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Resumo História

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CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO À HISTÓRIA 
 
Quando lemos um jornal ou uma revista, vemos várias notícias: guerras, violência nas 
cidades, desemprego, greves, destruição de florestas, projetos contra a fome, etc. Notícias que 
mostram os problemas enfrentados por homens, mulheres e crianças em todo o mundo. 
Este é um mundo em que a pobreza e a riqueza convivem em um quadro de grandes 
desigualdades sociais. A História ajuda a entender a realidade mundial. Estudando a maneira 
como as pessoas viviam no passado, como se relacionavam e transformavam o ambiente ao 
seu redor, é possível compreender melhor os problemas que enfrentamos no dia-a-dia. 
História é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A 
História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um 
determinado período histórico, cultura ou civilização. 
Um dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um 
determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento. 
Entender o passado também é importante para a compreensão do presente. 
O estudo da História foi dividido em dois períodos: a Pré-História (antes do surgimento da 
escrita) e a História (após o surgimento da escrita, por volta de 4.000 a.C). Para analisar a Pré-
História, os historiadores e arqueólogos analisam fontes materiais (ossos, ferramentas, vasos 
de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e artísticas (arte rupestre, esculturas, adornos). Já o 
estudo da História conta com um conjunto maior de fontes para serem analisadas pelo 
historiador. 
Estas podem ser: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registros orais, documentos, 
moedas, jornais, gravações,etc. 
A História conta com ciências que auxiliam seu estudo. Entre estas ciências auxiliares, 
podemos citar: Antropologia (estuda o fator humano e suas relações), Paleontologia (estudo 
dos fósseis), Heráldica (estudo de brasões e emblemas), Numismática (estudo das moedas e 
medalhas), Psicologia (estudo do comportamento humano), Arqueologia (estudo da cultura 
material de povos antigos), Paleografia (estudo das escritas antigas) entre outras. 
 
Periodização da História 
 
Pré-História: antes do surgimento da escrita, ou seja, até 4.000 a.C. 
Idade Antiga (Antiguidade): de 4.000 a.C até 476 (invasão do Império Romano) 
Idade Média (História Medieval): de 476 a 1453 (conquista de Constantinopla pelos 
turcos otomanos). 
Idade Moderna: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa). 
Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje. 
 
A tradicional divisão da História em idades – Pré-história, Antiga, Média, Moderna e 
Contemporânea – é muito difundida no Ocidente. Entretanto sofre forte crítica na atualidade, 
sendo contestada por correntes que indicam ser esta divisão parcial, por privilegiar a História 
das sociedades dominantes e ignorar ou depreciar a História das sociedades dominadas. Além 
disso, supervaloriza a História dos países ricos. 
É, então, apresentada uma divisão que utiliza como critério o Modo de produção 
econômico – que demonstra a organização da economia e as relações sociais decorrentes. 
Por esta classificação são apresentadas as situações das classes dominantes e dominadas. 
 
De acordo com o Modo de produção, a História é dividida da seguinte forma: 
 
Pré- História 
 
Antiga 
Aparecimento do homem 
 
Modo de Produção Primitivo 
-------------------------------------------- 
Escrita 
Modo de Produção Asiático 
Modo de Produção Escravista 
Média Modo de Produção Feudal 
Moderna Modo de Produção Mercantilista 
 
Modo de Produção Pré-Capitalista 
Contemporânea Modo de Produção Capitalista 
 
Modo de Produção Socialista 
 
Primitivo: caracteriza as sociedades primitiva, pré-históricas. A produção era comum a 
todos os membros da comunidade que usufruíam em condições de igualdade. Todos 
trabalhavam e não existiam classes sociais. 
 
Asiático: as terras pertenciam ao Estado e as relações sociais eram de servidão coletiva. 
 
Escravista: apareciam os senhores, os donos. A eles pertenciam as terras, os meios de 
produção e os trabalhadores (escravos). A riqueza se concentrava nas mãos dos senhores. 
Existiam a classe dominante e a dominada. As relações sociais eram de dominação. 
Feudal: os donos mantinham a classe trabalhadora na servidão. Os senhores feudais 
formavam a classe dominante. 
 
Mercantilista: caracteriza-se por um grande crescimento do comércio, o que exigia maior 
produção, construção de navios e grandes capitais. A burguesia enriqueceu, os reis 
absolutistas montaram cortes luxuosas e fizeram muitas guerras. É o período do pré-capitalista. 
 
Pré-Capitalista: servos libertos arrendam partes de propriedades feudais e a produção 
agrícola passou a orientar-se para a venda nas cidades e não apenas para o consumo. Novas 
técnicas de cultivo aumentam a produtividade do solo. 
 
Capitalista: o trabalho passa a ser assalariado e estabelece-se a luta de classes entre a 
classe proprietária e a classe trabalhadora (proletariado). 
 
Socialista: das condições do capitalismo desenvolve-se o modo de produção socialista, 
que defende a organização de uma sociedade sem classes sociais. 
 
O Calendário Gregoriano: 
 
O calendário mais usado no mundo atual é o calendário gregoriano, também conhecido 
como calendário cristão. É um calendário inteiramente solar, isto é, baseado na rotação da 
Terra em torno do Sol. Esse calendário tem a sua origem no calendário oficial do Império 
Romano, o chamado calendário Juliano, que tinha 365,25 dias. 
A reforma do calendário Juliano foi encomendada pelo papa Gregório XIII (1502-1585), 
procurando aproximar o ano definido no calendário com o ano solar, que é de 365 dias, 5 horas 
e 49 minutos. 
O novo calendário institui o ano bissexto a cada quatro anos, começando a partir de 1600 
e definiu o dia 1º de janeiro como início do ano para toda a cristandade. 
O grego Heródoto, que viveu no século V a.C é considerado o “pai da História” e primeiro 
historiador, pois foi o pioneiro na investigação do passado para obter o conhecido histórico. 
A historiografia é o estudo do registro da História. 
O historiador é o profissional, com bacharelado em curso de História, que atua no estudo 
desta ciência, analisando e produzindo conhecimentos históricos. 
 
O SURGIMENTO DO HOMEM 
A Origem do Homem 
 
Sabe-se que a princípio, não existiam seres vivos possuidores de coluna vertebral. Antes 
do surgimento dos primeiros vertebrados milhões de anos se passaram na história da 
evolução. Os primeiros a aparecer tinham a forma de peixe, e somente milhões de anos após é 
que os primeiros anfíbios passaram a existir, e depois vieram os répteis, pássaros e mamíferos. 
Para a ocorrência de todo esse processo, ocorreram inúmeras explicações, contudo, a mais 
conhecida foi explanada por Darwin (teoria evolucionista). Ele se fez notar quando observou 
que não existem duas plantas ou dois animais exatamente iguais. Observou-se que partes 
dessas diferenças são benéficas para a obtenção mais alimento, fato que permite uma melhor 
formação e um tempo de vida mais prolongado. Essas variações passaram de geração para 
geração e foram muito úteis para o desenvolvimento dos seres vivos. Após milhões de anos, a 
aparência de animais e plantas ficou bem diferente do que era. Aqueles que se desenvolveram 
melhor, foram os que tiveram a chance de se adaptar as inúmeras mudanças que ocorreram 
em nosso planeta.Podemos definir a pré-história como um período anterior ao aparecimento da 
escrita. Portanto, esse período é anterior há 4000 a.C, pois foi por volta deste ano que os 
sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme. Foi uma importante fase, pois o homem 
conseguiu vencer as barreiras impostas pela natureza e prosseguir com o desenvolvimentoda 
humanidade na Terra. O ser humano foi desenvolvendo, aos poucos, soluções práticas para os 
problemas da vida. Com isso, inventando objetos e soluções a partir das necessidades. Ao 
mesmo tempo foi desenvolvendo uma cultura muito importante. Esse período pode ser dividido 
em três fases: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico. No decorrer deste último século os cientistas 
descobriram várias pistas que os levaram as comprovações da teoria da evolução. 
 
Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada 
 
Nesta época, o ser humano habitava cavernas, muitas vezes tendo que disputar este tipo 
de habitação com animais selvagens. 
Quando acabavam os alimentos da região em que habitavam, as famílias tinham que 
migrar para outra região. Desta forma, o ser humano tinha uma vida nômade (sem habitação 
fixa). Vivia da caça de animais de pequeno, médio e grande porte, da pesca e da coleta de 
frutos e raízes. Usavam instrumentos e ferramentas feitos a partir de pedaços de ossos e 
pedras. Os bens de produção eram de uso e propriedade coletiva. 
Neste período intermediário, o homem conseguiu dar grandes passos rumo ao 
desenvolvimento e à sobrevivência de forma mais segura. O domínio do fogo foi o maior 
exemplo disto. Com o fogo, o ser humano pôde espantar os animais, cozinhar a carne e outros 
alimentos, iluminar sua habitação além de conseguir calor nos momentos de frio intenso. 
Outros dois grandes avanços foram o desenvolvimento da agricultura e a domesticação dos 
animais. Cultivando a terra e criando animais, o homem conseguiu diminuir sua dependência 
com relação a natureza. Com esses avanços, foi possível a sedentarização, pois a habitação 
fixa tornou-se uma necessidade. Neste período ocorreu também a divisão do trabalho por sexo 
dentro das comunidades. Enquanto o homem ficou responsável pela proteção e sustento das 
famílias, a mulher ficou encarregada de criar os filhos e cuidar da habitação. 
 
Neolítico ou Idade da Pedra Polida 
 
Nesta época o homem atingiu um importante grau de desenvolvimento e estabilidade. 
Com a sedentarização, a criação de animais e a agricultura em pleno desenvolvimento, as 
comunidades puderam trilhar novos caminhos. Um avanço importante foi o desenvolvimento da 
metalurgia. Criando objetos de metais, tais como, lanças, ferramentas e machados, os homens 
puderam caçar melhor e produzir com mais qualidade e rapidez. A produção de excedentes 
agrícolas e sua armazenagem garantiam o alimento necessário para os momentos de seca ou 
inundações. Com mais alimentos, as comunidades foram crescendo e logo surgiu a 
necessidade de trocas com outras comunidades. Foi nesta época que ocorreu um intenso 
intercâmbio entre vilas e pequenas cidades. A divisão de trabalho, dentro destas comunidades, 
aumentou ainda mais, dando origem ao trabalhador especializado. 
 
As pinturas Ruprestes 
 
Os povos antigos, antes de conhecerem a escrita, já produziam obras de arte. Os homens 
das cavernas faziam bonitas figuras em suas paredes, representando os animais e pessoas da 
época, com cenas de caças e ritos religiosos. Faziam também esculturas em madeira, ossos e 
pedras; os cientistas estudam esses objetos e pinturas, e conseguem saber como viviam 
aqueles povos antigos. Além da arte dos povos pré-históricos, também é considerada arte 
primitiva aquela produzida pelos índios e outros povos que viviam na América antes da vinda 
de Colombo. Os maias, os astecas e os incas representavam a arte pré-colombiana. São 
pinturas, esculturas e templos maravilhosos, feitos de pedras ou materiais preciosos, que nos 
contam a história desses povos. 
 
A Origem do Homem Americano 
 
Segundo alguns estudiosos, o continente americano começou a ser povoado há 30.000, 
50.000 ou até 60.000 anos atrás. Dos povos mais antigos, os arqueólogos encontraram restos 
de carvão, objetos de pedra, desenhos e pinturas em cavernas e partes de esqueletos. Dos 
povos mais recentes encontramos grandes obras como: pirâmides, templos e cidades. Alguns, 
como os Astecas e os Mais, conheceram a escrita e deixaram documentos que continuam 
sendo estudados. Hoje, os pesquisadores admitem que os primeiros habitantes americanos 
vieram da Ásia, devido à grande semelhança física entre índios e mongóis. A teoria mais aceita 
é de que os primitivos vieram a pé, pelo estreito de Behring, na glaciação de 62.000 anos atrás. 
Outros afirmam que vieram pelas ilhas da Polinésia, em pequenos barcos, tendo 
desembarcado em diversos pontos e daí se espalhado. Os vestígios mais antigos da presença 
do homem no continente foram encontrados em São Raimundo Nonato no Piauí pela 
arqueóloga Niede Guidon, com idade de 48.000 anos, permitindo a conclusão de que eram 
caçadores e usavam o fogo para cozinhar, atacar e defender-se dos inimigos, pelos utensílios 
encontrados. 
 
O SURGIMENTO DAS CIDADES 
 
Em urbanismo, duas grandes correntes de pensamento procuram explicar a origem das 
cidades. Para uma delas, a origem estaria no comércio. As cidades teriam nascido como 
centros de troca. Para a outra, seria a guerra. A cidade como uma fortaleza, uma muralha de 
proteção contra inimigos presentes e futuros. 
Ao observarmos fotos, revistas, jornais e filmes antigos podemos ver o quanto as coisas 
eram diferentes do mundo de hoje. As roupas das pessoas, os projetos de suas casas, os 
móveis, os carros, dentre outros. Fazer visitas e passeios a museus também nos ajuda a 
descobrir essas diferenças, pois nestes são encontrados objetos que retratam diferentes 
épocas e fatos históricos. 
As cidades existem desde a pré-história, e vêm sofrendo transformações em razão das 
necessidades do homem. 
As primeiras cidades desenvolveram-se nas proximidades de grandes rios, onde se 
iniciou a atividade agrícola. 
O cultivo da terra permitiu que as sociedades produzissem mais alimentos. Com isso, a 
população humana cresceu mais rapidamente. 
Ao contrário dos agrupamentos humanos anteriores, as cidades tinham duas 
características básicas: maior divisão do trabalho e centralização política. 
No século XIX, surgiram as primeiras indústrias, as facilidades que trouxeram para a vida 
do homem aceleraram o crescimento das cidades. Onde havia indústrias a população era 
maior, pois era uma forma das pessoas procurarem emprego. 
Outro motivo que influenciou no crescimento das cidades foram as grandes plantações de 
café. Nas fazendas também havia grandes concentrações de pessoas para cuidar das lavouras 
e fazer a coleta. Os imigrantes, pessoas de outros países que vieram para o Brasil, foram os 
grandes responsáveis por esse trabalho, pois ofereciam mão-de-obra mais barata para os 
senhores do café. 
 
A Centralização Política 
 
Com o desenvolvimento da agricultura e o aumento populacional, tornou-se necessário 
organizar melhor o trabalho na sociedade. Esse trabalho de coordenação era feito pela família 
da aldeia mais poderosa, que assumia o controle da produção de alimentos e da construção de 
obras públicas, como canais de irrigação e diques. O chefe dessa família passava então a ser 
um rei. 
Para conseguir estender esse controle sobre toda a população, o rei utilizava seus 
próprios servidores. Entre esses servidores, uns eram encarregados de registrar as colheitas, 
outros eram responsáveis pelo armazenamento dos grãos, e assim por diante. 
Originou-se assim uma organização de pessoas com plena autoridade sobre a população, 
que podiam, por exemplo, criar e cobrar impostos, organizar a defesa, fazer as leis e julgar os 
crimes. É o que chamamos de processo de centralização política ou de formação do Estado. O 
palácio era o local onde essas pessoas se reuniam com o rei. 
Além do palácio, existiam os templos, onde os sacerdotes cultuavam os deuses 
protetores da cidade. 
Hoje em dia é muito diferente. A modernidade deixou a vida mais agitada e as cidades 
maiscompletas. Nelas podemos encontrar esportes, lazer, cultura, arte, trabalho, um grande 
comércio, várias indústrias, além dos governantes que cuidam dos problemas e dos interesses 
de seu povo. 
 
 
CAPÍTULO 2: HISTÓRIA ANTIGA 
 
A História Antiga é uma época histórica que coincide com o surgimento e 
desenvolvimento das primeiras civilizações, também conhecidas como civilizações antigas. De 
acordo com a historiografia, o início deste período é marcado pelo surgimento da escrita (por 
volta de 4.000 a.C), que representa também o fim da Pré-História. De acordo com este sistema 
de periodização histórica, a Antiguidade vai até o século V, com a queda do Império Romano 
do Ocidente após as invasões dos povos germânicos (bárbaros). 
 
Principais características históricas desta época 
 
- Surgimento e desenvolvimento da vida urbana; 
- Poder político centralizado nas mãos de reis; 
- Sociedade marcada pela estratificação social; 
- Desenvolvimento de religiões (maioria politeístas) organizadas; 
- Militarização e ocorrências constantes de guerras entre povos; 
- Desenvolvimento e fortalecimento do comércio; 
- Desenvolvimento do sistema de cobrança de impostos e obrigações sociais; 
- Criação de sistemas jurídicos (leis); 
- Desenvolvimento cultural e artístico. 
 
Principais povos e civilizações antigas 
 
- Mesopotâmia 
- Persas 
- Egito Antigo 
- Hebreus 
- Hititas 
- Grécia Antiga 
- Roma Antiga 
- Creta 
- Povos Bárbaros 
- Celtas 
- Etruscos 
A ANTIGUIDADE ORIENTAL 
HISTÓRIA DA MESOPOTÂMIA 
 
A palavra mesopotâmia tem origem grega e significa "terra entre rios". Essa região 
localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates no Oriente Médio, onde atualmente é o Iraque. Esta 
civilização é considerada uma das mais antigas da história. Vários povos antigos habitaram 
essa região entre os séculos V e I a.C. Entre estes povos, podemos destacar: babilônicos, 
assírios, sumérios, caldeus, amoritas e acádios. Vale dizer que os povos da antiguidade 
buscavam regiões férteis, próximas a rios, para desenvolverem suas comunidades. Dentro 
desta perspectiva, a região da mesopotâmia era uma excelente opção, pois garantia a 
população: água para consumo, rios para pescar e via de transporte pelos rios. Outro benefício 
oferecido pelos rios eram as cheias que fertilizavam as margens, garantindo um ótimo local 
para a agricultura. No geral, eram povos politeístas, pois acreditavam em vários deuses ligados 
à natureza. No que se refere à política, tinham uma forma de organização baseada na 
centralização de poder, onde apenas uma pessoa ( imperador ou rei ) comandava tudo. A 
economia destes povos era baseada na agricultura e no comércio nômade de caravanas. 
 
Sumérios 
 
Este povo destacou-se na construção de um complexo sistema de controle da água dos 
rios. Construíram canais de irrigação, barragens e diques. A armazenagem da água era de 
fundamental importância para a sobrevivência das comunidades. Uma grande contribuição dos 
sumérios foi o desenvolvimento da escrita cuneiforme, por volta de 4000 a.C. Usavam placas 
de barro, onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos hoje sobre este período da 
história, devemos as placas de argila com registros cotidianos, administrativos, econômicos e 
políticos da época. 
Os sumérios, excelentes arquitetos e construtores, desenvolveram os zigurates. Estas 
construções eram em formato de pirâmides e serviam como locais de armazenagem de 
produtos agrícolas e também como templos religiosos. Construíram várias cidades importantes 
como, por exemplo: Ur, Nipur, Lagash e Eridu. 
 
Babilônios 
 
Este povo construiu suas cidades nas margens do rio Eufrates. Foram responsáveis por 
um dos primeiros códigos de leis que temos conhecimento. Baseando-se nas Leis de Talião (" 
olho por olho, dente por dente"), o imperador de legislador Hamurabi desenvolveu um conjunto 
de leis para poder organizar e controlar a sociedade. De acordo com o Código de Hamurabi, 
todo criminoso deveria ser punido de uma forma proporcional ao delito cometido. Os babilônios 
também desenvolveram um rico e preciso calendário, cujo objetivo principal era conhecer mais 
sobre as cheias do rio Eufrates e também obter melhores condições para o desenvolvimento da 
agricultura. Excelentes observadores dos astros e com grande conhecimento de astronomia, 
desenvolveram um preciso relógio de sol. 
Além de Hamurabi, um outro imperador que se tornou conhecido por sua administração 
foi Nabucodonosor II, responsável pela construção dos Jardins suspensos da Babilônia (que 
fez para satisfazer sua esposa) e a Torre de Babel (zigurate vertical de 90 metros de altura). 
Sob seu comando, os babilônios chegaram a conquistar o povo hebreu e a cidade de 
Jerusalém. 
 
Assírios 
 
Este povo destacou-se pela organização e desenvolvimento de uma cultura militar. 
Encaravam a guerra como uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver a 
sociedade. Eram extremamente cruéis com os povos inimigos que conquistavam. Impunham 
aos vencidos, castigos e crueldades como uma forma de manter respeito e espalhar o medo 
entre os outros povos. Com estas atitudes, tiveram que enfrentar uma série de revoltas 
populares nas regiões que conquistavam. 
 
Acadianos 
 
Os acádios, grupos de nômades vindos do deserto da Síria, começaram a penetrar nos 
territórios ao norte das regiões sumérias, terminando por dominar as cidades-estados desta 
região por volta de 2550 a.C.. Mesmo antes da conquista, porém, já ocorria uma síntese entre 
as culturas suméria e acádia, que se acentuou com a unificação dos dois povos. Os ocupantes 
assimilaram a cultura dos vencidos, embora, em muitos aspectos, as duas culturas 
mantivessem diferenças entre si, como por exemplo - e mais evidentemente - no campo 
religioso. 
A maioria das cidades-templos foi unificada pela primeira vez por volta de 2375 a.C. por 
Lugal-zage-si, soberano da cidade-estado de Uruk. Foi a primeira manifestação de uma ideia 
imperial de que se tem notícia na história. 
Depois, quando Sargão I, patési da cidade de Acádia, subiu ao poder, no século XXIII 
a.C., ele levou esse processo cooptativo adiante, conquistando muitas das regiões 
circunvizinhas, terminando por criar um império de grandes proporções, cobrindo todo o 
Oriente Médio e chegando a se estender até o Mar Mediterrâneo e a Anatólia, . 
Sargão I era chamado "soberano dos quatro cantos da terra" (isto é, governante do 
mundo inteiro), em reconhecimento ao sucesso da unificação mesopotâmica. O rei tornou-se 
mítico a ponto de ser tradicionalmente considerado o primeiro governante do novo império (que 
combinava a Acádia e a Suméria), deixando o Lugal-zage-si de Uruk perdido por muito tempo 
nas areias do tempo, sendo redescoberto apenas recentemente. É interessante notar, contudo, 
que, apesar da unificação, as estruturas políticas da Suméria continuaram existindo. Os reis 
das cidades-estados sumerianas foram mantidos no poder e reconheciam-se como tributários 
dos conquistadores acadianos. 
O império criado por Sargão desmoronou após um século de existência, em 
conseqüência de revoltas internas e dos ataques dos guti, nômades originários dos montes 
Zagros, no Alto do Tigre, que investiam contra as regiões urbanizadas, uma vez que a 
sedentarização das populações do Oriente Médio lhes dificultava a caça e o pastoreio. Por 
volta de 2150 a.C., os guti conquistaram a civilização sumério-acadiana. Depois disso, a 
história da Mesopotâmia parecia se repetir. A unidade política dos sumério-acadianos era 
destruída pelos guti, que, por sua vez, eram vencidos por revoltas internas dos sumério-
acadianos. 
O domínio intermitente dos guti durou um século, sendo substituído no século seguinte 
(cerca de 2100 a.C.–1950 a.C.) por uma dinastia proveniente da cidade-estado de Ur. Expulsos 
osguti, Ur-Nammu reunificou a região sobre o controle dos sumérios. Foi um rei enérgico, que 
construiu os famosos zigurates e promoveu a compilação das leis do direito sumeriano. Os reis 
de Ur não somente restabeleceram a soberania suméria, mas também conquistaram a Acádia. 
Nesse período, chamado de renascença sumeriana, a civilização suméria atingiu seu apogeu. 
Contudo, esse foi o último ato de manifestação do poder político da Suméria: atormentados 
pelos ataques de tribos elamitas e amoritas, o império ruiu. Nesta época, os sumérios 
desapareceram da história, mas a influência de sua cultura nas civilizações subseqüentes da 
Mesopotâmia teve longo alcance. 
O EGITO ANTIGO 
 
Os faraós eram os reis do Egito Antigo. Possuíam poderes absolutos na sociedade, 
decidindo sobre a vida política, religiosa, econômica e militar. Como a transmissão de poder no 
Egito era hereditária, o faraó não era escolhido através de voto, mas sim por ter sido filho de 
outro faraó. Desta forma, muitas dinastias perduraram centenas de anos no poder. 
 
O poder dos faraós 
 
Na civilização egípcia, os faraós eram considerados deuses vivos. Os egípcios 
acreditavam que estes governantes eram filhos diretos do deus Osíris, portanto agiam como 
intermediários entre os deuses e a população egípcia. 
Os impostos arrecadados no Egito concentravam-se nas mãos do faraó, sendo que era 
ele quem decidia a forma que os tributos seriam utilizados. Grande parte deste valor 
arrecadado ficava com a própria família do faraó, sendo usado para a construção de palácios, 
monumentos, compra de jóias, etc. Outra parte era utilizada para pagar funcionários (escribas, 
militares, sacerdotes, administradores, etc) e fazer a manutenção do reino. 
Ainda em vida o faraó começava a construir sua pirâmide, pois está deveria ser o túmulo 
para o seu corpo. Como os egípcios acreditavam na vida após a morte, a pirâmide servia para 
guardar, em segurança, o corpo mumificado do faraó e seus tesouros. No sarcófago era 
colocado também o livro dos mortos, contando todas as coisas boas que o faraó fez em vida. 
Esta espécie de biografia era importante, pois os egípcios acreditavam que Osíris (deus dos 
mortos) iria utilizá-la para julgar os mortos. 
 
 
Exemplos de faraós famosos e suas realizações 
 
- Tutmés I – conquistou boa parte da Núbia e ampliou, através de guerras, territórios até a 
região do rio Eufrates. 
- Tutmés III – consolidou o poder egípcio no continente africano após derrotar o reino de 
Mitani. 
- Ransés II – buscou estabelecer relações pacíficas com os hititas, conseguindo fazer o 
reino egípcio obter grande desenvolvimento e prosperidade. 
- Tutankamon – o faraó menino, governou o Egito de 10 a 19 anos de idade, quando 
morreu, provavelmente assassinado. A pirâmide deste faraó foi encontrada por arqueólogos em 
1922. Dentro dela foram encontrados, além do sarcófago e da múmia, tesouros 
impressionantes. 
 
A maldição do faraó 
 
No começo do século XX, os arqueólogos descobriram várias pirâmides no Egito Antigo. 
Nelas, encontraram diversos textos, entre eles, um que dizia que: "morreria aquele que 
perturbasse o sono eterno do faráo". Alguns dias após a entrada nas pirâmides, alguns 
arqueólogos morreram de forma estranha e sem explicações. O medo espalhou-se entre 
muitas pessoas, pois os jornais divulgavam que a "maldição dos faraós" estava fazendo 
vítimas. Porém, após alguns estudos, verificou-se que os arqueólogos morreram, pois inalaram, 
dentro das pirâmides, fungos mortais que atacavam os órgãos do corpo. A ciência conseguiu 
explicar e desmistificar a questão. 
 
A sociedade egípcia 
 
A sociedade do Egito Antigo possuía uma forma de organização bem eficiente, embora 
injusta, garantindo seu funcionamento e expansão. Esta sociedade era hierárquica, ou seja, 
cada segmento possuía funções e poderes determinados, sendo que os grupos com menos 
poderes tinham que obedecer quem estava acima. 
 
Os principais grupos sociais e suas funções 
 
Faraó 
 
Era o governante do Egito. Possuía poderes totais sobre a sociedade egípcia, além de ser 
reconhecido como um deus. O poder dos faraós era transmitido hereditariamente, portanto não 
havia nenhum processo de escolha ou votação para colocá-lo no poder. O faraó e sua família 
eram muito ricos, pois ficavam com boa parte dos impostos recolhidos entre o povo. A família 
real vivia de forma luxuosa em grandes palácios. Ainda em vida, ordenava a construção da 
pirâmide que iria abrigar seu corpo mumificado e seus tesouros após a morte. 
 
Sacerdotes 
 
Na escala de poder estavam abaixo somente do faraó. Eram responsáveis pelos rituais, 
festas e atividades religiosas no Antigo Egito. Conheciam muito bem as características e 
funções dos deuses egípcios. Comandavam os templos e os rituais após a morte do faraó. 
Alguns sacerdotes foram mumificados e seus corpos colocados em pirâmides, após a morte. 
 
Chefes Militares 
 
Os chefes militares eram os responsáveis pela segurança do território egípcio. Em 
momentos de guerra ganhavam destaque na sociedade. Tinham que preparar e organizar o 
exército de forma eficiente, pois uma derrota ou fracasso podia lhes custar a própria vida. 
 
Escribas 
 
Eram os responsáveis pela escrita egípcia (hieroglífica e demótica). Registravam os 
acontecimentos e, principalmente, a vida do faraó. Escreviam no papiro (papel feito de fibras da 
planta papiro), nas paredes das pirâmides ou em placas de barro ou pedra. Os escribas 
também controlavam e registravam os impostos cobrados pelo faraó. 
 
Povo Egípcio 
 
Mais da metade da sociedade egípcia era formada por comerciantes, artesãos, lavradores 
e pastores. Trabalhavam muito para ganhar o suficiente para a manutenção da vida. Podiam 
ser convocados pelo faraó para trabalharem, sem receber salários, em obras públicas (diques, 
represas, palácios, templos). 
 
Escravos 
 
Geralmente eram os inimigos capturados em guerras de conquista. Trabalhavam muito e 
não recebiam salário. Ganhavam apenas roupas velhas e alimentos para a sobrevivência. 
Eram constantemente castigados como forma de punição. Eram desprezados pela sociedade e 
não possuiam direitos. 
 
As pirâmides 
 
As Pirâmides de Gizé, Guizé ou Guiza ocupam a primeira posição na lista das sete 
maravilhas do mundo antigo. 
A grande diferença das Pirâmides de Gizé em relação às outras maravilhas do mundo é 
que elas ainda persistem, resistindo ao tempo e às intempéries da natureza, encontrando-se 
em relativo bom estado e, por este motivo, não necessitam de historiadores ou poetas para 
serem conhecidas, já que podem ser vistas. 
A palavra pirâmide não provém da língua egípcia. Formou-se a partir do grego "pyra" (que 
quer dizer fogo, luz, símbolo) e "midos" (que significa medidas). 
As pirâmides de Gizé estão localizadas na esplanada de Gizé, na antiga necrópole da 
cidade de Mênfis, e atualmente integra o Cairo, no Egito. Elas são as únicas das antigas 
maravilhas que sobreviveram ao tempo. 
Estas três majestosas pirâmides foram construídas como tumbas reais para os reis Kufu 
(ou Quéops), Quéfren, e Menkaure (ou Miquerinos) - pai, filho e neto. A maior delas, com 160 
m de altura (49 andares), é chamada Grande Pirâmide, e foi construída cerca de 2550 a.C. 
para Kufu, no auge do antigo reinado do Egito. 
As pirâmides de Gizé são um dos monumentos mais famosos do mundo. Como todas as 
pirâmides, cada uma faz parte de um importante complexo que compreende um templo, uma 
rampa, um templo funerário e as pirâmides menores das rainhas, todo cercado de túmulos 
(mastabas) dos sacerdotes e pessoas do governo, uma autêntica cidade para os mortos. As 
valas aos pés das pirâmides continham botes desmontados: parte integral da vida no Nilosendo considerados fundamentais na vida após a morte, porque os egípcios acreditavam que o 
defunto-rei navegaria pelo céu junto ao Rei-Sol. Apesar das complicadas medidas de 
segurança, como sistemas de bloqueio com pedregulhos e grades de granito, todas as 
pirâmides do Antigo Império foram profanadas e roubadas possivelmente antes de 2000 a.C. 
A Grande Pirâmide, de 450 pés de altura, é a maior de todas as 80 pirâmides do Egito. Se 
a Grande Pirâmide estivesse na cidade de Nova Iorque por exemplo, ela poderia cobrir sete 
quarteirões. Todos os quatro lados são praticamente do mesmo comprimento, com uma 
exatidão não existente apenas por alguns centímetros. Isso mostra como os antigos egípcios 
estavam avançados na matemática e na engenharia, numa época em que muitos povos do 
mundo ainda eram caçadores e andarilhos. A Grande Pirâmide manteve-se como a mais alta 
estrutura feita pelo homem até a construção da Torre Eiffel, em 1900, 4.400 anos depois da 
construção da pirâmide. 
Para os egípcios, a pirâmide representava os raios do Sol, brilhando em direção à Terra. 
Todas as pirâmides do Egito foram construídas na margem oeste do Nilo, na direção do sol 
poente. Os egípcios acreditavam que, enterrando seu rei numa pirâmide, ele se elevaria e se 
juntaria ao sol, tomando o seu lugar de direito com os deuses. 
Um velho provérbio árabe ilustra isso: "O tempo ri para todas as coisas, mas as pirâmides 
riem do tempo". 
Pouco se sabe a respeito do rei Kufu. As lendas dizem que ele era um tirano, fazendo de 
seu povo escravos para a realização do trabalho. É possível, porém que os egípcios comuns 
considerassem uma honra e um dever religioso trabalharem na Grande Pirâmide. Além disso, a 
maior parte do trabalho na pirâmide ocorreu durante os quatro meses do ano quando o rio Nilo 
estava inundado e não havia trabalho para ser feito nas fazendas. Alguns registros mostram 
que as pessoas que trabalharam nas pirâmides foram pagas com cerveja. 
Foram necessários 30.000 trabalhadores por mais de 50 anos para construir a Grande 
Pirâmide. Foram usados mais de 2.000.000 de blocos de pedra, cada qual pesando em média 
duas toneladas e meia. Existem muitas idéias diferentes sobre o modo de construção daquela 
pirâmide. Muito provavelmente os pesados blocos eram colocados sobre trenós de madeira e 
arrastados sobre uma longa rampa. Enquanto a pirâmide ficava mais alta, a rampa ficava mais 
longa, para manter o nível de inclinação igual. Mas uma outra teoria é a de que uma rampa 
envolvia a pirâmide, como uma escada em espiral. 
Existem três passagens dentro da Grande Pirâmide, levando às três câmaras. A maioria 
das pirâmides tem apenas uma câmara mortuária subterrânea, mas enquanto a pirâmide ia 
ficando cada vez mais alta, provavelmente Kufu mudou de idéia, duas vezes. Ele finalmente foi 
enterrado na Câmara do Rei, onde a pedra do lado de fora de seu caixão - chamado sarcófago 
- está hoje. (A câmara do meio foi chamada Câmara da Rainha, por acidente. A rainha foi 
enterrada numa pirâmide muito menor, ao lado da pirâmide de Kufu). 
O paradeiro do corpo de Kufu é desconhecido, bem como os tesouros enterrados com 
ele. A pirâmide foi roubada há alguns milhares de anos. Todos os reis do Egito foram vítimas 
de ladrões de túmulos - exceto um, chamado Tutankhamon (ou Rei Tut Ankh Âmon'. Os 
tesouros de ouro da tumba de Tutankhamon foram descobertos em meio a riquíssimos 
tesouros por Lord Carnavon e seu amigo Howard Carter, em 1922. 
Começando por seu interior ela foi construída com blocos de pedra calcária, sendo que a 
camada externa das pirâmides foi revestida com uma camada protetora de pedras vindas das 
pedreiras de Tura, que são polidas e tem um brilho distinto. 
Era composta de 1,0 milhões de enormes blocos de calcário - estima-se que cada um 
pese de duas a três toneladas. 
Observa-se que o ângulo de inclinação de seus lados fizeram com que cada lado fosse 
orientado cuidadosamente pelos pontos cardeais. 
Em todos os níveis da pirâmide a seção transversal horizontal é Triangular. 
As teorias inventadas nos últimos séculos para explicar a construção das pirâmides 
sofrem todas de uma problema comum. O desconhecimento da ciência egipcia do Antigo 
Império. Conhecimento este que foi recuperado apenas no final do século XX. 
A teoria que melhor explica as construções das pirâmides sem encontrar contradições 
logísticas e sem invocar elementos extra-terrenos é a química, mais exatamente um ramo dela, 
a geopolimerização. Os blocos foram produzidos a partir de calcário dolomítico, facilmente 
agregado no local usando-se compostos muito comuns na época, como cal, salitre e areia. 
Toda a massa dos blocos foi transportada por homens carregando cestos da massa, posta a 
secar em moldes de madeira. O esforço humano neste caso seria muito menor e o 
assentamento do blocos perfeito. 
Contra a teoria da geopolimerização pesa nomeadamente o fato de que os antigos 
egípcios especializaram-se na extração e transporte de enormes blocos de pedra, tais como 
obeliscos de granito que chegavam a pesar mais de 300 toneladas. Ainda hoje é possível ver-
se, em uma pedreira abandonada, em Assuã, o famoso obelisco inacabado, com mais de mil 
toneladas de peso, que tem servido como fonte de informações das técnicas utilizadas na 
extração de blocos de granito. 
 
HISTÓRIA DOS HEBREUS, PERSAS E FENICIOS 
 
História do povo hebreu 
 
A Bíblia é a referência para entendermos a história deste povo. De acordo com as 
escrituras sagradas, por volta de 1800 AC, Abraão recebeu uma sinal de Deus para abandonar 
o politeísmo e para viver em Canaã ( atual Palestina). Isaque, filho de Abraão, tem um filho 
chamado Jacó. Este luta , num certo dia, com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para 
Israel. 
Os doze filhos de Jacó dão origem as doze tribos que formavam o povo hebreu. Por volta 
de 1700 AC, o povo hebreu migra para o Egito, porém são escravizados pelos faraós por 
aproximadamente 400 anos. A libertação do povo hebreu ocorreu por volta de 1300 AC. A fuga 
do Egito foi comandada por Moisés, que recebeu as tábuas dos Dez Mandamentos no monte 
Sinai. Durante 40 anos ficaram peregrinando pelo deserto, até receberem um sinal de Deus 
para voltarem para a terra prometida, Canaã. 
Jerusalém é transformada num centro religioso pelo rei Davi. Após o reinado de Salomão, 
filho de Davi, as tribos dividem-se em dois reinos : Reino de Israel e Reino de Judá. Neste 
momento de separação, aparece a crença da vinda de um messias que iria juntar o povo de 
Israel e restaurar o poder de Deus sobre o mundo. Em 721 começa a diáspora judaica com a 
invasão babilônica. O imperador da Babilônia, após invadir o reino de Israel, destrói o templo 
de Jerusalém e deporta grande parte da população judaica. 
No século I, os romanos invadem a Palestina e destroem o templo de Jerusalém. No 
século seguinte, destroem a cidade de Jerusalém, provocando a segunda diáspora judaica. 
Após estes episódios, os hebreus espalham-se pelo mundo, mantendo a cultura e a religião. 
Em 1948, o povo hebreu retoma o caráter de unidade após a criação do estado de Israel. 
 
História dos Persas 
 
 Os persas, importante povo da antiguidade oriental, ocuparam a região da Pérsia (atual 
Irã). Este povo dedicou-se muito ao comércio, fazendo desta atividade sua principal fonte 
econômica. A política era toda dominada e feita pelo imperador, soberano absoluto que 
mandava em tudo e em todos. O rei era considerado um deus, desta forma, o poder era de 
direito divino. 
Ciro, o grande, foi o mais importante imperador dos medos e persas. Durante seu governo 
( 560 a.C - 529 a.C ), os persas conquistaram vários territórios, quase sempre através de 
guerras. Em539 a.C, conquistou a Babilônia, levando o império de Helesponto até as fronteiras 
da Índia. 
A religião persa era dualista e tinha o nome de Zoroastrismo ou Masdeísmo, criada em 
homenagem a Zoroastro ou Zaratrusta, o profeta e líder espiritual criador da religião. 
 
História dos Fenícios 
 
A civilização fenícia desenvolveu-se na Fenícia, território do atual Líbano. No aspecto 
econômico, este povo dedicou-se e obteve muito sucesso no comércio marítimo. Mantinha 
contatos comerciais com vários povos da região do Oriente. As cidades fenícias que mais de 
desenvolveram na antiguidade foram Biblos, Tiro e Sidon. 
A religião fenícia era politeísta e antropomórfica, sendo que cada cidade possuía seu 
deus (baal = senhor). Acreditavam que através do sacrifício de animais e de seres humanos 
podiam diminuir a ira dos deuses. Por isso, praticavam esses rituais com certa freqüência, 
principalmente antes de momentos importantes. 
 
GRÉCIA ANTIGA 
 
Civilização minóica 
 
A civilização minóica foi uma civilização existente nas ilhas do mar Egeu entre 2200 a.C. e 
1400 a.C.. Esta civilização foi descoberta pelo arqueólogo inglês Arthur Evans, tendo o seu 
foco principal na ilha de Creta. 
A civilização minóica teria surgido a partir de uma fusão dos habitantes de Creta com 
populações que se fixaram nesta ilha vindas da Ásia Menor. Os Minóicos tiveram como 
principal actividade económica o comércio e criaram uma civilização que tinha em grandes 
palácios os seus centros administrativos. Em torno dos palácios existiam casas, não sendo os 
palácios amuralhados. Os palácios apresentavam sistemas de iluminação e esgotos e estavam 
decorados com belas pinturas. 
Os Minóicos já conheciam a escrita (Linear A e Linear B) e destacaram-se pelo trabalho 
do ouro e das gemas, bem como por uma cerâmica decorada com motivos marítimos e 
geométricos. 
Suas terras mais férteis estavam na parte esquerda da ilha, onde se encontravam as 
principais cidades como Cnossos (capital) e Kato-Zacros. Apesar dos seus palácios terem 
sofrido com os terremotos que atingiam a região, os Minóicos prosperaram até 1400 a.C. A 
decadência desta civilização parece ter sido o resultado de ataques de inimigos, entre os quais 
se encontrariam os Micénicos. 
Vale a pena destacar o papel da mulher na sociedade minóica. Ao contrário das futuras 
cidades, como Atenas e Esparta, onde a mulher não tinha direitos políticos e era vista apenas 
como uma reprodutora, a mulher Minóica era livre, podia adquirir propriedades e ser 
independente. 
 
Civilização micênica 
 
Os Minóicos viriam a influenciar a história da Grécia através dos Micénicos, que adoptam 
aspectos da cultura minóica. O nome "micénico" foi criado por Heinrich Schliemann com base 
nos estudos que fez no sítio de Micenas, no nordeste do Peloponeso, onde outrora se erguia 
um grande palácio e uma das principais cidades além de Tirinto, Tebas e Esparta. Julga-se que 
os Micénicos se chamariam a si próprios Aqueus. A sua civilização floresceu entre 1600 e 1200 
a.C. 
Os Micénicos já falavam grego. Não tinham uma unidade política, existindo vários reinos 
micénicos. À semelhança dos Minóicos o centro político encontrava-se no palácio, cujas 
paredes também estavam decoradas com afrescos. 
Para além de praticarem o comércio, os Micénicos eram amantes da guerra e da caça. 
Por volta de 1400 a.C. os Micénicos teriam ocupado Cnossos, centro da cultura minóica. 
Por volta de 1250 a.C. o mundo micénico entra em declínio, o que estaria relacionado 
com a decadência do reino hitita no Próximo Oriente, que teria provocado a queda das rotas 
comerciais. Sua decadência envolveu também guerras internas. É provável que a destruição da 
cidade de Tróia, facto que se teria verificado entre 1230 a.C. e 1180 a.C., possa estar 
relacionado com o relato literário de Homero na Ilíada, escrita séculos depois. 
 
Idade das Trevas 
 
Dá-se o nome de Idade das Trevas ao período que se seguiu ao fim da civilização 
micénica e que se situa entre 1100 a.C. e 750 a.C.. Durante este período perdeu-se o 
conhecimento da escrita, que só seria readquirido no século VIII a.C.. Os objectos de luxo 
produzidos durante a era micénica não são mais fabricados neste período. A designação 
atribuída ao período encontra-se relacionada não apenas com a decadência civilizacional, mas 
também com as escassas fontes para o conhecimento da época. 
Outro dos fenómenos que se verificou durante este período foi o da diminuição 
populacional, não sendo conhecidas as razões exactas que o possam explicar. Para além 
disso, as populações também se movimentam, abandonando antigos povoados para se fixarem 
em locais que ofereciam melhores condições de segurança. 
 
O Período Homérico 
 
Chama-se período homérico uma das fases da história da Grécia (c. 1200 a.C. –800 a.C.) 
cuja principal fonte de informação são as obras de Homero, Ilíada e Odisseia. 
Inicia-se no final da civilização micênica - com a suposta invasão dórica do século XI a.C. 
-, estendendo-se até o fim da Idade das Trevas na Grécia, por volta de 800 a.C.), quando 
surgem os primeiros registros escritos, inclusive a literatura épica de Homero século VIII a.C.), 
e as primeiras pólis, as cidades-estados gregas começam a se estruturar.Durante o período 
micênico (c. 1600 a.C. - c. 1100 a.C.), os eólios e os jônios já se haviam estabelecido na Ática, 
onde fundaram Atenas. 
O período homérico tem início por volta de 1150 a.C., quando os dóricos começaram a 
invadir o Peloponeso, o que provocou a redução da atividade agrícola e da produção artesanal, 
a paralisação do comércio e a emigração de muitos jônios e eólios para as ilhas do Egeu e Ásia 
Menor, no episódio denominado de Primeira Diáspora Grega, com a consequente 
desarticulação da civilização creto-micênica até ali estruturada. 
O período homérico ficou marcado pela constituição das chamadas comunidades 
gentílicas. A base da sociedade passou a ser o genos (reunião em um mesmo lar de todos os 
descendentes de um único antepassado - aparentados consanguíneos ou não - , que era um 
herói ou um semideus). Era uma espécie de clã e funcionava em economia fechada (autarquia) 
e politicamente autônoma. Cada um dos genos possuía o seu pater, uma espécie de líder 
político e econômico, pessoa de prestígio dentro do grupo, que entretanto não usufruía de 
privilégios maiores em relação aos demais membros do grupo. Um conjunto de genos formava 
a fratria; as fratrias reunidas formavam as tribos. Tudo o que era produzido pela fratria era 
distribuído igualitariamente entre as genos, impedindo assim a ascensão de um único genos. 
Caso o genos fosse pouco numeroso ou não dominasse certo tipo de trabalho, era aceitável 
buscar o trabalho de escravos ou de artesãos. Apesar da distribuição da produção ser de 
caráter igualitário, existia uma organização social baseada no grau de parentesco com o chefe 
do genos. Quanto mais distante este grau de parentesco, menor a sua importância social. No 
plano político, o poder do chefe pater tinha sua base no monopólio de fórmulas secretas que 
permitiam um contato com os ancestrais e os deuses que protegiam aquela família. 
Em período relativamente curto, o desenvolvimento dessas comunidades baseado em 
atividades agrícolas e na exploração coletiva das terras, resultou em um incremento 
populacional que acabou abrindo caminho para diversas disputas pelo controle das terras 
cultiváveis. O genos começou a encontrar dificuldades para manter sua organização 
econômica e social em razão de limitações técnicas na produção de alimentos e, ao mesmo 
tempo, começa a se fragmentar em núcleos menores, o que leva ao seu enfraquecimento. 
Neste processo, os beneficiados foram os parentes maispróximos do pater, enquanto os 
mais afastados foram excluídos de vez. Esta desintegração fez com que as diferenças sociais 
fossem aumentadas consideravelmente. O grupo dos que quase nada possuíam formou uma 
camada marginal que mal sobrevivia, enquanto o poder do chefe diluía-se entre seus parentes 
mais próximos, os eupátridas, que passaram a monopolizar os equipamentos de guerra, a 
justiça, a religião e tudo aquilo que envolvesse poder. Isto fez com que se consolidasse uma 
aristocracia que teve como base a posse de terras. A divisão das terras prosseguiu da seguinte 
forma: 
- Os eupátridas (bem-nascidos), ficaram com as terras mais férteis; 
- Os georghoi (agricultores) ficaram com a periferia, ou seja, as terras menos férteis; 
- Os thetas (marginais), foram os que ficaram sem terras, marginalizados. 
- Os eupátridas, herdeiros da tradição do pater, monopolizaram o poder político, 
constituindo uma aristocracia fundiária. 
Por volta do século VIII a.C., a população crescia acentuadamente, e a escassez de 
terras férteis levou novamente a disputas e guerras entre os genos e à desestruturação das 
comunidades. A desorganização da vida coletiva da Grécia conduz à Segunda Diáspora 
Grega. Dessa vez, contingentes populacionais marginalizados pela crescente apropriação de 
terras assolados pela fome deslocam-se em direção ao Mar Negro e à Península Itálica, onde 
fundam cidades e colônias, superando os limites do Mar Egeu. Essa expansão dá lugar à 
fundação de novas cidades, como Éfeso, Magnésia, Mileto, Foceia, Cindo, Halicarnasso, 
isoladas e independentes. Com o tempo a união de tribos deu origem a pequenas cidades-
estado, as pólis. Entre os séculos IX a.C. e VIII a.C. surgiram cerca de 160 cidades-estado - 
cada uma delas com um templo constuído em sua parte mais elevada, a Acrópole. O processo 
de estruturação das pólis dura aproximadamente 300 anos e culmina com a realização das 
primeiras olimpíadas, em 776 a.C. 
 
O Período Arcaico 
 
Período Arcaico é o nome que se dá ao período da Grécia Antiga em que ocorreu o 
desenvolvimento cultural, político e social, situado entre c. 700 a.C. e 500 a.C., posterior à 
Idade das Trevas e antecessor o Período clássico. Nesta altura dão-se os primeiros avanços 
significativos para a ascensão da democracia e observa-se também uma revitalização da 
linguagem escrita. 
Em termos artísticos o período caracteriza-se pela edificação dos primeiros templos 
inspirados nas habitações micénicas, pelas tipologias escultóricas kouros e kore, e pelo início 
do registo de pintura negra em cerâmica. 
 
A colonização 
 
Um dos fenômenos mais importantes do Período Arcaico foi o da colonização, que 
espalhou os gregos um pouco por toda a área costeira da bacia do Mar Mediterrâneo e do Mar 
Negro. 
Os motivos que geraram estes fenômenos foram variados. Entres eles podem ser 
referidos os excessos populacionais, as dificuldades da pólis em alimentar a sua população 
após um período de seca ou de chuvas torrenciais, os interesses comerciais ou a simples 
curiosidade e espírito aventureiro. 
A colonização grega obedecia a um planeamento preciso, que implicava, para além da 
escolha do local que seria colonizado, a nomeação do comandante da expedição (o oikistes) 
que seria responsável pela conquista do território e que o governaria a colônia (apoika, 
"residência distante") como rei ou governador. Antes de partir com a sua expedição, o oikistes 
consultava o Oráculo de Apolo em Delfos, que aprovava o local sugerido ou propunha outro. O 
deus Apolo encontrou-se assim associado à colonização; muitas colônias na Ilíria, Trácia, Líbia 
e Palestina recebem o nome Apolónia em sua honra. Os colonizadores levavam da cidade mãe 
- a metrópole - o fogo sagrado e os elementos culturais e políticos desta, como o dialeto, o 
alfabeto, os cultos e o calendário. Por vezes as colônias poderiam fundar por sua vez outras 
colônias. 
Uma das primeiras colonizações deste período data de 775 a.C., tendo sido uma iniciativa 
de gregos da cidades de Cálcis e Erétria que partem para a ilha de Ischia na baía de Nápoles. 
Na década de 30 do século VIII estão documentadas as fundações de colônias na Sicília: 
Naxos e Messina (por Cálcis) e Siracusa (por Corinto) 
As costas do Mar Negro foram colonizadas essencialmente pela pólis de Mileto. As 
colônias mais importantes desta região foram Sinope (c. 700 a.C.) e Cízico (c. 675 a.C.). De 
Megara partem colonos que fundam em 667 a.C. a cidade de Bizâncio. 
No norte da África Cirene foi fundada por colonos da ilha de Tera por volta de 630 a.C.. 
Na região ocidental do Mediterrâneo, salientem-se colônias como Massalía (a moderna 
Marselha), Nice (de niké, vitória) e Ampúrias (esta última na Península Ibérica). 
A colonização grega deve ser entendida de uma forma diferente da colonização realizada 
pelos Europeus na Idade Moderna e Contemporânea, na medida em que a colônia não tinha 
qualquer tipo de dependência política e econômica em relação à metrópole. Entre a metrópole 
e a colônia existiam laços cordiais (era por exemplo chocante que ocorresse uma guerra entre 
as duas), mas os gregos que partiam para uma colônia perdiam a cidadania que detinham na 
cidade de onde eram oriundos. 
 
O desenvolvimento do comércio 
 
Uma das consequências da colonização será o desenvolvimento do comércio, não 
apenas entre a colónia e a metrópole, mas entre as colônias e outros locais do Mediterrâneo. 
Até então o comércio não era uma atividade econômica própria, mas uma atividade subsidiária 
da agricultura. Algumas colônias funcionam essencialmente como locais para a prática do 
comércio e sem um estatuto político: os empórios. 
O incremento da atividade comercial gera por sua vez o fomento da indústria. Deste 
sector destaca-se a produção da cerâmica, sendo famosos os vasos de Corinto e de Atenas, 
que se tornaram os principais objectos de exportação. 
No último quartel do século VII a.C. ocorreu o aparecimento na Lídia da moeda, que se 
espalhou lentamente por toda a Grécia. 
 
Consequências do desenvolvimento do comércio e da indústria 
 
Com o afluxo a partir das colónias de quantidades elevadas de cereais e com a 
importância que a exportação do vinho e do azeite adquiriu, desenvolveu-se entre as classes 
mais abastadas a tendência para substituir o cultivo do trigo pelo da vinha e da oliveira. 
Os camponeses com poucos recursos econômicos ficam impossibilitados de proceder a 
esta substituição, uma vez a vinha e a oliveira necessitam de algum tempo até oferecerem 
resultados. Para além disso, estas culturas exigiam menos mão-de-obra e alguns trabalhadores 
tornaram-se excedentários. 
Em resultado desta realidade econômica nasce no Período Arcaico uma nova classe, a 
dos plutocratas, cujos membros, oriundos frequentemente das classes inferiores, enriquecem 
graças às possibilidades oferecidas pelo desenvolvimento do comércio e da indústria, 
atividades desdenhadas pela aristocracia. Esta classe possui ambições políticas, que na época 
se encontravam relacionadas com a posse de terra. Como tal, os plutocratas procuram comprar 
terras. Os nobres, não pretendendo serem relegados para segundo plano, entram também na 
corrida à compra das terras. As consequências desta competição econômica repercutem-se 
entre os camponeses de fracos recursos, cujas condições de vida se agravam. 
 
Os legisladores 
 
Perante os conflitos sociais que se acentuaram na segunda metade do século VII a.C., as 
pólis vão procurar resolver de forma pacífica os conflitos. As parte em conflito concordam em 
nomear homens com uma reputação íntegra que dotam as cidades de códigos de leis - os 
legisladores. 
Até então as leis não eram escritas, o que dava azo a intepretações arbitrárias ao serviço 
da aristocracia.A exigência de um código escrito das leis parte das classes populares. 
Os primeiros legisladores conhecidos surgiram nas cidades da Magna Grécia em meados 
do século VII a.C.. O mais antigo legislador conhecido é Zaleuco de Locros, figura com 
contornos lendários, que teria escrito o primeiro código de leis, aceite por cidades da Itália e 
Sicília. 
Em Atenas os legisladores mais conhecidos foram Drácon e Sólon; o primeiro ficou 
conhecido pelo seu código de leis rigoroso (é do seu nome que deriva o adjectivo draconiano). 
As leis destes homens foram escritas em prismas de madeira rotativos (axones) que se 
encontravam expostos ao público. 
 
Os tiranos 
 
A obra dos legisladores não conseguiu resolver os conflitos sociais. Assim, quase todas 
as cidades gregas conhecem entre 670 e 510 a.C. o domínio dos tiranos. A palavra tirano não 
possuía a conotação negativa que hoje tem, significando apenas "usurpador com poder 
supremo"; entre os gregos, o termo só adquire um sentido negativo a partir do governo dos 
Trinta Tiranos em Atenas (404 a.C.), conhecidos pela sua crueldade. 
Os tiranos conquistaram o poder através da violência e da força, recebendo o apoio das 
classes inferiores as quais passam depois a proteger. O fenómeno dos tiranos manifestou-se 
em primeiro lugar nas cidades comerciais. Os primeiros tiranos conhecidos foram Ortágoras em 
Sícion e Cípselo em Corinto. A Atenas do século VI conhece o tirano Pisístrato e Siracusa 
Dionísio, o Velho e Dionísio, o Novo. 
Entre as medidas tomadas pelos tiranos encontram-se a partilha das terras, a abolição 
das dívidas e a isenção de impostos. Cunham a moeda e lançam grandes obras públicas, que 
permitem absorver a mão-de-obra excedentária e que embelezam as cidades. No campo da 
religião, procedem à centralização dos cultos. 
Os descendentes dos tiranos acabaram por não manter o seu apoio às classes populares, 
tornando-se impopulares. Quase todos desaparecem antes de 500 a.C., derrotados por nobres 
ou por Esparta. Na Sicília a situação diferente, dado que perante a ameaça dos Cartaginenses 
os tiranos conseguem continuar no poder até ao século III a.C.. 
As tiranias serão substituídas por oligarquias ou democracias. 
 
HISTÓRIA DE ATENAS 
 
Por volta dos anos 500 e 400 AC, esta cidade, fundada há mais de 3.000 anos, era a mais 
próspera da Grécia Antiga e possuía um poderoso líder, Péricles. Nesta fase, a divisão 
hierárquica seguia a seguinte ordem: nobres, homens livres e uma grande quantidade de 
escravos que realizavam trabalhos como mercadores, carpinteiros, professores e marceneiros. 
 
História e características sociais, políticas e econômicas 
 
Por ser uma cidade bem sucedida e comercial, Atenas despertou a cobiça de muitas 
cidades gregas. Esparta se uniu a outras cidades gregas para atacar Atenas. A Guerra do 
Peloponeso (431 a 404 a.C.) durou 27 anos e Esparta venceu, tomando a capital grega para si, 
que, a propósito, continuou riquíssima culturalmente. 
Alguns dos maiores nomes do mundo viveram nesta região repleta de escritores, 
pensadores e escultores, entre eles estão: os autores de peças de teatro Ésquilo, Sófocles, 
Eurípedes e Aristófanes e também os grandes filósofos Platão e Sócrates. 
Atenas destacou-se muito pela preocupação com o desenvolvimento artístico e cultural de 
seu povo, desenvolvendo uma civilização de forte brilho intelectual. Na arquitetura, destacam-
se os lindos templos erguidos em homenagens aos deuses, principalmente a deusa Atena, 
protetora da cidade. 
A democracia ateniense privilegiava apenas seus cidadãos (homens livres, nascidos em 
Atenas e maiores de idade) com o direito de participar ativamente da Assembléia e também de 
fazer a magistratura. No caso dos estrangeiros, estes, além de não terem os mesmos direitos, 
eram obrigados a pagar impostos e prestar serviços militares. 
Hoje em dia, Atenas tem mais de dois milhões e meio de habitantes, e, embora tenha 
inúmeras construções modernas, continua com suas ruínas que remetem aos memoráveis 
tempos antigos. A cidade é um dos principais pontos turísticos da Europa. 
 
Período Clássico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Período Clássico estende-se entre 480 a.C. e 359 a.C. e é dominado por Esparta e 
Atenas. Cada um destas Pólis desenvolveu o seu modelo político (a oligarquia militarista em 
Esparta e a democracia aristocrata em Atenas). 
Ao nível externo verifica-se a ascensão do Império Persa Aqueménida quando Ciro II 
conquista o reino dos medos. O Império Aqueménida prossegue uma política expansionista e 
conquista as cidades gregas da costa da Ásia Menor. Atenas e Erétria apoiam a revolta das 
cidades gregas contra o domínio persa, mas este apoio revela-se insuficiente já que os jónios 
são derrotados: Mileto é tomada e arrasada e muitos jónios decidem fugir para as colónias do 
Ocidente. O comportamento de Atenas iria gerar uma reacção persa e esteve na origem das 
Guerras Médicas (490-479 a.C.). 
Em 490 a.C. a Ática é invadida pelas forças persas de Dario I, que já tinham passado por 
Erétria, destruindo esta cidade. O encontro entre atenienses e persas ocorre em Maratona, 
saldando-se na vitória dos atenienses, apesar de estarem em desvantagem numérica. 
Dario prepara a desforra, mas falece em 485, deixando a tarefa ao seu filho Xerxes I que 
invadiu a Grécia em 480 a.C. Perante a invasão, os gregos decidem esquecer as diferenças 
História (ocidente) 
Pré-História 
Idade da Pedra 
Paleolítico 
Mesolítico 
Neolítico 
Idade dos Metais 
Idade do Cobre 
Idade do Bronze 
Idade do Ferro 
Idade Antiga 
Antiguidade Oriental 
Antiguidade clássica 
Antiguidade tardia 
Idade Média 
Alta Idade Média 
Baixa Idade Média 
 
Idade Média Plena 
Idade Média Tardia 
século XV 
Idade 
Moderna 
 
século XVI 
século XVII 
século XVIII 
Idade 
Contemporânea 
 
século XIX 
século XX 
século XXI 
entre si e estabelecem uma aliança composta por 31 cidades, entre as quais Atenas e Esparta, 
tendo sido atribuída a esta última o comando das operações militares por terra e pelo mar. As 
forças espartanas lideradas pelo rei Leónidas I conseguem temporariamente bloquear os 
persas na Batalha das Termópilas, mas tal não impede a invasão da Ática. O general 
Temístocles tinha optado por evacuar a população da Ática para Salamina e sob a direcção 
desta figura Atenas consegue uma vitória sobre os Persas em Salamina. Em 479 a.C. os 
gregos confirmam a sua vitória desta feita na Batalha de Platéias. A frota persa foge para o mar 
Egeu, onde em 478 a.C. é vencida em Mícale. 
 
Guerra do Peloponeso 
 
Com o fim das Guerras Médicas, e em resultado da sua participação decisiva no conflito, 
Atenas torna-se uma cidade poderosa, que passa a intervir nos assuntos do mundo grego. 
Esparta e Atenas distanciam-se e entram em rivalidade, encabeçando cada um delas uma 
aliança política e militar: no caso de Esparta era a Liga do Peloponeso e no caso de Atenas a 
Liga de Delos. Esta última foi fundada em 477 a.C. e era composta essencialmente por estados 
marítimos que encontravam-se próximos do mar Egeu, que temiam uma nova investida persa. 
O centro administrativo da liga era a ilha de Delos. 
Para poder atingir o seus objectivos a Liga precisava possuir uma frota. Os seus membros 
poderiam contribuir para a formação desta com navios ou dinheiro, tendo muitos estados 
optado pela última opção. Com o tempo Atenas afirma-se como o estado mais forte da liga, 
facto simbolizado com a transferência do tesouro de Delos para Atenas em 454 a.C.. Os 
Atenienses passam a considerar qualquer secessão da Liga como um acto detraição e punem 
os estados que tentam fazê-lo. Esparta aproveita este clima para realizar a sua propaganda. 
As relações entre as duas póleis atingem o grau de saturação em 431 a.C., ano em que 
se inicia a guerra. As causas para esta guerra, cuja principal fonte para o seu conhecimento é o 
historiador Tucídides, são essencialmente três. Antes do conflito Atenas prestara ajuda a 
Córcira, ilha do mar Jónio fundada por Corinto (aliada de Esparta), mas que era completamente 
independente. Atenas também decretara sanções económicas contra Mégara, justificadas com 
base em uma alegada transgressão de solo sagrado entre Mégara e Atenas. Para além disso, 
Atenas realiza um bloqueio naval à cidade de Potideia, no norte da Grécia, sua antiga aliada 
que se revoltara e pedira ajuda a Corinto. 
Esparta lança um ultimato a Atenas: deve levantar as sanções a Mégara e suspender o 
bloqueio a Potideia. Péricles consegue convencer a Assembleia a rejeitar o ultimato e a guerra 
começa. Os Atenienses adoptam a estratégia proposta por Péricles, que advogava que a 
população dos campos se concentrasse no interior das muralhas de Atenas; os alimentos e os 
recursos chegariam através do porto do Pireu. Contudo, a estratégia teve um resultado 
imprevisível: a concentração da população, aliada a condições de baixa higiene provocou a 
peste que atingiu ricos e pobres e o próprio Péricles. A guerra continuou até 422 a.C. ano em 
que Atenas é derrotada em Anfípolis. Na batalha morrem o general espartano Brásidas e o 
ateniense Cléon, ficando o ateniense Nícias em condições de estabelecer a paz (Paz de 
Nícias, 421 a.C.). Apesar do suposto cessar das hostilidades, entre 421 e 414 as duas póleis 
continuam a combater, não directamente entre si, mas através do seus aliados, como 
demonstra a ajuda secreta dada a Argos por Atenas. Em 415 a.C. Alcibíades convenceu a 
Assembleia de Atenas a lançar um ataque contra Siracusa, uma aliada de Esparta, em 
expedição que se revelou um fracasso. Com a ajuda monetária dos Persas, Esparta construiu 
uma frota, que foi decisiva para vencer a guerra. Na Primavera de 404 a.C. Atenas rende-se. 
Esse foi um tempo em que o mundo grego prosperou, com o fortalecimento das cidades-
Estado e a produção de obras que marcariam profundamente a cultura e a mentalidade 
ocidental, mas foi também o período em que o mundo grego viu-se envolvido em longas e 
prolongadas guerras. 
 
Ascensão da Macedónia 
 
O reino da Macedónia, situado a norte da Grécia, emerge em meados do século IV a.C. 
como nova potência. Os macedónios que não falavam o grego e não adoptaram o modelo 
político dos gregos, eram vistos por estes como bárbaros. Apesar disso, muitos nobres 
macedónios aderiram à cultura grega, tendo a Macedónia sido responsável pela difusão da 
cultura grega em novos territórios. 
Durante o reinado de Filipe II da Macedónia o exército macedónio adopta técnicas 
militares superiores, que aliadas à diplomacia e à corrupção, vão permitir-lhe a dominar as 
cidades da Grécia. Nestas formam-se partidos favoráveis a Filipe, mas igualmente partidos que 
se opõem aos Macedónios. Em 338 a.C. Filipe e o seu filho, Alexandre, o Grande, derrotam 
uma coligação grega em Queroneia, desta forma colocando a Grécia continental sob domínio 
macedónio. Filipe organiza então a Grécia em uma confederação, a Assembleia de Corinto, 
procurando unir os gregos com um objectivo comum: conquistar o Império Persa como forma 
de vingar pela invasão de 480 a.C. Contudo, Filipe viria a ser assassinado por um nobre 
macedónio em Julho de 336 a.C., tendo sido sucedido pelo seu filho Alexandre. 
Alexandre concretizou o objectivo do pai, através da vitória nas batalhas de Granico, Isso 
e Gaugamela, marchando até à Índia. No regresso, Alexandre era senhor de um vasto império 
que ia da Ásia Menor ao Afeganistão, passando pelo Egipto. Alexandre faleceu de forma 
prematura (possivelmente de malária) na Babilónia em 323 a.C. 
 
Período Helenístico 
 
Após a morte de Alexandre, os seus generais lutaram entre si pela posse do império. As 
cidades gregas aproveitam a situação para se livrarem do domínio macedónio, mas foram 
subjugadas por Antípatro na Guerra Lamíaca (323-322 a.C). 
Nenhum dos generais de Alexandre conseguiu reunir o império sob o seu poder. Em vez 
disso, nasceram vários reinos que seguiriam percursos diferentes: Antígono fundou um reino 
que compreendia a Macedónia, a Grécia e partes da Ásia Menor; Seleuco, estabeleceu um 
vasto reino que ia da Babilónia ao Afeganistão e Ptolemeu torna-se rei do Egipto. 
 
GUERRA DE TRÓIA 
 
Introdução 
 
A Guerra de Tróia foi um conflito bélico entre aqueus (um dos povos gregos que 
habitavam a Grécia Antiga) e os troianos, que habitavam uma região da atual Turquia. Esta 
guerra, que durou aproximadamente 10 anos, aconteceu entre 1300 e 1200 a.C. 
 
Causa da guerra 
 
Gregos e troianos entraram em guerra por causa do rapto da princesa Helena de Tróia 
(esposa do rei lendário Menelau), por Páris (filho do rei Príamo de Tróia). Isto ocorreu quando o 
príncipe troiano foi à Esparta, em missão diplomática, e acabou apaixonando-se por Helena. O 
rapto deixou Menelau enfurecido, fazendo com que este organiza-se um poderoso exército. O 
general Agamenon foi designado para comandar o ataque aos troianos. Usando o mar Egeu 
como rota, mais de mil navios foram enviados para Tróia. 
 
A Guerra 
 
 O cerco grego à Tróia durou cerca de 10 anos. Vários soldados foram mortos, entre eles 
os heróis gregos Heitor e Aquiles (morto após ser atingido em seu ponto fraco, o calcanhar). 
A guerra terminou após a execução do grande plano do guerreiro grego Odisseu. Sua 
idéia foi presentear os troianos com um grande cavalo de madeira. Disseram aos inimigos que 
estavam desistindo da guerra e que o cavalo era um presente de paz. Os troianos aceitaram e 
deixaram o enorme presente ser conduzido para dentro de seus muros protetores. Após uma 
noite de muita comemoração, os troianos foram dormir exaustos. Neste momento, abriram-se 
portas no cavalo de madeira e saíram centenas de soldados gregos. Estes abriram as portas 
da cidade para que os gregos entrassem e atacassem a cidade de Tróia até sua destruição. 
Os eventos finais da guerra são contados na obra Ilíada de Homero. Sua outra obra 
poética, Odisséia, conta o retorno do guerreiro Odisseu e seus soldados à ilha de Ítaca. 
 
Mito ou fato histórico? 
 
Durante muitos séculos, acreditava-se que a Guerra de Tróia fosse apenas mais um dos 
mitos da mitologia grega. Porém, com a descoberta e estudo de um sítio arqueológico na 
Turquia, pode-se comprovar que este importante fato histórico da antiguidade realmente 
ocorreu. Porém, muitos aspectos entre mitologia e história ainda não foram identificados e se 
confundem. Mas o que se sabe é que esta guerra ocorreu de fato. 
 
HISTÓRIA DA ROMA ANTIGA E IMPÉRIO ROMANO 
 
A história de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços 
conseguidos por esta civilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores impérios 
da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito 
romano, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu 
origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola. 
 
Explicação mitológica 
 
 Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. 
Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por 
uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, 
retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria 
Roma. 
 
Explicação histórica e Monarquia Romana 
(753a.C a 509 a.C) 
 
 De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos 
que foram habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na 
região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta 
época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comerciantes, 
artesãos e pequenos proprietários ). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era 
governada por um rei de origem patrícia. A religião neste período era politeísta, adotando 
deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a 
pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas. 
 
República Romana (509 a.C. a 27 a.C) 
 
Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os 
senadores, de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política 
externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe. 
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação 
política e melhores condições de vida. 
Em 367 a.C, foi aprovada a Lei Licínia, que garantia a participação dos plebeus no Consulado 
(dois cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu). Esta lei também acabou com a 
escravidão por dívidas (válida somente para cidadãos romanos). 
 
Formação e Expansão do Império Romano 
 
Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros 
territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses, 
liderados pelo general Anibal, nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito 
importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a 
chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum. Após dominar Cartago, Roma ampliou suas 
conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e 
a Palestina. 
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. 
O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados 
foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões 
controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano 
enriqueceu e a vida dos romanos mudou. 
 
Principais imperadores romanos 
 
 Augusto (27 a.C. - 14 d.C), 
 Tibério (14-37), 
 Caligula (37-41), 
 Nero (54-68), 
 Marco Aurelio (161-180), 
 Comodus (180-192). 
 
Pão e Circo 
 
Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A 
escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus 
empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de 
empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta 
de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos 
romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos 
estádios ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta 
forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances 
de revolta. 
 
Cultura Romana 
 
A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos 
aspectos da arte, pintura e arquitetura grega. 
Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os 
senadores e membros da aristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus 
relacionamentos pessoais. 
A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do 
império, dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol. 
A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não 
conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que 
deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo 
e O rapto de Proserpina. 
 
Religião Romana 
 
Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A grande parte dos 
deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. 
Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. 
Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características ( qualidades e 
defeitos ) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos 
deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses 
eram cultuados dentro das casas e protegiam a família. 
Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco. 
 
Crise e decadência do Império Romano 
 
Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e 
política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o 
investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de 
escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o 
pagamento de tributos originados das províncias. Em crise e com o exército enfraquecido, as 
fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, 
deixavam suas obrigações militares. 
Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a 
penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve 
dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do 
Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla. Em 476, chega ao fim o Império 
Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, 
vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início 
de uma nova época chamada de Idade Média. 
 
POVOS BÁRBAROS-HISTÓRIA DOS POVOS GERMÂNICOS 
 
Os povos bárbaros eram de origem germânica e habitavam as regiões norte e nordeste 
da Europa e noroeste da Ásia, na época do Império Romano. Viveram em relativa harmonia 
com os romanos até os séculos IV e V da nossa era. Chegaram até a realizar trocas e 
comércio com os romanos, através das fronteiras. Muitos germânicos eram contratados para 
integrarem o poderoso exército romano. 
Os romanos usavam a palavra "bárbaros" para todos aqueles que habitavam fora das 
fronteiras do império e que não falavam a língua oficial dos romanos: o latim. A convivência 
pacífica entre esses povos e os romanos durou até o século IV, quando uma horda de hunos 
pressionou os outros povos bárbaros nas fronteiras do Império Romano. Neste século e no 
seguinte, o que se viu foi uma invasão, muitas vezes violenta, que acabou por derrubar o 
Império Romano do Ocidente. Além da chegada dos hunos, podemos citar como outros 
motivos que ocasionaram a invasão dos bárbaros: a busca de riquezas, de solos férteis e de 
climas agradáveis. 
 
Principais Povos Bárbaros 
 Francos: estabeleceram-se na região da atual França e fundaram o Reino Franco (veja 
exemplo de obra de arte abaixo) 
 Lombardos: invadiram a região norte da Península Itálica 
 Anglos e Saxões: penetraram e instalaram-se no território da atual Inglaterra 
 Burgúndios: estabeleceram-se na sudoeste da França 
 Visigodos: instalaram-se na região da Gália, Itália e Península Ibérica (veja exemplo 
abaixo da arte visigótica) 
 Suevos: invadiram e habitaram a Península Ibérica 
 Vândalos: estabeleceram-se no norte da África e na Península Ibérica 
 Ostrogodos: invadiram a região da atual Itália 
 
Economia, Arte, Política e Cultura dos Bárbaros Germânicos 
 
A maioria destes

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