ser concedido ao acusado, tendo em vista que as provas obtidas foram mediante tortura, conforme prever o art. 1º, I “ a” da lei 9.4 55/97 (lei de tortura). 
 
Aula 2 
 O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém por conta 
própria estabelecimento onde ocorre exploração sexual, com intuito de lucro. No local, 
admitiu Maria ao Vigário que garotas de programa atendem clientes para satisfazer 
seus diversos desejos sexuais mediante o pagamento de entrada n o valor de R$100,00 no estabelecimento, e o valor d e R$500,00 p ara a atendente. Maria, efetivamente, responde a pro cesso crime onde lhe foi imputada a conduta descrita n o art. 229 do CP. 
O Ministério Público arrolou o Padre José Roberto como testemunha da acusação e pretende ouvi-lo na AIJ, já que trata- se de testemunha com alto grau de idoneidade. Pergunta-se: 
1) pode o magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de cometer o crime do art. 342 do CP? 
 
Não, pois trata-se de segredo sacramental da confissão é inviolável, mesmo que a pessoa revele um crime. A relação entre padre e fiel segue as determinações morais e éticas do sigilo profissional. Segundo a inteligência do art. 207 do código de processo penal, são proibidas de depor as pessoas que em razão de ministério devam guardar segredo.
b) declínio de competência para o juiz singular (art. 419, CPP), por ser crime culposo. 
c) recurso em sentido estrito, juízo a quo. 
 
Aula 9 
Antônio foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenado. Após o 
julgamento, descobriu-se que integrou o Conselho de Sentença o jurado Marcelo, que havia participado do julgamento de Pedro, co-réu no mesmo processo, condenado por crime de roubo conexo ao delito pelo qual Antônio foi condenado. Pergunta - se: Qual a defesa que poderá ser apresentada pelo Defensor d e Antônio em eventual recurso interposto? Justifique a sua resposta: 
R: Revisão criminal, em causa que importa em nulidade absoluta. 
 
Aula 10 
(Ministério Público PR / 2008 ) Tício foi condenado à pena privativa d e liberdade de 06 (seis) anos de reclusão por violação ao artigo 157, parágrafo 2, incisos I e II do Código Penal. Da sentença condenatória, Tício foi intimado em 09/05/2008 (sexta-f eira), oportunidade em que manifestou o interesse de não recorrer da decisão condenatória. O advogado de Tício, defensor devidamente constituído, fora intimado da decisão condenatória em 08/05/2008 (quinta-feira). No dia 16/05/2008, o advogado de Tício interpôs recurso de apelação. O recurso é tempestivo ou não? Justifique a sua resposta abordando as controvérsias sobre o tema indagado. 
R: sim, prevalecera o interesse do advogado em recorrer ou não, irá prevalecer a defesa técnica. 
 
Aula 11 
(OAB) Pedro, almejando a morte de José, contra ele efetua disparo de arma de fogo, acertando-o na região torácica. José vem a falecer, entretanto, não em razão do disparo recebido, mas porque, com intenção suicida, havia ingerido dose letal de veneno momentos antes de sofrer a agressão, o que foi comprovado durante instrução processual. Ainda assim, Pedro foi pronunciado nos termos do previsto no artigo 121, caput, do Código Penal. Na condição de Advogado de Pedro: 
I. indique o recurso cabível; 
II. O prazo de interposição; 
III. A argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido. Indique, ainda, para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais. 
R: I- recurso em sentido estrito 
II- Prazo de 5 dias
III- crime impossível, repercutindo em absolvição primaria. 
 
Aula 12 
George foi pronunciado, na forma do art. 413 do CPP, pelo crime previsto no art. 121, § 2º, II do CP por, em tese, ter matado a vítima Leônidas Malta em u ma briga na saída da boate The Night. O processo tramitou regularmente na primeira fase do procedimento, com designação de AIJ para o dia 11 novembro de 2015, tendo sido o acusado pronunciado no dia 2 de março de 2016. Assim, o julgamento em Plenário ocorreu efetivamente no d ia 9 de dezembro de 2016. Após a oitiva das testemunhas arroladas p ara o julgamento em Plenário , como tese defensiva, o acusado, orientado por seu advogado, optou por exercer a garantia constitucional prevista no art . 5º, LXIII da CRFB/88. Em sede de debates o rais o M P sustentou a acu sação n os limites da denúncia, sendo certo que a defesa técnica sustentou a tese d e legít ima defesa e a ausência de provas nos autos que comprovassem o que fora sustentado pela acusação. 
R: recurso de apelação (prazo de 5 d ias) com a tese defensiva de preliminar de nulidade absoluta (art. 478, II, CPP). Último dia do prazo 16/12 
2- Em 20/05/2016, Cláudio foi preso em flagrante pela prática do crime previsto no artigo 33 da Lei 11.343/2006. Regularmente processado, ao fim da instrução criminal o mesmo foi condenado com fulcro no art. 33 § 4º da referida lei, a pena base de 05 anos, que foi reduzida em 2/3 em razão do § 4º, sendo a pena final de 01 anos e 08 meses de reclusão, em regime semiaberto. Somente o Ministério Público recorreu da decisão, buscando afastar a aplicação do § 4º d o art . 33 da Lei 11.343/2006. O Tribunal de Justiça, ao julgar o referido recurso, proferiu a seguinte decisão: nego provimento ao recurso e abrando o regime prisional para o aberto, com expedição do alvará de soltura, substituindo a p ena privativa de liberdade por restritivas de direitos, a ser fixada pelo juízo da execução. Diante essa situação hipotética, mencione: 
 
Qual foi o recurso interposto pelo Ministério Público? Apelação. 
b) a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça está correta? Justifique sua resposta. Está correta. 
 
Aula 13 
Herculino foi condenado a 20 anos de reclusão pela prática de latrocínio. Na sentença condenatória, o juiz demonstra clara contradição entre as razõesde sua 
fundamentação com sua decisão, principalmente ao acolher os depoimentos 
favoráveis das testemunhas de defesa bem como ao considerar boa a tese de 
desclassificação apresentada em alegações finais orais sob o argumento de violação de princípio constitucional (prova obtida por meio ilícito). Sabendo que a decisão foi prolatada em AIJ (audiência de instrução e julgamento) no dia 16 de junho, p rgunta-se: 
 a) qual o instrumento cabível, no caso em tela, para obter o esclarecimento da 
contradição? 
 Embargos de declaração, prazo de 2 dias. 
b) qual o último d ia p ara interposição do instrumento citado na questão anterior? O último dia será 20 
c) levando em consideração que a decisão do s embargos se deu no dia 16 de junho (quinta-feira), qual a data máxima para a interposição do recurso cabível contra a sentença condenatória? Dia 21 
 
Aula 14 
Aristóteles foi condenado à pena de 9 anos de reclusão p ela prática do crime de estupro (artigo 213, caput, CP). Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, Aristóteles, através de seu advogado, ajuíza pedido de revisão criminal da sentença que lhe fora desfavorável, sustentando vício processual in sanável consistente na ausência da intimação de seu então patrono para a apresentação de resposta preliminar obrigatória (art. 396, CPP). O Tribunal de Justiça competente acolhe o pleito de revisão criminal, anulando o referido processo. Nesta hipótese, pergunta -se: Seria juridicamente possível que, após a anulação, por meio de revisão criminal, d o primeiro julgamento de Aristóteles, seja proferida, em um segundo julgamento pelo juízo de primeiro grau, sentença condenatória com imposição de sanção penal mais gravosa do que aquela que lhe fora anteriormente imposta? Justifique a sua resposta: 
R: não, vedação da refomatio in pejus 
 
Aula 15 
(OAB) Caio, na qualidade de diretor financeiro de uma conhecida empresa de 
fornecimento de material de informática, se apropriou das contribuições previdenciárias devidas dos empregados da empresa e por esta descontadas, 
utilizando o dinheiro para financiar um automóvel de luxo. A partir de comunicação 
feita por Adolfo, empregado da referida empresa, tal fato chegou ao conhecimento da Polícia Federal, dando ensejo à instauração de inquérito para apurar o crime previsto no artigo 168-A do Código Penal. Ao final do inquérito policial, os fato s ficaram comprovados, também pela confissão de Caio em sede policial. Nessa ocasião, ele afirmou estar arrependido e apresentou comprovante de pagamento das contribuições previdenciárias devidas ao INSS, pagamento realiza do após a instauração da investigação. Assim, o dele gado encaminhou os autos ao Ministério Público Federal, que denunciou Caio pelo crime previsto no artigo 16 8- A do Código Penal, tendo a inicial acusatória sido recebida pelo juiz da vara federal da localidade. Após analisar a resposta à acusação apresentada pelo advogado de Caio, o aludido magistrado entendeu não ser o caso de absolvição sumária, tendo designado audiência de instrução e julgamento. Com base nos fatos narrados no Enunciado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos 
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) qual é o meio de impugnação cabível à decisão do Magistrado que não o absolvera sumariamente? O meio da impugnação cabível a decisão do magistrado que não o absolverá sumariamente e o habeas corpus, já que não há em lei nenhum recurso para impugnar decisão que recebe denúncia. 
 b) A quem a impugnação deve ser endereçada? 
 O habeas deverá ser endereçado ao TRF, pois trata-se de ordem de juiz de 1º instancia. 
c) qual fundamento deve ser utilizado? 
Fundamento, extinção de punibilidade pelo pagamento dos tributos, conforme §2º do art. 168 do CP. Diante do pagamento o juiz deveria ter mandado soltar caio. 
 
Aula 16 
1) Tício e Caio foram acusados de receberem vultosa quantia em dinheiro através de emissão de duplicatas sem causa debendi, causando prejuízo a terceiros, tendo o Ministério Público capitulado a infração no artigo 17 2 do Código Penal (crime de duplicata simulada). Na sentença, o juiz concordou com a narrativa fática, condenando os acusado s nas penas do artigo 171, caput do Código Penal (crime de estelionato). Com base nisto, responda: 
a) A hipótese retratada é de Emendatio ou Mutatio Libelli? Justifique a sua resposta 
É hipótese de emendatio libelli, pois não houve mudança de fatos. 
b) A situação apresentada no enunciado poderia ocorrer em grau de 2 instância? 
Fundamente a sua resposta: 
Sim, o tribunal pode reformar e mudar a capitulação em hipótese de emendatio libelli, principalmente quando se trata de infração de menor potencial. Não cabe mutatio em 2º grau de instancia. 
 
2) no que consiste o Princípio da Congruência ou da Correlação? Fundamente a sua resposta: 
o princípio da correlação determina que os fatos narrados na denúncia devem ser observados na sentença sem qualquer inovação que não sejam as trazidas 
pela defesa. Melhor dizendo ao prolatar a sentença, o juiz deve observar a 
consequência fática acusatória trazida na denúncia, sob pena de nulidade 
5) determinado delegado de polícia obtém autorização judicial para proceder a 
interceptação telefônica em inquérito instaurado para apurar tráfico de entorpecentes. No curso da interceptação, a polícia consegue provas de que 
Semprônio, parte integrante da quadrilha, matou um desafeto. O advogado de defesa de Semprônio alega judicialmente que a prova do homicídio seria uma prova ilícita pois a realização da interceptação teria sido autorizada somente para apurar suposto crime de tráfico, delimitando assim o alcance da diligência. Com base nisto, responda: A alegação da defesa é procedente? Fundamente a sua resposta: R: não é procedente, por força da teoria da serendicipidade no qual a descoberta ao acaso de provas que não são objeto da diligência não é usada de ilicitude, desde que a diligência seja regular, licita, feita da legalidade.

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