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A Sociolinguística e a Atualidade REVISADO

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A Sociolinguística na Atualidade
ALUNOS: Daiana da Silva Oinge
Diana Souza Costa
Nayara Schmitt Rossi
ORIENTADORA: Beatriz Gomes da Silva
PROEX
CURSO: Licenciatura de Letras com ênfase em Inglês
DATA: 23/11/2017
RESUMO OBSERVAÇÃO: PRECISA REMOVER EXCESSO DE ESPAÇO EM TODO O TRABALHO 
Este paper tem como objetivos gerais: Pesquisar o objeto de estudo da sociolinguística e Verificar as diferentes variações da linguagem em nosso cotidiano e como objetivos específicos: Identificar o que é sociolinguística e a sua relevância na Atualidade e Especificar a diferença entre o dialeto e a língua na sociolinguística, foi efetuado através de uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa, reunindo-se opiniões de diversos autores sobre a sociolinguística. Salientando que o objetivo da sociolinguística é estudar as relações da linguagem com a sociedade, que ela é mutável e influenciada por vários fatores, consequentemente, auxiliando a identificar os aspectos de utilizar a língua, sendo em ambientes formais ou em ambientes familiares. A Sociolinguística contribuiu com um ideal de homogeneidade linguística que as doutrinas formalistas apoiavam, ao introduzir a concepção de variabilidade linguística. As línguas são de natureza heterogênea e mutável e a variação observada nas línguas não se dá de maneira desordenada ou aleatória.	Comment by Beatriz Gomes da Silva: OBJETIVO GERAL 1 APENAS	Comment by Beatriz Gomes da Silva: FALTOU A METODOLOGIA 
Palavras- chaves: Sociolinguística; Língua; Atualidade. 
INTRODUÇÃO	Comment by Beatriz Gomes da Silva: REMOVER ESPAÇOS QUE ESTÃO COM EXCESSO
Na Atualidade a conexão entre a língua e sociedade é acolhida por muitos pesquisadores que se dedicam ao estudo da língua, entretanto algumas teorias da linguagem proporcionam várias interpretações dos fenômenos linguísticos, aproximando-os ou distanciando-os da sua ação na vida social, estes estudos sociolinguísticos evidenciam a ligação entre a língua e a sociedade. Destacando que é indispensável o compreendimento desta relação quando se discute o fenômenos linguístico.
A sociolinguística tendo ela como objeto de estudo a relação da língua com a sociedade, Auxilia a distinguir que não existe o “certo” e o “errado”, ela avalia todos as formas de linguagem no contexto social uma variedade da língua. Sendo que a língua é um conjunto de variedades as quais se explicam conforme a classe, o sexo, a religião e a região do falante e outras variáveis.	Comment by Beatriz Gomes da Silva: EXCESSO DE ESPAÇO
Apresenta-se neste paper uma breve retomada histórica e o conceito da sociolinguística na Atualidade, onde se encontra uma breve analise sobre a sociolinguística Laboviana, acrescentando a ideia de diversos teóricos sobre o assunto, sendo um dos principais Saussure e Labov.
Este paper tem como objetivos gerais: Pesquisar o objeto de estudo da sociolinguística e Verificar as diferentes variações da linguagem em nosso cotidiano e como objetivos específicos: Identificar o que é sociolinguística e a sua relevância na Atualidade e Especificar a diferença entre o dialeto e a língua na sociolinguística.
A escolha deste tema se dá pelo fato de que a sociolinguística na atualidade, estuda todas as variações da língua, sendo formal ou coloquial, explanando as várias formas de utilizar a língua em determinados contextos, com amigos, em ambiente do trabalho entre outros, colocando em evidencia a importância do compreendimento da variedade da língua.
A relevância deste paper se encontra em esclarecer que a sociolinguística é uma ciência que faz o estudo da língua na sociedade, explicando as mudanças que ocorre dentro da língua, e como ela se transforma em ambientes diferentes da sociedade.
METODOLOGIA 	Comment by Beatriz Gomes da Silva: COLOCAR CITAÇÃO SOBRE QUALITATIVA E PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
	O paper caracteriza-se por uma pesquisa qualitativa, realizado através de pesquisas bibliográficas, com citações de vários autores com suas ideias sobre sociolinguística, durante a preparação deste paper foi realizado reuniões do grupo, para se discutir e organizar as ideias do paper, elucidar as dúvidas que envolveram o tema: A Sociolinguística na Atualidade. E abordamos a seguinte problematização: Qual o sentido de compreender o que é sociolinguística? 
SOCIOLINGUÍSTICA NA LINHA DO TEMPO
De acordo com o trabalho intitulado Variação e Mudança linguística (SALOMÃO,2011) o termo ´ sociolinguística´ surgiu no ano de 1939 no artigo Sociolinguistics in Índia (HODSON,1939). O estudo dessa disciplina desenvolveu-se nas décadas de 50 e 60, nos Estados Unidos e o interesse despertado pela pesquisa deve ser: “A grande divulgação dos estudos da comunicação. A necessidade de maior aproximação com os outros povos, ou de melhores conhecimentos da própria comunidade. A divulgação dos estudos da sociologia e da linguística”.
A partir de 1960, a Sociolinguística reivindicou sua posição de campo característico de estudo, e acabou apresentando duas vertentes distintas para se referir a essa área que relaciona língua e sociedade. Uma delas denominou-se sociolinguística propriamente dita, na qual linguistas e antropólogos teriam como objetivo a descrição e análise da língua na sua relação direta com fatores sociais, ou seja, a influência de elementos socioculturais no fenômeno linguístico. A outra ramificação, a sociologia da linguagem, teria como foco estudar e entender a influência da linguagem no comportamento de uma sociedade, onde cientistas sociais e alguns linguistas procurariam interpretar o efeito da língua na sociedade (PAULSTON; TUCKER, 2003).
Para a Sociolinguística a língua é dotada de “heterogeneidade sistemática”, fato que admite a identificação e demarcação de diferenças sociais na comunidade, forma-se como parte da capacidade linguística das pessoas o domínio de estruturas heterogêneas (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006, p.101).
Entre língua e sociedade não a há uma semelhança de mera casualidade. Desde que nascemos, um mundo de signos linguísticos nos envolve, e suas diversas possibilidades comunicativas começam a se tornar realidade a partir do momento em que pela imitação ou associação, começamos a ordenar nossas mensagens. Sons, gestos e imagem cercam a vida no homem moderno, compondo mensagem de toda ordem, transmitidas pelos mas diferente meio de comunicação. Em todos a língua exerce um papel fundamental seja ela, escrita, visual ou oral.
Em 1964, William Bright (1966, 1974) organizou, na Universidade de Los Angeles, uma escola teórica dessa nova área de estudos, e juntamente com a colaboração de outros linguistas presentes, determinou a diversidade linguística como objeto de estudo da Sociolinguística. Segundo Monteiro (2000), Bright definiu os fatores condicionantes do fenômeno da diversidade linguística assim como aqueles ligados ao falante, ao destinatário, às suas identidades sociais e ao contexto em que se dá a comunicação, mas ainda deu à Sociolinguística uma ação complementar, ou subordinado às três áreas que lhe deram origem: a Linguística, a Sociologia e a Antropologia.
 Para a Sociedade está disciplina o que interessa é a articulação dos estudos da língua com os estudos sobre a sociedade (LABOV, HERZOG, WEINREICH, p. 125-126). 	Comment by Beatriz Gomes da Silva: VERIFICAR AS ORIENTAÇÕES
A mudança linguística não deve ser identificada como deriva aleatória procedente da variação inerente na fala. A mudança linguística começa quando a generalização de uma alternância particular num dado subgrupo da comunidade de fala toma uma direção e assume o caráter de uma diferenciação ordenada. 
Essa ligação permitiu o surgimento da sociolinguística. Esta disciplina estuda as línguas na sua relação com as sociedades que as usam. Ela procura responder as questões: quem diz o que? Onde? Quando? Como? E Por que? Busca mostrar que toda língua e qualquer língua é constituída de diversas formas de uso, a depender de quem usa a língua, sua idade, o contexto social etc. 
No ponto de vista da sociolinguística,o ser humano é por natureza plurilíngue (usa muitas línguas. E mesmo quando usamos nossa língua, está de apresenta de diversos modos: por exemplo, em casa, usamos o idioma familiar; na escola modificamos o modo de usar a língua e interagimos com outras pessoas, colegas e professores que trazem modos de usar a língua diferente do nosso, seja ela o português brasileiro ou a LIBRAS. As línguas então são uns aglomerados níveis de expressão, atestando que nenhuma comunidade é internamente homogênea. De fato, cada falante é ao mesmo tempo, usuário e agente modificador de sua língua, nela imprimindo marcas geradas, pelas novas situações em que se depara. “[...]a linguística tem por único e verdadeiro objeto a língua considerada em si mesma e por si mesma” (SAUSSURE ,2006 p.271).
2.1- A NORMA LINGUÍSTICA
A norma linguística está ligada a forma que a sociedade faz uso dela, de como o indivíduo faz a pratica de sua língua: 
[...] numa sociedade diversificada e estratificada como a brasileira, haverá inúmeras normas linguísticas, como, por exemplo, a norma característica de comunidades rurais tradicionais, aquelas de comunidades rurais de determinada ascendência étnica, a norma característica de grupos juvenis urbanos, a(s) norma(s) característica(s) de populações das periferias urbanas, a norma informal da classe média urbana e assim por diante (FARACO, 2002, p. 38).
As normas linguísticas dos grupos sociais dos quais os indivíduos fazem parte oferecem propriedades identitárias por se acrescentarem a certos valores socioculturais, porém também se mesclam e se influenciam vice-versa, ou seja, são combinadas ou “hibridizadas” (FARACO, 2002, p. 39). Assim sendo, a língua é intrinsecamente heterogênea e dinâmica, como uma agilidade social, estando composta de variedades. E é como uma variedade que é determinada a ‘norma culta’: 
A expressão norma culta deve ser entendida como designando a norma linguística praticada, em determinadas situações (aquelas que envolvem certo grau de formalidade), por aqueles grupos sociais mais diretamente relacionados com a cultura escrita, em especial por aquela legitimada historicamente pelos grupos que controlam o poder social (FARACO, 2002, p. 40).
	A norma culta é associada a valores sociais: as pessoas que fazem o uso dela tem que ter um alto nível de escolaridade, tendo completado a universidade, adotam papéis sociais que determinem a formalidade e que prevalece a cultura escrita. Essa norma como qualquer outra norma, pode ser escrita ou falada, e pode estar sujeita a variações e modificações. É devido ao modo heterogêneo da forma culta que autores, como Marcos Bagno, que escolhem falar “variedades cultas” no plural porque:
Não existe um comportamento linguístico homogêneo por parte dos ‘falantes cultos’, sobretudo (mas não somente) no tocante à língua falada, que apresenta variação de toda ordem segundo a faixa etária, a origem geográfica, a ocupação profissional etc. dos informantes (BAGNO, 2002, p.179). 
 
Já a norma padrão é anexa à ideia de língua homogênea descrita/prescrita pela gramática normativa. Esta tem um papel unificador que busca neutralizar as variações tornando-se uma “citação suprarregional e transtemporal” (FARACO, 2002, p. 42). Por razão disto, a norma padrão é, muitas vezes, confundida com a própria língua. Sintetizando: da questão conceitual, norma padrão e norma culta são duas entidades distintas: a norma padrão refere-se a princípios impostos, a um ideal abstrato de língua tida como ‘correta’; a norma culta faz a alusão a padrões eficazes de uso linguístico observável em dado grupo social, ou seja, a certa variedade de língua, que é tida como de prestígio.
 As demais variedades são socialmente desprestigiadas, tidas como não-padrão. É importante dizer que a norma culta se destaca dessas outras variedades em decorrência de fatores históricos e culturais que determinam a sua legitimação, e não em função de fatores linguísticos. Ou seja, a norma culta não é linguisticamente melhor nem mais complexa do que as demais normas/ variedades. É importante compreender a diferença entre norma padrão e norma culta porque se reflete na diferenciação entre gramática normativa/prescritiva e gramática descritiva, simultaneamente, juntadas a julgamentos de correção e de adequação.
2.2- O DIALETO E A LÍNGUA NA SOCIOLINGUÍSTICA 
A Língua e o Dialeto muitas vezes se confundem, sendo a sociolinguística uma ciência que estuda a relação da língua com a sociedade, entra em contato com elas consecutivamente. Saussure oferece uma definição de língua:
[...] não se confunde com a linguagem; é somente uma parte determinada, essencial dela, indubitavelmente. É, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade de linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos. (SAUSSURE, 2006, p. 17).
Saussure (2006) avalia a língua um fato social caracterizado, por várias distinções, dos outros fatos sociais humanos, como as instituições políticas, jurídicas etc. De tal modo, a língua incide num sistema de designo utilizados pelo homem para exprimir conceitos, ideias, dar sentido às coisas e aos fenômenos.
 De acordo com Bizzocchi (2006, p. 3):
[...] as línguas são organismos vivos, que nascem, crescem, se reproduzem e morrem. Na verdade poderiam ser comparadas com mais propriedade a espécies biológicas. [...] E assim como acontece com as espécimes biológicas, os idiomas evoluem, sucedendo às vezes de uma língua tornar-se duas ou mais, ou extinguir-se sem deixar descendentes. [...] As línguas evoluem por mutação [...] Essas mutações se acumulam e ocorrem simultaneamente, mas com resultados diferentes em todo um território.
As evoluções linguísticas são naturais e constantes. Na história de qualquer língua, observamos com nitidez que o povo a transforma, porém não a adultera, não a descaracteriza e não a distorce. A despeito de ser impossível conservar uma unidade linguística, é fato que a língua cultiva seus caracteres naturais e sua identidade, mesmo se distendendo para formar, em si mesma, um conjunto de variedades. Avalia-se que há mais de dois mil idiomas falados no mundo atualmente.
A partir do que foi desvendado a respeito do conceito de língua, é importante ressaltar, também, a compreensão de dialeto, compreendido como uma variedade da língua. De tal modo, dialeto é tido como qualquer outra forma da língua que “não seja a oficial de um país” (BIZZOCCHI, 2006, p. 12).
Um dialeto é um desenvolvimento da língua, a qual se diversifica, modificando conforme as regiões de algum território, de acordo com as várias camadas socioeconômicas da população, sua faixa etária, bem como os sotaques idiossincráticos dos diversos indivíduos.
 Durante a língua oficial é a chamada língua padrão, seguida como norma pelos gramáticos, assim detentora do status de ser o único modo de falar e escrever correto, o dialeto não tem a mesma consideração. Quanto mais afastada da língua padrão se encontrar um dialeto, mais este será analisado uma forma inculta, conforme afirma Bizzocchi (2006, p. 2), “alguns falares, mesmo próximos da língua-padrão, são estigmatizados por motivos históricos ou sociais.” A língua oficial é instruída nas escolas, enquanto os dialetos se disseminam de maneira informal pela vida dos indivíduos.
 Constituir um limite entre a língua e o dialeto fica difícil a proporção que ambos, linguisticamente, não têm diferenças essenciais, pois os dois têm composições lexicais e gramaticais. De acordo com a história, pode-se dizer que:
Em sua origem, toda a língua é um dialeto, que, por circunstâncias várias, consegue predominar. Assim, o italiano foi a princípio o dialeto da Toscana; o espanhol, o de Castela; o francês, o da Ilha de França. Língua e dialeto são, pois, termos relativos. O italiano, o francês, o espanhol, o português etc., que, tomados separadamente, constituem verdadeiras línguas, não passam de simples dialetos. (COUTINHO, 2011, p.28).
“Dialeto vem do grego diálektos,composto de diá, ‘através’, e léktos ‘fala’.” (BIZZOCCHI, 2006, p. 1). Por meio da fala pode-se perceber como um modo de falar distinto da língua contínua, uma fala que atravessa os limites da própria língua estimada padrão e extrapola o intercurso normal que conduz a classificação linguística. Mas a língua vive, nasce, cresce, se transforma e/ou morre (BIZZOCCHI, 2006). O dialeto é fruto dos artifícios de transição da língua, é uma característica, pode ser um vestígio, pode conter somente as matrizes linguísticas que lhe forneceram a origem, porém está sempre transitando de lado a lado da língua oficial, que o analisa sempre como uma ameaça à tradição, às regras, ao status quo conservado pela língua padrão.
 Conceitua-se que os dialetos constituam assim rotulados como variantes (e não como línguas) pois estão facilmente unidos à fala do povo e por não oferecerem uma literatura própria ou uma tradição literária escrita (BIZZOCCHI, 2006). A literatura de cordel, é um modelo típico do Nordeste do Brasil, apresenta-se numa variante linguística própria daquela região e, a despeito de ter suas origens na oralidade, há recursos narrativos e características dos romances. Logo, não se pode ver aí uma fronteira delimitada que separe os conceitos de língua e dialeto.
Os dialetos, seja por motivos relativos à caracterização dos espaços geográficos, do ambiente, por assuntos ligados à estratificação socioeconômica das comunidades linguísticas, por assuntos de natureza política e histórica, etc., carregam em si o estigma da forma errada de falar, atribuído pela normatização da língua, e por isto passam a ser estimados fora da lei, formas marginalizadas da língua. “Como uma norma social, o dialeto é uma língua excluída das normas cultas.” (MANÉ, 2012, p. 43).
2.3- A SOCIOLINGUÍSTICA NA CONCEPÇÃO DE LABOV
A Sociolinguística é também conhecida como Teoria da Variação, pois seus pesquisadores procuram analisar as variações que estão em coocorrência, as usadas ao mesmo tempo, e as concorrentes, as formas linguísticas que concorrem entre si. E segundo TARALLO:	Comment by Beatriz Gomes da Silva: FORMATAÇÃO	Comment by Beatriz Gomes da Silva: 
 Labov foi o criador desse modelo teórico metodológico, a Sociolinguística – que consiste em uma ciência da linguagem social que estuda a coexistência de variantes linguísticas e suas probabilidades de uso. Esse modelo de análise linguística trabalha com números e estatística dos dados coletados e sua principal característica, em contraposição ao modelo gerativista, é que Labov “o propôs como uma reação à ausência do componente social no modelo gerativo” (TARALLO, 1994, p. 7).
 	De acordo com o autor, Labov ANO ???foi quem instituiu esse método que denomina-se sociolinguística, uma ciência que é definida como um ramo da linguística responsável por estudar a relação entre a língua e a sociedade. Labov diz da seguinte forma: “A Sociolinguística se interessa pelas variações linguísticas que podem ser explicadas sistematicamente, entendendo-se como variação sistemática a maneira alternativa de dizer a mesma coisa, desde que essa maneira seja portadora do mesmo significado referencial”. (LABOV, 2008, p. 78).
 	Então na concepção do autor esse ramo da linguística tem como prioridade analisar as variações linguísticas estudando-as minuciosamente, e entendo que existe outras maneiras de se dizer a mesma coisa. Tarallo acentua que:
Esse modelo se ocupa das variações sistemáticas da língua falada chamadas de variantes linguísticas, que são diversas maneiras de se dizer a mesma coisa em um mesmo contexto e com o mesmo valor de verdade, e “a um conjunto de variantes dá-se o nome de variável linguística" (TARALLO, 1994, p. 08). 
Conforme Labov (1978), dois enunciados que se referem ao mesmo estado de coisas com o mesmo valor de verdade constituem-se como variantes de uma mesma variável. 
Para analisar estatisticamente um fenômeno variável, o estudo sociolinguístico busca calcular o peso ou influência de cada fator, os linguísticos e os socioculturais, na ocorrência de determinada variação em um determinado momento, sincronismo, ou ao longo do tempo, diacronismo, numa tentativa de aproximação dos fenômenos sincrônicos e diacrônicos (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2006).
Nessa concepção o estudo sociolinguístico ele procura avaliar a importância dos fatores linguísticos e socioculturais de uma determinada variação e em um determinado momento.
Contrariando a homogeneidade linguística das teorias estruturalistas, a Sociolinguística procura explicar a heterogeneidade da língua, através da análise de fatores internos e externos ao sistema linguístico, pois ela "parte do pressuposto de que toda variação é motivada, isto é, controlada por fatores de maneira tal que a heterogeneidade se delineia sistemática e previsível” (MOLLICA, 2004, p. 10). 
Discordando da ideia de homogeneidade linguística defendida por Saussure (2006) e do conceito de falante ideal defendido por Chomsky (1965, 1997), para Labov; “A língua não é propriedade do indivíduo, mas sim da comunidade, fato que o leva a crer que o novo modo de fazer linguística é “estudar empiricamente as comunidades de fala” (LABOV, 2008, p.259).
CONSIDERAIS FINAIS
	
Concluiu-se este paper e analisou-se que foram alcançados os objetivos que tem como objetivos gerais: Pesquisar o objeto de estudo da sociolinguística e Verificar as diferentes variações da linguagem em nosso cotidiano e como objetivos específicos: Identificar o que é sociolinguística e a sua relevância na Atualidade e Especificar a diferença entre dialeto e a língua na sociolinguística.
Foi efetuado através de uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa, reunindo-se várias opiniões de diversos autores sobre a sociolinguística. Salientando que o objeto da sociolinguística é estudar as relações da linguagem com a sociedade, que a mesma é multável e influenciada por vários fatores, consequentemente, nos auxiliando a identificar as várias formas de utilizar a língua, sendo em ambientes formais ou não formais.
A sociolinguística tem grande relevância, pois é uma ciência que tem como objeto de pesquisa a língua e a sociedade, ou seja, a relação entre a língua e a sociedade. É o estudo descritivo do efeito de qualquer e todos os aspectos da sociedade, incluindo as normas culturais, expectativas e contexto, na maneira como a linguagem é usada, e os efeitos do uso da linguagem na sociedade.
Labov foi o criador desse modelo teórico metodológico, a Sociolinguística Variacionista – que consiste em uma ciência da linguagem social que estuda a coexistência de variantes linguísticas e suas probabilidades de uso.
Foi esclarecido também, a diferença entre o dialeto e a língua, sendo a língua aquela que é falada por todos, a língua do país, o Português, e o dialeto a variação desta língua, que foi modificada pelas diversa regiões do país.
Contudo, ao finalizar o paper, analisou-se que o sentido de compreender o que é sociolinguística, se encontra no fato de se entender a maneira que a língua se manifesta em diversos contextos sociais, e suas consequências da sociedade sobre a língua.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BIZZOCCHI, Aldo. A Distância Entre Língua e Dialeto. Revista Língua Portuguesa, ano 2, n. 14, dez. 2006. Disponível em: http:// https://diariodeumlinguista.wordpress.com/. Acesso em: 05 de novembro de 2018, ás 17;45.
BRIGHT, W. Sociolinguistics: proceedingsofthe UCLA Sociolinguistics Conference, 
COUTINHO, Ismael de Lima. Gramática Histórica. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2011.
FARACO, Carlos Alberto. Norma-padrão brasileira: desembaraçando alguns nós. In: BAGNO, Marcos (org.). A linguística da norma. São Paulo: Loyola, 2002. p. 37-61.
LABOV, W. Where does the Linguistic variable stop? A response to Beatriz Lavandera. In: Sociolinguistic Working Papers, 1978, p. 43-88. 
LABOV, Willian. Padrões sociolinguísticos. trad. Marcos Bagno e Maria Marta Pereira scherre. São Paulo: Parábola ,2008.
MANÉ, Dijby. As Concepções de Língua eDialeto e o Preconceito Sociolinguístico. Via Litterae. Revista de Linguística e Teoria Literária, v.4, n. 1. Goiânia, 2012
MONTEIRO, J.L. Para compreender Labov. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
PAULSTON, C.B.; TUCKER, G.R. History of sociolinguistics: introduction. In: 
SALOMÃO, A. N. B. Variação e Mudança Linguística: Panorama e Perspectiva da Sociolinguística Variacionista no Brasil. In: Revista Fórum Linguístico, 2011.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. 2.ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
Sociolinguistics: theessentialreadings. Malden: BlackwellPublishing, 2003.
TARALLO, F. A pesquisa sociolinguística. São Paulo, Ática, 1994. WEINREICH, U.; LABOV, W. & HERZOG, M. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística. São Paulo: Parabola, 2006.
WEINREICH, U.; LABOV, W. & HERZOG, M. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística. São Paulo: Parábola, 2006.

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