processo constitucional - revisão

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PROCESSO 
CONSTITUCIONAL
DAVI SOBREIRA
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS E SUA IMPORTÂNCIA 
PARA O SISTEMA DEMOCRÁTICO
• O que são?
• OS remédios constitucionais são instrumentos à disposição dos 
cidadãos para provocar a intervenção de autoridades a fim de 
impedir ilegalidades ou abuso de poder que prejudiquem direitos 
e interesses individuais.
• Sua principal função é a proteção dos direitos fundamentais
DIVISÃO DOS REMÉDIOS
• Os remédios se dividem em Judiciais e Administrativos;
• Administrativos: O direito de petição e de certidão; Art 5, XXXIV CRFB/88 -
não tem necessidade de acionar o poder judiciário
• Os judiciais são:
• Habeas corpus, habeas data, mandado de injunção, mandado de segurança 
e ação popular
• OBS: Ação civil pública é um remédio mas parte da doutrina não reconhece
DO DIREITO DE PETIÇÃO
• [...] O direito de petição terá cabimento sempre que houver necessidade de 
defesa de direitos, ou quando for constatado o cometimento, por parte de 
agentes do Poder Público, de uma ilegalidade ou de um abuso de poder.
• Trata-se de direito que poderá ser exercido por todos, ou seja, por pessoas 
naturais, nacionais ou estrangeiras residentes no país, bem como pessoas 
jurídicas estabelecidas no Brasil, independendo do pagamento de taxas. 
Será destinatário qualquer órgão ou autoridade do Poder Público, podendo 
pertencer ao Poder Executivo, Legislativo, Judiciário e até mesmo ao 
Ministério Público.[...]
• Nathalia Masson
DO DIREITO DE PETIÇÃO
• Trata-se de um direito de levar ao conhecimento do poder público um 
ato ilegal, abusivo ou bastando ser inconveniente eu posso pedir 
providencias
• A petição inicial não se confunde com direito de petição
• Na petição inicial você precisa de um advogado, no segundo tem a 
participação política por meio de um processo administrativo com o 
objetivo de requerer direito próprio e de terceiro
• É assegurado a todos, até ao estrangeiro; não precisa de advogado 
( jus postulandi ) e independe de pagamento de taxa.
https://agora.com.vc/noticia/o-que-e-jus-postulandi-/
DO DIREITO DE PETIÇÃO
• Se a petição foi analisada mas o pedido foi negado eu posso acionar 
o judiciário?
• Sim! A negativa administrativa não faz coisa julgada
DO DIREITO DE PETIÇÃO
• Se o particular não teve uma resposta do poder público ao 
peticionar?
• A garantia é implícita
• No caso de recusa injustificada ou inércia das autoridades em 
analisar e oferecer resposta ao pleito do peticionário, este último 
poderá valer-se da ação constitucional de mandado de segurança
DO DIREITO DE CERTIDÃO
• A palavra certidão vem do latim certitudine, que significa 
“certeza”. Assim, na prática, uma certidão é um documento que 
certifica (dá certeza a) algo.
• Mais especificamente, uma certidão atesta a existência de um ato ou de um fato 
jurídico, garantindo que uma informação é verdadeira, pois sustenta-se por fé 
pública, já que foi emitida por uma autoridade pública
• Serve para a defesa de direitos e informações de interesse pessoal
• É direito do indivíduo o recebimento do documento com fé pública
https://jus.com.br/artigos/73829/os-fatos-juridicos-e-sua-classificacao
https://jus.com.br/artigos/73829/os-fatos-juridicos-e-sua-classificacao
DIREITO DE CERTIDÃO
• É dever do poder público fornecer a certidão
• Mas nada é absoluto, é claro
• Ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na CF: Segurança da 
Sociedade ou do Estado
• A negativa da certidão ou sua vinculação ao pagamento pode ser 
combatida por meio do mandado de segurança
DO DIREITO DE CERTIDÃO
• Não cabe Habeas Data!
• Eu não quero obter uma informação pessoal, mas eu 
quero um documento que possa comprovar algo a 
respeito de alguém
QUAL A NECESSIDADE DOS 
REMÉDIOS?
• Bobbio
• [...] A preocupação quanto aos direitos deve ser o modo mais seguro 
para garanti-los e para impedir que, apesar das declarações, sejam 
violados [...]
• Em outras palavras, os remédios podem ser entendidos como 
instrumentos que estão presentes no ordenamento constitucional 
para a preservações de direitos;
HABEAS CORPUS
• Historicamente foi a primeira garantia fundamental
• Surgiu na Magna Carta – 1215 – Inglaterra
• Batalha da Inglaterra com a França
• Durante esse período o rei João sem-terra perdeu alguns territórios, 
e na esperança de recuperar tomou decisões que não agradou seus 
súditos
• A magna carta representou o respeito aos direitos fundamentais de 
todos os '' os homens livres '' pelo monarca
E NO BRASIL?
• 1821 - o então príncipe regente Dom Pedro I:
• ““Vendo que nem a Constituição da Monarchia Portugueza, em suas disposições 
expressas na Ordenação do Reino, nem mesmo a Lei da Reformação da Justiça de 
1582, com todos os outros Alvarás, Cartas Régias, e Decretos de Meus augustos 
avós tem podido affirmar de um modo inalteravel, como é de Direito Natural, a 
segurança das pessoas; e Constando-Me que alguns Governadores, Juizes
Criminaes e Magistrados, violando o Sagrado Deposito da Jurisdicção que se lhes 
confiou, mandam prender por mero arbitrio, e antes de culpa formada, 
pretextando denuncias em segredo, suspeitas vehementes, e outros motivos 
horrorosos à humanidade para ipunimente conservar em masmorras, vergados 
com o peso de ferros, homens que se congregaram convidados por os bens, que 
lhes offerecera a Instituição das Sociedades Civis, o primeiro dos quses é sem 
duvida a segurança individual; [...]
BRASIL REPÚBLICA - 1891
• 22. Dar-se-ha o habeas-corpus sempre que alguém soffrer ou 
se achar em imminente perigo de soffrer violencia por meio de 
prisão ou constrangimento illegal em sua liberdade de 
locomoção.
• Muito embora houvesse a preocupação com as liberdades 
individuais, a Constituição de 1891, escrita por Rui Barbosa e 
Prudente de Moraes, deixou de fora os direitos sociais e limitou 
os direitos políticos.
CONSTITUIÇÃO CIDADÃ - 1988
• ART – 5º [...]
• LXVIII – conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se 
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
• É um remédio constitucional dirigido à tutela da liberdade de locomoção, 
ameaçada ou lesada em decorrência de violência ou coação eivada de 
ilegalidade
• Ato omissivo ou comissivo – contra a lei ou abuso de poder
HABEAS CORPUS
• O HC tem prioridade de julgamento sobre todos os demais remédios 
por se tratar de direito a liberdade
• HC PREVENTIVO – serve para evitar uma lesão a liberdade de 
locomoção - é concedido um salvo conduto
• HC REPRESSIVO – nessa hipótese já ocorreu a coação a sua 
liberdade – o pedido é o alvará de soltura
HABEAS CORPUS – POLO 
PASSIVO
• A ação é dirigida contra a autoridade coatora;
• Normalmente: juiz, promotor, delegado, tribunal
• A jurisprudência admite contra ato de 
particular, como clínicas médicas, abrigos e etc
HABEAS DATA
• “Art. 5° LXXII – conceder-se-á “habeas-data”:
• a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público;
• b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo;”
DO CABIMENTO
• O habeas data deve ser proposto apenas no caso de 
recusa por parte da autoridade administrativa (Súmula 2 
do STJ).
• Este entendimento não ofende o princípio do acesso ao 
Poder Judiciário (art. 5.º, XXXV, CR), uma vez que a 
tentativa administrativa constitui requisito indispensável 
para o surgimento do interesse de agir.
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10729607/inciso-xxxv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
DA LEGITIMIDADE ATIVA
• O habeas data é conferido a todapessoa, seja física ou jurídica, nacional ou
estrangeira.
• O autor só poderá ingressar em juízo para pleitear informações ou dados, ou
solicitar sua retificação ou anotação, em seu próprio nome, não se admitindo a
impetração deste remédio em relação a terceiros. Trata-se, pois, de ação de
caráter personalíssimo.
MAS TEM EXCEÇÃO?
•SIM! FIQUE DE OLHO
• A jurisprudência admite que os herdeiros 
legítimos ou o cônjuge do de cujus possam 
impetrar habeas data em nome do falecido.
LEGITIMIDADE PASSIVA
• Podem figurar no polo passivo da demanda tanto a Administração 
Pública direta ou indireta quanto pessoas jurídicas de direito privado que 
mantenham banco de dados aberto ao público, sejam partidos políticos, 
empresa de cadastramento, de proteção ao crédito ou de qualquer outro 
seguimento.
• O processo de habeas data tem prioridade sobre todos os
atos judiciais, salvo em casos de habeas corpus e
mandado de segurança.
EM RELAÇÃO AS CUSTAS
• Ademais, assim como o habeas
corpus, o habeas data está
isento de custas judiciais (art.
5.º, LXXVII) e é imprescritível.
CABE HD CONTRA SPC E 
SERASA?
•Se a natureza dos dados 
armazenados for privada, não se 
dirigir ao conhecimento público, não 
será cabível a ação
MANDADO DE SEGURANÇA
• O mandado de segurança é uma ação constitucional que tutela o 
direito líquido e certo ameaçado ou violado por autoridade pública 
ou qualquer indivíduo em exercício de funções públicas.
• Seu caráter é subsidiário, uma vez que ele só é cabível quando 
não há possibilidade de impetrar habeas corpus ou habeas data.
MANDADO DE SEGURANÇA
• CFB/88 - ART. 5°
• LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não 
amparado por habeas corpus ou habeas data , quando o responsável pela ilegalidade ou 
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de 
atribuições do Poder Público;
• DIVIDEM EM PREVENTIVO E REPRESSIVO
• O mandado de segurança pode ser preventivo ou repressivo. Neste último, a 
lei apresenta um prazo decadencial de 120 dias, contados da ciência do 
paciente sobre o ato supostamente ilegal. O remédio pode ser também 
individual ou coletivo.
CONTRA QUEM É CABIVEL?
• Cabe contra ato de agente público ou agente 
privado investido em determinada ação pública. 
Alguns exemplos são o do reitor de 
universidade privada, diretor de hospital 
privado, etc.
É GRATUITO?
•O mandado de segurança não é 
gratuito, porém não tem 
condenação aos honorários 
sucumbenciais
MANDADO DE INJUNÇÃO
• CFB/88 - Art. 5°> LXXI -conceder-se-á mandado de injunçâo sempre 
que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos 
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania
• E LEI N° 13.300/2016)
• e pretende viabilizar o exercício de direitos, liberdades constitucionais ou 
prerrogativas inerentes à nossa nacionalidade, soberania ou cidadania, 
inviabilizados pela falta de norma regulamentadora
REQUISITOS PARA O 
CABIMENTO
Será cabível sempre que a ausência de norma regulamentadora tornar 
inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais, bem como 
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e cidadania. Nos 
termos do art. 2° da Lei n° 13.300/2016:
Requisitos para que o remédio seja acionado:
norma constitucional desprovida de regulamentação;
existência de um dever para os Poderes Públicos em editar as normas 
infraconstitucionais;
efetiva omissão, total ou parcial do Poder Público.
QUANDO NÃO CABE?
• Não cabe mandado de injunção nos casos em que já houve a 
edição da norma regulamentadora, mesmo que esteja 
incompleta ou que apresente vícios.
• De acordo com o STF o MI não é cabível para exigir-se do 
Congresso Nacional que regulamente as relações jurídicas 
decorrentes de medida provisória não convertida em lei, em 
virtude de sua omissão ou recusa, de acordo com o STF
EXEMPLO DE MANDADO DE 
INJUNÇÃO
• MANDADO DE INJUNÇÃO. GARANTIA FUNDAMENTAL (CF, ART. 5º, 
INCISO LXXI). DIREITO DE GREVE DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS 
(CF, ART. 37, INCISO VII). EVOLUÇÃO DO TEMA 
NA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). 
DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DE COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL 
PARA APRECIAÇÃO NO ÂMBITO DA JUSTIÇA FEDERAL E DA JUSTIÇA 
ESTADUAL ATÉ A EDIÇÃO DA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA PERTINENTE, 
NOS TERMOS DO ART. 37, VII, DA CF. EM OBSERVÂNCIA AOS DITAMES 
DA SEGURANÇA JURÍDICA E À EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL NA 
INTERPRETAÇÃO DA OMISSÃO LEGISLATIVA SOBRE O DIREITO DE 
GREVE DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS, FIXAÇÃO DO PRAZO DE 60 
(SESSENTA) DIAS PARA QUE O CONGRESSO NACIONAL LEGISLE 
SOBRE A MATÉRIA. MANDADO DE INJUNÇÃO DEFERIDO PARA 
DETERMINAR A APLICAÇÃO DAS LEIS Nos 7.701/1988 E 7.783/1989. 1. 
SINAIS DE EVOLUÇÃO DA GARANTIA FUNDAMENTAL DO MANDADO DE 
INJUNÇÃO NA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
(STF).
•
https://www.aurum.com.br/blog/o-que-e-jurisprudencia/
AÇÃO POPULAR E AÇÃO CIVIL 
PÚBLICA
• São ações bem parecidas
• Mas não são a mesma coisa
• Ambas tutelam os mesmos direitos
• São remédios constitucionais
QUAL A DIFERENÇA ENTRE 
ELAS?
• Ação popular
• É proposta no intuito de anular 
ato lesivo ao patrimônio 
público
• Ajuizada por qualquer cidadão
• Gratuita
• Precisa de advogado
• Ação civil pública
• Tem o objetivo de reparar o 
dano
• Tem um rol taxativo de 
legitimados
	Slide 1: PROCESSO CONSTITUCIONAL
	Slide 2: REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS E SUA IMPORTÂNCIA PARA O SISTEMA DEMOCRÁTICO
	Slide 3:  DIVISÃO DOS REMÉDIOS
	Slide 4: DO DIREITO DE PETIÇÃO
	Slide 5: DO DIREITO DE PETIÇÃO
	Slide 6: DO DIREITO DE PETIÇÃO
	Slide 7: DO DIREITO DE PETIÇÃO
	Slide 8: DO DIREITO DE CERTIDÃO
	Slide 9: DIREITO DE CERTIDÃO
	Slide 10: DO DIREITO DE CERTIDÃO
	Slide 11: QUAL A NECESSIDADE DOS REMÉDIOS?
	Slide 12: HABEAS CORPUS
	Slide 13: E NO BRASIL?
	Slide 14: BRASIL REPÚBLICA - 1891
	Slide 15: CONSTITUIÇÃO CIDADÃ - 1988
	Slide 16: HABEAS CORPUS
	Slide 17: HABEAS CORPUS – POLO PASSIVO
	Slide 18: HABEAS DATA
	Slide 19: DO CABIMENTO
	Slide 20: DA LEGITIMIDADE ATIVA
	Slide 21: MAS TEM EXCEÇÃO?
	Slide 22: LEGITIMIDADE PASSIVA
	Slide 23: EM RELAÇÃO AS CUSTAS
	Slide 24: CABE HD CONTRA SPC  E SERASA?
	Slide 25: MANDADO DE SEGURANÇA
	Slide 26: MANDADO DE SEGURANÇA
	Slide 27:  CONTRA QUEM É CABIVEL?
	Slide 28: É GRATUITO?
	Slide 29: MANDADO DE INJUNÇÃO
	Slide 30: REQUISITOS PARA O CABIMENTO
	Slide 31: QUANDO NÃO CABE?
	Slide 32: EXEMPLO DE MANDADO DE INJUNÇÃO
	Slide 33: AÇÃO POPULAR E AÇÃO CIVIL PÚBLICA
	Slide 34: QUAL A DIFERENÇA ENTRE ELAS?