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Sistema cardíaco Profa Valesca V. Cardoso Casali Músculo Cardíaco Características · Músculo estriado, possui miofibrilas típicas. · Fibras entrelaçadas. · Discos intercalares, ou junções abertas, que permitem a passagem de íons de uma célula para a outra. · Túbulos T: possuem diâmetro 5 vezes maior do que no músculo esquelético, visto que parte do cálcio para a contração do miocárdio provém do LEC. O retículo sarcoplasmático, por sua vez, é menos desenvolvido do que no músculo esquelético. MIOCÁRDIO – VÁRIOS TIPOS DE CÉLULAS: · Músculo atrial: os dois átrios se contraem como se fossem uma unidade. · Músculo ventricular: os dois ventrículos também se contraem como uma unidade. · Fibras musculares especializadas para a excitação e condução: algumas fibras musculares cardíacas possuem poucas miofibrilas, visto que sua principal função não é a contração, mas sim a geração espontânea de estímulo (fibras excitatórias) ou a condução rápida do estímulo (condutoras) Propriedades gerais do músculo cardíaco · Automatismo: é a capacidade do músculo cardíaco de produzir sinais elétricos com um ritmo determinado. Isto ocorre porque as membranas de algumas células são naturalmente permeável aos íons sódio. O sódio penetra na célula até que seja atingido o limiar necessário para a despolarização, que ocorre pela abertura de canais rápidos de cálcio. As células capazes de geração de estímulos estão localizadas no nodo sino-atrial (SA), no nodo átrio- ventricular (AV) e nas fibras de Purkinje. • Condutibilidade: é a capacidade do músculo cardíaco de conduzir estímulos. Ocorre de maneira rápida nas fibras especializadas: vias internodais, feixe AV (ou Feixe de His) e fibras de Purkinje. A condução também ocorre em todo o músculo atrial e ventricular, pelos discos intercalares. Fatores que podem reduzir a velocidade de condução: hipóxia, intoxicação, inflamação, etc.. Velocidade da condução: ÁTRIOS – 0,1 minuto/segundos VENTRÍCULOS – (Purkinje) – minuto/segundos Tempo de despolarização ventricular = 0,03s Retardo nodal = 0,1 s Despolarização total = 0,06 – 0,l0 s .Contratibilidade: é a capacidade do músculo cardíaco de se contrair. Atende ao princípio do tudo ou nada. • Excitabilidade: é a capacidade do músculo cardíaco de se excitar quando estimulado. A excitabilidade é variável de acordo com a fase da atividade cardíaca. Durante o repouso, a excitabilidade do músculo cardíaco é alta. Entretanto, durante a despolarização e a repolarização, a excitabilidade é nula ou muito baixa. Este período de tempo durante o qual o músculo não pode ser excitado é chamado de período refratário. O período refratário absoluto acontece durante a despolarização (sístole) e a hiperpolarização. Neste período, o músculo não responde a um novo estímulo. O período refratário relativo ocorre durante a repolarização. Neste período, o músculo pode responder, com baixa intensidade, a um novo estímulo (extra-sístole). • Potencial de ação O potencial do músculo cardíaco é em platô. Isto ocorre porque durante a despolarização, ocorre a abertura de canais lentos de cálcio, além da abertura dos canais rápidos de sódio. O influxo de cálcio inicia após o fechamento dos canais de sódio e perdura por 0,2 a 0,3 segundos. Este influxo de cálcio inibe a abertura dos canais de potássio, portanto a repolarização também é retardada por 0,2 a 0,3 segundos, que é o tempo de duração do platô. Após este tempo, os canais lentos de cálcio se fecham e a repolarização procede normalmente, através do efluxo de íons potássio. · Contração do miocárdio Ocorre de maneira semelhante à contração do músculo esquelético. O potencial de ação percorre a membrana do miocárdio e propaga-se para o interior do músculo através dos túbulos T. A despolarização promove a entrada de cálcio na célula (proveniente do retículo sarcoplasmático e dos túbulos T). O cálcio liga-se à troponina, promovendo exposição do sítio ativo da actina e permitindo o acoplamento com a miosina, desencadeando a contração. A contração termina com o bombeamento de íons cálcio para fora do sarcoplasma (de volta para o LEC ou interior do RS). A quantidade de íons cálcio nos túbulos T é diretamente proporcional à sua quantidade no líquido extracelular. É o período que decorre entre o início de um batimento cardíaco até o início do próximo. Consiste de um período de contração (sístole) seguido de um período de relaxamento (diástole). O ciclo cardíaco inicia-se com a geração do estímulo no nodo SA. Este estímulo propaga-se para os átrios e para o nodo AV (através das vias internodais). Os átrios se contraem, enquanto no nodo AV ocorre um breve atraso na transmissão do estímulo para os ventrículos. Após a contração atrial, o estímulo propaga-se do nodo AV para os ventrículos através do feixe AV e das fibras de Purkinje, ocorrendo então a contração ventricular. Após a sístole, o coração relaxa e inicia-se o enchimento dos ventrículos. O CiCLO CARDÍACO • A sístole possui duas fases: a. Contração isovolúmica: neste período, há um aumento na tensão ventricular mas não ocorre ejeção de sangue, visto que as válvulas semilunares estão fechadas. b.Ejeção: nesta fase, as válvulas semilunares se abrem e o sangue é ejetado durante a contração ventricular A diástole possui quatro fases: a. Relaxamento isovolúmico: neste período, o ventrículo relaxa mas não ocorre entrada de sangue, visto que as válvulas AV estão fechadas. b. Enchimento rápido: ocorre abertura das válvulas AV e o sangue acumulado nos átrios durante a sístole enche os ventrículos c. Diástase: é uma fase de enchimento lento dos ventrículos, visto que o sangue flui diretamente das veias para os ventrículos d. Sístole atrial: última fase da diástole, os átrios se contraem para completar o enchimento ventricular. VÁLVULAS CARDÍACAS DURANTE A SÍSTOLE VÁLVULAS CARDÍACAS DURANTE A DIÁSTOLE • Regulação da função cardíaca Auto- regulação intrínseca Ocorre em resposta às alterações no volume de sangue que chega ao coração, de acordo com a Lei de Frank- Starling. Esta lei diz que sempre que houver um aumento no retorno venoso, haverá um aumento no débito cardíaco. Isto ocorre devido a uma maior distensão do músculo cardíaco, que irá se contrair com mais força (característica do músculo estriado). · Retorno venoso: é o volume de sangue que retorna das veias para o coração. · Débito Cardíaco: é o volume de sangue ejetado pelo coração por minuto. · Sistema Nervoso Autônomo Faz o controle reflexo da função cardíaca. · Simpático: inerva todo o coração. A noradrenalina liberada pelas fibras do simpático aumenta a permeabilidade cardíaca ao sódio e ao cálcio. Em conseqüência ocorre um aumento na freqüência de despolarização do nodo SA, um aumento na velocidade de condução do estímulo, um aumento da excitabilidade em todo o coração e um aumento na força de contração. · Parassimpático: inerva principalmente os nodos SA e AV. A acetilcolina liberada pelas fibras do parassimpático aumenta a permeabilidade cardíaca ao potássio (hiperpolarização). Em conseqüência ocorre uma diminuição da freqüência de despolarização dos nodos SA e AV. A ativação elétrica do coração A contração do músculo cardíaco depende diretamente da despolarização elétrica das células miocárdicas. É nesse momento que ocorre a entrada de cálcio no miócito que induzirá em última análise a sístole mecânica. O estímulo elétrico se origina nas células marca-passo do nó sino-atrial. A despolarização elétrica caminha pelo músculo atrial e chega ao nó atrioventricular, onde sofre um retardo fisiológico. Este retardo é que vai originar a contração seqüencialdo átrio e ventrículo de forma harmônica. Teoricamente os átrios e ventrículos são isolados eletricamente, possuindo como ligação normal apenas o nó AV. Nó AS > PA espalha-se p/ atrios > desporaliza o nó atrioventricular AV. No nó AV o PA desacelera consideravelmente (átrios transferem seu conteúdo sanguíneo ) Do nó AV > PA passa p/ feixes de His > deste o PA passa em direção ao ápice do coração através dos ramos direito e esquerdo dos fascículos no septo interventricular. A contração dos ventrículos é estimulada pelos ramos subendocardios (fibras de Purkinje) e distribui-se o PA para todas as outras células do miocárdio ventricular. Falhas nesse isolamento podem ocorrer através da existência de bandas musculares que atravessam o anel fibroso AV, formando as chamadas vias anômalas, responsáveis pela Síndrome de Wolf Parkinson White e por certas taquiarritmias. ELETROCARDIOGRAMA * PA pelo sistema condutor gera correntes elétricas que podem ser detectadas na superfícies do corpo. * Registro das mudanças elétricas que acompanham os batimentos cardíacos * Três ondas- plotados num gráfico. 1- onda P despolarização atrial – a propagação de um PA no nó AS aos 2 atrios, uma fração de segundo após o inicio da onda P os átrios se contraem. 2- a onda QRS despolarização ventricular- a propagação do PA pelos ventrículos. 3- O onda T - indica a repolarização- não há onda que mostre a repolarização atrial , porque a onda QRS é muito forte e mascara este evento. Variações no tamanho e duração Úteis nos diagnóstico de rimos cardíacos Recuperações cardíacas Vida fetal. Debito cardíaco (DC) Regulação batimento Independente Eventos Células- a minuto cada (sangue oxigenado) células muito ativas (exercício) mais sangue. Débito Cardíaco: é o volume de sangue ejetado pelo coração por minuto. O DC é determinado (1) Pela quantidade de sangue bombeado pelo ventrículo esquerdo ( ou direito) durante o bombeamento. (2) Pelo número de batimentos cardíacos por minuto. Fatores de risco na doença cardíaca * infarto no miocárdio 1. Alto nível de colesterol no sangue 2. Pressão arterial 3. Fumo 4. Obesidade 5. Falta de exercício regular 6. Diabete melito 7. Predisposição genética 8. Sexo masculino Nicotina -entra na corrente sanguínea e causa contração dos pequenos vasos. Também estimula a supra-renal adrenalina e noradrenalina em excesso o que causa o aumento da freqüência cardíaca. Obesidade- capilares extras para nutrir o tecido adiposo. Sem exercício diminui a o retorno do sangue no coração. Sem exercício – menor retorno do sangue ao coração. Diabete melito a degradação das gorduras domina a degradação das glicose. Como resultado os níveis de colesterol torna-se mais alto . Alcoolismo(Danifica a musculatura) e renina ( aumento da pressão)etc.... Aterosclerose espessamento das paredes das artérias e usa perda de elasticidade , Aterosclerose células musculatura liso da paredes das artérias (proliferam substanciais- colesterol- gorduras) placa aterosclerose obstrui o fluxo sanguíneo nos vaso .dieta – fatores de risco Fluxo sanguíneo Quantidade de sangue que passa através das artérias de um vaso sanguíneo em um dado período. Determinado por 2 fatores: 1. pressão sanguínea 2. Resistência à força de fricção do sangue que circula através dos vasos. Pressão sanguínea A pressão exercida pelo sangue na parede de um vaso sanguíneo. Pressão arterial(PA) Aumento pressão sanguínea aumento fluxo sanguíneo Flui de região de pressão mais alta para região mais baixa. A medida que sangue deixa a aorta e flui através da circulação sistêmica sua pressão cai progressivamente. Fatores que afetam a pressão sanguínea 1. DC 2. Volume sanguíneo 3. Resistência periférica Quando menor o diâmetro do vaso maior a resistência que ele oferece ao fluxo sanguíneo. 5 litros = volume normal Hemorragias diminuem o volume sanguínea =diminui a pressão sanguínea Ingesta de sal aumenta a pressão sanguínea. DC 5,25 litros/ minutos(adulto normal) 70 ml x 75 batimentos/minutos Pressão normal (sistólica força do sangue durante a contração ventricular e a diastólica durante o relaxamento ) Sistólica arterial- menor que 120-130 mmHg Diastólica arterial- menor que 80-85 mmHg Hipertensão -140 mmHg ou maior Diastólica - 90 ou maior Freqüência cardíaca A freqüência e a força cardíaca das contrações são controladas pelo centro cardiovascular – bulbo e podem ser aumentadas ou diminuídas por estimulação simpática ou parassimpática Controle SNA . Barroceptores Vasodilatação = diminui a pressão sanguínea Vasoconstrição = aumenta a pressão sanguínea Outra influencia na freqüência cardíaca incluem substancia químicas (epinefrina-adrenalina- sódio e potássio) temperatura sexo emoções e idade. Freqüência cardíaca Alta temperatura > aumenta a freqüência cardíaca Baixa temperatura > Baixa a freqüência cardíaca Baixa temperatura corporal (alguns graus Celsius)- Baixa a freqüência cardíaca > vasoconstrição> mantem a pressão normal > diminuir risco de hemorragias .
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