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GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 1 de 84 CURSO: TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO GESTÃO PATRIMONIAL 1. Introdução A Gestão Patrimonial engloba as operações relacionadas a administração dos ativos imobilizados de uma empresa, tais como: Processos de aquisição: escolha e seleção dos bens, especificação, padronização, seleção de fornecedores; Administração patrimonial: cadastramento ou registro dos bens, codificação, recolhimento e guarda, distribuição, definição de responsabilidade, baixa, alienação e Inventários Reforma e manutenção: corretiva e preventiva Segurança patrimonial: avaliação e quantificação dos riscos, plano de segurança, sistemas físicos de proteção dos bens e de pessoas, proteção contra fogo e de combate a incêndios; Gestão de seguros: contratação, ocorrência de sinistros e indenizações; Sistema de informação; e Arquivamento de documentação. Algumas empresas vêm considerando Gestão Patrimonial de forma limitada e restrita apenas ao controle das seguintes atividades: a) Cadastramento – após a classificação, os bens são registrados em fichas ou no sistema corporativo de Gestão Patrimonial. Também, é realizada a identificação física dos bens através da fixação de chapas ou etiquetas, para facilitar o controle dos mesmos. O registro cadastral deve conter todas as informações imprescindíveis para a sua caracterização e controle. b) Recolhimento e guarda – é a retirada de um bem de um local ou setor da empresa para o almoxarifado. c) Distribuição – é a transferência de um bem do almoxarifado para uma determinada área da empresa. d) Carga e definição de responsabilidade – alocação dos bens em determinada área e a definição de responsabilidades pela guarda, utilização, conservação e controle dos bens perante a empresa. e) Baixa ou transferência – processo de retirada ou saída do bem junto ao responsável ou detentor e remessa ao almoxarifado ou outro usuário. f) Alienação – quando os bens não atendem mais às necessidades da empresa, eles são transferidos ou destinados para outras finalidades. Os bens alienados se enquadram nas seguintes categorias: excedentes, obsoletos, sucatas e outras. g) Inventários – é o processo de levantamento físico dos bens. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 2 de 84 2. Ativo Imobilizado O ativo imobilizado compreende os bens materiais usados na atividade da empresa, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens, que apresentam as seguintes características básicas: Serem utilizados nas atividades da empresa; Não estejam, enquanto ativos, destinados à venda; Vida útil superior a um ano; Relevância de valor. O tipo de imobilizado varia de acordo com a atividade operacional de cada empresa. De acordo com o Manual de Contabilidade (FIPECAFI) o ativo imobilizado pode ser classificado nos seguintes grupos de bens: a) Imobilizado em operação: Imóveis – São representados por terrenos e edificações: - Terrenos – Nesta conta são registrados os valores relativos aos terrenos de propriedade da empresa e que são utilizados em suas operações, tais como: terrenos onde se localizam as fábricas, a administração, as filiais, os depósitos. Os terrenos sem uma destinação específica devem ser classificados no grupo investimentos. - Edificações – Abrangem os edifícios que estão em operação, os imóveis ocupados pela administração, fábrica, depósitos, filiais de propriedade da empresa. Não devem ser incluídos nessa conta os valores relativos às instalações elétricas, hidráulicas, etc., que fazem parte da conta instalações. Instalações – Nessa conta são registrados os bens materiais e custos de implantação, relativos a instalações hidráulicas, sanitárias, de vapor, de ar-comprimido, de comunicações, de climatização, painéis e letreiros fixos ao imóvel, etc., que apesar de fazerem parte dos edifícios, devem ser segregadas, uma vez que a sua vida útil e a depreciação são diferentes. Máquinas e Equipamentos – Englobam o conjunto de máquinas e aparelhos utilizados na atividade da empresa, equipamentos de proteção e segurança patrimonial (extintores, câmeras, aspersores, condicionadores de ar, etc). Equipamentos de Processamento de Dados ou Computadores e Periféricos – Incluem-se as unidades centrais de processamento, as unidades periféricas, bem como as impressoras e terminais. No caso dos programas e aplicativos ("software") adquiridos ou desenvolvidos pela empresa, devem ser apropriados ao resultado se o seu valor não for relevante. No entanto, nos casos de grandes sistemas, envolvendo valores significativos, devem ser registrados no Ativo Intangível e amortizados em função dos períodos a serem beneficiados. Móveis e Utensílios – Engloba os valores relativos às mesas, cadeiras, sofás, geladeiras, arquivos, máquinas de calcular, máquinas de escrever, entre outros, que tenham vida útil superior a 1 (um) ano. Veículos – Classificam-se nessa conta todos os veículos de propriedade da empresa, utilizados pelo pessoal do departamento administrativo, de vendas, ou de transporte. Os veículos utilizados no processo produtivo, tais como: empilhadeiras, tratores e similares, podem ser registrados na conta de equipamentos. Ferramentas e Peças de Reposição – As ferramentas de uso na empresa, de vida útil superior a um ano. No entanto, é aceitável a prática de lançar diretamente em despesas as ferramentas de pequeno valor unitário, mesmo quando a vida útil seja superior a um ano. Nessa conta também são registradas as peças de reposição em estoque destinadas à substituição ou manutenção das máquinas, equipamentos, veículos, etc., classificados no Ativo Imobilizado. Essas peças, quando utilizadas, serão contabilizadas como adição ao imobilizado em operação, e o valor das peças substituídas deve ser baixado dessa conta. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 3 de 84 Reflorestamentos e Jazidas – Classificam-se nessa conta custos relativos a projetos de florestamento e reflorestamento de propriedade da empresa, bem como os custos incorridos na obtenção de direitos de exploração de jazidas de minério e pedras preciosas. b) Imobilizado em andamento: Construções em Andamento – Nessa conta são classificados todos os gastos com materiais, mão-de-obra direta e indireta e outros gastos que a empresa incorrer na construção e instalação, até o momento em que os bens entram em operação, quando são reclassificados para as contas específicas do grupo Imobilizado em Operação. Consórcios – São classificados nessa conta os adiantamentos por conta de fornecimento de bens, destinados ao Ativo Imobilizado, por meio de consórcios antes do recebimento dos mesmos. Quando do recebimento do bem, o valor constante dessa conta será transferido para uma conta específica do grupo Imobilizado em Operação. Importações em Andamento – Serão registrados nessa conta todos os gastos incorridos desde a assinatura do contrato de câmbio (tais como: fretes, comissões, seguros, impostos não recuperáveis, tarifas aduaneiras, etc.), até o efetivo desembaraço aduaneiro dos bens importados destinados ao Ativo Imobilizado. Quando os bens importados forem desembaraçados, será efetuada a transferência dos valores registrados nessa conta para a conta específica, do grupo Imobilizado em Operação. Custo de Demolições – Nos casos de aquisição de terreno que possui imóvel a serem demolidos, o custo total da aquisição é atribuído exclusivamente ao terreno. c) Bens do Ativo Imobilizado de Pequeno Valor: A critério da empresa, poderão ser lançados como custo ou despesa operacional o valor de aquisição de bens de uso da empresa, cujo prazo de vida útil não ultrapasse 1 (um) ano ou o valorunitário não seja superior a R$ 1.200,00 (Lei n° 12.973/14, artigo 2°, que alterou o Art. 301 do RIR/1999). GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 4 de 84 3. Compras de Ativos Imobilizados Na Gestão Patrimonial, a função compras é revestida dos seguintes objetivos: Obter bens e serviços na quantidade e com a qualidade necessária, ao preço justo, com garantia do melhor serviço possível e correta entrega, por parte do fornecedor. Ao mesmo tempo deve desenvolver e manter boas relações com os fornecedores, e buscar fornecedores potenciais. Para satisfazer estes objetivos, devem ser desempenhadas algumas atividades básicas como: Determinar as especificações de compra: qualidade certa, quantidade certa e entrega certa, tempo e lugar; Negociar os termos e condições de compra; Emitir e administrar pedidos de compra; Acompanhar o recebimento e pagamento; Selecionar o fornecedor correto. É preciso conhecer os fornecedores para avaliar se os produtos e serviços por eles oferecidos são adequados às necessidades da empresa, bem como avaliar se são superiores aos oferecidos por outras empresas fornecedoras. Deverá ser formulado um questionário contendo as informações mais importantes, submetendo-o a todos os fornecedores com o objetivo de identificar aqueles que estão mais alinhados aos interesses da empresa. É importante fazer uma análise prévia dos fornecedores para saber até que ponto poderá evoluir na relação comercial que irá estabelecer. É muito importante pesquisar os seguintes pontos: • Onde estão localizados? • Quais são e quantos serão os seus futuros fornecedores? • Eles estão interessados e dispostos a auxiliá-lo a entrar no mercado? • Atenderão aos seus pedidos pelo menos em condições iguais às de seus concorrentes? • De que maneira você pode contribuir para que os negócios deles tenham sucesso? Informações que são necessárias para escolher os fornecedores: • As empresas que você deseja como fornecedores trabalham com empresas de pequeno porte? • Costumam ser flexíveis quanto a prazos de pagamento e descontos para pagamentos à vista? • Que produtos vendem e que preços praticam? • Costumam ter problemas de fornecimento (falta de produtos ou demora na entrega)? • A qualidade de seus produtos é boa? • Quais os pontos Fortes e os pontos Fortes de cada fornecedor? Empresa 1: Pontos Fortes Pontos Fracos 1.1 1.2 Empresa 2: 2.1 2.2 No sistema tradicional a função de compras fundamenta-se na procura do bem, na negociação do preço, e na definição do prazo de pagamento e da qualidade dos bens adquiridos. No tocante as aquisições de ativos imobilizados, para escolher os bens são necessárias realizar de forma integrada e sistematizada as seguintes atividades: seleção, especificação, simplificação, padronização, classificação e codificação. ESCOLHA E SELEÇÃO – Os usuários tendem a escolher os bens materiais em função das suas características de desempenho, enquanto outras pessoas dentro da organização procuram levar em consideração a pontualidade e o prazo de entrega dos fornecedores, o preço, as condições de pagamento. Assim, a seleção dos bens que serão utilizados pela GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 5 de 84 organização deve ser obtida mediante uma administração que seja capaz de explicitar as divergências e alcançar um consenso razoável entre os envolvidos na compra: usuários, compradores, almoxarife, diretor financeiro etc. A escolha dos bens materiais é tão importante para a empresa que não pode ficar exclusivamente na mão dos usuários dos bens materiais e nem dos administradores de bens materiais. Torna-se evidente e lógico que a Área de Gestão Patrimonial deve fazer parte do processo. ESPECIFICAÇÃO E SIMPLIFICAÇÃO – envolve as atividades voltadas para identificar e individualizar os bens definindo as características e as propriedades necessárias, os requisitos técnicos que um bem ou processo deve apresentar para cumprir sua finalidade. Os procedimentos de simplificação buscam reduzir a variedade e as características físicas e funcionais desnecessárias nos bens. Busca-se também eliminar os materiais, as funções e os quesitos face ao surgimento de outros com melhor desempenho ou desnecessários. Os principais critérios para reduzir a variedade desnecessária referem-se à qualidade, custo, condições de fornecimento, funções operacionais entre outros. Características de uma especificação: Nome básico: Título principal do material, este deve ser analisado quanto a informações contidas em normas técnicas, porém em muitos casos usa-se o nome comercial. Exemplo: OMO – nome básico “Sabão em pó”. Características físicas: comprimento, largura, espessura, dureza, granulação, pressão, tensão, corrente, volume, cor, formato, data de validade, embalagens. Unidade de estoque: Está relacionada às quantidades de fornecimento do material. Para se ter uma idéia, a ABNT sugere unidades variadas para o mesmo item, como: Kg , Peça ou Metro tal caso acontece com as normas de tubos de aço carbono. Assim, a norma deixa a critério do mercado fornecedor. Referência comercial: – A referência é um adendo importante, que pode ajudar em muito a aquisição do material, entretanto, não devemos esquecer que estaremos vinculando a um só fornecedor, o que trará problemas para a negociação do preço de compra. A referencia é indicada da seguinte forma: Nome do fabricante: Gessy Lever Referência: OMO ou similar. Algumas empresas indicam como referencia a soma do nome com a referência, ficando padronizada: Referência: Gessy Lever – OMO. Para peças específicas usa-se a indicação de desenhos: Nome do fabricante: Villares Desenho: BH237809990 Rev. 2 ( em anexo). Tendência das empresas: As empresas tendem a se padronizar, quer dizer, criar padrões de especificação, unidade de estoque, dimensionais e padrões de materiais, tendendo a reduzir a variedade de itens no estoque. - PADRONIZAÇÃO – é o processo pelo qual a organização torna obrigatório o uso, a compra ou a produção de certo material e, necessariamente, resulta das atividades de especificação e simplificação. A especificação sempre nos conduz a padronização, que pode ser definida como sendo a análise de materiais a fim de permitir seu intercâmbio, possibilitando a redução de variedades e consequente economia. Segundo o dicionário é redução dos objetos do mesmo gênero a um só tipo, unificando, simplificando, segundo um padrão ou modelo preestabelecido. CLASSIFICAÇÃO – a classificação de materiais é um processo que tem como objetivo agrupar todos os materiais com características comuns. Pode ser dividida em quatro categorias: Identificação, Codificação, Cadastramento e Catalogação. IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL – é a primeira etapa da classificação de material e também a mais importante. Consiste na análise e registro das características físico/químicas e das aplicações de um determinado item em relação aos outros, isto é, estabelece a identidade do material. Para identificar essas características, é necessário ter em conta alguns dados sobre os materiais, dados estes que podem ser retirados de catálogos, de listas de peças fornecidas pelos fabricantes, pela simples visualização do material, etc. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 6 de 84 CODIFICAÇÃO – Codificação se refere à distribuição de símbolos aos bens classificados para melhor identificação. São usados códigos (ou combinações) alfabéticos, numéricos ou alfanuméricos. a) Codificação alfabética – Este processo representa os materiais por meio de letras, foi muito utilizado na codificação de livros (Método Dewey), com a implementação da imprensa no mundo, o sistema agregou números a sua codificação, conseguindocom isto codificar a grande variedade de edições em suas categorias e classificações de assuntos, autores e áreas especificas. b) Codificação alfa-numérica – Este processo agrupa números e letras, atualmente é um sistema muito utilizado na classificação de peças automotivas e na codificação de placas de automóveis. c) Codificação numérica ou sistema Numérico ou Decimal – A atribuição consiste na adoção de algarismos arábicos, sendo o método mais utilizado, pela facilidade de ordenação seqüencial de diversos itens e na adoção da informatização. A identificação com o código do item, usualmente é feita com pequenas chapas coladas nos bens (costuma-se dizer que são chapas com número do patrimônio). Devido à facilidade de informatização das empresas, as chapas com o número do imobilizado, trazem um código de barras que facilita a leitura e o controle do patrimônio imobilizado. A exemplo da codificação de materiais, existem diversos critérios para codificação dos bens imobilizados, sendo o mais indicado o decimal-universal: X.X.X.XX.XXX–DV Dígito Verificador Número Sequencial: 001 – mesa; 002 – cadeiras Grupo do bem – Móveis e Utensílios Sub grupo do plano de contas – Ativo Imobilizado. Grupo do plano de contas – Ativo Não Circulante Item do plano de contas – Ativo d) Código de barras – A EAN Brasil – Associação Brasileira de Automação Comercial, atualmente GSI recebeu a incumbência de administrar no âmbito do território brasileiro o Código Nacional de Produtos, Sistema EAN/UCC constituído de: Um sistema para numerar itens (produtos de consumo e serviços, unidades de transporte, localizações, e outros ramos,...) permitindo que sejam identificados. Um sistema para representar informações suplementares. Código de barras padronizados para representar qualquer tipo de informação que possa ser lida facilmente por computadores (escaneada). Um conjunto de mensagens EANCOM para transações pelo Intercambio Eletrônico de documentos (EDI). Dentro do processo, foram padronizados sistemas de EAN, sendo: EAN 13 – utilizado para identificar unidade de consumo. EAN 08 – utilizado para identificar unidade de consumo, quando a embalagem não tem espaço físico para marcar o EAN13. EAN/DUN14 – utilizado para identificar caixas de papelão, fardos e unidades de despacho em geral. UCC/EAN128 – aplicado em unidades de distribuição, permitindo identificação de número de lote, série, data de fabricação, validade, textos livres e outros dados. ISBN – utilizado para identificar livros. ISSN – utilizado para identificar publicações periódicas. e) Razões de utilização – Dentre muitos se apresentam: Padrão utilizado internacionalmente em mais de 100 países. Cada identificação de mercadoria é única no mundo. Decodificações rápidas do símbolo, gerando informações instantâneas. Linguagem comum no intercambio de informações entre parceiros comerciais. f) Vantagens para a indústria Conhecimento exato do comportamento de cada produto no mercado. Estabelecimento de uma linguagem comum com os clientes,. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 7 de 84 Organização interna, mediante a codificação de embalagens de despacho e da matéria prima. Controle de inventários e do estoque, expedição de mercadorias. Padronização nas exportações. Aproximação do consumidor ao produto (merchandising) Possibilidade de utilizar o Intercambio eletrônico de Documentos (EDI). g) Vantagens para o comércio Otimiza o controle de estoque. Aumenta a eficiência no ponto de venda: elimina erros de digitação, diminui o tempo das filas. Otimiza a gestão de preços e de crédito. Melhora o controle do estoque central. Obtém informações confiáveis para uma melhor negociação. Vende mais com maior lucro. Atende as mudanças rápidas dos hábitos de consumo. Melhora o serviço ao cliente. Estabelece linguagem comum com fornecedor. h) Vantagens para o consumidor Cupom fiscal detalhado. Passagem rápida no check-out. Eliminação de erros de digitação em sua compra. Preço correto nas gôndolas. Linhas de produtos a venda de composição mais adequada ao perfil da clientela CADASTRAMENTO DOS BENS MATERIAIS – o objetivo deste é inserir nos registros da empresa todos os dados que identifiquem os bens materiais. O cadastramento é efetuado através do preenchimento de fichas individuais dos bens ou em sistema informatizado que deverá constar principalmente: a data de aquisição, código, valor inicial, critério e prazo para a depreciação, depreciação do período e acumulada, centro de custo em que o bem se encontra alocado, espaço para registros de melhorias no bem; por exemplo, a colocação de leitor digital em uma máquina, ar condicionado em um veículo etc. (desde que altere seu valor contábil). No Anexo 1 é apresentado modelos de fichas cadastrais dos bens do ativo imobilizado, de termo de responsabilidade e do levantamento do inventário. CATALOGAÇÃO DE BENS MATERIAIS – consiste em ordenar de uma forma lógica todos os dados que dizem respeito aos itens identificados, codificados e cadastrados de forma a facilitar a consulta da informação pelas diversas áreas da empresa. Um dos aspectos mais importantes na catalogação de material é usar simplicidade, objetividade e concisão dos dados gerados e permitir um fácil acesso e rapidez na pesquisa. Os objetivos de uma boa catalogação são: Conseguir especificar o catálogo de uma forma tal que o usuário consiga identificar/requisitar o bem que deseja; Evitar que sejam introduzidos no catálogo itens cadastrados com números diferentes; Possibilitar a conferência dos dados de identificação dos bens colocados nos documentos e formulários do sistema de bens materiais. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 8 de 84 ATIVIDADE PROPOSTA 1: Questionário 1) Em que consiste a Gestão Patrimonial? 2) O que são ativos imobilizados e quais as características básicas? 3) Como são classificados os ativos imobilizados? Dê exemplos. 4) O que são bens de pequeno valor e como podem ser classificados? 5) Qual o objetivo da área de compras, dentro da Gestão Patrimonial? 6) Quais as atividades básicas desenvolvidas pela área de compras? 7) Como deve ser o relacionamento da área de compras com os fornecedores? 8) Que informações são necessárias para escolher os fornecedores? 9) Quais as atividades a serem desenvolvidas pela área de compras, no tocante as aquisições de ativos imobilizados? 10) O que deve ser observado na escolha e seleção dos bens do ativo imobilizado? 11) Em que consiste as atividades de especificação e simplificação e qual a importância para a empresa? 12) O que a empresa deve observar na especificação dos bens? 13) Como pode ser definida a atividade de padronização dos bens? 14) Em que consiste as atividades de identificação dos bens materiais? 15) Em que consiste o sistema EAN/UCC para códigos de barras e quais os principais sistemas padronizados? 16) Cite as razões para utilização pelas empresas do sistema EAN/UCC para códigos de barras. 17) Cite as vantagens da utilização pelas empresas industriais e comerciais, e pelos consumidores, do sistema EAN/UCC para códigos de barras. 18) Qual o objetivo do cadastramento de bens e como ele é realizado? 19) Em que consiste a catalogação dos bens e quais são os objetivos de uma boa catalogação? Efetuar as 1ª etapa, 2ª etapa e 3ª etapa, da Atividade Proposta 10. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 9 de 84 4. Decisão sobre Investimento no Ativo Imobilizado (Fixo) Espera-se que uma empresa possa ganhar mais com seus ativos, comprando estoque ouproduzindo para revender ou prestando serviços, do que investindo seu dinheiro para ganhar juros no mercado financeiro. Os investimentos de recursos em ativos imobilizados exigem que os empresários disponibilizem um montante significativo de capitais. Por isso, depois de iniciados esses investimentos são quase que irreversíveis. É necessário todo um processo de planejamento e avaliação, bem como a elaboração de uma planilha de dispêndio ou cronograma de desembolsos dos investimentos, que preveja as datas em que serão efetivamente realizados os desembolsos de valores. Estes investimentos acarretam elevação nos gastos da empresa, tais como depreciação mais elevada, custos de prêmios de seguros mais altos, valor maior da tributação incidente sobre as propriedades imobiliárias (IPTU) e, possivelmente, mais gastos de manutenção. A recuperação dos valores investidos na aquisição de bens do Ativo Imobilizado (no caso prédios, máquinas, instalações e equipamento), na maioria das vezes, pode ocorrer em vários anos. Se não houver um orçamento bem elaborado para esse tipo de investimento, poderá gerar consequência bastante prejudicial à empresa, que pode ser levada a uma condição financeira incômoda. Na elaboração do Plano de Investimentos (orçamentos de capital) a empresa deve considerar – além da receita bruta das vendas, custos operacionais e despesas totais – informações sobre a capacidade produtiva e a vida útil dos equipamentos, o valor de equipamentos periféricos necessários, o custo de manutenção de todos os bens a serem incorporados ao sistema produtivo da empresa, bem como os impostos incidentes, a perspectiva de inflação e outros elementos relacionados com a nova planta industrial. As razões para a realização de investimentos em Ativos Imobilizados mais encontradas no meio empresarial são: a) Expansão dos negócios – Os investimentos têm por finalidade elevar o nível da produção e das vendas, necessitando adquirir itens do ativo imobilizado como imóveis, máquinas, equipamentos fabris etc. b) Substituição de equipamentos – Sempre que for preciso consertar uma máquina é necessário comparar o desembolso exigido para seu reparo em relação ao que seria necessário para substituí-la e os benefícios dessa substituição. A opção que trouxer melhor retorno para a empresa é a que deve ser adotado. c) Modernização – As grandes mudanças que ocorre no mercado obrigam as empresas a realizarem altos investimentos, pois as maquinas e equipamentos modernos reduzem o desperdício de matérias primas e outros insumos – inclusive mão de obra – e possibilitam a elaboração de produtos de melhor qualidade. Só assim elas obtêm vantagens competitivas e um padrão tecnológico compatível com as exigências dos consumidores dos seus produtos. São estes investimentos que fazem com que as empresas atinjam um patamar diferenciado; uma presença de destaque no mercado. d) Investimentos de contingências – Resulta, geralmente, da imposição de algum órgão público, que obriga a empresa a fazer investimento sem perspectiva de benefícios financeiros. Por exemplo: filtros de proteção ambiental, lagoas de decantação etc. e) Custo Financeiro – Em qualquer dos casos, deve ser realizada a avaliação sobre o que seria melhor para empresa: adquirir ativos imobilizados com recursos próprios, financiamentos bancários ou pelo sistema de Leasing – (conforme item 11). As decisões de investimento de capital englobam dois aspectos da lucratividade de longo prazo: i. a estimativa do aumento dos fluxos de caixa líquidos ou das economias nas saídas de caixa que resultarão desse investimento; e, ii. o cálculo do total das saídas de caixa necessárias para efetivar o investimento. Esses dados serão decisivos para a avaliação dos investimentos. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 10 de 84 5. Critérios de Avaliação do Ativo Imobilizado A base de avaliação dos bens componentes do Ativo Imobilizado é o seu custo de aquisição, ou seja, todos os gastos relacionados com a aquisição dos bens e os necessários para colocá-lo em local e condições de uso no processo operacional da companhia. Bens Adquiridos – No caso de compra, o custo compreende o preço faturado pelo fornecedor acrescido de todos os gastos necessários para poder efetivar a compra e instalar o bem, tais como: frete, seguro, comissões, desembaraço aduaneiro, custos de instalação e montagem, custos com escritura e outros serviços legais e os impostos pagos, exceto quando ensejarem crédito fiscal. Os valores relativos a encargos financeiros decorrentes de empréstimos e financiamentos, bem como os juros nas compras a prazo de bens do Ativo Imobilizado, não devem ser incluídos no custo dos bens adquiridos, mas lançados como despesas financeiras no resultado ou no ativo diferido, se em fase de construção. Ressalte-se que perante a legislação do Imposto de Renda (Parecer Normativo CST nº 02/1979), o Imposto de Transmissão na Aquisição de Imóveis pago pela pessoa jurídica na aquisição de bens do Ativo Permanente poderá, a seu critério, ser registrado como custo de aquisição ou deduzido como despesa operacional. No entanto, para efeitos contábeis, tal procedimento não é válido, uma vez que esse tributo faz parte do valor aplicado na aquisição do bem. EXEMPLO: Aquisição de Máquinas Industriais no valor de R$ 20.000,00, com frete de R$ 2.000,00 e despesas de instalação de R$ 1.000,00. O custo de aquisição de aquisição total foi de R$ 23.000,00. Bens Construídos – O custo dos bens construídos corresponde aos gastos por aquisição dos materiais aplicados, o da mão-de-obra e seus encargos e outros custos diretos e indiretos relacionados com a construção, incorridos até a data da colocação dos mesmos em atividade. Bens Recebidos em Doação ou Subvenções Para Investimento – No caso de bens recebidos em doação ou subvenção para investimento, sem ônus para a empresa, devem ser contabilizados pelo preço praticado no mercado, a crédito da conta específica de Reserva de Capital (Art. 182, § 1º, letra "d", da Lei nº 6.404/1976). As demais doações recebidas pela empresa serão apropriadas ao resultado do período como receita. Bens Incorporados ao Capital – Os bens que forem incorporados ao Patrimônio Líquido da empresa para formação do capital social serão registrados pelo seu valor de avaliação, estabelecido por três peritos ou por empresa especializada e aprovado em assembléia geral (Art. 8º da Lei nº 6.404/1976). Reparos, manutenções e substituição de partes ou peças – Os gastos incorridos com melhorias, alterações, recuperações e reparos para manter ou recolocar os ativos em condições normais de uso serão agregados à conta que registra o bem no grupo do Ativo Permanente e depreciado conforme prazo de vida útil previsto, sempre que forem de valores relevantes e aumentarem a vida útil originalmente prevista para o bem. Caso contrário, serão lançados como despesas, à medida que os gastos são incorridos. Perante a legislação do Imposto de Renda pode ser lançado como custo ou despesa operacional o valor de aquisição de bens para o Ativo Permanente, cujo prazo de vida útil não ultrapasse um ano ou o valor unitário seja inferior a R$ 1.200,00. (Art. 301 do RIR/1999 e art. 2º da Lei nº 12.973/14). Bens obsoletos ou sucateados – Tratando-se de bens obsoletos, sucateados ou totalmente depreciados, deverão permanecer registrados contabilmente, pois a baixa contábil deve ser concomitante à baixa física do bem, ou seja, com sua efetiva saída do patrimônio da empresa, e o valor de alienação, caso haja valor econômico apurável, servirá para apuração da receita eventual ou do valor efetivo da perda. Para qualquer tipo de entidade seja pública ou privada, a avaliação de um bem está fundamentada na aplicação de um conjunto de técnicas que possibilita levantar o seu valorespecífico. Não representa uma ciência exata. Representa sim, a arte de estimar valores em que os conhecimentos profissionais, a confiabilidade das informações e o bom julgamento, são condições essenciais. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 11 de 84 No campo da gestão patrimonial, as avaliações têm absoluta importância na definição de seguros, valorização do patrimônio tangível (imóveis, máquinas, equipamentos e outros), do patrimônio intangível (marcas, patentes, contatos, concessões etc), avaliação para desapropriação ou certidões de imóveis, decisão de investimentos, custos de reposição, perícias, laudos e estudos de obsolescências entre outros. Desta forma, o objetivo da avaliação é encontrar a tendência central ou média ponderada de indicadores ou valores orientados por dados econômicos, financeiros e de mercado, tais como: − valores referenciais de vendas ou de aluguéis; − atualização ou levantamento de preços e valores; − comparação direta (tamanho, qualidade, localização, estado de conservação etc.); − comparação indireta (rendas e taxa de capitalização). Considerando as normas da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas que tem elaborado vários trabalhos no campo das avaliações em consonância com o SNMNQI - Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - podem ser destacadas as seguintes normas relacionadas à Gestão Patrimonial: − NB-502 (NBR 5.676) - Avaliações de Imóveis Urbanos; − NB-613 (NBR 8.799) - Avaliações de Imóveis Rurais; − NB-899 (NBR 8.951) - Avaliação de Glebas Urbanizáveis; − NB-900 (NBR 8.977) - Avaliação de Máquinas, Equipamentos, Instalações, Complexos Industriais. Analisando-se as normas orientadoras fundamentais para o processo de avaliação, e em certas situações obrigatórias de se serem seguidas, os seguintes métodos básicos para a avaliação de bens de maneira geral podem ser destacados. I. Métodos Diretos Método Comparativo de Dados de Avaliação: está assentado nas informações sobre valor de venda ou rendimentos. O valor do bem é estimado pelas comparações de dados coletados junto ao mercado, organismos técnicos, organizações ou outra fonte confiável. Quando possível deve ser considerado o tratamento estatístico dos dados obtidos. Método Comparativo de Custo Reposição ou Reprodução: Neste caso apropria-se o valor do bem através dos custos e valores para reposição do bem. A composição dos custos deve ser fundamentada em orçamentos comprobatórios, e justificados e qualificados os efeitos do desgaste físico, do obsoletismo e da depreciação. II. Métodos Indiretos Método de Renda ou Rendimentos: Apropria-se o valor do bem e ou suas partes constitutivas com base no valor presente dos rendimentos líquidos reais, previstos ou potenciais. Aspectos fundamentais neste método são representados pelo correto uso e pela determinação da taxa de desconto ou juros, no período utilizado de capitalização e pela confiável determinação dos rendimentos líquidos. Método Involutivo: Este método está baseado na análise de viabilidade técnico-econômica, Consistindo na apuração da receita total potencialmente auferida com a venda e eficiente aproveitamento, deduzindo todos os gastos ou despesas potenciais diretas e indiretas, numa eventual execução ou implantação operacional. O lucro potencial também deve ser deduzido, para a obtenção do valor do bem. Método Residual: Este método estima o valor do imóvel na sua totalidade, isto é, considerando terreno como um todo, lote mais benfeitorias e partes constitutivas, e em seguida efetua-se a subtração do valor estimado do terreno. Para a tomada de decisão, estes métodos podem ser considerados de forma comparativa, um com ao outros ou serem considerados conjuntamente, quando for necessário ou indicado. Dependendo do tamanho, do valor e da precisão necessária, o processo de avaliação de bens poderá sofrer maior detalhamento ou simplificação ou é representado pelos seguintes passos: GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 12 de 84 Identificação do Problema - abrangendo dois aspectos fundamentais: um referente ao objeto a avaliar e outro referente à finalidade. Quanto ao objeto, deve-se destacar a sua caracterização (localização, instalação, descrição técnica e operacional, e estado de conservação, entre outros). No que se refere à finalidade da avaliação, deve-se destacar em que espécie de valor está fundamentada: se valor venal, custo de reprodução, renda do valor residual, valor atual e valor de mercado etc. Também deve ser considerado se a avaliação se destina a expropriação, taxação de impostos, renovação de locação, hipoteca, substituição ou venda, etc. Levantamento Preliminar e Plano de Trabalho: através de um levantamento preliminar do bem pode ser indicado o método mais aconselhável para a avaliação e desenvolvimento de um plano de trabalho compatível com o objeto da avaliação. Obtenção dos Dados: tem por finalidade reunir dados de mercado e técnicos referentes a vendas, rendas, custos e valores. Análise dos Dados: é o momento em que o avaliador fará estruturação dos dados em função dos métodos escolhidos e a obtenção dos resultados. Comparações entre os Métodos e Conclusões: com a obtenção dos resultados por um ou vários métodos o avaliador finalizará a avaliação com a devida documentação explicitadora. Avaliação Final e Laudo: O avaliador deverá levar em conta as tendências econômicas, os indicadores econômico-financeiros, o estudo da tecnologia e, no caso especifico da avaliação de imóveis, a tendências locais e regionais que possam intervir no valor da Propriedade. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 13 de 84 6. Valores Patrimoniais Ao longo do tempo, os bens materiais perdem os seus valores ou diminuem de preço devido ao tempo, ao desgaste físico, à obsolescência funcional e à obsolescência econômica. Este fenômeno é denominado de maneira geral de depreciação, podendo ser definido como o encargo ou despesa anual que é feita ou prevista durante o período de vida útil do investimento, para recuperação do investimento, na ocasião da retirada do bem ou momento de reposição e alienação. Logo, o imobilizado está relacionado ao tempo, ao uso, à obsolescência e ao desgaste, tendo correlação direta com os conceitos de depreciação, amortização e exaustão que representam as formas de redução de valor do bem. A depreciação se refere ao desgaste ou deterioração pelo uso ou pelo transcorrer do tempo. Evidencia-se, portanto, que somente os bens tangíveis imobilizados são depreciados. Quanto às amortizações, são aplicáveis sobre os intangíveis como marcas, patentes. A exaustão, por outro lado, é indicada, por exemplo, aos recursos naturais como florestas e jazidas de minérios. O número de anos escolhido para depreciar o bem será igual, no máximo, à duração física provável do equipamento, ou ao número de anos legalmente permitido, podendo ser bem menor, caso: i. haja risco do obsoletismo do processo; ii. existam condições de instabilidade econômica que aconselham prudência na aquisição de equipamentos e exijam amortização rápida do capital investido; iii. haja grande risco técnico ou mercadológico no empreendimento. Um sistema de depreciação deve abranger os seguintes aspectos: i. Ser capaz de fazer com que haja uma recuperação do capital investido tão rapidamente quanto possível, em consonância com os fatos econômicos envolvidos. ii. Ser simples. Iii. Assegurar que os valores contábeis, em qualquer época, não sejam maiores que os valores reais. Iv. Que seja aceito pela legislação tributária. A Receita Federal publica periodicamente o prazo de vida útil admissível, em condições normais ou médias para cada espécie de bem, ficando assegurado ao contribuinte o direitode computar a quota efetivamente adequada às condições de depreciação de seus bens, desde que faça a prova dessa adequação, quando adotar taxa diferente. Tabela de taxa anual de depreciação: Taxa anual Anos de vida útil Edifícios 4% 25 Máquinas e Equipamentos 10% 10 Instalações 10% 10 Móveis e Utensílios 10% 10 Veículos 20% 5 Computadores e periféricos 20% 5 Na área contábil, muitos métodos de Depreciação são apresentados, dos quais podem ser mencionados os seguintes: Método da Linha Reta ou Linear (quotas constantes), Método das Taxas Fixas, Método das Taxas Variáveis, Método de Unidades Produzidas e Método da Depreciação Decrescente. O Método da Linha Reta é o mais utilizado devido ser o único aceito pelo Imposto de Renda. Conhecida a taxa anual de depreciação, que é fornecida pela Receita Federal, a depreciação anual pode ser calculada com a seguinte expressão: D = (C-L) x 1/n D é o valor da depreciação anual; C é o valor do investimento inicial; L é o valor residual menos custo de descarte do equipamento após o n (enésimo) ano de uso. É um valor normalmente de difícil quantificação; n é igual ao número de anos de vida útil; 1/n é igual a taxa anual de depreciação. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 14 de 84 ATIVIDADE PRÁTICA 1: Cálculo da depreciação de Móveis e Utensílios, considerando: a) Valor de aquisição: R$ 10.000,00 b) Vida útil: 10 anos c) Depreciação anual: 10% d) Valor residual: R$ 2.000,00 Períodos (em anos) Quota Anual (R$) Depreciação Saldo Acumulada (R$) Contábil (R$) 0 R$ 10.000,00 1 800,00 800,00 R$ 9.200,00 2 800,00 1.600,00 R$ 8.400,00 3 800,00 2.400,00 R$ 7.600,00 4 800,00 3.200,00 R$ 6.800,00 5 800,00 4.000,00 R$ 6.000,00 6 800,00 4.800,00 R$ 5.200,00 7 800,00 5.600,00 R$ 4.400,00 8 800,00 6.400,00 R$ 3.600,00 9 800,00 7.200,00 R$ 2.800,00 10 800,00 8.000,00 R$ 2.000,00 GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 15 de 84 7. Manutenção dos Bens do Ativo Imobilizado A conservação dos itens do patrimônio (ativo fixo) das organizações, tais como máquinas, instalações, equipamentos e edifícios, constitui tarefa dos serviços de manutenção, integrando a gestão patrimonial. A manutenção em uma instalação consiste na conservação de máquinas, equipamentos e edifícios através de trabalhos de reparos, substituição de partes ou reformas. A instalação e mudança de máquinas e equipamentos ficam também a cargo dos serviços de manutenção, quando se trata de tarefas rotineiras. Serviços auxiliares, tais como abastecimento de água, geradores elétricos, elevadores, informática e outros, nas empresas e instituições também são atribuições da manutenção. Todas essas atividades podem estar vinculadas à gestão patrimonial. O desempenho da área de manutenção é medido em termos dos custos e das paralisações dos equipamentos e instalações. Em todas as organizações deve existir um objetivo bem determinado de permanecer nos negócios e sobreviver no futuro, através da qualidade de seus produtos e serviços com custos cada vez menores. Assim, a manutenção é entendida como uma atividade que deve existir de forma sistêmica e integrada, para propiciar à área operacional o cumprimento das metas de produção e prestação de serviços. De forma geral, as principais atividades exercidas pela área de manutenção são: Conservação das instalações; Reparações de danos; Fornecimento de peças de reposição; Garantir a segurança da instalação; Registrar danos e defeitos, analisá-los e eliminar a causa; Informar sobre as experiências realizadas, evitando erros futuros na padronização de procedimentos, na realização de projetos, na operação dos equipamentos e na própria manutenção. O conhecimento do comportamento das máquinas e dos equipamentos, induz à uma concepção científica de manutenção e a não se limitar a intervir no equipamento apenas quando a avaria se evidencia, portanto, conduzindo a manutenção rumo ao planejamento e à previsão nas intervenções. Dessa idéia, decorre um importante ciclo de atividades básicas em manutenção: inspecionar, planejar e executar o reparo. As principais formas ou Sistema de Manutenção utilizada pelas empresas são: Manutenção de emergência/corretiva - quando ocorrem falhas que não foram previstas e que não houve uma análise antecipada, isto é, esperando que o equipamento falhe ou alguma deterioração do bem, para então repará-lo. Manutenção preventiva - com a inspeção periódica do equipamento, feita em função de um plano de inspeção que é programada para evitar interrupções de emergência dos equipamentos ou danos dos bens, o equipamento é colocado novamente em condições adequadas de operação. Na prática, a manutenção preventiva pode ser feita de inúmeras maneiras: por meio de inspeção periódica, lubrificação programada, substituição periódica de peças críticas, reposição de conjuntos, etc. Este método reduz o tempo de parada, prevê revisões onerosas e minimiza as ações, torna a organização capaz de obter, continuamente, as vantagens operacionais dos equipamentos e a maximização de utilização do bem. Manutenção sistemática – representa manutenções regulares, planejadas cuidadosamente, juntamente com as exigências da produção ou utilização do bem de forma a prevenir a ocorrência de falhas que prejudiquem o andamento da produção e ou utilização do bem. A manutenção sistemática consiste na verdade em um tipo de manutenção intermediária entre a manutenção de emergência e a manutenção preventiva. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 16 de 84 ATIVIDADE PROPOSTA 2: Questionário 1) Quais os aspectos a serem observados na tomada de decisão sobre investimentos no Ativo Imobilizado? 2) Comente as principais razões que levam as empresas a realizarem investimentos em Ativos Imobilizados. 3) Quais os dois aspectos a serem observados na avaliação das diferentes alternativas de investimentos em ativos imobilizados? 4) Qual é base de avaliação dos bens do ativo imobilizado? 5) Como são avaliadas as seguintes categorias de bens do ativo imobilizado: a) Bens adquiridos b) Bens construídos c) Bens recebidos em doação ou subvenções para investimentos d) Bens recebidos dos sócios para formação do capital social e) Bens destinados a reparos, manutenções e substituição de partes ou peças f) Bens obsoletos ou sucateados 6) Qual a importância das avaliações no campo da gestão patrimonial? 7) Qual o objetivo da avaliação patrimonial? 8) Quais as normas da ABNT relacionadas à avaliação patrimonial? 9) Faça uma síntese dos seguintes métodos de avaliação: a) Método Comparativo de Dados de Avaliação b) Método Comparativo de Custo Reposição ou Reprodução c) Método de Renda ou Rendimentos d) Método Involutivo e) Método Residual 10) Quais os passos necessários ao processo de avaliação de bens? 11) O que é depreciação? 12) Qual a diferença entre depreciação, amortização e exaustão? 13) Qual o critério para escolha do número de anos para depreciar um bem? 14) Quais os aspectos envolvidos num sistema de depreciação? 15) Quais as taxas de depreciação aplicável aos bens, de acordo com as normas da Receita Federal? 16) Qual o método de depreciação mais utilizado? Justifique. Qual a metodologia utilizada? 17) Quais as principais atividades exercidas pela área de manutenção? 18) Em que consiste a concepção científica de manutenção? 19) Quais as características das seguintes formas ousistemas de manutenção: a) Manutenção de emergência/corretiva b) Manutenção preventiva c) Manutenção sistemática GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 17 de 84 ATIVIDADE PROPOSTA 3: Calcular a depreciação de Veículos, considerando os dados abaixo: a) Valor de aquisição: R$ 30.000,00 b) Vida útil: 5 Anos c) Depreciação anual: 20% d) Valor residual: R$ 10.000,00 SOLUÇÃO: Períodos (em anos) Quota Anual (R$) Depreciação Saldo Acumulada (R$) Contábil (R$) 0 1 2 3 4 5 D = (C-L) x 1/n = GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 18 de 84 ATIVIDADE PROPOSTA 4: A indústria SÓ PANELAS LTDA, buscando elevar a sua produção, adquiriu uma nova máquina importada da Inglaterra, incorrendo nos seguintes gastos: O valor de aquisição da máquina já convertido em reais foi de R$ 12.000,00. A empresa precisou fazer um empréstimo nesse valor, no Banco de Ceilândia, para pagamento em 34 parcelas de R$ 500,00 cada; O valor de transporte e seguros pagos para trazer a máquina de navio da Inglaterra para o Brasil foi R$ 4.000,00; As taxas aduaneiras para liberar a máquina no Porto de Recife foram de R$ 800,00; O valor de transporte e seguros pagos para trazer a máquina de Recife para Brasília foi de R$ 1.200,00; Os serviços de montagem e instalação para colocar a máquina em funcionamento custaram R$ 2.000,00. a) Considerando o total das prestações do empréstimo e todos os gastos incorridos, qual o valor total pago pela indústria SÓ PANELAS? Cálculos e resposta: b) Por qual valor a máquina deverá ser registrada no ativo imobilizado da empresa? Cálculos e resposta: c) Quanto a empresa deverá registrar como despesa financeira? Cálculos e resposta: d) Qual o valor da depreciação mensal da máquina, considerando que não terá valor residual? Cálculos e resposta: D = (C-L)x1/n = Efetuar as 4ª etapa, 5ª etapa, 6ª etapa e 7ª etapa da Atividade Proposta 10. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 19 de 84 8. GESTÃO DE SEGURANÇA Qualquer que seja a atividade da empresa, para garantir sua efetividade, deve ser mapeado os riscos inerentes aos negócios e mercados. Uma gestão eficaz de riscos é fator preponderante para uma boa posição no mercado e tranquilidade dos empresários. Em empresas sujeitas a regulamentação, a eficácia das atividades de gestão de riscos, de controle e de segurança é uma preocupação permanente dos respectivos órgãos reguladores. O administrador deve ter em vista que a segurança é essencial para garantir um ambiente saudável, ético, propício a motivação pessoal, a integração e a geração de resultados. As empresas mantêm, necessariamente, compromissos tácitos com seus empregados, fornecedores, clientes, acionistas, com a sociedade e com o meio ambiente. Exige-se que, ao menos, busquem proteger seus ativos contra riscos previsíveis, que podem não só comprometer o negócio, mas causar os danos sociais e políticos. A melhor forma de prevenir riscos é o constante exame dos processos, o monitoramento do negócio, a percepção de cenários e a manutenção permanente das pessoas mobilizadas contra eventuais ocorrências. Para tanto é necessária à participação integrada e sistematizada de toda a empresa, de forma global e corporativa. A Gestão de Segurança, mais do que apenas buscar reduzir ocorrências de danos, necessita também organizar e coordenar todo o esforço corporativo no sentido de: Avaliar as ameaças ao negócio e o nível de segurança da organização; Introduzir a discussão sobre o custo que eventuais danos poderão ocasionar; Identificar os recursos necessários para evitar as possíveis ocorrências, cujas perdas repercutem diretamente nos negócios, no resultado econômico e na imagem da organização. A Gestão de Segurança constitui um processo contínuo, dinâmico e flexível, de permanente avaliação e adequação das medidas e procedimentos de segurança das pessoas e dos ativos, contra os riscos e ameaças reais ou potenciais. As empresas estão conscientes da necessidade da segurança para a preservação de seus valores, uma vez que as perdas podem influenciar diretamente no resultado financeiro. Por outro lado, a legislação também obriga a adoção de requisitos de segurança. Dessa forma, as organizações são levadas a investir continuamente em soluções de segurança. As normas ABNT NBR ISO/IEC, serie 27.000 e 15.999, disciplinam a segurança da informação e a gestão da continuidade de negócios, abrangendo itens como gestão de ativos, segurança em recursos humanos, segurança física e do ambiente, controle de acessos, gerenciamento de operações e comunicações, sistemas de informações e conformidade. Risco Operacional Risco é a possibilidade de ocorrência de um evento adverso para uma determinada situação esperada, com potencial para causar dano ao patrimônio da empresa. É definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. A definição baseia-se na evidencia das causas das perdas operacionais, caracterizadas como fatores de risco. Os fatores de risco operacional podem ser internos ou externos a instituição: ■ fatores internos: abrangem pessoas, processos e sistemas. ► pessoas: sintetiza aspectos relacionados à qualidade de vida no trabalho, conduta, competências e carga de trabalho; ► processos: diz respeito à modelagem de produtos e serviços financeiros e não financeiros e a conformidade com leis e normas internas e externas; ► sistemas: esta fundamentalmente associado à infraestrutura tecnológica, compreendendo a capacidade, velocidade, estabilidade, confiabilidade, performance e integridade de softwares e hardwares, a segurança lógica e a disponibilidade de dados e sistemas. ■ fatores externos: abrangem os eventos externos; vinculam-se a desastres naturais e catástrofes e, ainda, ao meio ambiente, ao ambiente social e regulatório, entre outros. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 20 de 84 Fazer a gestão de segurança compreende identificar, avaliar, monitorar, controlar e propor ações de mitigação em relação ao risco operacional. Essas etapas visam prevenir, anular ou minimizar as perdas atinentes ao risco operacional. Termos utilizados em Gestão de Segurança Ameaças: Agentes ou condições que causam incidentes que comprometem os ativos da organização por meio da exploração de vulnerabilidades, causando impactos aos negócios. As ameaças sempre existiram e é de se esperar que, à medida que a tecnologia se desenvolva, também surjam novas formas através das quais os ativos da organização possam ficar expostos, gerando vulnerabilidades que podem ser exploradas. As ameaças podem ser separadas em três grandes grupos: 1. Ameaças naturais: decorrentes de fenômenos da natureza – incêndios naturais, enchentes, terremotos, poluição etc. 2. Voluntárias: são ameaças propositais causadas por agentes humanos: fraudes, vandalismo, sabotagens, espionagem, invasões e furtos de informações, entre outros. 3. Involuntárias: ameaças inconscientes, quase sempre causadas pelo desconhecimento - acidentes, erros, falta de energia, etc. Vulnerabilidades: Fragilidades presentes ou associadas a ativos que, ao ser exploradas por ameaças, permitem a ocorrência de incidentes de segurança. Podem ser: 1. Vulnerabilidades físicas: instalações inadequadas do espaço de trabalho; : ausência de recursos para o combate a incêndios; disposição desorganizada dos cabos de energia e de rede; não- identificação de pessoas e de locais. 2. Vulnerabilidadesnaturais: locais próximos a rios propensos a inundações; infra-estrutura incapaz de resistir às manifestações da natureza, como terremotos, maremotos, furacões etc. 3. Vulnerabilidades de hardware (computadores): ausência de atualizações de acordo com as orientações dos fabricantes dos programas utilizados; conservação inadequada de equipamentos. 4. Vulnerabilidades de softwares (programas): programas de e-mail que permitem a execução de códigos maliciosos; editores de texto que permitem a execução de vírus de macro; programas utilizados para edição de texto e imagem, para a automatização de processos e que permitem a leitura de informações de uma pessoa ou empresa, como os navegadores de páginas da internet. 5. Vulnerabilidades dos meios de armazenamento (disquetes, CDs, DVDs.): prazo de validade e de expiração; defeito de fabricação; uso incorreto; local de armazenamento insalubre ou com alto nível de umidade, magnetismo ou estática, mofo etc. 6. Vulnerabilidades de comunicação: a má escolha dos sistemas de comunicação para envio de mensagem de alta prioridade da empresa poderia fazer com que elas não alcançassem o destino esperado ou que a mensagem fosse interceptada no meio do caminho. Incidente: Um fato decorrente da ação de uma ameaça, que explora uma ou mais vulnerabilidades, levando a perdas. Fatores de Risco: Os fatores de risco operacional (Pessoas, Processos, Sistemas e Eventos Externos) constituem a base para identificação do risco operacional a que as instituições estão expostas e se desdobram em subfatores. Perda: Decréscimo, diminuição de ativos de qualquer natureza como consequência de dano real ou potencial, cujos efeitos, uma vez medidos e quantificados, expressam prejuízo pecuniário de qualquer monta. Impacto: Abrangência dos danos causados por um incidente de segurança sobre um ou mais processos de negócio. Probabilidade: Conceito filosófico e matemático que permite a quantificação da incerteza, permitindo que ela seja aferida, analisada e usada para a realização de previsões ou para a orientação de intervenções. É aquilo que torna possível lidar de forma racional com problemas envolvendo o imprevisível. Os conceitos acima apresentados remetem a definição de risco como “a probabilidade de ameaças causarem incidentes a partir da exploração de vulnerabilidades, gerando impactos negativos nos negócios”. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 21 de 84 O objetivo da segurança é impedir a ocorrência de incidentes que provoquem danos ao negócio das empresas. Caso não exista forma de impedir algum incidente, então a segurança procura minimizar os impactos negativos no negócio. A avaliação de segurança busca rastrear e identificar as vulnerabilidades de modo a definir as medidas de segurança capazes de eliminar os pontos fracos dos ambientes de negócio mais sensíveis. Gestão de Segurança de Pessoas e Ambientes A Gestão de Segurança de ambientes precisa considerar o nível de criticidade de cada ambiente para desenvolver as ações voltadas para a segurança desses locais. Ambientes mais sensíveis (suscetíveis a ataques) recebem um maior nível de proteção. Conforme a importância do local (ou unidade), podemos ter as seguintes gradações de segurança para áreas, instalações, unidades e ambientes: segurança excepcional: área de excepcional sensibilidade ou periculosidade, cujo acesso e restrito a pessoas estrita e institucionalmente envolvidas nas atividades ai desenvolvidas. Local estratégico para a unidade ou organização, para o qual o autor classifica o controle de acesso como ultra-secreto; segurança elevada: área de elevada sensibilidade ou periculosidade, cujo acesso e restrito a pessoas intima e institucionalmente envolvidas nas atividades ai desenvolvidas. O Controle de acesso neste caso e classificado como secreto; segurança mediana: área de mediana sensibilidade ou periculosidade, com acesso restrito a pessoas que tenham relações institucionais com as atividades ai desenvolvidas. Para este caso, o controle de acesso e classificado como confidencial; segurança rotineira: área de baixa sensibilidade ou periculosidade, cujo acesso e restrito a pessoas que tenham necessidade de trato funcional ou de negócios com as atividades ai desenvolvidas. Normalmente o controle de acesso e classificado como reservado; segurança periférica: área isenta de sensibilidade ou periculosidade, que integra os limites do perímetro da unidade ou instalação. Segurança da Informação Segurança da Informação é definida como “a proteção contra um grande número de ameaças às informações, de forma a assegurar a continuidade do negócio, minimizando danos comerciais e maximizando o retorno de investimentos e oportunidades”. Exemplos de ameaças às informações podem ser o acesso não autorizado, as alterações indevidas ou a própria perda da informação. A segurança da informação compreende, portanto, um conjunto de mecanismos de proteção frente às ameaças. De acordo com a NBR ISO/IEC 17799, há muitos tipos de ativos associados com os sistemas de informação, a saber: Informação: banco de dados e de arquivos, documentação de sistema, manual de usuários, material de treinamento, procedimentos operacionais ou de suporte, planos de continuidade, planos de recuperação, arquivos de informação; Programas de aplicação, sistemas, utilitários e ferramentas de desenvolvimento; Físicos, como equipamentos de computação (processadores, monitores, laptops, modems), equipamentos de comunicação (roteadores, PABX, máquinas de fax, equipamentos de telefonia), mídias magnéticas (fitas e discos), outros equipamentos técnicos (geradores de energia, ar-condicionado), móveis; Serviços de comunicação e computação, utilidades em geral, isto é, calefação, iluminação, energia, refrigeração; Pessoas e suas qualificações e conhecimentos; Intangíveis, tais como a reputação e a imagem da organização. Na visão de segurança da informação, são três os elementos que compõem os ativos: Informações; GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 22 de 84 Equipamentos e sistemas que oferecem suporte a elas; Pessoas que as criam e utilizam. Toda informação possui um ciclo de vida: Criação: momento em que a informação é produzida. Exemplos: quando nasce um novo projeto ou uma nova idéia. Manuseio: momento em que a informação é manipulada. Exemplos: folhear um maço de papéis, digitar informações colhidas em um site, utilizar sua senha de acesso para autenticação. Armazenamento: momento em que a informação é guardada. Exemplos: banco de dados compartilhado, anotação de papel postada em um arquivo físico, mídia de disquete depositada na gaveta na mesa de trabalho. Transporte: momento em que a informação é movida de um ponto a outro. Exemplos: encaminhar informações por correio eletrônico (e-mail), postar documento via aparelho de fax, prestar uma informação ao telefone. Descarte: momento em que a informação torna-se inútil. Exemplos: depositar na lixeira da empresa um material impresso, eliminar um arquivo eletrônico em seu computador de mesa, descartar um CD com informações desatualizadas. A segurança da informação deve proteger a informação em todo o seu ciclo de vida, para garantir a continuidade do negócio da organização. Sendo a informação tão relevante para a sobrevivência organizacional, é essencial que seja adequadamente protegida contra diversos tipos de ameaças. A tríade CIA (Confidentiality, Integrity and Availability) -- Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade -- representa os princípios que, atualmente, orientam a análise, o planejamento e a implementação da segurança para um determinado grupo de informações que se deseja proteger. Confidencialidade:princípio que limita o acesso à informação tão somente às entidades legítimas, ou seja, àquelas autorizadas pelo proprietário da informação. Para atender a esse princípio, toda informação deve ser protegida de acordo com o grau de sigilo de seu conteúdo, visando à limitação do seu acesso e uso apenas às pessoas para quem ela está destinada. Integridade: princípio que garante que a informação manipulada mantenha todas as características originais estabelecidas pelo proprietário da informação, incluindo controle de mudanças e garantia do seu ciclo de vida (criação, manuseio, armazenamento, transporte e descarte). Para atender a esse princípio, toda informação deve ser mantida na mesma condição em que foi disponibilizada por quem a criou. Deve estar protegida contra alterações indevidas, sejam intencionais ou acidentais. Disponibilidade: princípio que garante que a informação esteja ao alcance do usuário, quando necessário. Para manter a disponibilidade é necessária a prestação contínua de determinado serviço (como, por exemplo, o acesso a um banco de dados), sem interrupção no fornecimento de informações. A política de segurança da informação - PSI é definida como um documento que consolida os princípios balizadores da gestão de segurança de informações. A observância da política é dever de todos os funcionários de todos os níveis hierárquicos, inclusive prestadores de serviços terceirizados. A PSI deve ser formalizada e divulgada a todos os usuários das informações corporativas. “Em linhas gerais, a política resume os princípios de segurança da informação que a organização reconhece como sendo importantes e que devem estar presentes no dia-a-dia de suas atividades”. Na gestão de segurança da informação são observados procedimentos relativos a classificação das informações e ao controle de acesso: Classificação: Atividade pela qual se atribuirá o grau de sigilo às informações seja meios eletrônicos, sejam impressos. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 23 de 84 Proprietário: Área responsável pela gestão da informação. Custodiante: Área responsável por assegurar que as informações estão protegidas de acordo com a classificação estabelecida pelo proprietário. Perfil de acesso: Definição dos direitos de acesso às informações, transações, em meios eletrônicos ou impressos de acordo com a classificação. As seguintes classes de informação já são consideradas suficientes para uma boa gestão da informação: informação pública: são aquelas que não necessitam de sigilo algum, podendo ter livre acesso para os colaboradores. Não há necessidade de investimentos em recursos de proteção. São informações que se forem divulgadas fora da organização não trarão impactos para os negócios; informação interna: o acesso externo às informações deve ser evitado. Entretanto, se esses dados tornarem-se públicos, as conseqüências não serão críticas; informação confidencial: as informações desta classe devem ser confidenciais dentro da organização e protegidas do acesso externo. Se alguma delas for acessada por pessoas não autorizadas as operações da organização poderão ser comprometidas, causando perdas financeiras e na competitividade. Atualmente, existem varias ferramentas de proteção da informação, constituindo instrumentos que garantam a segurança do ambiente físico ou a segurança do ambiente lógico. São ferramentas caras, a exemplo do circuito fechado de televisão, das portas detectoras de metais, de softwares de proteção a rede (firewalls) e de centrais de monitoramento e prevenção de fraudes eletrônicas. Plano de segurança O plano de segurança apresenta detalhadamente os riscos identificados na atividade operacional da empresa e os procedimentos de segurança adotados, tais como: Vigilância armada; Sistema de alarme; Proteção contra acidentes; Proteção contra incêndios; Demais dispositivos ou equipamentos de segurança existentes (porta com detector de metais – PDM, sistema interno de televisão – CFTV, fechadura eletrônica de tempo programável para cofre, escudo blindado e controle de acesso). GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 24 de 84 ATIVIDADE PROPOSTA 5: Questionário 1) Qual o conceito de Gestão de Segurança? 2) Cite os objetivos e a importância da Gestão de Segurança. 3) Cite as principais atividades desenvolvidas pela Gestão de Segurança. 4) O que é risco operacional e como pode ser classificado? 5) O que são ameaças e como podem ser classificadas? 6) O que são vulnerabilidades e como podem ser classificadas? 7) Em que consiste a Gestão de Segurança de Pessoas e Ambientes e como pode ser classificada? 8) Qual o conceito de Gestão de Segurança da Informação? 9) Quais os ativos ou elementos associados ao sistema de informação da empresa? 10) Qual o ciclo de vida da informação? 11) Descreva os princípios que regem a Gestão de Segurança da Informação. 12) Conceitue política de gestão da informação – PSI. 13) Quais os procedimentos observados pela gestão de segurança da informação relativos a classificação e ao controle de acesso das informações? 14) Quais as classes de informação a serem consideradas suficientes para uma boa gestão da informação? 15) Cite exemplos de ferramentas de proteção da informação utilizadas pelas empresas. 16) Em que consiste o Plano de Segurança da empresa? Efetuar a 8ª etapa da Atividade Proposta 10. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 25 de 84 9. SEGUROS Conceito e finalidade do seguro Seguro é um contrato aleatório, pelo qual uma das partes se obriga, mediante cobrança de prêmios, a indenizar outra de um perigo ou prejuízo eventual (Dicionário Aurélio). Seguro é uma proteção pela qual, mediante o pagamento de uma pequena remuneração, uma pessoa se faz prometer para si ou para outrem, no caso da efetivação de um evento determinado, uma prestação de uma terceira pessoa que, assumindo um conjunto de eventos determinados, os compensa de acordo com as leis da estatística e o princípio do mutualismo. A finalidade específica do seguro é restabelecer o equilíbrio econômico perturbado, sendo vedada, de se revestir do aspecto de jogo ou dar lucro ao segurado. Portanto, a finalidade do seguro está vinculada a proteção dos indivíduos e das empresas, podendo, assim, ser dita de natureza particular, mas que atinge, por consequência, objetivo de ordem social ao preservar condições de sustento, empregos e meios de produção. Exemplo: Quando ocorre um incêndio em uma Empresa, obrigando-a a paralisar temporariamente as suas atividades, se a mesma não tiver contratado seguro cobrindo os danos causados pelo fogo e pelos meios utilizados para combatê-lo, além de uma garantia para pagamento de suas despesas fixas (salários, impostos, etc.), para despesas de reinstalação em um novo local e perda de lucro, certamente haverá uma perturbação no seu equilíbrio econômico, podendo ocasionar o desemprego, a inadimplência para com terceiros e, até mesmo, o encerramento de suas atividades. Fundamentos do Seguro Mutualismo formação de um grupo de pessoas com interesses em comum constituindo uma reserva econômica para dividir um risco de um acontecimento não previsto. Incerteza contempla dois aspectos básicos: a possibilidade de ocorrência do evento e o momento da ocorrência. Previdência está relacionada diretamente à proteção das pessoas em relação a si próprias ou a seus bens. Características do Contrato de Seguro O seguro é contrato aleatório, onerosos, bilaterais, consensuais e são de adesão ou não; não podendo, ainda, ocorrer à rescisão unilateral: São aleatórios, devido ao elemento risco, pois dependerá sempre de fato eventual. São onerosos,pois, geralmente, cada uma das partes busca vantagem patrimonial, a seguradora com o valor a ser pago pelo segurado, e o segurado com a garantia que seu bem-estará protegido. São bilaterais por exigirem a manifestação de vontade de ambas às partes, que são obrigadas de forma recíproca. São consensuais, pois necessitam apenas do consentimento das partes, não sendo necessária nenhuma outra solenidade. Verifica-se a sua consensualidade, pois é possível a comprovação da relação contratual com o pagamento da apólice, não sendo necessária emissão da apólice (o que tornaria a relação solene, não mais consensual). Se o contrato não for de adesão, a normas do contrato não devem ser interpretadas nem por analogia nem por extensão. No caso de ser um contrato de adesão (é aquele contrato proposto pela seguradora, com cláusulas que não podem ser discutidas, bastando o contratante/eventual segurado aceitá-lo ou não), as normas devem ser interpretadas em favor do segurado nos casos de dúvida, devido a posição do segurado na relação (é inferior, já que a seguradora impõe aquelas cláusulas), conforme redação do artigo 423 do Código Civil: "Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente". Vale ressaltar que nenhuma cláusula contratual pode contrariar normas de ordem pública, independentemente da autonomia dos contratantes. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 26 de 84 Sujeitos da Operação do Seguro O segurado é a pessoa física ou jurídica economicamente interessada no bem exposto ao risco e que transfere a seguradora, mediante pagamento de uma certa importância, o risco de um determinado evento atingir o bem de seu interesse. Estipulante é a pessoa física ou jurídica que contrata o seguro a favor do segurado. Em alguns casos a pessoa do estipulante é distinta da pessoa do segurado, podendo ser o representante ou mandatário do segurado. Beneficiário é a pessoa física ou jurídica designada pelo segurado para receber indenizações devidas pelo segurado. Em princípio, o segurado é o beneficiário do seguro, ocorrendo, entretanto, casos em que o segurado indica um beneficiário. Como exemplo, citamos os seguros de vida em grupo contratados por empresas (estipulante), em que o risco coberto é a morte do funcionário (segurado) e cujo pagamento será feito aos herdeiros legais (beneficiários). As Seguradoras são empresas legalmente constituídas para assumir e gerir coletividades de riscos, obedecidos aos critérios técnicos e administrativos específicos e são reconhecidas, no Brasil, como sociedades por ações, devidamente autorizadas pelo Ministério da Fazenda, nos termos da legislação específica. O Segurador é a pessoa jurídica que assume a responsabilidade de determinados riscos e paga a indenização ao segurado e aos seus beneficiários, no caso da ocorrência do sinistro. A principal obrigação do segurador é pagar o prejuízo resultante do risco assumido, ou seja, indenizar o segurado de acordo com as condições estabelecidas no Contrato. Somente empresas ou sociedades organizadas podem ser seguradores. O pagamento feito pelo segurador deve ser feito em espécies, sendo permitido, nos seguros de danos, o ressarcimento dos prejuízos pela reparação reposição do sinistro, desde que previamente estipulado em contato. Início da Atividade Seguradora no Brasil A atividade seguradora no Brasil teve início com a abertura dos portos ao comércio internacional, em 1808. A primeira sociedade de seguros a funcionar no país foi a "Companhia de Seguros BOA-FÉ", em 24 de fevereiro daquele ano, que tinha por objetivo operar no seguro marítimo. Neste período, a atividade seguradora era regulada pelas leis portuguesas. Somente em 1850, com a promulgação do "Código Comercial Brasileiro" (Lei n° 556, de 25 de junho de 1850) é que o seguro marítimo foi pela primeira vez estudado e regulado em todos os seus aspectos. O advento do "Código Comercial Brasileiro" foi de fundamental importância para o desenvolvimento do seguro no Brasil, incentivando o aparecimento de inúmeras seguradoras, que passaram a operar não só com o seguro marítimo, expressamente previsto na legislação, mas, também, com o seguro terrestre. Até mesmo a exploração do seguro de vida, proibido expressamente pelo Código Comercial, foi autorizada em 1855, sob o fundamento de que o Código Comercial só proibia o seguro de vida quando feito juntamente com o seguro marítimo. Com a expansão do setor, as empresas de seguros estrangeiras começaram a se interessar pelo mercado brasileiro, surgindo, por volta de 1862, às primeiras sucursais de seguradoras sediadas no exterior. Estas sucursais transferiam para suas matrizes os recursos financeiros obtidos pelos prêmios cobrados, provocando uma significativa evasão de divisas. Assim, visando proteger os interesses econômicos do País, foi promulgada, em 5 de setembro de 1895, a Lei n° 294, dispondo exclusivamente sobre as companhias estrangeiras de seguros de vida, determinando que suas reservas técnicas fossem constituídas e tivessem seus recursos aplicados no Brasil, para fazer frente aos riscos aqui assumidos. Algumas empresas estrangeiras mostraram-se discordantes das disposições contidas no referido diploma legal e fecharam suas sucursais. O mercado segurador brasileiro já havia alcançado desenvolvimento satisfatório no final do século XIX. Concorreram para isso, em primeiro lugar, o Código Comercial, estabelecendo as regras necessárias sobre seguros marítimos, aplicadas também para os seguros terrestres e, em segundo lugar, a instalação no Brasil de seguradoras estrangeiras, com vasta experiência em seguros terrestres. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 27 de 84 Surgimento da Previdência Privada O século XIX também foi marcado pelo surgimento da "previdência privada" brasileira, pode- se dizer que inaugurada em 10 de janeiro de 1835, com a criação do MONGERAL - Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado - proposto pelo então Ministro da Justiça, Barão de Sepetiba, que, pela primeira vez, oferecia planos com características de facultatividade e mutualismo. A Previdência Social só viria a ser instituída através da Lei n° 4.682 (Lei Elói Chaves), de 24/01/1923. A Criação da Superintendência Geral de Seguros O Decreto n° 4.270, de 10/12/1901, e seu regulamento anexo, conhecido como "Regulamento Murtinho", regulamentaram o funcionamento das companhias de seguros de vida, marítimos e terrestres, nacionais e estrangeiras, já existentes ou que viessem a se organizar no território nacional. Além de estender as normas de fiscalização a todas as seguradoras que operavam no País, o Regulamento Murtinho criou a "Superintendência Geral de Seguros", subordinada diretamente ao Ministério da Fazenda. Com a criação da Superintendência, foram concentradas, numa única repartição especializada, todas as questões atinentes à fiscalização de seguros, antes distribuídas entre diferentes órgãos. Sua jurisdição alcançava todo o território nacional e, de sua competência, constavam as fiscalizações preventiva, exercida por ocasião do exame da documentação da sociedade que requeria autorização para funcionar, e repressiva, sob a forma de inspeção direta, periódica, das sociedades. Posteriormente, em 12 de dezembro de 1906, através do Decreto n° 5.072, a Superintendência Geral de Seguros foi substituída por uma Inspetoria de Seguros, também subordinada ao Ministério da Fazenda. O Contrato de Seguro no Código Civil Brasileiro Foi em 1º de janeiro de 1916 que se deu o maior avanço de ordem jurídica no campo do contrato de seguro, ao ser sancionada a Lei n° 3.071, que promulgou o "Código Civil Brasileiro", com um capítulo específico dedicado ao "contrato de seguro".Os preceitos formulados pelo Código Civil e pelo Código Comercial passaram a compor, em conjunto, o que se chama Direito Privado do Seguro. Esses preceitos fixaram os princípios essenciais do contrato e disciplinaram os direitos e obrigações das partes, de modo a evitar e dirimir conflitos entre os interessados. Foram esses princípios fundamentais que garantiram o desenvolvimento da instituição do seguro. Surgimento da Primeira Empresa de Capitalização A primeira empresa de capitalização do Brasil foi fundada em 1929, chamada de "Sul América Capitalização S.A". Entretanto, somente 3 anos mais tarde, em 10 de março de 1932, é que foi oficializada a autorização para funcionamento das sociedades de capitalização através do Decreto n° 21.143, posteriormente regulamentado pelo Decreto n° 22.456, de 10 de fevereiro de 1933, também sob o controle da Inspetoria de Seguros. O parágrafo único do artigo 1 o do referido Decreto definia: "As únicas sociedades que poderão usar o nome de "capitalização" serão as que, autorizadas pelo Governo, tiverem por objetivo oferecer ao público, de acordo com planos aprovados pela Inspetoria de Seguros, a constituição de um capital mínimo perfeitamente determinado em cada plano e pago em moeda corrente, em um prazo máximo indicado no dito plano, à pessoa que subscrever ou possuir um título, segundo cláusulas e regras aprovadas e mencionadas no mesmo título". Criação do DNSPC Em 28 de junho de 1933, o Decreto n° 22.865 transferiu a "Inspetoria de Seguros" do Ministério da Fazenda para o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. No ano seguinte, através do Decreto n° 24.782, de 14/07/1934, foi extinta a Inspetoria de Seguros e criado o Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização - DNSPC, também subordinado àquele Ministério. Princípio de Nacionalização do Seguro Com a promulgação da Constituição de 1937 (Estado Novo), foi estabelecido o "Princípio de Nacionalização do Seguro", já preconizado na Constituição de 1934. Em consequência, foi promulgado o Decreto n° 5.901, de 20 de junho de 1940, criando os seguros obrigatórios para comerciantes, industriais e concessionários de serviços públicos, pessoas físicas ou jurídicas, GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 28 de 84 contra os riscos de incêndios e transportes (ferroviário, rodoviário, aéreo, marítimo, fluvial ou lacustre), nas condições estabelecidas no mencionado regulamento. Criação do Instituto de Resseguros do Brasil - IRB Em 1939 foi criado o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), através do Decreto-lei n° 1.186. As sociedades seguradoras ficaram obrigadas a ressegurar no IRB as responsabilidades que excedessem sua capacidade de retenção própria, que, através da retrocessão, passou a compartilhar o risco com as sociedades seguradoras em operação no Brasil. O IRB adotou duas providências eficazes visando criar condições de competitividade para o aparecimento e o desenvolvimento de seguradoras de capital brasileiro: o estabelecimento de baixos limites de retenção e a criação do chamado excedente único, propiciando que as empresas pouco capitalizadas e menos instrumentadas tecnicamente - como era o caso das empresas de capital nacional - passaram a ter condições de concorrer com as seguradoras estrangeiras, uma vez que tinham assegurada a automaticidade da cobertura de resseguro. Criação da SUSEP Em 1966, através do Decreto-Lei n° 73, foram reguladas todas as operações de seguros e resseguros e instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados, constituído pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); Instituto de Resseguros do Brasil (IRB); sociedades autorizadas a operar em seguros privados; e corretores habilitados. O Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização - DNSPC -foi substituído pela Superintendência de Seguros Privados - SUSEP - entidade autárquica, dotada de personalidade jurídica de Direito Público, com autonomia administrativa e financeira, jurisdicionada ao Ministério da Indústria e do Comércio até 1979, quando passou a estar vinculada ao Ministério da Fazenda. Classificação dos Seguros O quadro abaixo apresenta um resumo dos principais grupos de seguros existentes no Brasil: Grupos Características Gerais 1. Patrimonial Seguros contra incêndios e roubos de imóveis bem como seguros compreensivos residenciais e empresariais, lucros cessantes, riscos de engenharia, etc. 2. Riscos especiais Seguros contra risco de petróleo, nucleares e satélites. 3. Saúde Seguros de saúde. 4. Responsabilidades Reembolsa indenizações por danos materiais ou lesões corporais a terceiros por culpa involuntária do segurado. 5. Cascos Seguros contra riscos marítimos, aeronáuticos de responsabilidade civil hangar e seguro obrigatório de danos pessoais causados por embarcações e suas cargas (DEPEM). 6. Automóvel Seguros contra roubos e acidentes de carros, de responsabilidade civil contra terceiros e DPVAT 7. Transporte Seguros de transporte nacional e internacional e de responsabilidade civil de cargas, do transportador e do operador. 8. Riscos financeiros Seguros diversos de garantia de contratos e de fiança locatícia. 9. Crédito Seguros de crédito a exportação e contra riscos comerciais de devedores e políticos. 10. Pessoas Seguros de vida e acidentes pessoais, planos de previdência privada, prestamista e educacional. VGBL/VAGP/VRGP 11. Habitacional Seguros contra riscos de morte e de invalidez permanente (MIP) e de danos físico ao imóvel (DFI) financiado. 12. Rural Seguros agrícola, pecuário, de florestas e penhor rural. 13. Outros Riscos de seguros no exterior e de sucursais de seguradoras no exterior. Fonte: Susep e ANS GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 29 de 84 Seguros de vida, seguros de saúde e seguros elementares: Os seguros de vida incluem as apólices contra risco de morte e acidentes pessoais bem como os planos de previdência privada aberta. Já os seguros elementares são os que têm por finalidade a garantia de perdas, danos ou responsabilidades sobre objetos ou pessoas, excluída desta classificação os seguros do ramo vida. No Brasil, o Decreto 60.589/1967, classificou separadamente o seguro saúde, mas, no exterior, costuma-se incluí-lo com os seguros elementares, formando o chamado ramo "não vida". O Seguro-Saúde, contratado junto a seguradoras especializadas, destina-se a proteger segurados e seus dependentes incluídos na apólice em casos de ocorrências de doenças e lesões estipuladas contratualmente. A seguradora obriga- se a reembolsar o segurado, ou pagar em nome deste e à sua ordem, despesas de natureza médico-hospitalar que resultem da ocorrência de eventos (sinistros) cobertos. O Seguro- Saúde pode ser contratado em várias segmentações: ambulatorial, hospitalar, com ou sem cláusula de cobertura de parto, odontológico e suas combinações. A Lei nº 9656 a as medidas provisórias que a alteraram exigem que seguradoras ofereçam Plano-Referência, que garante cobertura médico-ambulatorial e hospitalar, partos, padrão de enfermaria. A partir de 2 de janeiro de 1999, todos os novos contratos de Seguro-Saúde passaram a oferecer cobertura padrão, definida pela lei e pelas resoluções do CONSU e ANS. O contrato do seguro de Vida Individual pode ser efetuado de três formas: • Mediante exame médico do segurado; • Mediante declaração de saúde feita pelo segurado; • Mediante uma carência de tempo para que a indenização seja devida. Durante o período de carência de Seguro de Vida Individual, o segurado paga os prêmios devidos, não estando, entretanto, coberto pelo seguro. Nesse tipo de seguro, a taxação é baseada na idade do segurado na época da contratação do seguro e segue a modalidade por eleescolhida. Seguros facultativos e obrigatórios: A maioria dos seguros vendidos no Brasil tem contratação facultativa, mas a lei determina a contratação de uma série de seguros que passam a ser obrigatórios. Os seguros abaixo estão listados no artigo 20 do Decreto-Lei 73/1966, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados: Seguros Obrigatórios de Responsabilidade Civil dos Proprietários de Veículos Automotores de Via Terrestre. Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil dos Proprietários de Veículos Automotores Hidroviários. Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil dos Transportadores em Geral. Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do Construtor de Imóveis em Zonas Urbanas por Danos a Pessoas ou Coisas. Seguro Obrigatório de Transporte de Bens Pertencentes a Pessoas Jurídicas. Seguro Obrigatório de Danos Pessoais a Passageiros de Aeronaves Comerciais e de Responsabilidade Civil do Transportador Aeronáutico. Seguro Rural Obrigatório. Seguro Obrigatório Contra Riscos de Incêndio de Bens Pertencentes a Pessoas Jurídicas. Seguro Obrigatório de Garantia do Cumprimento das Obrigações do Incorporador e Construtor de Imóveis e de Garantia do Pagamento à Cargo do Mutuário. Seguro Obrigatório de Bens Dados em Garantia de Empréstimos ou Financiamentos de Instituições Financeiras Públicas. Seguro Obrigatório de Edifícios Divididos em Unidades Autônomas. Seguro Obrigatório de Crédito à Exportação. Seguro Habitacional Obrigatório de Morte e Invalidez Permanente (MIP) e de Danos Físicos aos Imóveis (DFI), para os imóveis financiados aos mutuários do Sistema Financeiro da Habitação. Com o tempo, foram juntados outros seguros obrigatórios por lei. São eles: Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de via Terrestre (DPVAT) - criado pela Lei 6.194, de 19 de dezembro de 1974, e tem como objetivo amparar as vítimas de acidentes de trânsito causados por veículos automotores e/ou por suas cargas, em todo o território nacional, independente de quem seja a culpa desses acidentes. Seguro de Danos Pessoais de Embarcações ou suas Cargas (DPEM) - instituído pela Lei 8.374, de 30 de dezembro de 1991, e tem por finalidade dar cobertura de vida e acidentes pessoais a pessoas, transportadas GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 30 de 84 ou não, inclusive aos proprietários, tripulantes e condutores das embarcações, e a seus respectivos beneficiários ou dependentes, sem importar que a embarcação esteja ou não em operação. Seguro de Acidentes de Trabalho (SAT) - instituído na época do presidente Getúlio Vargas, mas assumiu maior relevância jurídica a partir da Lei 5.316, de 14 de setembro de 1967. O objetivo é garantir ao empregado segurado do regime de previdência social um seguro contra acidente do trabalho, às expensas do empregador, mediante pagamento de um adicional sobre a folha de salários, garantido atualmente pela Previdência Social. Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) - estabelecido em 1964, junto com a Lei 4.380 que criou o Banco Nacional da Habitação (BNH). Ele cobre morte e invalidez do mutuário e danos físicos ao imóvel financiado no âmbito do SFH Foi extinto pela Medida Provisória 478, de 28 de dezembro de 2009. Seguro de Responsabilidade Civil dos Transportadores relativo aos danos pessoais provocados aos usuários dos serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional - instituído pelo Decreto 2521, de 20 de março de 1998 e visa a indenizar as vítimas de acidentes no transporte coletivo interestadual c internacional dc passageiros, sem prejuízo da cobertura do seguro obrigatório de danos pessoais (DPVAT). Seguro Carta Verde - é o seguro obrigatório para automóveis quando em viagem para países do Mercosul e cobre responsabilidade civil por danos pessoais e materiais causados a terceiros não transportados pelo veículo segurado. Foi criado pela Resolução 120, de 1994, do Grupo Mercado Comum, do Mercosul. Durante muitos anos, as dificuldades de fiscalização do pagamento dessas apólices fizeram com que a maioria fosse deixada de lado pela população, quase esquecida de que são de contratação obrigatória. Com a edição da Lei Complementar 126/2007, o governo impôs multas pesadas para quem não contratar os seguros legalmente obrigatórios. A Lei alterou o artigo 112 do Decreto-Lei 73/1966, que passou a ter o seguinte teor: às pessoas que deixarem de contratar os seguros legalmente obrigatórios, sem prejuízo de outras sanções legais, será aplicada multa de: I - o dobro do valor do prêmio, quando este for definido na legislação aplicável; e Il - nos demais casos, o que for maior entre 10% da importância segurável ou R$ 1.000,00. Seguros em grupo e individuais: Seguro individual: É uma relação entre uma pessoa ou uma família e uma seguradora. A seguradora, evidentemente, terá de aferir corretamente o risco segurado e pulverizá-lo colocando-o numa carteira onde existem diversos riscos semelhantes, mas independentes entre si. Seguro em grupo - é o seguro de um conjunto de pessoas ligadas entre si de modo que se estabelece uma relação triangular entre a seguradora, o segurado e o grupo a que ele pertence. O grupo pode ser constituído por uma empresa, por uma organização sem fins lucrativos, por uma associação profissional, ou por uma pessoa física. Os seguros contratados por empresas são chamados de empresariais ou corporativos. É um seguro em grupo, formalizado por uma única apólice que garante coberturas estabelecidas de acordo com um critério objetivo e uniforme, não dependente exclusivamente da vontade do segurado. A seguradora, com base nos contratos de adesão ao seguro, emite para cada segurado um documento que comprova a inclusão no grupo (Certificado de Seguro). Nesse documento constam a identificação do segurado e a designação dos seus beneficiários. A diferença está bem marcada na previdência privada complementar onde existem os seguintes segmentos: O segmento fechado, constituído pelas instituições chamadas fundos de pensão que operam no seio de uma empresa ou grupo de empresas, com planos de grupo para a prestação de benefícios complementares e assemelhados aos da Previdência Social; O segmento aberto à participação pública para a prestação de benefícios opcionais, de caráter mais individual, é constituído pelas seguradoras e entidades abertas de previdência privada. Nos seguros de vida e saúde também são mareantes as diferenças entre planos individuais e coletivos. No ramo saúde, houve recentemente forte redução da oferta de planos individuais. A razão foi a limitação de reajustes de preços por parte dos órgãos reguladores acarretando seleção adversa de segurados. O resultado foi que as carteiras de seguros de saúde individual passaram a dar prejuízo e desestimularam a oferta de novos planos pelas empresas. Tal não ocorreu no seguro em grupo, pois o problema da seleção adversa é minimizado desde o início pela provável existência de riscos variados misturados na mesma carteira. Seguros Sociais e Seguros Privados Os Seguros Sociais são operados pelo Estado através da Previdência Social e incluem assistência médica, aposentadoria, pensão, acidentes de trabalho e outros benefícios. Os Seguros Privados são aqueles operados por empresas privadas de seguros, podendo ou não ser obrigatórios. Podem apresentar, ainda, características sociais, como, por exemplo, o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). Seguro contra INCÊNDIO: No Brasil, o seguro Incêndio é obrigatório para as pessoas jurídicas. Este ramo de seguro oferece coberturas Básicas, Especiais e de Risco Acessórios. As Coberturas Básicas do Seguro Incêndiocobrem os prejuízos de perda e GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 31 de 84 danos materiais diretamente causados por incêndio, raio ou explosão de gás de aparelhos de uso. Seguro de AUTOMÓVEL: O Seguro de Automóveis tem como objeto os veículos terrestres de população a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas, animais ou coisas, dentro do território brasileiro. As coberturas em automóveis estão assim classificadas: • Básicas: são relacionadas diretamente ao veículo. • Adicionais: são utilizadas como complemento de qualquer uma das coberturas básicas mediante citação expressa na apólice. É comum no Mercado acoplar–se ás apólices de Seguro de Automóveis os seguintes Ramos de Seguro: •Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos: a cobertura de Responsabilidade Civil Facultativa visa reembolsar ao seguro a indenização paga consequente de acidentes causados pelo veículo discriminado na apólice ou carga transportada do veículo e referente a danos materiais ou danos pessoais. •Acidentes Pessoais de Passageiros: a cobertura de Acidentes Pessoais destina-se garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez Permanente, morte e Despesas Médico–Hospital para passageiros no interior do veículo segurado. A franquia é o valor definido no contrato de Seguro de Automóveis, que representa o limite de participação do segurado nos prejuízos consequentes de cada sinistro e pode ser Básica (ou obrigatória) e Facultativa. Ambas as franquias são tipo dedutível. No ramo de Seguro Automóvel existe uma taxa para cada marca, tipo e nacionalidade de veículo, que multiplicada pela importância Segurada desejada pelo segurado defina o Prêmio Básico. Seguro de Lucros Cessantes: É aquele que objetiva reembolsar o segurado dos prejuízos financeiros que venha a sofrer pela paralisação ou diminuição do seu movimento comercial ou industrial, em consequência de riscos previamente estabelecidos no contrato de seguro. Para que se firme um contrato de Seguro de Lucros Cessantes, é necessário que, anteriormente, o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura relativa ao dano material que ocasionou a paralisação ou a diminuição do seu movimento. Isto significa que este tipo de seguro não pode ser contratado isoladamente. Seguro de Responsabilidade Civil: É aquele que garante ao segurado o reembolso da indenização que tenha pago, em consequência de lesões corporais e/ou danos materiais sofridos por terceiros, desde que provocados por atos involuntários do segurado e seus prepostos. Apresenta várias modalidades: Guarda de veículos de terceiros, Condomínios, Obras Civis, Instalação e montagem, Estabelecimentos Comerciais e /ou Industriais, produtos, familiar, etc. A taxação é diferenciada em função das várias modalidades existentes, cada qual com suas condições próprias. Seguro de Riscos Diversos: Existem várias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos Diversos. Cada uma delas possui condições especiais, critérios específicos de taxação e determinado número de risco cobertos. A indenização, por parte da a seguradora, é garantia em função da ocorrência, de um dos riscos previstos nas respectivas apólices. Atualmente estão regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos Diversos: • Terremoto ou tremores de terra e maremotos; • Derrame de água ou outra substância líquida de instalações de chuveiros automáticos (sprinklers); • Valores em trânsito em mãos de portador ou dentro de estabelecimento ou transportados em carros-fortes; • Equipamentos: móveis (incluindo o risco de translado e viagens de entrega); cinematográficos; fotográficos e de televisão (exclusivamente em estúdio e laboratórios ou em reportagens externas); anúncios luminosos; em exposição (podendo incluir ou excluir o risco de transporte); estacionários (cobertura limitada no local indicado na apólice); em operações sobre água; instrumentos musicais e equipamentos de som; arrendados ou cedidos a terceiros; • Inundação; • Alagamento; • Desmoronamento • Deterioração de mercadorias em ambientes frigorificados; • Registros e documentos (despesas de recomposição); • Material rodante (locomotiva, vagões, gôndolas,etc) • Seguro de joalheria; • Coberturas compreensivas para objetos de arte; • Multiriscos (condominiais, residenciais, comerciais e industriais). GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 32 de 84 Seguros de Riscos de Engenharia: No ramo de Seguros Riscos de Engenharia são, também, agrupadas diversas modalidades de seguros. Apresentando, cada uma delas, seus riscos cobertos, suas condições especiais e seus critérios de taxação. A concessão de um seguro pertencente a este ramo está sujeita á aplicação de taxas e franquia diferenciadas, que têm por base critérios técnicos. Nas modalidades de seguros agregados ao ramo de Risco de Engenharia são estipuladas medidas especiais para a contratação do seguro: inspeção de risco realizada por engenheiros habilitados, análise dos cronogramas das construções, montagens, etc. Destacam–se as seguintes modalidades que se encontram regulamentadas no ramo Riscos de Engenharia: • Obras Civis em construção; • Montagem de maquinaria; • Obras civis em construção e montagem de maquinaria; • Quebra de máquinas; • Equipamentos eletrônicos; • Danos na fabricação. Contratação de seguro para uma empresa Nas empresas, existem três áreas principais para as quais você deve analisar as exigências de seguro: 1. Seguros que protegem contra prejuízos ou danos causados aos bens ou ao negócio da sua empresa por eventos adversos. Seguros desse grupo podem incluir cobertura para: Bens - prédios e conteúdos Quebra de máquinas Obras civis Roubo Valores Mercadorias em trânsito Descumprimento de contratos Seguro de crédito Veículos automotores Despesas fixas Lucros cessantes 2. Seguros que cobrem as responsabilidades civis da sua empresa no caso de ela causar, involuntária e acidentalmente, dano ou prejuízo a terceiros ou aos seus bens. Exemplos: Diversos seguros de responsabilidade civil (RC) são obrigatórios por lei como RC dos transportadores em geral, RC do construtor de imóveis em zonas urbanas, RC do transportador aeronáutico e o DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre ou por sua Carga a Pessoas Transportadas ou Não) da frota de veículos da empresa. Responsabilidade civil (RC) de produto RC de estabelecimentos comerciais/industriais RC de guarda de veículos de terceiros RC do empregador RC de obras civis elou serviços de montagem e instalação de máquinas elou equipamentos RC de prestação de serviços em locais de terceiros 3. Seguros que protegem você ou seus empregados contra consequências de doenças sérias, lesões ou morte, e contra os efeitos que esses eventos podem ter sobre seus empregados, suas famílias e sobre sua empresa. Exemplos: Seguro de acidentes pessoais e doenças Seguro de proteção de renda Seguro de saúde empresarial Seguro de vida empresarial Plano de previdência empresarial Existem apólices em "pacote" ou combinadas, também chamadas multirriscos. Elas reúnem coberturas variadas contra muitos dos riscos descritos acima. De acordo com as exigências de GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 33 de 84 cada empresa, essas apólices podem ser personalizadas. Algumas empresas optam por apólices individuais mais adequadas a seu perfil. A aquisição do seguro deve ser precedida por uma pesquisa de preços para escolher a melhor apólice. Pode-se ter uma idéia inicial de preços por telefone ou nos sítios de internet das seguradoras, que explicam seus diferentesprodutos. Outra fonte de informações pode ser a associação de classe, que deve ter ligações com corretores e seguradoras especializadas no seu setor de negócios. Deve-se comprar o seguro sempre com o suporte de um corretor de seguros especializado e autorizado legalmente a operar. O mesmo vale para a seguradora escolhida. São informações disponíveis no sítio de internet da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e/ou da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ao propor a contratação de cobertura de seguro, pode ser necessário preencher um formulário fornecendo informações que permitem às seguradoras avaliar o risco da empresa. Deverão ser solicitados nome, endereço e negócio da empresa, sinistros anteriores e detalhes do risco a ser segurado. É importante que todas as perguntas do formulário sejam respondidas e que todos os fatos relevantes sobre a empresa sejam informados à seguradora, pois em casos de omissão, a seguradora poderá considerar a apólice inválida. Antes de a cobertura ser concedida, as instalações podem ser vistoriadas por um inspetor de seguros para avaliar o risco com exatidão. Ele chamará a atenção para qualquer característica perigosa e orientará sobre formas de atenuá-la. Algumas melhorias poderão ser exigidas antes de a cobertura ser dada. Quando a proposta for aceita, a empresa receberá a documentação da apólice, que especifica os detalhes do contrato, incluindo o escopo da cobertura, as exclusões e as condições. Procedimentos em caso de sinistro Quando ocorrer qualquer um dos eventos garantidos pelas coberturas contratadas, o segurado deve imediatamente contatar a central de atendimento ao cliente da seguradora e informar, também imediatamente, seu corretor. Os atendentes da seguradora informarão as providências a serem tomadas para análise e conclusão do processo. Os procedimentos para a liquidação de sinistros (processo para pagamento de indenizações ao segurado) devem ser claramente informados na apólice, com especificação dos documentos básicos necessários a serem apresentados para cada tipo de cobertura. Termos utilizados em seguros ACIDENTE é todo caso fortuito especialmente aquele do qual deriva um dano. ACIDENTE PESSOAL é o evento súbito e involuntário exclusivamente provocado por acidente, exclusivo e diretamente externo, súbito, involuntário e violento, causador de lesão física que, por si só, e independente de toda e qualquer outra causa, tenha como consequência direta a morte, ou invalidez permanente total ou parcial ou torne necessário tratamento médico. ADESÃO: A maioria dos contratos de seguro são contratos de adesão porque seus termos e condições são elaborados pelo segurador e o segurado simplesmente adere ao contrato. Por essa razão, contratos que apresentam ambiguidade são interpretadas pelos juízes a favor do segurado. Os contratos de seguro de massa são considerados de adesão. Os contratos de seguro de riscos comerciais, industriais, marítimos e de aeronaves não são mais chamados de adesão, uma vez que o próprio segurado negocia com o segurador a inclusão de cláusulas na apólice. O contrato de resseguro não é um contrato de adesão já que ambas partes do contrato pertencem à mesma indústria e negociam as cláusulas que farão parte do contrato. AGRAVAÇÃO DE RISCO (Hazard): São circunstâncias que aumentam a intensidade (dimensão) ou a probabilidade (frequência) de um sinistro, independentes ou não da vontade do segurado e que, dessa forma, indicam um aumento de taxa ou alteração das condições normais de seguro AGRAVAÇÃO MORAL DE RISCO (Moral Hazard): Risco existente no caso de o subscritor ter algum motivo para acreditar que o segurado em potencial poderia intencionalmente causar um sinistro. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 34 de 84 ANÁLISE DE RISCO é o estudo técnico que visa à determinação de condições e preço de seguro apropriado, para a aceitação por parte da seguradora, de determinado seguro, com base na mensuração dos riscos envolvidos. APÓLICE DE SEGUROS é o contrato de seguro que estabelece os direitos e obrigações da companhia de seguros e do segurado. ATUÁRIO é a pessoa que utiliza complexos métodos matemáticos, normalmente com ajuda de computadores, para analisar a sinistralidade e outras estatísticas e desenvolver sistemas para cálculo dos prêmios futuros. BENEFÍCIO é a Importância que o segurador deve pagar na liquidação do contrato e que consiste em um capital ou uma renda. BILHETE DE SEGURO é um documento jurídico, emitido pelo segurador ao segurado, que substitui a apólice de seguro, tendo mesmo valor jurídico da apólice e que dispensa o preenchimento da proposta de seguro BOA FÉ é a intenção pura, isenta de dolo ou engano, com que a pessoa realiza o negócio ou executa o ato, certa de que está agindo na conformidade do direito e, consequentemente, protegida pelos preceitos legais. BÔNUS é o termo que define o desconto a ser concedido ao segurado, na renovação de certos e determinados seguros, por não ter reclamado indenização ao segurador, durante o período de vigência do seguro; direito intransferível; desconto progressivo; redução no prêmio. CADUCIDADE é o perecimento de um direito pelo seu não exercício em um certo intervalo de tempo marcado pela lei ou pela vontade das partes. CAPACIDADE é o maior montante de seguro ou resseguro disponibilizado por uma companhia, ou pelo mercado em geral. Também utilizada para se referir ao montante máximo de negócios (volume de prêmios) que uma companhia ou todo um mercado poderia subscrever, baseado em seu vigor financeiro. CAPITAL SEGURADO é o termo utilizado pelo segurador para definir o valor do seguro no Seguro de Vida e Acidentes Pessoais. CARÊNCIA é o período durante o qual a sociedade está isenta de qualquer responsabilidade indenizatória. DANO é o prejuízo sofrido pelo segurado e indenizável de acordo com as condições da apólice. DANO CORPORAL é o tipo de dano caracterizado por lesões físicas causado ao corpo da pessoa excluindo dessa definição os danos estéticos. DANO MATERIAL é o tipo de dano causado exclusivamente a propriedade material da pessoa. DANO MÁXIMO PROVÁVEL é aquele em que o risco coberto é mensurável, por uma probabilidade composta, pois, além da probabilidade do evento ocorrer, cabe considerar, ainda, que a extensão pode variar desde logo, acima de zero até o dano total. DOLO é uma falta intencional para ilidir uma obrigação. DUPLA INDENIZAÇÃO é a Cláusula adicional ao contrato de seguro de vida estipulando o pagamento em dobro do capital segurado, se a morte do segurado ocorrer em conseqüência de um acidente. ENDOSSO é o modo pelo qual o segurador formaliza qualquer alteração numa apólice de seguro. ENTIDADE ABERTA DE PREVIDÊNCIA PRIVADA é toda entidade constituída com a finalidade única de instituir planos de pecúlios e/ou rendas, mediante contribuição regular de seus participantes, organizando-se sob forma de entidade de fins lucrativos ou entidade sem fins lucrativos, respectivamente, segundo se formem sob a caracterização mercantil de sociedade anônima ou como sociedade civil, na qual os resultados alcançados são levantados ao patrimônio da entidade. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 35 de 84 ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA PRIVADA é toda entidade constituída sob a forma de sociedade civil ou fundação, com a finalidade de instituir planos privados de concessão de benefícios complementares ou assemelhados ao da previdência social, acessíveis aos empregados ou dirigentes de uma empresa ou grupo de empresas, as quais, para os efeitos do regulamento que as regem, são denominadas patrocinadoras. FRANQUIA é o valor da importância segurada até o qual o segurado é o segurador de sipróprio. Pode ser na modalidade normal ou reduzida. Neste último caso, o valor do prêmio a ser pago é ligeiramente maior. A franquia é usualmente expressa num percentual da importância segurada. Franquia e prêmio de seguro são valores que variam inversamente: aumentando–se a franquia, o prêmio do seguro deve diminuir e vice-versa. Ex: Considerando um seguro cuja importância segurada seja R$ 6.000.000,00 e a franquia 10%. Se ocorrer um prejuízo de R$ 800.000,00: a Franquia = 10% de R$ 600.000,00 = R$ 600.000,00, a indenização será igual a R$ 800.000,00 - R$ 600.000,00 = R$ 200.000,00 (valor a ser pago pelo seguro). IMPORTÂNCIA SEGURADA é o valor monetário atribuído ao patrimônio ou às consequências econômicas do risco sob a expectativa de prejuízos, para o qual o segurado deseja a cobertura de seguro, ou seja, é o limite de responsabilidade da seguradora, que, nos seguros de coisas, não deverá ser superior ao valor do bem. IMPOSTO SOBRE PRÊMIOS DE SEGURO: A maior parte dos seguros está sujeita a alíquotas variadas de impostos sobre prêmios (IOF - Imposto sobre Operações Financeiras). As taxas menores são aplicadas nas operações de seguro de vida e congêneres, de acidentes pessoais e do trabalho e nas referentes a seguros obrigatórios. O prêmio calculado pela seguradora incluirá o imposto, quando necessário. INDENIZAÇÃO é a reparação do dano sofrido pelo segurado, ou seja, é o pagamento dos prejuízos decorrentes de um sinistro que a seguradora faz aos seus beneficiários, sendo observadas as condições estabelecidas no Contrato de Seguro. A reparação pode ser realizada através de pagamento em dinheiro, reembolso ou de reposição da coisa danificada. A indenização não pode ser superior á importância segurada e nem ao valor real dos prejuízos, ou seja, é vedado, por lei, o segurado ter lucro com seguro. A característica indenitária não existe nos Seguros de Pessoas, como, por exemplo, o Seguro de vida. Quando ocorre a morte do segurado, o pagamento efetuado pela seguradora ao beneficiário é igual á importância segurada fixada na apólice. Esta, porém, não corresponde, necessariamente, ao prejuízo sofrido pelo beneficiário interessado economicamente na vida do segurado. INDENIZAÇÃO INTEGRAL: Ocorre a indenização integral do objeto segurado, quando os danos atingem ou ultrapassam 75% do valor segurado, quando o mesmo desaparece completamente ou quando se torna, de forma definitiva, impróprio ao fim a que era destinado. LIMITE MÁXIMO DE INDENIZAÇÃO é o valor máximo da indenização contratada para cada garantia. LIQUIDAÇÃO - na etapa da Liquidação é que se processa o pagamento da indenização, quando houver cobertura de seguro na apólice. MÁ FÉ é agir de modo contrário à lei ou ao direito, fazendo-o propositadamente a má fé, considerada e consubstanciada na legislação de quase todos os países, assume, nos contratos de seguros, excepcional relevância. MORTE VOLUNTÁRIA é a que o segurado procura por sua livre vontade, sendo assim consideradas a morte recebida em duelo e o suicídio premeditado por pessoa em seu juízo. A legislação brasileira não admite o seguro de tais riscos. MUTUALISMO é o princípio fundamental, que constitui a base de toda operação de seguro. É pela aplicação do princípio do mutualismo que as empresas de seguros conseguem repartir os riscos tomados, diminuindo, desse modo, os prejuízos que a realização de tais riscos lhes poderia trazer. MÚTUO são várias pessoas associadas para, em comum, suportarem o prejuízo que a qualquer delas possa advir, em consequência do risco por todas corrido. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 36 de 84 NATUREZA DO RISCO é a expressão usada para indicar a espécie ou qualidade do objeto segurado. NEGLIGÊNCIA é a omissão, descuido ou desleixo no cumprimento de encargo ou obrigação. É, no seguro, considerada especialmente na prevenção do risco ou minoração dos prejuízos. OBJETO DO SEGURO é a designação genérica de qualquer interesse segurado, sejam coisas, pessoas, bens, responsabilidades, obrigações, direitos ou garantias. PERDA MÁXIMA PROVÁVEL é a estimativa feita por um segurador dos danos que podem resultar do risco segurado. Um segurador deverá considerar a perda máxima provável, que é uma estimativa dos danos que podem ocorrer ainda havendo controle e proteção contra o risco normalmente esperado. PERDA TOTAL: Quando os danos atingem ou ultrapassam 75% do valor segurado, quando o mesmo desaparece completamente ou quando se torna, de forma definitiva, impróprio ao fim a que era destinado. PRÊMIO é a soma em dinheiro, paga pelo segurado ao segurador, para que este assuma a responsabilidade de um determinado risco, ou seja, é o custo do seguro para o segurado. O prêmio deve ser especificado no Contrato de Seguro, garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de determinado risco. Como pagamento do prêmio, o segurado adquire o direito a uma indenização previamente combinada. O prêmio do seguro é estabelecido a partir de sua decomposição em partes distintas, que serão incorporadas até seu cálculo final. Os parâmetros gerais utilizados para calcular o prêmio são: prazo do seguro, importância segurada e exposição ao risco. A falta de pagamento do prêmio nas condições estabelecidas implica, por parte da seguradora, na dispensa das obrigações de indenização o segurado, assim como no cancelamento automático do Contrato. O prêmio pago pelo segurado refere-se a todo o período de vigência do seguro. Assim, as Seguradoras denominam de prêmio ganho, a parcela de prêmio relativa ao período de tempo do risco já passado. Mensuração do Risco: o prêmio deve refletir os resultados obtidos através da análise estatística do risco, como, o valor aproximadamente dos possíveis sinistros. Despesas administrativa ou Gastos de Gestão Interna: São de responsabilidade do Segurador e destinam-se á administração dos seus negócios. Exemplos: pessoal, aluguel, comunicação, etc. Despesas de Aquisição e Produção de Gastos de Gestão Externa: Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo comercial de distribuição e venda do seguro . A comissão dos corretores é o item mais importante das despesas de gestão externa. Remuneração do Capital: A remuneração do capital empregado inclui o lucro e a constituição das reservas patrimoniais, tendo necessariamente reflexo no prêmio. Impostos: São considerados no estabelecimento do prêmio, sendo o mais comum o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras ou de Seguros). Nas operações de seguro o IOF é de 2% nos seguros de Vida e Saúde e de 4% nos Ramos Elementares. REGULADOR DE SINISTROS é a pessoa física ou jurídica, tecnicamente habilitada, encarregada pelas Seguradoras e/ou Resseguradores de efetuar as vistorias dos bens sinistrados, bem como elaborar o levantamento dos prejuízos sofridos em decorrência do sinistro, indicando a causa, natureza e extensão das avarias. Também é responsável pela verificação da cobertura do sinistro de acordo com os termos da apólice. RESSARCIMENTO é o reembolso que a seguradora tem direito, no caso de uma indenização paga ao segurado, consequência de evento danoso provocado por alguém. Quando a indenização é decorrente de um prejuízo causado dolosa ou culposamente por um terceiro, existe a possibilidade da seguradora se ressarcir da indenização paga. O direito subjetivo do segurado pode ser transferido á seguradora após o pagamento da indenização: quem paga se sub-roga nos direitos de quem recebeu, até o valor do pagamento efetuado. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 37 de 84 RESSEGURADOR é aquele que aceita, em resseguro, as cessões feitas pelo segurador direto. RESSEGURO é a operação pela qual o segurador, com o fito de diminuir suaresponsabilidade na aceitação de um risco considerado excessivo ou perigoso, cede a outro segurador uma parte da responsabilidade e do prêmio recebido. RISCO: O risco é o objetivo do seguro, configurando a probabilidade de um determinado evento futuro atingir um interesse econômico para o segurado ou beneficiário. Pode ser considerado também como a incerteza com relação a perda. Riscos é o evento aleatório cuja ocorrência acarreta prejuízo econômico. As condições que definem o risco como sendo segurável são: • Ser possível, uma vez que segurar Risco impossível é o mesmo que admitir um contrato sem objetivo; • Ser futuro, ou seja, que ainda não tenha ocorrido até o momento do contrato; • Ser incorreto, o que caracteriza o fato aleatório e que não pode ser dissociado do contrato de seguro. RISCOS EXCLUÍDOS são os riscos não cobertos pelo seguro. Podem ser excluídos pela lei e em função ao ramo de seguro a que pertencem. Em relação aos riscos excluídos pela lei, citam–se aqueles decorrentes de atos ilícitos do segurado, proibidos pelo Código Civil. Há exceção para os riscos de Responsabilidade Civil, por ato culposo do segurado ou das pessoas por quem ele seja legalmente responsável. Em relação aos riscos excluídos em função do ramo de seguro a que pertencem, cabe considerar, principalmente, dois tipos de Riscos: • Os Riscos fundamentais; • Riscos que constituem carteiras específicas, como Transportes e vida. O risco de vida não pode ser incorporado á apólice de Transporte (e vice–versa) , pois cada qual constitui um ramo específico e assim esse riscos deverão ter apólices distintas. SINISTRO é o termo utilizado para definir em qualquer ramo ou carteira de seguro, o acontecimento do evento previsto e coberto no contrato. É a manifestação concreta do risco previsto no contrato de seguro e que ocasiona prejuízo ou responsabilidade. A frequência em que os sinistros ocorrem e os seus valores comparados com o prêmio pago indicam a sinistralidade de uma apólice. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 38 de 84 ATIVIDADE PROPOSTA 6: Questionário 1) Qual o conceito e finalidade do seguro? 2) Quais são os Fundamentos do Seguro? 3) Quais as características do contrato de seguro? 4) Descreva os sujeitos envolvidos na operação de seguro. 5) Faça um cronograma com as datas e os fatos importantes observados na evolução do mercado de seguros no Brasil. 6) Quais os principais grupos de seguros existentes no Brasil? 7) Qual a diferença entre seguros de vida, seguros de saúde e seguros elementares? 8) Quais as principais condições estabelecidas no contrato do seguro de Vida Individual? 9) Qual a diferença entre seguros facultativos e obrigatórios? 10) Cite os principais tipos de seguros obrigatórios. 11) Dê o conceito de seguros em grupo e individuais e empresariais ou corporativos. 12) Quais os segmentos de previdência privada existentes no país? 13) Qual a diferença entre seguros sociais e seguros privados? 14) Cite as características dos seguintes tipos de seguros: a) Seguro contra INCÊNDIO b) Seguro de AUTOMÓVEL c) Seguro de LUCROS CESSANTES d) Seguro de RESPONSABILIDADE CIVIL e) Seguro de RISCOS DIVERSOS f) Seguros de RISCOS DE ENGENHARIA 15) Quais as três áreas principais para as quais o administrador deve analisar as exigências de seguro? Quais os tipos de seguros indicados para cada área? 16) Quais as opções de contratação de seguros a serem analisadas pelas empresas? 17) Quais os procedimentos a serem adotados pela empresa, previamente a contratação de um seguro? 18) O que significa sinistro e qual o procedimento a ser adotado de imediato pela empresa, em caso de sua ocorrência? 19) Dê o significado dos seguintes termos usados em seguro: BÔNUS, CARÊNCIA, FRANQUIA, IMPORTÂNCIA SEGURADA, INDENIZAÇÃO, PRÊMIO, RESSARCIMENTO, RISCO e SINISTRO. Efetuar a 9ª etapa da Atividade Proposta 10. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 39 de 84 10. Avaliação de Investimentos em Ativos Imobilizados (Fixos) Para a tomada de decisão sobre a realização de investimentos em ativos imobilizados devem ser avaliadas as diferentes alternativas, de forma a escolher aquelas mais seguras e rentáveis. Além da avaliação financeira e qualitativa, devem compor o julgamento elementos tais como a vocação da empresa, sua cultura, seus recursos humanos e outros. A base da decisão geralmente é formada pelas evidências apresentada pelos cálculos dos seguintes métodos quantitativos, utilizados na avaliação de investimentos de capital: i. método do Payback (período de retorno), ii.Taxa Interna de Retorno (TIR) e iii. Fluxos de Caixa Descontado, este último com algumas variações: o método do Valor Presente Líquido (VPL), o método da Taxa Interna de Retorno (TIR), e o método do Índice de Lucratividade (IL). Para exemplificar os cinco métodos, vamos utilizar os seguintes dados para avaliação de proposta para realização do seguinte investimento: a) Dados do investimento: Custos de Aquisição R$ 11.000,00 Vida econômica (útil), sem valor residual: Em anos 10 Taxa de desconto 10% b) Projeção de Resultado Anual: Receitas previstas R$ 10.000,00 (-) Custos e despesas (fixos e variáveis) R$ 8.350,00 Lucros médios anuais R$ 1.650,00 c) Fluxo de Caixa Líquido – FCL Lucro médio anual R$ 1.650,00 (+) Depreciação R$ 1.100,00 Fluxo de Caixa Líquido – FCL R$ 2.750,00 d) Métodos de Avaliação de Investimento: i. Método do Prazo de Retorno (Payback) – Essa metodologia tem por parâmetro o período de tempo necessário para que haja o bom retorno do investimento inicial. Trata-se de um dos sistemas mais usados para se calcular o tempo necessário para que o capital investido retorne aos investidores. anos 4 00,750.2 11.000,00 Caixa de Fluxo Bem doValor Payback Esse método considera a relação entre o valor dos investimentos feitos e o valor do fluxo de caixa líquido anual. Se o número encontrado satisfizer as expectativas da empresa, o projeto poderá ser aprovado; caso contrário, não. O método apresenta as vantagens de facilitar o calculo e medir, em certa dimensão, o risco do projeto. Por outro lado apresenta como desvantagens a impossibilidade de especificar o período apropriado, visto que não utiliza fluxos de caixa descontados; não considerar integralmente o fator tempo no valor do dinheiro e não reconhece os fluxos de caixa após o período de payback. ii. Taxa Média de Retorno – TMR – Esse método mede em percentagem o retorno anual do investimento efetuado. Corresponde à relação entre o fluxo médio anual de caixa e o custo do investimento. É o inverso do método de payback. a.a. 25% 0,25 11.000,00 00,750.2 Bem doValor Caixa de Fluxo TMR Essa sistemática apresenta como vantagem à facilidade de cálculo e como desvantagem o uso de dados contábeis de entradas de caixa, ignorando o fator tempo no valor do dinheiro. Apresenta as mesmas deficiências do método de payback e também pode levar o usuário a comparar o resultado a outras taxas de juros que não são comparáveis devido ao valor do dinheiro no tempo e a fatores peculiares ao cálculo de médias. Como é baseado em médias, o método pressupõe que os lucros sejam constantes durante a vida útil do projeto. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 40 de 84 iii. Método do Valor Presente Líquido - VPL – É um dos instrumentos mais utilizados na avaliação de propostas de investimentos em ativos fixos. Considera o fator tempo no valor do dinheiro e estabelece o retorno mínimo a ser obtido para manter inalterado o valor da empresa e para isso utiliza as seguintes taxas: taxa de desconto, custo de oportunidade e custo do dinheiro. Todos os valores do fluxode caixa dos planos de investimentos são convertidos em valor presente. Para isso se aplica uma taxa de desconto predefinida, que deve corresponder ao custo dos recursos disponibilizados pela empresa – ou à rentabilidade mínima aceitável, em face do risco do empreendimento. O VPL reflete a riqueza em valores monetários do investimento medido pela diferença entre os valores atuais das entradas de caixa e os valores das saídas de caixa relativos ao investimento líquido. Corresponde a uma quantificação dos benefícios adicionais que o projeto de investimento provocaria. nn ii VPL 1 Pagamentos de Fluxo - 1 Caixa de Fluxo Considerando os dados do exemplo da aquisição da máquina A, com pagamento a vista, e utilizando uma calculadora financeira, teremos: 01021 100 10 1 00,000.11 100 10 1 00,750.2 ... 100 10 1 00,750.2 100 10 1 00,750.2 VPL VPL = 16.897,56 – 11.000,00 = 5.897,56 Efetuando o mesmo cálculo com a ajuda da tabela financeira teremos: VPL = 2.750,00 X 6,14456711 – 11.000,00 VPL = 16.897,56 – 11.000,00 = 5.897,56 Quando o valor presente líquido for maior que zero, pode-se concluir que o plano terá um retorno maior ou igual à taxa de desconto utilizada. Em contrapartida, quando o valor presente líquido for menor que zero, a proposta não é economicamente recomendável, isso porque gerará um retorno inferior ao custo dos capitais envolvidos ou, ainda, que é inferior à rentabilidade mínima estabelecida pela direção da empresa. Em síntese: se VPL > ou = 0, deve-se aceitar o projeto; se VPL < 0, deve-se rejeitá-lo. iv. Taxa Interna de Retorno – TIR – É um indicador que, aparentemente, apresenta as menores limitações dos resultados na análise dos projetos que visam investimento de recursos em ativos fixos, uma vez que considera apenas o valor presente líquido (VPL) igual a zero. A TIR corresponde à taxa de desconto aplicada ao cálculo do VPL que iguala o resultado do VPL a zero. Seu valor é obtido por intermédio de calculadoras financeiras (HP12) ou planilha eletrônica (Excel). A TIR calculada para o exemplo é de 21,406%. v. Índice de Lucratividade (IL) – Trata-se de um outro cálculo realizado para indicar se uma proposta de investimento em ativos produtivos deve ser aceita ou rejeitada. Evidencia a relação entre o valor presente das entradas e das saídas no fluxo de caixa projetado para o empreendimento, aplicando-se uma taxa de desconto à taxa de atratividade da proposta, indicando o retorno previsto dos capitais investidos, em moeda com valor atualizado. O cálculo é simples: IL = VP das entradas de caixa dividido pelo investimento inicial. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 41 de 84 1,536 11.000,00 16.897,56 1 Pagamentos de Fluxo 1 Caixa de Fluxo n n i i IL O critério de decisão é o seguinte: se IL > ou = 1, deve-se aceitar o projeto; se IL < 1, deve-se rejeitá-lo. vi. Risco e Entradas de Caixa – O risco refere-se à probabilidade de que o projeto venha a ser rejeitado ou ao grau de variabilidade dos fluxos de caixa. • Entradas de caixa de equilíbrio: nível mínimo de entradas de caixa necessário para aceitar o projeto, ou seja, VPL > 0. - Risco avaliado pela determinação da probabilidade de que as entradas de caixa sejam iguais ou maiores que o nível de equilíbrio - Essa probabilidade não enfoca a questão da variabilidade do fluxo de caixa e do VPL, para avaliar integralmente o risco e o retorno de um projeto. vii. Avaliação dos Riscos – Análise de Risco é uma análise de sensibilidade que utiliza inúmeros valores, todos eles possíveis para uma dada variável, a fim de evidenciar seu impacto no retorno da empresa. Algumas dessas variáveis são: viii. Análise de cenário: usada para avaliar o impacto, no retorno da empresa, de mudanças simultâneas em inúmeras variáveis. ix. Simulação: utiliza modelo estatístico de distribuições probabilísticas predeterminadas e números aleatórios para se estimar os resultados arriscados. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 42 de 84 Parcelas iguais e consecutivas: Ano Taxa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 1% 0,99009901 1,97039506 2,94098521 3,90196555 4,85343124 5,79547647 6,72819453 7,65167775 8,56601758 9,47130453 10,36762825 11,25507747 12,13374007 13,00370304 13,86505252 14,71787378 15,56225127 16,39826858 17,22600850 18,04555297 18,85698313 19,66037934 20,45582113 21,24338726 22,02315570 2% 0,98039216 1,94156094 2,88388327 3,80772870 4,71345951 5,60143089 6,47199107 7,32548144 8,16223671 8,98258501 9,78684805 10,57534122 11,34837375 12,10624877 12,84926350 13,57770931 14,29187188 14,99203125 15,67846201 16,35143334 17,01120916 17,65804820 18,29220412 18,91392560 19,52345647 3% 0,97087379 1,91346970 2,82861135 3,71709840 4,57970719 5,41719144 6,23028296 7,01969219 7,78610892 8,53020284 9,25262411 9,95400399 10,63495533 11,29607314 11,93793509 12,56110203 13,16611847 13,75351308 14,32379911 14,87747486 15,41502414 15,93691664 16,44360839 16,93554212 17,41314769 4% 0,96153846 1,88609467 2,77509103 3,62989522 4,45182233 5,24213686 6,00205467 6,73274487 7,43533161 8,11089578 8,76047671 9,38507376 9,98564785 10,56312293 11,11838743 11,65229561 12,16566885 12,65929697 13,13393940 13,59032634 14,02915995 14,45111533 14,85684167 15,24696314 15,62207994 5% 0,95238095 1,85941043 2,72324803 3,54595050 4,32947667 5,07569207 5,78637340 6,46321276 7,10782168 7,72173493 8,30641422 8,86325164 9,39357299 9,89864094 10,37965804 10,83776956 11,27406625 11,68958690 12,08532086 12,46221034 12,82115271 13,16300258 13,48857388 13,79864179 14,09394457 6% 0,94339623 1,83339267 2,67301195 3,46510561 4,21236379 4,91732433 5,58238144 6,20979381 6,80169227 7,36008705 7,88687458 8,38384394 8,85268296 9,29498393 9,71224899 10,10589527 10,47725969 10,82760348 11,15811649 11,46992122 11,76407662 12,04158172 12,30337898 12,55035753 12,78335616 7% 0,93457944 1,80801817 2,62431604 3,38721126 4,10019744 4,76653966 5,38928940 5,97129851 6,51523225 7,02358154 7,49867434 7,94268630 8,35765074 8,74546799 9,10791401 9,44664860 9,76322299 10,05908691 10,33559524 10,59401425 10,83552733 11,06124050 11,27218738 11,46933400 11,65358318 8% 0,92592593 1,78326475 2,57709699 3,31212684 3,99271004 4,62287966 5,20637006 5,74663894 6,24688791 6,71008140 7,13896426 7,53607802 7,90377594 8,24423698 8,55947869 8,85136916 9,12163811 9,37188714 9,60359920 9,81814741 10,01680316 10,20074366 10,37105895 10,52875828 10,67477619 9% 0,91743119 1,75911119 2,53129467 3,23971988 3,88965126 4,48591859 5,03295284 5,53481911 5,99524689 6,41765770 6,80519055 7,16072528 7,48690392 7,78615039 8,06068843 8,31255819 8,54363137 8,75562511 8,95011478 9,12854567 9,29224373 9,44242544 9,58020683 9,70661177 9,82257960 10% 0,90909091 1,73553719 2,48685199 3,16986545 3,79078677 4,35526070 4,86841882 5,33492620 5,75902382 6,14456711 6,49506101 6,81369182 7,10335620 7,36668746 7,60607951 7,82370864 8,02155331 8,20141210 8,36492009 8,51356372 8,64869429 8,77154026 8,88321842 8,98474402 9,07704002 11% 0,90090090 1,71252333 2,44371472 3,10244569 3,69589702 4,23053785 4,71219626 5,14612276 5,53704753 5,88923201 6,20651533 6,49235615 6,74987040 6,981865237,19086958 7,37916178 7,54879440 7,70161657 7,83929421 7,96332812 8,07507038 8,17573908 8,26643160 8,34813658 8,42174466 12% 0,89285714 1,69005102 2,40183127 3,03734935 3,60477620 4,11140732 4,56375654 4,96763977 5,32824979 5,65022303 5,93769913 6,19437423 6,42354842 6,62816823 6,81086449 6,97398615 7,11963049 7,24967008 7,36577686 7,46944362 7,56200324 7,64464575 7,71843370 7,78431581 7,84313911 13% 0,88495575 1,66810244 2,36115260 2,97447133 3,51723126 3,99754979 4,42261043 4,79877029 5,13165513 5,42624348 5,68694113 5,91764702 6,12181152 6,30248807 6,46237882 6,60387506 6,72909298 6,83990529 6,93796928 7,02475158 7,10155007 7,16951334 7,22965782 7,28288303 7,32998498 14% 0,87719298 1,64666051 2,32163203 2,91371230 3,43308097 3,88866752 4,28830484 4,63886389 4,94637184 5,21611565 5,45273302 5,66029213 5,84236151 6,00207150 6,14216799 6,26505964 6,37285933 6,46742046 6,55036883 6,62313055 6,68695662 6,74294441 6,79205650 6,83513728 6,87292744 15% 0,86956522 1,62570888 2,28322512 2,85497836 3,35215510 3,78448269 4,16041973 4,48732151 4,77158392 5,01876863 5,23371185 5,42061900 5,58314696 5,72447561 5,84737010 5,95423487 6,04716076 6,12796587 6,19823119 6,25933147 6,31246215 6,35866274 6,39883717 6,43377145 6,46414909 16% 0,86206897 1,60523187 2,24588954 2,79818064 3,27429365 3,68473591 4,03856544 4,34359090 4,60654388 4,83322748 5,02864438 5,19710722 5,34233381 5,46752915 5,57545616 5,66849669 5,74870404 5,81784831 5,87745544 5,92884090 5,97313871 6,01132647 6,04424696 6,07262669 6,09709197 17% 0,85470085 1,58521441 2,20958496 2,74323501 3,19934616 3,58918475 3,92238013 4,20716251 4,45056624 4,65860363 4,83641336 4,98838748 5,11827990 5,22929906 5,32418723 5,40528823 5,47460533 5,53385071 5,58448778 5,62776734 5,66475841 5,69637471 5,72339719 5,74649332 5,76623361 18% 0,84745763 1,56564206 2,17427293 2,69006180 3,12717102 3,49760256 3,81152759 4,07756576 4,30302183 4,49408629 4,65600533 4,79322486 4,90951259 5,00806152 5,09157756 5,16235386 5,22233378 5,27316422 5,31624087 5,35274650 5,38368347 5,40990125 5,43211970 5,45094890 5,46690585 19% 0,84033613 1,54650095 2,13991677 2,63858552 3,05763489 3,40977722 3,70569514 3,95436567 4,16333249 4,33893487 4,48649989 4,61050411 4,71470933 4,80227675 4,87586282 4,93769985 4,98966374 5,03333087 5,07002594 5,10086214 5,12677490 5,14855034 5,16684902 5,18222607 5,19514796 20% 0,83333333 1,52777778 2,10648148 2,58873457 2,99061214 3,32551012 3,60459176 3,83715980 4,03096650 4,19247209 4,32706007 4,43921673 4,53268061 4,61056717 4,67547264 4,72956054 4,77463378 4,81219482 4,84349568 4,86957973 4,89131644 4,90943037 4,92452531 4,93710442 4,94758702 21% 0,82644628 1,50945974 2,07393367 2,54044105 2,92598434 3,24461515 3,50794641 3,72557554 3,90543433 4,05407796 4,17692394 4,27844953 4,36235499 4,43169834 4,48900689 4,53636933 4,57551184 4,60786103 4,63459589 4,65669082 4,67495109 4,69004222 4,70251423 4,71282168 4,72134023 22% 0,81967213 1,49153453 2,04224142 2,49364051 2,86363976 3,16691784 3,41550642 3,61926756 3,78628489 3,92318433 4,03539699 4,12737459 4,20276605 4,26456234 4,31521503 4,35673363 4,39076527 4,41866006 4,44152464 4,46026610 4,47562795 4,48821963 4,49854068 4,50700056 4,51393488 23% 0,81300813 1,47399035 2,01137427 2,44827176 2,80347298 3,09225445 3,32703614 3,51791556 3,67310208 3,79926999 3,90184552 3,98524026 4,05304086 4,10816330 4,15297829 4,18941325 4,21903516 4,24311802 4,26269757 4,27861591 4,29155765 4,30207939 4,31063365 4,31758834 4,32324255 24% 0,80645161 1,45681582 1,98130308 2,40427668 2,74538442 3,02047130 3,24231557 3,42122223 3,56550180 3,68185629 3,77569056 3,85136335 3,91238980 3,96160468 4,00129409 4,03330169 4,05911427 4,07993086 4,09671843 4,11025680 4,12117484 4,12997971 4,13708041 4,14280678 4,14742483 25% 0,80000000 1,44000000 1,95200000 2,36160000 2,68928000 2,95142400 3,16113920 3,32891136 3,46312909 3,57050327 3,65640262 3,72512209 3,78009767 3,82407814 3,85926251 3,88741001 3,90992801 3,92794241 3,94235392 3,95388314 3,96310651 3,97048521 3,97638817 3,98111053 3,98488843 26% 0,79365079 1,42353238 1,92343839 2,32018920 2,63507079 2,88497682 3,08331494 3,24072614 3,36565567 3,46480609 3,54349689 3,60594992 3,65551581 3,69485381 3,72607446 3,75085274 3,77051805 3,78612544 3,79851225 3,80834306 3,81614528 3,82233753 3,82725200 3,83115238 3,83424792 27% 0,78740157 1,40740281 1,89559277 2,27999431 2,58267268 2,82100211 3,00866308 3,15642762 3,27277765 3,36439185 3,43652902 3,49332994 3,53805507 3,57327171 3,60100134 3,62283570 3,64002811 3,65356544 3,66422476 3,67261792 3,67922671 3,68443048 3,68852794 3,69175428 3,69429471 28% 0,78125000 1,39160156 1,86843872 2,24096775 2,53200606 2,75937973 2,93701541 3,07579329 3,18421351 3,26891680 3,33509125 3,38679004 3,42717972 3,45873416 3,48338606 3,50264536 3,51769169 3,52944663 3,53863018 3,54580483 3,55141002 3,55578908 3,55921022 3,56188298 3,56397108 29% 0,77519380 1,37611922 1,84195289 2,20306425 2,48299555 2,69999655 2,86821438 2,99861580 3,09970217 3,17806370 3,23880907 3,28589850 3,32240194 3,35069918 3,37263502 3,38963955 3,40282136 3,41303981 3,42096109 3,42710162 3,43186172 3,43555172 3,43841219 3,44062960 3,44234853 30% 0,76923077 1,36094675 1,81611288 2,16624068 2,43556975 2,64274596 2,80211228 2,92470175 3,01900135 3,09153950 3,14733808 3,19026006 3,22327697 3,24867459 3,26821122 3,28323940 3,29479954 3,30369195 3,31053227 3,31579406 3,31984158 3,32295506 3,32535005 3,32719234 3,32860950 GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 43 de 84 Parcela única no final Ano Taxa 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 1% 0,99009901 0,98029605 0,97059015 0,96098034 0,95146569 0,94204524 0,93271805 0,92348322 0,91433982 0,90528695 0,89632372 0,88744923 0,87866260 0,86996297 0,86134947 0,85282126 0,84437749 0,83601731 0,82773992 0,81954447 0,81143017 0,80339621 0,79544179 0,78756613 0,77976844 2% 0,98039216 0,96116878 0,94232233 0,92384543 0,90573081 0,88797138 0,87056018 0,85349037 0,83675527 0,82034830 0,80426304 0,78849318 0,77303253 0,75787502 0,74301473 0,72844581 0,71416256 0,70015937 0,68643076 0,67297133 0,65977582 0,64683904 0,63415592 0,62172149 0,60953087 3% 0,97087379 0,94259591 0,91514166 0,88848705 0,86260878 0,83748426 0,81309151 0,78940923 0,76641673 0,74409391 0,72242128 0,70137988 0,68095134 0,66111781 0,64186195 0,62316694 0,60501645 0,58739461 0,57028603 0,55367575 0,53754928 0,52189250 0,50669175 0,49193374 0,47760557 4% 0,96153846 0,92455621 0,88899636 0,85480419 0,82192711 0,79031453 0,75991781 0,73069021 0,70258674 0,67556417 0,64958093 0,62459705 0,60057409 0,57747508 0,55526450 0,53390818 0,51337325 0,49362812 0,47464242 0,45638695 0,43883360 0,42195539 0,40572633 0,39012147 0,37511680 5% 0,95238095 0,90702948 0,86383760 0,82270247 0,78352617 0,74621540 0,71068133 0,67683936 0,64460892 0,61391325 0,58467929 0,55683742 0,53032135 0,50506795 0,48101710 0,45811152 0,43629669 0,41552065 0,39573396 0,37688948 0,35894236 0,34184987 0,32557131 0,31006791 0,29530277 6% 0,94339623 0,88999644 0,83961928 0,79209366 0,74725817 0,70496054 0,66505711 0,62741237 0,59189846 0,55839478 0,52678753 0,49696936 0,46883902 0,44230096 0,41726506 0,39364628 0,37136442 0,35034379 0,33051301 0,31180473 0,29415540 0,27750510 0,26179726 0,24697855 0,23299863 7% 0,93457944 0,87343873 0,81629788 0,76289521 0,71298618 0,66634222 0,62274974 0,58200910 0,54393374 0,50834929 0,47509280 0,44401196 0,41496445 0,38781724 0,36244602 0,33873460 0,31657439 0,29586392 0,27650833 0,25841900 0,24151309 0,22571317 0,21094688 0,19714662 0,18424918 8% 0,92592593 0,85733882 0,79383224 0,73502985 0,68058320 0,63016963 0,58349040 0,54026888 0,50024897 0,46319349 0,42888286 0,39711376 0,36769792 0,34046104 0,31524170 0,29189047 0,27026895 0,25024903 0,23171206 0,21454821 0,19865575 0,18394051 0,17031528 0,15769934 0,14601790 9% 0,91743119 0,84167999 0,77218348 0,70842521 0,64993139 0,59626733 0,54703424 0,50186628 0,46042778 0,42241081 0,38753285 0,355534730,32617865 0,29924647 0,27453804 0,25186976 0,23107318 0,21199374 0,19448967 0,17843089 0,16369806 0,15018171 0,13778139 0,12640494 0,11596784 10% 0,90909091 0,82644628 0,75131480 0,68301346 0,62092132 0,56447393 0,51315812 0,46650738 0,42409762 0,38554329 0,35049390 0,31863082 0,28966438 0,26333125 0,23939205 0,21762914 0,19784467 0,17985879 0,16350799 0,14864363 0,13513057 0,12284597 0,11167816 0,10152560 0,09229600 11% 0,90090090 0,81162243 0,73119138 0,65873097 0,59345133 0,53464084 0,48165841 0,43392650 0,39092477 0,35218448 0,31728331 0,28584082 0,25751426 0,23199482 0,20900435 0,18829220 0,16963262 0,15282218 0,13767764 0,12403391 0,11174226 0,10066870 0,09069252 0,08170498 0,07360809 12% 0,89285714 0,79719388 0,71178025 0,63551808 0,56742686 0,50663112 0,45234922 0,40388323 0,36061002 0,32197324 0,28747610 0,25667509 0,22917419 0,20461981 0,18269626 0,16312166 0,14564434 0,13003959 0,11610678 0,10366677 0,09255961 0,08264251 0,07378796 0,06588210 0,05882331 13% 0,88495575 0,78314668 0,69305016 0,61331873 0,54275994 0,48031853 0,42506064 0,37615986 0,33288483 0,29458835 0,26069765 0,23070589 0,20416450 0,18067655 0,15989075 0,14149624 0,12521791 0,11081231 0,09806399 0,08678229 0,07679849 0,06796327 0,06014448 0,05322521 0,04710195 14% 0,87719298 0,76946753 0,67497152 0,59208028 0,51936866 0,45558655 0,39963732 0,35055905 0,30750794 0,26974381 0,23661738 0,20755910 0,18206939 0,15970999 0,14009648 0,12289165 0,10779969 0,09456113 0,08294836 0,07276172 0,06382607 0,05598778 0,04911209 0,04308078 0,03779016 15% 0,86956522 0,75614367 0,65751623 0,57175325 0,49717674 0,43232760 0,37593704 0,32690177 0,28426241 0,24718471 0,21494322 0,18690715 0,16252796 0,14132866 0,12289449 0,10686477 0,09292589 0,08080512 0,07026532 0,06110028 0,05313068 0,04620059 0,04017443 0,03493428 0,03037764 16% 0,86206897 0,74316290 0,64065767 0,55229110 0,47611302 0,41044225 0,35382953 0,30502546 0,26295298 0,22668360 0,19541690 0,16846284 0,14522659 0,12519534 0,10792701 0,09304053 0,08020735 0,06914427 0,05960713 0,05138546 0,04429781 0,03818776 0,03292049 0,02837973 0,02446528 17% 0,85470085 0,73051355 0,62437056 0,53365005 0,45611115 0,38983859 0,33319538 0,28478237 0,24340374 0,20803738 0,17780973 0,15197413 0,12989242 0,11101916 0,09488817 0,08110100 0,06931709 0,05924538 0,05063708 0,04327955 0,03699107 0,03161630 0,02702248 0,02309614 0,01974029 18% 0,84745763 0,71818443 0,60863087 0,51578888 0,43710922 0,37043154 0,31392503 0,26603816 0,22545607 0,19106447 0,16191904 0,13721953 0,11628773 0,09854893 0,08351604 0,07077630 0,05997992 0,05083044 0,04307664 0,03650563 0,03093698 0,02621778 0,02221845 0,01882920 0,01595695 19% 0,84033613 0,70616482 0,59341581 0,49866875 0,41904937 0,35214233 0,29591792 0,24867052 0,20896683 0,17560238 0,14756502 0,12400422 0,10420523 0,08756742 0,07358606 0,06183703 0,05196389 0,04366713 0,03669507 0,03083619 0,02591277 0,02177544 0,01829869 0,01537705 0,01292189 20% 0,83333333 0,69444444 0,57870370 0,48225309 0,40187757 0,33489798 0,27908165 0,23256804 0,19380670 0,16150558 0,13458799 0,11215665 0,09346388 0,07788657 0,06490547 0,05408789 0,04507324 0,03756104 0,03130086 0,02608405 0,02173671 0,01811393 0,01509494 0,01257912 0,01048260 21% 0,82644628 0,68301346 0,56447393 0,46650738 0,38554329 0,31863082 0,26333125 0,21762914 0,17985879 0,14864363 0,12284597 0,10152560 0,08390545 0,06934335 0,05730855 0,04736244 0,03914251 0,03234918 0,02673486 0,02209493 0,01826027 0,01509113 0,01247201 0,01030745 0,00851855 22% 0,81967213 0,67186240 0,55070689 0,45139909 0,36999925 0,30327808 0,24858859 0,20376114 0,16701733 0,13689945 0,11221266 0,09197759 0,07539147 0,06179629 0,05065269 0,04151860 0,03403164 0,02789479 0,02286458 0,01874146 0,01536185 0,01259168 0,01032105 0,00845988 0,00693433 23% 0,81300813 0,66098222 0,53738392 0,43689749 0,35520122 0,28878148 0,23478169 0,19087942 0,15518652 0,12616790 0,10257553 0,08339474 0,06780060 0,05512244 0,04481499 0,03643495 0,02962191 0,02408286 0,01957956 0,01591834 0,01294174 0,01052174 0,00855426 0,00695468 0,00565421 24% 0,80645161 0,65036420 0,52448726 0,42297360 0,34110774 0,27508689 0,22184426 0,17890666 0,14427957 0,11635449 0,09383427 0,07567280 0,06102645 0,04921488 0,03968942 0,03200759 0,02581258 0,02081659 0,01678758 0,01353837 0,01091804 0,00880487 0,00710070 0,00572637 0,00461804 25% 0,80000000 0,64000000 0,51200000 0,40960000 0,32768000 0,26214400 0,20971520 0,16777216 0,13421773 0,10737418 0,08589935 0,06871948 0,05497558 0,04398047 0,03518437 0,02814750 0,02251800 0,01801440 0,01441152 0,01152922 0,00922337 0,00737870 0,00590296 0,00472237 0,00377789 26% 0,79365079 0,62988158 0,49990602 0,39675081 0,31488159 0,24990603 0,19833812 0,15741120 0,12492953 0,09915042 0,07869081 0,06245302 0,04956589 0,03933801 0,03122064 0,02477829 0,01966531 0,01560739 0,01238681 0,00983081 0,00780223 0,00619224 0,00491448 0,00390038 0,00309554 27% 0,78740157 0,62000124 0,48818995 0,38440154 0,30267838 0,23832943 0,18766097 0,14776454 0,11635003 0,09161420 0,07213716 0,05680092 0,04472513 0,03521664 0,02772964 0,02183436 0,01719241 0,01353733 0,01065932 0,00839316 0,00660879 0,00520377 0,00409746 0,00322634 0,00254043 28% 0,78125000 0,61035156 0,47683716 0,37252903 0,29103830 0,22737368 0,17763568 0,13877788 0,10842022 0,08470329 0,06617445 0,05169879 0,04038968 0,03155444 0,02465190 0,01925930 0,01504633 0,01175494 0,00918355 0,00717465 0,00560519 0,00437906 0,00342114 0,00267276 0,00208810 29% 0,77519380 0,60092543 0,46583366 0,36111137 0,27993129 0,21700100 0,16821783 0,13040142 0,10108637 0,07836153 0,06074537 0,04708943 0,03650344 0,02829724 0,02193584 0,01700453 0,01318181 0,01021845 0,00792128 0,00614053 0,00476010 0,00369000 0,00286047 0,00221741 0,00171893 30% 0,76923077 0,59171598 0,45516614 0,35012780 0,26932907 0,20717621 0,15936632 0,12258947 0,09429960 0,07253815 0,05579858 0,04292198 0,03301691 0,02539762 0,01953663 0,01502818 0,01156014 0,00889241 0,00684032 0,00526178 0,00404753 0,00311348 0,00239499 0,00184230 0,00141715 GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 44 de 84 ATIVIDADE PROPOSTA 7: Questionário 1) O que deve ser observado na avaliação de investimentos em ativos imobilizados? 2) Quais os métodos ou sistemas de avaliação mais importantes e comumente utilizados? 3) Dar o conceito, as características, as vantagens e desvantagens dos seguintes métodos de avaliação: a) Prazo de retorno do investimento – PRI/Payback b) Taxa média de retirbi – TMR c) Valor presente líquido – VPL d) Taxa interna de retorno – TIR e) Índice de lucratividade – IL 4) Em que consiste o risco e entradas de caixa? 5) Em que consiste a avaliação de riscos? GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 45 de 84 ATIVIDADE PROPOSTA 8: Analisar as proposta para realização dos investimentos “A” e “B”, cujos dados são apresentados a seguir, e emitir parecer técnico quanto a proposta que melhor atenderia aos interesses econômicos da empresa, considerando os resultados dos métodos de avaliação de investimentos: Itens a serem adquiridos Investimento A Investimento B Custo de Aquisição R$ 11.000,00 R$ 15.000,00 Vida econômica (útil), sem valor residual: Em anos 10 Em anos 12 Taxa de desconto 10% 10% Projeção de resultado anual Receitas previstas R$ 10.000,00 R$ 12.000,00 (-) Custos e despesas R$ 7.434,25 R$ 8.250,00 Lucro médio anual R$ 2.565,75 R$ 3.750,00 Fluxo de Caixa Líquido – FCL Lucro médio anual R$ 2.565,75 R$ 3.750,00 (+) Depreciação R$ 1.100,00 R$ 1.250,00 Total do FCL R$ 3.665,75 R$ 5.000,00 Efetuar a 10ª etapa da Atividade Proposta 10. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 46 de 84 11. Avaliação de Financiamentos de Ativos Imobilizados A empresa deve realizar a avaliação sobre o que seria melhor sob o aspecto financeiro: adquirir ativos imobilizados com recursospróprios, financiamentos bancários ou pelo sistema de Leasing. INVESTIMENTOS COM RECURSOS PRÓPRIOS Na avaliação de investimentos com recursos próprios deverá ser observado se a Taxa Interno de Retorno (TIR) obtida é maior que o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) exigido pelos sócios. Por exemplo: RSPL exigido de 15% e TIR obtida de 20% o investimento é vantajoso. RSPL exigido de 15% e TIR obtida de 12% o investimento não é viável. INVESTIMENTOS COM FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS X SISTEMA DE LEASING No sistema bancário existem vários sistemas de cálculo para pagamento dos financiamentos em parcelas. Os mais utilizados são: Sistema de Pagamentos Constantes (SPC): O mais conhecido é o Sistema ou Tabela Price, em que os juros são embutidos no cálculo das prestações, gerando um valor constante da prestação durante todo o período de pagamento do empréstimo. Sistema de Amortização Constante (SAC): O saldo de principal do empréstimo é dividido pelo número de períodos de pagamento do empréstimo, permanecendo um valor constante, que será somado aos juros calculados em cada período, gerando um valor de prestação decrescente durante o período do empréstimo. Sistema de Amortização Mista (SAM) ou Crescente (SACRE): Trata-se de uma variação do Sistema de Amortização Constante (SAC), cujo objetivo é permitir uma maior amortização do valor emprestado e, consequentemente, a redução do percentual de juros sobre o saldo devedor. Este sistema de amortização é utilizado pela Caixa Econômica Federal (CEF) e alguns bancos privados, tendo em vista que ele proporciona uma redução mais rápida do saldo devedor, na medida em que os juros vão diminuindo simultaneamente. A diferença entre o SAC e o SACRE é a aplicação da taxa referencial (TR) na fórmula que define a prestação, fator esse que provoca a variação da amortização, gerando um valor inicial da prestação mais alto, mas que vai diminuindo ao longo de cada período. Nas empresas tributadas pelo Lucro Real deverá ser efetuada a análise dos fluxos de caixas dos investimentos financiados por meio de financiamentos bancários ou por leasing, considerando os seguintes aspectos contábeis e tributários: Nos financiamentos bancários os juros e o valor da depreciação dos bens são lançados como despesas diminuindo o valor do lucro tributável. Nos financiamentos por leasing todo o valor da prestação é lançado como despesa de aluguel diminuindo o valor do lucro tributável. A alternativa que apresentar menor desembolso de caixa será a mais vantajosa para a empresa. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 47 de 84 Atividade Prática: Considere o seguinte exemplo de financiamento para um investimento a ser realizado pela empresa Dados do Investimento: Valor financiado: R$ 100.000,00 Taxa de Juros: 12% ao ano Prazo: 10 anos Forma de Pagamento: 10 prestações anuais iguais pelo sistema price Taxa de Depreciação: 10% ao ano Valor Residual: R$ 20.000,00 Tributação: Imposto de Renda 15% Contribuição Social 9% Cálculo da Depreciação: Período Cota de Depreciação Depreciação Acumulada Saldo Contábil 0 R$ 100.000,00 1 R$ 8.000,00 R$ 8.000,00 R$ 92.000,00 2 R$ 8.000,00 R$ 16.000,00 R$ 84.000,00 3 R$ 8.000,00 R$ 24.000,00 R$ 76.000,00 4 R$ 8.000,00 R$ 32.000,00 R$ 68.000,00 5 R$ 8.000,00 R$ 40.000,00 R$ 60.000,00 6 R$ 8.000,00 R$ 48.000,00 R$ 52.000,00 7 R$ 8.000,00 R$ 56.000,00 R$ 44.000,00 8 R$ 8.000,00 R$ 64.000,00 R$ 36.000,00 9 R$ 8.000,00 R$ 72.000,00 R$ 28.000,00 10 R$ 8.000,00 R$ 80.000,00 R$ 20.000,00 Cálculos do Financiamento pela tabela Price: Período Juros Prestações Saldo Principal Juros Total 0 R$ 100.000,00 1 R$ 12.000,00 R$ 5.698,42 R$ 12.000,00 R$ 17.698,42 R$ 94.301,58 2 R$ 11.316,19 R$ 6.382,23 R$ 11.316,19 R$ 17.698,42 R$ 87.919,36 3 R$ 10.550,32 R$ 7.148,09 R$ 10.550,32 R$ 17.698,42 R$ 80.771,26 4 R$ 9.692,55 R$ 8.005,86 R$ 9.692,55 R$ 17.698,42 R$ 72.765,40 5 R$ 8.731,85 R$ 8.966,57 R$ 8.731,85 R$ 17.698,42 R$ 63.798,83 6 R$ 7.655,86 R$ 10.042,56 R$ 7.655,86 R$ 17.698,42 R$ 53.756,27 7 R$ 6.450,75 R$ 11.247,66 R$ 6.450,75 R$ 17.698,42 R$ 42.508,61 8 R$ 5.101,03 R$ 12.597,38 R$ 5.101,03 R$ 17.698,42 R$ 29.911,23 9 R$ 3.589,35 R$ 14.109,07 R$ 3.589,35 R$ 17.698,42 R$ 15.802,16 10 R$ 1.896,26 R$ 15.802,16 R$ 1.896,26 R$ 17.698,42 R$ 0,00 GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 48 de 84 Cálculos do Financiamento pela Sistema SAC: Período Juros Prestações Saldo Principal Juros Total 0 R$ 100.000,00 1 R$ 12.000,00 R$ 10.000,00 R$ 12.000,00 R$ 22.000,00 R$ 90.000,00 2 R$ 10.800,00 R$ 10.000,00 R$ 10.800,00 R$ 20.800,00 R$ 80.000,00 3 R$ 9.600,00 R$ 10.000,00 R$ 9.600,00 R$ 19.600,00 R$ 70.000,00 4 R$ 8.400,00 R$ 10.000,00 R$ 8.400,00 R$ 18.400,00 R$ 60.000,00 5 R$ 7.200,00 R$ 10.000,00 R$ 7.200,00 R$ 17.200,00 R$ 50.000,00 6 R$ 6.000,00 R$ 10.000,00 R$ 6.000,00 R$ 16.000,00 R$ 40.000,00 7 R$ 4.800,00 R$ 10.000,00 R$ 4.800,00 R$ 14.800,00 R$ 30.000,00 8 R$ 3.600,00 R$ 10.000,00 R$ 3.600,00 R$ 13.600,00 R$ 20.000,00 9 R$ 2.400,00 R$ 10.000,00 R$ 2.400,00 R$ 12.400,00 R$ 10.000,00 10 R$ 1.200,00 R$ 10.000,00 R$ 1.200,00 R$ 11.200,00 R$ 0,00 Cálculo dos Fluxos de Caixa: Período Fluxo de Caixa do Financiamento Bancário tabela Price Financiamento Prestações Triibutação Saldo 0 R$ 100.000,00 - R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 100.000,00 1 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.800,00 R$ 87.101,58 2 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.635,89 R$ 74.039,05 3 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.452,08 R$ 60.792,71 4 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.246,21 R$ 47.340,51 5 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.015,64 R$ 33.657,74 6 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 3.757,41 R$ 19.716,73 7 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 3.468,18 R$ 5.486,49 8 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 3.144,25 -R$ 9.067,68 9 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 2.781,44 -R$ 23.984,65 10 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 2.375,10 -R$ 39.307,96 Período Fluxo de Caixa do Financiamento Bancário Sistema SAC Financiamento Prestações Triibutação Saldo 0 R$ 100.000,00 - R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 100.000,00 1 R$ - -R$ 22.000,00 R$ 2.880,00 R$ 80.880,00 2 R$ - -R$ 20.800,00 R$ 4.512,00 R$ 64.592,00 3 R$ - -R$ 19.600,00 R$ 4.224,00 R$ 49.216,00 4 R$ - -R$ 18.400,00 R$ 3.936,00 R$ 34.752,00 5 R$ - -R$ 17.200,00 R$ 3.648,00 R$ 21.200,00 6 R$- -R$ 16.000,00 R$ 3.360,00 R$ 8.560,00 7 R$ - -R$ 14.800,00 R$ 3.072,00 -R$ 3.168,00 8 R$ - -R$ 13.600,00 R$ 2.784,00 -R$ 13.984,00 9 R$ - -R$ 12.400,00 R$ 2.496,00 -R$ 23.888,00 10 R$ - -R$ 11.200,00 R$ 2.208,00 -R$ 32.880,00 GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 49 de 84 Período Fluxo de Caixa do Leasing Financiamento Prestações Triibutação Saldo 0 R$ 100.000,00 R$ - R$ - R$ 100.000,00 1 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.247,62 R$ 86.549,20 2 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.247,62 R$ 73.098,41 3 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.247,62 R$ 59.647,61 4 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.247,62 R$ 46.196,81 5 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.247,62 R$ 32.746,02 6 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.247,62 R$ 19.295,22 7 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.247,62 R$ 5.844,42 8 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.247,62 -R$ 7.606,37 9 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.247,62 -R$ 21.057,17 10 R$ - -R$ 17.698,42 R$ 4.247,62 -R$ 34.507,96 Parecer técnico: Para as empresas tributadas pelo Lucro Real a alternativa de financiamento pelo sistema SAC mostra-se mais vantajosa do que a de financiamento pelo leasing gerar fluxo de caixa mais favorável para a empresa. A alternativa menos favorável é a de financiamento pelo sistema Price. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 50 de 84 ATIVIDADE PROPOSTA 9: Considere os dados abaixo e emita parecer técnico sobre a melhor alternativa de financiamento do investimento. Dados do Investimento: Valor financiado: R$ 200.000,00 Taxa de Juros: 15% ao ano Prazo: 10 anos Forma de Pagamento: 10 prestações anuais iguais pelo sistema price Taxa de Depreciação: 10% ao ano Valor Residual: R$ 20.000,00 Tributação: Imposto de Renda 15% Contribuição Social 9% Cálculo da Depreciação: D = (C-L) x 1/n Período Cota de Depreciação Depreciação Acumulada Saldo Contábil 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Cálculos do Financiamento pela tabela Price: Período Juros Prestações Saldo Principal Juros Total 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 51 de 84 Cálculos do Financiamento pela Sistema SAC: Período Juros Prestações Saldo Principal Juros Total 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Cálculo dos Fluxos de Caixa: Período Fluxo de Caixa do Financiamento Bancário tabela Price Financiamento Prestações Triibutação Saldo 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Período Fluxo de Caixa do Financiamento Bancário Sistema SAC Financiamento Prestações Triibutação Saldo 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 52 de 84 Período Fluxo de Caixa do Leasing Financiamento Prestações Triibutação Saldo 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Parecer técnico: 18.000,00. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 53 de 84 ATIVIDADE PROPOSTA 10: Trabalho de Gestão Patrimonial de uma empresa Industrial, Comercial ou de Serviços, realizado individualmente ou com outro aluno, sendo composto pelas seguintes etapas: 1ª Etapa: Fazer a escolha e seleção dos ativos imobilizados necessários ao funcionamento da empresa, classificados em grupos (IMÓVEIS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS, ETC). Exemplo: ATIVOS IMOBILIZADOS CLASSIFICAÇÃO 4 Mesas Móveis e Utensílios 1 Loja Imóvel 2ª Etapa: Fazer a especificação de todos os bens do ativo imobilizado. Exemplo: CLASSIFICAÇÃO: Imóvel ESPECIFICAÇÃO: loja localizada QNM 56, com área total de 60 m2, com piso em cerâmica, um banheiro de 4 m2, um depósito de 16 m2, ... (especificar todas as demais características). Alugada da Imobiliária ..... pelo valor mensal de R$....... 3ª Etapa: Fazer o processo de escolha dos fornecedores de cada um dos itens do ativo imobilizado, preenchendo o quadro de pontos fortes e fracos e indicando as razões de decisão sobre qual bem a ser adquirido. Exemplo: Ativo imobilizado: Mesa Fornecedores Pontos Fortes Pontos Fracos Atacadão dos Móveis Menor Preço Forma de pagamento a vista Prazo de entrega: 30 dias Móveis Ceilândia Entrega imediata Melhor qualidade Maior preço Decisão de compra: ........ 4ª Etapa: Fazer a avaliação de todos os bens. QTD. ATIVO IMOBILIZADO VR. UNIT. VR. TOTAL 5ª Etapa: Executar os procedimentos relativos ao registro, classificação e codificação dos bens, termo de responsabilidade e inventário, utilizando os modelos de fichas do Anexo1. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 54 de 84 6ª Etapa: Fazer o cálculo da depreciação dos bens do ativo imobilizado. Bens Valor de Aquisição– R$ Vida Útil Valor Residual % R$ Valor depreciável Taxa anual de Depreciação Depreciação mensal – R$ No. Meses Depreciação acumulada – R$ Edificações 25 anos= 300 meses 4% 25 anos= 300 meses 4% Móveis e Utensílios 10 anos=120 meses 10% 10 anos=120 meses 10% Veículos 5 anos=60 meses 20% 10 anos=120 meses 20% Computadores e Periféricos. 5 anos=60 meses 20% 5 anos=60 meses 20% Máquinas e Equipamentos 10 anos=120 meses 10% 10 anos=120 meses 10% Totais GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 55 de 84 7ª Etapa: Elaborar o plano de manutenção preventiva, apurando o valor anual desse custo. ATIVO IMOBILIZADO CRONOGRAMA DE MANUTENÇÃO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 56 de 84 8ª Etapa: Elaborar o plano de segurança, descrevendo os riscos identificados e as medidas para amenizar suas ocorrências. RISCOS IDENTIFICADOS MEDIDASPRECONIZADAS 9ª Etapa: Identificar os tipos de seguros a serem contratados, observando as categorias de seguros facultativos e obrigatórios, selecionando as seguradoras e estimando os custos desses seguros. RISCOS IDENTIFICADOS TIPO DE SEGURO SEGURADORA VALOR-R$ GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 57 de 84 10ª Etapa: Elaborar a avaliação do investimento, contemplaAndo as seguintes etapas: a) Elaborar o cronograma de pagamento (desembolso) da aquisição dos bens. ATIVO IMOBILIZADO CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO A VISTA 1 2 3 4 5 6 7 8 TOTAL Automóvel 8.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 40.000,00 GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 58 de 84 b) Elaborar as projeções de resultado (receitas e despesas) geradas pelo investimento. RECEITAS BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS PROJEÇÃO DE RESULTADO J A FE V MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL Total das receitas CUSTOS/DESPESAS VARIÁVEIS Total das despesas variaveis MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO CUSTO E DESPESA FIXOS Total das despesas fixas Lucro Líquido (+) Depreciação (=) Fluxo de Caixa Líquido GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 59 de 84 c) Fazer o cálculo do PAYBACK, VPL, TIR e IL do investimento. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 60 de 84 12. Gestão de Estoques A gestão de estoques é um conceito que está presente em praticamente todo o tipo de empresas, assim como na vida cotidiana das pessoas. Desde o início da sua história que a humanidade tem usado estoques de variados recursos, tais como ferramentas e alimentos, no seu desenvolvimento e sobrevivência. A Gestão de Estoques trata da administração de estoques em empresas que buscam a competitividade e da gestão eficiente e eficaz dos estoques de matéria prima, material em processo e finalmente o estoque do produto acabado. Busca identificar eventuais problemas na área de estoques de uma organização como também utilizar ferramentas apropriadas para melhorar o desempenho dos mesmos. A gestão dos estoques é um conjunto de atividades que visa atender as necessidades da empresa, com o máximo de eficiência e ao menor custo, através do maior giro possível para o capital investido em materiais, tendo como objetivo fundamental a busca do equilíbrio entre estoques e consumo. A logística está cada vez mais presente no meio corporativo, visando sempre diminuir custos e aumentar os resultados, definida como área de operação que nunca para e ocorre em todos os lugares do mundo, com a finalidade de tornar possível a disponibilidade de produtos e serviços em qualquer local onde forem necessários. O ponto máximo a ser atingido pelos serviços logísticos em relação ao nível de serviço é fazer tudo certo e fazendo certo na primeira tentativa. Os objetivos da Gestão de Estoque devem ser (1) planejar o nível ótimo do investimentos de recursos em estoques e (2) por meio de controle, manter os níveis ideais planejados tanto quanto for possível. As práticas a seguir podem ajudar uma empresa a ter um estoque bem gerenciado: Previsão da demanda: Esta é uma habilidade especializada. Uma empresa deve ser capaz de prever demandas de bens e produtos específicos em um momento específico do ano. A empresa deve criar e manter o seu sistema de inventário com base nas demandas, reais e previstas. Conheça mais sobre previsão de demanda. Monitoramento do sistema: Um inventário deve ter um mecanismo de monitoramento da quantidade em estoque, a todo momento. A empresa deve saber com exatidão a quantidade de estoque em qualquer ponto específico no tempo. Qualidade de armazém: O armazém deve ser capaz de manter o estoque em boas condições. Materiais desperdiçados geram perdas de oportunidades e receitas. A Gestão de Estoques é, portanto, um desafio para a maioria das empresas. Na verdade, mesmo antes que uma empresa comece suas vendas, seu lucro ou prejuízo pode ser parcialmente explicado por quão bem a empresa é capaz de gerenciar seus estoques. A gestão de estoques apresenta-se de fundamental importância pelas seguintes razões: Atender às demandas de forma constante: A demanda por bens e serviços específicos não será a mesmo durante todo o ano. Por exemplo, a venda de condicionadores de ar tem picos durante o verão e vai para baixo durante o inverno. Roupas também tem uma demanda muito sazonal, curtas no verão e longas e quentes GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 61 de 84 no inverno. Um estoque bem planejado permitirá que uma empresa cumpra as exigências. A chave para aumentar a receita é o atendimento integral da demanda. Continuidade das operações: A gestão cautelosa dos estoques permitirá a uma empresa executar suas operações sem problemas, com continuidade. Por exemplo, se uma organização fabrica produtos que dependem de matérias-primas, é evidente que a empresa precisa de um bom estoque de matérias-primas para que as operações sigam sem contratempos. Economia nas operações: Um sistema de gerenciamento de estoques bem administrado permite que uma empresa possa cortar custos. Por exemplo, quando a época das festas chega e a empresa prevê um aumento na demanda por alguns produtos (como chocolate na páscoa ou brinquedos no Natal), ela pode adquirir mercadorias em quantidade com antecedência, negociar preços e armazená-las para a temporada. Os principais benefícios deste exercício são que a empresa pode atender toda a demanda e quando a empresa compra em quantidade e de maneira planejada obtém descontos. Os fatores mais relevantes que levam as organizações a constituir estoques são: Podem-se constituir estoques com uma finalidade especulativa, comprando-se os mesmos a baixos preços para os vender a preços altos; Para assegurar o consumo regular de um produto em caso de a sua produção ser irregular; Geralmente, na compra de grandes quantidades beneficia-se de uma redução do preço unitário; Não sendo prático o transporte de produtos em pequenas quantidades, opta-se por encher os veículos de transporte no intuito de economizar nos custos de transporte; A existência de estoque pode-se justificar apenas pela legítima preocupação em fazer face às variações de consumo; Para prevenção contra atrasos nas entregas, provocados por avarias durante a produção, greves laborais, problemas no transporte, etc; Armazenamento de produtos, se a produção for superior ao consumo, em alturas de crise poderá contribuir para evitar tensões sociais; Beneficia-se da existência de estoques, quando este evita o incômodo de se fazer entregas ou compras muito frequentes. Os estoques representam boa parte dos ativos da empresa, em alguns casos podendo representar aproximadamente 46% dos ativos totais. O custo de manutenção de estoqueé o custo incorrido para manter o estoque disponível. Considera-se os três ? 1- Custo do pedido: A cada pedido ou requisição emitida, incorrem custos fixos (salário do pessoal envolvido no processo) e variáveis (recursos necessários para concluir o pedido) referentes a esse processo. Esse custo está diretamente determinado com base no volume destes pedidos e requisições. 2- Custo de manutenção de estoque: Incluem custos de armazenamento como altos volumes, demasiados controles, enormes espaços físicos, sistema de armazenamento e movimentação de pessoal alocado, equipamentos e sistemas de informação específicos; custos associados aos impostos e seguros de incêndio e roubo de material alocado; custos sujeitos a perdas, roubos e obsolescência; custo ao capital imobilizado em materiais e bens. 3- Custo por falta de estoque: Esse custo ocorre quando as empresas buscam reduzir ao máximo seus estoques, podendo acarretar no não cumprimento do prazo de entrega, proporcionando uma multa por atraso ou cancelamento do pedido do cliente. Além disso, a imagem da empresa se desgasta e isso acarreta um custo elevado e difícil de medir. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 62 de 84 A administração deve levar em consideração os seguintes fatores importantes ao estabelecer a Gestão de Estoque de produtos: 1. Quantidades necessárias para atender as exigências em termos de vendas por meio da análise do orçamento de vendas e da sazonalidade da demanda dos produtos. 2. Perecibilidade dos produtos. 3. Duração do período de produção ou de compra dos produtos. 4. Instalações de armazenamento. 5. Adequação dos recursos financeiros para cobrir os custos dos estoques. 6. Custos de manutenção de estoques. 7. Proteção contra falta de matérias primas, falta de mão de obra e aumentos de preços. 8. Riscos associados a estoques: quedas de preços, obsolescência, perdas e furtos e baixa demanda pelos produtos. 13. Controle de Estoques O controle de estoque deve ser um procedimento rotineiro, a fim de cumprir uma política de estoques abrangendo as quantidades disponíveis em um local e o acompanhamento de suas variações ao longo do tempo. Classificação ABC A Curva ABC ou 80-20, baseada nas teorias econômicas do italiano Vilfredo Pareto, é um método de classificação de informações a fim de se separar os itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor número. Tem como fundamento principal a diferenciação dos produtos em categorias, onde determinados produtos necessitam de maior (ou menor) controle devido à seu impacto quanto ao preço, demanda (para produção e venda), facilidade de reposição ou competitividade. Classe A: São os principais itens em estoque de alta prioridade, foco de atenção do gestor de materiais, pois são materiais com maior valor devido à sua importância econômica. Estima-se que 20% dos itens em estoque correspondem a 80% do valor em estoque. Classe B: Compreendem os itens que ainda são considerados economicamente preciosos, logo após os itens de categoria A, e que recebem cuidados medianos. Estima-se que 30% dos itens em estoque correspondem a 15% do valor em estoque. Classe C: Não deixam de ser importantes também, pois sua falta pode inviabilizar a continuidade do processo, no entanto o critério estabelece que seu impacto econômico não é dramático, o que possibilita menos esforços. Estima- se que 50% dos itens em estoque correspondem a 5% do valor em estoque. Gráfico da Curva ABC: GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 63 de 84 Dessa forma, a ferramenta é uma classificação estatística de produtos/materiais, baseada no princípio de Pareto, em que se considera a importância dos produtos/materiais, com base nas quantidades utilizadas e no seu valor. A curva ABC também pode ser utilizada para classificar clientes em relação aos seus volumes de compras ou em relação à lucratividade proporcionada; classificação de produtos da empresa pela lucratividade proporcionada, etc. Serve para analisar a dependência ou risco face a um cliente, ou ainda para que tipo de clientes a organização se deve focar. Consiste em ordenar os clientes por ordem decrescente da sua contribuição para a empresa, de modo a se poder segmentar por grau de dependência, de risco ou ainda por outro critério a definir. Numa organização, a curva ABC é muito utilizada para a administração de estoques, mas também é usada para a definição de políticas de vendas, para o estabelecimento de prioridades, para a programação de produção, etc. Para a administração de estoques, por exemplo, o administrador a usa como um parâmetro que informa sobre a necessidade de aquisição de itens – mercadorias ou matérias-primas – essenciais para o controle do estoque, que variam de acordo com a demanda do consumidor. Na avaliação dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens no estoque, o nível da lucratividade e o grau de representação no faturamento da organização. Os recursos financeiros investidos na aquisição do estoque poderão ser definidos pela análise e aplicação correta dos dados fornecidos com a curva ABC. No caso de administração de estoques, apresenta resultados da demanda de cada item nas seguintes áreas: giro no estoque; proporção sobre o faturamento no período; margem de lucro obtida. O que importa é que a análise de todos os parâmetros propicia o trabalho de controle de estoque do analista cuja decisão de compra pode se basear nos resultados obtidos pela curva ABC. Os itens considerados de Classe A merecerão um tratamento preferencial. Assim, a consequência da utilidade desta técnica é a otimização da aplicação dos recursos financeiros ou materiais, evitando desperdícios ou aquisições indevidas e favorecendo o aumento da lucratividade. Como fazer uma curva ABC (1) Em primeiro lugar, devem ser relacionados todos os itens que foram consumidos em determinado período. (2) Depois, para cada item registra-se o preço unitário e o (3) consumo no período considerado (se a análise fosse sobre vendas, ou sobre transporte, ao invés de consumo seria usada a quantidade vendida, ou a quantidade transportada, etc.). (4) Para cada item, calcula-se o valor do consumo, que é igual ao preço unitário X consumo. (5) Registra-se a classificação do valor do consumo (1 para o maior valor, 2 para o segundo maior valor, e assim por diante). Confira tabela abaixo. (6) Depois disso, colocam-se em ordem os itens de acordo com a classificação. Produto(1) Preço Unitário-R$ (2) Consumo-Qtde.(3) Consumo-R$(4) Classificação(5) 1 1,21 123 148,83 4 2 11,90 15 178,50 3 3 3,64 89 323,96 2 4 5,98 12 71,76 5 5 11,20 75 840,00 1 6 11,98 6 71,88 7 7 1,60 22 35,20 10 8 0,38 84 31,92 9 9 5,12 19 97,28 6 10 21,60 3 64,80 8 GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 64 de 84 (7) Para cada item, lança-se o valor de consumo acumulado, que é igual ao seu valor de consumo somado ao valor de consumo acumulado da linha anterior. (8) Para cada item, calcula-se o percentual sobre o valor total acumulado que é igual ao seu valor de consumo acumulado dividido pelo valor de consumo acumulado do último item. Veja tabela abaixo. Para a definição das classes A, B e C, adota-se o critério de que A = 20%; B = 30%; e C = 50% dos itens. A tabela acima resulta os seguintesvalores: – Classe A (2 primeiros itens) = 62,44%; – Classe B (3 itens seguintes) = (83,85% – 62,44%) = 21,41%; – Classe C (5 itens restantes) = (100% -83,85%) = 16,15%; Assim, se houvesse a necessidade de controlar 80% do valor do estoque, deve-se controlar apenas os quatro primeiros itens (já que eles representam 80%). O estoque (ou as compras, ou o transporte, etc.) dos itens da classe A, tendo em vista seu valor, deve ser mais rigorosamente controlado, e também devem ter estoque de segurança bem pequeno. O estoque e a encomenda dos itens da classe C devem ter controles simples, podendo até ter estoque de segurança maior. Já os itens da classe B deverão estar em situação intermediária. Termos relacionados a estoques: Política de estoques: “normas sobre o que comprar ou produzir e quais as quantidades”. Estoque médio (EM): “quantidade máxima de materiais, componentes, estoque em processo e produtos acabados, normalmente mantida em estoque”. Estoque em trânsito: ”estoque que se encontra em viagem ou aguardando transporte já sobre veículos”. Estoque real (ER): “quantidade de material existente em estoque no almoxarifado da empresa”. Estoque virtual (EV): estoque real acrescido das quantidades de encomendas em andamento. Estoque de cobertura (EC): relação entre estoques e consumo, indicando por quanto tempo o estoque suportará o consumo sem que haja reposição. Planejamento de Estoque: Estoque de segurança, determinação do ponto de ressuprimento e lote de compra. Estoque de segurança: é “a quantidade minimizada possível capaz de suportar um tempo de ressuprimento superior ao programado ou um consumo desproporcional”. Os estoques de segurança “diminuem os riscos do não atendimento das solicitações dos clientes internos e externos”. Sua quantidade é calculada em função do nível de atendimento fixado pela empresa, em função da importância operacional e do valor do material, além dos desvios entre os consumos estimados e os realizados e o prazo médio de reposição. Seu cálculo é feito conforme fórmula abaixo: ES = K x TR x CMM ES – Estoque de segurança. K – Fator de segurança. TR – Tempo de ressuprimento. CMM – Consumo médio mensal. Ponto de ressuprimento: determina “quando devem ser iniciadas as atividades de ressuprimento”, podendo ser estipulado em unidades ou em dias de suprimento. Os Produto(1) Preço Unitário-R$ (2) Consumo-Qtde.(3) Consumo-R$(4) Classificação(5)e(6) Consumo Acumulado-R$(7) %'(8) % Acum. 5 11,20 75 840,00 1 840,00 45,06% 45,06% 3 3,64 89 323,96 2 1.163,96 17,38% 62,44% 2 11,90 15 178,50 3 1.342,46 9,58% 72,02% 1 1,21 123 148,83 4 1.491,29 7,98% 80,00% 4 5,98 12 71,76 5 1.563,05 3,85% 83,85% 9 5,12 19 97,28 6 1.660,33 5,22% 89,07% 6 11,98 6 71,88 7 1.732,21 3,86% 92,92% 10 21,60 3 64,80 8 1.797,01 3,48% 96,40% 8 0,38 84 31,92 9 1.828,93 1,71% 98,11% 7 1,60 22 35,20 10 1.864,13 1,89% 100,00% TOTAIS 448 1.864,13 100,00% GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 65 de 84 autores afirmam que essa explicação “concentra-se na determinação de pontos de ressuprimento sob condições de certeza de demanda e de ciclo de atividades” (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p.235). A fórmula básica para o cálculo do ponto de ressuprimento é: PR = D x T D – demanda diária média. T – duração média do ciclo de atividades. Para os casos em que o estoque de segurança é necessário, em vista de condições de incertezas a fórmula passa a ser: PR = D x T + ES, onde ES é estoque de segurança. A quantidade a ser comprada é definida quando é atingido o nível de reposição e a partir da quantidade prevista para o consumo durante o intervalo de cobertura de venda. Esse valor deve ser estabelecido por produto ou por linha conforme exemplos abaixo: MÉTODO EXEMPLOS 1. Suprimento em termos de meses Produto X – Suprimento de 3 meses, baseado na média móvel das necessidades previstas para 3 meses. Produto Y – Suprimento de 2 meses, baseado nas saídas médias anuais previstas. 2. Limite Máximo Produto X – Estoque não deverá exceder 5.000 unidades. 3. Limites máximo e mínimo Produto X – Máximo de 5.000 unidades; mínimo de 3.000 unidades. 4. Volume específico Produto X – O dobro das vendas do mês anterior. Produto Y – Igual às vendas orçadas para o mês seguinte. 5. Taxas de rotação de estoques Produto X – Rotação de 6 vezes por ano. Produto Y – Rotação de 2 vezes por mês. 6. Nível padrão de suprimento Suponha que o orçamento de vendas preveja 1.200.000 unidades do produto K e a administração tenha estipulado um nível padrão equivalente ao suprimento de 2 meses. Com base numa base anual. O suprimento de 2 meses seria 1.200.000 x 2/12 = 200.000 7. Média móvel trimestral das saídas Suponha que a política de estoques exija suprimento de 2 meses. Esta abordagem proporcionará um nível flutuante e compatível com as exigências sazonais de vendas, conforme demonstrado a seguir: Vendas Previstas Média Móvel Trim. Estoque (suprimento de 2 meses) Dezembro (ano anterior-valor real) 82.000 Janeiro 85.000 Fevereiro 90.000 85.667 171.334 Março 95.000 90.000 180.000 8. Giro Padrão Calculado dividindo-se o número de unidades retiradas de estoques pelas unidades em estoque. Suponha que esteja prevista a venda de 150.000 unidades de produto por ano e que o estoque médio previsto seja de 50.000 unidades o giro seria 150.000/50.000 = 3 giros durante o ano. Suponha que se tenha decidido um giro de 4 vezes por ano que dá um suprimento de 3 meses (12/4) e que o orçamento de vendas para os 3 primeiros mesejas seja: Vendas Previstas Cálculo Estoque (suprimento de32 meses) Janeiro 12.000 (x 12/4) 36.000 Fevereiro 11.000 (x 12/4) 33.000 Março 14.500 (x 12/4) 43.500 GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 66 de 84 LEC – Lote econômico de compra. Muitas empresas buscam manter estoques mínimos para tentarem obter vantagem competitiva no mercado. Com os baixos valores agregados aos estoques, elas conseguem ter a oportunidade de investir o capital ao invés de deixá-lo ocioso em forma de estoques. Mas, será que essa é a melhor solução? Outros pontos devem ser analisados, como por exemplo, a variação da demanda. Se a empresa não possui o estoque para atendimento imediato ao seu cliente, ela gera a oportunidade para que o mesmo busque seus concorrentes, correndo riscos de perdê-los. Ou então, se ela não cumpre os prazos, seja por falta de matéria-prima devido a um atraso do fornecedor, a empresa terá sua imagem denegrida junto ao mercado e, para conseguir restabelecê-la acarretará em grandes custos. Daí a necessidade de se estudar uma melhor forma para manter um estoque de segurança. A política de estoque deve especificar de maneira realista os níveis padrão de estoques da empresa. Os dois aspectos a serem observados são: (1) quanto comprar de cada vez (lote econômico de compra) e (2) quando comprar. O lote econômico de compra é a “quantidade do pedido deressuprimento que minimiza a soma dos custos de manutenção de estoques e de emissão e colocação de pedidos”. Lote econômico é a quantidade ideal de material a ser adquirida em cada operação de reposição de estoque, onde o custo total de aquisição, bem como os respectivos custos de estocagem são mínimos para o período considerado. Este conceito aplica-se tanto na relação de abastecimento pela manufatura para a área de estoque, recebendo a denominação de lote econômico de produção, quanto à relação de reposição de estoque por compras no mercado, passando a ser designado como lote econômico de compras. O lote econômico de compra também denominado EOQ (economical order quantity) gira em torno de um ponto ideal, onde a compra será mais econômica para a empresa. De acordo com o autor, esse ponto, é o que possui menor custo total quando ocorre uma equivalência entre o custo do pedido e o custo de posse. O lote econômico visa determinar o número ideal de pedidos a serem feitos e a quantidade ideal de cada lote. Uma abordagem bastante conhecida ao cálculo do lote econômico (LEC) utiliza a seguinte fórmula: ��� = ���� ÷ ��, sendo: Q = Quantidade consumida por ano (unidades). E = Custo médio anual de preparação de uma encomenda. C = Custo de estocagem por unidade: armazenagem, seguro, retorno sobre investimento em estoques etc.) P = Preço unitário de compra. Apuração e Cálculo do Lote Econômico de Compra - LEC A dificuldade prática de apuração do lote econômico reside basicamente em se obter os dados exigidos para aplicação em sua formulação. Alguns dados são de fácil obtenção como o consumo (Q) e o preço de compra (P), porém o custo de uma encomenda (E) e o custo de estocagem (E), requerem um meticuloso e cansativo levantamento de dados que muitas vezes não estão disponíveis para os gestores de estoques. Para se aferir o custo de encomendar o administrador deverá coletar todas as despesas relacionadas aos órgãos de compras e gestão de estoques, como por exemplo, salários e outras despesas de manutenção e dividi-las pela quantidade de pedidos emitidos ou de artigos encomendados no período. Para se aferir o custo de estocagem o administrador deverá coletar as despesas relativas à manutenção dos estoques nos almoxarifados como iluminação, mão- de-obra, manuseio, ou seja, todos os gastos relativos à armazenagem deverão ser considerados e somados. Esse custo de estocagem também pode ser GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 67 de 84 chamado custo de carregamento e inclui os custos de armazenagem, de seguro, de deterioração, obsolescência, assim como os custos de oportunidade ou financiamento dos fundos aplicados em estoque. Essas despesas normalmente variam entre 17% a 24% do valor do estoque. EXEMPLO: Supondo-se assim um custo médio anual de preparação de uma encomenda de (E) = R$ 133,33, uma despesa total com armazenagem no ano anterior no valor de R$ 2.000.000 para um estoque médio no mesmo período de R$ 10.000.000 tem-se um custo de estocagem de (C) = 0,20 = 20% e um consumo de 20.000 unidades / ano, aplicando à fórmula do LEC teremos: ��� = �(� � ��. ��� � ���, ��) ÷ (�, �� � ���) LEC = 516,39 aproximadamente 516 und / lote Esse resultado traduz a realidade da empresa. Como, nesse caso, o custo de encomendar (E) é superior ao custo de estocagem (E) e o preço unitário de compra (P) é alto, o cálculo “puxa” o LEC para um grande número de pedidos anuais de pequenas quantidades de material, ou seja, mantém um alto giro de estoque. O total de pedidos anuais seria calculado dividindo-se o consumo anual de 20.000 pelo LEC que é 516, resultando em aproximadamente 39 pedidos / ano. Isso corresponde a praticamente 3 pedidos por mês e como o mês tem 30 dias isso corresponde a um tempo entre pedidos de 10 dias. Just in Time: Just in time é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora certa. O termo just in time é em inglês, e significa na hora certa. O sistema just in time pode ser aplicado em qualquer organização, e é muito importante para auxiliar a reduzir estoques e os custos decorrentes do processo. O just in time é o principal pilar de diversas fábricas, em especial de carros, o just in time é o principal pilar do sistema Toyota de produção. Com este sistema, o produto ou matéria prima chega ao local de utilização somente no momento exato em que for necessário, ou seja, os produtos somente são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados, não existe estoque parado. O próprio conceito do termo é relacionado a produção por demanda, onde primeiramente vende-se o produto para depois comprar a matéria prima e só depois fabricá-lo ou montá- lo. Nas fábricas onde está implantado o just in time, o estoque de matérias primas é mínimo e suficiente para poucas horas de produção, e para que isso seja possível, os fornecedores devem ser treinados e capacitados para que possam fazer entregas de pequenos lotes na frequência desejada. A redução do número de fornecedores para o mínimo possível é um dos fatores que mais contribui para alcançar os potenciais benefícios da política just in time. Critérios de Avaliação de Estoques Para determinar o custo de produtos estocados e destinados a venda, nas empresas não abrangidas pelo Simples Nacional, é preciso considerar o valor pago na aquisição de tais mercadorias, deduzido o ICMS e acrescido das despesas relativas ao frete e seguro pagos pelo comprador. Tendo em vista que a empresa poderá adquirir um mesmo tipo de produto em datas diferentes, pagando por ele preços variados, o custo dessas mercadorias estocadas poderá ser determinado por meio dos seguintes critérios: preço específico, PEPS, UEPS e custo médio. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 68 de 84 Preço Específico Consiste em atribuir a cada unidade do estoque o preço efetivamente pago por ela. Esse critério só pode ser utilizado para produtos de fácil identificação física, como por exemplo: automóveis e máquinas de grande porte. Primeiro que Entra, Primeiro que Sai – PEPS Nesse critério, a empresa dá saída nos estoques dos produtos mais antigos, ou seja, adquiridos primeiro, permanecendo estocados os produtos de aquisição mais recente. Último que Entra, Primeiro que Sai – UEPS Adotando esse critério, a empresa dará baixa em primeiro lugar nos estoques mais recentes ficando estocado sempre os produtos mais antigos. Custo Médio Os produtos serão avaliados pela média dos custos de aquisição, sendo estes atualizados a cada compra efetuada. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1. Com base nas informações de compra e venda, apurar o custo dos estoques, dos produtos vendidos e do resultado com o produto ALFA, utilizando os critérios PEPS, UEPS e Custo Médio : Em 04/12/2014: aquisição a vista de 100 unidades por R$ 1.000,00 com ICMS de 17% , frete de R$ 100,00 e seguro de R$ 70,00, conforme NF nº 6024. Em 05/12/2014: aquisição de 200 unidades por R$ 1.800,00 com ICMS de 17%, frete de R$ 250,00 e seguro de R$ 56,00. Em 06/12/2014 venda de 250 unidades R$ 3.500,00. SOLUÇÃO: Em 04/12/2014: Valor do ICMS a Recuperar = 1.000,00 x 17% = 170,00 Valor do Estoque de Mercadorias = 1.000,00 - 170,00 + 100,00 + 70,00 = 1,000,00 Custo Unitário de Mercadorias = 1.000,00 / 100 = 10,00 Em 05/12/2014: o Valor do ICMS a Recuperar =1.800,00 x 17% = 306,00 o Valor do Estoque de Mercadorias '=1.800 - 306,00 + 250,00 + 56,00 = 1.800,00 o Custo Unitário de Mercaorias'=1.800,00 / 200 = 9,00 GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 69 de 84 MÉTODO PEPS PRODUTO: ALFA DATA ENTRADA SAÍDA SALDO DIA MÊS ANO QTDE. VR.UNIT. 5QTDE. VR.UNIT. TOTAL QTDE. VR.UNIT. TOTAL 04 12 2014 100 10,00 1.000,00 100 10,00 1.000,00 05 12 2014 200 9,00 1.800,00 100 10,00 1.000,00 200 9,00 1.800,00 300 -------- 2.800,00 06 12 2014 100 10,00 1.000,00 150 9,00 1.350,00 250 -------- 2.350,00 50 9,00 450,00 RESULTADO COM MERCADORIAS: VENDA DE MERCADORIAS: 3.500,00 (-) DEDUÇÕES DE VENDAS: (726,25) (=) VENDAS LÍQUIDAS 2.773,75 (-) CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS: (2.350,00) (=) LUCRO COM MERCADORIAS 423,75 MÉTODO UEPS PRODUTO: ALFA DATA ENTRADA SAÍDA SALDO DIA MÊS ANO QTDE. VR.UNIT. 5 QTDE. VR.UNIT. TOTAL QTDE. VR.UNIT. TOTAL 04 12 2014 100 10,00 1.000,00 100 10,00 1.000,00 05 12 2014 200 9,00 1.800,00 100 10,00 1.000,00 200 9,00 1.800,00 300 -------- 2.800,00 06 12 2014 200 9,00 1.800,00 50 10,00 500,00 250 -------- 2.300,00 50 10,00 500,00 RESULTADO COM MERCADORIAS: VENDA DE MERCADORIAS: 3.500,00 (-) DEDUÇÕES DE VENDAS: (726,25) (=) VENDAS LÍQUIDAS 2.773,75 (-) CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS: (2.300,00) (=) LUCRO COM MERCADORIAS 473,75 GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 70 de 84 CUSTO MÉDIO PRODUTO: ALFA DATA ENTRADA SAÍDA SALDO DIA MÊS ANO QTDE. VR.UNIT. 5 QTDE. VR.UNIT. TOTAL QTDE. VR.UNIT. TOTAL 04 12 2014 100 10,00 1.000,00 100 10,00 1.000,00 05 12 2014 200 9,00 1.800,00 300 9,33 2.800,00 06 12 2014 250 9,33 2.333,33 50 9,33 466,67 RESULTADO COM MERCADORIAS: VENDA DE MERCADORIAS: 3.500,00 (-) DEDUÇÕES DE VENDAS: (726,25) (=) VENDAS LÍQUIDAS 2.773,75 (-) CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS: (2.333,33) (=) LUCRO COM MERCADORIAS 440,42 GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 71 de 84 ATIVIDADE PROPOSTA 11: Questionário 1) O que é Gestão de Estoques? 2) Em que consiste a logística e qual sua finalidade? 3) Quais os objetivos da Gestão de Estoque? 4) Fale sobre as principais atividades práticas exercidas pela Gestão de Estoque. 5) Qual a importância da Gestão de Estoques? 6) Quais os fatores a serem considerados pelas organizações para constituir estoques? 7) Quais os principais custos incorridos nas empresas para manutenção de estoques e como são compostos? 8) Quais os fatores considerados pela administração da empresa na Gestão de Estoque de produtos? 9) Em que consiste o controle de estoques? 10) O que é a classificação de estoques ABC e como são classificados os bens? 11) Qual a importância da curva ABC? 12) Definir cada um dos seguintes termos relacionados a estoques: a) Política de estoques. b) Estoque médio (EM) c) Estoque em trânsito d) Estoque real (ER) e) Estoque virtual (EV) f) Estoque de cobertura (EC) g) Planejamento de Estoque 13) O que é Estoque de Segurança e como pode ser calculado? 14) O que é Ponto de ressuprimento e como pode ser calculado? 15) Quando e como é definida a quantidade a ser comprada? 16) O que é Lote Econômico de Compra e como pode ser calculado? 17) Definir os seguintes métodos de avaliação de estoques: a) Preço Específico b) Primeiro que Entra, Primeiro que Sai – PEPS c) Último que Entra, Primeiro que Sai – UEPS d) Custo Médio GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 72 de 84 ATIVIDADE PROPOSTA 12: Com base na tabela abaixo com dez itens de estoque, com os respectivos custos e quantidades consumidas anualmente, siga os passos abaixo utilizando o método ABC, escolhida a proporção (70x20x10) para os custos e (10x20x70) para os estoques: Passo 1 – Montando a tabela de produtos Passo 2 – Ordenando pela coluna de Valor Total Passo 3 – Calculando a porcentagem do valor em cima do total Passo 4 – Calculando a porcentagem acumulada Passo 5 – Definindo a categoria dos itens Passo 6 – Verificar os Dados – Classe A ( ___ primeiro(s) item(ns) = _________%; – Classe B ( ___ itens seguintes) = ( _______% – _______%) = ________%; – Classe C ( ___ itens restantes) = (100% - _______%) = _______%; Produto(1) Preço Unitário-R$ (2) Consumo-Qtde.(3) Consumo-R$(4) Classificação(5) 1 10,00 1.500 2 20,00 150 3 15,00 5.200 4 10,00 20 5 18,00 400 6 15,00 10 7 60,00 70 8 10,00 3.000 9 25,00 25 10 77,00 4 Classificação Produto Consumo-R$ Consumo Acumulado-R$ % % Acum. Classe 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 73 de 84 ATIVIDADE PROPOSTA 13: Considere os seguintes valores: Consumo anual planejado (unidades) – Q 5.400 Custo de Preparação de uma encomenda – E R$ 10,00 Preço unitário de compra – P R$ 6,00 Custo unitário de estocagem (20% sobre investimentos em estoques) – C 0,20 Calcule o Lote Econômico de Compras (LEC), em unidades: ��� = ���� ÷ �� ATIVDADE PROPOSTA 14: Apurar o custo dos estoques, dos produtos vendidos e elaborar a demonstração de resultado com o produto, utilizando o método do Custo Médio, considerando: Estoque inicial em 01.09.2014: 300 unidades a R$ 3,00 cada. Compras efetuadas: em 01.09.2014: 200 unidades a R$ 2,50 cada; em 08.09.2014: 350 unidades a R$ 2,80 cada; em 17.09.2014: 600 unidades a R$ 2,60 cada; em 26.09.2014: 500 unidades a R$ 2,70 cada. Vendas efetuadas com mark up de 50%: em 02.09.2014: 400 unidades; em 10.09.2014: 300 unidades; em 20.09.2014: 650 unidades; em 30.09.2014: 450 unidades. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 74 de 84 SOLUÇÃO: MÉTODO PEPS PRODUTO: ALFA DATA ENTRADA SAÍDA SALDO DIA MÊS ANO QTDE. VR.UNIT. TOTAL QTDE. VR.UNIT. TOTAL QTDE. VR.UNIT. TOTAL RESULTADO COM MERCADORIAS: VENDA DE MERCADORIAS: (-) DEDUÇÕES DE VENDAS: (=) VENDAS LÍQUIDAS (-) CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS: (=) LUCRO COM MERCADORIAS GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 75 de 84 MÉTODO UEPS PRODUTO: ALFA DATA ENTRADA SAÍDA SALDO DIA MÊS ANO QTDE. VR.UNIT. 5 QTDE. VR.UNIT. TOTAL QTDE. VR.UNIT. TOTAL RESULTADO COM MERCADORIAS: VENDA DE MERCADORIAS: (-) DEDUÇÕES DE VENDAS: (=) VENDAS LÍQUIDAS (-) CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS: (=) LUCRO COM MERCADORIAS GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 76 de 84 CUSTO MÉDIO PRODUTO: ALFA DATA ENTRADA SAÍDA SALDO DIA MÊS ANO QTDE. VR.UNIT. 5 QTDE. VR.UNIT. TOTAL QTDE. VR.UNIT. TOTAL RESULTADOCOM MERCADORIAS: VENDA DE MERCADORIAS: (-) DEDUÇÕES DE VENDAS: (=) VENDAS LÍQUIDAS (-) CUSTO DE MERCADORIAS VENDIDAS: (=) LUCRO COM MERCADORIAS GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 77 de 84 ANEXO 1: Modelos de Fichas FICHA CADASTRAL DE BEM PATRIMONIAL Registro número: Descrição/Especificação: Valor unitário: Fornecedor: Documento: Data de aquisição: Estado de conservação do bem: Novo Bom Recuperável Forma de aquisição: Compra Doação Cessão Transferência Classificação Contábil (código e conta): Código do Bem: Vida útil (em anos e meses): Taxa de depreciação (% a.a.): Valor residual – R$: Depreciação mensal – R$: CRONOGRAMA DE MANUTENÇÃO Data Empresa Valor MOVIMENTAÇÃO INTERNA Data Documento Localização Data da baixa: Motivo: Termo: Nome do responsável/Matrícula: Assinatura: FICHA CADASTRAL DE BEM PATRIMONIAL Registro número: Descrição/Especificação: Valor unitário: Fornecedor: Documento: Data de aquisição: Estado de conservação do bem: Novo Bom Recuperável Forma de aquisição: Compra Doação Cessão Transferência Classificação Contábil: Código do Bem: Vida útil (em anos e meses): Taxa de depreciação (% a.a.): Valor residual – R$: Depreciação mensal – R$: CRONOGRAMA DE MANUTENÇÃO Data Empresa Valor MOVIMENTAÇÃO INTERNA Data Documento Localização Data da baixa: Motivo: Termo: Nome do responsável/Matrícula: Assinatura: GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 78 de 84 TERMO DE RESPONSABILIDADE SOBRE BENS PATRIMONIAIS Número: Código do bem Descrição Localização Valor DECLARAÇÃO DO RESPONSÁVEL Declaro que os bens patrimoniais acima especificados estão sob a minha responsabilidade, comprometendo-me a mantê-los no melhor estado possível. Data Responsável pela guarda Visto do setor GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 79 de 84 INVENTÁRIO DE BENS PATRIMONIAIS Levantamento realizado em: Código do bem Descrição Localização Estado físico Valor DECLARAÇÃO DA COMISSÃO DE INVENTÁRIO O presente inventário é o resultado da verificação física dos bens, confrontada com as Fichas Cadastrais de Bens Patrimoniais correspondentes. Nome Assinatura Local Data 1. 2. 3. GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 80 de 84 Anexo 2: Plano de Contas Contábil CÓDIGO CLASSIFICAÇÃO / GRUPO / SUBGRUPO / CONTA 1.0.0.00 ATIVO 1.1.0.00 ATIVO CIRCULANTE 1.1.1.00 DISPONÍVEL 1.1.1.01 Caixa Geral 1.1.1.02 Banco Conta Movimento 1.1.1.03 Aplicação Financeira de Liquidez Imediata 1.1.2.00 CONTAS A RECEBER 1.1.2.01 Clientes 1.1.2.02 Duplicatas a Receber 1.1.2.03 Promissórias a Receber 1.1.2.04 Adiantamentos a Empregados 1.1.2.05 Cheques a Receber 1.1.2.06 Faturas de Cartão de Crédito a Receber 1.1.2.07 Adiantamentos a Fornecedores 1.1.2.08 (-) Títulos Descontados 1.1.2.09 (-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 1.1.3.00 IMPOSTOS A RECUPERAR 1.1.3.01 ICMS a Recuperar 1.1.3.02 IPI a Recuperar 1.1.3.03 IRRF a Recuperar 1.1.3.04 Outros Impostos a Recuperar 1.1.4.00 INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS A CURTO PRAZO 1.1.4.01 Ações de Outras Empresas 1.1.4.02 Aplicações Financeiras 1.1.4.03 Depósito a Prazo Fixo 1.1.4.04 (-) Provisão para Redução ao Valor de Mercado 1.1.5.00 ESTOQUES 1.1.5.01 Estoque de Mercadorias 1.1.5.02 Estoque de Material de Embalagem 1.1.5.03 Estoque de Material de Expediente 1.1.5.04 Estoque de Material de Limpeza 1.1.5.05 (-) Provisão para Perdas de Estoques 1.1.5.06 (-) Provisão para Redução ao Valor de Mercado 1.1.6.00 DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE 1.1.6.01 Aluguéis Passivos a Apropriar (ou a Vencer) 1.1.6.02 Despesas Financeiras a Apropriar (ou a Vencer) 1.1.6.03 Juros Passivos a Apropriar (ou a Vencer) 1.1.6.04 Prêmios de Seguro a Apropriar (ou a Vencer) 1.2.0.00 ATIVO NÃO CIRCULANTE 1.2.1.00 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.2.1.01 Clientes 1.2.1.02 Duplicatas a Receber 1.2.1.03 Promissórias a Receber 1.2.1.04 (-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 1.2.1.05 Adiantamentos a Diretores e Acionistas 1.2.1.06 Empréstimos a Sociedades Coligadas 1.2.1.07 Adiantamentos a funcionários 1.2.1.08 Depósitos a Prazo Fixo 1.2.2.00 INVESTIMENTOS 1.2.2.01 Participações em Coligadas e Controladas 1.2.2.02 Ágio ou Deságio dos Investimentos Menos Amortizações 1.2.2.03 (-) Provisão para Perdas na Realização de Investimentos 1.2.2.04 Obras de Arte 1.2.2.05 Imóveis de Renda 1.2.2.06 (-) Depreciação Acumulada 1.2.3.00 IMOBILIZADO 1.2.3.01 Imóveis 1.2.3.02 Móveis e Utensílios 1.2.3.03 Veículos 1.2.3.04 Instalações 1.2.3.05 Máquinas e Equipamentos GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 81 de 84 1.2.3.06 Computadores e Periféricos 1.2.3.07 Construções em Andamento 1.2.3.08 Benfeitorias em Bens de Terceiros 1.2.3.09 (-) Depreciação Acumulada 1.2.4.00 INTANGÍVEL 1.2.4.01 Despesas de Organização 1.2.4.02 Despesas de Reorganização 1.2.4.03 Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos 1.2.4.04 Gastos de Implantação de Sistemas e Métodos 1.2.4.05 Direitos de Uso 1.2.4.06 Fundo de Comércio 1.2.4.07 Marcas e Patentes 1.2.4.08 (-) Amortização Acumulada 1.3.0.00 CONTAS DE COMPENSAÇÃO DO ATIVO 1.3.1.00 CONTRATOS 1.3.1.01 Compras Contratadas 1.3.1.02 Vendas Contratadas 1.3.2.00 RISCOS E ÔNUS PATRIMONIAIS 1.3.2.01 Títulos Endossados 1.3.3.00 VALORES DE TERCEIROS 1.3.3.01 Mercadorias em Consignação 1.3.4.00 VALORES EM PODER DE TERCEIROS 1.3.4.01 Títulos em Cobrança 1.3.4.02 Títulos em Caução Bancária 1.3.4.03 Consignação de Mercadorias 1.3.5.00 BENS EM GARANTIA 1.3.5.01 Seguros Contratados 2.0.0.00 PASSIVO 2.1.0.00 PASSIVO CIRCULANTE 2.1.1.00 OBRIGAÇÕES COM FORNECEDORES 2.1.1.01 Duplicatas a Pagar 2.1.1.02 Fornecedores Nacionais 2.1.1.03 Fornecedores Estrangeiros 2.1.1.04 Boletos Bancários a Pagar 2.1.1.05 Cheques a Compensar 2.1.1.06 Demais Obrigações com Fornecedores 2.1.1.07 (±) Ajuste a Valor Presente 2.1.2.00 OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS 2.1.2.01 Empréstimos Bancários a Pagar 2.1.2.02 Financiamentos a Pagar 2.1.2.03 Promissórias a Pagar 2.1.3.00 OBRIGAÇÕES FISCAIS 2.1.3.01 COFINS a Recolher 2.1.3.02 ICMS a Recolher 2.1.3.03 IPI a Recolher 2.1.3.04 ISS a Recolher 2.1.3.05 PIS sobre Faturamento a Recolher 2.1.3.06 Imposto de Renda a Recolher 2.1.3.07 Contribuição Social a Recolher 2.1.3.08 Simples Nacional a Recolher 2.1.4.00 OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS 2.1.4.01 Contribuições de Previdência a Recolher 2.1.4.02 Décimo Terceiro Salário a Pagar 2.1.4.03 Férias a Pagar 2.1.4.04 FGTS a Recolher 2.1.4.05 Salários a Pagar 2.1.4.06 Provisão para Décimo Terceiro Salário 2.1.4.07 Provisão para Encargos Sociais 2.1.4.08 Provisão para Férias 2.1.5.00 OUTRAS OBRIGAÇÕES 2.1.5.01 Contribuição Patronal a Recolher 2.1.5.02 Dividendos Propostos (ou a Pagar) 2.1.5.03 Impostos e Taxas a Recolher 2.1.5.04 Participações e Contribuições a Pagar GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 82 de 84 2.1.5.05 Adiantamentoss/Contratos de Prestação de Serviços 2.1.5.06 Aluguéis a Pagar 2.1.5.07 Contas a Pagar 2.2.0.00 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 2.2.1.00 OBRIGAÇÕES COM FORNECEDORES 2.2.1.01 Duplicatas a Pagar 2.2.1.02 Boletos Bancários a Pagar 2.2.1.03 Cheques a Compensar 2.2.1.04 Demais Obrigações com Fornecedores 2.2.1.05 (±) Ajuste a Valor Presente 2.2.2.00 OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS 2.2.2.01 Empréstimos Bancários a Pagar 2.2.2.02 Financiamentos a Pagar 2.2.2.03 Promissórias a Pagar. 2.2.3.00 OUTRAS OBRIGAÇÕES 2.2.3.01 Debêntures Conversíveis em Ações 2.2.3.02 Debêntures Não Conversíveis em Ações 2.3.0.00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.3.1.00 CAPITAL SOCIAL 2.3.1.01 Capital Subscrito 2.3.1.02 (-) Capital a Realizar 2.3.2.00 RESERVAS DE CAPITAL 2.3.2.01 Ágio na Emissão de Ações 2.3.2.02 Prêmio na Emissão de Debêntures 2.3.2.03 Doações e Subvenções para Investimentos 2.3.2.04 Reserva de Correção Monetária do Capital Realizado 2.3.3.00 (±) AJUSTES DE REAVALIAÇÃO PATRIMONIAL 2.3.4.00 RESERVAS DE LUCROS 2.3.4.01 Reserva Legal 2.3.4.02 Reservas Estatutárias 2.3.4.03 Reservas Operacionais 2.3.4.04 Reservas de Lucros a Realizar 2.3.5.00 (-) PREJUÍZOS ACUMULADOS 2.3.6.00 (-) AÇÕES EM TESOURARIA 2.4.0.00 CONTAS DE COMPENSAÇÃO DO PASSIVO 2.4.1.00 CONTRATOS 2.4.1.01 Contratos de Compras 2.4.1.02 Contratos de Vendas 2.4.2.00 RISCOS E ÔNUS PATRI-MONIAIS 2.4.2.01 Endossos de Títulos 2.4.3.00 VALORES DE TERCEIROS 2.4.3.01 Consignação de Mercadorias 2.4.4.00 VALORES EM PODER DE TERCEIRO 2.4.4.01 Endossos para Cobrança 2.4.4.02 Caução Bancária de Duplicatas 2.4.4.03 Mercadorias em Consignação 2.4.5.00 BENS EM GARANTIA 2.4.5.01 Contratos de Seguros 3.0.0.00 RECEITAS, CUSTOS E DESPESAS (RESULTADO) 3.1.0.00 RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS 3.1.1.00 VENDAS DE MERCADORIAS A VISTA 3.1.2.00 VENDAS DE MERCADORIAS A PRAZO 3.1.3.00 VENDAS DE SERVIÇOS A VISTA 3.1.4.00 VENDAS DE SERVIÇOS A PRAZO 3.2.0.00 (-) DEDUÇÕES E ABATIMENTOS 3.2.1.00 VENDAS ANULADAS 3.2.2.00 DESCONTOS INCONDICIONAIS CONCEDIDOS 3.2.3.00 ICMS SOBRE VENDAS 3.2.4.00 IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS – ISS 3.2.5.00 PIS SOBRE FATURAMENTO 3.2.6.00 COFINS 3.2.7.00 SIMPLES NACIONAL 3.3.0.00 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 3.4.0.00 (-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DOS SERVIÇOS PRESTADOS GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 83 de 84 3.4.1.00 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CMV) 3.4.1.01 Estoque Inicial de Mercadorias 3.4.1.02 Compras de Mercadorias 3.4.1.03 Fretes e Seguros sobre Compras 3.4.1.04 (+) Compras Anuladas 3.4.1.05 (+) Descontos Incondicionais Obtidos 3.4.1.06 (+) Estoque Final de Mercadorias 3.4.2.00 CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS (CSP) 3.4.2.01 Materiais 3.4.2.02 Mão-de-Obra e encargos 3.4.2.03 Outros custos de serviços 3.5.0.00 LUCRO OPERACIONAL BRUTO 3.6.0.00 (-) DESPESAS OPERACIONAIS 3.6.1.00 DESPESAS COM VENDAS 3.6.1.01 Assistência Médica e Social 3.6.1.02 Comissões sobre Vendas 3.6.1.03 Auxílio Transporte 3.6.1.04 Contribuições para o FGTS 3.6.1.05 Contribuições de Previdência 3.6.1.06 Décimo Terceiro Salário 3.6.1.07 Encargos Sociais 3.6.1.08 Férias 3.6.1.09 Gratificações 3.6.1.10 Indenizações 3.6.1.11 Auxílio Alimentação e Refeição 3.6.1.12 Salários 3.6.1.13 Seguros de Acidente de Trabalho 3.6.1.14 Viagens e Estadias 3.6.1.15 Auxilio Vestuário 3.6.1.16 Água e Esgoto 3.6.1.17 Aluguéis Passivos 3.6.1.18 Amortização 3.6.1.19 Combustíveis 3.6.1.20 Correios e Telégrafos 3.6.1.21 Depreciação 3.6.1.22 Energia Elétrica 3.6.1.23 Fretes e Carretos 3.6.1.24 Jornais e Revistas 3.6.1.25 Material de Expediente 3.6.1.26 Material de Limpeza 3.6.1.27 Prêmios de Seguro 3.6.1.28 Telefone e Internet 3.6.1.29 Despesas Eventuais 3.6.1.30 Impostos e Taxas Outras 3.6.1.31 Serviços de Terceiros 3.6.1.32 Manutenção, Conservação e Reparos 3.6.1.33 Brindes e Presentes 3.6.1.34 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 3.6.1.35 (+) Reversão de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 3.6.1.36 Material de Embalagem 3.6.1.37 Perdas com Clientes 3.6.1.38 Propaganda e Publicidade 3.6.2.00 DESPESAS ADMINISTRATIVAS 3.6.2.01 Assistência Médica e Social 3.6.2.02 Auxilio Transporte 3.6.2.03 Contribuições para o FGTS 3.6.2.04 Contribuições de Previdência 3.6.2.05 Décimo Terceiro Salário 3.6.2.06 Encargos Sociais 3.6.2.07 Férias 3.6.2.08 Honorários da Diretoria 3.6.2.09 Indenizações 3.6.2.10 Auxílio Alimentação e Refeição 3.6.2.11 Pró-labore GESTÃO PATRIMONIAL – PROF. MOIZÉS FERREIRA BORBA Pag. 84 de 84 3.6.2.12 Salários 3.6.2.13 Seguro de Acidente de Trabalho 3.6.2.14 Viagens e Estadias 3.6.2.15 Auxilio Vestuário 3.6.2.16 Água e Esgoto 3.6.2.17 Aluguéis Passivos 3.6.2.18 Amortização 3.6.2.19 Combustíveis 3.6.2.20 Correios e Telégrafos 3.6.2.21 Depreciação 3.6.2.22 Energia Elétrica 3.6.2.23 Fretes e Carretos 3.6.2.24 Jornais e Revistas 3.6.2.25 Material de Expediente 3.6.2.26 Material de Limpeza 3.6.2.27 Prêmios de Seguro 3.6.2.28 Telefone e Internet 3.6.2.29 Despesas Eventuais 3.6.2.30 Impostos e Taxas Outras 3.6.2.31 Serviços de Terceiros 3.6.2.32 Manutenção, Conservação e Reparos 3.6.2.33 Brindes e Presentes 3.6.2.34 Honorários Contábeis 3.6.2.35 Gratificações 3.6.3.00 RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO 3.6.3.01 (+) Descontos Obtidos 3.6.3.02 (+) Juros ativos 3.6.3.03 (+) Receita de Títulos e Valores Mobiliários 3.6.3.04 (+) Receita de Investimentos Temporários 3.6.3.05 (+) Receita de Aplicações Financeiras 3.6.3.06 (+) Variações Monetárias Ativas 3.6.3.07 Descontos Concedidos 3.6.3.08 Variações Monetárias Passivas 3.6.3.09 Juros Passivos 3.6.3.10 IOF 3.6.3.11 Comissões e Despesas Bancárias 3.6.3.12 Juros sobre Capital Próprio 3.6.4.00 (±) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS 3.6.4.01 (±) Lucros e Prejuízos de Participações Societárias 3.6.4.02 (+) Aluguéis Ativos 3.6.4.03 (+) Vendas de Sucatas 3.6.4.04 (±) Amortização de Ágio ou Deságio de Investimentos 3.6.5.00 (±) GANHOS/PERDAS EM ITENS MONETÁRIOS 3.7.0.00 LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 3.8.0.00 (±) RESULTADOS NÃO OPERACIONAIS 3.8.1.00 (±) GANHOS E PERDAS DE CAPITAL EM INVESTIMENTOS 3.8.2.00 (±) GANHOS E PERDAS DE CAPITAL NO IMOBILIZADO 3.8.3.00 (±) GANHOS E PERDAS DE CAPITAL NO INTANGÍVEL 3.9.0.00 LUCRO ANTES DE IMPOSTO DE RENDA 4.0.0.00 (-) PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 4.0.1.00 PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA 4.0.2.00 PROVISÃO PARA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 4.1.0.00 LUCRO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA 4.2.0.00 (-) PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES 4.2.1.00 DEBÊNTURES 4.2.2.00 EMPREGADOS 4.2.3.00 ADMINISTRADORES 4.3.0.00 (+) REVERSÃO DOS JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO 4.4.0.00 LUCRO/PREJUÍZO DO EXERCÍCIO