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Controle de Constitucionalidade Direito Constitucional – profª. Luciana Russo CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - princípios: Constituição rígida; supremacia da Constituição; - História: (controle nas Constituições brasileiras) - 1824: NÃO (soberania parlamento e Poder Moderador) - 1891: influência EUA (juiz Marshall – caso Marbury x Madison - 1803) – difuso (este continua até a de 1988) - 1934: ADI interventiva; cláusula de reserva de plenário; suspensão norma pelo Senado - 1937: poderes ao Executivo - 1946: ADI STF pelo PGR e concentrado estadual - 1967: concentrado estadual só para fins intervenção em Município - Constituição: sentido formal – só o que está escrito e positivado; sentido ampliativo: abrange princípios, valores supra-positivos, direito natural, o espírito que anima a Constituição – idéia de BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE (ver ADI 595-ES e ADC 12-MC/DE voto Min. Celso de Mello) INCONSTITUCIONALIDADE - por OMISSÃO - por AÇÃO� FORMAL�: - orgânica (inobservância competência legislativa) - propriamente dita: (desrespeito ao devido processo legislativo) - por violação pressupostos objetivos (ex. MP s/ relevância e urg.) MATERIAL�: conteúdo incompatível ESPÉCIES DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE� - Quanto ao MOMENTO: - PREVENTIVO: Poder Legislativo: Comissões Permanentes de Constituição e Justiça Poder Executivo: Presidente da República - veto por inconstitucionalidade Judiciário: MS parlamentar (difuso) – garantir devido processo legislativo - REPRESSIVO: em regra Poder Judiciário (tb Poder Legislativo arts. 52, X; 49, V; 62, § 5º) (executivo pode descumprir norma se a considerar inconstitucional – Resp 23121/GO) - Quanto ao MODO DE EXERCÍCIO do controle jurisdicional (critério subjetivo): - CONTROLE DIFUSO – por todos os componentes do Poder Judiciário. - CONTROLE CONCENTRADO (Abstrato) –Tribunal de cúpula do Poder Judiciário. - Observação: teoria da nulidade (sistema americano - declaratório) X teoria da anulabilidade (sistema austríaco – Kelsen – constitutivo); flexibilização: modulação dos efeitos da decisão (art. 27 da L. 9868/99 – segurança jurídica e excepcional interesse social – tem sido aplicada por analogia no difuso – RE 197.917/SP) CONTROLE DIFUSO (Via de Defesa/Exceção, Aberto, Concreto, incidental) - origem – EUA – Marbury X Madison Legitimidade Ativa: qualquer pessoa Órgão competente para julgar: qualquer juiz (monocrático; colegiado cf. art. 97*) - * artigo 97, CF: “Claúsula de Reserva de Plenário” (princípio economia processual, segurança jurídica; racionalização orgânica da instituição) – vincula o Tribunal (Ver arts. 480-482 e 557, § 1º-A CPC; Súmula vinculante nº 10) Efeitos da decisão: inter pars, não vinculante, ex tunc (retroage #) - # Há precedente do STF admitindo a modulação dos efeitos – art. 27 da Lei 9.868/99 (RE 197.917) - artigo 52, X, CF - Senado Federal tem competência para suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (aplica-se apenas no controle difuso, pois no concentrado a decisão já é para todos – com a suspensão pelo Senado a decisão passa a ter efeitos erga omnes e ex nunc�). Há discussão na doutrina se o Senado está obrigado a suspender. - Súmula Vinculante – art. 103-A, CF e Lei nº 11.417/06 - Abstrativização/objetivização – aplicação da transcendência dos motivos determinantes – Min. Gilmar Mendes – mutação constitucional – reformulação – nova compreensão art. 52, X – simples publicidade - aproxima o difuso do concentrado (força normativa da Constituição – Konrad Hesse; supremacia constitucional; STF é órgão político e intérprete máximo da Constituição) – precedentes: RE 197917/SP (2004) Mira Estrela; HC 82959/SP (2006) Hediondos (informativo 4541 STF). CONTROLE CONCENTRADO (Via Ação, Abstrato, principal, reservado) - não cabe: se ato de efeito concreto; em face de: normas originárias da Constituição (não há inconstitucionalidade implícita), súmulas, lei ou ato normativo revogado, convenção coletiva de trabalho; lei ou ato normativo municipal. Cabe em face decreto se autônomo – ADI 3731. - leis anteriores à CF não cabe ADI mas apenas ADPF (e difuso) – não se admite a inconstitucionalidade superveniente – é caso de não recepção (STF: “revogação”); - esse controle NÃO vincula a função de legislar (não petrificação/fossilização - evolução social) - vincula a partir da publicação da ata de julgamento DJU. ADI - Ação direta de inconstitucionalidade genérica (art. 102, I, a e § 2º e 103, CF; Lei 9.868/99) ADO - Ação direta de inconstitucionalidade por omissão (art. 103, § 2º, CF; Lei 9.868/99) Ação direta de inconstitucionalidade interventiva (art. 34, VII c.c. 36, III; Lei 12.562/11) ADC - Ação declaratória de constitucionalidade (art. 102, I, a e § 2º e 103, CF; Lei 9.868/99) ADPF - Arguição de descumprimento de preceito fundamental (art. 102, § 1º, CF e Lei 9.882/99) ATENÇÃO: - Não se admite intervenção de terceiros – mas admite “amicus curiae” (art. 7º, L. 9.868/99 e 6°, § 2° L. 9.882/99) – decisão do relator – prazo para admissão: até início do julgamento. - DECISÃO PROFERIDA NA ADI/ADC: - natureza dúplice ou ambivalente: declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade - princípio da parcelaridade: julgar parcialmente inconstitucional: interpretação conforme a Constituição e declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto (L. 9.868/99) - TEORIA DA TRANSCENDÊNCIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES – a fundamentação vincula, sendo assim cabe reclamação ao STF caso outra norma seja igualmente inconstitucional – ainda em discussão no STF (vide inf. 335 e 379/STF); - TEORIA DA INCONSTITUCIONALIDADE POR ARRASTAMENTE / ATRAÇÃO / CONSEQÜENCIAL / CONSEQÜENTE DE PRECEITOS NÃO IMPUGNADOS / DERIVADA – reconhecimento independentemente de pedido, da inconstitucionalidade de norma não impugnada que seja dependente, ou seja, guarde relação de instrumentalidade com a norma declarada inconstitucional (ex: decreto que regulamentou a lei). (vide inf. 409 e 401/STF); - LEI REVOGADA OBJETO DE ADI – prevalece no STF entendimento de que ADI será extinta (por perda de objeto, pois não cabe para proteger situações concretas); mas o Min. Gilmar Mendes defende que ADI deve ser julgada – pelo princípio da máxima efetividade e força normativa da Constituição (ADI 1244 – em julgamento). O mesmo ocorre se a Constituição é alterada por Emenda. - NORMA EM TRÂNSITO PARA INCONSTITUCIONALIDADE: ex. prazo em dobro para defensoria no processo penal, art. 68 CPP – quando Defensoria estiver bem estruturada essas normas serão inconstitucionais (não recepcionadas) - PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ATALHAMENTO CONSTITUCIONAL (desvio de poder constituinte) – ex. EC 52 – art. 2º - violava indiretamente art. 16 – inadmissível – busca fim ilícito por meio aparentemente legal – ADI 3.685-//06). CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL (Concentrado) - lei ou ato normativo estadual ou municipal contestados em face da Constituição Estadual – ADI deve ser proposta no TJ do Estado (art. 125, § 2º, CF); - se reprodução obrigatória cabe RExtra para o STF – que terá efeito erga omnes e vinculante !!! - se ao mesmo tempo ADI no TJ e ADI/ADPF no STF, a estadual fica suspensa e apenas se STF não julgar o mérito ou declarar a norma constitucional em face da CF é que a estadual continua, podendo a norma ser declarada inconstitucional em face da CE (desde que amparado em fundamento diverso). � Lenza cita ainda “POR FALTA DE DECORO” na hipótese de compra de votos. � nomodinâmica � nomoestática � quanto ao órgão: político (Corte/Trib. Const ou órgão político - Uadi); jurisdicional misto (Brasil); híbrido (Uadi: misto – Brasil). � De acordo com o Decreto 2.346/97 – art. 1°, § 2° terá efeito “ex tunc” no âmbito da administraçãofederal. �
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