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4.0 Gesso para a Construção Civil

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22/05/2014
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Prof. Dr. Arnaldo Cardim
Escola Politécnica de Pernambuco
Materiais de Construção Civil
 Homem do Neolítico domínio do fogo à baixas temperaturas.
 Catal-Huyuk (Turquia) 9.000 anos a.C, afrescos com gesso e cal.
 Cidade de Jericó 6000 anos a.C, peças moldadas em gesso
 Pirâmides de Keops 2800 anos a.C., rejunte das pedras e base de 
pinturas.
 Sulfato de calcio di-hidratado.
CaSO4.2H2O
Rocha sedimentar do grupo das evaporitas, por 
ter sua origem geológica na dessecação, por 
evaporação de lagos salgados ou mares 
interiores sem contato com os oceanos, com 
lamina de água de pouca espessura, sob um 
clima árido. 
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PRODUÇÃO NACIONAL DE GIPSITA
FONTE: SINDUSGESSO. 2012
A produção nacional provém dos 
Estados:
Pernambuco - 95% da produção nacional;
Ceará - 1,5% da produção nacional;
Maranhão - 3% da produção nacional;
 Tocantins - 0,3% da produção nacional.
PRODUÇÃO PERNAMBUCANA DE GIPSITA
FONTE: www.dnpm-pe.gov.br
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Mapa de situação das jazidas de PE
 O pólo gesseiro de Pernambuco, composto 
por cinco Municípios da Micro-Região de 
Araripina;
 O Pólo Gesseiro:
◦ 39 minas de gipsita;
◦ 139 indústrias de calcinação; e 
◦ cerca de 726 indústrias de pré-moldados.
 13.200 empregos diretos e aproximadamente 
66.000 indiretos;
Fonte: SINDUSGESSO. 2012
 Pernambuco produziu em 2008 
◦ 5,5 milhões de toneladas, o que 
corresponde a 95% da produção nacional, 
onde
 61% é destinado a fabricação de blocos 
e placas;
 35% para revestimento; 
 3% para moldes cerâmicos; e 
 1% para outros usos.
Fonte: SINDUSGESSO. 2012
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Área de 
Atividade Empresas
Pessoal
Empregado
Mineração 15% 20%
Calcinadoras 23% 54%
Fábricas de 
Pré-Moldados 62% 26%
Fonte: SINDUSGESSO. 2007
Distribuição por Área de atividade
MUNICÍPIO EMPRESAS EMPREGADOS RESERVASDE GIPSITA
PRODUÇÃO 
DE GIPSITA
PRODUÇÃO
DE GESSO
ARARIPINA 51% 47% 28% 29% 50%
IPUBI 35% 18% 36% 31% 18%
TRINDADE 7% 25% 4% 10% 29%
OURICURI 5% 6% 24% 35% 2%
BODOCÓ 2% 4% 8% 4% 1%
Distribuição da capacidade instalada segundo o Município 
Fonte: SINDUSGESSO. 2007
 COMPOSIÇÃO DA GIPSITA.
CARACTERISTICAS
RAPADURA 
CINZA
(%)
RAPADURA
(%)
PEDRA 
BRANCA
(%)
COCADINHA
(%)
ÁGUA COMBINADA 18,93 19,82 19,75 20,02
CÁLCIO (CaO) 32,51 32,24 32,54 32,70
SULFATOS (SO3) 44,70 44,91 45,70 46,00
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O gesso de construção é um material produzido 
por calcinação do minério natural gipso (sulfato 
de cálcio dihidratado) constituído 
essencialmente de: 
•Sulfato de cálcio hemidratado
•Anidritas solúvel e insolúvel
•Gispsita
•Aditivos retardadores do tempo de pega
As propriedades do gesso dependem do teor relativo 
desses constituintes.
Sulfatos constituintes do gesso de construção
Hemidratos de fórmula CaSO4. 0,5 H2O ou hemidrato-ß.
É a fase presente em maior teor.
Anidrita III ou anidrita soluvel de fórmula CaSO4.eH2O
Fase muito reativa age como acelerador de pega 
Anidrita II ou anidrita insolúvel de fórmula CaSO4
Anidrita supercalcinada; Reage lentamente com a água podendo levar sete 
dias para se hidratar completamente. 
Sulfatos constituintes do gesso de construção
Anidrita I, de formula CaSO4
Fase de pega e endurecimento lentos, contribuindo para a dureza e 
tenacidade do produto final.
Gipsita, de formula CaSO4. 2H2O
Está presente no produto, por tempo de calcinação insuficiente ou por 
moagem grossa da matéria prima. Age com um acelerador de reação 
(acelerador de pega)
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MATERIA PRIMA
SULFATOS NATURAIS
São as rochas mais solúveis, constituídas principalmente 
de cloretos e sulfatos de sódio, cálcio, magnésio e 
potássio. Um tipo particular de rocha sedimentar, 
denominada evaporita.
SUBPRODUTO DA INDUSTRIA DE FERTILIZANTES
Também denominado fosfogesso ou gesso químico.
Subproduto da produção de fertilizantes fosfáticos, que se baseia na 
solubilização de rochas fosfáticas por ácidos clorídrico, nítrico ou sulfúrico.
O Sulfato é cristalizado na forma anidra (CaSO4) em processo via seca, na 
forma do dihidrato (CaSO4.2H2O), ou do hemidrato (CaSO4.0,5H2O) em 
processo via úmida
A Utilização do Fosfogesso
pela indústria da construção 
civil
Atividade:
Revisão bibliográfica – 1 pagina
Time new roman – 12pt
Espaço simples
Data limite de entrega – 31.08.2013
E-mail cardim@poli.br
Arquivo doc, docx, pdf anexado ao e-mail
Nomedoaluno.ZS2013.2
Ca10(PO4)6F2 + 10H2SO4 + 20H2O 10CaSO4.2H20 + 6H3PO4 + 2HF
APATITA
ÁCIDO SULFURICO
ÁGUA
FOSFOGESSO
ÁCIDO FOSFÓRICO
ÁCIDO 
FLUORIDRICO
FONTES SECUNDÁRIAS DO GESSO
- FOSFOGESSO
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Composição teórica dos sulfatos
PRODUÇÃO
EXTRAÇÃO
MOAGEM
CALCINAÇÃO
EXPEDIÇÃO
(CaSO4. 0,5H2O)
(CaSO4. H2O)
(150 ~ 350 ºC)
Jazidas de Gipsita em PE
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Jazidas de Gipsita em PE
Jazidas de Gipsita em PE
Jazidas de Gipsita em PE
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Jazidas de Gipsita em PE
Jazidas de Gipsita em PE
Jazidas de Gipsita em PE
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Video 1 Video 2 Video 3
Jazidas de Gipsita em PE
PRODUÇÃO DO GESSO DE CONSTRUÇÃO
•Extração do minério, realizada em geral a céu 
aberto
• Britagem e moagem grossa.
• Estocagem com homogeneização.
•Secagem da matéria prima pois a umidade 
pode chegar a 10%.
• Calcinação, moagem fina e ensilagem 
PRODUÇÃO DO GESSO DE CONSTRUÇÃO
 A calcinação pode consistir de um único 
forno, cujo produto é o hemidrato puro ou 
contendo também gipsita ou anidrita, ou de 
dois fornos que produzem hemidrato e 
anidrita, em separado.
Moagem e seleção em frações 
granulométricas de acordo com a utilização: 
em construção 
• pré-fabricação, revestimentos; e, 
moldagem 
• arte, industria.
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PRODUÇÃO DO GESSO DE CONSTRUÇÃO
 Etapa final não praticada no País: mistura e 
homogeneização dos diferentes sulfatos e 
dos aditivos, em função da aplicação. 
PRODUÇÃO DO GESSO DE CONSTRUÇÃO
PRODUÇÃO NACIONAL
 A calcinação é feita em forno rotativo de contato 
direto com os gases de combustão de óleo ou de 
gaseificadores de carvão ou lenha. Baixa eficiência 
energética.
 A calcinação é feita também em fornos tipo panela e 
marmita de aquecimento indireto. Nesse processo não 
há contato entre os gases de combustão, de lenha ou 
óleo.
 O armazenamento em silos promove homogeneização 
e estabilização favorável à sua qualidade
PRODUÇÃO NACIONAL
 A estabilização é a hidratação da anidrita III ao 
hemidrato; ela se dá após 12 horas de armazenamento 
do produto em atmosfera de 80% de UR; uma fração 
dessa fase pode estar presente no gesso por ocasião 
do consumo.
 Ensacado, deve ser protegido de umidade, pois o 
gesso hidrata-se com facilidade, Regenerando o 
dihidrato que age como acelerador de pega.
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CONTROLE DA PRODUÇÃO
 O importante é o controle da produção de hemidrato
 Pode ser feito pelo tempo de pega ou pelo teor de 
água combinada remanescente.
Considerando matéria prima pura, a perda de 1,5 mols 
de água representa uma diminuição do teor de água 
combinada na gipsita de 70% do teor original. Este 
valor pode ser tomado como referência para qualquer 
matéria prima.
 O controle pode ser feito também pelo tempo de pega 
determinado pelo ensaio do corte.e da impressão 
digital (DIN 1168)
Normatização do Gesso 
CB-02 – Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE -02:002.40 – Comissão de Estudo de Gesso Natural para Construção Civil
ATIVIDADE COMPLEMENTAR – 11.09.2013.
SISTEMA DE NORMATIZAÇÃO DO GESSO PARA 
CONSTRUÇÃO.
Envio até o dia 15.09.2013
1 página
Time news roman
Espaço simples
Envio do arquivo anexado ao e-mail: cardim@poli.br
Arquivo: nomedoaluno.TZS2.2013.2
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Normatização do Gesso – NBR 13.207:1994 
Normatização do Gesso – NBR 13.207:1994 
GESSO PARA CONSTRUÇÃO
 Molde
Cerâmica
Fundição
Dentário
Imobilização
Engessamento
• Humanos
• Animais
Adubo
Gipsita
Outros empregos
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GESSO PARA CONSTRUÇÃO
Denominação Dihidratado hemihidratado Anidrita III Anidrita II Anidrita I
Formas ou 
estado     Sol. Insol Pav -
Símbolo DH SH SH AnIII AnIIs AnIIi AnIIp AnI
Fórmula CaSO4.2H2O CaSO4.1/2H2O CaSO4 CaSO4 CaSO4
Água de 
Cristalização 
(%)
20,92 6,21 0,00 0,00 0,00
Sistema 
Cristalino Monoclínico Romboédrico Hexagonal Rômbico Cúbico
Densidade 
Real (g/cm3) 2,31 2,757 2,619 2,58 2,93 - 2,97 -
Dureza Mohs 2 - - - - 3 – 4 -
Solubilidade 
em Água 
a 20 ºC
(g/l)
2,1 6,7 8,8 6,7 8,8 2,7 -
GIPSITA
GIPSITA
Estrutura 
cristalográfica do 
Di-hidratado
CaSO4. 2H2O
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GESSO
Estrutura 
cristalográfica do 
Hemi-hidratado
CaSO4. 0,5H2O
ANIDRITA II
Estrutura 
cristalográfica da 
Anidrita II
CaSO4
GESSO PARA CONSTRUÇÃO
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GESSO PARA CONSTRUÇÃO
GESSO PARA CONSTRUÇÃO
GESSO PARA CONSTRUÇÃO
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GESSO PARA CONSTRUÇÃO
GESSO PARA CONSTRUÇÃO
GESSO PARA CONSTRUÇÃO
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GESSO PARA CONSTRUÇÃO
GESSO PARA CONSTRUÇÃO
GESSO PARA CONSTRUÇÃO
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GESSO PARA CONSTRUÇÃO
GESSO PARA CONSTRUÇÃO
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GESSO PARA CONSTRUÇÃO
GESSO PARA CONSTRUÇÃO
GESSO PARA CONSTRUÇÃO
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GESSO PARA CONSTRUÇÃO
GESSO PARA CONSTRUÇÃO

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