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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA MICROBIOLOGIA AMBIENTAL ALAN D’OLIVEIRA CORREA Relatório das aulas práticas - Microbiologia Ambiental Pontal do Paraná, 28 de Setembro de 2018. Relatório das aulas práticas - Microbiologia Ambiental Relatório das aulas práticas da disciplina de microbiologia ambiental na Universidade Federal do Paraná como parte das exigências de avaliação na disciplina de Microbiologia ambiental do curso de engenharia ambiental e sanitária . Orientadora: Hedda Elisabeth Kolm. Pontal do Paraná, 28 de Setembro de 2018 Preparação dos meios de cultura 4 1.1 Introdução 4 1.2 Materiais e métodos 4 2. Inoculação das amostras de água 5 2.1 Introdução 5 2.2 Materiais e métodos 6 3. Contagem das colônias de bactérias e fungos 6 3.1 Introdução 6 4. Coloração de Gram 7 4.1 Introdução 7 5. Contagem e identificação dos coliformes 10 5.1. Introdução 10 5.2. Materiais e métodos 10 5.3. Identificação dos Coliformes Totais e Escherichia coli 11 6. Referências 12 1. Preparação dos meios de cultura 1.1 Introdução Para iniciarmos às aulas práticas preparamos dois meios de cultivo, os das bactérias e dos fungos. Na intenção de estudarmos os meios de culturas, foram utilizados métodos distintos de cultivação, para as bactérias foi usado o método Marine Agar ZoBell 2216E, e o método Agar Sabouraud para os fungos. Portanto, o objetivo desta aula foi preparar os meios de cultura, para que nas próximas aulas fosse possível dar continuidade nos estudos. 1.2 Materiais e métodos Foram utilizados os seguintes materiais no processo de cultivo do Marine Agar Zobell 2216E: ● 0,25 Extrato de levedura; ● 1,25 g de Peptona de carne; ● 0,0025 g de Fosfato de ferro III; ● 3,75 g de Agar; ● 250 ml de Água; ● Autoclave; ● Micropipeta; ● Balança digital de precisão. Já os materiais utilizados no método do Agar Sabouraud, foram: ● 2,5 g de Peptona de carne; ● 10 g de Dextrose; ● 3,75 g de Agar; ● 250 ml de água destilada; ● Frasco Erlenmeyer; ● Autoclave; ● Micropipeta; ● Balança digital de precisão. Pode-se perceber a utilização de Dextrose no meio de cultivo Agar Sabouraud, pois, sua presença favorece o crescimentos dos fungos, não apresentando o mesmo resultado no meio Zobell. Antes dos procedimentos, todas as vidrarias e equipamentos utilizados foram autoclavados à uma temperatura constante de 120ºC, na pressão de 1 atm, por cerca de 20 minutos, para que não houvesse contaminação e alteração dos resultados obtidos. Na adição do fosfato de ferro no meio de cultivo da Marine, foi necessário realizar um cálculo para retirar a quantidade de amostra suficiente, pesando 1 g para 100 ml de água, desta forma, com a utilização da micropipeta foi retirado 0,25 ml da diluição da amostra, sendo possível ajustar a quantidade desejada da concentração de início para esta substância. Desta forma, após a separação dos ingredientes em suas respectivas quantidades e concentrações, utilizando a balança de precisão devidamente tarada após cada pesagem, foram então, incluídos no tubo Erlenmeyer, para que houvesse à homogeneização das substâncias, posteriormente, verificou-se o pH das diluições. No meio de cultivo das bactérias o ideal é que o pH esteja em torno de 75/7,6 e no cultivo de fungos, em torno de 5,6, caso o pH ultrapasse ou esteja abaixo do ideal é necessário que haja o ajuste, desta forma, caso o pH estivesse mais ácido utiliza-se o hidróxido de sódio para diminuir suas acidez, e caso encontra-se mais básico, coloca-se o ácido cítrico à fim de aumentar sua acidez. Contudo, após os procedimentos de preparação do meio de cultivo tanto para os fungos tanto quanto para as bactérias, ambos foram levados para a máquina de autoclavagem para que houvesse a esterilização. 2. Inoculação das amostras de água 2.1 Introdução Com o objetivo de observar o crescimento e quantificar experimentalmente fungos e bactérias da região de estudo, inseriu-se em cada meio de cultura amostras de água e de sedimentos, os quais foram coletados pelos alunos da disciplina. A amostra d’água foram coletadas dos seguintes pontos: Gamboa (nos fundos do Centro de Estudos do Mar), porto de Paranaguá, porto de cima em Guaraqueçaba e ponta da bica de Antonina, essas amostras foram utilizadas por diferentes alunos em seus meios de cultura. Para definir o tipo de amostra que seria utilizada, analisou-se à probabilidade de conter fungos e bactérias dentre as possibilidades das amostras coletadas para análise. 2.2 Materiais e métodos ● Materiais utilizados para a aula prática: ● Amostras de águas; ● Ponteira de plástico; ● Placa de petri; ● Lamparina; ● Micropipeta; ● Alça drigalski; Mediu-se também à salinidade da água utilizada, com um equipamento específico chamado (Refratômetro), é preciso zera-lo utilizando água destilada, após a calibragem deve-se secar o equipamento com cuidado evitando riscar, utilizando um papel bem macio, após esse procedimento, derrame a amostra no visor e visualise à salinidade da amostra d’água examinada na base do equipamento. Com a micropipeta esterilizada, mediu-se 200 μl, conteúdo que foi colocado sobre o meio de cultura Agar Sabouraud, realizando o nivelamento da amostra na placa de petri foi realizado com a alça de drigalski esterilizada. Repetiu-se o processo com a água da amostra utilizada de Guaraqueçaba, utilizando dessa vez, o meio de cultura Marine Agar Zobell. 3. Contagem das colônias de bactérias e fungos 3.1 Introdução Após a inoculação das amostras, foi possível observar os meios de cultura identificando os fungos na sua placa de petri e as bactérias no seu meio de cultivo, era perceptível a diferenciação do tamanho e de suas estruturas. Podia-se observar às estruturas à olho nú, porém em uma análise mais minuciosa utilizando uma lupa, é possível verificar a presença de diversas estruturas que são imperceptíveis a olho nú. Contudo, o objetivo foi de quantificar quantas bactérias e fungos haviam nas placas de petri, e após a contagem dos meios foi obtidos os seguintes resultados: 467 bactérias e, dentre os fungos, 51 leveduras e 11 fungos filamentosos, como representados na Fig.1. Figura 1 - Gráfico da quantificação dos microrganismos. Fonte: O autor. 4. Coloração de Gram 4.1 Introdução A coloração de Gram é um método de coloração de bactérias, desenvolvido pelo médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram, este procedimento se baseia no tratamento sucessivo de um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor. Esta técnica permite a separação de amostras bacterianas em Gram-positivas (roxas) e Gram-negativas (rosas), morfologia e do tamanho das amostras analisadas, sendo um dos métodos mais utilizados em laboratórios microbiológicos.4.2 Materiais e Métodos Foram utilizados os seguintes materiais para o procedimento de fixação do método de Gram: ● Lâminas; ● Lâminas riscadas (auxiliar); ● Cultura de bactérias em meio de cultura Marine Agar ZoBell 2216E; ● Lamparinas; ● Alça de platina; ● Álcool 92%; ● Grampo; ● Água corrente; ● Corante violeta de genciana; ● Lugol; ● Fucsina; ● Microscópio ótico. A equipe do laboratório, deixou pronta três amostras de fungos, para que fossem observados, sendo elas, a levedura do pão (Saccharomyces cerevisiae) (Fig. 2.1), conhecido como fermento Fleischmann, fungos septados (Fig. 2.2) e fungos não septados (Fig. 2.3), representados na Figura 2. Nestas observações foi possível diferenciar os diferentes tipos de fungos, pelo seu tamanho e diferenças estruturais. Figura 2 - Fungos observados no laboratório de microbiologia. Fonte: O autor. Na elaboração da lâmina de bactérias, utilizou-se uma lâmina para depositar a colônia de bactérias, sendo retiradas da placa de petri. Para sua remoção foi utilizado uma alça de platina à qual precisou passar por um processo de esterilização simples, passando sua extremidade na chama por alguns segundos, após esse procedimento espera-se esfriar um pouco para remover a colônia de bactérias, após a captação da colônia é necessário esfregar às bactérias na lâmina, o qual deve ser feito sempre em apenas uma direção para que não haja a retirada do material da lâmina já depositado, para haver a fixação das bactérias na lâmina é necessário esquenta-la. Após os procedimentos de fixação, inicia-se a técnica de Gram, sendo que às substâncias utilizadas nesta técnica devem ser espalhadas por toda a área da lâmina para que haja à fixação em toda sua extensão. Primeiramente se aplica o corante violeta genciana, o qual deve permanecer por um minuto reagindo com à colônia, após seu tempo de reação lava-se com água corrente da torneira. Em seguida utilize o Lugol para fixar o corante nas bactérias, após um minuto jogue água para retirar o excesso, após a lavagem aplique o álcool 92% e deixe-o agir por trinta segundos dessa forma ele irá remover o violeta das bactérias Gram-negativas, deixando só às Gram-positivas com a coloração violeta, lave-o e, aplique à Fucsina por 60 s, para que haja a fixação de sua coloração nas bactérias Gram-negativas, e lave-a com água corrente,podendo então examiná-las no microscópio ótico. Portanto, após o processo da coloração de Gram, foi possível visualizar as bactérias nas lâminas, utilizado um microscópio ótico com aumento de 400x. Observando às lâminas foi possível verificar a grande variação no tamanho entre as bactérias e os fungos, ilustrado na Fig. 3. Figura 3 - Ilustração da diferença entre bactérias (Fig. 3.1) e fungos (Fig. 3.2), observada no laboratório de microbiologia. Fonte: O autor. 5. Contagem e identificação dos coliformes 5.1. Introdução O método de Colilert possibilita identificar coliformes totais na água e Escherichia coli, através da utilização de uma câmara escura equipada com luz ultravioleta (UV), processo no qual é utilizado uma cartela especial que contém 49 espaços maiores e 48 pequenos, o qual será utilizado para comportar a amostra d’água a ser examinada. Contudo, o objetivo desta aula é observar e quantificar a presença de microrganismos na amostra escolhida. 5.2. Materiais e métodos Materiais utilizados: ● 70 mL de água destilada; ● 30 mL de água da Gamboa; ● Proveta; ● Frasco Erlenmeyer; ● Cartelas de 97 cavidades Quanti-Tray (IDEXX); ● IDEXX Quanti-Tray/2000 MPN Table; ● Seladora pelo sistema Quanti-Tray; ● Câmara escura com luz UV; ● Substrato Cromogênico Colilert. A amostra utilizada neste procedimento foi a água da Gamboa, esta amostra foi diluída em água destilada por que às chances de encontrar os coliformes já são altas, então o percentual de diluição utilizado foi de 30% água da Gamboa e 70% água destilada, após a diluição elas foram misturadas no frasco de Erlenmeyer, onde foi introduzido o substrato Cromogênico, havendo assim a homogeneização das substâncias. Após este processo, a diluição foi colocada na cartela, sendo selada logo em seguida, no equipamento de seladora. 5.3. Identificação dos Coliformes Totais e Escherichia coli O procedimento de quantificação dos coliformes funciona da seguinte maneira, deve-se contar quantos espaços maiores estão amarelos e soma-los, depois faça o mesmo com os espaços pequenos, desta forma, os resultados obtidos foram 49 (grandes) x 22 (pequenos) obtidos examinando a cartela sem a utilização da câmara de luz UV. Porém, quando examinados com a luz UV os resultados podem mudar, pois a luz mostrou à presença de mais 9 espaços que continham Coliformes Totais. Sendo observados 14 espaços pequenos que possuíam a Escherichia coli, pode-se concluir se houver a presença de E. coli, existirá Coliformes Totais. Portanto, o resultado obtido para a presença de Coliformes Totais foram de 49 x 31, que após examinado na tabela e sido elaborado a regra de três, apresentou o seguinte resultado de 2163 nmp. Enquanto que para a E. coli verificou-se à seguinte proporção 49 x 14, representando o seguinte resultado de 827 nmp. Referente a resolução do CONAMA 274/2000, os índices obtidos para os Coliformes Totais e da Escherichia coli, ultrapassaram os limites adequados de balneabilidade. Portanto, considerando que a saúde e o bem-estar humano podem ser afetados pelas condições de balneabilidade, deve-se evitar o contato com o local estudado. 6. Referências CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução n° 274/2000. Brasília, 2000. Disponível em: . Acesso em: 06 dez. 2018.
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