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APOSTILA I INTRODUÇÃO ENGENHARIA DE SEG TRABALHO

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INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO 
TRABALHO 
 Joubert	
  Rodrigues	
  dos	
  Santos	
  Júnior	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
	
  Pra	
  começo	
  de	
  conversa...	
  Prezado(a)	
  Estudante:	
  	
  A	
   Engenharia	
   de	
   Segurança	
   do	
   Trabalho,	
   vem	
   se	
   destacando	
   no	
   mercado	
  corporativo	
  em	
  função	
  da	
  grande	
  demanda	
  de	
  melhoria	
  continua,	
  onde	
  a	
  história	
  efetivou	
  a	
  importância	
  da	
  prevenção	
  de	
  acidentes	
  e	
  doenças	
  ocupacionais.	
  As	
  organizações	
  que	
  investem	
  em	
  segurança	
  do	
  trabalho	
  conseguem	
  diminuir	
  o	
  seu	
  custo	
  variável,	
  pois	
  a	
  prevenção	
  proporciona	
  a	
  elas,	
  um	
  sistema	
  mais	
  eficaz,	
   sem	
  parada	
  inesperada	
  em	
  função	
  de	
  embargos	
  e	
  ou	
  interdições,	
  custos	
  reduzidos	
  com	
  indenizações	
   trabalhistas,	
   além	
   de	
   proporcionar	
   um	
   ambiente	
   de	
   trabalho	
   mais	
  harmonioso,	
  aumento	
  da	
  produtividade	
  e	
  qualidade	
  de	
  vida	
  de	
  seus	
  colaboradores.	
  Embora	
  os	
  desafios	
  ainda	
  sejam	
  enormes,	
  é	
  fato	
  o	
  avanço	
  que	
  o	
  setor	
  prevencionista	
  vem	
   conquistando,	
   com	
   legislações	
   mais	
   eficientes,	
   conscientização	
   dos	
  colaboradores	
   e	
   apoio	
   das	
   organizações,	
   diminuindo	
   assim,	
   o	
   impacto	
   na	
  previdência	
  e	
  na	
  sociedade.	
  	
  	
  O	
   impacto	
   de	
   um	
   acidente	
   de	
   trabalho,	
   vai	
  muito	
   além	
   dos	
   danos	
   causados	
   ao	
  acidentado.	
  A	
  Família,	
  a	
  sociedade	
  acabam	
  tornando	
  vítimas	
  também	
  deste	
  acidente,	
  que	
   em	
  muitos	
   casos	
   podem	
   acarretar	
   em	
   perda	
   de	
   poder	
   aquisitivo	
   da	
   família,	
  diminuição	
  de	
  leitos	
  hospitalares,	
  entre	
  outros.	
  	
  	
  O	
  Engenheiro	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  é	
  o	
  profissional	
  responsável	
  por	
  identificar	
  e	
  analisar	
  situações	
  de	
  riscos	
  e	
  perigos,	
  propondo	
  soluções	
  que	
  visam	
  neutralizar,	
  eliminar	
   ou	
   atenuar	
   os	
   riscos,	
   desta	
   forma,	
   assume	
   um	
   papel	
   importante	
   para	
  garantir	
  a	
  integridade	
  física	
  e	
  psicologia	
  dos	
  trabalhadores.	
  
	
  Bom	
  Estudo!	
  Joubert	
  R.S.Júnior	
  
Sumário  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 1 
 
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO 
TRABALHO NO CONTEXTO ATUAL 
	
  
	
  
	
  
	
  
Objetivos	
  
● 	
  Definir	
  os	
  principais	
  aspectos	
  relacionados	
  com	
  a	
  Engenharia	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  
● 	
  Apresentar	
  um	
  breve	
  histórico	
  sobre	
  segurança	
  do	
  trabalho	
  
● 	
  Definir	
  Prevencionismo	
  	
  
Problematizando	
  	
  Baseado	
  nos	
  seus	
  conhecimentos	
  referente	
  a	
  segurança	
  do	
  trabalho,	
  responda	
  as	
  questões	
  que	
  se	
  seguem:	
  
1.   Qual	
  a	
  importância	
  da	
  Engenharia	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  para	
  a	
  sociedade	
  brasileira.	
  2.   Na	
  sua	
  concepção,	
  levando	
  em	
  consideração	
  o	
  histórico	
  e	
  o	
  crescimento	
  industrial,	
  o	
  número	
  de	
  acidentes	
  e	
  doenças	
  ocupacionais	
  estão	
  diretamente	
  relacionados	
  com	
  a	
  industrialização.	
  3.   Na	
  era	
  atual,	
  onde	
  a	
  indústria	
  4.0	
  vem	
  se	
  consolidando,	
  é	
  possível	
  reduzir	
  o	
  número	
  de	
  acidentes	
  utilizando	
  as	
  novas	
  tecnologias.	
  
	
  
1.1      Introdução  
  
  
1.1.1   -­    Considerações  Iniciais  
  A	
  Engenharia	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  é	
  a	
  ciência	
  que	
  utiliza	
  de	
  técnicas	
  próprias	
  para	
  promover	
  a	
  prevenção	
  de	
  acidentes	
  no	
  trabalho	
  e	
  doenças	
  ocupacionais,	
  para	
  isto	
  tem	
  como	
  princípio	
  estudar	
  as	
  possíveis	
  causas	
  dos	
  acidentes	
  e	
  de	
  incidentes,	
  além	
  de	
  seus	
  fatores	
  econômicos,	
  humanos	
  e	
  sociais.  Podemos	
  dizer	
  que	
  a	
  Engenharia	
  de	
  Segurança	
  no	
  Trabalho	
  proporciona	
  o	
  elo	
  entre	
  o	
   fator	
  humanístico	
   (social)	
   e	
  o	
   racional	
  das	
  demais	
  áreas	
  da	
  engenharia.  Traz	
  a	
  preocupação	
   com	
   o	
   ser	
   humano	
   e	
   utiliza	
   das	
   técnicas	
   de	
   engenharia	
   para	
   a	
  prevenção.	
  	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
  	
  
                  Figura  1  –  Elo  entre  Engenharia  Segurança  e  demais  áreas  da  engenharia  
  A	
   Engenharia	
   de	
   Segurança	
   no	
   Trabalho	
   atua	
   em	
   conjunto	
   com	
   Medicina	
   do	
  Trabalho	
   na	
   prevenção	
   dos	
   acidentes	
   e	
   doenças	
   ocupacionais.	
   Juntos	
   travam	
  diariamente	
  um	
  combate	
  sistêmico	
  e	
  continuo	
  para	
  garantir	
  a	
  integridade	
  física	
  e	
  mental	
  dos	
  trabalhadores.	
  
  
                  Figura  2  –  Engenharia  e  Medicina  aliadas  na  prevenção  de  acidentes  e  doenças  ocupacionais  
  A	
  Revolução	
  Industrial	
  foi	
  o	
  marco	
  da	
  produção	
  em	
  grande	
  escala,	
  com	
  inserção	
  de	
  máquinas	
  em	
  substituição	
  da	
  mão	
  de	
  obra	
  artesanal,	
  a	
  exposição	
  ao	
  risco	
  ficou	
  mais	
  acentuada,	
   consequentemente	
   o	
   número	
   de	
   acidentes	
   do	
   trabalho	
   aumentaram	
  consideravelmente,	
  sem	
  falar	
  condições	
  de	
  trabalho.	
  
Ser	
  
humano
Engenharia	
  de	
  
Segurança	
  do	
  
Trabalho
Técnicas	
  
aplicadas	
  
de	
  
engenharia
Engenharia	
  
de	
  
Segurança	
  
do	
  Trabalho
Medicina	
  do	
  
Trabalho
Integridade	
  
do	
  
Trabalhador
  Sem	
  dúvida	
  que	
  a	
  evolução	
  da	
  tecnologia	
  trouxe	
  grandes	
  ganhos	
  para	
  a	
  humanidade,	
  caminhando	
   junto,	
   porém,	
   os	
   riscos	
   apresentam	
   uma	
   ameaça	
   constante	
   para	
  integridade	
  dos	
  profissionais.	
  	
  	
  	
  	
  	
  
1.1.2   -­    Breve  Histórico  da  Segurança  e  Saúde  do  Trabalho  
  A	
   seguir,	
   apresentaremos	
   alguns	
   fatos,	
   adaptados	
   da	
   obra	
   “Introdução	
   à	
  Higiene	
  Ocupacional”,	
  publicada	
  no	
  ano	
  de	
  2004	
  pela	
  FUNDACENTRO	
  (Ferreira,	
  2012):	
  	
  
a)   Anos	
  400	
  (a.C.)	
  a	
  50,	
  aproximadamente	
  
	
  	
  •	
   Identificação	
   de	
   envenenamento	
   por	
   chumbo	
   em	
  mineiros	
   e	
  metalúrgicos,	
   por	
  Hipócrates,	
  em	
  seu	
  clássico	
  “Ares,	
  Águas	
  e	
  Lugares”.	
  	
  •	
  Utilização	
  de	
  bexigas	
  de	
  animais	
  como	
  barreira	
  para	
  reter	
  poeiras	
  e	
  fumos	
  	
  durante	
  a	
  respiração,	
  por	
  Plínio,	
  o	
  Velho,	
  em	
  seu	
  tratado	
  “De	
  História	
  Naturalis”.	
  
	
  
b)   Anos	
  de	
  1400	
  a	
  1500	
  	
  
•	
   Em	
   1473,	
   houve	
   o	
   reconhecimento	
   do	
   perigo	
   de	
   alguns	
   vapores	
  metálicos	
   e	
   adescrição	
  de	
  envenenamento	
  ocupacional	
  por	
  mercúrio	
  e	
  chumbo,	
  por	
  Ellenborg,	
  com	
  sugestões	
  de	
  medidas	
  preventivas.	
  	
  
c)   Anos	
  de	
  1500	
  a	
  1800	
  	
  •	
  No	
  ano	
  de	
  1556,	
  Georgius	
  Agricola	
  elabora	
  a	
  descrição	
  do	
  processo	
  de	
  mineração,	
  fusão	
  e	
  refino	
  de	
  metais,	
  mencionando	
  doenças	
  e	
  acidentes	
  acontecidos,	
  sugestões	
  para	
  prevenção	
  e	
  a	
  inclusão	
  do	
  uso	
  de	
  ventilação	
  para	
  essas	
  atividades	
  (primeiro	
  livro	
  a	
  abordar	
  a	
  questão	
  de	
  segurança	
  denominado	
  “De	
  Re	
  Metallica”).	
  	
  •	
   Em	
   1567,	
   Paracelso	
   fez	
   as	
   primeiras	
   descrições	
   sobre	
   doenças	
   respiratórias	
  relativas	
   à	
   atividade	
   de	
   mineração,	
   com	
   maior	
   ênfase	
   na	
   contaminação	
   por	
  Mercúrio.	
   Considerado	
   o	
   Pai	
   da	
   Toxicologia,	
   Paracelso	
   é	
   autor	
   da	
   famosa	
   frase	
  “Todas	
  as	
  substâncias	
  são	
  venenos.	
  É	
  a	
  dose	
  que	
  diferencia	
  o	
  veneno	
  dos	
  remédios”.	
  	
  •	
   O	
   ano	
   de	
   1700	
   foi	
   marcado	
   pela	
   publicação	
   da	
   obra	
   “De	
   Morbis	
   Artificium	
  
Diatriba”,	
   conhecida	
   também	
   como	
   “Doença	
   dos	
   Artífices”,	
   por	
   Bernardino	
  Ramazzini,	
   a	
   qual	
   apresenta	
   um	
   estudo	
   bastante	
   caracterizado	
   sobre	
   doenças	
  relacionadas	
  ao	
  trabalho,	
  em	
  torno	
  de	
  50	
  (cinquenta)	
  profissões	
  da	
  época,	
  inclusive	
  com	
  indicação	
  de	
  precauções	
  nas	
  atividades.	
  Esse	
  é	
  considerado	
  o	
  pai	
  da	
  Medicina	
  Ocupacional,	
   além	
   de	
   ter	
   introduzido	
   a	
   expressão,	
   nas	
   entrevistas	
   médicas	
  (anamnese),	
  “Qual	
  é	
  a	
  sua	
  ocupação?”	
  	
  
  
Figura  3:  Obra  Ramazzini  
  
•  Na	
  Inglaterra,	
  no	
  ano	
  de	
  1775,	
  Percival	
  Lott	
  promoveu	
  a	
  caracterização	
  do	
  câncer	
  do	
  escroto,	
  doença	
  diagnosticada	
  entre	
  os	
   trabalhadores	
  que	
   tinham	
  como	
  tarefa	
  limpar	
  chaminés,	
  cuja	
  causa	
  identificada	
  foi	
  a	
  fuligem	
  e	
  a	
  ausência	
  de	
  higiene.	
  Esse	
  evento	
  resultou	
  na	
  criação	
  do	
  “Ato	
  dos	
  Limpadores	
  de	
  Chaminé	
  de	
  1788”.	
  	
  	
  	
  
d)   Anos	
  de	
  1800	
  a	
  1920	
  
	
  •	
  Em	
  1802,	
  foi	
  criada	
  a	
  “Lei	
  da	
  Saúde	
  e	
  Moral	
  dos	
  Aprendizes”,	
  na	
  Inglaterra,	
  onde	
  foi	
  estabelecido	
  um	
  limite	
  de	
  12	
  horas	
  para	
  a	
  jornada	
  diária	
  de	
  trabalho,	
  proibição	
  do	
  trabalho	
  noturno	
  e	
  uso	
  obrigatório	
  de	
  ventilação	
  do	
  ambiente.	
  	
  •	
  Em	
  1830,	
   foi	
   publicado	
  na	
   Inglaterra	
  um	
   livro	
   sobre	
  doenças	
  ocupacionais	
  por	
  Charles	
   Thackrah	
   e	
   Percival	
   Lott	
   (“Os	
   efeitos	
   das	
   principais	
   atividades,	
   ofícios	
   e	
  profissões,	
  do	
  estado	
  civil	
  e	
  hábitos	
  de	
  vida,	
  na	
  saúde	
  e	
  longevidade,	
  com	
  sugestões	
  
para	
  a	
  remoção	
  de	
  muitos	
  dos	
  agentes	
  que	
  produzem	
  doenças	
  e	
  encurtam	
  a	
  duração	
  da	
  vida”).	
  A	
  obra	
  contribuiu	
  para	
  o	
  desenvolvimento	
  da	
  legislação	
  ocupacional.	
  	
  •	
  Em	
  1833,	
  também	
  na	
  Inglaterra,	
  foi	
  criada	
  a	
  “Lei	
  das	
  Fábricas”	
  que	
  fixava	
  em	
  13	
  anos	
  a	
  idade	
  mínima	
  para	
  o	
  trabalho,	
  proibia	
  o	
  trabalho	
  noturno	
  para	
  menores	
  de	
  18	
  anos	
  e	
  exigia	
  exames	
  médicos	
  das	
  crianças	
  trabalhadoras.	
  	
  •	
   Em	
   1835,	
   Benjamin	
   Cready	
   publicou	
   o	
   livro	
   “On	
   the	
   Influence	
   of	
   Trades,	
  Professions,	
   and	
   Occupations	
   in	
   the	
   United	
   States	
   in	
   Production	
   of	
   Disease”	
  (Influência	
   dos	
   Negócios,	
   Profissões	
   e	
   Ocupações	
   na	
   Produção	
   de	
   Doença	
   nos	
  Estados	
  Unidos).	
  	
  •	
   Em	
  1851,	
  Willian	
   Farr	
   relatou	
   a	
  mortalidade	
   excessiva	
   entre	
   os	
   fabricantes	
   de	
  vasos;	
   impacto	
   das	
   doenças	
   respiratórias	
   e	
   dos	
   óbitos	
   em	
   trabalhadores	
   da	
  mineração	
  na	
  Inglaterra.	
  	
  •	
   Em	
   1864,	
   a	
   “Lei	
   das	
   Fábricas”	
   (1833)	
   foi	
   ampliada,	
   exigindo	
   processos	
   de	
  ventilação	
  para	
  reduzir	
  danos	
  à	
  saúde.	
  	
  •	
   Em	
   1869,	
   na	
   Alemanha	
   e	
   em	
   1877,	
   na	
   Suíça	
   foram	
   instituídas	
   leis	
   que	
  responsabilizavam	
  os	
  empregadores	
  por	
  lesões	
  ocupacionais.	
  	
  •	
  Em	
  1907,	
  Frederick	
  Winslow	
  Taylor	
  publica	
  a	
  obra	
  “Princípios	
  de	
  Administração	
  Científica”,	
   nos	
   Estados	
   Unidos.	
   Nesse	
   trabalho,	
   Taylor	
   apresentou	
   técnicas,	
   ou	
  mecanismos,	
   como	
   o	
   estudo	
   de	
   tempos	
   e	
   movimentos,	
   a	
   padronização	
   de	
  instrumentos	
  e	
  ferramentas,	
  a	
  padronização	
  de	
  movimentos,	
  conveniência	
  de	
  áreas	
  
de	
  planejamento,	
  uso	
  de	
  cartões	
  de	
  instrução,	
  sistema	
  de	
  pagamento	
  de	
  acordo	
  com	
  o	
  desempenho	
  e	
  cálculo	
  de	
  custos.	
  	
  •	
  Em	
  1910,	
  nos	
  Estados	
  Unidos,	
  Henry	
  Ford	
  utiliza	
  os	
  “Princípios	
  de	
  Produção	
  em	
  Massa”	
   em	
   linhas	
   de	
   montagem,	
   diminuindo	
   assim	
   o	
   tempo	
   de	
   duração	
   dos	
  processos,	
  a	
  quantidade	
  de	
  matéria-­‐‑prima	
  estocada	
  e	
  o	
  aumento	
  da	
  capacidade	
  de	
  produção,	
  através	
  de	
  capacitação	
  dos	
  trabalhadores.	
  No	
  ano	
  de	
  1898,	
   juntamente	
  com	
  investidores,	
  funda	
  a	
  Detroit	
  Automobile	
  Company,	
  que	
  foi	
  fechada	
  mais	
  tarde.	
  Em	
  1903,	
  Henry	
  Ford	
  funda	
  a	
  Ford	
  Motor	
  Company.	
  Ainda	
  no	
  mesmo	
  ano,	
  houve	
  o	
  reconhecimento	
  das	
  neuroses	
  das	
  telefonistas	
  como	
  doenças	
  profissionais.	
  	
  •	
  Em	
  1910,	
  Oswaldo	
  Cruz,	
  “o	
  pai	
  das	
  campanhas”,	
  na	
  construção	
  da	
  estrada	
  de	
  ferro	
  Madeira-­‐‑Mamoré,	
   realizou	
   estudos	
   e	
   trabalhos	
   sobre	
   as	
   doenças	
   infecciosas	
  relacionadas	
   ao	
   trabalho,	
   como	
   a	
   malária	
   e	
   o	
   amarelão,	
   que	
   tornavam	
   os	
  trabalhadores	
  incapazes	
  e	
  matavam	
  milhares	
  deles.	
  	
  •	
  Em	
  1911,	
  ocorreu	
  a	
  primeira	
  conferência	
  de	
  doenças	
  industriais	
  nos	
  Estados	
  Unidos.	
  	
  •	
  Assim	
  como	
  se	
  promove	
  a	
  organização	
  do	
  National	
  Safety	
  Council,	
  os	
  primeiros	
  grupos	
  (agências)	
  de	
  higienistas	
  são	
  estabelecidos	
  nos	
  estados	
  de	
  Ohio	
  e	
  Nova	
  York.	
  	
  •	
   Em	
   1912,	
   durante	
   o	
   4º	
   Congresso	
   Operário	
   Brasileiro,	
   constituiu-­‐‑se	
   a	
  Confederação	
  Brasileirado	
  Trabalho	
  (CBT),	
  a	
  qual	
  teve	
  como	
  finalidade	
  promover	
  
um	
  programa	
  de	
  reivindicações	
  operárias,	
   tais	
  como:	
   jornada	
  de	
  trabalho	
  de	
  oito	
  horas,	
  semana	
  de	
  seis	
  dias,	
  construção	
  de	
  casas	
  para	
  operários,	
   indenização	
  para	
  acidentes	
  de	
  trabalho,	
   limitação	
  da	
   jornada	
  de	
  trabalho	
  para	
  mulheres	
  e	
  crianças	
  (menores	
   de	
   quatorze	
   anos),	
   contratos	
   coletivos	
   (na	
   época,	
   individuais),	
  obrigatoriedade	
   de	
   pagamento	
   de	
   seguro	
   para	
   os	
   casos	
   de	
   doenças	
   e	
   velhice,	
  estabelecimento	
  de	
  um	
  salário	
  mínimo,	
  reforma	
  de	
  tributos	
  públicos	
  e	
  exigência	
  de	
  instrução	
  primária.	
  	
  •	
  Entre	
  os	
  anos	
  de	
  1914	
  e	
  1919,	
  após	
  o	
  término	
  da	
  Primeira	
  Guerra	
  Mundial,	
  foi	
  criada,	
  pela	
  Conferência	
  de	
  Paz,	
  a	
  Organização	
  Internacional	
  do	
  Trabalho	
  (OIT),	
  convertida	
  na	
  Parte	
  XIII	
  do	
  “Tratado	
  de	
  Versalhes”.	
  	
  •	
   Em	
   1914,	
   nos	
   Estados	
   Unidos,	
   o	
   serviço	
   de	
   saúde	
   pública	
   (USPHS)	
   organiza	
   a	
  divisão	
  de	
  higiene	
  industrial.	
  	
  •	
  Em	
  1918,	
  o	
  presidente	
  do	
  Brasil	
  Wenceslau	
  Braz	
  Gomes	
  cria,	
  através	
  do	
  Decreto	
  nº	
  3.550,	
  o	
  Departamento	
  Nacional	
  do	
  Trabalho,	
  com	
  o	
  intuito	
  de	
  regulamentar	
  a	
  organização	
  do	
  trabalho.	
  	
  •	
  Em	
  1919,	
  com	
  o	
  Decreto	
  Legislativo	
  nº	
  3.724,	
  foi	
  instituída	
  a	
  reparação	
  em	
  caso	
  de	
  doença	
  contraída	
  pelo	
  exercício	
  do	
  trabalho.	
  O	
  Decreto	
  é	
  conhecido	
  como	
  a	
  primeira	
  lei	
  sobre	
  acidentes	
  de	
  trabalho.	
  	
  •	
  Em	
  1920,	
  com	
  a	
  reforma	
  “Carlos	
  Chagas”,	
  a	
  higiene	
  do	
  trabalho	
  incorpora-­‐‑se	
  ao	
  	
  âmbito	
   da	
   saúde	
   pública	
   através	
   do	
   Departamento	
   Nacional	
   de	
   Saúde	
   Pública	
  (DNSP),	
  órgão	
  vinculado	
  ao	
  Ministério	
  da	
  Justiça	
  e	
  Negócios	
  Interiores.	
  
	
  •	
  Em	
  1925,	
  Drª	
  Alice	
  Hamilton,	
  médica	
  americana,	
  publicou	
  “Venenos	
   Industriais	
  nos	
  Estados	
  Unidos”	
  e,	
  em	
  1934,	
  “Toxicologia	
  Industrial”.	
  	
  
e)   Anos	
  de	
  1921	
  a	
  1950	
  
	
  •	
   Em	
   1922,	
   a	
   Universidade	
   de	
   Harvard	
   cria	
   o	
   curso	
   de	
   graduação	
   em	
   Higiene	
  Industrial.	
  •	
  Em	
  1923,	
  o	
  presidente	
  do	
  Brasil	
  Arthur	
  Bernardes	
  cria	
  o	
  Conselho	
  Nacional	
  do	
  Trabalho,	
  pelo	
  Decreto	
  n°	
  16.027.	
  	
  •	
   Em	
   1923,	
   cria-­‐‑se	
   a	
   Inspetoria	
   de	
   Higiene	
   Industrial	
   e	
   Profissional	
   junto	
   ao	
  Departamento	
  Nacional	
  de	
  Saúde,	
  no	
  Ministério	
  da	
  Justiça	
  e	
  Negócios	
  Interiores.	
  	
  •	
   No	
   ano	
   de	
   1930,	
   o	
   Ministério	
   do	
   Trabalho,	
   Indústria	
   e	
   Comércio	
   é	
   criado	
   via	
  Decreto	
  n°	
  19.433,	
  assinado	
  pelo	
  presidente	
  Getúlio	
  Vargas.	
  O	
  Ministério	
  assumia	
  as	
  questões	
  de	
  saúde	
  ocupacional	
  e	
  era	
  coordenado	
  pelo	
  Ministro	
  Lindolfo	
  Leopoldo	
  Boeckel	
  Collor,	
  empossado	
  na	
  ocasião.	
  	
  •	
  Em	
  1934,	
  com	
  o	
  Decreto	
  Legislativo	
  nº	
  24.637,	
  é	
  criada	
  a	
  Inspetoria	
  de	
  Higiene	
  e	
  Segurança	
  do	
  Trabalho,	
  ampliando-­‐‑se	
  assim,	
  o	
  conceito	
  de	
  doença	
  profissional.	
  Tal	
  decreto	
  é	
  considerado	
  a	
  segunda	
  lei	
  de	
  acidentes	
  do	
  trabalho.	
  	
  •	
  Em	
  1938,	
  a	
  Inspetoria	
  de	
  Higiene	
  e	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  (Decreto	
  nº	
  24.637)	
  se	
  transforma	
  em	
  Serviço	
  de	
  Higiene	
  do	
  Trabalho	
  passando,	
  em	
  1942,	
  a	
  denominar-­‐‑se	
  Divisão	
  de	
  Higiene	
  e	
  Segurança	
  do	
  Trabalho.	
  
	
  •	
  Em	
  1938,	
  nos	
  Estados	
  Unidos,	
  foi	
  fundada	
  a	
  ACGIH,	
  na	
  época	
  chamada	
  de	
  National	
  Conference	
  Governmental	
  Industrial	
  Hygienists	
  	
  •	
   Em	
   1939,	
   também	
   nos	
   EUA,	
   é	
   fundada	
   a	
   AIHA	
   (American	
   Industrial	
   Hygiene	
  Association).	
  A	
  ASA	
  (American	
  Standard	
  Association,	
  atualmente	
  ANSI)	
  e	
  a	
  ACGIH	
  publicam	
  a	
  primeira	
  lista	
  de	
  “Concentrações	
  Máximas	
  Permissíveis”	
  (MAC’s)	
  para	
  substâncias	
  químicas	
  presentes	
  nas	
  indústrias.	
  •	
   Entre	
   os	
   anos	
   de	
   1939	
   e	
   1945,	
   durante	
   a	
   Segunda	
   Guerra	
   Mundial,	
   foram	
  desenvolvidos	
   programas	
   de	
   higiene	
   para	
   manter	
   a	
   capacidade	
   produtiva	
   da	
  indústria,	
  até	
  então	
  com	
  atenção	
  voltada	
  somente	
  para	
  a	
  indústria	
  bélica	
  e	
  operada	
  por	
  mulheres.	
  	
  •	
  Em	
  1943,	
  a	
  ACGIH	
  publicou	
  os	
  “Primeiros	
  Limites	
  Máximos	
  Permissíveis”,	
  que	
  em	
  1948,	
  passaram	
  a	
  ser	
  chamados	
  de	
  “Limites	
  de	
  Tolerância	
  TLV®”	
  (Threshold	
  Limit	
  Value).	
  	
  •	
  Em	
  1943,	
  no	
  Brasil,	
  com	
  o	
  Decreto-­‐‑lei	
  nº	
  5.452,	
  de	
  1º	
  de	
  maio,	
  entra	
  em	
  vigor	
  a	
  “Consolidação	
   das	
   Leis	
   do	
   Trabalho”	
   (CLT),	
   com	
   capítulo	
   referente	
   à	
   Higiene	
   e	
  Segurança	
  do	
  Trabalho.	
  	
  •	
   Em	
   1944	
   é	
   incluída	
   a	
   CIPA	
   (Comissão	
   Interna	
   de	
   Prevenção	
   de	
   Acidentes)	
   na	
  Legislação	
  Brasileira	
  pelo	
  Decreto	
  nº	
  7036/44,	
  conhecido	
  como	
  “Lei	
  de	
  Acidentes	
  de	
  Trabalho	
  de	
  1944”.	
  	
  
•	
  Em	
  1947	
   é	
   fundada	
   a	
   International	
  Organization	
   for	
   Standardization	
   (ISO),	
   em	
  português,	
  Organização	
  Internacional	
  de	
  Normatização.	
  	
  •	
  Em	
  1948	
  é	
  criada	
  a	
  Organização	
  Mundial	
  da	
  Saúde	
  (OMS)	
  com	
  políticas	
  voltadas	
  também	
  à	
  saúde	
  dos	
  trabalhadores.	
  	
  •	
  Em	
  1949	
  é	
  criada	
  a	
  Ergonomic	
  Research	
  Society	
  	
  
f)   Anos	
  de	
  1950	
  a	
  2000	
  
	
  •	
  Em	
  1953,	
  a	
  Portaria	
  nº	
  155	
  regulamenta	
  as	
  ações	
  da	
  CIPA.	
  	
  •	
  Em	
  1953	
  é	
  publicada	
  a	
  Recomendação	
  nº	
  97	
  da	
  OIT	
  sobre	
  “Proteção	
  da	
  Saúde	
  dos	
  Trabalhadores”.	
  	
  •	
  Em	
  1956,	
  o	
  governo	
  brasileiro	
  aprova	
  por	
  Decreto	
  Legislativo	
  a	
  Convenção	
  nº	
  81	
  –	
  Fiscalização	
  do	
  Trabalho,	
  da	
  OIT.	
  	
  •	
  Le	
  Guillant	
  publica	
  a	
  obra	
  “A	
  Neurose	
  das	
  Telefonistas	
  –	
  Síndrome	
  Geral	
  de	
  Fadiga	
  Nervosa”,	
  em	
  1956.	
  	
  •	
  Em	
  1957,	
  em	
  conferência	
  da	
  OIT,	
  foram	
  estabelecidos	
  os	
  objetivos	
  e	
  o	
  âmbito	
  de	
  atuação	
  da	
  saúde	
  ocupacional.	
  	
  •	
  Em1959,	
  na	
  Conferência	
  Internacional	
  do	
  Trabalho,	
  é	
  aprovada	
  a	
  Recomendação	
  nº	
  112	
  que	
  trata	
  dos	
  Serviços	
  de	
  Medicina	
  do	
  Trabalho.	
  
	
  •	
   Em	
   1960,	
   o	
   Sistema	
   Toyota	
   de	
   Produção	
   (produção	
   enxuta),	
   conhecido	
   como	
  Toyotismo,	
  é	
  consolidado	
  como	
  filosofia	
  de	
  produção.	
  Caracterizado	
  por	
  funcionar	
  de	
  maneira	
  oposta	
   ao	
  Fordismo,	
   tinha	
   como	
  princípios	
   o	
  mínimo	
  de	
   estoque	
   e	
   a	
  produção	
  do	
  bem	
  realizada	
  de	
  acordo	
  com	
  a	
  demanda	
  no	
   tempo.	
  A	
   flexibilização	
  deste	
  modelo	
  ficou	
  conhecida	
  como	
  Just	
  in	
  Time	
  	
  •	
  Em	
  1966,	
  através	
  da	
  Lei	
  nº	
  5.161,	
  é	
  criada	
  no	
  Brasil	
  a	
  Fundação	
  Centro	
  Nacional	
  de	
  Segurança,	
  Higiene	
  e	
  Medicina	
  do	
  Trabalho	
  (FUNDACENTRO),	
  com	
  o	
  objetivo	
  de	
  realizar	
  estudos,	
  análises	
  e	
  pesquisas	
  relativas	
  à	
  higiene	
  e	
  à	
  medicina	
  ocupacional.	
  Atualmente,	
  é	
  denominada	
  de	
  Fundação	
   Jorge	
  Duprat	
  Figueiredo,	
  de	
  Segurança	
  e	
  Medicina	
  do	
  Trabalho	
  (alterado	
  no	
  ano	
  de	
  1978).	
  	
  •	
  Nos	
  Estados	
  Unidos,	
  em	
  1970,	
  é	
  criada	
  a	
  OSHA	
  (Occupational	
  Safety	
  and	
  Health	
  Administration)	
  como	
  agência	
  integrante	
  do	
  Departamento	
  do	
  Trabalho	
  e	
  o	
  NIOSH	
  (National	
   Institute	
   for	
   Occupational	
   Safety	
   and	
   Health),	
   como	
   parte	
   do	
  Departamento	
  de	
  Saúde	
  e	
  Serviços	
  Públicos.	
  Coube	
  a	
  OSHA	
  a	
  responsabilidade	
  do	
  estabelecimento	
  de	
  padrões	
  e	
  ao	
  NIOSH,	
  realizar	
  o	
  desenvolvimento	
  de	
  pesquisas	
  e	
  fornecer	
  recomendações	
  de	
  padrões	
  à	
  OSHA.	
  	
  •	
  No	
  mesmo	
  ano,	
  a	
  OSHA	
  estabeleceu	
  os	
  primeiros	
  padrões	
  conhecidos	
  como	
  PEL	
  (	
  Permissible	
  Exposure	
  Limit)	
  e	
  o	
  Brasil	
  foi	
  considerado	
  o	
  país	
  onde	
  ocorria	
  o	
  maior	
  número	
  de	
  acidentes	
  de	
  trabalho	
  no	
  mundo.	
  	
  •	
  Em	
  1977,	
  no	
  Brasil,	
  a	
  Lei	
  nº	
  6.514	
  altera	
  o	
  Capítulo	
  V	
  da	
  CLT	
  (Consolidação	
  das	
  Leis	
  do	
  Trabalho),	
  agora	
  relativo	
  à	
  segurança	
  e	
  medicina	
  do	
  trabalho.	
  
	
  •	
  No	
  ano	
  de	
  1978,	
  no	
  Brasil,	
  através	
  da	
  Portaria	
  nº	
  3.214	
  de	
  08/06/1978,	
  aprovou	
  as	
  Normas	
  Regulamentadoras	
  (NR)	
  do	
  Capítulo	
  V,	
  Título	
  II,	
  da	
  Consolidação	
  das	
  Leis	
  do	
  Trabalho,	
  relativas	
  à	
  segurança	
  e	
  medicina	
  do	
  trabalho.	
  Nesse	
  mesmo	
  ano,	
  foram	
  aprovadas	
  outras	
  28	
  (vinte	
  e	
  oito)	
  NR,	
  as	
  quais	
  sofreram	
  várias	
  alterações	
  ao	
  longo	
  dos	
  anos.	
  	
  •	
   Em	
   1987,	
   a	
   Norma	
   de	
   Certificação	
   ISO	
   9000	
   é	
   publicada	
   pela	
   International	
  Organization	
   for	
  Standardization,	
  com	
  a	
   finalidade	
  de	
  estabelecer	
  uma	
  estrutura-­‐‑modelo	
   de	
   gestão	
   de	
   qualidade	
   baseado	
   em	
   normas	
   técnicas,	
   para	
   empresas	
   e	
  organizações	
  empresariais.	
  	
  •	
  Em	
  1988,	
  é	
  promulgada	
  a	
  Constituição	
  Federal	
  do	
  Brasil	
  e	
  são	
  criadas	
  as	
  Normas	
  Regulamentadoras	
  Rurais	
  (NRR).	
  	
  •	
  Em	
  1988,	
  a	
  OIT	
  publica	
  a	
  Convenção	
  nº	
  167	
  –	
  Segurança	
  e	
  Saúde	
  na	
  Construção.	
  Essa	
   convenção	
   é	
   aplicada	
   a	
   qualquer	
   atividade	
   econômica	
   relacionada	
   à	
  construção,	
   como:	
   edificações,	
   obras	
   públicas,	
   trabalhos	
   em	
   montagem,	
  desmontagem	
  e,	
  até	
  mesmo,	
  operação	
  e	
  transporte	
  nas	
  obras.	
  	
  •	
  No	
  Brasil,	
   em	
  1989,	
   o	
  Decreto	
   Legislativo	
   nº	
   51	
   aprova	
   a	
   Convenção	
   nº	
   162	
   –	
  Asbesto,	
   aplicada	
   a	
   todas	
   as	
   atividades	
   econômicas	
   onde	
   ocorra	
   a	
   exposição	
   dos	
  trabalhadores	
  ao	
  asbesto.	
  	
  •	
  Em	
  1995,	
  a	
  OIT	
  publica	
  a	
  Convenção	
  nº	
  176	
  –	
  Segurança	
  e	
  Saúde	
  na	
  Mineração,	
  aplicada	
   às	
   minas,	
   incluindo	
   os	
   locais	
   onde	
   estão	
   presentes	
   as	
   atividades	
   de	
  
exploração	
  e	
  extração	
  de	
  minerais.	
  Assim	
  também	
  o	
  Brasil,	
  através	
  do	
  Decreto	
  nº	
  67,	
  aprova	
  a	
  Convenção	
  nº	
  170	
  –	
  Segurança	
  na	
  Utilização	
  de	
  Produtos	
  Químicos,	
  da	
  OIT	
  publicada	
  em	
  1990,	
  com	
  campo	
  de	
  aplicação	
  a	
  todas	
  as	
  indústrias,	
  cujas	
  atividades	
  econômicas	
  baseiam-­‐‑se	
  na	
  utilização	
  de	
  produtos	
  químicos.	
  	
  •	
   Em	
   1996,	
   a	
   Norma	
   de	
   Certificação	
   ISO	
   14000	
   é	
   publicada	
   pela	
   International	
  Organization	
   for	
   Standardization,	
   cujo	
   objetivo	
   é	
   estabelecer	
   um	
   conjunto	
   de	
  diretrizes,	
   dividida	
  em	
  comitês	
   e	
   subcomitês	
  de	
   criação,	
  para	
   sistemas	
  de	
  gestão	
  ambiental	
  direcionada	
  a	
  empresas	
  e	
  organizações.	
  	
  •	
  Nesse	
  mesmo	
  ano,	
  a	
  British	
  Standards,	
  órgão	
  britânico	
  de	
  elaboração	
  de	
  normas	
  técnicas,	
  publica	
  a	
  BS	
  8800	
  –	
  Occupational	
  Health	
  and	
  Safety	
  Management	
  Systems,	
  norma	
   que	
   apresenta	
   requisitos	
   para	
   implantação	
   de	
   um	
   sistema	
   de	
   gestão	
   de	
  segurança	
  e	
  saúde	
  no	
  trabalho	
  para	
  empresas	
  e	
  organizações.	
  	
  •	
  Em	
  1997,	
  na	
  Portaria	
  SSST	
  nº	
  53,	
  foi	
  publicada	
  a	
  NR	
  29	
  que	
  trata	
  da	
  Segurança	
  e	
  Saúde	
  no	
  Trabalho	
  Portuário	
  (alterada	
  em	
  1998,	
  2002	
  e	
  2006).	
  	
  •	
  Em	
  1999,	
  o	
  Governo	
  brasileiro	
  aprova	
  por	
  Decreto	
  Legislativo	
  a	
  Convenção	
  nº	
  182	
  –	
  Piores	
  Formas	
  de	
  Trabalho	
  Infantil	
  e	
  a	
  Ação	
  Imediata	
  para	
  a	
  sua	
  Eliminação,	
  da	
  OIT.	
  	
  
g)   Anos	
  2000	
  até	
  os	
  dias	
  atuais	
  
	
  •	
  Em	
  2000,	
  a	
  ABNT	
  (Associação	
  Brasileira	
  de	
  Normas	
  Técnicas)	
  publica	
  as	
  normas	
  de	
  gestão	
  de	
  qualidade	
  de	
  processo	
  (ISO	
  9000).	
  
	
  •	
  No	
  ano	
  de	
  2001,	
  o	
  Brasil	
  aprovou	
  pelo	
  Decreto	
  Legislativo	
  nº	
  246,	
  a	
  Convenção	
  nº	
  174	
  –	
  Prevenção	
  de	
  Acidentes	
   Industriais	
  Maiores,	
  da	
  OIT,	
  aplicada	
  a	
   instalações	
  sujeitas	
  a	
  riscos	
  de	
  acidentes	
  maiores.	
  Com	
  exceção	
  de	
  instalações	
  nucleares,	
  usinas	
  que	
  processam	
  substâncias	
  radioativas	
  e	
  instalações	
  militares.	
  	
  •	
   Em	
   2002,	
   através	
   da	
   Portaria	
   SIT	
   nº	
   34,	
   foi	
   publicada	
   a	
   NR	
   30	
   que	
   trata	
   daSegurança	
  e	
  Saúde	
  no	
  Trabalho	
  Aquaviário	
  (alterada	
  em	
  2007	
  e	
  2008).	
  	
  •	
   Em	
   2005,	
   através	
   da	
   Portaria	
   TEM	
   nº	
   86,	
   foi	
   publicada	
   a	
   NR	
   31	
   que	
   trata	
   da	
  Segurança	
   e	
   Saúde	
   no	
   Trabalho	
   na	
  Agricultura,	
   Pecuária	
   Silvicultura,	
   Exploração	
  Florestal	
  e	
  Aquicultura	
  (modificada	
  em	
  2011).	
  •	
  Em	
  2005,	
  a	
  Portaria	
  GM	
  nº	
  485	
  publica	
  a	
  NR	
  32	
  que	
  trata	
  da	
  Segurança	
  e	
  Saúde	
  no	
  Trabalho	
  em	
  Serviços	
  de	
  Saúde	
  (modificada	
  em	
  2008	
  e	
  2011).	
  	
  •	
  	
  Em	
  2006,	
  o	
  Ministério	
  do	
  Trabalho	
  e	
  Emprego	
  publica,	
  através	
  da	
  Portaria	
  GM	
  nº	
  202,	
  	
  NR	
  33	
  –	
  Segurança	
  e	
  Saúde	
  nos	
  Trabalhos	
  em	
  Espaços	
  Confinados.	
  	
  •	
  Em	
  2010,	
  o	
  Ministério	
  do	
  Trabalho	
  e	
  Emprego	
  publica,	
  pela	
  Portaria	
  SIT	
  nº	
  197,	
  uma	
   nova	
   NR	
   12	
   –	
   Segurança	
   no	
   Trabalho	
   em	
   Máquinas	
   e	
   Equipamentos,	
  atualizados	
   e	
   com	
   referências	
   técnicas,	
   princípios	
   fundamentais	
   e	
   medidas	
   de	
  proteção	
  para	
  garantir	
  a	
  integridade	
  física	
  e	
  a	
  saúde	
  dos	
  trabalhadores.	
  	
  •	
  Em	
  2011,	
  o	
  Ministério	
  do	
  Trabalho	
  publica,	
  através	
  da	
  Portaria	
  SIT	
  nº	
  200,	
  a	
  NR	
  34	
   –	
   Condições	
   e	
   Meio	
   Ambiente	
   de	
   Trabalho	
   na	
   Indústria	
   da	
   Construção	
   e	
  Reparação	
  Naval.	
  
	
  •	
  Em	
  2012,	
  o	
  Ministério	
  do	
  Trabalho	
  publica	
  a	
  Portaria	
  nº	
  313,	
  a	
  NR	
  35	
  –	
  Trabalho	
  em	
  Altura.	
  	
  •	
  Em	
  2012,	
  o	
  MTE	
  publica	
  uma	
  nova	
  NR	
  20.	
  	
  •	
  Em	
  2013,	
  o	
  Ministério	
  do	
  Trabalho	
  publica	
  a	
  Portaria	
  nº	
  555,	
  a	
  NR	
  36	
  –	
  Segurança	
  e	
  Saúde	
  no	
  Trabalho	
  em	
  Empresas	
  de	
  Abate	
  e	
  Processamento	
  de	
  Carnes	
  e	
  Derivados.	
  	
  
  
  
  
  
1.1.3   -­    Prevencionismo.  
  O	
  estudo	
  das	
  causas	
  de	
  um	
  acidente	
  trabalho,	
  é	
  descrito	
  pelo	
  termo	
  “Prevenção”,	
  onde	
   são	
   descritos	
   metodologias,	
   procedimentos	
   e	
   soluções	
   de	
   engenharia	
   para	
  diminuir	
  a	
  probabilidade	
  de	
  acontecimentos	
  de	
  novos	
  acidentes,	
  sempre	
  tomando	
  como	
   base	
   acidentes	
   já	
   ocorridos.	
   Já	
   o	
   termo	
   Prevencionismo,	
   possui	
   uma	
  magnitude	
   mais	
   ampla,	
   estuda	
   os	
   ambientes	
   de	
   trabalho	
   associado	
   ao	
  comportamento	
  humano	
  e	
  social,	
  no	
  intuito	
  de	
  neutralizar	
  os	
  incidentes	
  e	
  acidentes	
  de	
  trabalho.	
  Ao	
  decorrer	
  dos	
  anos	
  o	
  prevencionismo	
   tem	
   fixado	
  conceitos	
  e	
  métodos	
  visando	
  atuar	
  na	
  reparação	
  de	
  danos	
  e	
  na	
  antecipação	
  de	
  soluções	
  para	
  evitar	
  os	
  acidentes	
  e	
  as	
  doenças	
  ocupacionais.	
  
A	
   preocupação	
   vai	
   além	
   das	
   paredes	
   das	
   fabricas	
   e	
   de	
   outros	
   estabelecimentos,	
  entra	
  no	
  âmbito	
  social	
  e	
  ambiental.	
  	
  O	
  prevencionismo	
  moderno	
  trabalha	
  na	
  prevenção	
  global,	
  ou	
  seja:	
  a)   Garantir	
  a	
  integridade	
  física	
  e	
  psicológica	
  dos	
  trabalhadores;	
  	
  b)   Na	
   preservação	
   do	
   Meio	
   Ambiente,	
   pois	
   sabe	
   que	
   os	
   trabalhadores	
  dependem	
  diretamente	
  do	
  ambiente	
  saudável;	
  	
  c)   E	
  atua	
  na	
  sociedade,	
  pois	
  o	
  trabalhador	
  está	
  inserido	
  nele.	
  	
  	
  
  
Figura  4:  Aspectos  Prevencionista  
  
  
  
  
Trabalhador Meio	
  
Ambiente
Sociedade
  
  
  
  
  
  
  
  
  
UNIDADE  2  
 
Atribuições Profissionais do 
Engenheiro de Segurança do 
Trabalho 
  
  
Objetivos	
  
● 	
  Apresentar	
  a	
  legislação	
  que	
  rege	
  a	
  profissão	
  do	
  Engenheiro	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  
● 	
  Descrever	
  as	
  atividades	
  correlacionadas	
  com	
  a	
  Engenharia	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  	
  
Problematizando	
  	
  Baseado	
  nos	
  seus	
  conhecimentos	
  referente	
  a	
  segurança	
  do	
  trabalho,	
  responda	
  as	
  questões	
  que	
  se	
  seguem:	
  1.   Na	
  sua	
  opinião	
  o	
  Engenheiro	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  pode	
  ser	
  responsabilizado	
  criminalmente	
  por	
  um	
  acidente	
  de	
  trabalho.	
  2.   O	
  Engenheiro	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  recebe	
  a	
  atribuição	
  de	
  trabalhos	
  (projetos,	
  execução,	
  etc)	
  relacionados	
  com	
  combate	
  a	
  incêndios	
  
  
  O	
  Conselho	
  Federal	
  de	
  Engenharia	
  e	
  Agronomia	
  –	
  CONFEA	
  é	
  quem	
  determina	
  as	
  atribuições	
  de	
  todos	
  os	
  cursos	
  de	
  Engenharia	
  no	
  Brasil.	
  	
  
    
Fonte:  www.sxc.hu  
  As	
  atribuições	
  do	
  Engenheiro	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  foram	
  estabelecidas	
  pela	
  Resolução	
  359	
  de	
  31	
  de	
  Julho	
  de	
  1991.	
  Abaixo	
  segue	
  a	
  resolução:	
  
  
RESOLUÇÃO	
  Nº	
  359,	
  DE	
  31	
  JUL	
  1991.	
  	
  
	
  
Dispõe	
  sobre	
  o	
  exercício	
  profissional,	
  o	
  registro	
  e	
  as	
  atividades	
  do	
  Engenheiro	
  de	
  Segurança	
  do	
  
Trabalho	
  e	
  dá	
  outras	
  providências.	
  
	
  
O	
  Conselho	
  Federal	
  de	
  Engenharia,	
  Arquitetura	
  e	
  Agronomia,	
  no	
  uso	
  da	
  atribuição	
  que	
  lhe	
  
confere	
  o	
  artigo	
  27,	
  alínea	
  "f",	
  da	
  Lei	
  nº	
  5.194,	
  de	
  24	
  DEZ	
  1966,	
  	
  
	
  
CONSIDERANDO	
  que	
  a	
  Lei	
  nº	
  7.410/85	
  veio	
  excepcionar	
  a	
  legislação	
  anterior	
  que	
  regulou	
  os	
  
cursos	
  de	
  especialização	
  e	
  seus	
  objetivos,	
  tanto	
  que	
  o	
  seu	
  Art.	
  6º	
  revogou	
  as	
  disposições	
  em	
  
contrário;	
  
	
  
CONSIDERANDO	
  a	
  aprovação,	
  pelo	
  Conselho	
  Federal	
  de	
  Educação,	
  do	
  currículo	
  básico	
  do	
  curso	
  
de	
  Engenharia	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  -­‐	
  Parecer	
  nº	
  19/87;	
  	
  
	
  
CONSIDERANDO,	
  ainda,	
  que	
  tal	
  Parecer	
  nº	
  19/87	
  é	
  expresso	
  em	
  ressaltar	
  que	
  "deve	
  a	
  
Engenharia	
  da	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  voltar-­‐se	
  principalmente	
  para	
  a	
  proteção	
  do	
  trabalhador	
  
em	
  todas	
  as	
  unidades	
  laborais,	
  no	
  que	
  se	
  refere	
  à	
  questão	
  de	
  segurança,	
  inclusive	
  higiene	
  do	
  
trabalho,	
  sem	
  interferência	
  específica	
  nas	
  competências	
  legais	
  e	
  técnicas	
  estabelecidas	
  para	
  as	
  
diversas	
  modalidades	
  da	
  Engenharia,	
  Arquitetura	
  e	
  Agronomia";	
  	
  
	
  
CONSIDERANDO,	
  ainda,	
  que	
  o	
  mesmo	
  Parecer	
  concluiu	
  por	
  fixar	
  um	
  currículo	
  básico	
  único	
  e	
  
uniforme	
  para	
  após-­‐graduação	
  em	
  Engenharia	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho,	
  
independentemente	
  da	
  modalidade	
  do	
  curso	
  de	
  graduação	
  concluído	
  pelos	
  profissionais	
  
engenheiros	
  e	
  arquitetos;	
  
	
  
CONSIDERANDO	
  que	
  a	
  Lei	
  nº	
  7.410/85	
  faculta	
  a	
  todos	
  os	
  titulados	
  como	
  Engenheiro	
  a	
  
faculdade	
  de	
  se	
  habilitarem	
  como	
  Engenheiros	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho,	
  estando,	
  portanto,	
  
amparados	
  inclusive	
  os	
  Engenheiros	
  da	
  área	
  de	
  Agronomia;	
  	
  
	
  
CONSIDERANDO,	
  por	
  fim,	
  a	
  manifestação	
  da	
  Secretaria	
  de	
  Segurança	
  e	
  Medicina	
  do	
  Trabalho,	
  
prevista	
  no	
  Art.	
  4º	
  do	
  Decreto	
  nº	
  92.530/86,	
  pela	
  qual	
  "a	
  Engenharia	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  
visa	
  à	
  prevenção	
  de	
  riscos	
  nas	
  atividades	
  de	
  trabalho	
  com	
  vistas	
  à	
  defesa	
  da	
  integridade	
  da	
  
pessoa	
  humana",	
  
	
  
RESOLVE:	
  
	
  
Art.	
  1º	
  -­‐	
  O	
  exercício	
  da	
  especialização	
  de	
  Engenheiro	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  é	
  permitido,	
  
exclusivamente:	
  	
  
	
  
I	
  -­‐	
  ao	
  Engenheiro	
  ou	
  Arquiteto,	
  portador	
  de	
  certificado	
  de	
  conclusão	
  de	
  curso	
  de	
  
especialização,	
  a	
  nível	
  de	
  pós-­‐graduação,	
  em	
  Engenharia	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho;	
  	
  
	
  
II	
  -­‐	
  ao	
  portador	
  de	
  certificado	
  de	
  curso	
  de	
  especialização	
  em	
  Engenharia	
  de	
  Segurança	
  do	
  
Trabalho,	
  realizado	
  em	
  caráter	
  prioritário	
  pelo	
  Ministério	
  do	
  Trabalho;	
  	
  
	
  
III	
  -­‐	
  ao	
  portador	
  de	
  registro	
  de	
  Engenharia	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho,	
  expedido	
  pelo	
  Ministério	
  
do	
  Trabalho,	
  dentro	
  de	
  180	
  (cento	
  e	
  oitenta)	
  dias	
  da	
  extinção	
  do	
  curso	
  referido	
  no	
  item	
  
anterior.	
  	
  
	
  
Parágrafo	
  único	
  -­‐	
  A	
  expressão	
  Engenheiro	
  é	
  específica	
  e	
  abrange	
  o	
  universo	
  sujeito	
  à	
  
fiscalização	
  do	
  CONFEA,	
  compreendido	
  entre	
  os	
  artigos	
  2º	
  e	
  22,	
  inclusive,	
  da	
  Resolucão	
  nº	
  
218/73.	
  	
  
	
  
Art.	
  2º	
  -­‐	
  Os	
  Conselhos	
  Regionais	
  concederão	
  o	
  Registro	
  dos	
  Engenheiros	
  de	
  Segurança	
  do	
  
Trabalho,	
  procedendo	
  à	
  anotação	
  nas	
  carteiras	
  profissionais	
  já	
  expedidas.	
  	
  
	
  
Art.	
  3º	
  -­‐	
  Para	
  o	
  registro,	
  só	
  serão	
  aceitos	
  certificados	
  de	
  cursos	
  de	
  pós-­‐graduação	
  
acompanhados	
  do	
  currículo	
  cumprido,	
  de	
  conformidade	
  com	
  o	
  Parecer	
  nº	
  19/87,	
  do	
  Conselho	
  
Federal	
  de	
  Educação.	
  	
  
	
  
Art.	
  4º	
  -­‐	
  As	
  atividades	
  dos	
  Engenheiros	
  e	
  Arquitetos,	
  na	
  especialidade	
  de	
  Engenharia	
  de	
  
Segurança	
  do	
  Trabalho,	
  são	
  as	
  seguintes:	
  	
  
	
  
1	
  -­‐	
  Supervisionar,	
  coordenar	
  e	
  orientar	
  tecnicamente	
  os	
  serviços	
  de	
  Engenharia	
  de	
  Segurança	
  
do	
  Trabalho;	
  	
  
	
  
2	
  -­‐	
  Estudar	
  as	
  condições	
  de	
  segurança	
  dos	
  locais	
  de	
  trabalho	
  e	
  das	
  instalações	
  e	
  equipamentos,	
  
com	
  vistas	
  especialmente	
  aos	
  problemas	
  de	
  controle	
  de	
  risco,	
  controle	
  de	
  poluição,	
  higiene	
  do	
  
trabalho,	
  ergonomia,	
  proteção	
  contra	
  incêndio	
  e	
  saneamento;	
  	
  
	
  
3	
  -­‐	
  Planejar	
  e	
  desenvolver	
  a	
  implantação	
  de	
  técnicas	
  relativas	
  a	
  gerenciamento	
  e	
  controle	
  de	
  
riscos;	
  	
  
	
  
4	
  -­‐	
  Vistoriar,	
  avaliar,	
  realizar	
  perícias,	
  arbitrar,	
  emitir	
  parecer,	
  laudos	
  técnicos	
  e	
  indicar	
  
medidas	
  de	
  controle	
  sobre	
  grau	
  de	
  exposição	
  a	
  agentes	
  agressivos	
  de	
  riscos	
  físicos,	
  químicos	
  e	
  
biológicos,	
  tais	
  como	
  poluentes	
  atmosféricos,	
  ruídos,	
  calor,	
  radiação	
  em	
  geral	
  e	
  pressões	
  
anormais,	
  caracterizando	
  as	
  atividades,	
  operações	
  e	
  locais	
  insalubres	
  e	
  perigosos;	
  	
  
	
  
5	
  -­‐	
  Analisar	
  riscos,	
  acidentes	
  e	
  falhas,	
  investigando	
  causas,	
  propondo	
  medidas	
  preventivas	
  e	
  
corretivas	
  e	
  orientando	
  trabalhos	
  estatísticos,	
  inclusive	
  com	
  respeito	
  a	
  custo;	
  	
  
6	
  -­‐	
  Propor	
  políticas,	
  programas,	
  normas	
  e	
  regulamentos	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho,	
  zelando	
  
pela	
  sua	
  observância;	
  	
  
	
  
7	
  -­‐	
  Elaborar	
  projetos	
  de	
  sistemas	
  de	
  segurança	
  e	
  assessorar	
  a	
  elaboração	
  de	
  projetos	
  de	
  obras,	
  
instalação	
  e	
  equipamentos,	
  opinando	
  do	
  ponto	
  de	
  vista	
  da	
  Engenharia	
  de	
  Segurança;	
  
	
  
8	
  -­‐	
  Estudar	
  instalações,	
  máquinas	
  e	
  equipamentos,	
  identificando	
  seus	
  pontos	
  de	
  risco	
  e	
  
projetando	
  dispositivos	
  de	
  segurança;	
  	
  
	
  
9	
  -­‐	
  Projetar	
  sistemas	
  de	
  proteção	
  contra	
  incêndios,	
  coordenar	
  atividades	
  de	
  combate	
  a	
  
incêndio	
  e	
  de	
  salvamento	
  e	
  elaborar	
  planos	
  para	
  emergência	
  e	
  catástrofes;	
  	
  
	
  
10	
  -­‐	
  Inspecionar	
  locais	
  de	
  trabalho	
  no	
  que	
  se	
  relaciona	
  com	
  a	
  segurança	
  do	
  Trabalho,	
  
delimitando	
  áreas	
  de	
  periculosidade;	
  	
  
	
  
11	
  -­‐	
  Especificar,	
  controlar	
  e	
  fiscalizar	
  sistemas	
  de	
  proteção	
  coletiva	
  e	
  equipamentos	
  de	
  
segurança,	
  inclusive	
  os	
  de	
  proteção	
  individual	
  e	
  os	
  de	
  proteção	
  contra	
  incêndio,	
  assegurando-­‐
se	
  de	
  sua	
  qualidade	
  e	
  eficiência;	
  	
  
	
  
12	
  -­‐	
  Opinar	
  e	
  participar	
  da	
  especificação	
  para	
  aquisição	
  de	
  substâncias	
  e	
  equipamentos	
  cuja	
  
manipulação,	
  armazenamento,	
  transporte	
  ou	
  funcionamento	
  possam	
  apresentar	
  riscos,	
  
acompanhando	
  o	
  controle	
  do	
  recebimento	
  e	
  da	
  expedição;	
  	
  
	
  
13	
  -­‐	
  Elaborar	
  planos	
  destinados	
  a	
  criar	
  e	
  desenvolver	
  a	
  prevenção	
  de	
  acidentes,	
  promovendo	
  a	
  
instalação	
  de	
  comissões	
  e	
  assessorando-­‐lhes	
  o	
  funcionamento;	
  	
  
	
  
14	
  -­‐	
  Orientar	
  o	
  treinamento	
  específico	
  de	
  Segurança	
  do	
  Trabalho	
  e	
  assessorar	
  a	
  elaboração	
  de	
  
programas	
  de	
  treinamento	
  geral,	
  no	
  que	
  diz	
  respeito	
  à	
  Segurança	
  do	
  Trabalho;	
  
	
  
15	
  -­‐	
  Acompanhar	
  a	
  execução	
  de	
  obras	
  e	
  serviços	
  decorrentes	
  da	
  adoção	
  de	
  medidas	
  de	
  
segurança,	
  quando	
  a	
  complexidade	
  dos	
  trabalhos	
  a	
  executar	
  assim	
  o	
  exigir;	
  	
  
	
  
16	
  -­‐	
  Colaborar	
  na	
  fixaçãode	
  requisitos	
  de	
  aptidão	
  para	
  o	
  exercício	
  de	
  funções,	
  apontando	
  os	
  
riscos	
  decorrentes	
  desses	
  exercícios;	
  	
  
	
  
17	
  -­‐	
  Propor	
  medidas	
  preventivas	
  no	
  campo	
  da	
  Segurança	
  do	
  Trabalho,	
  em	
  face	
  do	
  
conhecimento	
  da	
  natureza	
  e	
  gravidade	
  das	
  lesões	
  provenientes	
  do	
  acidente	
  de	
  trabalho,	
  
incluídas	
  as	
  doenças	
  do	
  trabalho;	
  	
  
	
  
18	
  -­‐	
  Informar	
  aos	
  trabalhadores	
  e	
  à	
  comunidade,	
  diretamente	
  ou	
  por	
  meio	
  de	
  seus	
  
representantes,	
  as	
  condições	
  que	
  possam	
  trazer	
  danos	
  a	
  sua	
  integridade	
  e	
  as	
  medidas	
  que	
  
eliminam	
  ou	
  atenuam	
  estes	
  riscos	
  e	
  que	
  deverão	
  ser	
  tomadas.	
  	
  
	
  
Art.	
  5º	
  -­‐	
  A	
  presente	
  Resolução	
  entrará	
  em	
  vigor	
  na	
  data	
  de	
  sua	
  publicação.	
  	
  
	
  
Art.	
  6º	
  -­‐	
  Revogam-­‐se	
  as	
  Resoluções	
  325,	
  de	
  27	
  NOV	
  1987,	
  e	
  329,	
  de	
  31	
  MAR	
  1989,	
  e	
  as	
  
disposições	
  em	
  contrário.	
  
	
  
A  Resolução  1010  através  de  seu  anexo  informa  os  campos  de  atuação  do  
Engenheiro  de  Segurança  do  Trabalho,  conforme  descrito  na  tabela  1:  
Tabela  1:  Campos  de  atuação  do  Engenheiro  de  Segurança  do  Trabalho  
CAMPO  DE  ATUAÇÃO  DA  ENGENHARIA  DE  SEGURANÇA  DOTRABALHO  
(Baseado  na  Resolução  1010)  
SETORES  
Supervisionar,  coordenar  e  orientar  tecnicamente  os  serviços  de  Engenharia  de  Segurança  do  Trabalho    
Estudar  as  condições  de  segurança  dos  locais  de  trabalho  e  das  instalações,  maquinas  e  equipamentos,  
com  vistas  especialmente  aos  problemas  de  controle  de  risco,  controle  de  poluição,  riscos  ambientais,  
ergonomia,  sistemas  de  proteção  contra  incêndio,  explosões  e  saneamento.  
Planejar  e  desenvolver  a  implantação  de  técnicas  relativas  a  gerenciamento  e  controle  de  riscos.    
Vistoriar,  avaliar,  realizar  perícias,  arbitrar,  emitir  parecer,  laudos  técnicos  e  indicar  medidas  de  controle  
sobre  grau  de  exposição  a  agentes  agressivos  de  resíduos  (sólidos,  líquidos  e  gasosos),  riscos  físicos,  
químicos  e  biológicos,   tais  como  poluentes  atmosféricos,   ruídos,  calor,   radiação  em  geral  e  pressões  
anormais,  caracterizando  as  atividades,  operações  e  
locais  insalubres  e  perigosos  .  
Analisar  riscos,  acidentes  e  falhas,  investigando  causas,  propondo  medidas  preventivas  e  ou  corretivas,  
orientando  trabalhos  estatísticos,  inclusive  com  respeito  a  custo.    
Propor  políticas,  programas,  normas  e  regulamentos  de  Segurança  e  saúde  no  Trabalho,  zelando  pela  
sua  observância.  
Elaborar  projetos  de  sistemas  de  segurança  e  assessorar  a  elaboração  de  projetos  de  obras,  instalação  
e  equipamentos,  opinando  do  ponto  de  vista  da  Engenharia  de  Segurança  do  Trabalho.  
Estudar   instalações,   máquinas   e   equipamentos,   identificando   seus   pontos   de   risco   e   projetando  
dispositivos  de  proteção  coletiva.  
Projetar   sistemas   de   proteção   contra   incêndios,   coordenar   atividades   de   combate   a   incêndio   e   de  
salvamento  e  elaborar  planos  para  emergência  e  catástrofes.  
Inspecionar  locais  de  trabalho  no  que  se  relaciona  com  os  ambientes  de  trabalho,  delimitando  áreas  e  
zonas  de  risco.    
Especificar,  controlar  e  fiscalizar  sistemas  de  proteção  coletiva  e  equipamentos  de  segurança,  inclusive  
os  de  proteção  individual  e  os  de  proteção  contra  incêndio,  assegurando-­se  de  sua  qualidade  e  eficácia  
Opinar  e  participar  da  especificação  para  aquisição  de  substâncias  e  equipamentos  cuja  manipulação,  
armazenamento,  transporte  ou  funcionamento  possam  apresentar  riscos,  acompanhando  o  controle  do  
recebimento  e  da  expedição    
  
Elaborar  planos,  projeto  e  programas  destinados  a  criar  e  desenvolver  a  prevenção  de  acidentes.  
Elaborar  programas  de  treinamento  geral  para  capacitar  o  trabalhador  no  que  diz  respeito  às  condições  
nos  locais  de  trabalho.  
Acompanhar  a  execução  de  obras  e  serviços  decorrentes  da  adoção  de  medidas  de  segurança,  quando  
a  complexidade  dos  trabalhos  a  executar  assim  o  exigir.  
  
Colaborar   na   fixação   de   requisitos   de   aptidão   para   o   exercício   de   funções,   apontando   os   riscos  
decorrentes  desses  exercícios.  
  
Propor  medidas  preventivas  de  modo  a  evitara  expor  a  vida  ou  a  saúde  de  outrem  a  perigo  direto  e  
iminente,   informando   aos   trabalhadores   e   à   comunidade,   diretamente   ou   por   meio   de   seus  
representantes,  as  condições  que  possam  trazer  danos  a  sua  integridade  e  as  medidas    
que  eliminam  ou  atenuam  estes  riscos  e  que  deverão  ser  tomadas.  
Elaborar  relatório  de  impacto  vizinhança  ambiental  -­  RIVA    
  
Elaborar  e  executar  programa  de  condições  e  meio  ambiente  do  trabalho  na  indústria  da  construção  -­  
PCMAT,  previsto  na  NR  18.  
Elaborar  e  executar  programa  de  prevenção  de  riscos  ambientais  –PPRA,  previsto  na  NR  9    
  
Elaborar  e  executar  programa  de  conservação  auditiva    
  
Elaborar  análise  de  avaliação  ergonômica,  previsto  na  NR  17    
  
Elaborar  programa  de  proteção  respiratória,  previsto  na  NR  6    
  
Elaborar  e  executar  programa  de  prevenção  da  exposição  nos  locais  de  trabalho  ao  benzeno  –  PPEOB,  
previsto  na  NR  15.    
Elaborar  laudo  técnico  das  condições  ambientais  nos  locais  de  trabalho  –  LTCAT    
  
Elaborar  medidas  técnicas  para  trabalho  em  espaços  confinados,  previsto  na  NR  33    
  
Elaborar  e  executar  analise  de  riscos,  como  Análise  Preliminar  de  Riscos  -­  APR,  Árvore  de  Falhas  -­AF  
e  outras.    
  
Elaborar  e  executar  o  programa  de  gerenciamento  de  riscos  nos  locais  de  trabalho  –  PGR,  previsto  na  
NR  22    
  
Estudar  e  analisar  as  condições  de  vulnerabilidade  das  instalações  e  equipamentos  (HAZOP)    
  
  
OBS.:  Parte  da  Resolução  1010  encontra-­se  suspensa.  
Fonte:  Confea  
  
  
UNIDADE  3  
 
Conceitos Básicos 
  
  
  
  
  
Objetivos	
  
● 	
  Conceituar	
  “acidente	
  e	
  incidentes	
  de	
  trabalho”	
  	
  
● 	
  Discutir	
  sobre	
  as	
  causas	
  de	
  acidentes	
  e	
  doenças	
  ocupacionais.	
  	
  
Problematizando	
  	
  Baseado	
  nos	
  seus	
  conhecimentos	
  referente	
  a	
  segurança	
  do	
  trabalho,	
  responda	
  as	
  questões	
  que	
  se	
  seguem:	
  1.   Na	
  sua	
  opinião	
  porque	
  na	
  construção	
  civil	
  existe	
  uma	
  resistência	
  maior	
  na	
  implantação	
  de	
  um	
  sistema	
  de	
  gestão	
  de	
  segurança.	
  	
  2.   A	
  visão	
  holística	
  sobre	
  segurança	
  do	
  trabalho	
  pode	
  ser	
  considerada	
  um	
  avanço	
  na	
  prevenção	
  de	
  acidentes.	
  Justifique.	
  	
  	
  	
  	
  	
  
3.1–	
  Acidente	
  do	
  Trabalho	
  De	
  acordo	
  com	
  a	
  Lei	
  8.213,	
  de	
  24/07/1991	
  é	
  o	
  que	
  ocorre	
  pelo	
  exercício	
  do	
  trabalho	
  a	
   serviço	
   da	
   empresa,	
   provocando	
   lesão	
   corporal	
   ou	
   perturbação	
   funcional	
   que	
  cause	
   a	
  morte,	
   perda	
   ou	
   redução,	
   permanente	
   ou	
   temporária,	
   da	
   capacidade	
   do	
  trabalho.O	
  Acidente	
  do	
  Trabalho	
  pode	
  levar	
  a	
  lesões	
  graves	
  e	
  até	
  mesmo	
  à	
  morte,	
  causando	
  sofrimento	
  para	
  o	
  trabalhador	
  e	
  sua	
  família.	
  Os	
  acidentes	
  de	
  trabalho	
  têm	
  reflexos	
  
Nota:	
  A	
  abordagem	
  holística	
  da	
  segurança	
  do	
  trabalho	
  descreve	
  que	
  o	
  
acidente	
  não	
  tem	
  uma	
  única	
  e	
  exclusiva	
  origem.	
  Informa	
  que	
  o	
  acidente	
  foi	
  
gerado	
  pela	
  interação	
  simultânea	
  de	
  diversos	
  fatores:	
  físicos,	
  biológicos,	
  
psicológicos,	
  sociais	
  e	
  culturais,	
  onde	
  um	
  desencadeou	
  o	
  outro.	
  
sociais,	
  ambientais,	
  econômicos	
  e	
  políticos	
  para	
  toda	
  a	
  sociedade	
  e	
  para	
  todos	
  os	
  países	
  envolvidos	
  (MATTOS,	
  et	
  al.,2011).	
  
	
  
	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Fonte:	
  grosman.adv.br	
  
	
  
	
  
	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Fonte:	
  cdlvca.com	
  
	
  
	
  
Fonte:	
  epi-­‐tuiuti.com.br	
  
	
  
	
  
Fonte:	
  notícias.a7engenharia.com.br	
  
  
3.2  –	
  Equipara-­‐‑se	
  com	
  o	
  Acidente	
  do	
  Trabalho:	
  
	
  
è   Item	
  1:	
  o	
  acidente	
  ligado	
  ao	
  trabalho	
  que,	
  embora	
  não	
  tenha	
  sido	
  a	
  causa	
  única,	
   haja	
   contribuído	
   diretamente	
   para	
   a	
  morte	
   do	
   segurado,	
   para	
   a	
  redução	
  ou	
  perda	
  da	
  sua	
  capacidade	
  para	
  o	
  trabalho,	
  ou	
  produzido	
  lesão	
  que	
  exija	
  atenção	
  médica	
  para	
  sua	
  recuperação;	
  	
  
è   Item	
  2:	
  a	
  doença	
  proveniente	
  de	
  contaminação	
  acidental	
  do	
  empregado	
  no	
   exercício	
   de	
   sua	
   atividade	
   por	
   exemplo:	
   A	
   AIDS	
   adquirida	
   por	
  profissional	
   de	
   saúde	
   ao	
  manipular	
   instrumento	
   com	
   sangue	
   ou	
   outro	
  produto	
  derivado	
  contaminado.	
  	
  
è   Item	
   3:	
   acidentes	
   ocorridos	
   nos	
   períodos	
   destinados	
   à	
   refeição	
   ou	
   ao	
  descanso,	
   ou	
   por	
   ocasião	
   da	
   satisfação	
   de	
   outras	
   necessidades	
  fisiológicas,	
   no	
   local	
   de	
   trabalho	
   ou	
   durante	
   este,	
   pois	
   o	
   empregado	
   é	
  considerado	
  no	
  exercício	
  do	
  trabalho.	
  	
  
è   Item	
  4:	
  o	
  acidente	
  sofrido	
  pelo	
  segurado,	
  ainda	
  que	
  fora	
  do	
  local	
  e	
  horário	
  de	
  trabalho:	
  	
  
a)   na	
  execução	
  de	
  ordem	
  ou	
  na	
  realização	
  de	
  serviço	
  sob	
  a	
  autoridade	
  da	
  empresa;	
  	
  
b)   na	
  prestação	
  espontânea	
  de	
  qualquer	
  serviço	
  à	
  empresa	
  para	
  lhe	
  evitar	
  prejuízo	
  ou	
  proporcionar	
  proveito;	
  
c)   em	
  viagem	
  a	
  serviço	
  da	
  empresa,	
  inclusive	
  para	
  estudo	
  quando	
  financiada	
  por	
   esta	
   dentro	
   de	
   seus	
   planos	
   para	
  melhorar	
   capacitação	
  da	
  mão-­‐‑de-­‐‑obra,	
   independentemente	
   do	
   meio	
   de	
   locomoção	
   utilizado,	
   inclusive	
  veículo	
  de	
  propriedade	
  do	
  segurado;	
  e	
  	
  	
   	
  
d)   no	
  percurso	
  da	
  residência	
  para	
  o	
  local	
  de	
  trabalho	
  ou	
  deste	
  para	
  aquela,	
  qualquer	
  que	
  seja	
  o	
  meio	
  de	
  locomoção,	
  inclusive	
  veículo	
  de	
  propriedade	
  do	
  segurado;	
  	
  
è   Item	
   5:	
   o	
   acidente	
   sofrido	
   pelo	
   segurado	
   no	
   local	
   e	
   no	
   horário	
   do	
  trabalho,	
  em	
  consequência	
  de:	
  	
  
a)   ato	
   de	
   agressão,	
   sabotagem	
   ou	
   terrorismo	
   praticado	
   por	
   terceiro	
   ou	
  companheiro	
  de	
  	
  trabalho;	
  	
  
b)   ofensa	
   física	
   intencional,	
   inclusive	
   de	
   terceiro,	
   por	
   motivo	
   de	
   disputa	
  relacionada	
  ao	
  trabalho;	
  	
  
c)   ato	
   de	
   imprudência	
   (excesso	
   de	
   confiança),	
   de	
   negligência	
   (falta	
   de	
  atenção)	
  ou	
  de	
  imperícia	
  (inabilitação)	
  de	
  terceiro	
  ou	
  de	
  companheiro	
  de	
  trabalho;	
  	
  
d)   ato	
  de	
  pessoa	
  privada	
  do	
  uso	
  da	
  razão,	
  por	
  exemplo,	
  o	
  louco;	
  e	
  	
  
e)   desabamento,	
   inundação,	
   incêndio	
   e	
   outros	
   casos	
   fortuitos	
   (quedas	
   de	
  raios)	
  ou	
  decorrentes	
  de	
  força	
  maior	
  (enchentes);	
  
3.3  –	
  Principais	
  Causas	
  dos	
  Acidentes	
  
	
  Inúmeros	
  fatores	
  contribuem	
  para	
  a	
  ocorrência	
  de	
  acidentes	
  e	
  doenças	
  nos	
  locais	
  de	
  trabalho,	
  sendo	
  causados	
  por	
  uma	
  série	
  de	
  fatores	
  internos	
  e	
  externos,	
  que	
  de	
  forma	
  direta	
  ou	
  indireta	
  acarretam	
  em	
  acidentes	
  ou	
  doenças	
  ocupacionais.	
  Geralmente,	
   adotam-­‐‑se	
   concepções	
   simples	
   e	
   erradas	
   para	
   aquilo	
   que	
   causou	
   os	
  acidentes	
   ou	
   doenças,	
   buscando-­‐‑se,	
   desta	
   forma,	
   o	
   consolo	
   para	
   os	
   infortúnios	
  através	
  da	
  alegação	
  de	
  que	
  foi	
  coisa	
  do	
  destino,	
  má	
  sorte,	
  obra	
  do	
  acaso,	
  castigo	
  de	
  Deus.	
  Na	
  verdade,	
  todos	
  os	
  acidentes	
  podem	
  ser	
  evitados	
  se	
  providências	
  forem	
  adotadas	
  com	
  antecedência	
  e	
  de	
  maneira	
  compromissada	
  e	
  responsável.	
  
Estudos	
  nacionais	
  e	
  internacionais	
  destacam	
  que	
  a	
  maioria	
  dos	
  acidentes	
  e	
  doenças	
  decorrentes	
  do	
  trabalho	
  ocorre,	
  principalmente,	
  por:	
  
a)   Falta	
  de	
  Planejamento:	
  O	
  não	
  planejamento	
  de	
  uma	
  atividade	
  muitas	
  vezes	
  leva	
  ao	
  improviso	
  e	
  ou	
  adaptações	
  que	
  colocam	
  em	
  risco	
  a	
  integridade	
  dos	
  profissionais.	
  
  
Figura  5  –  Falta  de  Planejamento  -­  Fonte:  cbnsantos.com.br  
b)   Descumprimento	
  da	
  Legislação:	
  A	
  não	
  observância	
  da	
  legislação	
  e	
  normas	
  técnicas	
  acelera	
  e	
  aumenta	
  a	
  probabilidade	
  de	
  ocorrência	
  de	
  um	
  acidente	
  e	
  ou	
  uma	
  doença	
  ocupacional.	
  Infelizmente	
  ainda	
  existe	
  no	
  país	
  uma	
  tendência	
  de	
  burlar	
  a	
  legislação.  
      
Figura  6:  Normas  e  legislação  
c)   Desconhecimento	
  dos	
  Riscos	
  no	
   local	
  de	
  trabalho:	
  Perante	
  a	
   legislação	
  brasileira	
  é	
  obrigação	
  da	
  empresa	
  informar	
  os	
  riscos	
  que	
  o	
  trabalhador	
  está	
  
exposto,	
   item	
   da	
   NR-­‐‑01.	
   A	
   empresa	
   deverá	
   informar	
   sobre	
   os	
   riscos	
   e	
  capacitar	
   o	
   trabalhador	
   para	
   atividade	
   que	
   o	
   mesmo	
   irá	
   exercer.	
   O	
  conhecimento	
  prévio	
  e	
  treinamentos	
  eficazes	
  são	
  ferramentas	
  importantes	
  na	
  prevenção	
  de	
  acidentes.	
  
  
Figura  07:  Riscos  ocupacionais  -­  Fonte:amconstrucaolocadora.blogspot.com  
d)   Falta	
   de	
   Ordem	
   deServiço	
   e	
   Procedimentos:	
  A	
   Ordem	
   de	
   Serviço	
   é	
   o	
  documento	
   que	
   informa	
   qual	
   serviço	
   deverá	
   ser	
   executado	
   e	
   quais	
   os	
  cuidados	
  e	
  procedimentos	
  deverão	
  ser	
  seguidos.	
  Em	
  geral	
  temos	
  a	
  ordem	
  de	
  serviço	
   determina	
   na	
   NR-­‐‑01,	
   onde	
   os	
   principais	
   riscos	
   da	
   atividade	
   do	
  profissional	
   são	
   identificados,	
   e	
   a	
   ordem	
  de	
   serviço	
   operacional,	
   utilizada	
  para	
  designar	
  uma	
  determinada	
  tarefa	
  especifica	
  para	
  os	
  trabalhadores.	
  
	
  
e)   Falta	
   de	
   limpeza,	
   arrumação	
   no	
   local	
   de	
   trabalho:	
   Um	
   ambiente	
   com	
  excesso	
   de	
   sujeira,	
   com	
   leiaute	
   inadequado,	
   objetos	
   obsoletos,	
   além	
   de	
  contribuir	
  para	
  um	
  acidente	
  e	
  doenças	
  ocupacionais	
  tende	
  a	
  tornar	
  o	
  local	
  desagradável,	
  causando	
  desinteresse	
  dos	
  profissionais	
  pela	
  instituição.	
  
  
  
Figura  08:  Local  inadequado  -­  Fonte:dicasmaonaroda.com.br  
  O	
   programa	
   5S	
   é	
   um	
   aliado	
   importante	
   na	
   prevenção	
   de	
   acidentes	
   do	
  trabalho.	
  
  
  
              
  
f)   Utilização	
  de	
  Drogas	
  no	
  ambiente	
  de	
  trabalho:	
  A	
  utilização	
  de	
  drogas	
  no	
  ambiente	
   de	
   trabalho	
   infelizmente	
   é	
   uma	
   realidade.	
  Na	
   construção	
   civil	
   o	
  álcool	
  é	
  uma	
  das	
  principais	
  causas	
  de	
  incidentes	
  e	
  acidentes.	
  A	
  dificuldade	
  na	
  fiscalização	
  torna	
  a	
  situação	
  mais	
  agravante	
  ainda.	
  Muitos	
  trabalhadores	
  já	
  chegam	
  alcoolizados,	
  outros	
  aproveitam	
  o	
  horário	
  do	
  almoço	
  para	
  cair	
  nas	
  armadilhas	
  da	
  droga.	
  	
  
DICA:	
  Que	
  tal	
  pesquisar	
  um	
  pouco	
  sobre	
  o	
  
programa	
  5S!!!	
  
  
Figura  09:  Drogas  no  ambiente  de  trabalho  -­  Fonte:ciaserv.com.br  
  O	
   alcoolismo	
   é	
   uma	
   doença,	
   portanto	
   cuidados	
   especiais	
   devem	
   ser	
  desprendidos	
  no	
  intuito	
  de	
  auxiliar	
  o	
  trabalhador.	
  	
  
  
	
    
  
  
  
  
  
g)   Sinalização	
  deficiente:	
  A	
  sinalização	
  é	
  um	
  tipo	
  de	
  proteção	
  coletiva.	
  Uma	
  sinalização	
   eficiente	
   pode	
   prevenir	
   um	
   acidente.	
   A	
   falta	
   da	
   sinalização	
  contribui	
   de	
   forma	
   significativa	
   para	
   atos	
   de	
   imprudência	
   que	
   geram	
  acidentes	
  graves.	
  
DICA:	
  Que	
  tal	
  pesquisar	
  um	
  pouco	
  mais!!	
  Segue	
  a	
  dica:	
  
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=12&Cod=150	
  
http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-­‐reforma/11/artigo51221-­‐1.aspx	
  
http://fetraconspar.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2
3422:drogas-­‐ja-­‐respondem-­‐por-­‐20-­‐dos-­‐	
  
A	
   sinalização	
   exerce	
   um	
   papel	
   de	
   destaque	
   na	
   prevenção	
   de	
   acidente,	
   a	
  mesma	
  é	
  referenciada	
  nas	
  diversas	
  Normas	
  Regulamentadoras	
  e	
  tem	
  a	
  NR-­‐‑26	
  como	
  a	
  normativa	
  especifica.	
  
  
  
h)   Pratica	
   do	
   improviso	
   e	
   ferramental	
   inadequado:	
   Vários	
   acidentes	
   de	
  trabalhos	
  ocorrem	
  diariamente	
  em	
  função	
  da	
  improvisação	
  e	
  da	
  utilização	
  de	
  ferramental	
  inadequado.	
  	
  
  
	
  
	
  
	
  
	
  	
  
	
  
	
  
	
  
Figura  10:  Sinalização  de  Segurança  
  
  
        
Figura  11:  Improvisações  
  
i)   Utilização	
  de	
  instalações	
  elétricas	
  e	
  máquinas	
  precárias:	
  As	
  instalações	
  elétricas	
   é	
   uma	
   das	
   principais	
   causas	
   de	
   acidentes	
   com	
   morte	
   no	
   Brasil.	
  Instalações	
   improvisadas,	
   antigas,	
   instaladas	
   sem	
   o	
   cumprimento	
   de	
  requisitos	
  técnicos	
  faz	
  da	
  eletricidade	
  uma	
  fonte	
  perigo	
  constante.	
  	
  
  
Figura  12:  Instalações  elétricas  inadequadas  
  O	
   uso	
   de	
   máquinas	
   inadequadas,	
   sem	
   proteções	
   é	
   responsável	
   por	
   um	
  número	
  muito	
  alto	
  de	
  mutilações,	
  principalmente	
  com	
  as	
  mãos.	
  
  
  
Figura  13:  Máquinas  com  proteções  ineficientes  
  As	
  Normas	
  Regulamentadoras	
   de	
   número	
  10	
   e	
   12	
   são	
   grandes	
   aliadas	
   na	
  prevenção	
  de	
  acidentes	
  relacionados	
  eletricidade	
  e	
  máquinas.	
  
  
  
  
  
As  ponderações  acima  aliadas  a  negligência,  imprudência  e  imperícia  faz  do  
ambiente  de  trabalho  uma  constante  ameaça  à  integridade  dos  trabalhadores.  
  
  
  
  
  
  
NR-­‐
10
NR-­‐
12
Negligência:	
  Ato	
  de	
  omitir	
  determinada	
  situação,	
  por	
  motivo	
  de	
  desatenção,	
  preguiça,	
  indiferença	
  
ou	
  desleixo,	
  quando	
  poderia	
  agir	
  com	
  as	
  devidas	
  cautelas.	
  Exemplo:	
  empregado	
  ou	
  empregador	
  
que	
  não	
  cumpre	
  com	
  as	
  normas;	
  
Imprudência:	
  É	
  o	
  ato	
  de	
  agir	
  sem	
  a	
  devida	
  cautela	
  e	
  sensatez,	
  colocando	
  em	
  risco	
  outras	
  pessoas	
  
ou	
  a	
  si	
  próprio.	
  Exemplo.	
  Motorista	
  que	
  circula	
  acima	
  da	
  velocidade	
  permitida;	
  
Imperícia:	
  É	
  o	
  ato	
  de	
  agir	
  sem	
  aptidão	
  teórica	
  e	
  pratica	
  necessária	
  para	
  realização	
  de	
  determinada	
  
atividade.	
  Podendo	
  também	
  ser	
  definida,	
  como	
  a	
  negligência	
  e	
  imprudência,	
  vinculada	
  a	
  uma	
  
determinada	
  profissão.	
  Exemplo:	
  O	
  empregado	
  que	
  exerce	
  a	
  função	
  de	
  motorista	
  sem	
  a	
  CNH,	
  
assim	
  como	
  o	
  empregado	
  que	
  exerce	
  a	
  função	
  de	
  eletricista	
  sem	
  a	
  devida	
  qualificação	
  exigida	
  pela	
  
NR-­‐10.	
  
  
3.4  	
  –	
  Impactos	
  dos	
  Acidentes	
  de	
  Trabalho	
  Sob	
   todos	
   os	
   aspectos	
   em	
   que	
   possam	
   ser	
   analisados,	
   os	
   acidentes	
   e	
   doenças	
  decorrentes	
   do	
   trabalho	
   apresentam	
   fatores	
   extremamente	
   negativos	
   para	
   a	
  empresa,	
  para	
  o	
  trabalhador	
  acidentado	
  e	
  para	
  a	
  sociedade.	
  Anualmente,	
   as	
   altas	
   taxas	
   de	
   acidentes	
   e	
   doenças	
   registradas	
   pelas	
   estatísticas	
  oficiais	
  expõem	
  os	
  elevados	
  custos	
  e	
  prejuízos	
  humanos,	
  sociais	
  e	
  econômicos	
  que	
  custam	
  muito	
  para	
  o	
  País,	
  considerando	
  apenas	
  os	
  dados	
  do	
  trabalho	
  formal.	
  Portanto,	
  o	
  acidente	
  de	
  trabalho	
  tem	
  impacto	
  direto	
  para:	
  
  
  
Figura  14:  Impactos  do  acidente  de  trabalho  
  
a)   Trabalhadores:	
  	
  As	
  estatísticas	
  da	
  Previdência	
  Social,	
  que	
  registram	
  os	
  acidentes	
  e	
  doenças	
  decorrentes	
   do	
   trabalho,	
   revelam	
   uma	
   enorme	
   quantidade	
   de	
   pessoas	
  prematuramente	
  mortas	
  ou	
  incapacitadas	
  para	
  o	
  trabalho.	
  
Trabalhador Industria Sociedade
Os	
  trabalhadores	
  que	
  sobrevivema	
  esses	
  infortúnios	
  são	
  também	
  atingidos	
  por	
  danos	
  que	
  se	
  materializam	
  em:	
  
  
  
Figura  15:  Fluxo  do  dano  aos  trabalhadores  
  
b)   Empresa/Industria:	
   As	
   empresas	
   são	
   fortemente	
   atingidas	
   pelas	
  consequências	
   dos	
   acidentes	
   e	
   doenças,	
   em	
   função	
   do	
   alto	
   custo	
   que	
  proporcionado	
  pelo	
  acidente.	
  O	
  custo	
  total	
  de	
  um	
  acidente	
  é	
  dado	
  pela	
  soma	
  de	
   duas	
   parcelas:	
   uma	
   refere-­‐‑se	
   ao	
   custo	
   direto	
   (ou	
   custo	
   segurado),	
   a	
  exemplo	
  do	
  recolhimento	
  mensal	
  feito	
  à	
  Previdência	
  Social,	
  para	
  pagamento	
  do	
   seguro	
   contra	
   acidentes	
   do	
   trabalho,	
   visando	
   a	
   garantir	
   uma	
   das	
  modalidades	
  de	
  benefícios	
  estabelecidos	
  na	
  legislação	
  previdenciária.	
  A	
  outra	
  parcela	
  refere-­‐‑se	
  ao	
  custo	
  indireto	
  (custo	
  não	
  segurado).	
  Estudos	
  informam	
  
Depressão	
  e	
  traumas
Desamparo	
  a	
  familia
Diminuição	
  do	
  poder	
  aquisitivo
dependência	
  de	
  terceiros
sofrimento	
  físico	
  e	
  mental
que	
  a	
  relação	
  entre	
  os	
  custos	
  segurados	
  e	
  os	
  não	
  segurados	
  é	
  de	
  1	
  para	
  4,	
  ou	
  seja,	
  para	
  cada	
  real	
  gasto	
  com	
  os	
  custos	
  segurados,	
  são	
  gastos	
  4	
  com	
  os	
  custos	
  não	
  segurados	
  
	
  Os	
  custos	
  não	
  segurados	
  impactam	
  principalmente:	
  
  
Figura  16:  Fluxo  do  impactos  as  empresas  
  
c)   Sociedade	
  As	
  estatísticas	
  informam	
  que	
  os	
  acidentes	
  atingem,	
  principalmente,	
  pessoas	
  na	
   faixa	
   etária	
   dos	
   20	
   aos	
   30	
   anos,	
   justamente	
   quando	
   estão	
   em	
   plena	
  condição	
  física.	
  Muitas	
  vezes,	
  esses	
  jovens	
  trabalhadores,	
  que	
  sustentam	
  suas	
  famílias	
  com	
  seu	
  trabalho,	
  desfalcam	
  as	
  empresas	
  e	
  oneram	
  a	
  sociedade,	
  pois	
  passam	
  a	
  necessitar	
  de:	
  
salario	
  dos	
  15	
  
primeiros	
  dias	
  
após	
  o	
  acidente
trasporte	
  e	
  
assistência	
  
médica	
  de	
  
urgencia.
paralisação	
  da	
  
máquina	
  ou	
  setor	
  
onde	
  ocorreu	
  o	
  
acidente
Interrupção	
  da	
  
produção
Comoção	
  coletiva	
  
dos	
  demais	
  
trabalhadores,	
  
diminuindo	
  a	
  
produtividade
Prejuizos	
  a	
  
imagem	
  da	
  
empresa
Destruição	
  de	
  
máquina,veiculo,	
  
insumos
Embargos	
  e	
  
interdições
Atrasos	
  no	
  
cronograma	
  de	
  
produção	
  e	
  
entrega
Despesas	
  com	
  
recrutamento	
  e	
  
treinamento	
  para	
  o	
  
profissional	
  substituto
Sujeito	
  a	
  multas	
  
e	
  indenizações	
  
trabalhistas
  
Figura  17:  Fluxo  do  impacto  a  sociedade  
  Consequentemente,	
  prejudica	
  o	
  desenvolvimento	
  do	
  País,	
  provocando:	
  
  
  
Figura  18:  Consequência  para  sociedade  
  
socorro	
  e	
  
medicação	
  de	
  
urgência;
intervenções	
  
cirúrgicas;
mais	
  leitos	
  nos	
  
hospitais;
maior	
  apoio	
  da	
  
família	
  e	
  da	
  
comunidade;
benefícios	
  
previdenciários.
aumento	
  da	
  
taxação	
  securitária
aumento	
  de	
  
impostos	
  e	
  taxas
redução	
  da	
  
população	
  
economicamente	
  
ativa
É	
  importante	
  ressaltar	
  que,	
  apesar	
  de	
  todos	
  os	
  cálculos,	
  o	
  valor	
  da	
  vida	
  humana	
  não	
  pode	
   ser	
   matematizado,	
   sendo	
   o	
   mais	
   importante	
   no	
   estudo,	
   o	
   conjunto	
   de	
  benefícios	
   que	
   a	
   EMPRESA	
   consegue	
   com	
   a	
   adoção	
   de	
   boas	
   práticas	
   de	
   Saúde	
   e	
  Segurança	
  no	
  Trabalho,	
  pois,	
  além	
  de	
  prevenir	
  acidentes	
  e	
  doenças,	
  está	
  vacinada	
  contra	
  os	
  imprevistos	
  acidentários,	
  reduz	
  os	
  custos,	
  zela	
  pela	
  imagem	
  da	
  empresa	
  e	
  contribui	
  para	
  o	
  crescimento	
  do	
  país.	
  
	
  
3.5  –	
  Doença	
  Ocupacional	
  
	
  Podemos	
  descrever	
  a	
  doença	
  ocupacional	
  como	
  toda	
  moléstia	
  causada	
  pelo	
  trabalho	
  ou	
  pelas	
  condições	
  do	
  ambiente	
  em	
  que	
  ele	
  é	
  executado	
  e	
  que	
  com	
  ele	
   relacione	
  diretamente	
  (BARSANO,	
  2012).	
  	
  
Como	
   exemplo:	
   O	
   trabalho	
   num	
   local	
   com	
   muito	
   ruído	
   e	
   sem	
   a	
   proteção	
  recomendada	
  pode	
  levar	
  ao	
  aparecimento	
  de	
  uma	
  surdez.	
  Neste	
  caso,	
  necessita-­‐‑se	
  comprovar	
   a	
   relação	
   de	
   causa	
   e	
   efeito	
   entre	
   o	
   trabalho	
   e	
   a	
   doença,	
   ou	
   ainda,	
   O	
  trabalho	
   com	
   manipulação	
   de	
   areia,	
   sem	
   a	
   devida	
   proteção,	
   pode	
   levar	
   ao	
  aparecimento	
  de	
  uma	
  doença	
  chamada	
  silicose.	
  	
  	
  Chega	
  às	
  vezes	
  a	
  demorar	
  mais	
  de	
  20	
  anos	
  para	
  que	
  os	
  trabalhadores	
  envolvidos	
  sintam	
   a	
   necessidade	
   reclamar	
   os	
   sintomas,	
   dificultando	
   assim	
   os	
   trabalhos	
   de	
  conscientização	
  e	
  prevenção	
  efetuados	
  pelos	
  profissionais	
  da	
  área	
  de	
  segurança	
  do	
  trabalho.(BERSANO,	
  2012).	
  	
  
Abaixo	
   segue	
   algumas	
   doenças	
   ocupacionais	
   conforme	
   definição	
   de	
   BERSANO,	
  2012:	
  	
   a)   Abestose:	
   Doença	
   ocupacional	
   de	
   origem	
   respiratória,	
   normalmente	
  relacionado	
  com	
  a	
  exposição	
  do	
  trabalhador	
  ao	
  amianto.	
  b)   Silicose:	
   A	
   longa	
   exposição,	
   sem	
   proteção	
   adequada,	
   a	
   poeiras	
   de	
   sílica,	
  oriundas	
  por	
  exemplo	
  de	
  processos	
   jateamento	
  de	
  areia,	
   em	
   lixamento	
  de	
  peças	
  cerâmicas,	
  na	
  britagem	
  de	
  pedras,	
  corte	
  e	
  polimento	
  de	
  granito	
  podem	
  causar	
  a	
  doença.	
  Normalmente	
  leva	
  a	
  fribose	
  pulmonar.	
  c)   Hidrargirismo:	
   Doença	
   ocupacional	
   que	
   acomete	
   os	
   trabalhadores	
  expostos,	
  sem	
  nenhuma	
  proteção	
  adequada,	
  ao	
  mercúrio.	
  d)   Elaioconiose:	
  Doença	
  ocupacional	
  que	
  acomete	
  os	
  trabalhadores	
  expostos,	
  sem	
  nenhuma	
  proteção	
  adequada,	
  a	
  óleos	
  e	
  graxas.	
  e)   Pulmão	
  Negro:	
  Doença	
  ocupacional	
  que	
  acomete	
  os	
  trabalhadores	
  expostos,	
  durante	
  anos,	
  sem	
  nenhuma	
  proteção	
  adequada,	
  ao	
  minério	
  de	
  carvão.	
  
  
  
  
  
  
  Não	
  são	
  considerados	
  doenças	
  ocupacionais:	
  	
  
è  Doenças	
  degenerativas,	
  exemplo:	
  diabetes;	
  
è   Inerente	
  ao	
  grupo	
  etário,	
  exemplo:	
  reumatismo;	
  
è  Doenças	
   Endêmicas:	
   a	
   exemplo	
   da	
   malária,	
   adquirida	
   por	
   segurado	
  habitante	
  de	
  região	
  em	
  que	
  ela	
  se	
  desenvolva,	
  salvo	
  comprovação	
  de	
  que	
  é	
  
Na	
  disciplina	
  de	
  Doenças	
  Ocupacionais	
  os	
  conceitos	
  
serão	
  intensificados,	
  além	
  do	
  estudo	
  de	
  várias	
  outras	
  
doenças.	
  
resultante	
   de

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