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1 DIVISÃO DE ECONOMIA E GESTÃO CONTABILIDADE E AUDITORIA CONTABILIDADE FINANCEIRA I Trabalho de Pesquisa Tema: ESTUDO DE CONTAS DA CLASSE - 4 Tete, Agosto de 2018 2 Chama Eugénio Bacacheza Gualacliton Virgílio Chaphata Mida Domingos Meque Ronalia Arlindo Motana Sílvio Pedro Djastene Valdemiro Manuel ESTUDO DE CONTAS DA CLASSE - 4 Trabalho de Pesquisa, apresentado a cadeira de Contabilidade Financeira I como requisito parcial para a aprovação da cadeira. Docente: MSc. Jaime Gany Tete, Agosto de 2018 3 ÍNDICE 1. Introdução ........................................................................................................................... 1 1.1. Objectivos ....................................................................................................................... 2 1.1.1. Geral ............................................................................................................................ 2 1.1.2. Específicos .................................................................................................................. 2 2. Metodologia ........................................................................................................................ 2 3. Conceito .............................................................................................................................. 3 3.1. CLASSE 4 – CONTAS A RECEBER, A PAGAR, ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ...................................................................................................................... 3 3.2. Estudo da Conta 4.1. Clientes ......................................................................................... 5 3.3. Estudo Da Conta Fornecedores ....................................................................................... 7 3.4. Estudo da Conta 4.5. outros devedores e 4.6. Outros credores ....................................... 8 3.5. Estudo da Conta 4.9. acréscimos e deferimentos .......................................................... 11 4. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 12 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 13 1 1. Introdução O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Contabilidade Financeira I, ostentando o título de Estudo de Contas da Classe 4. Por sua vez submetemos uma reflexão profunda acerca do tema acima referido, as possíveis vantagens que nos oferece. É de salientar que para a efectivação do trabalho houve incansável busca de obras bibliográficas no sentido de tomar este trabalho científico uma realidade. Para tornar o trabalho mais claro e compreensível está estruturado da seguinte forma: Introdução, Objectivos Gerais e específicos, Metodologia, Desenvolvimento do trabalho, Conclusão e as Referências Bibliograficas. 2 1.1. Objectivos 1.1.1. Geral O presente Artigo tem como objectivo geral fazer estudo detalhado de contas da classe 4 nomeadamente as contas 4.1. Cliente, 4.2. Fornecedores, 4.5. Outros Devedores, 4.6. Outros Credores, 4.9. Acréscimos e Diferimentos. 1.1.2. Específicos Conceitualizar de forma cuidadosa as contas da classe 4 acima mencionadas; Apresentar a movimentação genérica de cada conta da classe 4; Apresentar as suas respectivas contabilizações das letras. 2. Metodologia Segundo Pedron (2001), metodologia é o caminho percorrido para alcançar determinado fim. Ou seja, metodologia é o conjunto de métodos e técnicas aplicadas para atingir o objectivo. A técnica utilizada para a colecta de dados serão mencionadas já a seguir: Pesquisas bibliográficas – nesta técnica será realizado o levantamento bibliográfico, em que consultar-se-á livros e artigos, literatura académica, sobre o tema dado. 3 3. Conceito 3.1. CLASSE 4 – CONTAS A RECEBER, A PAGAR, ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Ajustamentos ou Perdas por Imparidade de Contas a Receber O valor de dívidas de cobrança duvidosa deve ser registado a débito, na conta 6.4 Perdas por Imparidade do Período, em contrapartida de 4.7 Perdas por Imparidade Acumuladas de Contas a Receber. 6.4 Perdas por Imparidade do período 4.7 Perdas por Imparidade Acumuladas de Contas a Receber Si Si X X (X) Pelo registo do valor de dívidas de cobrança duvidosa O procedimento de reconhecimento temporário de dívidas de cobrança duvidosa está em conformidade com o princípio de prudência. São factores que podem contribuir na formação de dúvidas quanto ao recebimento de uma dívida do cliente ou outro devedor: A morte do devedor; Localização do devedor em parte incerta; Facturas vencidas e não recebidas; Falência do devedor. No exercício seguinte, se de facto não se cobrar o valor considerado como de cobrança duvidosa, no exercício anterior, então procede-se ao seu anulamento na respectiva conta a receber, (procedimento conhecido por “write off”), debitando a conta 4.7 Perdas por Imparidade Acumuladas de Contas a Receber e creditando a conta 4.1 Clientes ou 4.5 Outros Devedores. Neste momento, não necessitamos de registar esse valor nas contas de gastos porque, isso já foi feito no exercício anterior. 4 No caso em que, o valor de cobrança duvidosa for recebido no exercício seguinte, procede-se ao lançamento de reversão dos efeitos. Se no exercício anterior, o valor foi registado como gasto na conta 6.4, assumindo-se que poderia não ser recuperado, então, neste momento em que é recuperado, deve ser registado como rendimento/proveito, debitando a conta 4.7 Perdas por Imparidade Acumuladas de Contas a Receber e creditando a conta 7.4 Reversões do Período. Pelo recebimento, debita-se 1.1 Caixa ou 1.2 Bancos em contrapartida de 4.1 Clientes. Mas, existindo provas seguras e suficientes (sem dúvidas) de que um certo valor em dívida, não será efectivamente recebido, o montante deve ser debitado directamente numa conta de gasto definitivo (6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais) em contrapartida da conta 4.1 Clientes ou 4.5 Outros Devedores: 6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais 4.1 Clientes Si Si X X (X) valor de dívida incobrável 6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais 4.5 Outros Devedores Si Si X X (X) valor de dívida incobrável Neste momento, após aturadas tentativas, a empresa acaba convencendo-se de que não vai recuperar o valor. Este registo, também é conhecido por “write off” de uma dívida. O lançamento mais usado para “write off” tem sido de débito de 4.7 e crédito de 4.1 ou 4.5 porque, frequentemente, as dívidas incobráveis começam por ser de cobrança duvidosa. 5 3.2. Estudo da Conta 4.1. Clientes De Acordo Com Da Costa (2001) A conta 4.1-Clientes “compreende as vendas a prazo decorrentes de vendas de bens ou serviços da actividade normal da empresa”. O saldo desta conta é, em regra, devedor, podendo no entanto haver alguns saldos credores, que no balanço devem figurar na massa patrimonial dividas a terceiros-curto prazo. Crédito em conta corrente (4.1.1) Na conta 4.1.1- Clientes c/c registam-se todas as dívidasde clientes que não se encontrem representadas por titulos de crédito. Esta conta deve desdobrar-se em subcontas, tantas quanto os clientes da empresa, constituindo esse conjunto de subcontas o ficheiro de clientes. A conta cliente é: Debitada Creditada Venda a crédito Nota de débito Anulação de saques Pagamentos de clientes Saques de letras Notas de créditos Devoluções Créditos e cobrança duvidosa Clientes-Títulos a receber (4.1.2 Na conta 4.1.2 Clientes-Títulos a receber “ inclui as dívidas de clientes representadas por títulos ainda não vencidos”. O saque de letras e outros títulos por motivo de vendas registado a débito da conta em epígrafe pode ser contabilizado a crédito da subconta “Clientes” diferente da 4.1.1 “Clientes, c/c”. Aquando do pagamento ou amortização da letra, será creditada a conta 4.1.1 e simultaneamente eliminado o movimento anteriormente descrito. 6 De modo análogo, o desconto as mesmas letras e títulos pode ser contabilizado a crédito de subconta “Clientes” diferente da 4.1.2 “ Clientes-Títulos a receber”, devendo, no entanto, fazer- se a respectiva transferência para esta logo que se tome conhecimento da sua extinção, por pagamento, reforma ou anulação. Para efeitos de balanço, os saldos das contas credoras atrás referidas serão abatidos aos saldos d Operações com letras ou titulos LETRAS A RECEBER Noções gerais: Quando os débitos estão representados por títulos de crédito, dizem-se titulados; casos contrários, consideram-se não titulados. A 4.1.1 “Clientes, c/c” e “ 4.1.2 “ Clientes-Títulos a receber”, respectivamente. A letra é um titulo de credito pelo qual a pessoa que o emite (sacador) dá ordem a outra (sacado) para lhe pagar a si, ou à sua ordem (outra pessoa), uma determinda importância em divida (valor nominal da letra), numa determinada data (vencimento). Há assim, no momento da emissão da letra, dois intervenientes a considerar: - O sacador, que é a pessoa que a emite e adquire os direitos consignados na letra; - O sacado, que é a pessoa que fica com a obrigação de pagar a letra, na data do seu vencimento. Entre outros aspectos legais, devemos referir que a letra para produzir efeitos plenos deverá conter os seguintes elementos essenciais: 7 A palavra letra escrita no próprio título; O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada; O nome da entidade que a deve pagar; O nome da entidade a quem ou à ordem de quem deve ser paga; Indicação da letra em que é sacada; Assinatura de quem passa a letra (sacador) Os requisitos não essenciais são: (Época de pagamento, Lugar de pagamento, Lugar onde a letra foi emitida). Para uma maior garantia de pagamento da letra é normalmente prestado o aval. Este corresponde a uma garantia de pagamento dada por terceiro, ou mesmo um signatario da letra a favor de um dos intervenientes. Quando não é mencionado o interveniente a favor do qual se dá o aval, considera-se como sendo dado ao sacador. Dador de aval, designa-se avalista e é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. A letra, à semelhança de outros títulos de crédito, está sujeita a um conjunto de operações, que são: saque, endosso, aceite, desconto, reforma, recâmbio e protesto. 3.3. Estudo Da Conta Fornecedores A conta 4.1-Fornecedores “ Regista as operações a prazo com vendedores de bens ou serviços que se destinem à actividade normal da empresa”. O saldo desta conta em regra é credor, podendo pontualmente haver algum saldo devedor. No balanço estes saldos devedores devem ver evidenciados no Activo-Dividas de terceiros-curto prazo e os saldos credores no passivo-Dividas a terceiros-curto prazo. Fornecedores em conta corrente Na conta 4.2.1 Fornecedores c/c registam-se as dividas a fornecedores que não estejam representadas por letras ou outros titulos a pagar. A conta Fornecedores é: 8 Debitada Creditada Pagamentos Aceites de letras Notas de crédito Devoluções Compras a prazo Notas de débitos Anulação de aceites Á semelhança da conta 4.1.1 Clientes c/c, pensamos que todos os movimentos havidos com fornecedores, devem passar pela corrente, como processo de “historiar” os movimentos quando da necessidade da análise das suas contas. Fornecedores-Títulos a pagar (4.2.2) Compreende os créditos de fornecedores que se encontrem representados por letras ou outros títulos de crédito. Operações com letras Letra a pagar O aceite O aceite é dado pelo sacado e consiste na declaração da responsabilidade deste pelo pagamento da letra na data do vencimento. Tal declaração de responsabilidade consiste apenas na assinatura do sacado na face da letra. Após ter aceitado a letra o sacado passa a designa-se aceitante, sendo responsável pelo pagamento daquela no vencimento. Na escrita do aceitante, como é lógico, deve ser registada esta obrigação. As letras à vista não são passiveis de aceite. 3.4.Estudo da Conta 4.5 outros devedores e 4.6. Outros credores Registam outras operações da empresa com terceiros que não estejam abrangidas nas contas clientes e fornecedores. 9 Esta conta engloba várias rúbricas tais como: A conta 4.6.1 Fornecedores de investimentos de capital, regista as operações efectuadas com os vendedores de bens ou serviços destinados ao activo tangível. A movimentação desta conta é semelhante a da conta 4.2 Fornecedores a única diferença Entre as duas é que a conta 4.6.1 serve apenas para registar as compras a prazo de activo tangível. Ela divide-se em: 4.6.1.1 Fornecedores de investimento de capital c/c 4.6.1.2 Fornecedores de Investimento de capital - Titulos a pagar 4.6.1.3 Fornecedores de Investimento de capital - adiantamentos 4.6.1.9 Outras operações Pessoal Para além das operações relativas ao pessoal, esta conta abrangem as que se reportam aos órgãos sociais, entendendo-se, que estes são constituídos pela mesa da assembleia geral, administração, fiscalização ou outros corpos com funções equiparadas. Ela divide-se em: 4.5.1.1 Adiantamento aos orgões sociais 4.5.1.2 Adiantamento aos trabalhadores 4.5.1.8 Outras operações com órgãos sociais 4.5.1.9 Outras operações com trabalhadores 4.6.2.1 Remnerações a pagar aos orgãos sociais 10 4.6.2.2 Renumerações a pagar aos trabalhadores 4.6.2.8 Outras operações com os orgãos sociais 4.6.2.9 Outras operações com os trabalhadores PROCESSAMENTO DAS REMUNERAÇÕES As empresas devem processar remunerações a pagar aos trabalhadores todos meses visto que os custos com pessoal varia de mês para mês (atenção: os salários bases são fixos, estipulados por um contrato e aumentam consoante regras especificas). Os trabalhadores recebem prémios, bónus, sofrem descontos, faltam ou pedem dispensas, fazem horas extras, por estas e por outras as empresas devem processar todos os meses as remunerações. Os registos a fazer pelo processamento são: Descrição CONTA A DEBITAR CONTA A CREDITAR Remuneração Bruta (ilíquida) 6.2.2 Remuneração aos trabalhadores Remuneração líquida 4.6.2.2 Remuneração a pagar aos trabalha Quotas do sindicato 4.6.3 Sindicatos IRPS retido 4.4.2.1 Renda da primeira categoria Segurança Social (3%) 4.4.9 Contribuição para o INSS Impostos de selo 4.4.8.1 Imposto de selo Imposto Autárquico 4.4.8.2 Imposto Autárquico O vencimento da hora obtém-se recorrendo a formula: [(Remuneração ilíquidax 12 meses) : (52 x n de horas de trabalho semanal)] 11 3.5. Estudo da Conta 4.9. acréscimos e deferimentos Vamos recordar o princípio do acréscimo para melhor compreendermos os acréscimos e deferimentos. Principio refere que “A empresa deve reconhecer os rendimentos e os gastos à medida que eles ocorram, tenham ou não sido recebidos ou pagos, devendo inclui-los nas demonstrações dos exercícios a que respeitam”. Para que o referido princípio contabilístico de acréscimo possa ser cumprido, e a fim de se ultrapassarem as dificuldades inerentes a uma adequada determinação dos resultados no final de cada exercício, existe a conta acréscimos e deferimentos. O quadro resumo de acréscimos e diferimentos: Natureza económica Período Natureza financeira Gasto/Perda Despesas do ano N mas custos no ano N+1 Gastos diferidos Gasto/Perda Despesas do ano N+1 mas custos do ano N Acréscimo de gastos Rendimento/Ganho Receita do ano N mas proveito do ano N+1 Rendimentos diferidos Rendimento/Ganho Receita do ano N+1 mas proveito do ano N Acréscimo de rendimentos Acréscimo de rendimentos e gastos diferidos Esta conta destina-se a registar os custos e os proveitos nos exercícios a que respeitam. Acréscimos de rendimentos Integram-se nos acréscimos de rendimentos aqueles que sejam relativos ao exercício em curso, mas que apenas irão ser recebidos e contabilizados como tal nos exercícios seguintes. Como por exemplo podem apontar – se os casos dos juros (depósito a prazo, bilhetes de tesouro, etc.) que se vencem no exercício seguinte, contrato de assistência técnica a receber. 12 4. CONCLUSÃO Após a elaboração do trabalho fez-se uma análise exaustiva e conclui-se a um incremento do nível do entendimento das matérias aqui tratadas sendo este um passo positivo no que tange a nossa maturidade académica em especial ao da Contabilidade Financeira. Levando-se em consideração esses aspectos o trabalho decorreu sem problemas com excepção das dificuldades na colheita de informações. 13 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRITO, Dalva, Plano Geral de Contabilidade Comentado, 2ª edição, Moçambique editora, Maputo, 2005 BENTO, José; MACHADO, J. Fernandes, O Plano Oficial de ContaExplicado 23ª edição, Porto editora, Lisboa, 1998 Da Costa, C.B e Alves, G.C, Contabilidade Financeira, 8ª edição, Rei dos Livros, Lisboa, 2013. DA COSTA, C. Baptista; ALVES, G. Correia, Contabilidade Financeira, 4ª edição, Rei dos livros, Lisboa, 2001 DA SILVA, H. Viegas; MATOS, M. Adelaide, Contabilidade e Gestão, Texto editora, Lisboa
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