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FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL ESTUDO ESTATÍSTICO DE CONFORMIDADE DE RESIDÊNCIAS DO MUNICÍPIO DE MANTENA (MG) COM O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES MUNICIPAL DENIZE CORREIA FERREIRA DIONATAS HENRICK QUEIROZ AMÂNCIO HIGOR COSTA CARVALHO NOVA VENÉCIA – ES 2018 ESTUDO ESTATÍSTICO DE CONFORMIDADE DE RESIDÊNCIAS DO MUNICÍPIO DE MANTENA (MG) COM O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES MUNICIPAL DENIZE CORREIA FERREIRA DIONATAS HENRICK QUEIROZ AMÂNCIO HIGOR COSTA CARVALHO Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Engenharia Civil apresentado à Faculdade Capixaba – MULTIVIX de Nova Venécia como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil Orientador (a): Raíra Fávero Borghi NOVA VENÉCIA – ES 2018 ESTUDO ESTATÍSTICO DE CONFORMIDADE DE RESIDÊNCIAS DO MUNICÍPIO DE MANTENA (MG) COM O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES MUNICIPAL DENIZE CORREIA FERREIRA DIONATAS HENRICK QUEIROZ AMÂNCIO HIGOR COSTA CARVALHO Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Engenharia Civil apresentado à Faculdade Capixaba– MULTIVIX de Nova Venécia ES, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil. Aprovado (a) em ____ de ___________ de ____. COMISSÃO EXAMINADORA ___________________________________ Profª. Eng. Civil Raíra Fávero Borghi Faculdade Capixaba – MULTIVIX de Nova Venécia Examinador (a) ___________________________________ Profª. Msc. Karina Fonseca Faculdade Capixaba – MULTIVIX de Nova Venécia Examinador (a) ___________________________________ Profª. Eng. Civil Aline Bianchi Faculdade Capixaba – MULTIVIX de Nova Venécia Examinador (a) NOVA VENÉCIA – ES 2018 3 ESTUDO ESTATÍSTICO DE CONFORMIDADE DE RESIDÊNCIAS DO MUNICÍPIO DE MANTENA (MG) COM O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES MUNICIPAL Denize Correia Ferreira¹ Dionatas Henrick Queiroz Amâncio ² Higor Costa Carvalh1o ³ RESUMO Essa pesquisa possui enfoque sobre a conformidade das residências do município de Mantena, com os parâmetros especificados no código de obras e edificações da cidade que dizem respeito ao recuo mínimo para os diversos tipos de edificações (Art.17), projeto e execução de garagens (Arts.48 e 49) e diretrizes para a aberturas de janelas nas edificações (Art.17). A coleta de dados foi feita nas residências do município de Mantena, através da medição das dimensões dos elementos anteriormente definidos e comparando com o que o código de obras estabelece. Após a coleta de dados, os mesmos foram utilizados para a montagem de gráficos que serviram de alicerce para as conclusões construídas ao fim da pesquisa. Foi definido um espaço amostral para que sejam colhidas as informações acerca das residências, diante da impossibilidade da coleta de dados em todas. Tal como o esperado, foram constatados diferentes níveis de adequação entre os bairros do município. Porém, chama a atenção o fato de que em alguns bairros foi encontrado um número muito superior de residências em desacordo do que em outros. Isso revela um cenário discrepante entre as residências do município, que não contribui para a construção de um espaço urbano democrático e capaz de promover o bem-estar social. PALAVRAS CHAVE: Código de Obras e Edificações. Espaço Urbano. Bem-Estar Social. ABSTRACT This research has a focus on the conformity of the residences of the municipality of Mantena, with the parameters specified in the code of works and buildings of the city that concern the minimum recoil for the different types of buildings (Art.17), design and execution of garages (Arts.48 and 49) and guidelines for window openings in buildings (Art.17). The data collection was done in the residences of the municipality of Mantena, by measuring the dimensions of the elements previously defined and comparing with what the code of works ¹ Graduanda em Engenharia Civil pela Faculdade Capixaba de Nova Venécia. ² Graduando em Engenharia Civil pela Faculdade Capixaba de Nova Venécia. ³ Graduando em Engenharia Civil pela Faculdade Capixaba de Nova Venécia. 4 establishes. After the data collection, they were used for the assembly of graphs that served as a foundation for the conclusions built at the end of the research. A sample space was defined so that information about residences could be collected, due to the impossibility of data collection in all cases. As expected, different levels of adequacy were found among the districts of the municipality. However, attention is drawn to the fact that in some quarters a much higher number of residences were found to be at odds than in others. This reveals a discrepant scenario among the residences of the municipality, which does not contribute to the construction of a democratic urban space capable of promoting social welfare. KEY-WORDS: Code of Works and Buildings. Urban Space. Social Welfare. 1 INTRODUÇÃO As políticas de desenvolvimento urbano se relacionam à aspectos que vão além da questão da propriedade urbana, como a violência e a desigualdade social, como ressalta Maricato (2006, p.213). Rolnik (2006) discorre sobre a existência de regiões dentro da área urbana das cidades onde as políticas de desenvolvimento urbano parecem não conseguir atingir, em especial as favelas e periferias, colaborando para o surgimento de irregularidades na rede urbana. A cidade deve ser gerida de forma a se tornar um ambiente que possibilite o exercício completo da cidadania, ou seja, deve não apenas garantir os meios para que o indivíduo progrida de forma cultural e material, mas também deve ser produto da vontade e obra dos cidadãos. A política de desenvolvimento urbano deve ser, portanto, o produto desse exercício (BRAGA & CARVALHO), 2004. Quando se toma as políticas de planejamento urbano como alvo de apreciação, percebe-se que o plano diretor se apresenta como uma ferramenta fundamental, mas ao mesmo tempo de complexa elaboração, pois os municípios possuem características econômicas, geográficas, culturais e políticas próprias que os tornam únicos entre si, contribuindo assim para que cada plano diretor elaborado seja diferente dos demais. A constituição federal estabelece que a função social da cidade e o bem-estar dos cidadãos devem ser assegurados pelas políticas de desenvolvimento urbano a serem executadas pelas administrações municipais. Os planos diretores são a estrutura básica do poder público municipal para a gestão do espaço urbano e tem como uma de suas ferramentas o código de obras e edificações. O Código de Obras e Edificações (COE) tem a função de orientar os profissionais da área da construção civil no projeto e execução de obras nos municípios e assim contribuir com a 5 gestão adequada o ambiente Urbano. No município de Mantena, o COE foi instituído em 17 de maio de 2012 e leva em consideração aspectos não apenas ligados às edificações (aspectos técnicos e estruturais), como também aqueles relacionados aos usuários (conforto, segurança e salubridade). Esta pesquisa tem como objetivo uma análise da conformidade das residências do município de Mantena com o código de obras e edificações considerando as disposições do mesmo. Para melhor delimitar o campo de ação da pesquisa bem como possibilitar sua execução dentro de um períodode tempo viável optou-se por analisar apenas alguns elementos presentes nas residências, tomando como referência as seguintes disposições do código: Artigo 17, Parágrafo 4º: Trata do recuo mínimo para os diversos tipos de edificações e especificações sobre a execução de janelas, terraços e varandas. Artigos 48 e 49: Tratam das especificações a serem observados no projeto e execução de garagens. É possível constatar a existência de edificações que não estão de acordo com as especificações descritas pelo código de obras da cidade. Essas violações podem estar relacionadas tanto com a política pública de desenvolvimento urbano municipal, que não possui instrumentos suficientemente adequados para a fiscalização das obras, quanto com aspectos culturais da região, onde a própria população não reconhece a importância de se levar em consideração o código de obras. Esse cenário acaba por não permitir o manejo adequado do ambiente urbano, o que por sua vez interfere no cumprimento das metas estabelecidas pela legislação para as políticas de desenvolvimento urbano municipais. Para a construção do entendimento sobre a problemática retratada, foram utilizadas ferramentas de pesquisa tais como análises bibliográficas, estudo de caso, e análises de gráficos e tabelas. Segundo a obra de Gil (2008), a pesquisa a ser realizada pode ser classificada como descritiva, haja vista que provem de um método sistemático de análise, para fundamentar os resultados a serem adquiridos. 2 METODOLOGIA Segundo Lakatos e Marconi (2003), a pesquisa representa o meio para se obter o conhecimento sobre a realidade, ou para a obtenção de verdades de natureza parcial. Tomando-se como base o trabalho de Gil (2002), é possível classificar esta presente pesquisa como sendo de caráter descritivo, haja vista que seu propósito é o de analisar os dados coletados de maneira sistemática, partindo de um determinado grupo, para então fundamentar as conclusões a serem obtidas no desenvolvimento da mesma. 6 Foram utilizadas neste trabalho, ferramentas com o intuito de embasar e estimular o entendimento sobre o tema proposto, de forma que ainda que tenha sido entendida como descritiva, em seu decorrer a mesma pode adquirir aspectos que a associam a outros tipos de pesquisa, em especial à pesquisa exploratória, dada a natureza de alguns procedimentos e técnicas a serem aplicadas, tais como levantamentos bibliográficos. O estudo de caso a ser realizado tem como objetivo possibilitar o entendimento do grau de aplicação dos preceitos do COE nas residências do município, propiciando assim uma visão prática, que pretende ir além do que mostra a literatura pesquisada. Faz-se necessário realizar também, uma pesquisa bibliográfica, com o intuito de entender as abordagens dos autores anteriores, e assim utilizar de suas obras como fundamento teórico para a avaliação a ser feita neste estudo. Para a investigação bibliográfica foram escolhidas obras anteriores cuja respectivas análises contribuam para o melhor entendimento do tema deste estudo. Por se tratar de um estudo que envolve uma importante ferramenta do poder público, cujo objetivo maior é o de preservar os direitos dos cidadãos, entende-se que a análise de dados públicos apresenta-se de grande pertinência para o objetivo da pesquisa, tendo, portanto de ser realizada. Para a consulta foram alvo de observação os documentos e informações cedidos pela Prefeitura Municipal de Mantena e pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística(IBGE) cujos conteúdos forneçam dados de caráter profícuo à pesquisa. Diante da impossibilidade de se determinar o número exato de residências no município, foram admitidas dentro do espaço do conjunto população da pesquisa apenas as residências cadastradas, de forma que escapa à análise as casas que não estejam com situação regular, no que diz respeito ao cadastro municipal. Foi solicitado na prefeitura municipal de Mantena um quantitativo dos imóveis cadastrados no município. Neste quantitativo cedido para realização da pesquisa, é possível constatar a existência de 12.272 imóveis no município, os quais recebem o imposto predial e territorial urbano (IPTU). Destes, apenas cerca de 9.212 são de imóveis edificados, sendo este último o valor adotado para o cálculo do tamanho da amostra da coleta de dados. Realizando este cálculo através de uma ferramenta de cálculo amostral online no site da empresa SurveyMonkey, foi encontrada uma amostra no valor de 369 residências, adotando- se uma margem de erro de 5% e nível de confiança de 95%. Estas residências a serem analisadas foram distribuídas entre os 25 bairros do município de forma a permitir uma maior abrangência geográfica da amostra e consequentemente da pesquisa em si. 7 Os instrumentos que foram usados para a coleta dos dados das casas foram fitas métricas, pranchetas, lápis e borrachas. Uma vez recolhidas as informações dos indivíduos da amostra, foi utilizado o Software Microsoft Office Excel para a elaboração dos gráficos. 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 DESENVOLVIMENTO DA ÁREA URBANA E O PLANO DIRETOR MUNICIPAL (PDM) A constituição federal em seu artigo 182 dispõe a natureza fundamental da política de desenvolvimento urbano como sendo nortear as ações da administração municipal para a garantia do bem-estar da população. art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes (BRASIL, 1988, p. 112). A política de desenvolvimento urbano apresenta-se de tamanha importância, que a sua ineficácia pode ser relacionada com aspectos da sociedade que vão além da questão da propriedade privada. Maricato (2006, p.213) afirma que até mesmo a violência que vem sendo caracterizada como urbana, e que tem o crescimento a partir da década de 80 está conectada com este ambiente desordenado não somente para a questão da propriedade, mas também para as respostas aos conflitos. A atuação insuficiente da política de desenvolvimento urbano é um fenômeno que pode ser observado nos mais diversos municípios, desde as grandes áreas metropolitanas até as pequenas cidades do interior, que têm de vivenciar uma progressiva expansão urbana sem controle. Segundo ROLNIK (2006, p.199) Embora não exista uma apreciação segura do número total de famílias e domicílios instalados em favelas, loteamentos e conjuntos habitacionais irregulares, loteamentos clandestinos e outras formas de assentamentos marcados por alguma forma de irregularidade administrativa e patrimonial, é possível afirmar que o fenômeno está presente na maior parte da rede urbana brasileira. Quando se coloca a política fundiária em foco, duas vertentes de pensamento podem ser observadas no que diz respeito à garantia do caráter social da propriedade urbana. A primeira vertente possui um olhar voltado para os direitos das pessoas cujas moradias se encontram em terrenos irregulares ou informais, enquanto que a segunda visa a consolidação de ferramentas que consigam facilitar para as pessoas de baixa renda o caminho à terra urbanizada (ROLNIK,2006). 8 Assim como afirma Carvalho (2001), o estatuto da cidade veio a fortalecer a idéia do PDM como dispositivo central para a gestão da expansão da área urbana, dando assim o suporte necessário para que o plano se tornasse importância real para as administrações municipais. Fato é, que embora tenha sido concebido como um instrumento central, que em tese serviria de alicerce da gestão, o PDM parece por diversas vezes,estar desacreditado por parte dos municípios, seja em sua própria elaboração ou na criação dos meios necessários para seu total cumprimento. ROLNICK (2006, p.201) chama atenção para as áreas periféricas da cidade, que se apresentam muitas vezes invisíveis para as políticas públicas. As favelas, segundo a autora, têm de conviver com a precariedade de investimentos por parte do estado, fato este que vai contra o intuito de construção de um meio urbano socialmente inclusivo. Conforme afirma Silva (2009, p.19), a elaboração de um PDM é uma tarefa árdua para as municipalidades, pois esta deve se atentar ao equilíbrio de todos os aspectos jurídicos, técnicos e políticos do mesmo. Explana ainda sobre a relação dessas três condicionantes: a elaboração leva em consideração os aspectos técnicos, fundamenta-se em caminhos de âmbito jurídico, mas depende essencialmente de escolhas políticas. Essa correlação de fatores acaba por explicar a intensa conexão do PDM com os interesses do Estado, do mercado e da sociedade civil. Moreira (2008) discorre sobre o aspecto democrático que deve ser conferido ao PDM, para que seja possível um sistema gestor que conceda voz ativa à população na organização das políticas urbanas de desenvolvimento. Salienta ainda que o PDM deve ser um meio pelo qual possam ser combatidas as injustiças sociais enfrentadas nas cidades nos dias de hoje, sobretudo pelas parcelas mais pobres da população. 3.2 PLANEJAMENTO URBANO NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS A construção do espaço urbano, tal como afirma Bovo, Oliveira e Santana (2016), depende da sociedade que o envolve, sendo, portanto, um fruto social, e como tal, depende de ações de cunho social, cultural e econômico. Segundo Maricato (2003), os municípios, que possuem competência majoritária quanto ao controle do uso do solo, são a fonte da maior tolerância à produção ilegal do espaço urbano. Este aspecto ajuda a entender parte dos problemas enfrentados pela população pela falta de um ambiente urbano planejado. Os planos diretores elaborados pelos municípios distinguem-se uns dos outros em diversos aspectos. Essa distinção se deve pelo fato de que cada municipalidade se diferencia uma da 9 outra por suas características geográficas, políticas e culturais. Portanto, não existe uma fórmula única e padrão que possa ser utilizada para a elaboração dos planos diretores. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicou em 2016 os resultados obtidos em sua pesquisa de informações básicas municipais (MUNIC-2015). Tal pesquisa é de grande valor para a compreensão da situação vivida pelas administrações municipais no que diz respeito às suas políticas de planejamento Urbano. A pesquisa chama a atenção para o fato de que a Constituição Federal Brasileira (1988) deu maior relevância aos assuntos que tem ligação com as políticas e sistemas de gestão urbanas, além de dar maior autonomia aos municípios, tornando-os responsáveis por suas próprias políticas urbanas. Dentre os resultados encontrados, a pesquisa apontou um interessante aspecto acerca do PDM: sua existência varia de forma crescente segundo o porte do município. Em outras palavras, quando se toma como alvo de análise as cidades com maiores índices populacionais, percebe-se o aumento do número de municípios que possuem o plano. A seguir é apresentado um dos gráficos contidos na pesquisa de informações básicas municipais (MUNIC-2015), em que é possível visualizar a situação do PDM entre os municípios brasileiros: Figura 1: Percentual de municípios, total, com até 20000 e com mais de 20000 habitantes, por situação do Plano Diretor – Brasil – 2005/2015. Adaptado Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2005/2015. (2016, p. 18). 10 Estes resultados ajudam a reforçar a ideia de que o plano diretor é uma ferramenta complexa, que embora cumpra um papel determinado em âmbito federal, possui particularidades advindas de cada município em que é formulado, tornando-se ímpar em relação aos demais. 3.3 O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS A Munic(2015) levantou dados sobre outros instrumentos de gestão urbana, seja na forma de legislações específicas ou como fragmentos dos PDMs elaborados. A pesquisa aponta que, de se sua edição do ano de 2013 para a de 2015, foi constatado um aumento no percentual de munícipios brasileiros que faziam uso de pelo um dos instrumentos de gestão pesquisados, e ressalta que o código de obras e edificações é um dos mais utilizados, juntamente com a Lei de perímetro urbano e a Legislação de parcelamento do solo. A figura a seguir apresenta o gráfico sobre os instrumentos de gestão utilizados pelas cidades brasileiras durante o período analisado pela pesquisa: Figura 2: Percentual de municípios com instrumentos de planejamento – Brasil – 2013/2015 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2013/2015. 11 Com base no gráfico anterior é possível entender como o código de obras e edificações é uma ferramenta bastante difundida entre as administrações municipais. Essa presença significativa entre os municípios se deve provavelmente ao fato do código versar sobre aspectos importantes sobre o desenvolvimento urbano, tais como as diretrizes a serem consideradas na etapa de projeto das edificações pelos profissionais da área da construção civil, o que colabora para uma melhor gestão do espaço urbano, que é por sua vez, um problema enfrentado pelos centros urbanos brasileiros. A falta de um ordenamento que possa garantir um espaço urbano socialmente inclusivo vai de encontro com o que a constituição impõe às municipalidades, pois o COE possui, como afirma Carloet al (2003), parâmetros que têm como objetivo não só a eficiência energética, mas o bem-estar visual, térmico e ambiental dos usuários das edificações. O código de obras, tal como o plano diretor, diferencia-se de cidade para cidade. Embora num contexto geral os códigos tenham por objetivo auxiliar a gestão do espaço urbano, é nítido que as diferentes administrações possuem diferentes abordagens de gestão, o que se traduz em códigos bem diversos entre si. Observa-se por exemplo, as diferentes áreas mínimas dos compartimentos (quartos, cozinhas e banheiros), contidas nos códigos de obras e edificações dos municípios de São Paulo (SP), Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ) e Mantena (MG) no ano de 2018, conforme o quadro 1: Compartimento COE de São Paulo COE de Natal COE do Rio de Janeiro COE de Mantena QUARTOS 5,0 8,0 6,0 10,0 COZINHAS 1,44 4,0 4,0 4,0 BANHEIROS 0,64 2,4 1,5 3,2 Quadro 1: Áreas mínimas de quartos, cozinhas e banheiros em m², de acordo com os COEs das cidades de São Paulo (SP), Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ) e Mantena (MG). Fonte: Elaborado pelo autor, com base nos COEs das cidades acima (2018). O código de obras e edificações do município de Mantena (MG), que é parte importante dessa presente pesquisa, esclarece que os compartimentos devem possuir suas dimensões adequadas à função a que serão destinados, e define a administração municipal como a instituição responsável pela aplicação e fiscalização das disposições do mesmo. 12 3.4 MUNICÍPIO DE MANTENA Tomando como base os dados do IBGE é possível construir um entendimento sobre o município de Mantena e alguns de seus aspectos sociais e econômicos. No último censo realizado pelo IBGE no ano de 2010, o Município contava com uma população de cercade 27.111 pessoas. No atual ano de 2018 é estimada uma população de 27.640 pessoas. O município possui uma extensão de 685,2 km² e uma densidade demográfica de 39,6 habitantes por km² em seu território. Algumas cidades vizinhas ao município são Águia Branca - ES, Barra de São Francisco - ES e Mantenópolis – MG. Mantena encontra-se a 9 km do Sul-Oeste de Barra de São Francisco, município este o maior nas proximidades com população estimada de 44.315 pessoas, de acordo com dados do IBGE de 2018. A pesquisa MUNIC de 2017 registrou dentre outros elementos a existência de loteamentos irregulares e/ou clandestinos. Essa mesma pesquisa afirma que no ano de 2015 e/ou 2016 foram feitas ações por parte do governo municipal visando à construção de unidades habitacionais. Essas duas últimas informações nos ajudam a compreender melhor o cenário das residências do município que compreende tanto imóveis em situação irregular quanto imóveis construídos com o auxílio do estado e que, portanto, apresentam maiores níveis de adequação no que diz respeito às legislações habitacionais. Com relação ao trabalho no Município de Mantena constatou-se no ano de 2016 que de toda a população apenas 15,8% eram ocupadas, sendo que naquele ano o salário mensal médio era de 1,5 salários mínimos. 3.5 ASPECTOS ANALISADOS NESTA PESQUISA Devido ao tempo disponível para realização deste artigo, tornou-se inviável uma análise das residências perante todo o código de obras e edificações municipal. Assim sendo, tornou-se necessário escolher dentro do código quais seriam os aspectos mais adequados, do ponto de vista prático, para que fosse feita a análise de adequação. Abertura de janelas Conforme afirma Sousa (2014), a iluminação natural possui uma grande importância como ferramenta para a aquisição de uma maior qualidade do ambiente e economia de energia. Isso reforça a importância desse aspecto no projeto de obras residenciais. 13 Optou-se por analisar as residências do município quanto à presença ou não de janelas que estivessem em desacordo com o descrito no código de obras e edificações do município. O código de obras edificações da cidade de Mantena em seu artigo 17 parágrafo 6º diz que não podem ser abertas janelas a menos de um metro e meio do terreno vizinho. Não raramente ocorrem problemas que envolvem a abertura de janelas e o direito à privacidade das pessoas, problemas destes que poderiam ser evitados com o cumprimento do código. A análise de conformidade deste aspecto é de grande valor, pois a abertura de janelas tem relação direta com a ventilação natural das edificações, que por sua vez é um importante fator a ser considerado na etapa de projeto, haja vista sua relação com a eficiência energética das edificações. Garagens Foi analisada também a conformidade das garagens das casas pertencentes a amostra. Os critérios sobre a construção de garagens estão descritos nos artigos 48 e 49 do código de obras e edificações municipal. Esta análise se mostra de grande importância pois a construção de garagens de forma irregular pode interferir na construção de um espaço urbano coletivo adequado. Um exemplo disso é que muitas vezes são construídas garagens cujas rampas de acesso avançam sobre o meio-fio, tornando a calçada muitas vezes impossível de ser trafegada por pessoas movimentação limitada, tais como idosos e cadeirantes. Recuo mínimo das edificações O principal aspecto escolhido como alvo de análise desta pesquisa foi o recuo mínimo a ser adotado nas edificações residenciais, apresentados no quadro 2 abaixo: Quadro 2: Recuo mínimo para as edificações no município de Mantena-MG Fonte: Retirado do Código de Obras e edificações da cidade de Mantena (MG), adaptado pelo autor (2018). NATUREZA Alinhamento - Frente Das Laterais Dos Fundos RESIDENCIAL 2,00 Metros 1,50 Metros 0,00 Metros MULTIFAMILIARES 2,00 Metros 1,50 Metros 4,00 Metros COLETIVAS 2,00 Metros 1,50 Metros 4,00 Metros COMERCIAL 2,00 Metros 1,50 Metros 1,50 Metros 14 O recuo mínimo das edificações é uma relevante ferramenta de gestão do espaço urbano, devendo, portanto, ser respeitado no projeto e execução de residências no município. Uma vez respeitado, o recuo permite a correta insolação nas edificações, a passagem de correntes de ar entre as residências, além de contribuir para o aspecto estético da cidade. Tanto as especificações do recuo mínimo das edificações, quanto às sobre a abertura de janelas têm em comum o fato de poderem ser relacionadas à eficiência energética das edificações. É fundamental que sejam garantidas a correta insolação e ventilação natural nas edificações, para que o consumo de energia possa ser reduzido ou até mesmo eliminado em sistemas de aquecimento e ventilação artificiais. Isso contribui para a instalação de um modelo de gestão urbana capaz de assegurar ao mesmo tempo benefícios sociais, com a garantia de um ambiente urbano mais organizado, quanto ambientais, com a diminuição do consumo de energia nas edificações. Junior (2016) evidencia que o Estado, através de suas políticas deve ser capaz de direcionar o desenvolvimento econômico, de forma a conectá-lo com o desenvolvimento sustentável, bem como propiciar à população uma melhor qualidade de vida. 4 RESULTADOS Após a conclusão da coleta de dados foi possível a produção dos gráficos apresentados a seguir que serviram posteriormente como objeto de análise. O gráfico1 a seguir demonstra a quantidade de casas encontradas que se apresentavam adequadas ou não no que diz respeito às janelas. Gráfico 1:Relação de adequação de janelas no município de Mantena-MG. Fonte: Elaborado pelo autor 2018. 192 177 165 170 175 180 185 190 195 Adequadas Não Adequadas 15 Como pode ser observado no gráfico anterior, das 369 casas pesquisadas cerca de 52,03% delas estavam adequadas com o que define o código de obras e edificações do município, enquanto que 47,96% se encontravam em situação irregular. No próximo gráfico2estão dispostas as informações colhidas nas residências sobre a adequação das garagens: Gráfico 2: Relação de adequação de garagens no Município de Mantena-MG Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Conforme o gráfico 2, no que diz respeito às garagens, 71,27% das residências pesquisadas se mostraram adequadas, 20,33% não possuíam garagens, e 8,4% possuíam garagens em desacordo com o código de obras e edificações. Por último então é apresentado o gráfico3 que demonstra a adequação das residências quanto ao recuo mínimo descrito pelo código de obras e edificações municipal. Gráfico 3: Relação de adequação do recuo mínimo das edificações por bairro. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. 263 75 31 0 50 100 150 200 250 300 Adequada Não Possui Não Adequada Q u an ti d ad e d e C as as 0 2 4 6 8 10 12 14 16 N ic ol in i F re i C és ar A lv o ra d a C en tr o Lo te am en to M au la z B el a V is ta O p er ár io s V ila N o va M o ra d a N o va Sa n to A n tô n io Es p la n ad a Ph ila d el fi a Tr ez e d e Ju n h o B o a Es pe ra n ça Pi re s A lb u q u er q u e C o lin a Tr ez e d e M ai o Sa n to s P ra te s 2 Eb e né ze r Sã o S ilv an o O m ar P ai xã o Sã o B er na rd o Tr o p ic alLo te am en to V er li Sa n to s P ra te s 1 ADEQUADA NÃO ADEQUADA 16 Tal como o esperado, foram constatados diferentes níveis de adequação entre os bairros do município. Porém, chama a atenção o fato de que em alguns bairros foi encontrado um número muito superior de residências em desacordo do que em outros. Ao comparar os dados coletados, percebeu-se que ao analisar um bairro mais antigo, como o bairro Centro, foi encontrado um número maior de residências em desconformidade do que em bairros mais novos, como o bairro Morada Nova. Gráfico 4: Relação de adequação de recuo do bairro Centro x bairro Morada Nova. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. Esse fato pode estar relacionado com o fato de que as residências dos bairros mais antigos muitas vezes foram construídas em épocas onde havia uma frágil estrutura de fiscalização, e com o fato de que nos bairros mais novos, muitas residências foram construídas por intermédio de programas do governo federal, como o Programa Minha Casa Minha Vida, e que, portanto apresentam um maior rigor quanto à sua execução. Do mesmo modo, ao prosseguir com a análise dos dados, tornou-se nítido que nos bairros de classe alta, como o bairro Santos Prates 1, o nível de conformidade apresenta-se maior do que nos bairros de classe baixa, como o bairro Operários. Este aspecto pode ser evidenciado no gráfico 5abaixo: 5 10 15 0 0 2 4 6 8 10 12 14 16 ADEQUADA NÃO ADEQUADA ADEQUADA NÃO ADEQUADA CENTRO MORADA NOVA 17 Gráfico 5: Adequação de recuo mínimo no bairro Santos Prates 1 x bairro Operários. Fonte: Elaborado pelo autor, 2018. A explicação para este fenômeno pode estar diretamente relacionado com o aspecto econômico, devido à enorme discrepância de renda entre as famílias de um bairro e outro, ou com possíveis falhas nas políticas públicas de gerenciamento do espaço urbano. Ribeiro e Junior (2003) relacionam que as desigualdades encontradas na chamada “Estrutura urbana”, favorecem à distribuição injusta do poder social na sociedade. Isso fomenta por sua vez, ao não atendimento aos objetivos previstos para as políticas públicas de desenvolvimento, que em tese deveriam garantir a construção de um espaço urbano justo e democrático. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao fim desta pesquisa, foi possível obter um entendimento maior sobre as residências do município de Mantena e o seu respectivo nível de adequação ao código de obras e edificações municipal, no que diz respeito aos aspectos analisados. Percebeu-se que a maior parte das residências se apresenta adequada quanto às especificações de projeto e execução de janelas e garagens previstas no código. Por outro lado, foi possível constatar que o recuo mínimo das edificações não é respeitado na grande maioria das residências analisadas. Tais violações podem ser reflexos de fatores que envolvem tanto a administração pública de desenvolvimento urbano municipal, quanto aspectos culturais da região, que resultam num ambiente urbano não planejado, que por muitas vezes falha em garantir os interesses públicos no que diz respeito à propriedade urbana. 15 0 2 13 0 2 4 6 8 10 12 14 16 ADEQUADA NÃO ADEQUADA ADEQUADA NÃO ADEQUADA SANTOS PRATES 1 OPERÁRIOS 18 Tendo em vista os objetivos visados pelo município com a instituição do código de obras e edificações, faz-se necessário entender o quão estão sendo respeitadas as diretrizes impostas pelo código, possivelmente direcionando as futuras medidas adotadas pela administração pública para a garantia dos objetivos apontados na constituição, e no Estatuto das cidades. Assim sendo, recomenda-se em trabalhos futuros uma análise de adequação aos demais artigos do COE, a fim de expandir o entendimento construído pela presente obra. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOVO, M. C., Oliveira, M. A., & Santana, V. B.. Produção do espaço urbano em pequenas cidades: reflexões acerca dos loteamentos urbanos em peabiru (PR), Brasil. (2016) Caminhos de geografia, 17, 65-83. Acesso em 18 de Jun de 2018, disponível em http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/31441/18899 BRAGA, R., & CARVALHO, P. F.. Cidade: espaço da cidadania. (2004) Acesso em 18 de Jun de 2018, disponível em Rede Brasileira de Estudos sobre Cidades Médias: http://redbcm.com.br/arquivos/bibliografia/cidade%20espaço%20da%20cidadania%20rbraga 11.pdf BRASIL. Constituição. (1988).Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm MANTENA. (17 de maio de 2012). LEI COMPLEMENTAR Nº. 035, de 17 de maio de 2012. Código de Obras e Edificações de Mantena(MG), p. 44. CARLO, J., GHISI, E., LAMBERTS, R., & MASCARENHAS, A. C.. 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