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nocoes de direito constitucional p tecnico do mpu aula 06 aula 06 mpu 23016

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Aula 06
Curso: Noções de Direito Constitucional p/ Técnico do MPU
Professor: Nádia Carolina
027.021.311-23 - JANETE FERREIRA LIMA
Noções de D. Constitucional p/ 
Técnico do MPU 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
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AULA 06: Funções Essenciais à Justiça. Ação Civil 
Pública. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1-O Ministério Público 1-17 
2-Advocacia e Defensoria Pública 18-34 
3-Ação Civil Pública 35-39 
4-Lista de Questões 40-48 
5-Gabarito 49-50 
O Ministério Público 
 O Ministério Público teve sua competência significativamente ampliada pela 
Constituição Federal de 1988. Trata-se de instituição permanente, essencial à 
função jurisdicional do Estado, que tem como funções a defesa da ordem jurídica, 
do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (art. 
�����³FDSXW´��&)�� 
 Para melhor fixar o seu conceito, interessa saber que a palavra ministério 
GHULYD�GR�ODWLP�³PDQXV´��TXH�VLJQLILFD�PmR��'HVGH�VHXV�SULPyUGLRV��R�0LQLVWpULR�
Público era consideradR� ³D� PmR� GR� UHL´�� VHQGR� H[HUFLGR� SRU� SURFXUDGRUHV� TXH�
defendiam os interesses do monarca. 
 A partir do século XVIII, passou a ser conhecido, também, como Parquet, 
palavra que em francês significa assoalho. A explicação é que seus 
representantes se sentavam no assoalho da sala de audiência, para não serem 
confundidos com os magistrados. 
 Apesar de ser um órgão vinculado ao Poder Executivo, o Ministério Público 
não tem função auxiliar do Governo. Pelo contrário, a independência da 
instituição e de seus membroV�³LPS}H-se como exigência de respeito aos direitos 
individuais e coletivos e delineia-se como fator de certeza quanto à efetiva 
VXEPLVVmR�GRV�SRGHUHV�j�OHL�H�j�RUGHP�MXUtGLFD´��67)��3OHQR��$',����-MC, DJ de 
26.02.1993). 
Princípios institucionais 
De acordo com o art. 127, § 1º, da Constituição, são princípios 
institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a 
independência funcional. 
027.021.311-23 - JANETE FERREIRA LIMA
Noções de D. Constitucional p/ 
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 O princípio da unidade determina que os membros do Ministério Público 
integram um único órgão, sendo chefiados apenas por um procurador federal. 
Isso não significa, entretanto, que exista unidade entre o Ministério Público 
Federal e os Estaduais. A unidade se dá no âmbito de cada Ministério Público. 
 Já a indivisibilidade possibilita que os integrantes da carreira possam ser 
substituídos uns pelos outros ao longo do processo. Isso porque o Ministério 
Público não se subdivide internamente em instituições autônomas, mas é uno e 
indivisível. Novamente, o princípio se aplica no âmbito interno de cada Ministério 
Público do nosso ordenamento jurídico. 
 Por fim, a independência funcional determina que cada um dos membros 
do Ministério Público se vinculará apenas ao ordenamento jurídico e à sua 
convicção, não podendo sofrer retaliações devido à sua atuação. Como 
consequência, a Constituição de 1988 elevou à categoria de crime de 
responsabilidade do Presidente da República os atos praticados por este que 
atentem contra o livre exercício das atribuições do Parquet (CF, art. 85, II). A 
única hierarquia existente no âmbito do Ministério Público é de ordem 
administrativa. 
Princípio do promotor natural 
Princípios 
institucionais 
do MP 
Unidade 
Independência 
funcional Indivisibilidade 
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 Com base no princípio da independência funcional, a doutrina e a 
jurisprudência conceberam o princípio do promotor natural. Determina esse 
princípio que, além de ser julgado por órgão independente e pré-constituído, o 
acusado tem direito a sofrer intervenção, em seu processo, de Promotor 
designado em obediência aos critérios constitucionais e legais. 
Esse princípio, entretanto, não é reconhecido pelo STF. Para a CortH�³������
conforme a doutrina, o princípio do promotor natural representa a impossibilidade 
de alguém ser processado senão pelo órgão de atuação do Ministério Público 
dotado de amplas garantias pessoais e institucionais, de absoluta independência e 
liberdade de convicção, com atribuições previamente fixadas e conhecidas. 
Entretanto, enfatizou-se que o STF, por maioria de votos, refutara a tese de sua 
existência (HC 67.759/RJ, DJU de 01. 07.93) no ordenamento jurídico brasileiro, 
orientação essa confirmada, posteriormente, na apreciação do HC 84.468/ES 
�'-8�GH�������������´�1 
Funções institucionais 
Veja o que determina a Constituição a respeito das funções institucionais do 
Ministério Público: 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de 
relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, 
promovendo as medidas necessárias a sua garantia; 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção 
do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros 
interesses difusos e coletivos; 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para 
fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta 
Constituição; 
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações 
indígenas; 
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua 
competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, 
na forma da lei complementar respectiva; 
 
1
 HC 90.277, Rel. Min. Ellen Gracie, j. 17.06.2008, DJE de 01.08.2008, Inf. 511/STF. 
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VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei 
complementar mencionada no artigo anterior; 
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito 
policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações 
processuais; 
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que 
compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação 
judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. 
 Trata-se de rol meramente exemplificativo, uma vez que o inciso IX do art. 
129 prevê, expressamente, a possibilidade de o Ministério Público exercer outras 
funções, desde que compatíveis com sua finalidade. Além disso, só poderão ser 
exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da 
respectiva lotação, salvo autorização do Chefe da Instituição. Por fim, não se 
trata de competências privativas do Ministério Público, conforme se depreende da 
redação do art. 129, IX, § 1º da Constituição Federal: 
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas 
neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, 
segundo o disposto nesta Constituição e na lei. 
 Questão de prova: 
1. (Cespe/2012/MP-PI) Compete privativamente ao MP promover o 
inquérito civil e a ação civil pública para a proteção do patrimônio 
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e 
coletivos. 
Comentários: 
Trata-se de função institucional do MP, mas não privativa. Issoporque o art. 
129, IX, § 1º da Constituição prevê que ³�D�OHJLWLPDomR�GR�0LQLVWpULR�3~EOLFR�SDUD�
as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas 
KLSyWHVHV��VHJXQGR�R�GLVSRVWR�QHVWD�&RQVWLWXLomR�H�QD�/HL´��4XHVWmR�LQFRUUHWD� 
As funções do Ministério Público têm caráter administrativo. Seus membros 
não possuem poder decisório (função jurisdicional) nem competência para 
elaborar atos normativos gerais e abstratos (função legislativa). Apenas auxiliam 
o Judiciário, fiscalizando ou promovendo a observância das leis. 
Autonomia 
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Determina a CF/88 em seu art. 127, § 2º que ao Ministério Público é 
assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o 
disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus 
cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de 
provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá 
sobre sua organização e funcionamento. 
 Essa garantia se deve à relevante função do Ministério Público em nosso 
ordenamento jurídico, na defesa dos interesses sociais não só perante o 
Judiciário, mas também perante a Administração Pública. 
Além da autonomia administrativa, a Carta Magna também assegura ao 
Ministério Público a autonomia financeira, assegurando-lhe a capacidade de 
elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias (art. 127, § 3o, CF). 
Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária 
dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo 
considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores 
aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites 
estipulados na forma do art. 127, § 3o, CF. Prevê-se, dessa forma, uma solução 
HP�FDVR�GH�LQpUFLD�GR�³3DUTXHW´� 
Além disso, se a proposta orçamentária for encaminhada em desacordo 
com os limites estipulados na forma do art. 127, § 3o, CF, o Poder Executivo 
procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta 
orçamentária anual. 
Por fim, durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a 
realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente 
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. 
Estrutura 
O Ministério Público abrange o Ministério Público da União (MPU) e os 
Ministérios Públicos dos Estados ± MPE (art. 128, I e II, CF). O MPU abrange: 
x O Ministério Público Federal (MPF); 
x O Ministério Público do Trabalho (MPT); 
x O Ministério Público Militar (MPM); 
x O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). 
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 O Ministério Público Eleitoral não tem estrutura própria, sendo composto de 
membros do MPE e do MPF. 
Garantias de seus membros 
A Constituição prevê garantias funcionais aos membros do Ministério 
Público, devido à necessidade de lhes preservar a liberdade de convicção, 
acautelando a autonomia da instituição. Essas garantias compreendem a 
vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de subsídio (art. 128, § 5º, I, 
CF). 
$� YLWDOLFLHGDGH� JDUDQWH� TXH� R� PHPEUR� GR� ³3DUTXHW´� QmR� SRGHUi� SHUGHU� R�
cargo senão por sentença judicial transitada em julgado. É adquirida após dois 
anos de exercício. Já a inamovibilidade garante que ele não será removido de 
ofício, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado 
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros, assegurada ampla defesa. Por fim, a irredutibilidade dos subsídios 
impede protege os ganhos dos membros do Ministério Público contra ingerências 
políticas. 
Questão de prova: 
2. (Cespe/2012/TJ-RR) Os membros do MP gozam de vitaliciedade, 
após dois anos de exercício, e só perderão o cargo por sentença judicial 
transitada em julgado. 
Comentários: 
e�R�TXH�GLVS}H�R�DUW�������†��ž��,��³D´��GD�&RQVWLWXLomR�)HGHUDO��4XHVWmR�FRUUHWD� 
 
Vedações a seus membros 
Ministério Público Federal Ministério Público do Trabalho 
Ministério Público Militar Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
MPU 
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A Constituição faz algumas vedações aos membros do Ministério Público, com 
o objetivo de preservar a própria instituição. Essas vedações incidem sobre 
situações capazes de prejudicar a autonomia dos seus membros. São elas: 
x Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, 
percentagens ou custas processuais; 
x Exercer a advocacia; 
x Participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
x Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo 
uma de magistério; 
x Exercer atividade político-partidária; 
x Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas 
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
x Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
 Destaca-se que os integrantes da carreira que nela ingressaram antes da 
Constituição de 1988, por força do art. 29, § 3º, do ADCT, foram excepcionados 
dessas vedações. 
O quadro a seguir reúne as garantias e vedações dos membros do 
Ministério Público: 
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3. (Cespe/2007/TJ-DFT) Se o Ministério Público não encaminhar a 
respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de 
diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de 
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na 
lei orçamentária vigente, de acordo com os limites legais. 
Comentários: 
 É o que determina o art. 127, § 4º, da Constituição Federal. Questão 
correta. 
Garantias dos 
membros do 
MP 
‡ Vitaliciedade 
‡ Inamovibilidade 
‡ Irredutibilidade dos subsídios 
Vedações aos 
membros do 
MP 
‡ Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, 
honorários, percentagens ou custas processuais 
‡ Exercer a advocacia 
‡ Participar de sociedade comercial, na forma da lei 
‡ Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra 
função pública, salvo uma de magistério 
‡ Exercer atividade político-partidária 
‡ Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou 
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou 
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei 
‡ Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se 
afastou, antes de decorridos três anos do afastamento 
do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
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4. (Cespe/2010/TRT 21ª Região) Aos membros do Ministério Público, 
assim como aos juízes, é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal 
do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do 
cargo por aposentadoria ou exoneração. 
Comentários: 
 É isso mesmo! Fundamento: art. 128, § 6º, CF. Questão correta. 
5. (Cespe/2010/Abin) Ao MP incumbe a defesa da ordem jurídica, do 
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis e 
a observância dos princípios institucionais da unidade, indivisibilidade e 
independência funcional, previstos na CF. 
Comentários: 
É o que determina o art. 127 da Constituição. Questão correta. 
6. (Cespe/2010/MPU) São funções essenciais à justiça as do 
Ministério Público, da advocacia pública, da advocacia privada e da 
defensoria pública. 
Comentários: 
É o que se depreende do Capítulo IV da Constituição Federal, que tem como 
Seções cada uma dessas funções. Questão correta. 
Questões da FCC 
7. (FCC/2008/MPE-RS) Ministério Público é instituição permanente, 
essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo- lhe a defesa da 
ordem jurídica, do regime democrático, dos interesses sociais e dos 
interesses individuais indisponíveis. 
Comentários: 
 É o que determina o DUW�������³FDSXW´��GD�&DUWD�0DJQD��4XHVWmR�FRUUHWD� 
8. (FCC/2010/TJ-PI) São princípios institucionais do Ministério 
Público, previstos na Constituição Federal, 
a) Unidade, indivisibilidade e estabilidade. 
b) Independência funcional, unidade e indivisibilidade. 
c) Inamovibilidade, estabilidade e autoridade. 
d) Autoridade, unidade e vitaliciedade. 
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e) Indivisibilidade, irredutibilidade de subsídio e estabilidade. 
Comentários: 
 De acordo com o art. 127, § 1º, da Constituição, são princípios 
institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a 
independência funcional. A letra B é o gabarito da questão. 
9. (FCC/2010/TRE-AL) É princípio institucional do Ministério Público, 
dentre outros, a: 
 
a) autodeterminação dos povos. 
b) divisibilidade. 
c) dependência funcional. 
d) unidade. 
e) concessão de asilo político. 
 
Comentários: 
 Reza o art. 127, § 1º, da Constituição que são princípios institucionais do 
Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. A letra 
D é o gabarito da questão. 
10. (FCC/2009/TJ-SE) São princípios institucionais do Ministério 
Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
 
Comentários 
 É o que dispõe o art. 127, § 1º, da Carta Magna. Questão correta. 
11. (FCC/2008/MPE-RS) São princípios institucionais do Ministério 
Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
Comentários: 
 Essa questão é recorrente em provas de concurso. Está correta, com base 
no art. 127, § 1º, da Carta Magna. 
12. (FCC/2009/TCE-PI) Ao Ministério Público é assegurada autonomia 
funcional e administrativa, podendo, observado o disposto na 
Constituição e na legislação pertinente, propor ao Poder Legislativo a 
criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, a política 
remuneratória e o plano de carreira. 
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Comentários: 
 
 É o que determina a CF/88 em seu art. 127, § 2º. Questão correta. 
 
13. (FCC/2009/TCE-GO) O Ministério Público elaborará sua proposta 
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias e, caso encaminhada em desacordo com esses limites, 
caberá ao Poder Executivo proceder aos ajustes necessários para fins de 
consolidação da proposta orçamentária anual. 
Comentários: 
 Reza a Constituição que: 
Art. 127, § 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta 
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias. 
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta 
orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes 
orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de 
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados 
na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites 
estipulados na forma do § 3º. 
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for 
encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma 
do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para 
fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 
 Questão correta. 
14. (FCC/2008/MPE-RS) O Ministério Público está financeiramente 
subordinado à Secretaria de Estado da Justiça, à qual apresentará a sua 
proposta orçamentária, após ter sido aprovada pelo Colégio de 
Procuradores de Justiça e pelo Conselho Superior do Ministério Público. 
 
Comentários: 
 
 O Ministério Público tem sua autonomia assegurada pela Constituição, não 
estando subordinado financeiramente a nenhum órgão. Questão incorreta. 
 
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15. (FCC/1999/TRT 17ª Região) O Ministério Público abrange o 
Ministério Público da União, que compreende, dentre outros, o Ministério 
Público do Trabalho. 
 
Comentários: 
 
 O Ministério Público abrange o Ministério Público da União (MPU) e os 
Ministérios Públicos dos Estados (art. 128, I e II, CF). O MPU abrange: 
x O Ministério Público Federal; 
x O Ministério Público do Trabalho; 
x O Ministério Público Militar; 
x O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. 
Questão correta. 
Ingresso na Carreira 
Determina a Carta Magna (art. 129, § 3º) que o ingresso na carreira do 
Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, 
assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, 
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e 
observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. 
 
 Com base no o art. 129, § 3º, da Constituição, o STF considerou 
constitucional resolução que determina que a inscrição do concurso público para a 
carreira do Ministério Público só pode ser feita por bacharel em Direito com, no 
mínimo, três anos de atividade jurídica, cuja comprovação se dá no momento da 
inscrição definitiva. O Pretório Excelso entendeu que essa exigência atendeu o 
objetivo da EC 45/2004, que pretendeu selecionar profissionais experientes para 
o exercício das funções do Ministério Público (ADI, 3.460/DF, decisão de 
31.08.2006). 
Nomeação do PGR 
Ingresso na carreira do MP 
Concurso público de provas e títulos, com 
participação da OAB 
É necessário ser bacharel em Direito e ter três 
anos de atividade jurídica 
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O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da 
República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, 
maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seunome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida 
a recondução (art. 128, § 1º, CF). 
É importante observar que a Constituição não limita o número de 
reconduções. Contudo, o art. 25 da Lei Complementar no 75/93 determina que a 
recondução deverá ser precedida de nova decisão do Senado Federal. A 
recondução se assemelha a uma nova nomeação. 
 Destaca-se ainda que o Presidente da República poderá escolher qualquer 
membro do Ministério Público da União (ou seja, do Ministério Público Federal, do 
Trabalho, Militar ou do Distrito Federal ou Territórios) para o cargo de PGR. Nesse 
sentido, entendeu o STF que o Procurador-Geral pode provir de quaisquer das 
carreiras do Ministério Público da União (MS 21.239, DJ de 23.04.1993). 
 
 
 
 O PGR poderá ser destituído pelo Presidente da República, caso haja 
autorização da maioria absoluta do Senado Federal (art. 128, § 2o, CF). 
Os Procuradores-Gerais de Justiça (Chefes dos MPEs e do MPDFT) 
PGR 
Nomeado pelo PR 
Dentre integrantes 
da carreira 
Idade maior que 35 
anos 
Após aprovação 
pela maioria 
absoluta do Senado 
Chefe do MPU 
Mandato de 2 anos 
Permitida a 
recondução 
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Determina o art. 128, § 3o, da Constituição que: 
§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e 
Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na 
forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que 
será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois 
anos, permitida uma recondução. 
 Observe que o Procurador-Geral de Justiça também será nomeado pelo 
Chefe do Poder Executivo (Governador para os MPEs e Presidente da República 
para o MPDFT) para mandato de dois anos, permitida uma recondução. 
Diferentemente do que ocorre no MPU, entretanto, não há participação do 
Legislativo na nomeação e a recondução só pode se dar uma única vez. Não 
incide, nesse contexto, o princípio da simetria (STF, ADI 452, DJ de 31.10.2002). 
Questão relevante diz respeito à vacância do cargo. Deverá, nesse caso, o 
novo Procurador-Geral assumir pelo tempo que falta para completar os dois anos 
(mandato-tampão) ou cumprir um novo mandato de dois anos completos? 
Nesse caso, o Procurador-Geral deverá cumprir um novo período de dois 
anos. Nesse sentido, decidiu o STF que é inconstitucional, por ofensa ao art. 128, 
§ 3o, da Carta Magna, lei que preveja, no caso de vacância do cargo de 
Procurador-Geral de Justiça, a eleição e nomeação de novo Procurador-Geral para 
que complete o período restante do mandato do seu antecessor.2 
 
2
 ADI 1.783-BA, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 11.10.2001. 
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No que se refere ao Procurador-Geral de Justiça dos Estados, o art. 9o da 
Lei 8.625/93 determina que a lista tríplice será formada pelo próprio MP, na 
forma da lei respectiva de cada Estado, mediante voto plurinominal de todos os 
integrantes da carreira. Sua destituição é de competência da Assembleia 
Legislativa local, pelo voto de sua maioria absoluta, na forma da lei orgânica do 
respectivo Ministério Público. 
Já no que concerne ao Procurador-Geral de Justiça do MPDFT, determinam 
os arts. 21, XIII e 22, XVII, da Carta Magna que compete à União organizar e 
manter o MPDFT. Essa competência foi exercida por meio da Lei Orgânica do MP 
da União, a LC no 75/93. 
2�DUW�������³FDSXW´��GD�/&�Qo 75/93 estabelece que o Procurador-Geral de 
Justiça do Distrito Federal e Territórios será nomeado pelo Presidente da 
República dentre integrantes da lista tríplice elaborada pelo Colégio de 
Procuradores e Promotores de Justiça, para mandato de 2 anos, permitida uma 
recondução, precedida de nova lista tríplice. Entende o STF que é inconstitucional 
lei que exija prévia aprovação do nome do Procurador-Geral de Justiça pela 
maioria absoluta do Legislativo local, por força do art. 128, § 3o, da CF/88, que 
estabelece como única exigência a lista tríplice, na forma da lei.3 
 
3
 ADI 1.228-MC/AP, DJU de 02.06.1995; ADU 1.506-SE, DJU de 12.11.1999; ADI 1.962-RO, 08.11.2001 . 
Procurador-Geral de 
Justiça 
Nomeado pelo 
Governador 
Dentre integrantes da 
carreira 
Escolha a partir de 
lista tríplice 
elaborada pelo 
próprio MP, na forma 
da lei respectiva Chefe do Ministério 
Público do Estado ou 
do Distrito Federal 
Mandato de 2 anos Permitida apenas uma recondução 
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No que diz respeito à destituição, o art. 128, § 4o, da CF/88 estabelece que 
o PGJ do MPDFT será destituído por deliberação da maioria absoluta do Poder 
Legislativo, na forma da lei complementar. Trata-se da lei no 75/93, que dispõe, 
HP�VHX�DUW�������TXH�³R�3URFXUDGRU-Geral poderá ser destituído, antes do término 
do mandato, por deliberação da maioria absoluta do Senado Federal, mediante 
UHSUHVHQWDomR�GR�3UHVLGHQWH�GD�5HS~EOLFD´� 
O Procurador-Geral do Trabalho e o Procurador-Geral da Justiça Militar 
Segundo a LC no 75/93, o Estatuto do MPU, o Procurador-Geral do Trabalho 
(PGT) será o Chefe do Ministério Público do Trabalho, nomeado pelo PGR, dentre 
membros da Instituição, com mais de 35 anos de idade e 5 anos na carreira, 
integrantes de lista tríplice escolhida mediante voto plurinominal, facultativo e 
secreto, pelo Colégio de Procuradores, para um mandato de 2 anos, permitida 
uma recondução, observado o mesmo processo. Caso não haja número de 
candidatos (três) com mais de 5 anos de carreira, poderão concorrer ao cargo os 
Procuradores com mais de 2 anos na carreira. A exoneração do PGT, antes do 
término do mandato, será proposta ao PGR pelo Conselho Superior, mediante 
deliberação obtida com base em voto secreto de 2/3 de seus integrantes. 
Já os arts. 120 e 121 da LC no 75/93 estabelecem regra semelhante para a 
nomeação do Procurador-Geral da Justiça Militar, Chefe do Ministério Público da 
Justiça Militar. Ele será igualmente nomeado pelo PGR, dentre membros da 
Instituição, com mais de 35 anos de idade e 5 anos na carreira, integrantes de 
lista tríplice escolhida mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo 
Colégio de Procuradores, para um mandato de 2 anos, permitida uma 
recondução, observado o mesmo processo. Caso não haja número de candidatos 
(três) com mais de 5 anos de carreira, poderão concorrer ao cargo os 
Procuradores com mais de 2 anos na carreira. A sua exoneração, antes do 
término do mandato, será proposta ao PGR pelo Conselho Superior, mediante 
deliberação obtida com base em voto secreto de 2/3 de seus integrantes. 
Por fim, o chefe do Ministério Público Eleitoral é o próprio PGR. 
 Ministério Público Junto à Corte de Contas 
Destaca-se que o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União 
(TCU) não integra o MPU. Isso porque o rol previsto no art. 128, I, da CF/88 é 
taxativo. Por esse motivo, compete ao TCU fazer instaurar o processo legislativo 
concernente à estruturação orgânica do Ministério Público que nele atua (CF, art. 
����³FDSXW´�� 
 No que se refere ao Ministério Público que atua juntoaos Tribunais de 
Contas estaduais, entende o STF que os Estados-membros devem, 
obrigatoriamente, observar o disposto nos arts. 75 e 130 da Carta Magna (STF, 
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Pleno, ADI 829-7-MC/RS, DJ de 07.11.1997). Portanto, lei complementar de 
Estado-membro não é instrumento idôneo para determinar o funcionamento de 
órgão do Ministério Público estadual junto ao Tribunal de Contas (STF, ADI 1.545-
1-MC/SE, DJ de 24.10.1997). 
 O Poder de Investigação Criminal pelo Ministério Público 
 Muito se questiona se o poder de investigação é ou não exclusivo da polícia. 
Segundo a teoria dos poderes implícitos, quando a Constituição outorga 
competência explícita a determinado órgão estatal, implicitamente atribui, 
garantidas a razoabilidade e a proporcionalidade, a esse mesmo órgão, os meios 
necessários para a efetiva e completa realização de suas funções. 
 Com base nessa teoria, a 2a Turma do STF, ao analisar a temática dos 
poderes investigatórios do Ministério Público, entendeu que a denúncia poderia 
ser fundamentada em SHoDV� GH� LQIRUPDomR� REWLGDV� SHOR� SUySULR� ³3DUTXHW´�� QmR�
havendo necessidade de prévio inquérito policial. Nas palavras da Ministra Ellen 
*UDFLH�� ³p� SULQFtSLR� EDVLODU� GD� KHUPHQrXWLFD� FRQVWLWXFLRQDO� R� GRV� SRGHUHV�
implícitos, segundo o qual, quando a Constituição Federal concede os fins, dá os 
meios. Se a atividade-fim ± promoção da ação penal pública ± foi outorgada ao 
Parquet em foro de privatividade, não haveria como não lhe oportunizar a 
colheita de prova para tanto, já que o CPP autoriza que peças de informação 
embasem a denúncia. Assim, reconheço a possibilidade de, em algumas 
hipóteses, ser reconhecida a legitimidade da promoção de atos de investigação 
por parte do Ministério Público, mormente quando se verifique algum motivo que 
se revele autorizador dH�WDO�LQYHVWLJDomR´�4 
 Essa posição é amplamente aceita pela doutrina. 
O Conselho Nacional do Ministério Público 
Reza a Constituição (art. 130-A) que o Conselho Nacional do Ministério 
Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da 
República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado 
Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: 
x O Procurador-Geral da República, que o preside; 
x Quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a 
representação de cada uma de suas carreiras; 
x Três membros do Ministério Público dos Estados; 
x Dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo 
Superior Tribunal de Justiça; 
 
4
 RE 535.478, Rel. Mi. Ellen Gracie, j. 28.10.2008, DJE de 21.11.2008. 
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x Dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados 
do Brasil; 
x Dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um 
pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. 
Questão de prova: 
16. (FCC/2013/TRT-PR) O Conselho Nacional do Ministério Público 
compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da 
República. 
Comentários: 
e�R�TXH�SUHYr�R�³FDSXW´�GR�DUW�����-A, da Constituição Federal. Questão correta. 
 A nomeação dos membros do Conselho Nacional do Ministério Público 
�&103��REHGHFH��SRU�IRUoD�GR�³FDSXW´�GR�DUW�����-A, as seguintes regras: 
x Número de membros igual a quatorze; 
x Nomeação pelo Presidente da República, após aprovação pela maioria 
absoluta do Senado Federal; 
x Mandato de dois anos, admitida uma recondução. 
Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público (art. 130-A, § 2º, CF) o 
controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do 
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-lhe: 
x Zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, 
podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou 
recomendar providências; 
x Zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante 
provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou 
órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, 
revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato 
cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas; 
x Receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do 
Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços 
auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, 
podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a 
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao 
tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla 
defesa; 
x Rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de 
membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um 
ano; 
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x Elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias 
sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual 
deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. 
 No que se refere ao Corregedor Nacional (art. 130-A, § 3o, CF) determina a 
Constituição que este será escolhido em votação secreta pelo Conselho, dentre 
os membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, 
competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as 
seguintes: 
x Receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos 
membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; 
x Exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; 
x Requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes 
atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. 
O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil 
oficiará junto ao Conselho. 
Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, 
competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado 
contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços 
auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público. 
Por fim, destaca-se que os membros do Conselho deverão ser processados 
e julgados, nos crimes de responsabilidade, pelo Senado Federal. Além disso, 
compete ao STF julgar as ações do Conselho. 
 Advocacia Pública 
 A Advocacia Pública é responsável pela defesa jurídica dos entes 
federativos, sendo desempenhada por detentores de cargo de Procurador do 
Estado ou de Advogado da União. Integra o Poder Executivo e o ingresso em sua 
carreira se dá por concurso público de provas e títulos. 
 A União é representada, judicial e extrajudicialmente, pela Advocacia-Geral 
da União, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua 
organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento 
MXUtGLFR� GR� 3RGHU� ([HFXWLYR� �DU�� ����� ³FDSXW´�� $� $GYRFDFLD-Geral da União tem 
por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da 
República dentre cidadãos maiores de trinta e cincoanos, de notável saber 
jurídico e reputação ilibada (art. 131, § 1º, CF). 
Já os Estados-membros são representados, judicial e extrajudicialmente 
pelos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na 
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qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a 
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases (art. 132, 
³FDSXW´��&)���$�HOHV�p�DVVHJXUDGD�HVWDELOLGDGH�DSyV�WUrV�DQRV�GH�HIHWLYR�H[HUFtFLR��
mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório 
circunstanciado das corregedorias (art. 132, parágrafo único, CF). 
Advocacia e Defensoria Pública 
A Defensoria Pública é instituição criada com vista a dar efetividade ao art. 
5o, LXXIV, da Constituição, que dispõe que o Estado prestará assistência jurídica 
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. 
A competência para legislar sobre assistência jurídica e defensoria pública é 
concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal (art. 24, XIII, CF). Isso 
significa que cabe à União definir as normas gerais e, aos Estados e Distrito 
Federal, definir as normas específicas sobre essas matérias. 
A Constituição fortaleceu as Defensorias Públicas Estaduais ao lhes 
assegurar autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta 
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias 
(art. 134, § 2o, CF). O objetivo dessa previsão foi desvincular essas instituições 
do Poder Executivo, fortalecendo sua atuação. 
No que se refere à advocacia, determina a Constituição que o advogado é 
indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e 
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei (art. 133). 
 
17. (Cespe/2007/TJ-DFT) Às Defensorias Públicas Estaduais são 
asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua 
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias. 
Comentários: 
 É o que determina o art. 134, § 2o, da Constituição Federal. Questão 
correta. 
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18. (Cespe/2010/MPU) A CF assegura autonomia funcional, 
administrativa e financeira às defensorias públicas estaduais, por meio 
das quais o Estado cumpre o seu dever constitucional de garantir às 
pessoas desprovidas de recursos financeiros o acesso à justiça. 
Comentários: 
 É isso mesmo! Fundamento: art. 134, § 2o, da Constituição Federal. 
Questão correta. 
19. (Cespe/2010/TRT 21ª Região) À Defensoria Pública da União e às 
defensorias públicas estaduais são asseguradas autonomia funcional e 
administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos 
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
Comentários: 
 Essa previsão diz respeito somente às Defensorias Públicas Estaduais (art. 
134, § 2o, da Constituição Federal). Questão incorreta. 
20. (Cespe/2007/TJ-DFT) Os Procuradores dos Estados e do Distrito 
Federal exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das 
respectivas unidades federadas e serão estáveis após dois anos de 
efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos 
próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. 
Comentários: 
 O erro da questão é que os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal 
adquirem estabilidade após três anos de efetivo exercício (art. 132, parágrafo 
único, Constituição Federal). Questão incorreta. 
21. (Cespe/2007/TJ-DFT) A lei pode disciplinar a inviolabilidade do 
advogado por seus atos e manifestações exarados no exercício da 
profissão. 
Comentários: 
 É o que determina o art. 133 da Constituição. Questão correta. 
Questões da FCC 
22. O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da 
República, nomeado, dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e 
cinco anos, pelo: 
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a) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
b) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, 
vedada a recondução. 
c) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida 
a recondução. 
d) Senado Federal após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
e) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pela Câmara dos 
Deputados, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
 
Comentários: 
 
 Determina o art. 128, § 1º, da Constituição, que: 
 
Art. 128, § 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o 
Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República 
dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a 
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do 
Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
 
 A letra C é o gabarito da questão. 
 
23. (FCC/2010/SEFIN-RO) O Ministério Público da União tem por chefe 
o Procurador- Geral da República, nomeado pelo Presidente da República 
dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a 
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do: 
 
a) Congresso Nacional, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
b) Senado Federal, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
c) Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
d) Congresso Nacional, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
e) Congresso Nacional, para mandato de um ano, permitida a recondução. 
 
Comentários: 
 
 Como vimos, o art. 128, § 1º, da Constituição determina que o Ministério 
Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo 
Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco 
anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do 
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Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. A letra 
C é o gabarito da questão. 
24. De acordo com a Constituição Federal, o Ministério Público da União 
tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado, dentre 
integrantes da carreira maiores de trinta e cinco anos, pelo: 
 
a) Conselho Nacional do Ministério Público, após a aprovação de seu nome 
pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de três 
anos, permitida a recondução. 
b) Presidente da República, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, 
permitida a recondução. 
c) SupremoTribunal Federal, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, 
permitida a recondução. 
d) Presidente da República, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida 
a recondução. 
e) Presidente da República, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de três anos, 
permitida a recondução. 
 
Comentários: 
 
 Não custa repetir, não é? O art. 128, § 1º, da Constituição determina que o 
Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, 
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de 
trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos 
membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a 
recondução. A letra D é o gabarito da questão. 
25. (FCC/2008/MPE-RS) De acordo com a Constituição Federal 
brasileira, os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal 
formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei 
respectiva, para escolha de seu Procurador- Geral, que será nomeado 
pelo Chefe do: 
 
a) Poder Judiciário, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. 
b) Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. 
c) Poder Executivo, para mandato de três anos, vedada a recondução. 
d) Poder Judiciário, para mandato de três anos, vedada a recondução. 
e) Poder Legislativo, para mandato de três anos, vedada a recondução. 
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Comentários: 
 
 Determina o art. 128, § 3o, da Constituição que: 
 
§ 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e 
Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na 
forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que 
será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois 
anos, permitida uma recondução. 
 
 A letra B é o gabarito da questão. 
26. (FCC/2010/MPE-RS) A destituição do Procurador-Geral da 
República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser 
precedida de autorização da maioria simples do Congresso Nacional. 
Comentários: 
 O art. 128, § 2º, da Constituição dispõe que a destituição do Procurador-
Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser 
precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. Trata-se de 
³LQpGLWR� PHFDQLVPR� GH� VDOYDJXDUGD� GD� LQGHSHQGrQFLD� H[WHUQD� GR� 0LQLVWpULR�
Público, em face dos Poderes do Estado, mediante a segurança no cargo do seu 
FKHIH´��06���������'-�GH��������������6HJXQGR�D�/HL�&RPSOHPHQWDU�Qo 75/1993, 
a votação para destituição do PGR deverá ser secreta. Questão incorreta. 
 
27. (FCC/2010/TRT 9ª Região) A destituição do Procurador-Geral da 
República é feita pela Câmara dos Deputados, com autorização do 
Senado Federal. 
Comentários: 
 
Nos termos do art. 128, § 2º, da Constituição, a destituição do Procurador-
Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser 
precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. Cabe ao 
Presidente da República destituir o PGR. Questão incorreta. 
 
28. (FCC/2010/TRE-RS) No que diz respeito ao ministério publico, a 
destituição do procurador-geral da republica, por iniciativa do: 
 
a) Conselho nacional do ministério publico, devera ser precedida de 
autorização da maioria relativa da câmara dos deputados. 
b) Ministro da justiça, deverá ser precedida de autorização pelo voto da 
maioria absoluta da câmara dos deputados. 
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c) Presidente do supremo tribunal federal, dependerá de previa autorização 
do conselho nacional de justiça. 
d) Conselho superior do ministério publico, será precedida de autorização da 
maior absoluta do congresso nacional. 
e) Presidente da republica, devera ser precedida de autorização da maioria 
absoluta do senado federal. 
 
Comentários: 
 
 Com base no art. 128, § 2º da Constituição, a letra E é o gabarito da 
questão. 
 
29. (FCC/2010/MPE-RS) Os Procuradores-Gerais nos Estados e no 
Distrito Federal poderão ser destituídos por deliberação da maioria 
absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. 
Comentários: 
 
 A Constituição disciplina a destituição dos Procuradores-Gerais de Justiça no 
art. 128, § 4º: 
 
128, § 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal 
e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria 
absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar 
respectiva. 
 
 Nota-se que se exige obediência à lei complementar, o que não ocorre na 
destituição do PGR. Questão correta. 
30. (FCC/2010/MPE-RS) Dentre as garantias constitucionais 
asseguradas aos membros do Ministério Público, destaca-se a 
vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo 
senão por sentença judicial transitada em julgado. 
Comentários: 
 
 A Constituição prevê garantias funcionais aos membros do Ministério 
Público, devido à necessidade de lhes preservar a liberdade de convicção, 
acautelando a autonomia da instituição. Essas garantias compreendem a 
vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de subsídio (art. 128, § 5º, I, 
CF). 
 $� YLWDOLFLHGDGH� JDUDQWH� TXH� R� PHPEUR� GR� ³3DUTXHW´� QmR� SRGHUi� SHUGHU� R�
cargo senão por sentença judicial transitada em julgado. É adquirida após dois 
anos de exercício. Já a inamovibilidade garante que ele não será removido de 
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ofício, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado 
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros, assegurada ampla defesa. Por fim, a irredutibilidade dos subsídios 
impede protege os ganhos dos membros do Ministério Público contra ingerências 
políticas. 
 Questão correta. 
31. (FCC/2010/MPE-RS) Dentre as garantias constitucionais 
asseguradas aos membros do Ministério Público, destaca-se a 
inamovibilidade por motivo de interesse público, mediante decisão do 
Colégio de Procuradores de Justiça, pelo voto da maioria de seus 
membros. 
Comentários: 
 A remoção por interesse público se dá excepcionalmente (não é a regra, 
como o enunciado faz pensar), mediante decisão do órgão colegiado competente 
do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros. Questão 
incorreta. 
32. (FCC/2010/TCE-AP) A Constituição brasileira de 1967, com a 
redação dada pela Emenda Constitucional nº 1, de 1969, em seu artigo 
95, § 1º, estabelecia garantias aos membros do Ministério Público na 
seguinte conformidade: "Os membros do Ministério Público da União, do 
Distrito Federal e dos Territórios (...) após dois anos de exercício, não 
poderão ser demitidos senão por sentença judiciária ou em virtude de 
processo administrativo em que se lhes faculte ampla defesa, nem 
removidos a não ser mediante representaçãodo Procurador-Geral, com 
fundamento em conveniência do serviço". Em comparação com a 
disciplina atual da matéria na Constituição brasileira vigente, tem-se 
que: 
a) o tratamento dispensado às garantias de vitaliciedade e inamovibilidade 
dos membros do Ministério Público manteve-se inalterado. 
b) houve mudanças tanto no que se refere à garantia de vitaliciedade como à 
de inamovibilidade dos membros do Ministério Público. 
c) apenas o tratamento dispensado à garantia de inamovibilidade dos 
membros do Ministério Público manteve-se inalterado. 
d) houve um reforço da garantia de inamovibilidade, mas uma mitigação da 
garantia de vitaliciedade dos membros do Ministério Público. 
e) apenas o tratamento dispensado à garantia de vitaliciedade dos membros 
do Ministério Público manteve- se inalterado. 
 
Comentários: 
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 Percebe-se que a Constituição de 1988 ampliou consideravelmente as 
garantias dos membros do Ministério Público. Com a vitaliciedade, eles passaram 
a ser demitidos apenas por sentença judicial transitada em julgado. Além disso, 
a inamovibilidade deu-lhes a garantia de só serem removidos de ofício por 
interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério 
Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros. A letra B é o gabarito. 
33. (FCC/2010/TRT 9ª Região) É absoluta a garantia da vitaliciedade e 
relativa a da inamovibilidade. 
Comentários: 
 
 Ambas as garantias são relativas. Mesmo com a vitaliciedade, é possível a 
perda do cargo, por sentença judicial transitada em julgado. Além disso, mesmo 
com a inamovibilidade, é possível a remoção de ofício, por interesse público, 
mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto 
da maioria absoluta de seus membros. Questão incorreta. 
34. (FCC/2009/TRT 3ª Região) No que diz respeito ao Ministério 
Público, observa-se que, seus membros, sem exceção, são portadores, 
desde a posse, das garantias da vitaliciedade, da inamovibilidade e da 
irredutibilidade de vencimentos. 
Comentários: 
 
 Os membros do Ministério Público não apresentam todas as garantias 
desde a posse. A vitaliciedade é adquirida após dois anos de exercício. Questão 
incorreta. 
 
35. (FCC/2007/TJ-PE) Aos membros do Ministério Público é assegurada 
garantia da vitaliciedade, após três anos de exercício, não podendo 
perder o cargo senão por sentença transitada em julgado. 
Comentários: 
 
 A garantia de vitaliciedade se dá após dois anos de exercício, não podendo 
perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado. Questão 
incorreta. 
 
36. (FCC/2009/TRT 3ª Região) No que diz respeito ao Ministério 
Público, observa-se que, seus membros, sem exceção, poderão, em 
quaisquer hipóteses, filiar-se a partidos políticos e disputar os mandatos 
eletivos federais, estaduais ou municipais. 
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Comentários: 
 
 A Constituição faz algumas vedações aos membros do Ministério Público, 
com o objetivo de preservar a própria instituição. Essas vedações incidem sobre 
situações capazes de prejudicar a autonomia dos seus membros. São elas: 
x Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, 
percentagens ou custas processuais; 
x Exercer a advocacia; 
x Participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
x Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo 
uma de magistério; 
x Exercer atividade político-partidária; 
x Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas 
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
x Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
Destaca-se que os integrantes da carreira que nela ingressaram antes da 
Constituição de 1988, por força do art. 29, § 3º, do ADCT, foram excepcionados 
dessas vedações. Questão incorreta. 
 
37. (FCC/2009/TRT 3ª Região) É vedado aos membros do Ministério 
Público exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função 
pública, salvo uma de magistério. 
Comentários: 
 A Constituição faz as seguintes vedações aos membros do Ministério 
Público: 
x Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, 
percentagens ou custas processuais; 
x Exercer a advocacia; 
x Participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
x Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo 
uma de magistério; 
x Exercer atividade político-partidária; 
x Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas 
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
x Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
Questão correta. 
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38. (FCC/2004/TRT 8ª Região) É certo que o membro do Ministério 
Público não goza de vitaliciedade, por ser prerrogativa exclusiva dos 
juízes, mas pode exercer atividade político-partidária. 
Comentários: 
 
 O membro do Ministério Público goza, sim, de vitaliciedade, e, por vedação 
constitucional, não pode exercer atividade político-partidária (art.128, § 5º, I e II, 
CF). Questão incorreta. 
 
39. (FCC/2004/TRT 8ª Região) É certo que o membro do Ministério 
Público tem a garantia da inamovibilidade e pode exercer a advocacia 
para as empresas paraestatais. 
Comentários: 
 
 Relembremos as garantias e vedações dos membros do Ministério Público: 
 
 
 
 De fato, o membro do Ministério Público goza da inamovibilidade. Contudo, 
diferentemente do que afirma o enunciado, não pode exercer a advocacia, por 
vedação constitucional. Questão incorreta. 
Garantias dos 
membros do 
MP 
‡ Vitaliciedade 
‡ Inamovibilidade 
‡ Irredutibilidade dos subsídios 
Vedações aos 
membros do 
MP 
‡ Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, 
honorários, percentagens ou custas processuais 
‡ Exercer a advocacia 
‡ Participar de sociedade comercial, na forma da lei 
‡ Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra 
função pública, salvo uma de magistério 
‡ Exercer atividade político-partidária 
‡ Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou 
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou 
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei 
‡ Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se 
afastou, antes de decorridos três anos do afastamento 
do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
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40. (FCC/2009/TRT 3ª Região) No que diz respeito ao Ministério 
Público, observa-se que, seus membros, sem exceção, têm entre as 
funções institucionais, o exercício de outras funções que lhes forem 
conferidas, desde que compatíveis com suas finalidades.Comentários: 
 
Com base no art. 129, IX, da CF/88, a questão está correta. 
 
41. (FCC/2009/TJ-PI) Com relação ao Ministério Público, NÃO é sua a 
função institucional a de: 
a) prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei. 
b) defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. 
c) expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua 
competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma 
da lei complementar respectiva. 
d) requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, 
indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais. 
e) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de 
relevância pública aos direitos assegurados na Constituição Federal, promovendo 
as medidas necessárias a sua garantia. 
 
Comentários: 
 
 A única alternativa da questão que não traz uma função institucional do 
Ministério Público é a letra A. 
 
42. (FCC/2009/TCE-PI) É função institucional do Ministério Público 
promover a ação civil pública para proteção do patrimônio público e 
social e do meio ambiente, não sendo sua legitimação, no entanto, 
impeditiva da de terceiros, para a promoção da ação civil pública, 
segundo o disposto na Constituição e na lei. 
Comentários: 
 
 De fato, é função do Ministério Público promover a ação civil pública para 
proteção do patrimônio público e social e do meio ambiente (art. 129, III, CF). A 
OHJLWLPDomR�GR�³3DUTXHW´��FRQWXGR��QmR�p�LPSHGLWLYD�GD�GH�WHUFHLURV��QDV�PHVPDV�
hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei (art. 129, § 1º, CF/88). 
Questão correta. 
 
43. (FCC/2010/MPE-RS) O ingresso na carreira far-se-á mediante 
concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem 
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dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em 
direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica. 
Comentários: 
 
 Determina a Carta Magna (art. 129, § 3º) que o ingresso na carreira do 
Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, 
assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, 
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e 
observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. Questão correta. 
 
44. (FCC/2006/TRT 24ª Região) O ingresso na carreira do Ministério 
Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, 
assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua 
realização. 
Comentários: 
 
 É o que determina o art. 129, § 3º, da Constituição. Com base nesse 
dispositivo, o STF considerou constitucional resolução que determina que a 
inscrição do concurso público para a carreira do Ministério Público só pode ser 
feita por bacharel em Direito com, no mínimo, três anos de atividade jurídica, 
cuja comprovação se dá no momento da inscrição definitiva. O Pretório Excelso 
entendeu que essa exigência atendeu o objetivo da EC 45/2004, que pretendeu 
selecionar profissionais experientes para o exercício das funções do Ministério 
Público (ADI, 3.460/DF, decisão de 31.08.2006). Questão correta. 
 
45. (FCC/2010/TCE-RO) Os membros do Ministério Público junto aos 
Tribunais de Contas dos Estados: 
a) possuem estabilidade após três anos de efetivo exercício do cargo. 
b) estão administrativamente vinculados ao Ministério Público do Estado, 
embora exerçam funções junto ao Tribunal de Contas. 
c) atuam como procuradores do Tribunal de Contas, devendo defender os 
interesses deste órgão. 
d) podem exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastaram após 
três anos do afastamento por aposentadoria ou exoneração. 
e) não podem exercer outra função pública, exceto uma de magistério, a não 
ser que estejam em disponibilidade. 
 
Comentários: 
 
Segundo o art. 130 da Constituição, aos membros do Ministério Público 
junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes 
a direitos, vedações e forma de investidura. Como vimos, os membros do MP, por 
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disposição constitucional (art. 128, § 6º, CF), só podem exercer a advocacia no 
juízo ou tribunal do qual se afastaram após três anos do afastamento do cargo, 
por aposentadoria ou exoneração. A letra D é o gabarito da questão. 
 
46. (FCC/2009/TCE-PI) Aos membros do Ministério Público junto aos 
Tribunais de Contas aplicam-se as disposições de Constituição Federal 
relativas a direitos e vedações atinentes a membros do Ministério 
Público, mas não as relativas à forma de investidura no cargo. 
Comentários: 
 
 Nada disso! Dispõe o art. 130 da Constituição, aos membros do Ministério 
Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições daquela seção 
pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura. Questão incorreta. 
47. (FCC/2011/TRT 24ª Região) O Conselho Nacional do Ministério 
Público compõe-se de: 
a) oito membros, nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
b) trinta e três membros, nomeados pelo Procurador Geral da República. 
c) quinze membros, nomeados pelo Procurador Geral da República. 
d) oito membros, nomeados pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça. 
e) quatorze membros, nomeados pelo Presidente da República. 
 
Comentários: 
Reza a Constituição que: 
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de 
quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, 
depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado 
Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, 
sendo: 
I o Procurador-Geral da República, que o preside; 
II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a 
representação de cada uma de suas carreiras; 
III três membros do Ministério Público dos Estados; 
IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro 
pelo Superior Tribunal de Justiça; 
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil; 
VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, 
indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado 
Federal. 
 
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 A letra E é o gabarito da questão. 
48. (FCC/2010/MPE-RS) O Conselho Nacional do Ministério Público terá 
seus integrantes eleitos para um mandato de dois anos, vedada a 
recondução, sendo presidido pelo integrante mais antigo. 
Comentários: 
 
 A nomeação dos membros do Conselho Nacional do Ministério Público 
�&103��REHGHFH��SRU�IRUoD�GR�³FDSXW´�GR�DUW�����-A, as seguintes regras: 
x Número de membros igual a quatorze; 
x Nomeação pelo Presidente da República, após aprovação pela maioria 
absoluta do Senado Federal; 
x Mandato de dois anos, admitida uma recondução. 
 O CNMP é presidido pelo Procurador-Geral da República (art. 130-A, I, 
CF). Questão incorreta. 
 
49. (FCC/2010/MPE-RS) O Conselho Nacional do Ministério Público, 
órgão constitucional criado pelaEmenda Constitucional no 45/2004, 
compõe-se de onze membros nomeados pelo Congresso Nacional. 
Comentários: 
 
 O CNMP é composto de quatorze membros, nomeados pelo Presidente 
da República após aprovação da maioria absoluta do Senado Federal (art. 130-
$��³FDSXW´���4XHVWmR�LQFRUUHWD� 
 
50. (FCC/2010/MPE-RS) O Conselho Nacional do Ministério Público, 
órgão constitucional criado pela Emenda Constitucional no 45/2004, 
confere para os seus membros um mandato de dois anos, vedada a 
recondução. 
Comentários: 
 
 Os membros do CNMP têm mandato de dois anos, admitida uma 
recondução (art. 130-$��³FDSXW´���4XHVWmR�LQFRUUHWD� 
 
51. (FCC/2010/MPE-RS) O Conselho Nacional do Ministério Público 
exerce o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério 
Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. 
Comentários: 
 
É o que determina a Constituição, em seu art. 130-A, § 2º.Questão correta. 
 
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52. (FCC/2010/MPE-RS) O Conselho Nacional do Ministério Público 
escolherá, em votação aberta e pública, um Corregedor nacional, dentre 
os membros do Ministério Público Estadual ou Federal, permitida uma 
recondução. 
Comentários: 
 
 Veja o que determina a CF/88 a respeito do Corregedor nacional: 
 
Art. 130-A, § 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um 
Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o 
integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das 
atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: 
I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas 
aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; 
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição 
geral; 
III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-
lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério 
Público. 
 
 Questão incorreta. 
 
53. (FCC/2010/MPE-RS) O Conselho Nacional do Ministério Público, 
órgão constitucional criado pela Emenda Constitucional no 45/2004, 
escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os 
membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução. 
Comentários: 
 
 e�R�TXH�GHWHUPLQD�R�³FDSXW´�GR�† 3º do art. 130-A, CF/88. Questão correta. 
 
54. (FCC/2009/TRT 15ª Região) O Presidente do Conselho Federal da 
Ordem dos Advogados do Brasil, oficiará junto ao Conselho Nacional do 
Ministério Público. 
Comentários: 
 
 É o que determina o art. 130-A, § 4º, da Constituição. Destaca-se que com 
essa previsão, exclui-se a possibilidade de ele participar do CNMP na qualidade de 
membro da advocacia. Questão correta. 
55. (FCC/2010/TRT 22ª Região) A Advocacia-Geral da União tem por 
chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da 
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República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável 
saber jurídico e reputação ilibada. 
Comentários: 
 
 É isso mesmo! A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral 
da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos 
maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada 
(art. 131, § 1º, CF). Questão correta. 
56. (FCC/2010/TRT 22ª Região) Aos Procuradores do Estado é 
assegurada vitaliciedade após três anos da posse, mediante avaliação de 
desempenho pelo Chefe do Executivo, após relatório circunstanciado dos 
Conselhos respectivos. 
Comentários: 
 
 Os Procuradores do Estado não têm vitaliciedade, mas mera estabilidade. 
Além disso, para aquisição da estabilidade, é necessário relatório circunstanciado 
das corregedorias, não dos Conselhos respectivos. Questão incorreta. 
 
57. (FCC/2009/TRT 7ª Região) A instituição incumbida, diretamente ou 
através de órgão vinculado, de representar a União, judicial e 
extrajudicialmente, é: 
a) O Ministério Público Federal. 
b) A Procuradoria-Geral da República. 
c) A Advocacia-Geral da União. 
d) A Defensoria Pública da União. 
e) O Tribunal de Contas da União. 
. 
Comentários: 
 
 É a Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de 
órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, 
nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e 
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder 
([HFXWLYR��DUW�������³FDSXW´��&)���$�OHWUD�&�p�R�JDEDULWR�GD�TXHVWmR� 
 
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Ação Civil Pública 
A ação civil pública é um instrumento de defesa coletiva dos direitos 
fundamentais, previsto pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela 
Lei 7.347, de 24 de julho de 1985 (Lei da Ação Civil Pública ou LACP). Visa à 
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses 
difusos e coletivos (art. 129, III, CF), bem como os direitos individuais 
homogêneos (Código de Defesa do Consumidor, art. 81, parágrafo único, III). 
Por direitos individuais homogêneos, compreendem-se aqueles 
pertencentes a um mesmo um grupo, classe ou categoria determinável de 
pessoas, de origem comum natureza divisível, ou seja, que podem ser divididos 
quantitativamente entre os integrantes do grupo. É oo que acontece, por 
exemplo, no caso de vários consumidores que adquirem o mesmo produto, 
produzido em série, com defeito. Recordemos a diferença entre direitos difusos e 
coletivos: 
 
 O objeto da ação civil pública pode ser tanto uma obrigação de fazer quanto 
de não fazer (art. 3º, LACP). Reza o CDC (art. 84) que, na ação que tenha por 
objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a 
tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o 
resultado prático equivalente ao do adimplemento. Sendo relevante o 
fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento 
final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, 
citado o réu (art. 84, § 3º, CDC). 
Direitos difusos 
‡Apresentam 
indivisibilidade, ou seja, é 
impossível satisfazer-se 
um de seus titulares 
individualmente. Isso 
porque seus sujeitos são 
indeterminados. 
‡Exemplo: direito ao ar 
puro. 
Direitos coletivos 
‡Também têm natureza 
indivisível, mas têm como 
titulares um grupo, uma 
categoria ou uma classe 
de pessoas ligadas entre 
si ou com a parte 
contrária por uma relação 
jurídica. 
‡Exemplo: direitos de 
determinadas categorias 
sindicais que agem 
coletivamente por meio 
de seus sindicatos. 
027.021.311-23 - JANETE FERREIRA LIMA
Noções de D. Constitucional p/ 
Técnico do MPU 
Profa. Nádia Carolina ± Aula 06 
 
 
 
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 A sentença proferida em sede de ação civil púbOLFD�ID]�FRLVD�MXOJDGD�³HUJD�
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(LACP, art. 16). Por esse motivo, parte da doutrina considera que a ação não 
pode ser usada no controle incidental de constitucionalidade. Essa não

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