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P1 Histologia

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-------------------------------------------------TECIDO EPITELIAL----------------------------------------------
ORIGEM EMBRIONÁRIA: 
Ectoderme: epiderme, epitélios do nariz, boca e glândulas sebácea, mamária e salivar.
Mesoderma: endotélio dos vasos sanguíneos, epitélio urogenital e de membranas serosas que envolvem os órgãos como a pleura, pericárdio e peritônio
Endoderma: fígado, pâncreas, glândulas tireóide e paratireóide, epitélio de revestimento interno do tubo digestório, dos pulmões e da bexiga 
PRINCIPAIS FUNÇÕES:
Revestimento: proteção, absorção e percepção 
Secreção: epitelial e glandular -> a secreção é feita por contração das glândulas 
CARACTERÍSTICAS:
Células justapostas, sem muito espaço entre si. 
Pouco material extracelular. 
Possuem muitas junções intercelulares com as células vizinhas. 
Não tem vasos sanguíneos, avascular por isso as células estão sempre apoiadas em tecido conjuntivo que contém vasos sanguíneos, linfáticos e outras moléculas que recolhem gás carbônico, líquido, metabólitos e secreções.
Possui uma lâmina basal delgada na interface entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo.
Lâmina lúcida + lâmina densa (colágeno IV e matriz amorfa)
Lâmina basal + fibras de tecido conjuntivo = membrana basal 
Possui também a lâmina fibrorreticular (colágeno III) além de GAGs, proteoglicanos e glicoproteínas
Membrana basal de glândulas intestinais do cólon:
O contato das células epiteliais com a lâmina basal gera a polaridade. Com a polaridade várias regiões tem organização específica com conteúdo de organelas característico e consequentemente diferentes funções
A inversão de polaridade do núcleo é uma característica encontrada em lesões epiteliais pré-malignas e em lesões cancerosas.
Possuem especializações da sua membrana plasmática como:
Microvilosidades: prolongamentos citoplasmáticos contendo um núcleo de filamentos de actina, aumentam a superfície de absorção 
Presentes no intestino delgado e grosso. 
Estereocílios: estruturas de membrana semelhante às microvilosidades porém, muito mais longos. Também aumentam a superfície de absorção e secreção. 
Presentes no epidídimo e ducto deferente. 
Cílios: prolongamentos longos e dotados de motilidade, o movimento ciliar direciona a passagem de partículas.
Presente na traquéia. 
Junções intercelulares.
Os epitélios são intensamente inervados, dando ao epitélio a capacidade de percepção de estímulos como dor, pressão e sensação térmica.
FORMA DA CÉLULA:
Pavimentosa:
 
Cúbica
Cilíndrica 
 
JUNÇÕES INTERCELULARES:
1- Zônula de oclusão 2- Cílios 3- Desmossomos 4- Estereocílios 5- Microvilosidades 6- Zônula de adesão 
Adesão entre as células 
Zônula de adesão: resistente ao atrito, passagem seletiva de substância de um lado para outro do epitélio
Fibras de actina, vinculina, catenina
Desmossomos: união de células adjacentes
Filamentos intermediários, desmocolina e desmogleína 
Hemidesmossomos: adesão da célula à lâmina basal.
Vedação, impedindo o fluxo de materiais pelo espaço intercelular -> Zônula de oclusão
Comunicação entre as células adjacentes 
Junções comunicantes (GAP): únicas com passagem direta de moléculas sinalizadoras de uma célula para outra 
Encontradas em uma ampla variedade de tecidos, incluindo epitélios, músculo liso e cardíaco e nervos 
Conexinas
INTERDIGITAÇÕES: aumentam a área de superfície lateral da célula e são proeminentes dos epitélios que estão envolvidos no transporte de líquidos e eletrólitos como por exemplo o epitélio intestinal e o da vesícula biliar. 
RENOVAÇÃO DAS CÉLULAS EPITELIAIS 
São continuamente renovadas por atividade mitótica de células germinativas ou células tronco da camada basal.
A taxa de renovação é variável e depende do tipo de epitélio 
Intestino delgado: rápido 
Fígado e pâncreas: lento 
TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO: reveste superfícies e cavidades corporais 
Função: proteção, absorção e condução de substâncias 
Estrutura: células apoiadas na membrana basal que unem o epitélio ao tecido conjuntivo vizinho 
Células organizadas em camadas que recobrem superfícies internas ou externas
Matriz extracelular: muito pouca, revestidas por uma fina camada de glicoproteínas chamada glicocálix.
Coesão: muito forte e determinada pelo glicocálix e junções celulares. 
Classificação de acordo com o número de camadas: 
EPITÉLIO SIMPLES: uma camada de células
EPITÉLIO ESTRATIFICADO: mais de uma camada celular
PSEUDO ESTRATIFICADO: uma camada com núcleos em alturas diferentes dando impressão de várias camadas. Revestimento da traquéia, brônquios e cavidade nasal 
Classificação de acordo com a morfologia:
PAVIMENTOSO: células achatadas, revestimento de vasos, cavidades pericárdica, pleural e peritoneal. Facilita o movimento das vísceras além do transporte ativo por pinocitose e secreção 
CÚBICO: células cúbicas, revestimento externo do ovário, ductos e glândulas. Função de revestimento e secreção 
PRISMÁTICO/ CILÍNDRICO/ COLUNAR: células altas em forma de prisma. Revestimento do intestino e vesícula biliar. Função de proteção, lubrificação, absorção e secreção.
 
DE TRANSIÇÃO: células globosas
Ocorre exclusivamente no sistema urinário 
O número de camadas e células é variável, depende se o órgão está distendido (células superficiais achatadas) ou contraído (células superficiais volumosas).
ENDOTÉLIO: revestimento do coração, vasos sanguíneos e linfáticos
MESOTÉLIO: reveste as cavidades pleural, pericárdica, peritoneal e a face externa dos órgãos que estão dentro dessas cavidades.
EPITÉLIO PAVIMENTOSO ESTRATIFICADO: 
Formado por muitas camadas de célula 
Resistente ao uso e ao desgaste
Células basais em constante atividade mitótica
Conforme as células se afastam da camada basal ficam desnutridas, diminuem o tamanho, enrijecem e morrem
Pode ser queratinizado -> previne a perda de água
Epiderme 
 
Não queratinizado
EPITÉLIO ESTRATIFICADO CÚBICO: proteção e secreção de glândulas sudoríparas e folículos ovarianos em crescimento 
EPITÉLIO ESTRATIFICADO DE TRANSIÇÃO: proteção e distensibilidade na bexiga, ureteres e cálices renais.
EPITÉLIO ESTRATIFICADO PRISMÁTICO: proteção da membrana conjuntiva do olho
METAPLASIA: transformação patológica de um tecido em outro 
Não é exclusivo de tecido epitelial 
Epitélio pseudoestratificado da traquéia em fumantes pode se transformar em epitélio pavimentoso 
Deficiência crônica de vitamina A nos brônquios e bexiga são substituídos por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado 
TUMORES DERIVADOS DO TECIDO EPITELIAL:
Pode originar tumores benignos ou malignos 
Doença da desdiferenciação proliferação descontrolada de células 
Metástase: células tumorais se desprendem e migram para outras regiões do corpo formando tumores secundários 
----------------------------------------TECIDO EPITELIAL GLANDULAR------------------------------------- 
Constituídos por células secretoras isoladas junto ao epitélio ou formando glândulas 
As moléculas a serem secretadas são armazenadas em grânulos de secreção 
Podem sintetizar, armazenar e excretar:
Proteínas e enzimas -> hormônios pancreáticos
Lipídios -> hormônios sebáceos 
Carboidratos -> glândulas mamárias 
TIPOS DE SECREÇÃO:
SEROSA: secreção fluida e rica em proteínas 
Núcleo tipicamente redondo ou oval 
Citoplasma apical e intensamente corado
MUCOSA: secreção espessa e rica em muco (glicoproteínas)
O citoplasma parece vazio 
Núcleo geralmente achatado contra a base da célula
MISTA: mucosa e serosa
MODO DE SECREÇÃO:
HOLÓCRINAS: secreção eliminada com toda a célula
Sebáceas e tarsais das pálpebras
MERÓCRINAS: secreção liberada por exocitose
Pancreáticas, salivares, lacrimais e sudoríparas
APÓCRINAS: secreção descarregada junto com porções do citoplasma 
Mamárias e ceruminosas 
CÉLULAS DE LEYDIG E SERTOLI: isoladas e unicelulares 
EPITÉLIOS GLANDULARES MULTICELULARES: 
GLÂNDULAS EXÓCRINAS: conectadascom o epitélio do qual se originam 
Sudoríparas, sebáceas, lacrimais 
TUBULOSA COMPOSTA = DUODENO
ACINOSA COMPOSTA = PARÓTIDA, PÂNCREAS, SUBLINGUAL, MAMÁRIA, LACRIMAL, PRÓSTATA. 
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS: não tem ductos, suas secreções são lançadas no sangue e transportadas pelo seu local de ação.
Hipófise e tireóide 
CORDONAL: cordões celulares, margeados por vasos sanguíneos.
Adrenal, hipófise anterior, células de Leydig.
FOLICULAR: células formam folículos que armazenam o hormônio a ser secretado no espaço delimitado pelas células
Tireóide 
Glândulas mistas ou anfícrinas: secreção interna e externa
Testículos, ovários e pâncreas 
------------------------------------------------TECIDO MUSCULAR---------------------------------------------
ORIGEM EMBRIONÁRIA: mesodérmica, com apenas duas exceções na região da cabeça. 
CARACTERÍSTICAS:
As células são alongadas, sendo também chamadas de fibras
Contém filamentos de proteínas no seu interior
Possuem quantidade moderada de matriz extracelular 
Os diferentes tipos de fibras presentes no músculo determinam o tipo de musculatura e sua função.
Tem capacidade de se contrair, com presença de grande quantidade de proteínas contráteis representadas por actina e miosina 
Por serem alongadas essas células podem sofrer um grande encurtamento longitudinal gerando movimento 
Quando as células se contraem sem que seja permitido um encurtamento elas geram o tônus 
CLASSIFICAÇÃO
Estriado: rico em actina e miosina, organizado em sarcômero 
Esquelético
Cardíaco
Liso: também é rico em actina e miosina mas não são organizados em sarcômero 
MATRIZ EXTRACELULAR:
Formada por uma lâmina basal (ou externa) e fibras reticulares
As células musculares secretam colágeno, elastina, proteoglicanos e fatores de crescimento -> ajudam na adesão entre as células! 
A matriz extracelular de cada músculo possui composições diferentes. 
A MEC é conjunto de substância fundamental com fibras. 
Substância fundamental: pode ser viscoso ou fluido constituído por água, proteoglicanos, glicoproteínas, polissacarídeos, eletrólitos, proteínas adesivas
Possuem capacidade de reter água 
FIBRAS DE COLÁGENO:
Mais abundantes no nosso corpo, cerca de 27 tipos de colágeno diferentes constituindo 30% das proteínas do corpo
Quando coradas com eosina ficam rosa
Garantem resistência às células, auxiliando na composição de diversos níveis de rigidez de estruturas corporais.
Não possuem ramificação, sendo largas e onduladas
FIBRAS RETICULARES:
Constituída por um tipo especial de colágeno (tipo 6) 
Muito finas e ramificadas, tem associação muito forte com glicoproteínas e proteoglicanos, formando redes de suporte extensas, flexíveis e frouxas (capilares e nervos)
FIBRAS ELÁSTICAS:
Mais delgadas que as reticulares, podem ser ramificadas e se enovelar em grande quantidade, não possuem granulações. 
São formadas pela proteína elastina (associada com glicoproteínas fibrinas) tendo elasticidade com capacidade de aumentar em 150 vezes seu tamanho (ex: músculo que reveste as artérias)
Visualizadas com colorações especiais como a orceína 
NOMENCLATURA:
Prefixo SARCO: vem da palavra carne 
SARCOLEMA = membrana plasmática
RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO = retículo endoplasmático liso 
SARCOSSOMA = mitocôndria
MIOFIBRILAS = citoesqueleto 
PROTEÍNAS CONTRÁTEIS 
Filamentos finos: 
Actina é o principal exemplo formada por monômeros (actina G) que se aglomeram quando necessário
Tropomiosina: filamentar e mais delgada geralmente associada com a actina. 
Troponina: globular contendo 3 subunidades uma se associa a íons cálcio, outra com a tropomiosina e outra é inibidora 
Filamentos grossos: 
Principal exemplo é a miosina possui uma cabeça que é o sítio fixador da actina e também onde ocorre hidrólise do ATP (necessária na contração e no relaxamento muscular). 
A miosina só se organiza quando ocorre a contração. Os filamentos de miosina ficam entre os filamentos finos.
SARCÔMERO: unidade funcional da contração muscular, composta por um arranjo característico de numerosas proteínas fibrilares e globulares. Permite o deslizamento entre a actina e miosina.
FILAMENTOS MIOFIBRILARES:
É mantido por diversas proteínas
Desmina: filamentos intermediários que ligam as miofibrilas umas às outras 
Distrofina: prende os filamentos de actina e miosina na membrana plasmática. 
Falta de distrofina pode levar a distrofia de Duchenne.
------------------------------------------MÚSCULO ESQUELÉTICO------------------------------------------ 
Ligado a estrutura óssea
Contração rápida, vigorosa e voluntária 
Formado por feixes de células cilíndricas longas e multinucleadas com estrias transversais (observadas apenas em cortes longitudinais) formando o sincício. 
Acomodam-se umas às outras tomando contorno poligonal
Os mionúcleos são periféricos (corte transversal) 
TECIDO CONJUNTIVO:
Possuem uma fáscia superficial logo abaixo da pele e outra mais interna.
Fáscia superficial: separa os músculos da pele 
Fáscia muscular profunda: bainha elástica de contenção que envolve a estrutura muscular, ela se aprofunda separando as células em compartimentos, permitindo a penetração de vasos sanguíneos. O fluxo sanguíneo é muito importante para manter a homeostasia do tecido conjuntivo 
Epimísio: camada mais externa de tecido conjuntivo que circunda todo o músculo. 
Perimísio: circunda em média grupos de 10 a 100 fibras musculares, separando-as em fascículos (podem ser vistos a olho nu).
Endomísio: fino revestimento que penetra o interior de cada fascículos e separa as fibras musculares de seus vizinhos.
Os feixes (ou fascículos) formam as fibras musculares que formam o músculo.
Miofibrilas: associação de vários sarcômeros que tomam conta do citoplasma
Endomísio, Perimísio e Epimísio = tecido conjuntivo denso -> fáscia
Mantém as fibras musculares unidas 
Permite que a força de contração gerada por cada fibra atue sobre o músculo inteiro e seja transmitida para outras estruturas como ossos e tendões
Permite que vasos sanguíneos, linfáticos e nervos penetrem no músculo 
BANDAS:
Bandas escuras = Bandas A -> ficam mais condensadas quando em contração muscular, nesse momento a banda H (entre as bandas A) desaparece.
Bandas claras = Banda I -> entre duas bandas I existem as linhas Z que determinam o tamanho do sarcômero, as linhas Z ficam mais próximas quando ocorre contração
MECANISMO DA CONTRAÇÃO:
As bandas I diminuem de tamanho durante a contração porque os filamentos de actina penetram na banda A
Ao mesmo tempo a banda H também reduz 
Como consequência cada sarcômero e cada fibra muscular sofrem encurtamento.
RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO E SISTEMA DE TÚBULOS TRANSVERSAIS:
Armazena e regula o fluxo de íons cálcio 
Rede de cisternas do R.E.L. que envolve os feixes de miofilamentos 
Quando a membrana do R.E.L. é despolarizada (tríade = local de despolarização) pelo estímulo nervoso os canais de cálcio se abrem liberando esses íons que se difundem atuando sobre a troponina, possibilitando a formação de pontes entre a actina e a miosina. 
O sarcolema sofre invaginações formando túbulos em T.
SISTEMA DE PRODUÇÃO DE ENERGIA: 
MIOGLOBINA: retêm oxigênio na musculatura. Responsável pela coloração avermelhada do músculo, quanto mais vermelha maior a quantidade de oxigênio presente.
SISTEMA FOSFATO:
Metabolismo anaeróbico alático 
Usa reservas de fosfocreatina 
ADP + P -> ATP 
A energia dura apenas por alguns segundos, sendo o máximo 2 minutos, porque as reservas de fosfocreatina diminuem com o exercício. 
SISTEMA ÁCIDO LÁTICO - GLICOSE:
Metabolismo anaeróbico do ácido lático 
Ocorre quebra de moléculas de glicose no citoplasma
Produção de ácido lático além do ATP
Ácido lático -> quando acumulado produz dor e fadiga pois diminui o pH da célula o que inibe a atividade de enzimas necessárias para produção de ATP
Energia rápida dura de alguns segundos a dois minutos 
RESPIRAÇÃO AERÓBICA:
Metabolismo aeróbico
É o sistemaenergético mais potente: a decomposição de moléculas de glicose continua nas mitocôndrias após a glicólise. 
O uso de oxigênio possibilita a quebra de glicose até geração de gás carbônico e água
Produz mais ATP sendo possível ter energia para atividade muscular mais prolongada 
O processo é mais demorado necessitando de muitas reações químicas
TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES:
TIPO 1: Fibras oxidativas, lentas ou vermelhas 
Ricas em mitocôndrias 
Possuem alta concentração de mioglobina 
Baixa geração de ATP
Contrações lentas e contínuas -> resistência
Utilizam ácidos graxos como fonte de energia 
Geralmente são cilíndricas e maiores 
Alta reserva de glicogênio
TIPO 2: Fibras glicolíticas, rápidas ou brancas 
Possuem poucas mitocôndrias
Baixa concentração de mioglobina 
Alta geração de ATP
Contrações rápidas e descontínuas -> potência
Utilizam a glicose como fonte de energia, formam fosfato creatina ou ácido lático. 
Baixa reserva de glicogênio 
Os órgãos geralmente contêm ambos os tipos de fibra a diferença está na concentração delas que é definida geneticamente. Mas essa proporção pode ser alterada através da nutrição e tipo de esporte praticado.
Na microscopia as fibras tipo 1 são mais visíveis por conter muita proteína. As tipo 2 são maiores em diâmetro porém mais claras por conter menor concentração de mioglobina. 
Quando a técnica é ATPase miosínica as tipo 2 são mais escuras.
CONCEITOS:
FORÇA: tem relação com o tamanho transversal do músculo, quanto maior o diâmetro do músculo maior o número de fibras musculares contraem e produzem força. 
POTÊNCIA: é o quão rápido o músculo pode desenvolver sua força máxima, depende da força e da velocidade
RESISTÊNCIA: capacidade do músculo gerar e manter a máxima força repetidamente. 
INERVAÇÃO:
NERVOS MOTORES: ramificam-se no perimísio para todas as fibras, são associadas a nervos motores.
PLACA MOTORA: local onde o nervo penetra na superfície da fibra muscular invaginações no sarcoplasma. 
Uma fibra nervosa pode inervar uma única fibra muscular ou se ramificar e inervar até 160 ou mais fibras.
Unidade motora = fibra nervosa + fibra muscular 
As variações de força de contração no músculo se devem às variações no número de fibras que se contraem em um determinado momento.
O tamanho das unidades motoras tem relação com a delicadeza do movimento 
Ex: Olho = 1 neurônio/ 8 fibras. Perna = 1 neurônio/ 200 fibras.
REGENERAÇÃO DO TECIDO MUSCULAR:
MÚSCULO ESQUELÉTICO: ocorre através de células satélite que se proliferam após a lesão ou estímulo geralmente causado por fatores de crescimento. 
HIPERTROFIA DO TECIDO MUSCULAR: 
Ocorre apenas aumento no volume das miofibrilas e sarcômero não no número de células.
--------------------------------------MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO------------------------------------- 
Células alongadas, ramificadas com estrias transversais 
Se unem através dos discos intercalares 
A contração é involuntária, rápida, vigorosa, contínua e rítmica
As fibras possuem um ou dois núcleos centrais e arredondados
Os núcleos são circundadas por tecido conjuntivo (endomísio) e possuem uma camada esbranquiçada ao redor que é um acúmulo de glicogênio. 
Possui muitas junções epiteliais e discos intercalares que permitem as comunicações entre as células.
DISCO INTERCALAR: É uma membrana dupla ondulada que separa células adjacentes em fibras de músculo cardíaco, auxiliam na contração sincronizada do tecido. Possui desmossomos, zônulas de adesão e junções comunicantes (GAP). Presente apenas em tecido cardíaco.
CÉLULAS DE PURKINJE: são facilmente identificáveis das outras células cardíacas por serem muito maiores e terem maior quantidade de glicogênio às envolvendo, além disso possuem miofibrilas dispostas na periferia celular.
Responsáveis por levar o estímulo a todas as células do miocárdio 
Recebem inervação autônoma direta, desencadeando despolarização do sarcolema e transmitindo o impulso contrátil às demais fibras.
 
As fibras cardíacas apresentam grânulos secretores como lipofuscina e NAP. 
São secretados restos lisossomais, esses grânulos contêm molécula precursora de hormônio ou peptídeo atrial natridiurético. 
Secretado pelo átrio esquerdo quando há desbalanço de cálcio no corpo. Tem como receptor o rim aumentando a eliminação de sódio (natriurese) e água (diurese) pela urina.
40% do volume citoplasmático é composto por mitocôndrias o que confere intenso metabolismo aeróbico desse tecido. 
O músculo cardíaco armazena ácidos graxos sob forma de triglicerídeos encontrados nas gotículas lipídicas do citoplasma de suas células. 
Existe uma pequena quantidade de glicogênio que fornece glicose quando há necessidade. 
O músculo estriado cardíaco não se regenera.
Partes destruídas são invadidas por fibroblastos que produzem fibras colágenas, formando uma cicatriz de tecido conjuntivo denso. 
------------------------------------------------MÚSCULO LISO---------------------------------------------------
Aglomerado de células fusiformes sem estrias 
Contração lenta e involuntária 
Também conhecido como não estriado ou muscular visceral 
Células uninucleadas com núcleo na região central 
Não apresentam perimísio e epimísio 
Não apresentam sistema de túbulos T
Não apresentam estriações transversais 
É encontrado:
Estômago 
Intestino 
Útero 
Ducto de glândulas 
Parede de vasos sanguíneos 
Células longas, mais espessas no centro e afiladas nas extremidades.
Revestidas por lâmina basal e mantidas unidas por fibras reticulares. 
Pode sintetizar colágeno tipo III (fibras reticulares), fibras elásticas e proteoglicanos
Sob estímulo do sistema nervoso autônomo, íons cálcio migram do meio extracelular para o sarcoplasma. 
Os íons cálcio se ligam a calmodulinas que ativa a fosforilação das moléculas de miosina que se distendem e se combinam com a actina.
Os filamentos de miosina só se formam no momento da contração 
O deslizamento da actina e miosina causam a contração do músculo -> não há sarcômero nem troponina
Recebe fibras do sistema nervoso simpático e parassimpático, porém sem placa motora 
Axônios formam dilatações entre as fibras musculares e estas formam as vesículas sinápticas:
Terminações colinérgicas: acetilcolina 
Terminações adrenérgicas: noradrenalina 
Funcionam de forma antagônica, deprimindo ou estimulando a contração dependendo do órgão. 
REGENERAÇÃO DO TECIDO MUSCULAR LISO: 
Ocorrendo lesão, as células viáveis entram em mitose e reparam o tecido destruído. 
-------------------------------------------------TECIDO NERVOSO-----------------------------------------------
Origem embrionária: basicamente ectoderma
Na terceira semana ocorre a neurulação com formação do tubo neural 
FUNÇÃO:
 A principal é a integração entre os sistemas permitindo uma rápida comunicação entre as partes mais distantes do organismo.
Relacionado com:
Percepção e identificação das condições dentro do próprio corpo e das condições ambientais externas. 
Elaboração de respostas que adaptem o organismo a essas condições. 
CARACTERÍSTICAS:
Contém uma quantidade muito pequena de matriz extracelular. 
Não possuem fibras de nenhum tipo e por isso alguns autores dizem que não há matriz extracelular nesses tecidos.
Possuem glicosaminoglicanos (ácido hialurônico, sulfato de condroitina…) que conferem estrutura de gel e permite a difusão entre capilares e células.
CÉLULAS DO TECIDO NERVOSO:
Neurônios de transmissão: recebem e transmitem os impulsos nervosos, cerca de 95%
Neurossecretores: cerca de 5% dos neurônios -> hipotalâmicos 
Células da Glia: responsáveis pela sustentação e proteção neuronal, modula a atividade neuronal -> neuróglia 
São as células em maior quantidade no sistema nervoso.
Hipotálamo: glândula excretora formada de tecido nervoso 
Foram identificados mais de 150 tipos de neurônios, sendo alguns tipos relacionados com doenças neurológicas.
Formados por um corpo celular, soma ou pericário que contém o núcleo e do qualpartem os prolongamentos (dendritos e axônio)
PERICÁRIO: Pode ter formas bem diferentes, o núcleo possui cromatina bem solta, tendo a parte cromática e eucromática.
- Onde se localiza o núcleo grande, esférico e um nucléolo evidente. 
- Grande quantidade de polirribossomos livres (ribossomos associados a uma molécula de RNAm) 
- Corpúsculo de Nissl ou substância tigróide: coloração arroxeada devido a grande quantidade de RNA presente.
- RER abundante, quantidade moderada de mitocôndrias. 
- Golgi desenvolvido em torno do núcleo. 
- Neurofilamentos, filamentos intermediários. 
- Pigmentos melanina e lipofuscina.
Melanina: relacionada com a produção de dopamina que é responsável pela coordenação e fluidez de movimento, sua falta pode gerar Parkinson.
Diidroxifenilalanina (DOPA) -> dopamina subproduto da melanina
Presente na substância negra dos neurônios 
Lipofuscina: resto de lipídios e restos degenerados de organelas intracelulares, que não foram bem digeridos pelos lisossomos.
Acumulados por neurônios motores da medula espinhal possuem um pigmento amarelado. 
TERMINAÇÕES AFERENTES:
As ramificações são características de cada tipo de neurônio 
As ramificações possuem a mesma constituição citoplasmática do pericárdio com exceção do complexo de Golgi
DENDRITOS: são especializados em receber estímulos, aumentando consideravelmente a superfície receptora dos neurônios. 
GÊMULAS OU ESPÍCULAS DENDRÍTICAS: relacionada à plasticidade dos neurônios, adaptação, memória e aprendizado. 
São estruturas dinâmicas baseadas na proteína actina.
Quanto mais se afasta do pericário maior a quantidade de ramificações.
Com a idade e carência nutricional vão sendo perdidas, por isso o estímulo é tão importante.
CÉLULAS DE PURKINJE: enviam grandes dendritos do córtex cerebelar para a camada medular que é pobre em células mas rica em sinapses. São longas, diferente das presentes no pericárdio que são curtas.
TERMINAÇÕES EFERENTES:
Não possuem R.E.R. nem citoplasma
Não possuem corpúsculo de Nissl
Rico em microtúbulos e neurofilamentos
Pode conter mielina, mas não necessariamente contém 
Mais presentes no SN Periférico 
Diminui a quantidade e a ação dos impulsos nervosos
Na porção final ocorre uma dilatação conhecida como telodendro que é responsável pela formação de placas motoras nos músculos.
A condução é mais rápida em axônios com maior diâmetro e com mais mielina
TRANSPORTE AXONAL: no movimento retrógrado o transporte de informações é feito do interior dos pericários para os axônios sendo liberado por exocitose.
O transporte de vírus e toxinas é retrógrado e ocorre em microtúbulos de neurônios. 
Cerca de 30 a 60% mais lento que o transporte anterógrado 
Realizado pela proteína motora dineína
Transporta toxinas como a tetânica e alguns vírus como herpes, HIV, poliomielite, raiva e variola. 
NEURÓPILO: prolongamentos citoplasmáticos entrelaçados e imbricados tem aspecto róseo e homogêneo na microscopia óptica podendo ser finamente granuloso.
ORGANIZAÇÃO DOS NEURÔNIOS:
No encéfalo (substância cinzenta mais externa -> córtex e substância branca mais interna -> medula) e na medula espinhal (substância cinzenta na medula e substância branca no córtex) são reconhecidas duas porções distintas devido a segregação entre corpos celulares e prolongamentos de neurônios.
 
SUBSTÂNCIA BRANCA: formada por prolongamentos de neurônios e células da glia -> fibras mielinizadas rica em oligodendrócitos.
SUBSTÂNCIA CINZENTA: formado por corpos celulares e células da glia -> fibras não mielinizadas possui muitos núcleos. 
MEDULA: os pericários se concentram na região central e se estendem para a periferia.
 
CLASSIFICAÇÃO DOS NEURÔNIOS: 
MULTIPOLARES: possuem mais de dois prolongamentos celulares 
Corresponde a maioria dos neurônios
Presentes no cérebro, cerebelo e medula 
BIPOLARES: possuem um dendrito e um axônio 
Presentes na retina e na mucosa olfatória 
PSEUDO UNIPOLARES OU PSEUDO MULTIPOLARES: prolongamento único que se divide em dois ramos um para o SNC e outro para o SNP.
Aparecem na vida embrionária como bipolares 
Presente em gânglios espinhais e cranianos
O estímulo captado pelos dendritos transita diretamente para o terminal axônico sem passar pelo corpo celular. 
MOTORES: controlam órgão efetores, como fibras musculares, glândulas endócrinas e exócrinas. 
SENSORIAIS: recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo. 
INTERNEURÔNIOS: estabelecem conexões entre outros neurônios formando circuitos complexos. 
SINAPSE: dendritos -> corpo celular -> axônio -> sinapse -> dendritos 
Transmitem informações por meio da liberação de neurotransmissores
NEUROTRANSMISSORES: substância que quando combinada com proteínas receptoras abrem ou fecham canais iônicos.
NEUROMODULADORES: mensageiros químicos associados à proteínas, não agem diretamente sobre as sinapses
Tipos de sinapse:
Axo-dendrítica
Axo-axônica
Dendro-dendrítica
Axo- somática (normalmente inibitória)
Junção neuromuscular ou placa motora = sinapse entre neurônio e célula muscular
CÉLULAS DA GLIA: protegem e nutrem os neurônios além de remover os neurônios mortos
Localizadas na substância branca e cinzenta
Não mostram citoplasma quando coradas com HE
NEUROGLIA CENTRAL 
Astrócitos: núcleo redondo, maiores e muito frouxos -> são as maiores e mais numerosas células
Fornecem suporte físico e metabólico além de contribuir com a homeostase 
Tornam o endotélio impermeável, estabelecem junções de oclusão e uma lâmina basal contínua. Exceção: neuro hipófise e hipotálamo
Células estreladas com prolongamentos 
Envolvem os capilares e os ligam aos neurônios e a pia máter 
Induzem a formação de junções oclusivas que constituem a barreira hematoencefálica. 
Protoplasmático: substância cinzenta. 
Fibroso: substância branca, tem menos prolongamentos, porém são mais longos e ramificados. 
Oligodendrócitos: núcleo redondo, grande e frouxo
Produzem a bainha de mielina no SNC
Possuem prolongamentos que se enrolam em volta dos axônios 
Ficam muito próximos aos corpos dos neurônios sendo seus metabolismos dependentes
Ajudam a controlar o pH extracelular através da enzima anidrase carbônica 
Micróglia: núcleos alongados em forma de vírgula 
Células pequenas, alongadas, irregulares 
São fagocitárias, reparam e removem os restos celulares que surgem de inflamações e lesões
Participam da defesa do SNC, apresentadores de antígenos 
Derivadas de precursores da medula óssea
Quando ativadas retraem os prolongamentos assumindo a forma de macrófago 
Controlam o número de sinapses já que um excesso de sinapses está relacionado ao autismo e outros tipos de retardo mental 
Células ependimárias: células cúbicas ou colunares podem conter cílios 
O núcleo é ovóide, basal e com cromatina condensada 
Unem-se por desmossomos sem se apoiar em lâmina basal 
Possuem prolongamentos que se mesclam aos prolongamentos dos astrócitos 
Revestem os ventrículos cerebrais e facilitam o movimento do líquido cefalorraquidiano
Formam o plexo coróide
Glia radial 
NEUROGLIA PERIFÉRICA:
Células de Schwann: síntese da bainha de mielina do SNP 
Células satélites ou anfícitos 
Principais gliócitos do SNP
Compõem as lâminas celulares finas que cercam os neurônios nos gânglios 
Núcleo grande com corpo celular estendido para os lados formando processos perineuronais 
Apresentam receptores e transportadores 
GLIÓCITOS:
FIBRAS NERVOSAS: axônio + bainha envoltória 
No SNC as fibras se agrupam formando feixes, vias ou tratos
No SNP as fibras agrupadas formam os nervos 
NÓDULOS DE RANVIER: 
FIBRAS AMIELÍNICAS: uma única célula de Schwann envolve várias fibras nervosas, formando uma bainha contínua 
Geralmente de pequeno calibre 
Perineuro bem caracterizado 
Os núcleos das células de Schwann são bem evidentes 
NERVOS PERIFÉRICOS: compostos por fascículos separados e envolvidos por tecido conjuntivo ricoem colágeno (epineuro) 
Cada fascículo é envolto por perineuro e contém axônios mielínicos e amielínicos em meio a tecido conjuntivo frouxo o endoneuro. 
GÂNGLIOS: aglomerados de corpos celulares de neurônios localizados fora do SNC, aparecem como dilatações nos nervos
Gânglios nervosos do sistema nervoso simpático: presentes principalmente na cavidade torácica e abdominal, próximos aos grandes vasos
Gânglios do sistema nervoso parassimpático: geralmente no interior dos órgãos também denominados gânglios intramurais 
GÂNGLIO X NERVO: 
-----------------------------------------------------PRÁTICA--------------------------------------------------------
Traquéia: epitélio simples e pseudoestratificado por dentro, presença de cílios
Ovário: epitélio externo simples com células cúbicas
Esôfago: revestimento interno estratificado com células pavimentosas, queratinizado 
Epidídimo: pseudoestratificado cilíndrico e com estereocílios
Parótida: serosa, tecido epitelial simples do tipo cúbico que reveste os ductos (claro = mucosa, escuro = serosa)
Sublingual: glândula mista, mucosa, células em meia lua 
Duodeno: simples e cilíndrico, presença de células calciformes (exócrina e unicelular)
Bexiga: revestimento interno estratificado transicional 
Glândula pancreática: ilhotas de Langerman - parte exócrina na porção endócrina, exclusivamente seroso 
Tireóide: única glândula folicular ou vesicular na parte externa é arredondada e na parte interna tem revestimento simples do tipo cúbico 
Adrenal: revestida por uma cápsula, dividida em córtex (região globosa, fascicular, reticular) e medula ambas cordonais 
Língua: possui feixes de músculos em várias direções, células cilíndricas, longas e multinucleadas com núcleos periféricos. Bandas claras I e escuras A.
Intestino delgado: parte externa é formada por musculatura lisa, longas, fusiformes e cilíndricas com núcleo alongado e central. O núcleo pode estar contorcido durante a contração
Cerebelo: aspecto folheado, lóbulos (depressões). Córtex = substância cinzenta (camada molecular externa com pericários espaçados e fibras nervosas amielínicas, camada molecular média com células de Purkinje e camada molecular interna ou granulosa formada por grande número de neurônios.) medula = substância branca (célula da Glia + axônios pertencentes aos neurônios presentes na substância cinza). Plexo coróide (ventrículos)
Medula espinhal: substância cinzenta (dois corpos dorsais e dois ventrais) é medular e a substância branca, cortical. 
Nervo: constituído de vários feixes de tamanhos diferentes, cada feixe é circundado por perineuro. Próximo ao axônio, pequenos núcleos pertencem ao endoneuro ou a célula de Schwann (núcleos em meia lua). Há pequenos vasos sanguíneos dentro do nervo. 
Corte longitudinal:
 
Corte transversal:

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