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Aula 2 - Adolescência através dos tempos

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17/03/2015 
1 
Curso de Psicologia 
Desenvolvimento II - Adolescência 
2015/1 
 
Profª MS Adriana Hess 
adriana.hess@fadergs.edu.br 
• Para a maior parte dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser 
adolescente é viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais 
que, juntas, ajudam a traçar o perfil desta população. 
 
• Atualmente, fala-se da adolescência como uma fase do desenvolvimento 
humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta. 
 
• Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como um 
período atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de 
sua subjetividade. 
 
• Porém, a adolescência não pode ser compreendida somente como uma fase 
de transição. 
 
• Na verdade, ela é bem mais do que isso. 
Profª MS Adriana Hess 
• Adolescência vem do latim adolescere  crescer. 
 
• Apesar de ser um estágio desenvolvimental oficialmente inaugurado com 
Stanley Hall em 1904 registros na literatura, especialmente textos sobre 
educação, documentam algumas características associadas ao adolescente 
na história da humanidade. 
 
Profª MS Adriana Hess 
 
• Organização Mundial de Saúde - OMS (1965) 
 Ministério da Saúde do Brasil (Brasil, 2007) 
 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (Brasil, 2007) 
– Segunda década da vida - 10 aos 20 anos 
 
• Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Brasil, 2007) 
– Período dos 12 aos 18 anos 
Profª MS Adriana Hess 
 
• Inicia-se com as mudanças corporais da puberdade e termina com a 
inserção social, profissional e econômica na sociedade adulta (Formigli, Costa 
& Porto, 2000). 
 
• As mudanças biológicas a puberdade são universais e visíveis, 
modificando as crianças, dando-lhes altura, forma e sexualidade de adultos. 
– Relacionada à idade – aspectos biológicos 
 
• Essas mudanças, entretanto, não transformam, por si só, a pessoa em um 
adulto. 
– Mudanças cognitivas, sociais e de perspectiva sobre a vida 
Profª MS Adriana Hess Profª MS Adriana Hess 
• Puberdade (do latim pubertas-atis)  fenômenos fisiológicos 
• Compreendem as mudanças corporais e hormonais, mais acentuada a 
maturação física 
• mudanças orgânicas que tendem à maturação biológica 
• a idade real de início pode variar muito, sendo para as meninas em torno 
dos 10 anos e para os meninos, 12 anos 
 
• Adolescência  componentes psicossociais 
 
• adaptação às novas estruturas físicas, psicológicas e ambientais. 
 
 
(Melvin & Wolkmar, 1993; Kalina & Laufer, 1974; OMS) 
17/03/2015 
2 
 
• Lidz (1983) e Serra (1997) 
– Há várias adolescências, de acordo com as características de cada 
pessoa e de seu contexto social e histórico. 
 
• Ao mesmo tempo em que é proposta a universalidade do estágio da 
adolescência, observa-se que ela depende de uma inserção histórica e 
cultural, que determina, portanto, variadas formas de viver a 
adolescência, de acordo com o gênero, o grupo social e a geração 
Profª MS Adriana Hess 
Stanley Hall 
• Descreve a adolescência como uma época de emotividade e estresse 
aumentados. 
 
• Legitimou a adolescência como uma etapa que requer estudo e atenção, 
inaugurando o estudo científico da adolescência. 
 
• Para Hall (1925) a adolescência era basicamente biológica. 
• Uma zona de turbulência e contestação, constituindo-se em uma linha de 
fraturas e erupções vulcânicas no seio das famílias. 
Profª MS Adriana Hess 
• A constante vigilância aos adolescentes e o distanciamento com que eram 
tratados por suas famílias despertaram a necessidade de conquista de sua 
privacidade. 
 
• Houve o crescimento de diários íntimos e das amizades com seus pares. 
 
• A escolha de uma amiga íntima constituía-se em episódio importante na 
vida de uma adolescente. 
Profª MS Adriana Hess 
• Havighurst (1957) propôs algumas tarefas evolutivas para o período da 
adolescência: 
– aceitar o próprio corpo; 
– estabelecer relações sociais mais maduras com os pares de ambos os sexos; 
– desenvolver o papel social de gênero; 
– alcançar a independência dos pais e de outros adultos, com relação aos aspectos 
emocional, pessoal e econômico; 
– escolher uma ocupação e preparar-se para a mesma; 
– preparar-se para o matrimônio e a vida em família; 
– desenvolver a cidadania e comportamentos sociais responsáveis; 
– conquistar uma identidade pessoal, uma escala de valores e uma filosofia de vida que 
guiem o comportamento do indivíduo. 
Profª MS Adriana Hess 
• É comum a discussão sobre se são tarefas relacionadas à faixa etária, 
independentes da cultura, ou se estão restritas à sociedade ocidental, em 
especial a norte-americana e se ainda valem para hoje em dia. 
 
• A questão sobre a universalidade ou não da adolescência é um tema 
importante e alguns historiadores interessados nesse problema defendem 
que a adolescência é uma construção social. 
Profª MS Adriana Hess 
• Os desenvolvimentistas modernos, especialmente aqueles que estudam a 
adolescência, tentam explicar como os fatores biológicos, sociais, cognitivos, 
comportamentais e culturais estão interligados no desenvolvimento, inclusive 
na transição da infância para a vida adulta. 
 
• Erikson observou a integração entre esses fatores a partir de seus estudos sobre os 
problemas desenvolvidos pelos jovens militares que apresentavam dificuldades de 
se adaptar à vida que levavam antes da II Guerra Mundial, quando seus planos 
foram interrompidos para servir à pátria 
Profª MS Adriana Hess 
• Aberastury e cols. (1980) identificaram a “Síndrome da 
Adolescência Normal”, onde diversos comportamentos 
considerados patológicos em outros estágios do ciclo vital são 
considerados esperados e normais no período da 
adolescência. 
 
17/03/2015 
3 
Teoria Psicossocial 
• Erikson (1972), utilizando as propostas da psicanálise e os achados da 
Antropologia Cultural, propôs a Teoria Psicossocial, na qual sugere que o 
ambiente também participa na construção da personalidade do indivíduo. 
 
• As etapas do ciclo vital, e, portanto, a adolescência, são observações de 
fatos sociais e psicológicos, cujas características dependem do contexto 
em que estão inseridas. 
 
• Essa mudança, na visão do desenvolvimento, é de grande importância, 
abrindo novas fronteiras para o entendimento do desenvolvimento e, mais 
especificamente, da adolescência. 
Profª MS Adriana Hess 
• Steinberg e Lerner (2004) observaram três perspectivas: 
 
• A primeira, compreendida entre as décadas de 50 a 80 do século passado, 
– enfatizava os estudos descritivos de padrões de comportamento, ajustamento pessoal e 
relacionamento, além de estudos sobre as possíveis trajetórias que os indivíduos podem 
seguir ao longo do desenvolvimento. 
 
• A segunda perspectiva, da década de 80 aos dias de hoje, 
– enfatiza a aplicação dos conhecimentos científicos na resolução de problemas reais. 
 
• A terceira perspectiva está interessada em promover o desenvolvimento 
positivo do indivíduo, especialmente ao se conscientizar que os 
adolescentes representam o futuro da humanidade. 
– Os cientistas estão engajados em transformar esse coorte em adultos capazes e 
comprometidos consigo, suas famílias, comunidades e sociedade em geral. 
Profª MS Adriana Hess 
 
• Ênfase do mercado e do consumo, 
 
• Questões tecnológicas 
 
• Mudanças do padrão social e culturas das massas. 
 
• Construção de modelos estereotipados de comportamentos para atender as 
demandas de consumo ? 
Profª MS Adriana Hess 
pós-modernidade e neoliberalismo 
• Calligaris (2000) tem refletido sobre a influência da pós-modernidade e do 
neoliberalismo sobre a emergência da adolescência.• Para ele, a juventude tem sido investida de um imenso valor de consumo, sendo 
eleita como ideal de vida. 
 
• Assim, a indústria de consumo não só absorve como investe em valores e estilos 
adolescentes, enaltecendo mais e mais esta fase e tornando cada vez mais difícil 
se afastar do desejo adulto da adolescência. 
– “A adolescência, por ser um ideal dos adultos, se torna um fantástico 
argumento promocional” (p. 59). 
 
– Como a adolescência assume o ideal social, fica difícil sair deste lugar. Fica 
difícil e custoso envelhecer, quando a aspiração social é habitar a adolescência. 
Profª MS Adriana Hess 
• “É necessário superar as visões naturalizantes presentes na Psicologia e entender a 
adolescência como um processo de construção sob condições histórico culturais 
específicas". 
 
• Significa pensar que a adolescência deve ser vista e compreendida como uma 
categoria construída socialmente, a partir das necessidades sociais e econômicas 
dos grupos sociais, que lhe constituem como pessoas, enquanto são constituídas 
por elas. 
 
• É mais possível falar de adolescentes que tenham um nome, pertençam a um grupo 
cultural e tenham uma vida vivida concretamente, do que de uma adolescência de 
uma forma mais abrangente. 
Profª MS Adriana Hess 
• Adolescência, portanto, deve ser pensada para além da idade cronológica, 
da puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de 
passagem, ou de elementos determinados aprioristicamente ou de modo 
natural. 
 
• A adolescência deve ser pensada como uma categoria que se constrói, 
se exercita e se re-constrói dentro de uma história e tempo específicos. 
Profª MS Adriana Hess

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