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Tanatologia Forense 
 
Tanatologia é a parte da medicina legal que se ocupa da morte e dos problemas 
médico-legais com ela relacionados. É uma palavra de origem grega: Tanathos - o 
deus da morte e Logia - ciência. 
 
 
--> Estuda a morte e as consequências jurídicas a ela inerentes <-- 
 
 
A Tanatologia Forense é o ramo das ciências forenses que partindo do exame do 
local, da informação acerca das circunstâncias da morte, e atendendo aos dados do 
exame necrópsico, procura estabelecer: 
- a identificação do cadáver 
- o mecanismo da morte 
- a causa da morte 
- o diagnóstico diferencial médico-legal (acidente, suicídio, homicídio ou morte de 
causa natural). 
 
Estes, são os objetivos mais importantes da Tanatologia Forense, nem sempre 
fáceis de 
atingir. As dificuldades que se colocam ao médico que é responsável pela autópsia 
são por vezes 
muitas e de natureza muito diversa. 
 
Nem sempre é possível estabelecer a identificação. Em casos em que os cadáveres 
são encontrados em avançado estado de decomposição, que não são procurados 
(nem por familiares, nem por forças policiais) e em que não há qualquer 
informação sobre o caso, pode não se chegar à sua identificação. 
 
Nem sempre é possível chegar a um diagnóstico sobre a causa da morte. Há mortes 
cuja causa permanece indeterminada mesmo depois da autópsia médico-legal. Em 
qualquer serviço de Tanatologia Forense, apesar da experiência dos médicos que 
fazem a autópsia, da possibilidade de recurso a todos os meios auxiliares de 
diagnóstico adequados ao caso em estudo, haverá sempre mortes em que não é 
possível esclarecer a sua causa, tendo que se concluir, por morte de causa 
indeterminada. Alguns estudos revelam que a percentagem de mortes de causa 
 indeterminada, mesmo depois de realizada a autópsia médico-legal, varia de 
centro para centro, mas pode rondar valores entre os 4 -10%. 
 
Noutros casos, apesar de se identificar a causa de morte (ex. traumatismo 
craniano) não é possível fazer um diagnóstico diferencial médico-legal. Não há 
dados suficientes para que se possa afirmar que estamos perante um caso de 
acidente, de suicídio ou de homicídio. 
 
 
Isto acontece com alguma frequência, e a explicação pode residir na falta de 
informação adequada (informação policial, clínica, social, etc.); ou num exame 
inadequado do local e das circunstâncias em que ocorreu a morte, ou numa 
autópsia mal conduzida ou realizada por médico pouco experiente nesse tipo de 
casos. 
 
À Tanatologia Forense interessa desde logo o exame do local, as circunstâncias que 
 rodearam a morte, interessa também uma informação clínica o mais detalhada 
possível com referência ao resultado de exames complementares, interessa o 
estudo minucioso do cadáver e os exames complementares que se entendam 
realizar no decurso da autópsia, por forma a poder se elaborar um relatório que 
será enviado à autoridade judicial que requisitou a autópsia. 
 
A morte poder-se-á definir como a cessação total e permanente das funções vitais; 
alguns autores afirmam que não é um momento, é um processo que se vai 
desenrolar ao longo do tempo. 
 
Numa perspectiva médico-legal este processo vai-se arrastar no tempo e dá lugar 
ao aparecimento de um conjunto de fenômenos que são objecto de estudo, de 
interpretação e que muitas vezes se revelam importantíssimos na investigação 
criminal, os fenômenos post-mortem. 
 
 
Juramento de Hipócrates: 
 
"A ninguém darei, para agradar, remédio mortal, nem conselho que induza à 
perdição”. 
 
O QUE É MORTE? 
 
“Diante da necessidade e impossibilidade de definir a vida, torna-se impossível a 
definição de morte.” 
 
Hipócrates 460 a.C.: Testa enrugada e árida, olhos, cavas, nariz saliente cercado de 
coloração escura, têmporas endurecida, epiderme seca e lívida, pêlos das narinas e 
cílios encoberto por uma espécie de poeira, de um branco fosco (córnea) pálpebras 
semi-cerradas e fisionomia nitidamente “irreconhecível”. 
 
Constituiu-se por muito tempo como a "cessação total e permanente de todas as 
funções vitais“ destacando-se a respiração e circulação. 
 
 ==> O que é morte? 
 
 
Tecnicamente é quando o cessamento das funções cerebrais. Cessação da atividade 
elétrica do cérebro (morte cerebral). 
 
Paradas cardíacas irreversível à massagem do coração e as demais técnicas 
usualmente utilizadas nessa eventualidade (morte circulatória). 
 
Conceito moderno - conceitua-se morte com a cessação dos fenômenos vitais com a 
parada das funções cerebrais. 
 
 
Pode ocorrer que o coração pare, mas o SNC está intacto ou com possibilidade de 
recuperar-se, convém, então, iniciar a ressuscitação (RCP). Se os batimentos 
cardíacos não reaparecerem pode dar-se por morto, mas se reaparecerem, sem que 
estabeleça a consciência ou a respiração deve se seguir aplicando as normas 
essenciais de assistência intensiva até que possa ser demonstrada a morte cerebral. 
 
O indivíduo está morto quando se constata, induvidosamente, a ocorrência 
verdadeira da morte encefálica geral. 
 
Morte para a medicina Legal. 
 
OMS (WHO): Cessação dos sinais vitais a qualquer tempo após o nascimento sem 
possibilidade de ressuscitação. 
 
Obs.: Com o surgimento dos modernos processos de transplantes de órgãos e os 
avanços da Medicina, por exemplo: respiração artificial, medidas eficientes de 
ressuscitação e as máquinas de circulação extra corpórea tornou-se controvertido 
a determinação do exato momento da morte de um indivíduo. 
 
Conceito moderno: Conceitua-se morte como a cessação dos fenômenos vitais 
com a parada das funções cerebrais. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA MORTE: 
 
 
Ação isógena; gera efeito e obrigatoriamente tem que passar pelo IML para fazer 
necrópsia. 
 
- Natural: É a que resulta da alteração orgânica ou perturbação funcional 
provocada por agentes naturais, inclusive os patogênicos sem a interviniência de 
fatores mecânicos em sua produção. 
 
 
- Súbita: Morte imprevista, que sobrevém instantaneamente e sem causa 
manifesta, atingindo pessoas em aparente estado de boa saúde. 
 
- Violenta: É aquela que tem como causa determinante a ação abrupta e intensa, 
ou continuada e persistente de um agente biológico, físico ou químico sobre o 
organismo. Ex.: Homicídio, suicídio ou acidente. 
 
- Fetal: Morte de um produto da concepção antes da expulsão ou da extração 
completa do corpo da mãe independente da duração da gravidez. 
 
- Materna: Morte de uma mulher durante uma gestação ou dentro de um período 
de 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou localização da 
gravidez. 
 
- Catastrófica: É toda morte violenta de origem natural ou de ação dolosa do 
homem em que por um mesmo motivo, ocorre um grande número de vítimas 
fatais. 
 
- Presumida: É a morte que se verifica pela ausência ou desaparecimento de uma 
pessoa, depois de transcorrido um prazo determinado pela Lei. 
 
 
DIAGNÓSTICO DA REALIDADE DA MORTE: 
 
 
Antes para se ter certeza da morte deve-se fazer a constatação da morte: 
Para verificar a certeza da morte é necessária a observação cuidadosa dos 
fenômenos cadavéricos. 
Utiliza ainda outros fenômenos tais como: mancha verde abdominal, fundo de olho ... 
 
CONSTATAÇÃO DA MORTE. 
 
 - Inconsciência total e falta de resposta aos estímulos externos; 
- Ausência de respiração ou parada dos movimentos respiratórios por três 
minutos; 
- Ausência de reflexos; 
- Eletroencefalograma plano. 
 
Opcionais: Angiografia e Cintilografia. 
 
TIPOS DE MORTE. 
 
 
Aparente: estado em que na verdade o indivíduo parece morto em razão da baixa 
atividade metabólica e circulatória. 
 
Anatômica: parada total e permanente de todas as funçõesorgânicas. 
 
Histológica: morte de células que compõem vários tecidos e órgãos. 
 
Relativa: parada cardíaca reversível (ainda não passou do ponto de não-retorno). 
 
Intermédia: cessação progressiva das atividades sem que seja possível a 
recuperação. 
 
- Fenômenos abióticos imediatos: perda da consciência, abolição da motilidade, 
cessação da respiração e circulação... 
 
- Fenômenos abióticos consecutivos: desitratação, resfriamento, manchas de 
hipostases, rigidez, espasmo... 
 
- Fenômenos transformativos e conservadores: putrefação, saponificação, 
mumificação... 
 
 
CONCEITUAÇÃO. 
 
Tanatosemiologia: (morte+sinal+estudo): Parte da Tanatologia que estuda os 
sinais (fenômenos) cadavéricos. 
 
Tanatodiagnóstico: (morte+diagnóstico): Estuda o conjunto de sinais biológicos e 
propedêuticos que permitem afirmar o estado de morte real. 
 
Cronotaquimetragem/Tanatognose: (tempo+morte+observação): Estuda os 
meios de determinação do tempo decorrido entre a morte e o exame cadavérico. 
 
Tanatoscopia: tanatopsia/necrópsia: (morte+ver+observar) é o exame do cadáver 
para verificação da realidade e da causa da morte. 
 
Tanatoconservação: É o conjunto de técnicas empregadas para conservação do 
cadáver com suas características gerais. 
 
 
Tanatolegislação: É o conjunto de dispositivos legais concernentes à morte e ao 
cadáver. 
 
 
Fatores de trabalho Forense 
- Fenômeno de análise comum na vida do profissional perito. 
- Envolve aspectos éticos em relação a doações de órgãos e transplantes, pesquisa 
médica, eutanásia etc. 
- Maioria das vezes é de fácil diagnóstico, mas exige critérios técnicos rigorosos. 
- Os critérios para o diagnóstico devem ser avaliados juntamente com as 
excludentes de erro como: Intoxicação metabólica ou por drogas, hipotermia, 
crianças e choque. 
 
Fatores Legais. 
- É um fenômeno intimamente ligado ao direito. 
- Cessa a personalidade civil adquirida com o nascimento e advém as 
consequências jurídicas. 
- Põe a termo a capacidade jurídica. 
- Termina a aptidão de ser titular de direitos. 
- Seus bens se transmitem desde logo para seus herdeiros. 
- Com a morte do réu extingue-se a punibilidade. 
- Extingue-se o pátrio poder etc. 
 
 
SINAIS PATOGNOMÔNICOS: 
 
Evaporação tegumentar (fundo de olho) 
 
- Tem início entre 15 e 30 minutos após a morte, - Leva à perda de 10 à 18 
gramas/Kg/dia no adulto e de 8 gramas/Kg/dia em crianças, 
- Provoca apergaminhado cutâneo com tonalidade pardacenta e consistência 
endurecida, 
- Traz queda da tensão do globo ocular (que se torna depressível) com formação de 
tela viscosa sobre a córnea e surgimento de mancha negra na esclerótica (por 
transparência do pigmento coroidiano) –Sinal de Sommer e Larcher, 
- Leva a dessecamento e perda de brilho das mucosas e córneas. 
 
Resfriamento do corpo. 
 
Também conhecido como algidez cadavérica. 
Certa divergência entre esta relação. 
 
Deriva de fatores mesológicos e naturais. 
Temperatura do corpo no momento da morte. 
Temperatura do ambiente. 
Idade. 
Panículo adiposo. 
Vestimentas. 
 
Portanto: 
Crianças e velhos esfriam mais rápido que adultos normais. 
Os obesos mais lentamente que magros. 
Os vestidos mais lentamente que aqueles com menos roupas... 
 
Cálculo. 
Grau/dia/hora. 
 
Para Delton Croce: 
0,5°C nas 3 primeiras horas e 1°C nas seguintes até atingir a temperatura 
ambiente. 
 
Para Flamínio Fávero; Zarzuela e Glaister: estimam uma redução de 1,5°C/hora, 
expondo a seguinte fórmula: 
 Tempo da morte = 
(temperatura retal média) – (temperatura retal no exame) / 1,5. 
 
Rigidez cadavérica. 
 
É resultante da supressão de oxigênio às células e, conseqüente acúmulo de ácido 
lático; 
Começa entre 1 e 2 horas após a morte; 
Inicia-se na mandíbula e na nuca e progride no sentido crânio-caudal; 
Desaparece após 24 horas 
 
Livores de hipóstase. 
São manchas que se formam nas partes em declive do cadáver, por conseqüência 
da ação da gravidade sobre o fluxo sanguíneo. 
Habitualmente têm tonalidade violácea, 
Surgem em torno da segunda hora após a morte, 
Fixam-se em torno da 10ª hora. 
 
Fase coliquativa. 
 
 
Começa no fim da primeira semana, 
A pele se rompe, 
Os orifícios naturais se entreabrem, 
As partes moles começam a se desfazer, 
As partes moles vão se reduzindo de volume e o corpo perde sua forma, 
Os insetos necrófagos proliferam, acelerando o processo, 
Pode durar de um a vários meses 
 
Fase de esquelitização. 
 
Inicia, geralmente, entre a 3ª e 4ª semana, 
Os ossos vão ficando expostos por destruição completa das partes moles, 
Varia de 10 dias (ao ar livre) até vários meses ou anos. 
 
Mumificação. 
 
Pode ser natural ou artificial, 
No processo natural ocorre a desidratação rápida e consequente ressecamento da 
derme e epiderme, 
O cadáver tem seu peso reduzido, a pele torna-se seca e dura, enrugada, os dentes 
e unhas se conservam, o volume da cabeça diminui, 
Os músculos, tendões e vísceras esfarelam-se à pressão. 
 
Saponificação. 
 
Também conhecida por adipocera. 
Fenômeno transformativo conservador em que o cadáver adquire consistência 
untuosa e mole: sabão ou cera. 
Normalmente atinge partes do cadáver. 
Inicia-se na fase de putrefação e é facilitado pelas condições do ambiente. 
 
Circulação póstuma de Brouardel. 
 
Consiste na projeção das veias, artérias e vasos, pela pressão interna para o meio 
externo do corpo, devido à diferença de pressão existente entre os dois meios. 
 
TÉCNICAS FORENSES: 
 
Exame externo minucioso. 
Descritivo. 
Atenção especial: manchas, soluções de continuidade... 
 
No caso de feridas, analisar os bordos, fuligens... 
 
Inspeção interna: 
 
Cavidades torácica e abdominal. 
Órgãos do pescoço. 
Cavidade vertebral. 
Cavidade craniana. 
Cavidades acessórias cranianas. 
Recomposição do corpo. 
 
Incisões: 
 
Mento-pubiana. 
Biacrômio. 
Retirada do plastrão condroestemal de acesso. 
Bimastóidea vertical cefálica. 
Retirada calvária à serra. 
Recomposição. 
 
DIAGNÓSTICO JURÍDICO DA MORTE. 
 
Súbita (reflexo de Hering): 
 
Não há violência manifesta. 
Inesperada. 
Fazer uma análise minuciosa de antecedentes. 
Distúrbios cardiovasculares, respiratórios, analafiláticas... 
 
Morte suspeita de violência oculta: 
 
Não se mostram lesões externas 
Podem estar ocultas: traumatismos, envenenamentos... 
Classificados pela Autoridade como “morte a esclarecer”. 
Inclui-se aqui aqueles em estado de decomposição avançada. 
 
Violência indefinida. 
 
A violência existe e é evidente. 
Exame externo não precisa a causa. 
Podem mascarar outras. 
 
 
Violência definida. 
 
Corpo demonstra lesões externas definidas. 
Determinar a etiologia. 
Infortúnio no trabalho. 
Nexo causal entre a atividade laborativa e as lesões observadas. 
 
Morte violenta. 
 
Reúne os elementos de análise forense.

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