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lipídeos 2018 1 [Modo de Compatibilidade]

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LIPÍDEOS
UFPeL
Centro de Ciências Químicas Farmacêuticas e de Alimentos
Bioquímica I
Giovana Duzzo Gamaro
Grupo de compostos quimicamente diversos 
Não são polímeros
Não possuem uma unidade básica 
que se repete ao longo da molécula
Característica comum: 
não solúveis em H2O 
solúveis em solventes orgânicos
Onde podemos encontrar os lipídeos?
Quais suas funções biológicas? 
2
Fluidez da membrana
Fosfolipídeos e Colesterol
Esfingolipídeos
Bainha de mielina – transmissão 
de impulsos nervosos
Triglicerídeos
Armazenamento de energia
Esteróides / Colesterol
3
Colesterol - Vitamina D LIPÍDEOS
Reação de Esterificação
R-OH
Varia de acordo com o tipo de lipídeo
2 tipos de AG
Ácidos Graxos
Saturados ou Insaturados
Saturados
Sólidos em temperatura ambiente
Gorduras de origem animal
4
Insaturados
Uma ou mais ligações duplas
Óleos de origem vegetal
POLInsaturadosω6
Líquidos em temperatura ambiente
ω6
* Linhaça dourada
* Óleo de milho
* Óleo de soja
* Óleo de girassol
1
2
3
4
5
6
POLInsaturados ω6 ω3
ω6
Fontes alimentares
O ω3 pode ser encontrado 
principalmente em:
• peixes de água fria;
• sementes de linhaça;
• vegetais de folha verde 
escuro;
• óleos vegetais;
• castanhas e nozes;
• óleos vegetais como canola e 
azeite. ω3
Os esquimós são uma das populações que mais ingere 
gorduragordura no mundo, e praticamente não utilizam em 
sua dieta nutrientes como vitamina C, fibras e 
carboidratos. 
Por que a incidência de doenças 
cardiovasculares não é alta?
5
Peixes de água fria, possuem grandes 
quantidades de ômega 3
Grande ingestão de ômega 3
ω3
Existe diferença na composição dos TG de 
animais terrestres e aquáticos?
maior quantidade de 
AG cadeias saturadas 
menos eficientes no armazenamento de energia, mas oferecem
uma vantagem para os animais aquáticos, principalmente para os
que vivem em água fria: têm uma menor temperatura de fusão,
permanecendo no estado líquido mesmo em baixas
temperaturas – auxiliando na mobilidade do animal
maior quantidade de 
AG cadeias insaturadas 
http://docentes.esalq.usp.br/luagallo/lipideos.html
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Nome comum Nome sistemático Estrutura Notação
Ponto de 
fusão (°C)
Ácido acético Ácido etanóico CH3COOH 2:0 16,5
Ácido propiônico Ácido propanóico CH3(CH2)COOH 3:0
Ácido butírico Ácido butanóico CH3(CH2)2COOH 4:0 -4,2
Ácido valérico Ácido propilacético CH3(CH2)3COOH 5:0
Ácido capróico Ácido hexanóico CH3(CH2)4COOH 6:0 -3,4
Ácido caprílico Ácido octanóico CH3(CH2)6COOH 8:0 16,7
Ácido cáprico Ácido decanóico CH3(CH2)8COOH 10:0 31,6
Ácido láurico Ácido dodecanóico CH3(CH2)10COOH 12:0 44,2
Ácido mirístico
Ácido 
tetradecanóico
CH3(CH2)12COOH 14:0 53,9
Ácido palmítico
Ácido 
hexadecanóico
CH3(CH2)14COOH 16:0 63,1
Ácido esteárico
Ácido 
octadecanóico
CH3(CH2)16COOH 18:0 69,6
Ácido araquídico Ácido eicosanóico CH3(CH2)18COOH 20:0 76,5
Ácido beênico Ácido docosanóico CH3(CH2)20COOH 22:0 86,0
Ácido lignocérico
Ácido 
tetracosanóico
C24H48O2 24:0 84,0
Ácido 
palmitoleico*
Ácido cis-9-
hexadecenóico
CH3(CH2)5CH=CH(CH2)7COOH 16:1Δ
9 1 - 0,5
Ácido oleico*
Ácido cis-9-
octadecenóico
CH3(CH2)7CH=CH(CH2)7COOH 18:1Δ
9 13,4
Ácido linoleico*
Ácido cis-,cis-9,12-
octadecadienóico
CH3(CH2)4CH=CHCH2CH=CH(CH2)
7COOH
18:2Δ9,12 1 - 5
Ácidos graxos cadeia curta produzidos no RÚMEN 
Ácido acético
Ácido propriônico
Ácido butírico
CH3COOH grande polaridade
HIDROGENAÇÃO
Os ácidos graxos insaturados são
facilmente convertidos em saturados
através da hidrogenação catalítica (este
processo é um tipo de redução).
A margarina, por exemplo, é
obtida através da
hidrogenação de um líquido -
o óleo de soja ou de milho,
que é rico em ácidos graxos
insaturados.
• Os ácidos graxos trans se formam durante a hidrogenação de óleos
vegetais como por exemplo, na fabricação da margarina
• Os ácidos graxos trans elevam o colesterol plasmático
Na natureza a maioria dos ácidos graxos insaturados tem 
configuração “cis”, o que provoca a diminuição do ponto de fusão 
(menor empacotamento).
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TRIACILGLICERÓIS
FOSFOACILGLICERÓIS
GLICEROL
GLICEROL-3P
Os grupos dos Lipídeos
GLICEROLIPÍDEOS
ESFINGOLIPÍDIOS
ESTERÓIDES
ESFINGOSINA
CICLOPERIDROFENANTRENO
GLICEROLIPÍDEOS
TRIACILGLICERÓIS
FOSFOACILGLICERÓIS
GLICEROLIPÍDEOS
TRIACILGLICERÓIS
Qual a relação entre consumo de 
carboidratos e aumento do tecido 
adiposo??
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Glicerol – molécula base para formação dos
Glicerolipídios
Redução do grupo aldeído da glicose gera a produção de 
um álcool: poliol = alditóis, neste caso: 
+2H
GLICEROLIPÍDEOS
1ª etapa – “investimento”
regulação
2ª etapa – “lucro”
Glicólise Anaeróbica
2 Gliceraldeído-3P, - 2ATP
2 Piruvato, 2ATP
Reação de Esterificação para formação de 
Glicerolipídios:
GLICEROLIPÍDEOS
Armazenamento de Forma 
ANIDRA
9 kcal/g
Enzimas responsáveis pela hidrólise de TAGs para liberação dos AG;
Lipases
Reações de hidrólise de TAGs também podem ocorrer fora 
do organismo por ação de bases fortes;
SAPONIFICAÇÃO
9
Reação de Saponificação por adição de Base Forte
Formação de Sabão
• Espermacete
• 1/3 peso da baleia (3.600 Kg)
• Mistura de TAG e ceras ricos 
em gordura insaturada
Líquida a 37C – menor densidade – animal flutua
Cristalina a 31C
Sólida a temperaturas inferiores – maior densidade – animal 
mergulha
• Óleo utilizado como lubrificante e fragância no séc XIX –
baleia em extinção
Cachalote
Hibernação
O urso armazena energia na forma de TAGs sob a 
pele que funcionam também como isolante térmico. 
São encontrados em
membranas celulares.
Glicerofosfolipídios:
Fosfolipídeos
ou Fosfoacilgliceróis
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Estrutura de um 
Glicerofosfolipídeo
Fosfolipídeos
ác. graxo
G
l
i
c
e
r
o
l
ác. graxo
fosfato álcool
R1 C
O
O CH2
CHO
O
CR2
R3O
O
-
O
POH2C
onde, R1 e R2 são cadeias alquílicas longas
Encontrado na MP da E. coli
Os compostos hidroxilados ligados ao fósforo (-O-R3)
mais comuns dos fosfolipídeos são: 
HO CH2 C COO
-
NH3
+
H
HO CH2CH2 NH3
+
HO CH2CH2 N
+
CH3
CH3
CH3
HO
CH2 CH
OH
CH2
OH
OH
H
OHOH
HO
OH H
H OH
H
H H
O R3
álcool ligado 
ao fósforo Serina
Etanolamina
Colina Glicerol Inositol
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Fosfolipase: enzimas que causam a hidrólise de 
fosfolpídios; 
Fosfolipase A2 - remove o ác. Graxo(C2) originando 
LISOFOSFOLIPÍDEO ação detergente -rompem membranas 
celulares, lisando as células.
Fosfolipases Veneno de serpentes 
e abelhas
Principal enzima 
do suco 
pancreático
Diferentemente de gorduras e óleos
há somente uma ligação éster em cada
molécula.
As ceras, em geral, são mais duras e
quebradiças e menos gordurosas do que as
gorduras.
São mais resistentes à hidrólise e à
decomposição, portanto servem de fator de
proteção.
Ceras
Os vegetais encontrados em regiões áridas
apresentam nas folhas e caules uma camada de
cera. A cera atua protegendo o vegetal de
agentes externos, além de evitar a evaporação
excessiva de água.
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Geralmente as ceras são utilizadas para
polimentos, cosméticos, velas, entre outros
possíveis usos na vida cotidiana.
Alguns animais possuem cera na pele, penas
e no pêlo, para auxiliar na manutenção da
temperatura corporal; pex: aves aquáticas
R1 C
O
O R2 onde, R1 e R2 são cadeias alquílicas longas
Ex.: 
C15H31 C
O
O C30H61 palmitato de miricila, principal componente da 
cêra da abelha.
ponto de fusão = 72 oC
C15H31 C
O
O (CH2)15CH3 palmitato de cetila (do espermaceti da baleia)
CH2(CH2)n C
O
O CH2(CH2)mCH3 HO
n = 16-28 m = 30 e32
cêra da carnaúba
Estrutura de um 
Esfingolipídeo
Não contém a molécula de glicerol.
Molécula base ESFINGOSINA
São componentes das membranas do cérebro e 
outros tecidos nervosos.
13
CH3(CH2)12
C
H
C
H C OH
H
C NH2H
CH2OHesfingosina
CH3(CH2)12
C
H
C
H C OH
H
C NHH C
O
(CH2)22CH3
P
O
O
-
O CH2CH2N
+
(CH3)3OH2C
Esfingomielina
A esfingosina é 
aminoálcool C18, cujas 
ligações duplas possuem 
a configuração TRANS
E
s
fi
n
g
o
li
p
íd
io
s
1. Esfingofosfolipídios
2.Glicolipídios
Ácido graxo
P Outro Grupo
Ácido graxo
Glicídio
Oligossacarídios
Monossacarídios
2a.Gangliosídio
2b.Cerebrosídio
CERAMIDAS – molécula mais simples; molécula base
formadora dos esfingolipídeos mais abundantes.
Ceramida =
esfingosina + 
ácido graxo
Esfingolipídios são divididos em 2 grupos:
1) Esfingofosfolipídios
 esfingomielinas mais comuns, são ceramidas
cujo grupo polar pode ser tanto um fosfocolina
como uma fosfoetanolamida.
Na Esclerose 
Múltipla a perda da 
baínha de mielina 
leva à lentidão ou à 
interrupção da 
transmissão 
nervosa
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2) Glicolipídeos:
2A) Cerebrosídeos  ceramidas cujas cabeças polares
consistem de um único resíduo de açúcar
(monossacarídeo)
podem ser: galactocerebrosídeos ou
glicocerebrosídeos (mais comuns).
Ao contrário dos esfingofosfolipídeos (esfingomielinas)
não possuem grupos fosfato NÃO IÔNICOS
Galactocerebrosídio =
ceramida + galactose
Glicocerebrosídio =
ceramida + glicose
2B) Gangliosídeos  São ceramidas ligadas a
oligossacarídeos que incluem pelo menos um resíduo
de ác. Siálico;
Gangliosídios =
ceramida + oligossacarídio
Funções dos Glicolipídios
• Constituintes de membranas celulares
• Sítios de Reconhecimento na Superfície
Celular
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Esteróides
CH3
CH3
H
R
A B
C D1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14 15
16
17
18
19
20
O colesterol é o esteróide mais 
abundante nos animais
Membranas celulares, auxiliando na 
manutenção da fluidez 
Grande parte do colesterol no 
organismo é transformado em sais 
biliares. 
O colesterol é também um importante precursor dos
hormônios esteroidais (sexuais).
CH3
CH3OH
O
CH3
1
2
17
Metandienona
(Anabolizante Dianabol)
Testosterona é responsável pelo aumento muscular, 
muitos compostos sintéticos, foram desenvolvidos com o 
propósito de estimular a síntese de proteínas, para 
aumento de massa muscular.
O uso incorreto ou excessivo 
pode levar à atrofiamento dos 
testículos, impotência, acne, 
danos no fígado, edemas, 
aumento no nível de colesterol, 
entre outros
Fontes de colesterol: ovos, manteiga, queijos... entre
outros.
O excesso de colesterol também está
relacionado à aterosclerose, que pode levar à um
ataque de coração
16
SAIS BILIARES
HORMÔNIOS ESTERÓIDES
MEMBRANAS
CH3 OH
HO
17
Estradiol
VITAMINA D
LIPOPROTEÍNAS

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