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Lei 11.343/06
(Lei de Drogas)
Conceito 
Drogas são substâncias ou produtos 
capazes de causar dependência.
Estão especificadas em lei ou listadas 
periodicamente pelo Poder Executivo 
da União. Logo, temos uma norma 
penal em branco em sentido estrito 
ou heterogênea (lei complementada 
por Portaria – Portaria nº. 344 da 
ANVISA).  
As substâncias e produtos que estão 
na l i s t a os t en tam presunção 
absoluta quanto à capacidade de 
causar dependência (rol taxativo, 
não cabe prova contrária). 
Atualmente, o Cloreto de Etila 
(“lança perfume”) é considerado 
droga, mas já deixou de ser 
durante 8 dias (quando foi retirada 
do rol pela Resolução ANVISA RDC 
104 de 07/12/2000), surgindo, então, 
uma abolitio criminis temporária. O 
STF decidiu que os agentes que 
praticaram qualquer conduta antes de 
07/12/2000 tiveram a punibilidade 
extinta.
 As penas previstas serão aplicadas 
pelo prazo máximo de 5 meses. 
Em caso de reincidência, as penas 
serão aplicadas pelo prazo 
máximo de 10 meses.
 Para garantia do cumprimento das 
medidas educativas a que 
injustificadamente se recuse o agente, 
poderá o juiz submetê-lo, 
sucessivamente a: admoestação 
verbal; e multa.
 O juiz determinará ao Poder Público 
que coloque à disposição do 
infrator, gratuitamente, 
estabelecimento de saúde, 
preferencialmente ambulatorial, para 
tratamento especializado.
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em 
depósito, transportar ou trouxer consigo, 
para consumo pessoal, drogas sem 
autor ização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar será 
submetido às seguintes penas: advertência 
sobre os efeitos das drogas; prestação de 
serviços à comunidade; medida educativa de 
comparecimento a programa ou curso 
educativo.
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, 
para seu consumo pessoal, semeia, 
cultiva ou colhe plantas destinadas à 
preparação de pequena quantidade de 
substância ou produto capaz de causar 
dependência física ou psíquica.
§ 2º Para determinar se a droga destinava-
se a consumo pessoal, o juiz atenderá à 
natureza e à quantidade da substância 
apreendida, ao local e às condições em 
q u e s e d e s e n v o l v e u a a ç ã o , à s 
circunstâncias sociais e pessoais, bem como 
à conduta e aos antecedentes do agente.
§ 5º A prestação de serviços à comunidade 
s e r á c u m p r i d a e m p r o g r a m a s 
comunitários, entidades educacionais ou 
assistenciais, hospitais, estabelecimentos 
congêneres, públicos ou privados sem 
f i n s l u c r a t i vo s , q u e s e o c up em , 
preferencialmente, da prevenção do 
consumo ou da recuperação de usuários e 
dependentes de drogas.
Previsão Legal
@prof.herculano
7 ri:
07659106678 - Cláudia Maria da Silva
Lei 11.343/06
(Lei de Drogas)
 Para quem comete o crime do art. 
28, o STJ decidiu, em outubro de 
2018, que não gera reincidência, 
contrariando a Súmula 549 deste 
t r i buna l . As s im , houve uma 
mudança de posicionamento. Hoje, 
para o tribunal, o crime do 
usuário não gera reincidência.
Reincidência 
 Prescrevem em 2 anos a imposição 
e a e x e c u ç ã o d a s p e n a s , 
observado à interrupção do prazo, 
o disposto nos arts . 107 e 
seguintes do Código Penal.
Prescrição da Pena
 Segundo o STF o réu não tem o 
dever de demonstrar que a droga 
encontrada seria utilizada apenas 
para consumo próprio. Cabe à 
acusação comprovar os elementos 
do tipo penal, ou seja, que a 
droga aprendida era destinada ao 
tráfico.
Consumo Próprio 
(Art. 33) Importar, exportar, remeter, 
preparar, produzir, fabricar, adquirir, 
vender, expor à venda, oferecer, ter 
em depósito, transportar, trazer 
consigo, guardar, prescrever, ministrar, 
entregar a consumo ou fornecer 
drogas, ainda que gratuitamente, sem 
autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar:
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
I - realiza as mesmas atividades já 
descritas do art. 33, mas agora com a 
matéria-prima, insumo ou produto químico 
destinado à preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, 
sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, de 
plantas que se constituam em matéria-
prima para a preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer 
natureza de que tem a propriedade, 
posse, administração, guarda ou vigilância, 
ou consente que outrem dele se utilize, 
ainda que gratuitamente, sem autorização 
ou em desacordo com determinação legal 
ou regulamentar, para o tráfico ilícito 
de drogas;
IV - vende ou entrega drogas ou 
matéria-prima, insumo ou produto 
químico destinado à preparação de 
d rogas , sem au to r i z ação ou em 
desacordo com a determinação legal ou 
regulamentar, a agente policial disfarçado, 
quando presentes elementos probatórios 
r a z o á v e i s d e c o n d u t a c r i m i n a l 
preexistente.
Pena - reclusão de 5 a 15 anos e 
pagamento de 500 a 1.500 dias-multa.
Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao 
uso indevido de droga:         
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, e multa 
de 100 a 300 dias-multa.
Oferecer droga, eventualmente e sem 
objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 meses a 1 ano, e 
pagamento de 700 a 1.500 dias-multa, sem 
prejuízo das penas previstas no art. 28.
As penas poderão ser reduzidas de um 
sexto a dois terços, desde que o 
agente se ja primário , de bons 
antecedentes, não se dedique às 
atividades criminosas nem integre 
organização criminosa. 
Previsão Legal
Induzir
@prof.herculano÷.fi7
07659106678 - Cláudia Maria da Silva
Lei 11.343/06
(Lei de Drogas)
Tráfico de Drogas
O tráfico de drogas previsto no art. 
33 (caput) é um tipo penal de ação 
múltipla, ou seja, ao cometer mais 
de uma conduta, dentro do mesmo 
contexto fático, em relação ao 
mesmo objeto material, responderá 
por um único crime. 
O art. 33 caput e § 1º E são 
considerados pelo STJ como crimes 
equiparado ao hediondo.  
Elementos especializantes do tráfico 
de drogas:
Eventualidade: se o agente oferece 
d r o g a s a o u t r a s p e s s o a s 
(habitualidade), o crime se amolda ao 
art. 33, caput;
Ausência de objetivo de lucro: o 
caráter de mercancia amolda-se ao 
art. 33, caput;
Pessoa do relacionamento: deve se 
tratar de pessoa conhecida, próxima 
ao agente;
Consumo compartilhado: especial fim 
de agir do ofertante.
Este crime consuma-se com o 
simples oferecimento. Não importa 
se a droga foi aceita ou se houve o 
consumo. À pessoa a quem foi 
oferecida a droga, aplicam-se as 
penas do art. 28.
Para o tribunal, a habitualidade no 
c r i m e e o p e r t e n c i m e n t o a 
organizações criminosas deverão ser 
comprovados pela acusação, não 
sendo possível que o benefício de 
diminuição de pena de um sexto a 
dois terços (§4º do art. 33) seja 
afastado por simples presunção. Assim, 
se não houver prova nesse sentido, o 
condenado fará jus à redução da 
pena.
Vale ressaltar, por fim, que é possível 
a aplicação deste benefício mesmo 
p a r a c o n d e n a d o s p o r t r á f i c o 
transnacional de drogas.
Detalhe importante é saber que o 
simples fato de integrar uma 
organização criminosa é óbice à 
aplicação da minorante (diminuição 
da pena). 
Entende-se que a “mula” não integra 
organização criminosa, pois são 
ausentes os requisitos da estabilidade 
e da permanência.
 
Redução da Pena
Para ter direito à atenuante no caso 
do crime do tráfico de drogas, é 
necessário que o réu admita que 
traficava, não podendo dizer que era 
mero usuário (Súmula 630 do STJ). 
Essa atenuante vem do Código Penal 
(art. 65, III, d).
Atenuante 
S e g u n d o o S T J h á a 
atipicidade de importação 
de pequena quantidade de 
sementes de maconha, ou 
seja, não configura crime.
Não é crime 
Segundo o STJ, a ausência de laudo 
toxicológico definitivo pode ser 
suprida pelo laudo provisório em 
situações excepcionais quando ele 
permita grau de certeza idêntico ao 
laudo definitivo.
A nulidade decorrente da juntada fora 
do prazo do laudo toxicológico 
definitivo somente pode ser reconhecida 
se ficar comprovadoprejuízo ao réu.
Laudo
@prof.herculano
7. T
1. L
.
07659106678 - Cláudia Maria da Silva
É inconstitucional a proibição de 
substituição de pena privativa de 
liberdade por restritiva de direitos, 
no chamado tráfico privilegiado 
(§4º do art. 33).
Segundo o STF, não se admite a 
fixação automática do regime fechado 
ou semiaberto pelo simples fato de 
ser tráfico de drogas. Não se admite, 
portanto, que o regime semiaberto 
tenha sido fixado utilizando-se como 
único fundamento o fato de ser crime 
de tráfico, não obstante se tratar de 
tráfico privilegiado e ser o réu 
primário, com bons antecedentes. 
A gravidade em abstrato do crime 
não constitui motivação idônea para 
justificar a fixação do regime mais 
gravoso.
Regimes
Lei 11.343/06
(Lei de Drogas)
Segundo o STJ há a consumação 
do crime (e não a tentativa) de 
tráfico de drogas na modalidade 
“adquirir” pelo simples fato de a 
droga ter sido negociada por 
telefone.
Negociação por Telefone 
Segundo o STJ, a ausência de 
apreensão da droga não torna a 
conduta atípica se existirem outros 
e l emen to s de p ro va ap to s a 
comprovarem o crime de tráfico. A 
materialidade do crime de tráfico de 
entorpecentes pode ser atestada por 
outros meios idôneos existentes nos 
autos quando não houve apreensão 
da droga e não foi possível realizar o 
exame pericial.
Elementos de Prova
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, 
transportar , oferecer , vender , 
distribuir, entregar a qualquer título, 
possuir, guardar ou fornecer, ainda 
que g ra tu i t amen te , maqu iná r i o , 
aparelho, instrumento ou qualquer 
ob je to des t i nado à fab r i cação , 
preparação, produção ou transformação 
de drogas, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou 
regulamentar:
Pena - reclusão, de 3 a 10 anos, e 
pagamento de 1.200 a 2.000 dias-
multa.
Tráfico de Maquinário 
No art. 34 temos o crime de tráfico de 
maquinário: criminalização dos atos 
preparatórios ao tráfico de drogas. É 
crime equiparado a crime hediondo 
para a maioria da doutrina.
Se o agente praticar o tráfico de 
maquinário e, também, o tráfico de 
drogas, este absorve aquele (delito 
subsidiário). Só pode haver concurso 
entre os arts. 33 e 34 se ficar 
demons t rada a autonomia das 
condutas.
@prof.herculano%v.
07659106678 - Cláudia Maria da Silva
Lei 11.343/06
(Lei de Drogas)
Art. 35. Associarem-se duas ou mais 
pessoas para o fim de praticar, 
reiteradamente ou não, qualquer dos 
crimes previstos nos arts. 33, caput e 
§ 1º, e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 3 a 10 anos, e 
pagamento de 700 a 1.200 dias-multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas do 
caput deste artigo incorre quem se 
associa para a prática reiterada do 
crime definido no art. 36 desta Lei.
Nesse a r t . t emos o cr ime de 
a s s o c i a ç ã o p a r a o t r á f i c o : 
criminalização dos atos preparatórios 
ao tráfico de drogas. 
Tem-se aqui um crime autônomo, que 
independe da concretização ou não 
do tráfico de drogas.  
A característica mais importante da 
assoc iação é a es tab i l i dade e 
permanência dela, devendo ter duas ou 
mais pessoas (crime de concurso 
necessário). Não importa se uma 
delas é inimputável.
Deve haver vontade de se reunir para 
praticar qualquer dos seguintes crimes:
Tráfico de drogas (art. 33) e condutas 
equiparadas (art. 33, §1º); ou
Tráfico de maquinários para drogas 
(art. 34).
Associação 
A associação eventual/efêmera não tipifica o 
crime, mas configura concurso de agentes. 
Não importa se a finalidade é praticar vários 
crimes de tráfico ou apenas um crime.
É um crime formal (não exige resultado 
naturalístico). Logo, se os demais crimes não 
forem cometidos, o agente responde apenas 
pela associação. Se os crimes de tráfico 
forem cometidos, o agente responde por 
ambos (concurso material).
Art. 36. Financiar ou custear a 
prática de qualquer dos crimes 
previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 
34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 8 a 20 anos, e 
pagamento de 1.500 a 4.000 dias-multa.
O art. 36 menciona o crime de 
financiamento do tráfico, que recebe a 
pena mais severa da Lei de Drogas. É 
equiparado a crime hediondo. 
O núcleo “custear” abrange também o 
fornecimento de bens móveis, como 
armas, munições e veículos. O crime 
não estará tipificado se o financiamento 
tiver como objetivo a prática de outros 
crimes que não os previstos no art. 33, 
caput e §1º, e 34.
Se a pessoa trafica e financia, não 
responderá por este cr ime . Va i 
responder pelo tráfico de drogas (art. 
33) com aumento da pena de 1/6 a 
2/3 (VII do art. 40).
Financiamentos Tráfico 
@prof.herculano
±
&
07659106678 - Cláudia Maria da Silva
Lei 11.343/06
(Lei de Drogas)
Art. 37. Colaborar, como informante, 
com grupo, organização ou associação 
destinados à prática de qualquer dos 
crimes previstos nos arts. 33, caput e 
§ 1º, e 34 desta Lei:
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e 
pagamento de 300 a 700 dias-multa.
 
Aqui temos o crime de colaboração 
como informante. Não é equiparado a 
crime hediondo. 
É colaborador aquele que transmite 
informação relevante, úti l ou 
necessár ia para o êx i to das 
atividades do grupo, associação ou 
organização criminosa, que visam à 
prática dos seguintes crimes:
Tráfico de drogas (art. 33) e condutas 
equiparadas (art. 33, §1º); ou
Tráfico de maquinários para drogas 
(art. 34).
A colaboração que não seja a 
prestação de informações não se 
enquadra no art. 37. 
Se o sujeito se associa para fins de 
tráfico e, ao mesmo tempo, é olheiro, 
incorrerá nas penas do art. 35 
(associação para fins de tráfico), não 
podendo ser punido pelos dois crimes.
Informante
Art. 38. Prescrever ou ministrar, 
culposamente, drogas, sem que 
delas necessite o paciente, ou fazê-
lo em doses excessivas ou em 
desacordo com determinação legal ou 
regulamentar:
Pena - detenção, de 6 meses a 2 
anos, e pagamento de 50 a 200 dias-
multa.
Parágrafo único. O juiz comunicará a 
condenação ao Conselho Federal da 
categoria profissional a que pertença 
o agente.
Tem-se aqui o crime de prescrição 
culposa de drogas, que só pode ser 
praticado por profissionais de 
saúde.
A prescrição dolosa de drogas 
amolda-se ao art. 33, caput. Se a 
conduta for praticada por quem não 
é profissional de saúde, o tipo penal 
será o do art. 33. Se o paciente, 
ciente de que houve a prescrição 
cu lposa , entregar a droga a 
consumo, responderá pelo art. 33.
O crime do art. 38 é o único caso de 
crime culposo de mera conduta. Por 
se tratar de crime culposo, não se 
admite a tentativa. Não é equiparado 
a crime hediondo.
Prescrição Culposa de Drogas
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave 
após o consumo de drogas, expondo a dano 
potencial a incolumidade de outrem:
Pena - detenção, de 6 meses a 3 anos, além 
da apreensão do veículo, cassação da 
habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, 
pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade 
aplicada, e pagamento de 200 a 400 dias-multa.
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, 
aplicadas cumulativamente com as demais, 
serão de 4 a 6 anos e de 400 a 600 dias-
multa, se o veículo for de transporte coletivo de 
passageiros.
Condução após Consumo de Drogas
@prof.herculano
7T
*
&
*
07659106678 - Cláudia Maria da Silva
Lei 11.343/06
(Lei de Drogas)
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 
37 desta Lei são aumentadas de um 
sexto a dois terços, se:
I - a natureza, a procedência da 
substância ou do produto apreendido e 
as circunstâncias do fato evidenciarem 
a transnacionalidade do delito;
I I - o agente praticar o crime 
prevalecendo-se de função pública ou 
no desempenho de missão de 
educação, poder familiar, guarda ou 
vigilância;
III - a infração tiver sido cometida nas 
dependências ou imediações de 
estabelecimentos prisionais, de ensino 
ou hospitalares, de sedes de entidades 
estudantis, sociais, culturais, recreativas, 
esportivas, ou beneficentes, de locais de 
trabalho coletivo, de recintos onde se 
realizem espetáculos ou diversões de 
qualquer natureza, de serviços de 
tratamento de dependentes dedrogas ou 
de reinserção social, de unidades 
militares ou policiais ou em transportes 
públicos;
IV - o crime tiver sido praticado com 
violência, grave ameaça, emprego de 
arma de fogo, ou qualquer processo de 
intimidação difusa ou coletiva;
V - caracterizado o tráfico entre 
Estados da Federação ou entre estes 
e o Distrito Federal;
VI - sua prática envolver ou visar a 
atingir criança ou adolescente ou a 
quem tenha, por qualquer motivo, 
diminuída ou suprimida a capacidade 
de entendimento e determinação;
VII - o agente financiar ou custear a 
prática do crime.
Aumento da Pena
A transnacionalidade também é causa de 
fixação da competência da Justiça 
Federal. Bastam evidências de que a 
droga tinha como destino outro país, 
a i n d a q u e n ã o h a j a a e f e t i v a 
transposição da fronteira;
Para o STJ, o fato de a cocaína ter sido 
provavelmente adquirida na Bolívia 
não configura tráfico internacional (se 
assim fosse, a internacionalidade sempre 
estaria presente na apreensão de 
cocaína, vez que o Brasil não produz a 
substância);
A d r o g a a p r e e n d i d a d e v e s e r 
considerada ilícita também no país de 
origem (ou de destino). Caso contrário, o 
caso é de t rá f i co in terno , de 
competência da Justiça Estadual;
É dispensável a comprovação de que 
o acusado visava à comercialização 
de drogas com seus frequentadores;
A simples utilização de transporte público 
não autoriza, por si só, a incidência da 
majorante;
A majorante da transnacionalidade 
abrange a da interestadualidade (não 
pode aplicar as duas), salvo se ficar 
configurado que a droga tinha como 
destino mais de um Estado.
TransnacionalidadeA Lei de Drogas fala no tráfico 
interestadual. Se o tráfico ocorrer entre 
Municípios, não há razão para o 
aumento (vedação à analogia in malam 
partem). Bastam evidências de que a 
droga tinha como destino outro Estado, 
sendo desnecessár ia a efet iva 
transposição da fronteira;
@prof.herculano
} ;
v
07659106678 - Cláudia Maria da Silva
Lei 11.343/06
(Lei de Drogas)
Art. 41. O indiciado ou acusado que 
colaborar voluntariamente com a 
investigação policial e o processo 
criminal na identificação dos 
demais co-autores ou partícipes 
do crime e na recuperação total 
ou parcial do produto do crime, 
no caso de condenação, terá pena 
reduzida de um terço a dois terços.
Art. 42. O juiz, na fixação das 
p e n a s , c o n s i d e r a r á , c o m 
preponderância sobre o previsto no 
art. 59 do Código Penal, a natureza 
e a quantidade da substância ou do 
produto, a personalidade e a 
conduta social do agente.
Colaboração voluntária 
Fixação da Pena 
Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 
33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei 
são inafiançáveis e insuscetíveis de 
sursis, graça, indulto, anistia e 
l iberdade prov isór ia , vedada a 
conve r são de suas penas em 
restritivas de direitos.
Parágrafo único. Nos crimes previstos 
no caput deste artigo, dar-se-á o 
livramento condicional após o 
cumprimento de dois terços da 
pena, vedada sua concessão ao 
reincidente específico.
Art. 45. É isento de pena o agente 
que, em razão da dependência, ou 
sob o efeito, proveniente de caso 
fortuito ou força maior, de droga, era, 
ao tempo da ação ou da omissão, 
qualquer que tenha sido a infração 
penal praticada, inteiramente incapaz 
de entender o caráter ilícito do fato 
ou de determinar-se de acordo com 
esse entendimento.
Parágrafo único. Quando absolver o 
agente, reconhecendo, por força 
pericial, que este apresentava, à 
época do fato previsto neste artigo, 
as condições referidas no caput deste 
artigo, poderá determinar o juiz, na 
sentença, o seu encaminhamento 
para tratamento médico adequado.
Crimes inafiançáveis
Isenção da Pena 
Art . 46. As penas podem ser 
reduzidas de um terço a dois 
t e r ç o s s e , p o r f o r ç a d a s 
circunstâncias previstas no art. 45 
desta Lei, o agente não possuía, ao 
tempo da ação ou da omissão, a 
plena capacidade de entender o 
caráter i l íc i to do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse 
entendimento.
Art. 47. Na sentença condenatória, 
o juiz, com base em avaliação que 
a t e s t e a n e c e s s i d a d e d e 
encaminhamento do agente para 
tratamento, realizada por profissional 
de saúde com competência específica 
na forma da lei, determinará que a 
tal se proceda , observado o 
disposto no art. 26 desta Lei.
Tratamento Redução da Pena 
@prof.herculano
II.
%
07659106678 - Cláudia Maria da Silva
Lei 11.343/06
(Lei de Drogas)
Ar t . 50 . Ocor rendo pr i são em 
f lagrante , a pol íc ia judic iár ia 
imediatamente comunicará ao juiz 
competente, remetendo-lhe cópia do 
auto lavrado, do qual será dada vista 
ao órgão do Ministério Público, em 24 
horas.
§ 1º Para efeito da lavratura do auto 
d e p r i s ã o e m f l a g r a n t e e 
estabelecimento da materialidade do 
del i to, é suf ic iente o laudo de 
constatação da natureza e quantidade 
da droga, firmado por perito oficial ou, 
na falta deste, por pessoa idônea.
§ 2º O perito que subscrever o laudo 
não ficará impedido de participar da 
elaboração do laudo definitivo.
§ 3º Recebida cópia do auto de prisão 
em flagrante, o juiz, no prazo de 10 
dias, certificará a regularidade formal 
d o l a u d o d e c o n s t a t a ç ã o e 
determinará a destruição das drogas 
apreendidas, guardando-se amostra 
necessária à realização do laudo 
definitivo.   
§ 5º O local será vistoriado antes e 
depois de efetivada a destruição 
das drogas , sendo lavrado auto 
circunstanciado pelo delegado de 
po l íc ia , cer t i f i cando-se neste a 
destruição total delas.
Plantações ilícitas (art. 32):
É destruída imediatamente 
p o r i n c i n e r a ç ã o p e l o 
Delegado de Polícia
Prisão em Flagrante 
Com prisão em flagrante (art. 50, §4º):
O delegado faz a destruição somente 
após o juiz determinar, tendo prazo de 
15 dias após a determinação.
Deve ser feita na presença do MP e da 
Autoridade Sanitária.
Sem prisão em flagrante (art. 50-A):
O delegado faz a destrui de ofício, ou 
seja, sem a determinação judicial, tendo 
prazo de 30 dias contados da apreensão.
Destruição da Droga 
Art. 51. O inquérito policial será concluído 
no prazo de 30 dias, se o indiciado 
estiver preso, e de 90 dias, quando 
solto.
Parágrafo único. Os prazos a que se 
refere este artigo podem ser duplicados 
pelo juiz, ouvido o Ministério Público, 
mediante pedido justificado da autoridade 
de polícia judiciária.
Inquérito Policial Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51, a autoridade de 
polícia judiciária, remetendo os autos 
do inquérito ao juízo:
I - relatará sumariamente as 
circunstâncias do fato, justificando as 
razões que a levaram à classificação 
do delito, indicando a quantidade e 
natureza da substância ou do produto 
apreendido, o local e as condições em 
que se desenvolveu a ação criminosa, 
as circunstâncias da prisão, a conduta, 
a qualificação e os antecedentes do 
agente; ou
II - requererá sua devolução para a 
r e a l i z a ç ã o d e d i l i g ê n c i a s 
necessárias.
Parágrafo único. A remessa dos autos 
far-se-á sem prejuízo de diligências 
complementares:
I - necessárias ou úteis à plena 
elucidação do fato, cujo resultado 
deverá ser encaminhado ao juízo 
competente até 3 dias antes da 
audiência de instrução e julgamento;
II - necessárias ou úteis à indicação 
dos bens, direitos e valores de que 
seja titular o agente, ou que figurem 
em seu nome, cujo resultado deverá 
ser encaminhado ao juízo competente 
até 3 dias antes da audiência de 
instrução e julgamento.
@prof.herculano
} É
07659106678 - Cláudia Maria da Silva
Lei 11.343/06
(Lei de Drogas)
Ar t . 53 . Em qua lque r fase da 
persecução criminal relativa aos crimes 
previstos nesta Lei, são permitidos, 
mediante autorização judicial e 
ouvido o Ministério Público, os 
s e g u i n t e s p r o c e d i m e n t o s 
investigatórios:
I - a infiltração por agentes de polícia, 
em tarefas de investigação, constituída 
p e l o s ó r g ã o s e s p e c i a l i z a d o s 
pertinentes;
II - a não-atuaçãopolicial sobre os 
portadores de drogas, seus precursores 
químicos ou outros produtos utilizados 
em sua produção, que se encontrem 
no ter r i tór io bras i le i ro , com a 
f i n a l i d a d e d e i d e n t i f i c a r e 
responsabilizar maior número de 
integrantes de operações de tráfico e 
distribuição, sem prejuízo da ação 
penal cabível.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso 
II deste artigo, a autorização será 
c o n c e d i d a d e s d e q u e s e j a m 
conhecidos o itinerário provável e a 
identificação dos agentes do delito ou 
de colaboradores.
A Lei de Drogas traz o instituto da 
delação premiada como causa de 
diminuição da pena de 1/3 a 
2/3. Para isso é necessário: 
voluntariedade; identificação dos 
demais agentes; e recuperação total 
ou parcial do produto do crime.
Procedimentos Investigatórios Delação Premiada
Art. 54. Recebidos em juízo os 
autos do inquérito policial, de 
Comissão Parlamentar de Inquérito 
ou peças de informação, dar-se-á 
vista ao Ministério Público para, no 
prazo de 10 dias, adotar uma das 
seguintes providências:
I - requerer o arquivamento;
II - requisitar as diligências que 
entender necessárias;
III - oferecer denúncia, arrolar até 5 
testemunhas e requerer as demais 
provas que entender pertinentes.
Art. 55. Oferecida a denúncia, o juiz 
ordenará a notificação do acusado 
para oferecer defesa prévia, por 
escrito, no prazo de 10 dias.
§ 1º Na resposta, consistente em 
defesa preliminar e exceções, o 
acusado poderá arguir preliminares e 
invocar todas as razões de defesa, 
oferecer documentos e justificações, 
especificar as provas que pretende 
p r o d u z i r e a r r o l a r a t é 5 
testemunhas.
§ 2º As exceções serão processadas 
em apartado, nos termos dos arts. 
95 a 113 do Código de Processo 
Penal.
Inquérito Policial 
§ 3º Se a resposta não for apresentada 
no prazo, o juiz nomeará defensor para 
oferecê-la em 10 dias, concedendo-lhe 
vista dos autos no ato de nomeação.
§ 4º Apresentada a defesa, o juiz decidirá 
em 5 dias.
§ 5º Se entender imprescindível, o juiz, 
no p ra zo máx imo de 10 d i a s , 
determinará a apresentação do preso, 
realização de diligências, exames e 
perícias.
Defesa
@prof.herculano
i. É
07659106678 - Cláudia Maria da Silva
Lei 11.343/06
(Lei de Drogas)
Art. 56. Recebida a denúncia, o juiz 
des ignará d ia e hora para a 
audiência de instrução e julgamento, 
ordenará a citação pessoal do 
acusado, a intimação do Ministério 
Público, do assistente, se for o caso, 
e requisitará os laudos periciais.
§ 1º Tratando-se de condutas 
tipificadas como infração do disposto 
nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 
37 desta Lei, o juiz, ao receber a 
denúnc i a , pode rá dec r e t a r o 
afastamento cautelar do denunciado 
de suas atividades, se for funcionário 
público, comunicando ao órgão 
respectivo.
§ 2º A audiência será realizada 
dentro dos 30 dias seguintes ao 
recebimento da denúncia, salvo se 
determinada a realização de 
a v a l i a ç ã o p a r a a t e s t a r 
dependência de drogas, quando se 
realizará em 90 dias.
Audiência 
Art. 57. Na audiência de instrução e 
julgamento, após o interrogatório do 
a c u s a do e a i n q u i r i ç ã o d a s 
testemunhas, será dada a palavra, 
sucessivamente, ao representante 
do Min is tér io Públ ico e ao 
de f enso r do acusado , pa r a 
sustentação oral, pelo prazo de 20 
minutos para cada um, prorrogável 
por mais 10, a critério do juiz.
Parágrafo único. Após proceder ao 
interrogatório, o juiz indagará das 
partes se restou algum fato para 
ser esclarecido, formulando as 
perguntas correspondentes se o 
entender pertinente e relevante.
Art. 58. Encerrados os debates, 
pro fer i rá o ju i z sentença de 
imediato, ou o fará em 10 dias, 
ordenando que os autos para isso 
lhe sejam conclusos.
Art. 59. Nos crimes previstos nos 
arts. 33, caput e § 1º , e 34 a 37 
desta Lei, o réu não poderá apelar 
sem recolher-se à prisão, salvo se 
for primário e de bons antecedentes, 
assim reconhecido na sentença 
condenatória.
Interrogatório
Sentença
Apelação
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7T
I. L
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