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Lei de Drogas lei 11.343

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Legislação Penal Extravagante: 
PROFESSOR SAMUEL SILVA 
 
LLeeii ddee DDrrooggaass -- ((LLeeii nnºº 1111..334433//0066)) 
 
Olá querido(a) aluno(a), espero que esteja bem! Hoje 
estudaremos os dispositivos da lei 11.343/06 (Lei de 
Drogas), mas antes disso precisamos entender o que é 
considerado droga no Brasil. 
Bem, para saber o que a Lei 11.343/06 considera como 
droga, deve-se olhar a portaria 344/98 SVS/MS, porque a 
Lei de Drogas possui normas penais em branco. Assim, 
se a substância estiver presente na portaria da Secretaria 
de Vigilância Sanitária, poderemos enquadra-la no conceito 
técnico de droga. 
Professor, mas o que é uma norma penal em Branco? 
Calma querido(a) aluno(a), em breve veremos! Vamos lá. 
 
1. Princípio da especialidade: Vender droga para criança 
ou adolescente. 
Droga lícita: O agente que vender responderá segundo as 
regras do artigo 243 do Estatuto da Criança e 
Adolescente. 
Exemplo de Droga Lícita: Cola de sapateiro. 
 
 
 
 
 
Droga ilícita: O agente que vender responderá segundo as 
regras da Lei de Drogas. 
Exemplo de Droga ílcita: Maconha. 
Nota: Drogas Lícitas, são todas aquelas que possuem 
efeitos psicoativos mas não estão presentes na portaria 
344/98 SVS/MS. Lembrando que, a venda de drogas lícitas 
a adultos não configura crime. 
2. Normal Penal em Branco: É um preceito incompleto, 
genérico ou indeterminado, que precisa da 
complementação de outras normas. A doutrina distingue as 
normas penais em branco em sentido lato e em sentido 
estrito. 
2.1. Norma Penal em Branco em sentido lato: As normas 
penais em branco em sentido lato são aquelas cujo 
complemento é originário da mesma fonte formal da norma 
incriminadora. Nesse caso, a fonte encarregada de 
elaborar o complemento é a mesma fonte da norma penal 
em branco, há, portanto, uma homogeneidade de fontes 
legislativas. 
2.2. Norma Penal em Branco em sentido estrito: As 
normas penais em branco em sentido estrito, por sua vez, 
são aquelas cuja complementação é originária de outra 
instância legislativa, diversa da norma a ser 
complementada, e aqui há heterogeneidade de fontes, ante 
a diversidade de origem legislativa. 
 
 
 
 
 
3. Dos crimes em espécie 
3.1. Posse de drogas ilícitas para consumo pessoal. 
Art. 28 - Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, 
transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, 
drogas sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar será submetido às 
seguintes penas: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou 
curso educativo. 
Nota: Nestes dois últimos casos o máximo de duração da 
pena será de no máximo 5 meses se primário e 10 meses, 
se reincidente. 
§ 6ª - Para garantia do cumprimento das medidas 
educativas a que se refere o caput deste artigo, nos incisos 
I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, 
poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: 
I - admoestação verbal; 
II - multa. 
OBS: Em nenhum caso se aplicará pena privativa de 
liberdade no art. 28º da lei 11.343/06. 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE 
“Usar droga” Segundo o STF somente será crime quando 
combinada com os verbos. 
Ex: Adquirir para o consumo pessoal 
 
3.1.1 Despenalização: O artigo 28º trouxe a 
despenalização em relação as penas privativas de 
liberdade e não há descriminalização. 
Nota: Se na prova afirmar que o art 28º trouxe a 
despenalização ou a descarcerização, a resposta correta 
será esta última, pois o art. 28 não tem pena privativa de 
liberdade, mas tem outras penas. 
3.1.2. Tentiva: Segundo a doutrina majoritária o art. 28, 
admite tentativa. 
3.1.3 Posicionamento da Doutrina e da Jurisprudência: 
Parte da doutrina: Diz que o art. 28 é fato atípico; 
STF: Diz que o art. 28 é crime. 
3.1.4. Classificação do art. 28 
1. Crime de perigo abstrato: Não exige a lesão de um 
bem jurídico ou a colocação deste bem em risco real e 
concreto; 
2. Tipo misto/alternativo: Conteúdo variado; 
3. Crime vago: Não tem vítima determinada, logo não cabe 
ação penal privada subsidiária da pública). 
 
 
 
 
3.1.5. Habeas Corpus: No caso do art. 28 não cabe HC 
para trancamento de inquérito policial. 
3.1.6. Conduta equiparada ao crime de uso de drogas - 
Art. 28 § 1º: 
Semeia, cultiva e colhe pequena quantidade para 
consumo pessoal 
3.1.7. Para consumo pessoal – O juiz deverá observar: 
1. Natureza e quantidade; 
2. Local e condições; 
3. Circunstâncias pessoais e sociais; 
4. Conduta e Antecedentes. 
3.1.8. Prescrição: Causa extintiva de punibilidade. O art. 
28 prescreve em 2 anos. 
Nota: O agente que praticar o crime do art. 28º será 
processado e julgado no Juizado Especial Criminal. 
3.2. Tráfico de Drogas. 
Art. 33 - Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, 
fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em 
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, 
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda 
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
 
 
 
 
 
 
3.2.1. Classificação do art. 28. 
1. Possuiu 18 núcleos do tipo (verbos do tipo); 
2. Tipo misto/alternativo (Conteúdo variado); 
3. Crime vago; 
4. Perigo abstrato. 
3.2.2. Agente dependente químico 
É isento de pena o agente que, em razão da 
dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso 
fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação 
ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal 
praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
3.2.3.Tentativa: 
Condutas instantâneas: Vender, adquirir, oferecer, etc… 
(Permite a forma tentada) 
Condutas Permanentes: Guardar, transportar, trazer 
consigo, ter em depósito, etc... (Não permite a forma 
tentada) 
Nota: O crime de tráfico se caracteriza 
independentemente de ter dano ao usuário. 
3.2.4. Concursos de crimes: É plenamente possível 
Tráfico + Furto: Ex: Furtar a cocaína da universidade onde 
estava guardada e vender posteriormente; 
 
 
 
 
Tráfico + Receptação: Ex: Vender droga ilícita por produto 
de crime. 
Nota: Quem semeia, cultiva, faz colheita ou prepara 
drogas e depois vende (trafica) responderá apenas pelo 
tráfico (§1°). 
IMPORTANTE 
1. Se a plantação for de pequena quantidade e para 
consumo pessoal, o agente responderá segundo as regras 
do art. 28. 
2. As glebas usadas para plantação de drogas serão 
expropriadas (desapropriação confiscatória), mesmo que 
seja bem de família. 
Nota: Se o agente cede o local ou bem de qualquer outra 
natureza ou consente que outro dele se utilize, ainda que 
gratuitamente, para o tráfico de drogas, ainda que não 
tenha objetivo de lucro, responderá pelo tráfico. 
3.2.5. Auxilio ou instigação ao uso indevido de drogas. 
Art. 33, §2º - Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso 
indevido de droga. 
1. Apesar de estar no art. 33 esta prática não é 
considerada tráfico de drogas; 
2. O auxílio deve ser especifico, auxilio genérico constitui o 
crime de apologia ao crime. 
OBS: Marcha da maconha não é crime. 
 
 
 
 
 
3.2.6. Uso compartilhado. 
Art. 33, §3º - Oferecer droga, eventualmente e sem 
objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para 
juntos a consumirem (crime autônomo). 
1. O agente que praticar esta conduta não responderá nem 
por tráfico e nem por uso; 
2. A doutrina chamaeste delito de “roda de fumo”. 
Nota: O art. 33, §2 e §3 não são equiparados a 
hediondo. 
Nota: Oferecer droga gratuitamente com intenção de 
arrecadação de clientes para o tráfico. Neste caso o delito 
será de tráfico de drogas. 
3.2.7. Tráfico privilegiado 
Art. 33, §4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste 
artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a 
dois terços, desde que o agente seja primário, de bons 
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas 
nem integre organização criminosa. 
1. Estes requisitos são cumulativos 
2. O privilégio pode ser aplicado ao tráfico de maquinário 
3. Segundo o STF tráfico privilegiado não é 
considerado crime equiparado a hediondo, segundo o 
STJ é. 
4. Segundo o STF cabe pena restritiva de direitos na lei de 
drogas. 
 
 
 
 
3.2.8. Tráfico de Maquinário. 
Art. 34 - Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, 
vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, 
guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, 
aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à 
fabricação, preparação, produção ou transformação de 
drogas, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
1. Admite o privilégio previsto no art. 33, §4º; 
2. Tráfico de drogas + Tráfico de maquinário, aquele 
absorve este. 
Nota: Lâmina de barbear não caracteriza objeto material 
no delito do art. 34, pois se trata de instrumento utilizado 
para preparar a droga pronta para o uso e não para 
fabricação de drogas. 
Nota: Não existe maquinário utilizado exclusivamente para 
fabricação de drogas, logo será qualquer maquinário que 
está sendo utilizado especificamente para este fim. 
3.2.9. Associação para o tráfico - Art. 35. 
Requisitos 
1. Reunião de 2 ou mais pessoas; 
2. Para o fim de praticar reiteradamente ou não, o tráfico 
de drogas, o tráfico equiparado e o tráfico de 
maquinário ( art. 33, caput, e §1º e 34 desta lei). 
Nota: Para a maioria da doutrina este delito não admite 
tentativa, pois trata-se de delito permanente. 
 
 
 
3.2.10. Financiamento ou custeio do tráfico. 
Art. 36 - Financiar ou custear a prática do tráfico (art. 33), 
tráfico equiparado (art. 33. §1º) e tráfico de maquinário (art. 
34). 
3.2.10.1. Tentativa: Apesar de muito divergente prevalece 
na doutrina que este crime é habitual portanto não admitirá 
tentativa. 
Nota: O financiamento ou custeio para o tráfico tem que 
ser relevante caso contrário este delito não estará tipificado. 
3.2.11. Informante (Fogueteiro). 
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, 
organização ou associação destinados à prática de 
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 
34 desta Lei. 
Nota: A conduta do informante deverá ser eventual, pois se 
for permanente e estável incidirá no delito de associação 
para o tráfico (art. 35). 
3.2.12. Prescrição culposa. 
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, 
sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses 
excessivas ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar. 
3.2.12.1. Classificação do crime: 
Crime próprio: Exige qualidade especial do agente. 
Prescrever: Médico, Dentista, etc… 
Ministrar: Farmacêutico, enfermeiro, etc… 
 
 
 
3.2.13. Condução de aeronave ou embarcação após o 
consumo de drogas. 
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o 
consumo de drogas, expondo a dano potencial a 
incolumidade de outrem (basta o perigo de dano). 
1. Se o veículo for destinado ao transporte de passageiro, o 
delito será qualificado. 
2. Este delito não admite tentativa. 
Nota: O tipo não abrange veículo automotor, neste caso o 
agente responde pelas regras do Código de Trânsito 
Brasileiro. 
4. Causa de aumento de pena na lei de drogas - Art. 40: 
Aumenta-se de 1/6 a 2/3 as penas dos crimes dos artigos 
33 ao 37. 
Nota: A prescrição culposa (art.38) e a condução de 
aeronave ou embarcação (art. 39) não são previstos para o 
aumento de pena. 
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto 
apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a 
transnacionalidade do delito; 
Nota: A competência para julgar o tráfico transnacional é 
da justiça federal. 
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função 
pública ou no desempenho de missão de educação, poder 
familiar, guarda ou vigilância; 
 
 
 
 
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou 
imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou 
hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, 
culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais 
de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem 
espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de 
serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de 
reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em 
transportes públicos; 
Nota: Este inciso não abrange condomínios 
residenciais. 
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave 
ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo 
de intimidação difusa ou coletiva; 
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou 
entre estes e o Distrito Federal; 
Nota: A competência é da justiça estadual e caso haja 
necessidade de repressão uniforme, a polícia federal 
terá atribuição para investigar. 
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou 
adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, 
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e 
determinação; 
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. 
 
 
 
 
 
 
1. Se o agente tiver apenas custeando ou financiando 
responde pelo art. 36 - sem aumento de pena; 
2. Se o agente está traficando e financiando ao mesmo 
tempo responderá por tráfico com aumento de pena. 
5. Delação Premiada 
Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar 
voluntariamente com a investigação policial e o processo 
criminal na identificação dos demais co-autores ou 
partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do 
produto do crime, no caso de condenação, terá pena 
reduzida de um terço a dois terços. 
6. Circunstâncias judiciais preponderantes 
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com 
preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, 
a natureza e a quantidade da substância ou do produto, 
a personalidade e a conduta social do agente. 
7. Restrições legais 
1. Estas restrições só serão aplicadas nos arts. 33, caput e 
§ 1º e 34 a 37. Estes crimes são: 
 Inafiançáveis 
 Insuscetíveis de sursis, graça, anistia e 
LIBERDADE PROVISÓRIA. 
Nota: Em alguns casos o STF está concedendo liberdade 
provisória sem fiança. 
Nota: Em todos os crimes da lei de drogas a pena poderá 
ser convertida em restritiva de direitos 
 
 
 
8. Livramento Condicional 
1. Será concedido após o cumprimento de 2/3 da pena, 
vedada sua concessão ao reincidente específico. 
9. Delitos equiparados a hediondo 
1. Art. 33, caput e § 1º – Tráfico de drogas e condutas 
equiparadas; 
2. Art. 34 – Tráfico de maquinário; 
3. Art. 36 – Custeio e financiamento de tráfico. 
 
10. Prazo para conclusão de inquérito. 
Indiciado preso: 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias 
Indiciado solto: 90 dias prorrogáveis uma única vez 
10.2. Prisão temporária 
Será de 30 dias, prorrogável por igual período no caso de 
extrema e comprovada necessidade. 
10.3. Infiltração da polícia 
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa 
aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos 
previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvidoo 
Ministério Público, os seguintes procedimentos 
investigatórios: 
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de 
investigação, constituída pelos órgãos especializados 
pertinentes; 
 
 
 
II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, 
seus precursores químicos ou outros produtos utilizados 
em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, 
com a finalidade de identificar e responsabilizar maior 
número de integrantes de operações de tráfico e 
distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível. 
(FLAGRANTE DEFERIDO/RETARDADO/POSTERGADO). 
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a 
autorização será concedida desde que sejam conhecidos o 
itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou 
de colaboradores. 
 
 
 
Bom, é isso queridos(as). Não deixem de resolver as 
questões que vem logo a seguir! Grande Abraço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questões da Lei de Drogas – (Lei 11.343/06) 
 
1. Qual dos verbos, descritos no art. 33 da Lei nº 11.343/06, 
exige qualidade especial do agente? 
a) Importar. 
b) Preparar. 
c) Produzir. 
d) Prescrever. 
 
2. Segundo a Lei nº 11.343/06, para a consumação do crime de 
tráfico de entorpecentes: 
a) é necessária a efetiva entrega da substância entorpecente ao 
consumidor. 
b) basta o agente praticar qualquer um dos verbos elencados no art. 
33 da Lei nº 11.343/06. 
c) é necessária a comunicação às autoridades da existência da 
venda da substância entorpecente. 
d) é necessária a venda (onerosa), pois a entrega gratuita da 
substância entorpecente não configura o crime. 
 
3. O agente que praticar mais de uma ação descrita no art. 33, 
da Lei nº 11.343/06, no mesmo contexto fático, responde: 
a) por crime único. 
b) pelos diversos crimes em concurso formal. 
c) pelos diversos crimes em concurso material. 
d) por um crime consumado e os demais, por tentativa. 
 
 
 
4. Aquele que semeia, cultiva ou faz a colheita de plantas 
destinadas à preparação de entorpecente ou de substância que 
determine dependência física ou psíquica, incorre: 
a) no art. 33, "caput", da Lei nº 11.343/06, cometendo, assim, crime 
hediondo. 
b) no art. 28 da Lei nº 11.343/06, pois o agente não está traficando. 
c) no art. 33, § 1º, da Lei nº 11.343/06, mas o crime não é 
considerado hediondo. 
d) no art. 28 da Lei nº 11.343/06, pois o agente está traficando. 
 
5. Aquele que empresta local para tráfico ilícito de 
entorpecentes responderá pelo delito do art. 33 da Lei nº 
11.343/06: 
a) apenas se for o efetivo proprietário do local, que vem sendo 
utilizado para o tráfico ilícito de entorpecentes. 
b) apenas se for o proprietário, possuidor ou administrador do local, 
mas que ceda o espaço de forma onerosa. 
c) ainda que empreste o espaço, que vem sendo utilizado para o 
tráfico ilícito de entorpecentes, por uma única vez. 
d) Nenhuma das respostas acima. 
 
6. Para caracterizar o delito de associação para a prática de 
tráfico ilícito de entorpecentes (art. 35 da Lei nº 11.343/06), 
exige-se: 
a) a associação de mais de quatro pessoas. 
b) a associação de mais de três pessoas. 
c) a associação de, no mínimo, duas pessoas. 
 
 
 
d) a associação de mais de cinco pessoas. 
 
7. A Lei nº 11.343/06 admite o crime culposo: 
a) em todas as conditas descritas pelos seus artigos. 
b) apenas para os verbos ministrar ou prescrever do art. 38. 
c) apenas nas condutas descritas no art. 28. 
d) apenas no delito de associação para a prática de tráfico ilícito de 
entorpecentes. 
 
8. De acordo com a Lei nº 11.343/06 , o prazo para conclusão 
do Inquérito Policial é de: 
a) 15 dias, se o agente estiver preso, e 30 dias, se estiver solto. 
b) 10 dias, se o agente estiver preso, e 20 dias, se estiver solto. 
c) 30 dias, se o agente estiver preso, e 90 dias, se estiver solto. 
d) 20 dias, se o agente estiver preso, e 40 dias, se estiver solto. 
 
9. A competência para o processo e julgamento de tráfico de 
entorpecentes (arts. 33 a 37 da Lei 11.343/06): 
a) será da Justiça Estadual, ainda que fique caracterizado que o 
ilícito é transnacional. 
b) sempre será da Justiça Estadual. 
c) será da Justiça Federal, apenas se ficar caracterizado que o 
ilícito é transnacional. 
d) Nenhuma das afirmativas está correta. 
 
 
 
 
10. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, 
ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de 
droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que 
tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo 
com esse entendimento. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
GABARITO DAS QUESTÕES 
1D – 2B – 3A – 4C – 5C – 6C – 7B – 8C - 9C – 10C 
 
"Se for pra desistir, desista de ser fraco!" Autor Desconhecido.

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