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Materiais Naturais e Artificiais na Construção Civil

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Unidade I
MATERIAIS NATURAIS E ARTIFICIAIS
Prof. Barbieri
Introdução à disciplina Materiais Naturais e Artificiais
 A disciplina Materiais Naturais e Artificiais tem a sua 
importância na formação e no exercício profissional 
por ser um pré-requisito a ser aplicado em Técnicas 
Construtivas que, posteriormente, serão aplicadas nos 
diversos órgãos de uma obra de construção civil.
 Não adianta saber apenas calcular uma viga, é preciso saber 
também dosar o concreto, analisar a granulometria de um 
agregado de modo a obter a resistência prevista e depois 
saber controlar sua preparação durante a obra toda. 
Classificação de materiais naturais e artificiais
Classificação dos materiais de construção quanto 
à origem ou obtenção
 Naturais: são encontrados na natureza e não exigem 
tratamentos especiais para poderem ser usados. 
Exemplos: areia, madeira, pedra etc. 
 Artificiais: são obtidos por processos industriais. 
Exemplos: tijolos, telhas etc. 
 Combinados: são resultantes da combinação de materiais 
naturais e artificiais. 
Exemplos: argamassa, concreto etc.
Classificação de materiais naturais e artificiais
Classificação dos materiais quanto à função 
 Materiais de vedação: não têm função resistente na estrutura. 
Exemplos: vidros, tijolos em certos casos etc.
 Materiais de proteção: servem de proteção aos materiais 
propriamente ditos. 
Exemplos: tintas, vernizes etc. 
 Materiais com função estrutural: resistem aos esforços 
atuantes na estrutura. 
Exemplos: madeira, aço, concreto etc. 
Classificação de materiais naturais e artificiais
Classificação dos materiais quanto à composição 
 Simples ou básicos: são aplicados isoladamente. 
Exemplos: telha, tijolo etc. 
 Produzidos ou compostos: são empregados conjuntamente. 
Exemplos: concreto, argamassa etc. 
Classificação de materiais naturais e artificiais
Classificação dos materiais quanto à estrutura interna 
 Lamelar – exemplo: argila. 
 Fibrosa – exemplo: amianto. 
 Vítrea – exemplo: vidro. 
 Cristalina – exemplo: metais. 
 Agregados complexos – exemplo: concreto. 
 Fibrosos com estruturas complexas – exemplo: madeira.
Tipos de materiais: metais
Fonte: (Callister, 2008 ) 
Elementos com valência 1, 2 ou 3 Bons condutores de calor e eletricidade
Ligação metálica (compartilhamento dos elétrons 
livres)
Temperáveis (mais de uma fase alotrópica)
Microestrutura cristalina Ligas endurecíveis por precipitação
Dúcteis (alta plasticidade) Ativos quimicamente
Rígidos (alto módulo de elasticidade) Propagação de discordâncias muito mais fácil
Tenazes (resistentes a trincas) Bons condutores de calor e eletricidade
Exemplos: aços, ligas de alumínios, ligas de zinco etc.
Tipos de materiais: polímeros 
Fonte: (Callister, 2008) 
Longas cadeias de moléculas repetidas Maus condutores de calor
Ligações covalentes nas cadeias Viscoelásticos e dúcteis acima da temperatura de 
transição vítrea
Termoplásticos e covalente nos termofixos Pouco densos
Baixa temperatura de fusão ou de decomposição Bons isolantes elétricos
Microestrutura amorfa ou pouco cristalina Podem ter boa resistência química 
Pouco rígidos Ótima fabricabilidade
Exemplos: termoplásticos, termoelásticos, 
elastômeros etc.
Tipos de materiais: cerâmica 
Fonte: (Callister, 2008) 
Combinação de metais e não metais (valência 5, 6 
ou 7)
Não encruáveis nem maleáveis
Ligação iônica ou covalente Quimicamente estáveis
Microestrutura cristalina (complexa) Propagação de discordâncias quase impossível
Alta rigidez Alto ponto de fusão
Alta dureza Isolantes elétricos
Frágeis Maus condutores de calor
Exemplos: vidro, cimento, argila etc.
Tipos de materiais: madeira 
Fonte: (Callister, 2008) 
Material complexo Higrocospicidade (absorve e devolve umidade)
Baixa massa específica Combustibilidade
Boa elasticidade Anisotropia (estrutura fibrosa, propriedade 
direcional)
Baixa condutibilidade térmica Retratilidade (alteração dimensional de acordo com 
a umidade e a temperatura)
Isolante elétrico e acústico Deterioração
Baixo custo Material natural de fácil obtenção e renovável
Exemplos: jatobá, angico, araucária etc.
Rochas: definição
 Rochas ou pedras naturais: associações compatíveis 
e estáveis de um ou mais minerais.
 São definidas como substâncias sólidas, naturais, inorgânicas 
e homogêneas, que possuem composição química definida e 
estrutura atômica característica. 
 São compostos químicos resultantes da associação de 
átomos de dois ou mais elementos. Exemplo: Al2O3 – bauxita.
Rochas: definição
 Um dos mais antigos materiais de construção, 
assim como a madeira.
 Uso decrescente em função do desenvolvimento tecnológico 
de outros materiais.
 Na crosta terrestre, 95% de rochas ígneas e metamórficas 
e 5% de rochas sedimentares.
 Grande parte de materiais como a cal, o gesso, o aço 
e o cimento são extraídos de rochas em forma de minério.
Rochas: finalidade na engenharia
 Local de instalações de obras: as rochas podem ser utilizadas 
como fundações de obras, como material de base para túneis, 
galerias, entre outros.
 Material de construção: materiais como pedras brita, 
areia, componentes de misturas cerâmicas, pedras para 
revestimento, matérias-primas da cal e do cimento 
são originários de rochas estudadas pela geologia.
Rochas: classificação – ígneas ou magmáticas
 Resultam da solidificação do magma. 
 Quando formadas em profundidade (dentro da crosta), são 
chamadas de rochas plutônicas ou intrusivas, nesse caso são 
formadas por uma estrutura cristalina e apresentam textura de 
graduação grossa. 
 Rochas plutônicas ou intrusivas. Exemplo: granito.
Fonte: (Wincabder, 2009 ) 
Rochas: classificação – ígneas ou magmáticas
 Caso sejam formadas na superfície terrestre pelo 
extravasamento de lava por condutos vulcânicos, são 
chamadas de rochas vulcânicas ou extrusivas e são 
caracterizadas por uma estrutura que pode ser vítrea 
ou cristalina e apresentam textura com graduação fina.
 Rochas vulcânicas ou extrusivas. Exemplo: basalto.
Fonte: (Wincabder, 2009 ) 
Rochas: classificação – sedimentares
 São o resultado de uma cadeia de processos que ocorrem 
na superfície do planeta e se iniciam pelo intemperismo das 
rochas expostas à atmosfera.
 As rochas intemperisadas perdem sua coesão e passam a ser 
erodidas e transportadas por diferentes agentes (água, gelo, 
vento, gravidade) até sua sedimentação em depressões da 
crosta terrestre, denominadas bacias sedimentares.
 Rochas sedimentares: calcário. 
Fonte: (Wincabder, 2009) 
Rochas: classificação – metamórficas 
 Resultam de outras rochas pré-existentes, como as 
sedimentares ou ígneas que, no decorrer dos processos 
geológicos, sofreram mudanças mineralógicas, químicas 
e estruturais que provocaram a instabilidade dos minerais, 
os quais tendem a se transformar e rearranjar sob novas 
condições.
 Rochas metamórficas: gnaisse. 
Fonte: (Wincabder, 2009) 
Interatividade
O granito é exemplo de rocha:
a) magmática vulcânica.
b) magmática extrusiva.
c) magmática plutônica. 
d) metamórfica.
e) sedimentar detrítica.
Resposta
O granito é exemplo de rocha:
a) magmática vulcânica.
b) magmática extrusiva.
c) magmática plutônica. 
d) metamórfica.
e) sedimentar detrítica.
Agregados: definição
 Agregados para construção civil são materiais minerais, 
sólidos inertes que, de acordo com granulometrias 
adequadas, são utilizados para fabricação de produtos 
artificiais resistentes, mediante a mistura com materiais 
aglomerantes de ativação hidráulica ou com ligantes 
betuminosos.
 São geralmente granulares, sem forma e volume definidos, 
com dimensões características e propriedades adequadas 
para a preparação de argamassas e concretos (NBR 9935/05).
Agregados: classificação
Os agregados podem ser classificados quanto
 à origem: naturais, artificiais e industrializados
 às dimensões das partículas: miúdos e graúdos 
 àmassa unitária: leves, médios e pesados
 composição mineralógica: sedimentares, metamórficos 
e ígneos
Agregados: dimensões das partículas – miúdos
 Areia natural: considerada como material de construção e 
como agregado miúdo. A areia pode originar-se de rios, de 
cavas ou de praias e dunas. 
Granulometria:
Imagem:
 Areia de brita ou areia artificial: agregado obtido dos finos 
resultantes da produção da brita, dos quais se retira a fração 
inferior a 0,15 mm. Sua graduação é 0,15 /4,8mm.
Tipo de areia Granulometria (mm)
Fina entre 0,06 mm e 0,2 mm
Média entre 0,2 mm e 0,6 mm
Grossa entre 0,6 mm e 2,0 mm Fonte: NBR 7211/83
Fonte: (Queiroz, 2009 ) 
Fonte: (Bauer, 2000) 
MINERAÇÃO DE AREIA
ROCHA / SEDIMENTO
DESMONTE
DRAGAGEM
CLASSIFICAÇÃO
ESTOCAGEM
EXPEDIÇÃO
Tirar areia do rio
Lavagem / Separação
Peneiramento
Pilhas de estoque
PRODUTOS
Agregados: dimensões das partículas – graúdos 
 Pedra britada: agregado obtido a partir de rochas compactas 
que ocorrem em jazidas pelo processo industrial da 
cominuição (fragmentação) controlada da rocha maciça. 
Os produtos finais enquadram-se em diversas categorias. 
Granulometria:
Imagem: 
Fonte: NBR 7211/83
Fonte: (Bauer, 2000 ) 
Agregados: dimensões das partículas – graúdos 
Fonte: (Bauer, 2000) 
MINERAÇÃO DE ROCHA
MACIÇO ROCHOSO
DESMONTE
BRITAGEM
CLASSIFICAÇÃO
ESTOCAGEM
EXPEDIÇÃO
Primário
Secundário
Peneiramento
Lavagem
Pilhas de estoque
PRODUTOS
Explosivos
Rompedor Hidráulico
Agregados: granulometria – NBR 7211
Granulometria
 É a ciência cujo objetivo é medir e determinar a forma do grão 
do agregado. Ela é feita numa série de peneiras normalizadas, 
com aberturas de malhas quadradas, conforme especificações 
da ABNT. 
 O procedimento do ensaio consiste no peneiramento 
do agregado e na determinação das porcentagens 
retidas em cada peneira. 
 A granulometria dos agregados é característica 
essencial para o estudo das dosagens do concreto.
Agregados: granulometria – NBR 7211
Quanto à continuidade da curva de distribuição granulométrica, 
os agregados podem ser classificados como sendo 
de granulometria:
 Contínua (A) = S suave e alongado na horizontal
 Descontínua (B) = patamar horizontal
 Uniforme (C) = S alongado na vertical
Imagem
Fonte: (Ambrozewicz, 2012 )
Fonte: (Bauer, 2000)
Agregados: granulometria – módulo de finura
 O módulo de finura é muito importante para saber as 
dimensões dos grãos (superfície específica).
Sua definição serve para determinar:
 a quantidade de cimento necessária para envolver os grãos;
 necessidade de água de molhagem; está relacionada 
com a área superficial, alterando a água de amassamento 
para uma certa consistência.
 Característica importante para a dosagem em concretos.
Agregados: granulometria – módulo de finura
 Módulo de finura (Mf): é a soma das porcentagens acumuladas 
em massa de um agregado nas peneiras da série normal, 
dividida por 100. 
Peneiras (mm) Material retido (g) % Simples % Acumulada
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
Fundo
∑ = 1000 g
Fonte: (Autor, 2017) 
Fonte: (Autor, 2017 ) 
PENEIRAS (mm)
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
Fundo
MATERIAL RETIDO (g) % SIMPLES % ACUMULADO
Agregados: granulometria – dimensão máxima
 A dimensão máxima (Dm): é uma grandeza associada 
à distribuição granulométrica do agregado correspondente à 
abertura de malha quadrada, em mm, à qual corresponde uma 
porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior 
a 5% em massa. 
Fonte: (Autor, 2017) 
Agregados: forma dos grãos
Os grãos dos agregados não têm forma geometricamente 
definida. 
 Quanto às dimensões: cúbicos, lamelares e discoides
 Quanto à conformação da superfície: angulosos 
e arredondados
 Quanto à forma das faces: conchoidais e defeituosos
Interatividade
Na Classificação Granulométrica NBR 5734, qual é a peneira que 
retém um agregado graúdo?
a) 5,0 mm
b) 2,8 mm
c) 4,8 mm
d) 14,8 mm
e) 9,5 mm
Resposta
Na Classificação Granulométrica NBR 5734, qual é a peneira que 
retém um agregado graúdo?
a) 5,0 mm
b) 2,8 mm
c) 4,8 mm
d) 14,8 mm
e) 9,5 mm
Cimento Portland: histórico
 A denominação “cimento Portland” foi dada em 1824 por 
Joseph Aspdin, um químico e construtor britânico. 
 No mesmo ano ele queimou conjuntamente pedras calcárias 
e argila, transformando-as num pó fino. Percebeu que obtinha 
uma mistura que, após secar, tornava-se tão dura quanto as 
pedras empregadas nas construções. 
 A mistura não se dissolvia em água e foi patenteada pelo 
construtor no mesmo ano com o nome de cimento Portland, 
que recebeu esse nome por apresentar cor e propriedades de 
durabilidade e solidez semelhantes às das rochas da ilha 
britânica de Portland.
Cimento Portland: introdução
 É um aglomerante hidráulico resultante da moagem 
do clínquer obtido pelo cozimento até a fusão parcial de 
mistura de calcário e argila convenientemente dosada 
e homogeneizada de tal forma que, após o cozimento, 
não resulte cal livre em proporções prejudiciais.
 Clínquer: é a base do cimento, originalmente uma mistura 
de calcário e argila, que é queimado (1.400 ºC) e triturado até 
virar um pó fino. O clínquer possui um diâmetro médio 
entre 5 e 25 mm.
Fonte: autor, 2017
Cimento Portland: fabricação
 A figura abaixo mostra o processo de fabricação, desde 
a extração até a distribuição.
Fonte: (Ambrozewicz, 2012)
Cimento Portland: clinquerização
 A farinha crua entra no forno rotativo de clinquerização 
formando o clínquer, conforme esquema abaixo.
Fonte: (autor, 2017)
Cimento Portland: hidratação
 A figura abaixo mostra o desenvolvimento microestrutural 
de um grão de cimento durante a hidratação.
Fonte: (Ramachandram, 2001)
Cimento Portland: hidratação
 A tabela abaixo mostra a influência dos elementos clínquer 
quando hidratados.
Fonte: (Ambrozewicz, 2012)
Composto Fórmula química Abrev. % no clínquer Propriedade após hidratação
Silicato 
tricálcico
3 CaO. SiO2 C3S 50-65 Endurecimento rápido
Alto calor de hidratação
Alta resistência inicial
Silicato 
bicálcico
2 CaO. SiO2 C2S 15-25 Endurecimento lento
Baixo calor de hidratação
Baixa resistência inicial
Aluminato 
tricálcico
3 CaO. Al2O3 C3A 6-10 Acelera a pega e alto calor 
de hidratação
Aumenta a retração e reduz 
a resistência final
Ferro 
aluminato 
tetracálcico
4 CaO. Al2O3 
.Fe2O3
C4AF 3-8 Endurecimento lento 
Não contribui nada para 
a resistência
Cal livre C CaO 3-8 Quantidades elevadas 
provoca expansibilidade 
e fissuração
Cimento Portland: nomenclatura
 A figura a seguir mostra como identificar a sigla de um saco 
de cimento Portland.
Fonte: (autor, 2012 )
Cimento Portland: tipos
Hoje o cimento Portland é normalizado e existem sete tipos 
principais no mercado
 CP I – cimento Portland comum
 CP II-E – cimento Portland composto com escória
 CP II-Z – cimento Portland composto com pozolana
 CP II-F – cimento Portland composto com fíler
 CP III – cimento Portland de alto forno
 CP IV – cimento Portland pozolânico
 CP V-ARI – cimento Portland de alta resistência inicial
Interatividade
O cimento Portland, que contém adição de escória no teor de 35% a 
70% em massa, possui propriedades como baixo calor de 
hidratação, maior impermeabilidade e durabilidade. É recomendado 
tanto para obras de grande porte e agressividade (barragens, 
fundações de máquinas, obras em ambientes agressivos, concretos 
com agregados reativos, obras submersas, pavimentação de 
estradas, pistas de aeroportos etc.) como também para aplicação 
geral em argamassas, estruturas de concreto simples, armado ou 
protendido etc. A norma brasileira que trata desse tipo de cimento é 
a NBR 5735. Em uma obra estão estocados sacos de cimento com 
identificação CP III. Por tal identificação, verifica-se que se trata de 
cimento Portland:
a) comum.
b) escória de alto forno.
c) pozolânico.
d) composto.
e) branco.
RespostaO cimento Portland, que contém adição de escória no teor de 35% a 
70% em massa, possui propriedades como baixo calor de 
hidratação, maior impermeabilidade e durabilidade. É recomendado 
tanto para obras de grande porte e agressividade (barragens, 
fundações de máquinas, obras em ambientes agressivos, concretos 
com agregados reativos, obras submersas, pavimentação de 
estradas, pistas de aeroportos etc.) como também para aplicação 
geral em argamassas, estruturas de concreto simples, armado ou 
protendido etc. A norma brasileira que trata desse tipo de cimento é 
a NBR 5735. Em uma obra estão estocados sacos de cimento com 
identificação CP III. Por tal identificação, verifica-se que se trata de 
cimento Portland:
a) comum.
b) escória de alto forno.
c) pozolânico.
d) composto.
e) branco.
Gesso: definição
 Definição: é um aglomerante aéreo (endurece pela ação 
química do CO2 do ar), obtido pela desidratação total ou 
parcial da gipsita – aglomerante já utilizado pela 
humanidade há mais de 4.500 anos, no Egito.
 É a transformação da gipsita por um processo de queima 
que a transforma no gesso de pega rápida.
Fonte: (Pinheiro, 2011)
Gesso: definição
A gipsita é o sulfato de cálcio mais ou menos impuro, hidratado 
com 2 moléculas de água. Sua fórmula química é CASO4+ 2 H2O 
e suas impurezas – que, no máximo, indicam 6% são: 79% de 
sulfato de cálcio e 21% de água.
 Silício (SiO2)
 Alumina (Al2O3) 
 Óxido de ferro (Fe2O3) 
 Carbonato de cálcio (CaCO3) 
 Cal (CaO), 
 Anidrito sulfúrico (SO3) 
 Anidrido carbônico (CO2)
Gesso: definição
 É um material que tem bom isolamento térmico e acústico. 
Auxilia no equilíbrio da umidade do ar em ambientes 
fechados por ser material higroscópico.
 Porém, em contato com a água, perde em muito sua resistência 
mecânica, sendo mais recomendado para ambientes fechados.
 No Brasil, a gipsita é encontrada em jazidas no Norte e 
Nordeste, cujas reservas são calculadas em 407 milhões 
de toneladas. Sua desidratação é feita através do cozimento 
industrial (fornos).
Gesso: efeitos da queima
 As pedras de gipsita, depois da britagem e trituração, são 
queimadas na temperatura entre 130 a 160 ºC, realizada com 
pressão atmosférica, a gipsita perde ¾ partes de sua água, 
passando de diidrato (di-hidratado) para hemidrato, que é 
mais solúvel que o diidrato.
 Esse gesso hemidrato é conhecido como gesso rápido 
(quanto à pega) e endurece entre 15 e 20 minutos, 
apresentando uma dilatação linear de 0,3% e, após seu 
endurecimento, retrai bem menos do que sua dilatação inicial, 
sendo, portanto, muito usado em moldagem.
Gesso: efeitos da queima
 Entre 170 a 300 0C, o gesso torna-se gesso anidro solúvel, 
também chamado de anidrita III, de fórmula química 
CaSO4.H2O (indica que esse produto pode conter 
um teor de água de cristalização variável).
 É a fase intermediária entre o hemidrato e a anidrita II. 
 Instável e ávida por água, pode absorver umidade atmosférica 
e passar à forma de hemidrato (reversível).
 Fase muito reativa, age como acelerador de pega.
Gesso: efeitos da queima
 Entre 400 a 600 ºC, é também chamada de anidrita II.
 É um produto totalmente desidratado, estável, com tempo 
de pega muito longo (retarda a pega).
 A anidrita II torna-se quase totalmente insolúvel e não é mais 
capaz de fazer pega, transformando-se num material inerte.
 Esse gesso é utilizado na composição química 
do cimento para retardar a pega.
Gesso: efeitos da queima
 Entre 900 a 1100 ºC, também chamada de anidrita I.
 O gesso sofre a separação do SO3 e da CaO, com formação do
CaO livre, formando um produto de pega lenta (pega entre 12
e 14 horas) chamado de gesso de pavimentação.
Fonte: (Pinheiro, 2011)
Gesso: propriedades 
Fonte: 
(Pinheiro, 2011)
Gesso: propriedades 
Fonte: (Pinheiro, 2011)
Cal: definição 
 Cal aérea: aglomerante resultante da calcinação de rochas 
calcárias, pode ser hidratado e endurece sob ação do 
CO2 do ar.
 No caso da hidratação, a água só atua como catalisador. 
A cal hidratada é muito utilizada na construção civil.
 Cal hidráulica: aglomerante que endurece pela ação da 
água e foi muito utilizado nas construções antigas, sendo 
posteriormente substituído pelo cimento Portland.
Cal hidráulica 
 Cal hidráulica: aglomerante resultante da calcinação a 1100ºC 
de rochas calcárias e argila que dá origem à cal hidráulica que 
é um produto que endurece pela ação da água.
 A cal hidráulica é constituída por silicatos (SiO2.2CaO) e 
aluminatos de cálcio (Al2O3.CaO) que, hidratando-se 
na água, endurecem por carbonatação.
 Não é mais usada como aglomerante devido a características 
inferiores, em geral, às do cimento Portland e por apresentar 
muita cal livre.
Cal aérea 
 Definição: a cal é um aglomerante aéreo, ou seja, é um 
produto que reage em contato com o CO2 do ar.
 Produzida a partir de rochas calcárias, composta basicamente 
de cálcio (CaCO3 – calcita) e magnésio (CaCO3.MgCO3 –
dolomita) que, para a sua aplicação, apresenta-se sob forma 
pulverulenta.
 Pode conter algumas impurezas tais como: quartzo, silicatos 
argilosos, óxidos metálicos de ferro e manganês, matéria 
orgânica, sulfatos, sulfetos, fosfatos etc.
Cal aérea: fabricação 
 Após a britagem e classificação da matéria-prima, ela passa por 
uma moagem e é conduzida ao forno de calcinação (cozimento 
do calcário), sendo realizado o ciclo de obtenção da cal.
Cal virgem ou cal viva (calcinação): o CaCO3 é cozido a uma 
temperatura inferior à fusão, cerca de 900ºC, suficiente para 
separar (por decomposição) o CaCO3, a cal (CaO) e o CO2 (gás 
carbônico):
Cal aérea: fabricação 
Cal hidratado ou extinta (hidratação): o processo de hidratação 
da cal virgem, também conhecido como extinção da cal, pode 
ser expresso pela seguinte equação:
 Da hidratação da cal virgem obtém-se a cal hidratada 
(hidróxido de cálcio), que é utilizada como aglomerante 
em argamassas para assentamento de blocos 
ou revestimento de paredes. 
Cal aérea: fabricação 
Endurecimento da cal hidratada com o ar (carbonatação)
 O CO2 transforma lentamente a superfície da argamassa 
formada por carbonato de cálcio e penetra lentamente na 
massa que assim vai se consolidando. 
 Essa reação de carbonatação só é possível em presença 
da água que, dissolvendo ao mesmo tempo a cal e o CO2, 
possibilita essa combinação, funcionando a água 
como catalisador. 
Cal aérea: ciclo 
Fonte: (Breitenbach, 2013)
Interatividade
A cal é um aglomerante cujo constituinte principal é o óxido de 
cálcio ou o óxido de cálcio em presença natural com o óxido de 
magnésio, hidratados ou não. Após a britagem e classificação 
da matéria-prima, ela passa por uma moagem e é conduzida ao 
forno de calcinação (cozimento do calcário), sendo realizado o 
ciclo de obtenção da cal. Quais são as etapas do ciclo da cal, 
respectivamente?
a) Calcinação => Hidratação => Carbonatação
b) Calcinação => Carbonatação => Hidratação
c) Carbonatação=> Calcinação => Hidratação
d) Carbonatação=> Hidratação => Calcinação
e) Hidratação=> Calcinação => Carbonatação
Resposta
A cal é um aglomerante cujo constituinte principal é o óxido de 
cálcio ou o óxido de cálcio em presença natural com o óxido de 
magnésio, hidratados ou não. Após a britagem e classificação 
da matéria-prima, ela passa por uma moagem e é conduzida ao 
forno de calcinação (cozimento do calcário), sendo realizado o 
ciclo de obtenção da cal. Quais são as etapas do ciclo da cal, 
respectivamente?
a) Calcinação => Hidratação => Carbonatação
b) Calcinação => Carbonatação => Hidratação
c) Carbonatação=> Calcinação => Hidratação
d) Carbonatação=> Hidratação => Calcinação
e) Hidratação=> Calcinação => Carbonatação
ATÉ A PRÓXIMA!

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