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PROF. RAVAN LEÃO - Contatos em redes sociais Pesquisa da face: Ravan Leão II https://www.facebook.com/groups/34632585555848 4/?fref=ts https://www.facebook.com/ravan.leao.7 Grupo: https://www.facebook.com/groups/34632585555848 4/?fref=ts Instagram: @profravanleao E-mail. ravanams@outlook.com Aula 01 DIREITOS HUMANOS. 1 Estrutura jurídica: Conceitos básicos de Direito Internacional – Direito Internacional dos Direitos Humanos; Direito Internacional Humanitário. 11 Conceitos básicos de Direito Internacional - Direito Internacional dos Direitos Humanos; Direito Internacional Humanitário. 12 Aplicação da lei. 12.1 Premissas: aplicação da Lei nos Estados Democráticos; conduta ética e legal na aplicação da Lei. 12.2 Responsabilidades: prevenção e detecção do crime; manutenção da ordem pública. 12.3 Poderes: captura; detenção; uso da força e de armas de fogo (práticas de tiro). 12.4 Para grupos vulneráveis: mulheres; crianças e adolescentes; vítimas da criminalidade e do abuso de poder; refugiados e deslocados internos. 13 Direito Internacional dos Direitos Humanos. 13.1 Sistema Interamericano de Direitos Humanos. 14 Conselho Nacional dos Direitos Humanos - CNDH (Lei nº 12.986/2014). 1 Conceitos básicos de Direito Internacional Direito Internacional dos Direitos Humanos; Direito Internacional Humanitário. CONCEITO 1- O direito internacional é constituído pelas normas jurídicas internacionais que regulam as leis dos Estados. Os acordos e tratados internacionais, as convenções, as emendas e os protocolos fazem parte deste ramo do direito. 2- O direito internacional subdivide-se em público e privado. O direito internacional público representa o conjunto de princípios que regulam as relações jurídicas dos Estados entre si. Portanto, os indivíduos não são sujeitos imediatos das suas normas. 3- O direito internacional privado, pela parte que lhe toca, tem como principal objetivo a resolução de conflitos de jurisdição internacional. Incumbe-lhe definir qual é a lei aplicável e determinar a condição jurídica dos estrangeiros. 4- Outro ramo do direito internacional é o direito internacional humanitário. Neste caso, trata-se das normas que, em tempos de guerra, protegem os civis que não fazem parte do conflito (pessoas inocentes, portanto). O direito internacional humanitário procura limitar e minimizar o sofrimento humano inerente aos confrontos armados. ( CRUZ VERMELHA) 5- João Baptista Herkenhoff, define que direitos humanos “são, modernamente, entendidos aqueles fundamentais que o homem possui pelo fato de ser homem, pela sua própria natureza humana, pela dignidade que a ela é inerente. São direitos que não resultam de uma concessão da sociedade política. Pelo contrário, são direitos que a sociedade política tem o dever de consagrar e garantir” (HERKENHOFF, João Baptista. Curso de direitos humanos. São Paulo: Acadêmica, 1994. v. 1. cit. p. 30). 6- Costuma-se apontar como sinônimos os termos direitos fundamentais e direitos humanos. Contudo, tecnicamente não se confundem. A primeira expressão deve se aplicada para aqueles direitos do ser humano, reconhecidos e positivados na esfera do direito constitucional positivo de determinado Estado; enquanto que a segunda deve ser aplicada para os direitos reconhecidos em documentos de direito internacional, por referir-se àquelas posições jurídicas de caráter universal, que se reconhecem ao homem como tal, independentemente de sua vinculação com determinada ordem constitucional (SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. 3. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003. p. 33-4). 7- Alexandre de Moraes informa que direitos humanos são:“Um conjunto institucionalizado (positivado) de direitos e garantias do ser humano que tem por finalidade o respeito à sua dignidade por meio de sua proteção contra o arbítrio do poder estatal e o estabelecimento de condições mínimas de vida e o desenvolvimento da personalidade humana.” (MORAES, 2006). 8- Segundo Flávia Piovesan: “Os direitos humanos são inerentes à existência humana e objeto de regulação internacional.” (PIOVESAN, 1996). 1.1 Como em outros ramos do Direito surge algumas teorias: 1- Jusnaturalista - Onde estão os direitos universais imutáveis pela condição natural de homem nascido merece proteção independente de normas; 2- Positivista - Direitos postos por vezes escritos desse modo são reconhecidos como necessários pela condição humana; 3- Moralista - O direito é fundamentado na aceitação e consciência dos povos. 1.2 Os direitos humanos, especialmente sob o aspecto dos direitos fundamentais, são classificados basicamente em três categorias: Os direitos de primeira geração ou dimensão, ou seja, os direitos civis e políticos, considerados aqueles correspondentes às liberdades clássicas, ou direitos negativos, de cunho individual Os de segunda geração ou dimensão, ou seja, os direitos econômicos, sociais e culturais, correspondentes aos direitos prestacionais, positivos, de cunho coletivo; E, por fim, os de terceira geração ou dimensão, considerados aqueles difusos, de titularidade de todos os homens, independentemente de sua vinculação a um Estado, como, p. ex., o direito à paz, a um meio ambiente sadio etc. Atenção! A quarta e a quinta dimensão ou geração ainda não estão sedimentadas junto a doutrina sendo respectivamente ligadas aos direitos genéticos e tecnológicos, e por fim, o direito a paz no mundo. Ainda nesta esteira surge alguns princípios que forma a base dos direitos humanos são eles: Princípio da dignidade da pessoa: "todas as pessoas devem ser tratadas e julgadas de acordo com os seus atos, e não em relação a outras propriedades suas não alcançáveis por eles". Princípio da inviolabilidade da pessoa: Não submissão ou imposição de sacrifícios a um indivíduo a fim de satisfazer a vontade de outro. Princípio da autonomia da pessoa: toda pessoa é livre para a realização de qualquer conduta, desde que seus atos não prejudiquem terceiros. 1.3 Na mesma toada e recorrente em provas a cobrança das características dos DH: (1) universalidade: todo e qualquer ser humano é sujeito ativo desses direitos, independente de credo, raça, cor, sexo, origem, convicções políticas etc.; (2) inviolabilidade: esses direitos não podem ser descumpridos ou violados por outra pessoa, grupo ou Estado; (3) indisponibilidade: esses direitos não podem ser renunciados pelos seus titulares; (4) imprescritibilidade: eles não sofrem alterações com o decurso do tempo, pois têm caráter eterno; e, (5) complementaridade: os direitos humanos devem ser interpretados necessariamente em conjunto, de forma a alcançar a maior de eficácia de proteção possível. 1.4 DEBATE ENTRE RELATIVISMO X UNIVERSALISMO Para o Relativismo, os direitos humanos e o seu fundamento são produtos da cultura de cada povo, isto é, de seu sistema político, econômico, cultural, social e até moral. Possui um viés de historicidade ao invés de universalidade, motivo pelo qual critica o eurocentrismo da afirmação universal dessa classe de direitos. Aqui, a autodeterminação dos povos/soberania e o princípio da não-ingerência são exaltados. Já o Universalismo detém a perspectiva de que os direitos humanos e seu fundamento decorrem da dignidade da pessoa humana percebida universalmente. Também se caracterizapela defesa de um mínimo ético irredutível, uma espécie de núcleo indivisível. 1.5 SISTEMA GLOBAL INTENACIONAL AOS DIREITOS HUMANOS 1- LIGA DAS NAÇÕES (LDN) ou SOCIEDADE DAS NAÇÕES (SDN) – Considerada precussora da ONU em 1919, França – Tratado de Versailhes buscava propor a paz e teve suas atividades encerradas pois falhou na o evitando a segunda guerra mundial em 1945; 2- Organização Internacional do Trabalho (OIT) Ligada a ONU, atua na proteção mundial do trabalhador criada apo s a primeira guerra possui 182 países membros; 3- ORGANIZAÇAO DAS NAÇÕES UNIDAS - Surge em 24/10/1945, mesma data da promulgação da Carta das Nações iniciou-se com 51 países inclusive o Brasil tendo com missa o promover a paz no mundo, redução o das desigualdades socioeconômicas, auxiliar a implantação dos regimes democráticos, descolonização, e autodeterminação dos povos. 1.6 DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS 1948 – Marco mundial da INTERNACIONALIZAÇÃO/EXTERIORIZA ÇÃO DOS DH. (LEITURA OBRIGATÓRIA) Artigo 1.º - Do direito a igualdade liberdade, consciência e fraternidade Artigo 2.º -Não discriminação nomeadamente de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou outro estatuto.. Artigo 3.ºTodas as pessoas têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo 4.º Ninguém pode ser mantido em escravidão ou em servidão; a escravatura e o comércio de escravos, sob qualquer forma, são proibidos. Artigo 5.º Ninguém será submetido a tortura nem a punição ou tratamento cruéis, desumanos ou degradantes. Artigo 6.º -Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento como pessoa perante a lei. Artigo 7.º - Igualdade formão e proteção eficiente contra qualquer discriminação. Artigo 8.º - Direito de recorrer de atos que violem seus direitos. Artigo 9.º -Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado. Artigo 10.º -plena igualdade, a uma audiência justa e pública julgada por um tribunal independente e imparcial em determinação dos seus direitos e obrigações e de qualquer acusação criminal contra elas. Artigo 11.º. Presunção de inocência, publicidade processual e defesa efetiva, anterioridade lei criminal. Artigo 12.º Do direito a intimidade, privacidade e proteção da honra. Artigo 13.º Ir e vir no interior do estado. Artigo 14.º Asilo por perseguição ilegítima. Artigo 15.º Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade. Artigo 16.º o direito de casar e de constituir família,. Artigo 17.º Toda a pessoa, individual ou coletiva, tem direito à propriedade. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade. Artigo 18.º Direito a liberdade religiosa e culto Artigo 19.º Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, independentemente das fronteiras. Artigo 20.º Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. Artigo 21.º participação na vida pública , princípio do interesse público - através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que salvaguarde a liberdade de voto. Artigo 22.º Direito social e de exigir sua satisfação. Artigo 23.º liberdade laboral, remuneração digna Artigo 24.º Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres e, especialmente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e a férias periódicas pagas. Artigo 25.º Diretos sociais alimentação, segurança, saúde etc. Artigo 26.º Educação gratuita pelo menos fundamental elementar. Os pais têm um direito preferencial para escolher o tipo de educação que será dada aos seus filhos. artigo 27.º Cultura, proteção moral de produção intelectual. Artigo 28.ºToda a pessoa tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma ordem capaz de tornar plenamente efectivos os direitos e as liberdades enunciadas na presente Declaração. Artigo 29.º No exercício deste direito e no gozo destas liberdades ninguém está sujeito senão às limitações estabelecidas pela lei com vista exclusivamente a promover o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades dos outros e a fim de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem–estar numa sociedade democrática. Em caso algum estes direitos e liberdades poderão ser exercidos contrariamente aos fins e aos princípios das Nações Unidas. Artigo 30.ºNada na presente Declaração pode ser interpretado de maneira a conceder a qualquer Estado, grupo ou indivíduo o direito de se entregar a alguma atividade ou de praticar algum ato destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados. 1.7 A INCORPORAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO Piovesan ao sustentar que os tratados de direitos humanos passam a incorporar-se automaticamente em nosso ordenamento por força do art. 5°, § 1°, CF/88. Ao se incorporarem imediatamente no ordenamento jurídico interno brasileiro, passam a ser cláusula pétrea por força do art. 60, § 4°, IV, CF/88. Segue o entendimento doutrinário jurisprudêncial: a) Posição majoritária do STF: os tratados ratificados pelo Brasil (quaisquer), ingressam no ordenamento com status de lei ordinária, podendo revogar a legislação anterior e, também, serem revogados pela lei posterior incompatível. Porém em se tratando de tratado de direitos humanos aprovado por quórum qualificado com fulcro no art. 5ª § 3ª da CF ou seja, votação em 2 turnos nas duas casas legislativas federais por 3/5 de seus membros terá valor de NORMA CONSTITUCIONAL e aqueles tratados de DH que forem aprovados por quórum simples terá valor de NOMA SUPRA LEGAL. c) Posição da doutrina humanista: a grande maioria defende o status de norma constitucional com base na interpretação do art. 5°, § 2°, CF/88. d) Posição do Prof. Celso D. de Albuquerque Mello o art. 5° não apenas atribui “hierarquia constitucional” aos tratados de direitos humanos, mas faz ainda com que a norma internacional prepondere sobre a norma constitucional, mesmo naquele caso em que uma Constituição posterior tente revogar uma norma internacional constitucionalizada. e) Doutrina de Alexandre de Moraes - Trata sinteticamente do assunto em sua obra, sustentando que será opção do Congresso Nacional aprovar os tratados e convenções internacionais que versem sobre Direitos Humanos com status ordinário (art. 49, I, CF/88) ou com status constitucional (art. 5°, § 3°, CF/88). MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 17ª ed. atualizada até EC 45/04. São Paulo: Atlas, 2005. p. 616- 619. 1.8 A regra geral de internalização dos tratados no Brasil Plano interno Plano internacional 1° CELEBRAÇÃO: Negociação, assinatura pelo Presidente da República. 2ª AUTENTICAÇÃO: Pelo Pres. da República. Tem o efeito de conceder consentimento com relação texto do tratado. 3ª APROVAÇÃO: Expedição pelo CN do Decreto Legislativo autorizando a ratificação. Ainda não há comprometimento 4ª RATIFICAÇÃO: Ato típico de DIPúblico e do Poder Executivo. Este é o marco para início da vigência no plano internacional, em regra. 5ª PUBLICAÇÃO Por meio do Decreto Presidenteda República. Esse Decreto propicia a vigência do tratado no plano interno, 1.9 INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA PARA A JUSTIÇA FEDERAL. 1- A federalização dos crimes de direitos humanos se insere em um contexto no qual, paradoxalmente, em face da sistemática até então vigente, a União, ao mesmo tempo em que detém responsabilidade internacional, não é responsável em âmbito nacional, já que não dispõe da competência de investigar, processar e punir a violação, pela qual internacionalmente estará convocada a responder. 2- Introduzida pela Emenda Constitucional n° 45, de 8 de dezembro de 2004, a federalização dos crimes de direitos humanos já era prevista como meta do Programa Nacional de Direitos Humanos, desde 1996. O novo mecanismo permite ao ProcuradorGeral da República, nas hipóteses de grave violação a direitos humanos e com finalidade de assegurar o cumprimento de tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil, requerer ao Superior Tribunal de Justiça o deslocamento da competência do caso para as instâncias federais, em qualquer fase do inquérito ou processo. 2 Aplicação da lei. 2.1 Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei ARTIGO 1.º Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem cumprir, a todo o momento, o dever que a lei lhes impõe, servindo a comunidade e protegendo todas as pessoas contra actos ilegais, em conformidade com o elevado grau de responsabilidade que a sua profissão requer. ARTIGO 2.º No cumprimento do seu dever, os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem respeitar e proteger a dignidade humana, manter e apoiar os direitos fundamentais de todas as pessoas. ARTIGO 3.º Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei só podem empregar a força quando tal se afigure estritamente necessário e na medida exigida para o cumprimento do seu dever. ARTIGO 4.º As informações de natureza confidencial em poder dos funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem ser mantidas em segredo, a não ser que o cumprimento do dever ou as necessidades da justiça estritamente exijam outro comportamento. ARTIGO 5.º Nenhum funcionário responsável pela aplicação da lei pode infligir, instigar ou tolerar qualquer acto de tortura ou qualquer outra pena ou tratamento cruel, desumano ou degradante, nem invocar ordens superiores ou circunstanciais excepcionais, tais como o estado de guerra ou uma ameaça à segurança nacional, instabilidade política interna ou qualquer outra emergência pública como justificação para torturas ou outras penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. ARTIGO 6.º Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem assegurar a protecção da saúde das pessoas à sua guarda e, em especial, devem tomar medidas imediatas para assegurar a prestação de cuidados médicos sempre que tal seja necessário. ARTIGO 7.º Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei não devem cometer qualquer acto de corrupção. Devem, igualmente, opor-se rigorosamente e combater todos os actos desta índole. ARTIGO 8.º Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem respeitar a lei e o presente Código. Devem, também, na medida das suas possibilidades, evitar e opor-se vigorosamente a quaisquer violações da lei ou do Código. http://www.cfappm.ma.gov.br/pagina.php?IdP agina=80 2.2 Responsabilidades: prevenção e detecção do crime; manutenção da ordem 2pública. 2.2.1 Prevenção primária, secundária e terciária Primária Foco na raiz do conflito (educação, emprego, moradia, segurança etc.); aqui desponta a inelutável necessidade de o Estado, de forma célere, implantar os direitos sociais progressiva e universalmente, atribuindo a fatores exógenos a etiologia delitiva; a prevenção primária liga-se à garantia de educação, saúde, trabalho, segurança e qualidade de vida do povo, instrumentos preventivos de médio e longo prazo. Secundária Foco em setores da sociedade que podem vir a padecer do problema criminal e não ao indivíduo, manifestando-se a curto e médio prazo de maneira seletiva, ligando-se à ação policial, programas de apoio, controle das comunicações etc. Terciária Foco no recluso, visando sua recuperação e evitando a reincidência (sistema prisional); realiza-se por meio de medidas socioeducativas, como a laborterapia, a liberdade assistida, a prestação de serviços comunitários etc. 2.2.2 detecção do crime /Obtenção de Provas Fator preponderante para a efetivação da justa aplicação da lei e a esse respeito, há dois tipos de provas importantes: * provas materiais (testemunhas silenciosas); * depoimentos de testemunhas. 1- Evidências podem ser localizadas no local onde o crime foi cometido, ou onde indícios deste foram deixados. Portanto, é importante que a cena do crime seja localizada, bem como todos os locais onde indícios relacionados ao crime tenham sido subseqüentemente deixados. No caso de um assassinato, isto significa encontrar o local exato do crime (se este, por exemplo, não ocorreu onde o corpo da vítima foi achado), descobrir a rota usada pelo assassino para chegar e sair do local (ou locais), e tentar identificar os locais que o assassino possa ter usado para livrar-se de provas incriminadoras. 2- Antes de continuar com o assunto, deve ser lembrado que ninguém será sujeito à interferência arbitrária em sua vida privada, família, residência ou correspondência (PIDCP, artigo 17). Em uma situação como essa, os encarregados geralmente necessitam de um mandato judicial permitindo o acesso à residência, se necessário contra a vontade dos moradores, com o propósito de colher provas. Esse procedimento é adotado na maioria dos países, e visa proteger os indivíduos contra invasões ilegais e/ou arbitrárias em sua vida privada. 3- O tarefa de proteger, coletar e processar as provas materiais é trabalho para peritos policiais. A análise subsequente, em certos casos, é deixada para laboratórios forenses. As exigências para que provas materiais sejam aceitas como prova irrefutável em um tribunal são muitas e extremamente rígidas. Estes padrões representam um reconhecimento da importância de um julgamento justo, ao qual têm direito todas as pessoas acusadas. 4- O segundo tipo de prova provém de informações obtidas de depoimentos de testemunhas. As testemunhas são importantes para o processo de investigação, pois elas podem ser compelidas a depor e, ao fazê-lo, são obrigadas a dizer a verdade. A situação das testemunhas é contrastada diretamente com a das pessoas suspeitas e acusadas, que não podem ser obrigadas a testemunhar contra si mesmas ou a confessar-se culpadas (PIDCP, artigo 14.3(g)). 5- Sob este mesmo título, alguns comentários devem ser feitos em relação à prática comum na aplicação da lei de se usar informantes confidenciais para a prevenção e detecção do crime, e a prática da infiltração com os mesmos propósitos. Em ambas as práticas, a premissa básica é a de que só devem ser usadas quando for lícito e necessário para os propósitos legais de aplicação da lei. 6- Visto que o uso de informantes confidenciais geralmente envolve o pagamento de dinheiro pela informação dada, chama-se a atenção dos encarregados da aplicação da lei para os riscos potenciais que esta prática acarreta, incluindo o risco de que: 7- O informante, atraído pela perspectiva de pagamento, possa incitar outros a cometer crimes, os quais ele subseqüentementeinforma a seu contato policial; o informante pode explorar a relação com seu contato policial com o intuito de cometer crimes e evitar a detecção; o informante pode ser induzido, por seu contato policial, a instigar crimes cometidos por outros que, subseqüentemente, permitam à organização da aplicação da lei fazer uma captura; o dinheiro nas transações com informantes têm uma influência suscetível de corromper os encarregados da aplicação da lei envolvidos com tais transações. Em relação ao interrogatório de suspeitos e pessoas acusadas, a proibição absoluta da tortura deve ser mais uma vez reiterada. Não só a tortura é proibida por lei, mas os resultados (confissões ou informações) obtidas mediante da tortura nunca serão confiáveis, pois em nenhum momento poder-se-á determinar, sem sombra de dúvida, se a pessoa torturada está falando a verdade ou meramente confessando culpa para que a tortura pare. A tortura é degradante tanto para a vítima quanto para o algoz. Ela solapa os princípios básicos da liberdade, segurança e democracia sobre os quais nossas sociedades deveriam ser construídas. A tortura jamais será justificada em nenhuma circunstância. http://www.dhnet.org.br/dados/ma nuais/dh/mundo/rover/c6.htm A captura de um suspeito é também cercada de procedimentos de salvaguarda bem como sua posterior detenção e interrogatório O interrogatório dos suspeitos requer preparação de parte dos encarregados da aplicação da lei envolvidos. 2.2.3 Manutenção da ordem O cumprimento eficaz desta responsabilidade será muito mais difícil quando as circunstâncias envolvendo incidentes mudam de pacíficas para violentas, ou elevam- se para distúrbios e tensões, estados de emergência, ou, em último caso, para situações de conflito armado. Em todas estas situações, as organizações de aplicação da lei permanecem como encarregadas da manutenção da ordem pública - a menos que uma decisão legal e contrária seja tomada. Direitos e Liberdades Fundamentais x ordem pública - o direito de ter opiniões próprias sem interferência (PIDCP, artigo 19.1); - o direito à liberdade de expressão (PIDCP, artigo 19.2); - o direito à reunião pacífica (PIDCP, artigo 21); - o direito à liberdade de associação (PIDCP, artigo 22.1). 1) O exercício desses direitos tem limite. Podem ser impostas restrições a este exercício, desde que:as mesmas sejam legítimas; e necessárias: para que se respeite o direito à reputação de outrem; ou para a proteção da segurança nacional ou da ordem pública, ou da saúde pública e moral (PIDCP, artigos 19.3, 21 e 22.2) 2) Observação: além dos acima citados, o elemento da "segurança pública" pode ser uma razão legítima para que se restrinja o direito à liberdade de reunião pacífica e à liberdade de associação. Aqui o dilema da manutenção da ordem pública é apresentado estritamente em termos legais. As pessoas têm direito a ter opinião, a expressar esta opinião, e têm o direito de reunir-se pacificamente ou associar-se a outrem, desde que respeitem suas responsabilidades perante a lei. Aprovado e convocado para 2º FASE PMSP – SOLDADO 2008 PMMG – SOLDADO 2008 SEJUS/GDF – Agente Socioeducativo – Atrs 2010 Secria/GDF – Prova de Conselheiro Tutelar – Sol Nascente. OAB/ exame XXIII - 2017, não aprovado na 2ª fase Aprovado na prova objetiva e não convocado para a segunda fase. PCSC – Investigador de Polícia 2008 GDF/SEJUS- Agente socioeducativo 2008 TRF1 - Segurança Judiciário 2011 PCTO - Delegado de Polícia 2015 GDF/SEAP/SESIP – Agente de Atividades Penitenciárias 2015
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