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Colênquima: tecido de sustentação em crescimento vegetal

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Colênquima 
 
Profa. Dra. Neuza Maria de Castro 
 
1. Introdução 
O colênquima é um tecido formado de células vivas, relativamente alongadas, de 
paredes primárias celulósicas, espessadas (Fig. 1), relacionado com a sustentação de 
regiões jovens, em crescimento, no corpo do vegetal. O tecido origina-se, 
principalmente, do meristema fundamental. 
 
Figura 1 - Esquemas e fotos comparando a parede 
das células parenquimáticas e colenquimáticas 
(www.ualr.edu/~botany/planttissues.html). 
É um tecido semelhante ao parênquima, ambos apresentam protoplasto vivo, podem 
possuir cloroplastos e até mesmo reassumir características meristemáticas, voltando a 
apresentar divisões celulares. A diferença entre estes dois tecidos está, principalmente, 
no fato do colênquima, geralmente, apresentar suas células mais alongadas e com 
paredes mais espessas que as células do parênquima (Fig. 1). 
2. Característica e Função 
A estrutura da parede celular é a principal característica do colênquima . As paredes são 
primárias, celulósicas com pontoações primordiais e, geralmente, o espessamento das 
paredes é irregular (Fig. 1). Essas paredes apresentam grandes quantidades de 
substâncias pécticas, que são altamente hidrofílicas. Assim, as paredes das células do 
colênquima retêm uma grande quantidade de água (60% do seu peso), o que as tornam 
extremamente plásticas, capazes de acompanhar o crescimento das células. 
O colênquima é um tecido adaptado para a sustentação de regiões jovens do vegetal em 
intenso crescimento. O espessamento das paredes de suas células inicia-se bem cedo, 
antes mesmo da célula completar o seu crescimento, mas a plasticidade destas paredes, 
possibilita o crescimento do órgão, até que este atinja a sua maturidade. O grau de 
espessamento da parede parece estar relacionado com as necessidades do vegetal. Por 
exemplo, em plantas sujeitas à ação de ventos fortes, o espessamento das paredes do 
colênquima inicia-se precocemente e é maior, do que aquele observado em plantas que 
crescem sob condições mais amenas. 
O colênquima maduro é um tecido forte e flexível, formado por células alongadas 
reunidas em feixes. Por outro lado, nas regiões periféricas de órgãos jovens que são 
fotossintetizantes o colênquima pode ser clorofilado. Como essas regiões jovens são 
tenras e portanto, mais facilmente atacadas pela herbivoria, a cicatrização e regeneração 
celular pode ser conseguida, devido à capacidade do colênquima de reassumir a 
atividade meristemática, voltando a apresentar divisões celulares, promovendo assim a 
cicatrização das regiões lesadas. 
3. TIPOS DE COLÊNQUIMA 
De acordo com a distribuição do espessamento nas paredes celulares, observado em 
secções transversais do tecido, podemos reconhecer quatro tipos de colênquima: 
3.1 Colênquima angular - quando as paredes são mais espessas nos pontos de encontro 
entre três ou mais células (Fig. 2), como por exemplo no pecíolo de Begonia (begônia), 
caule de Ficus (figueira), de Coleus e de Curcubita (aboboreira); 
3.2 Colênquima lamelar - as células mostram um maior espessamento nas paredes 
tangenciais interna e externa (Fig. 3), como o visto no caule jovem de Sambucus 
(sabugueiro); 
 
 
Figura 2- Colênquima angular 
(www.biologia.edu.ar/botanica) 
Figura 3- Colênquima lamelar de 
(www.biologia.edu.ar/botanica). 
3.3 Colênquima lacunar - quando o tecido apresenta espaços intercelulares e os 
espessamentos de parede primária ocorrem nas paredes celulares que limitam estes 
espaços. Este tipo de colênquima pode ser encontrado no pecíolo de Salvia, raiz de 
Monstera, caule de Asclepia (erva-de-rato) e de Lactuca (alface). 
3.4. Colênquima anelar ou anular – quando as paredes celulares apresentam um 
espessamento mais uniforme, ficando o lume celular circular em secção transversal. 
4. Topografia 
Por ser um tecido de sustentação de regiões em crescimento, ocorre em órgãos jovens e 
apresenta a posição periférica característica, localizando-se logo abaixo da epiderme ou 
poucas camadas abaixo dela. 
No caule pode aparecer como um cilindro contínuo, como em de Sambucus (Fig. 4C) ou 
em cordões individuais, geralmente nas arestas do órgão, como em Curcubita (Fig. 4F) 
e em Mentha (Fig. 4E). 
Nas folhas ocorre no pecíolo (Fig. 4A), na nervura central (Fig. 4B) ou na margem do 
limbo. 
 
Figura 4 - Topografia do Colênquima, representado pelas linhas 
cruzadas, em vários órgãos da planta. FAHN, A. (1978) Anatomia 
Vegetal. 
A polpa de frutos quando são maciços e comestíveis geralmente são colenquimatosas. 
Raízes terrestres raramente formam colênquima, uma exceção pode ser encontrada nas 
raízes de videiras (Vitis vinifera). 
A medida que as células colenquimatosas envelhecem, o padrão de espessamento pode 
ser alterado e de um modo geral o lume celular aparece redondo, por deposição de 
camadas adicionais na parede celular. Em regiões mais velhas da planta, o colênquima 
pode até se transformar em esclerênquima pela deposição de paredes secundárias 
lignificadas. 
 
BIBLIOGRAFIA 
APEZZATO-DA-GLÓRIA, B. & CARMELLO-GUERREIRO, S.M. 2003. Anatomia 
Vegetal. Ed. UFV - Universidade Federal de Viçosa. Viçosa. 
CUTTER, E.G. 1986. Anatomia Vegetal. Parte I - Células e Tecidos. 2ª ed. Roca. São 
Paulo. 
CUTTER, E.G. 1987. Anatomia Vegetal. Parte II - Órgãos. Roca. São Paulo. 
ESAU, K. 1960. Anatomia das Plantas com Sementes. Trad. 1973. Berta Lange de 
Morretes. Ed. Blucher, São Paulo. 
FERRI, M.G., MENEZES, N.L. & MONTENEGRO, W.R. 1981. Glossário Ilustrado 
de Botânica. Livraria Nobel S/A. São Paulo. 
RAVEN, P.H.; EVERT, R.F. & EICHCHORN, S.E. 2001. Biologia Vegetal. 6ª . ed. 
Guanabara Koogan. Rio de Janeiro.

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