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Coccídeos Profª Camila Belmonte Oliveira Universidade Federal de Pelotas Curso de Medicina Veterinária Disciplina de Parasitologia FILO PROTOZOAFILO PROTOZOA SUBFILO APICOMPLEXA � Classe Coccidia � Classe Piroplasmasida Características -Com complexo apical -Parasitas intracelulares CaracterísticasCaracterísticas CLASSE COCCIDIA •Maioria intracelular no epitélio intestinal •Reprodução assexuada (esquizogonia) e sexuada (gametogonia) no hospedeiro. •Esporogonia fora do hospedeiro. •Oocistos identificados de acordo com o formato e o tamanho. •Algumas espécies possuem um pequeno poro, o micróplio. Micróplio O ciclo evolutivos divide-se em três fases: � Esporulação � Infecção e esquizogonia � Gametogonia e � Formação de oocisto Esporulação Infecção Esquizogonia Gametogonia e formação de oocisto: Gêneros de importância em animais: � Eimeria � Isospora � Cryptosporidium � Toxoplasma � Cystoisospora � Neospora � Sarcocystis Eimeria Isospora, Toxoplasma, Cystoisospora Cryptosporidium Família Eimeriidae Família Eimeriidae - Parasitam o epitélio intestinal - Fase assexuada e sexuada no hospedeiro - Esporulação externa - Monoxeno - Possuem 4 esporocistos quando esporulado • 3 gêneros importantes: Eimeria, Isospora (Cystoisospora) e Cryptosporidium Coccidioses Gênero Eimeria Hospedeiros Bovinos, ovinos, suínos, equinos, aves, répteis anfíbios e peixes. Patogenia • Depende da espécie de Eimeria sp. • Idade dos animais • Infecções secundárias • Imunidade • Destruição de células intestinais • Lesão tecidual • Encurtamento das vilosidades intestinais • Menor absorção • Sinais Clínicos Espécies importantes em aves • E. acervulina • E. praecox • E. maxima • E. necatrix • E. brunetti • E. mitis • E. tenella Cocciodiose Cecal Intestinal Diferenciação de espécies Morfologia do oocisto e local da lesão E.acervulina E.necatrixE.maxima E.brunettiE.praecox E.mitis E.tenella Eimeria tenella • Localização: intestino grosso (ceco) • Distribuição: mundial • Patogenia: alta • Lesões: hemorrágicas nos cecos Eimeria necatrix • Localização: intestino delgado • Distribuição: mundial • Patogenia: alta • Lesões: hemorrágicas profundas Eimeria acervulina • Localização: duodeno • Distribuição: mundial • Patogenia: moderada • Lesões: estriações brancas no duodeno Eimeria maxima • Localização: intestino delgado médio • Distribuição: mundial • Patogenia: alta a moderada depende da cepa • Lesões: hemorrágicas no intestino delgado médio Eimeria mitis • Localização: intestino delgado e grosso • Distribuição: mundial • Patogenia: baixa a moderada • Lesões: pequenas petéquias no intestino delgado Eimeria brunetti • Localização: intestino delgado e grosso • Distribuição: mundial • Patogenia: alta • Lesões: pequenas petéquias no intestino delgado Eimeria praecox • Localização: intestino delgado • Distribuição: mundial • Patogenia: não-patogênica • Lesões: raramente exudatos mucóides PatogeniaDestruição do oocisto na moela Liberação de esporozoítos Células da mucosa intestinal Reprodução Duas gerações de reprodução assexuada Fase sexuada Formação e desenvolvimento do zigoto na mucosa intestinal e eliminado pelas fezes. Período pré-patente: 4 a 6 dias •Segunda geração de esquizontes (E. tenella e E. necatrix). •Gametócitos produzem uma forte reação com infiltração celular, espessamento e inflamação tecidual. Diagnóstico • Exames coproparasitológicos (flutuação) • Análise morfológica dos oocistos • Necropsia • Infecções experimentais • Biologia molecular (PCR) Espécies importantes em bovinos • E. bovis • E. zuernii • Animais jovens • Lesões graves • Diarreia • Infecções secundárias • Mortalidade �Doença infecciosa – “enterite contagiosa” �Causada por protozoários � Frequente em ruminantes – “subclínica” Em bovinos....Em bovinos.... �Diarreia muco-aquosa, com ou sem sangue; � condições estressantes: confinamento, mudanças climáticas, debilidade.... �Apatia com anorexia e inapetência �Desidratação �Anemia �Desconforto abdominal �Hipertermia IMPORTÂNCIA ECONÔMICA PROBLEMA SANITÁRIO DE GRANDE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA NO BRASIL • Grandes prejuízos à produção de ruminantes • Mortalidade principalmente em animais entre 1 e 8 meses • BAIXO DESEMPENHO – REFUGO $$$$ • limitação do ganho de peso e crescimento Cystoisospora sp. Hospedeiros: Ave e mamíferos Em carnívoros: Cystoisopora sp. - C. canis e C. ohiensis – Cães - C.felis e C.rivolta- gatos - C.suis – suínos - C. belli - humanos Ciclo Cystoisopora suis Comum em leitões com até 2 semanas de idade� Comum em leitões com até 2 semanas de idade � Enterite Animais infectados podem apresentar: - Diarreia - perda de peso - desidratação - inapetência - retardo no crescimento Situações preocupantes... Cystoisospora suis Situações preocupantes... Diagnóstico Exame de fezes Patogenia: Pouco/moderada Família Sarcocystidae � Ciclo heteroxenol; � Esporogonia, merogonia e gametogonia � Oocistos dispóricos e esporocistos tetrazóicos. Toxoplasma gondii Toxoplasma gondii • Causador da doença TOXOPLASMOSE • Hospedeiro definitive (HD) – gato doméstico ou felídeos silvestres • HI: cistos (trofozoítos) em mamíferos (ovinos, suínos e bovinos) e aves Características • Parasita intracelular • Parasita heteroxeno facultativo Oocisto Bradizoíto Taquizoíto Esporozoítos penetram no ID e linfonodos mesentéricos Infecção humana ocorre por: • Ingestão de cisto em embutidos e carnes mal cozidas • Ingestão de oocisto esporulado – fezes de gato • Transplacentária • 20-80% da população é soropositiva Cisto com bradizoítos Principal sinal clínicos em animais:Principal sinal clínicos em animais: Aborto Considerações em animais de produção: � Bovinos e equinos são menos susceptíveis � Ovinos, caprinos e suínos mais sensíveis Sintomatologia em humanos • Subclínica, adenopatias - auto limitante • Casos severos: mal estar, febre, mialgia, dor de cabeça, dor de garganta e hepato e esplenomegalia • 15% das adenopatias não esclarecidas são devidas a Toxoplasmose • Raramente - miocardite ou encefalites Adenopatia Em hospedeiro imunodeprimido: • Fulminante e fatal • Toxoplasmose ocular • Reativação da infecção congênita • Infecção primária em adultos pode causar doenças oculares • SNC Olho normal Olho com Toxoplasma Toxoplasmose Congênita • Infecção primária adquirida durante a gravidez. • Doença severa em bebês durante os primeiros 6 meses. – 70% dos bebês são normais – 20% pequenas anormalidades – 10% doença severa Toxoplasmose Congênita Doença nos bebês • Hepato e esplenomegalia • Retinocoroidite • Retardo mental • Hidrocefalia • Trombocitopenia • Icterícia Microcefalia Hidrocefalia Diagnóstico no hosp. Definitivo - Exame de fezes - Sorologia Diagnóstico no hosp. Intermediário - Sorologia Controle e Profilaxia • Atenção à higiene • Evitar contato com fezes de gato • Usar luvas quando limpar caixa de areia – uso de desinfetantes . • Evitar alimentos crus (verduras). • Cozinhar a carne acima de 65 ºC para matar os organismos. Neospora sp. • Espécie: Neospora caninum • HD: cães • HI: bovinos, caprinos, ovinos, equinos, cervídeos e outros animais silvestres. Neospora sp.� TAQUIZOÍTOS � CISTOS DE BRADIZOITOS � OOCISTOS - oocistos não esporulados - oocistos esporulados � ESPOROZOÍTOS ESTÁGIOS INFECCIOSOS � ASSEXUADA - hospedeiros intermediários e definitivo � TAQUIZOÍTOS � CISTOS COM BRADIZOÍTOS � SEXUADA - hospedeiros definitivos � PRODUÇÃO DE OOCISTOS AMBIENTE: ESPORULAÇÃO DOS OOCISTOS ESTÁGIOS INFECCIOSOS Bradizoítos (cisto em cérebro de bezerro) Taquizoítos oocistos • Transmissão horizontal HD (cão) HI (bovino) Oocistos (alimentos/água) • Transmissão horizontal HI (bovino) HD (cão) Feto abortado infectado • Transmissão vertical Vertical • Reativação do parasita • Intra-uterina • 80-95% de todas as infecções Outras vias de transmissão: � Colostro/leite � Sêmen Diagnóstico • Sorologia (RIFI e ELISA) • Imunohistoquímica • Isolamento • PCR • Medidas sobre o hospedeiro definitivos (Cães) – Evitar alimentar cães com carnes cruas – Remover os tecidos infectantes do ambiente (placentas, fetos abortados) • Medidas sobre os hospedeiros intermediários (Herbívoros) – Evitar ingestão de oocistos � proteger os alimentos – Matriz infectada deve ser eliminada (reposição com animais negativos) – Propriedades negativas: evitar entrada de fêmeas + Cryptosporidium parvum Hospedeiros: Homem, rato, macaco, bovino, ovino, caprino, equino, suíno, canino e felinos. Mamíferos, aves e peixesMamíferos, aves e peixes Taxonomia • Reino: Protista • Sub-reino: Protozoa • Filo: Apicomplexa • Classe: Gregarinomorphea • Subclasse: Cryptogregaria • Ordem: Eucoccidiida • Família: Cryptosporididae • Gênero: Cryptosporidium �Agente etiológico: Cryptosporidium spp Ciclo Oocisto com 4 esporozoítos Diagnóstico Giemsa 750 X Fucsina acida 1500 X Flutuação açucar contraste fase 1500 X • Exames fecais • Coloração Cryptosporidium sp. Sinais clínicos mais comuns:Sinais clínicos mais comuns: � Diarreia � Distúrbios respiratórios � Infecção secundária Importância na Sanidade Animal -Imunodeprimidos -Quantidade de oocistos ingeridos -Idade dos animais -Diarreia, dor abdominal e vômitos -Zoonose - Veiculação hídrica
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