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Malária Introdução Nome popular: paludismo, febre palustre, impaludismo, maleita ou sezão. Agente Etiológico: Filo: Apicomplexa Família: Plasmodiidae Genero: Plasmodium Conhecidas 150 espécies causadores de malária em diferentes hospedeiros vertebrados: Quatro Parasitam o Homem: Plasmodium Falciparum, P. vivax, P. malarie e P.ovale (ocorre apenas em regiões restritas do continente africano). Áreas Endêmicas Ocorre em mais de 90 países; Cerca de 40% da população mundial está em risco; Estima-se que ocorram de 300 a 500 milhões de novos casos, com média de um milhão de mortes por ano. No Brasil, o maior número de casos é registrado na região Amazônica. Mesmo nas áreas sem registro de casos de malária, a existência do vetor torna-a vulnerável à transmissão quando a presença de um homem infectado e portador de gametócitos. (OMS,2018) Ciclo Biológico Hospedeiro Invertebrado Inseto Ciclo Biológico Hospedeiro Vertebrado Humano Ciclo Biológico Hospedeiro Vertebrado – Humanos: Exo-eritrocítica ou tissular Esporozoítos infectantes são inoculados nos humanos pelo inseto vetor. Esporozoítos móveis, mas não possuem cílios ou flagelos. Pode infectar várias células; Desenvolvimento parasitário é SOMENTE nos hepatócitos. Cerca de 30 minutos após infecção. Após invadir o hepatócito, os esporozoítos se diferenciam em trofozoítos pré-eritrocíticos > multiplicam por reprodução assexuada do tipo esquizogônica, dando origem aos esquizontes teciduais e posteriormente a merozoítos que invadirão os eritrócitos. Desenvolvimento no fígado varia para cada espécie; Algumas se desenvolvem rapidamente, outras ficam em estado de latência (hipnozoíto); Os hipnozoíto são responsáveis pela recaída tardia da doença > dentro de 6 meses. Ciclo Biológico Hospedeiro Vertebrado – Humanos: Ciclo eritrocítico: Merozoíto tissular invade os eritrócitos; Envolve reconhecimento de receptores específicos; O P. malariae só invade hemácias velhas (0,1% do total), o P. vivax invade preferencialmente as hemácias jovens e o P. falciparum, hemácias em qualquer fase evolutiva; Durante um período que varia de 48 a 72 horas, o parasito se desenvolve no interior da hemácia até provocar a sua ruptura, liberando novos merozoítos que irão invadir novas hemácias. A ruptura e consequente liberação de parasitos na corrente sanguínea traduz-se clinicamente pelo início do paroxismo malárico, que se repetirá com o término do novo ciclo (em dois dias, quando a infecção for devida ao P. falciparum ou P. vivax e em três dias, quando devida ao P. malariae). Transmissão Principal: Picada da fêmea do mosquito Anofelino parasitado com esporozoítos: Formas infectante para os mosquitos são pessoas doentes A malária pode ser transmitida acidentalmente por transfusão de sangue (sangue contaminado com plasmódio), pelo compartilhamento de seringas (em usuários de drogas ilícitas) ou por acidente com agulhas e/ou lancetas contaminadas. Há, ainda, a possibilidade de transmissão neonatal. Patogenia Apenas o ciclo eritrocítico assexuado é responsável pela manifestação clinica e patologia da malária. A passagem do parasita pelo fígado não é patogênica e não determina sintomas. Os possível mecanismo determinantes das diferentes formas clínicas da doença baseiam-se fundamentalmente na interação da Destruição dos eritrócitos parasitados; Toxicidade resultante da liberação de citocinas; Sequestro dos eritrócitos parasitados na rede capilar (P. falciparum); Lesão capilar por deposição de imunocomplexos (P. malariae). Sintomas Período de incubação varia de acordo com a espécies; Observa-se na fase aguda e são comuns ás 4 espécies; Fase sintomática inicial – Não específica Malária Não-Complicada Após fase inicial: Febre intermitente>periodicidade dos sintomas está relacionado com o tempo de duração dos ciclos eritrocíticos. Os sintomas da malária envolvem a clássica tríade febre, calafrio e dor de cabeça. Sintomas gerais – como mal-estar, dor muscular, sudorese, náusea e tontura Anemia> frequente, mas apresenta graus variáveis. Mais intensa em infecções por P.falciparum Malária Grave e Complicada Adultos não-imunes, crianças e gestantes; Manifestação mais grave da doença, podendo ser fatal (P. falciparum); Sintomas; Hipoglicemia; Aparecimento de convulsões; Vômitos; Icterícia; Disturbio de consciência; Podendo causar: Malária Cerebral; Insuficiência Renal Aguda; Edema Pulmonar Agudo. Diagnóstico Laboratorial Pesquisa do parasito no sangue periférico: Gota Espessa; Esfregaço Sanguíneo. Visualização em microscopia: Coloração: Azul-de-metileno e Giemsa Permite: diferenciação específica de acordo com a morfologia do parasito e alterações provocadas nos eritrócitos. Barato, simples, eficiência no diagnóstico. Tratamento Política Nacional de tratamento da Malária Disponibiliza gratuitamente os medicamentos antimaláricos utilizados em todo o território nacional, O tratamento da malária visa atingir o parasito em postos-chave de seu ciclo evolutivo: interrupção da esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e manifestações clínicas da infecção; destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual (hipnozoítos) das espécies P .vivax e P. ovale, evitando assim as recaídas tardias; interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de drogas que impedem o desenvolvimento de formas sexuadas dos parasitos (gametócitos). Profilaxia Medidas de Prevenção Individual: Evitar contato com o mosquito (hábitos noturnos); Repelente; Telar janelas e portas; Dormir com mosquiteiro; Quimioprofilaxia: África e Ásia - Risco e aceleramento de resistência. Medidas Coletivas: Combate ao vetor adulto; Combate às larvas; Saneamento básico; Informação e educação à população. População de Risco e Viajantes Referências NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 11.ed. São Paulo: Atheneu, 2010. REY, Luis. Parasitologia: parasitos e doenças parasitárias do homem nos trópicos ocidentais. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. SAÚDE, Ministério da. Guia prático de tratamento da malária no Brasil. Brasília; 2010. 38 p.
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