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Crase

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Gramática| Material Complementar
Prof. Pablo Jamilk| https://www.facebook.com/pablo.jamilk
Crase 
Crase é o nome do fenômeno linguístico em que se pronuncia o som de duas vogais em apenas uma emissão 
sonora. Na verdade, trata-se de uma união, como o próprio nome grego “krásis” indica. O acento grave indicativo de 
crase (`) deve ser empregado em contrações da preposição “a” com: 
a) O artigo definido feminino:
• O homem foi à reunião descrita na ata.
 Comentário: veja que há uma preposição “a” proveniente da regência do verbo “ir” somada
ao artigo “a” que antecede o substantivo feminino “reunião”.
b) Os pronomes “aquele”, “aquela” ou “aquilo”.
• Referimo-nos àquele assunto mencionado.
 Comentário: soma-se aqui a preposição “a” proveniente do verbo ao pronome “aquele”.
c) O pronome demonstrativo “a”:
• Tenho uma calça semelhante à que você tem.
 Comentário: nesse caso, soma-se a preposição “a” proveniente do adjetivo “semelhante” ao
pronome demonstrativo “a” (igual a “aquela”) que antecede o pronome relativo “que”.
Essa é a parte da teoria, a partir de agora, é possível segmentar a matéria em três tipos: casos proibitivos, 
casos obrigatórios e casos facultativos. 
Casos Proibitivos (Não se pode empregar o acento grave) 
Memorize esses casos! As questões exigirão que você saiba se o acento foi empregado corretamente. Essa 
parte da matéria ajuda a responder à maioria dos casos. 
1. Diante de palavra masculina:
• Ele fazia menção a dissídio trabalhista.
2. Diante de palavra com sentido indefinido:
• O homem não assiste a filmes medíocres.
3. Diante de verbos:
• Os meninos estavam dispostos a estudar Gramática.
4. Diante de alguns pronomes: (pessoais, de tratamento, indefinidos, interrogativos)
• A Sua Excelência, dirigimos um comunicado.
5. Em expressões com palavras repetidas.
• Cara a cara, dia a dia, mano a mano.
6. Diante de topônimos que não admitem o artigo.
• Agripino viajará a São Paulo.
Veja que há uma observação em relação a essa regra: se o topônimo estiver determinado (houver uma 
especificação após ele), o acento será obrigatório. 
Ex.: Agripino viajará à São Paulo de sua infância. 
7. Diante da palavra “casa” (no sentido de “própria residência”).
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• O menino voltou a casa para falar com a mãe.
Veja que há uma observação em relação a essa regra: se a “casa” estiver determinada (houver uma 
especificação após ela), o acento será obrigatório. 
Ex.: O menino voltou à casa da mãe. 
8. Diante da palavra “terra” (no sentido de “solo”).
• Muitos virão a terra após navegar.
Veja que há uma observação em relação a essa regra: se a terra estiver determinada (houver uma 
especificação após ela), o acento será obrigatório. 
• Muitos virão à terra dos selvagens após navegar.
9. Diante de numerais cardinais referentes a substantivos não determinados pelo artigo.
• O presidente iniciou a visita a quatro regiões devastadas.
Note que, se houver um artigo no plura – nessa frase – haverá o acento grave. 
• O presidente iniciou a visita às quatro regiões devastadas. (Perceba a diferença de sentido entre
“quatro regiões” e “as quatro regiões”)
Como isso cai na prova? 
(CESPE) Em “a preços”, estaria correto o emprego do sinal indicativo de crase. 
Resposta: errado. Comentário: essa questão está duplamente errada. Note que, além de a palavra “preços” ser 
masculina, o “a” está no singular e o termo posterior está no plural. 
Casos Obrigatórios (Deve-se empregar o acento grave). 
Vejamos agora os casos obrigatórios de crase! Tente perceber a preposião e os artigos envolvidos nesse 
processo! Pau na máquina! 
1. Locução adverbial ou adjetiva com núcleo feminino:
• à vista, à noite, à esquerda, à direta, à toa, à vontade etc.
2. Expressão (masculina ou feminina) com o sentido de “à moda de”:
• gol à Pelé, cabelos à Sansão, poema à Bilac, conto à Machado, bife à milanesa etc.
• Note que “frango a passarinho” e “bife a cavalo” não possuem acento grave, pois são locuções com
núcleo masculino e não indicam “o estilo de alguém que o faz.
3. Locução prepositiva:
• à vista de, à beira de, à mercê de, à custa de.
• Note que “a partir de” e “a fim de” não possem acento grave.
4. Locução conjuntiva proporcional:
• à medida que, à proporção que.
5. Para evitar ambiguidade:
• Ama a mãe a filha.
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• Para poder saber quem é sujeito e quem é complemento nessa sentença, é necessário colocar um
acento grave sobre o termo quer servirá de complemento, ou seja, será formado um objeto direto
preposicionado. Em ‘ama a mãe à filha’, a mãe é o sujeito; em ‘ama à mae a filha, a filha é o sujeito.
6. Diante de “madame”, “senhora” e “senhorita”:
• Enviaremos uma carta à senhorita.
7. Diante da palavra “distância” (quando estiver determinada):
• O acidente se deu à distância de 100 metros.
Casos Facultativos (Pode-se empregar facultativamente o acento grave) 
São quatro casos facultativos: 
1. Após a preposição “até”:
• Caminharemos até a sala do diretor.
• Caminharemos até à sala do diretor.
2. Diante de pronome possessivo feminino:
• Ninguém fará menção a sua citação.
• Ninguém fará menção à sua citação.
• Note que, se a espressão estiver no plural, o acento será obrigatório: Ninguém fará menção às suas
citações.
3. Diante de substantivo próprio feminino:
• Houve uma homenagem a Cecília.
• Houve uma homenagem à Cecília.
• Obs.: não se emprega acento grave com nomes históricos ou sagrados.
4. Diante da palavra “Dona”.
• Enviamos a correspondência a Dona Nádia.
• Enviamos a correspondência à Dona Nádia.
Nota: Paralelismo sintático! 
Uma estrutura paralelística é aquela que apresenta formação igual em suas estruturação, ou seja, se em um 
complemento composto houver um artigo antes do primeiro núcleo, ele deve ser repetido ao longo de todos os 
núcleos. E isso há de se estender aos casos de crase. 
Ele se referia a saúde, educação, turismo e esporte. (certo) 
Ele se referia à saúde, à educação, ao turismo e ao esporte. (certo) 
Ele se referia à saúde, educação, turismo e esporte. (errado) 
Para memorizar: 
1. Diante de pronome, crase passa fome.
2. Diante de masculino, crase é pepino.
3. Diante de ação, crase é marcação.
4. Vou à, volto da = crase há; vou a, volto de = crase pra quê?
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5. “A”no singular + palavra no plural = crase nem a pau.
6. Com pronome de tratamento = crase é um tormento.
7. Adverbial, feminina e locução = manda crase, meu irmão.
8. A + aquele = crase nele.
9. Palavras repetidas = crases proibidas.
10. Palavra determinada = crase liberada.
11. Se for “à moda de” = crase vai vencer!
12. Diante de pronome pessoal = crase faz mal!
13. Com hora exata = crase é mamata!
14. Trocando “a” por “ao” = crase nada mal!
15. Trocando “a” por “o” = crase se lascou!
Essas regras ajudam, contudo não resolvem todo o problema! Não seja preguiçoso e estude todos os casos 
particularmente. 
Agora, vamos praticar! 
Questão 1: FCC - AFCE (TCE-PI)/TCE-PI/Comum/2014 
Assunto: Sintaxe 
Considerada a norma-padrão escrita, assinale a alternativa em que a redação está clara e correta. 
a) Compete ao tribunal a atenta vigilância sobre a vida contábil, orçamentária, operacional e patrimonial do
Estado e de seus municípios, bem como a fiscalização desses mesmos aspectos no que se refere às respectivas 
entidades de administração direta ou indireta. 
b) A jurisdição do tribunal alcança administradores e demais responsáveispor dinheiro, bens e valores públicos,
além de às pessoas físicas ou jurídicas, que, mediante à convênios, acordos, ajustes ou outros instrumentos 
congeneres, aplique auxílios, subvenções ou recursos repassados pelo Poder Público. 
c) A realidade cada vez mais complexa − devido novas tecnologias, novos arranjos institucionais, maiores
pressões da sociedade − que se organiza e exige transparência nas ações de governo, requerem um tribunal que não 
dispense o controle da regularidade e da conformidade, mas que também seja exercido de maneira presente, 
aferido os compromissos assumidos pela Administração. 
d) Não se tratam apenas da avaliação dos elementos de controle da economia e da busca de eficiência objetiva,
mas, principalmente, da otimização na aplicação dos recursos governamentais por aqueles que tem a 
responsabilidade e o dever de aplicar-lhes. 
e) A sociedade precisa saber de que a intensão primeira do trabalho que desenvolvemos, envolve verificar se
são instituídas políticas idônias para efetuar aquisições; se os recursos estão sendo adequadamente mantidos e 
protegidos; se é evitado a duplicação de esforços do pessoal etc. 
Questão 2: FCC - AJ TRT1/TRT 1/Judiciária/Execução de Mandados/2013 
Assunto: Colocação pronominal (sintaxe) 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Confiar e desconfiar 
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Desconfiar é bom e não custa nada − é o que diz o senso comum, valorizando tanto a cautela como a usura. Mas eu 
acho que desconfiar custa, sim, e às vezes custa demais. A desconfiança costuma ficar bem no meio do caminho da 
aventura, da iniciativa, da descoberta, atravancando a passagem e impedindo − quem sabe? − uma experiência 
essencial. 
Por desconfiar deixamos de arriscar, permitindo que a prudência nos imobilize; por cautela, calamo-nos, não damos o 
passo, desviamos o olhar. Depois, ficamos ruminando sobre o que teremos perdido, por não ousar. 
O senso comum também diz que é melhor nos arrependermos do que fizemos do que lamentarmos o que deixamos 
de fazer. Como se vê, a sabedoria popular também hesita, e se contradiz. Mas nesse capítulo da desconfiança eu 
arrisco: quando confiar é mais perigoso e mais difícil, parece-me valer a pena. Falo da confiança marcada pela 
positividade, pela esperança, pelo crédito, não pela mera credulidade. Mesmo quando o confiante se vê malogrado, a 
confiança terá valido o tempo que durou, a qualidade da aposta que perdeu. O desconfiado pode até contar 
vantagem, cantando alto: − Eu não falei? Mas ao dizer isso, com os pés chumbados no chão da cautela temerosa, o 
desconfiado lembra apenas a estátua do navegante que foi ao mar e voltou consagrado. As estátuas, como se sabe, 
não viajam nunca, apenas podem celebrar os grandes e ousados descobridores. 
“Confiar, desconfiando” é outra pérola do senso comum. Não gosto dessa orientação conciliatória, que manda 
ganhar abraçando ambas as opções. Confie, quando for esse o verdadeiro e radical desafio. 
(Ascendino Salles, inédito) 
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: 
a) Ao contrário da maioria, onde se prefere desconfiar do que confiar, o autor do texto preferiu ficar com esta,
expondo seus argumentos. 
b) Desconfiar é para muitos preferível do que confiar, pois lhes parecem que a confiança requer ingenuidade,
em vez da necessária cautela. 
c) A desconfiança é normalmente valorizada, se associada à prudência, mas há quem veja nela um entrave para
a criação mais ousada. 
d) Quem deseja tomar iniciativa e efetuar criações, não pode prender-se a desconfiança, em cuja reverte em
paralisia o que devia ser ação. 
e) Ser ousado para criar com liberdade requer de que a desconfiança não venha bloquear nosso caminho, ou
mesmo chegar a paralisá-lo. 
Questão 3: FCC - Insp (CMV)/CVM/2003 
Assunto: Regência Nominal e Verbal (casos gerais) 
A questão refere-se ao texto que segue. 
O que é a CVM? 
 A CVM - Comissão de Valores Mobiliários - é uma entidade autárquica em regime especial, vinculada ao 
Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa 
independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia 
financeira e orçamentária. (Redação dada pela Lei no. 10.411, de 26 de fevereiro de 2002) 
 A CVM surgiu com vistas ao desenvolvimento de uma economia fundamentada na livre iniciativa, tendo por 
princípio básico defender os interesses do investidor, especialmente o acionista minoritário, e o mercado de valores 
mobiliários em geral, entendido como aquele em que são negociados títulos emitidos pelas empresas para captar, 
junto ao público, recursos destinados ao financiamento de suas atividades. 
 Ao eleger como objetivo básico defender os investidores, especialmente os acionistas minoritários, a CVM 
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oferece ao mercado as condições de segurança e desenvolvimento capazes de consolidá-lo como instrumento 
dinâmico e eficaz na formação de poupanças, de capitalização das empresas e de dispersão de renda e da 
propriedade, através da participação do público de uma forma crescente e democrática, assegurando o acesso do 
público às informações sobre valores mobiliários negociados e sobre quem os tenha emitido. 
(Texto institucional) 
Está adequado o emprego de ambas as expressões sublinhadas na frase: 
a) O objetivo básico em que se investe a CVM é defender os interesses do investidor, sobretudo o daquele que
diz respeito ao acionista minoritário. 
b) O desenvolvimento à que visa a CVM é o de uma economia cujo o fundamento seja a livre iniciativa.
c) A formação de poupanças é um dos objetivos pelos quais a CVM se mostra preocupada e aos quais não
pretende jamais abrir mão. 
d) É grande a autonomia de que faz jus uma entidade autárquica, liberada das amarras com que cerceiam
outros tipos de entidade. 
e) As informações a que a CVM dará acesso dizem respeito aos valores mobiliários negociados e àqueles que os
hajam emitido. 
Questão 4: FCC - AFTM SP/Pref SP/2007 
Assunto: Crase 
Da impunidade 
O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense regras de conduta, princípios de valor, 
discriminação objetiva de direitos e deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer atividade humana, a 
inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no qual prevalece a mais dura e irracional das 
justificativas: a lei do mais forte, também conhecida, não por acaso, como "a lei da selva". É nessa condição que 
vivem os animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo sapiens afirmou-se como tal 
exatamente quando estabeleceu critérios de controle dos impulsos primitivos. 
Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base e estabilidade às relações entre os 
homens. Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas: podem apresentar-
se como manifestações da vontade divina, como valores supremos, por vezes apresentados como eternos. Os dez 
mandamentos ditados por Deus a Moisés são um exemplo claro de que a religião toma para si a tarefa de orientar a 
conduta humana por meio de princípios fundamentais. No caso da lei mosaica, um desses princípios é o 
da interdição: "Não matarás", "Não cobiçarás a mulher do próximo" etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos 
que o ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, daquilo que 
representa o limite de nossa vontade e de nossas ações. 
Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de todo tipo multiplicam-se e sofisticam-se, 
mas permanececomo sustentação delas a idéia de que os direitos e os deveres dizem respeito a todos e têm por 
finalidade o bem comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, instituem-se as sanções para quem os 
ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor é a garantia da validade social da norma transgredida. Por 
isso, a impunidade, uma vez manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e deveres comuns, 
e passa a constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma 
regra exatamente por tê-la infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, quando não seguidos de 
punição exemplar, tornam-se estímulos para uma prática delituosa generalizada. Um dos maiores desafios da nossa 
sociedade é o de não permitir a proliferação desses casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os indivíduos 
vivam e convivam sob os mesmos princípios éticos acordados, a quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal 
da humanidade. 
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(Inácio Leal Pontes) 
NÃO se justificam as ocorrências do sinal de crase em: 
a) Não me reporto à impunidade de um caso particular, mas àquela que se generaliza e dissemina a descrença
na justiça dos homens. 
b) É difícil admitir que vivem à solta tantos delinqüentes, sobretudo quando se sabe que pessoas inocentes são
levadas à barra dos tribunais. 
c) O autor do texto faz menção à uma série de princípios de interdição, à qual teria proveniência na vontade
divina. 
d) Assiste-se hoje à multiplicação de casos de impunidade, à descabida proliferação de maus exemplos de
conduta social. 
e) Quem dá crédito à ação da justiça não pode deixar de trabalhar para que não se furtem às sanções os mais
poderosos. 
Questão 5: FCC - Tec MPU/MPU/Administrativa/2007 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. 
A propósito de uma aranha 
 Fiquei observando a aranha que construía sua teia, com os fios que saem dela como um fruto que brota e se 
alonga de sua casca. A aranha quer viver, e trabalha nessa armadilha caprichosa e artística que surpreenderá os 
insetos e os enredará para morrer. Tua morte, minha vida - diz uma frase antiga, resumindo a lei primeira da 
natureza. A frase pode soar amarga em nossos ouvidos delicados, enquanto comemos nosso franguinho. Sua morte, 
vida nossa. 
 Os vegetarianos não fiquem aliviados, achando que, além de terem hábitos mais saudáveis, não dependem da 
morte alheia para viver. É verdade que a alface, a cenoura, a batata, o arroz, o espinafre, a banana, a laranja não 
costumam gritar quando arrancados da terra, decepados do caule, cortados e processados na cozinha. Mas por que 
não imaginar que estavam muito bem em suas raízes, e se deleitavam com o calor do sol, com a água refrescante da 
chuva, com os sopros do vento? Sua morte, vida nossa. 
 Mas voltemos à aranha. Ela não aprendeu arquitetura ou geometria, nada sabe sobre paralelas e losangos; 
vive da ciência aplicada e laboriosa dos fios quase invisíveis que não perdoam o incauto. Uma vez preso na teia, o 
inseto que há pouco voava debate-se inutilmente, enquanto a aranha caminha com leveza em sua direção, 
percorrendo resoluta o labirinto de malhas familiares. Se alguém salvar esse inseto, num gesto de misericórdia, e se 
dispuser a salvar todos os outros que caírem na armadilha, a aranha morrerá de fome. Em outras palavras: a boa 
alma tomará partido entre duas mortes. 
 A cada pequena cena, a natureza nos fala de sua primeira lei: a lei da necessidade. O engenho da aranha, a 
eficácia da teia, o vôo do inseto desprevenido compõem uma trama de vida e morte, da qual igualmente 
participamos todos nós, os bichos pensantes. Que necessidade tem alguém de ser cronista? - podem vocês me 
perguntar. O que leva alguém a escrever sobre teias e aranhas? Minha resposta é crua como a natureza: os cronistas 
também comem. E como não sabem fazer teias, tecem palavras, e acabam atendendo a necessidade de quem gosta 
de ler. A pequena aranha, com sua pequena teia, leva a gente a pensar na vida, no trabalho, na morte. A natureza 
está a todo momento explicando suas verdades para nós. Se eu soubesse a origem e o fim dessas verdades todas, 
acredite, leitor, esta crônica teria um melhor arremate. 
(Virgílio Covarim) 
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Justifica-se o uso do sinal de crase apenas em: 
a) As aranhas tecem à toda hora, seja para construir, seja para reforçar a teia.
b) Os vegetais também ficam à desfrutar o sol, a chuva, o vento.
c) A aranha assiste pacientemente à luta do inseto para livrar-se da teia.
d) A conclusão à que aspira o cronista seria a explicação da vida e da morte.
e) Os vegetarianos levam à sério a idéia de que não matam nada para comer.
Questão 6: FCC - TJ TRE SP/TRE SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Os modernistas de 1922 nunca se consideraram componentes de uma escola, nem afirmaram ter postulados 
rigorosos em comum. O que os unificava era um grande desejo de expressão livre e a tendência para transmitir, sem 
os embelezamentos tradicionais do academismo, a emoção pessoal e a realidade do país. Por isso, não se cansaram 
de afirmar (sobretudo Mário de Andrade) que a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. "Cria o 
teu ritmo livremente", disse Ronald de Carvalho. 
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. No Brasil, ele significou principalmente 
libertação dos modelos acadêmicos, que se haviam consolidado entre 1890 e 1920. Em relação a eles, os modernistas 
afirmaram a sua libertação em vários rumos e setores: vocabulário, sintaxe, escolha de temas, a própria maneira de 
ver o mundo. 
Do ponto de vista estilístico, pregaram a rejeição dos padrões portugueses, buscando uma expressão mais coloquial, 
próxima do modo de falar brasileiro. Um renovador como Mário de Andrade começava os períodos pelo pronome 
oblíquo, abandonava inteiramente a segunda pessoa do singular, acolhia expressões e palavras da linguagem 
corrente, procurava incorporar à escrita o ritmo da fala e consagrar literariamente o vocabulário usual. 
Mesmo quando não procuravam subverter a gramática, os modernistas promoveram uma valorização diferente do 
léxico, paralela à renovação dos assuntos. O seu desejo principal foi o de serem atuais, exprimir a vida diária, dar 
estado de literatura aos fatos da civilização moderna. 
(Trecho adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da literatura brasileira: Modernismo. Rio 
de Janeiro, Bertrand Brasil, 1997, p.11-12) 
... os modernistas promoveram uma valorização diferente do léxico, paralela à renovação dos assuntos. 
O sinal indicativo de crase presente na frase acima deve ser mantido em caso de substituição do segmento grifado 
por: 
a) muita inovação no repertório.
b) uma grande reformulação dos temas.
c) toda sorte de revigoramento do repertório.
d) profundas mudanças temáticas.
e) inevitável transformação temática.
Questão 7: FCC - TJ TRE SP/TRE SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
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Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos; mas não é Adoniran nem 
Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome de um amigo funcionário do Correio e o sobrenome de um 
compositor admirado. A ideia foi excelente porque um compositor inventa antes de mais nada a sua própria 
personalidade; e porque, ao fazer isto, eleexprimiu a realidade tão paulista do italiano recoberto pela terra e do 
brasileiro das raízes europeias. Adoniran Barbosa é um paulista de cerne que exprime a sua terra com a força da 
imaginação alimentada pelas heranças de fora. 
Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não concordo. Da mistura, que é o sal da 
nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmente brasileira, em que as melhores cadências do 
samba e da canção se aliaram com naturalidade às deformações normais de português brasileiro, onde Ernesto vira 
Arnesto e assim por diante. 
São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que nossa geração conheceu (Adoniran é 
de 1910) foi a que se sobrepôs à velha cidadezinha provinciana, entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo 
lugar a uma outra, transformada em vasta aglomeração de gente vinda de toda parte. Esta cidade que está 
acabando, que já acabou com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, as cantigas do Bexiga, Adoniran não a 
deixará acabar, porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o quarto do poeta, 
também "intacta, boiando no ar". 
A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e paulistanas em particular. Sobretudo 
quando entram (quase sempre discretamente) as indicações de lugar, para nos porem no Alto da Mooca, no Brás 
genérico, no recente Metrô, no antes remoto Jaçanã. Talvez João Rubinato não exista, porque quem existe é o 
mágico Adoniran Barbosa, vindo dos carreadores de café para inventar no plano da arte a permanência da sua 
cidade e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia, ao apito fantasmal do trenzinho perdido da 
Cantareira. 
(Adaptado de Antonio Candido. Textos de intervenção. São Paulo, Duas Cidades, Ed.34, 2002, p.211-213) 
A fidelidade ...... música e ...... fala do povo permitiram ...... Adoniran exprimir a sua cidade de modo completo e 
perfeito. 
(Antonio Candido. Op. cit.) 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
a) a - a - à
b) a - à - à
c) à - à - a
d) à - a - a
e) a - à - a
Questão 8: FCC - TJ TRE SP/TRE SP/Apoio Especializado/Programação de Sistemas/2012 
Assunto: Crase 
Instruções para responder à questão. 
Para a questão, assinale a alternativa que preenche corretamente, na ordem, as lacunas da frase apresentada. 
A pesquisa, feita em terras destinadas ...... agricultura, teve por objetivo estudar ...... áreas que permitissem 
condições favoráveis de sobrevivência ...... aves. 
a) à - às - as
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b) à - as - as
c) à - as - às
d) a - as - as
e) a - às - às
Questão 9: FCC - TCE TCE AP/TCE-AP/Controle Externo/2012 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão baseia-se no texto seguinte. 
Após décadas de trabalho pela conservação ambiental, por que a Amazônia ainda enfrenta ameaças? 
Poderíamos alegar que todos os recursos e esforços já investidos em atividades de conservação deveriam ter posto 
um fim à destruição da floresta tropical úmida e à perda da vida silvestre. Mas não é assim tão fácil. Existem uma 
mudança e evolução constantes nos fatores que levam a esse resultado. As soluções para essas questões mutáveis 
também precisam ser constantemente adaptadas. Os problemas atuais não são os mesmos de uma ou duas décadas 
atrás. Então os desafios para a conservação também estão sempre se transformando. Por trás da destruição e da 
degradação ambiental da Amazônia está uma série de problemas de ordem política, social e econômica. 
As atividades dos seres humanos interferem cada vez mais na Amazônia. As forças de mercado, a pressão 
populacional e o avanço da infraestrutura causam impactos em grandes áreas da floresta. À medida que se 
intensificam as pressões sobre a região, fica mais claro que o preço a ser pago por nossa interferência na mata não é 
apenas a perda da biodiversidade e do hábitat, mas também a perda da qualidade de vida para nós, humanos. 
O desenvolvimento econômico, em muitos casos, é sobreposto a outras preocupações com o meio ambiente. Com 
isso, a meta de se construir um modelo de desenvolvimento socialmente justo, ambientalmente adequado e 
economicamente sustentável vem sendo deixada de lado. Alguns programas de iniciativa dos governos, tanto federal 
quanto estaduais, se voltam para um desenvolvimento constante e, muitas vezes, acabam incentivando direta ou 
indiretamente o desmatamento em favor da pecuária, da produção de soja, da exploração de recursos minerais. 
Essas atividades econômicas são importantes, mas ampliam a demanda por recursos naturais, que são sempre 
limitados. 
(Disponível em http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_ prioritarias/amazonia1/ameacas_riscos_ama... . 
Acesso em 3 de dezembro de 2011) 
Os esforços dos ambientalistas visam ...... conservar a grande e contínua área de floresta, destinada ..... pesquisas 
científicas voltadas, principalmente, ...... estudos sobre a biodiversidade. 
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por: 
a) à - às - a
b) a - às - a
c) à - as - à
d) à - as - a
e) a - às - à
Questão 10: FCC - Aux FF II (TCE-SP)/TCE-SP/2012 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão baseia-se no texto seguinte. 
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A biosfera, o nome que a ciência dá à vida, parece algo enorme, que se espalha por toda parte, que nos cerca por 
cima, por baixo, pelos lados, andando, voando e nadando. Pois toda essa única maravilha se espreme por sobre uma 
camada ínfima do planeta. Quão ínfima? Toda a vida da Terra está contida em 0,5% de sua massa superficial. 
Metade de 1%. O restante é rocha estéril recobrindo o núcleo de ferro incandescente. Imagine uma metrópole do 
tamanho de São Paulo ou de Nova York totalmente deserta, quente demais ou fria demais para manter formas de 
vida, exceto por um único quarteirão. 
A vida, ou a biosfera, torna-se uma reserva ainda mais enclausurada e única, quando se sabe que nenhuma forma de 
vida, mesmo a mais primitiva, jamais foi detectada fora dos limites da Terra. Se toda a biosfera terrestre se mantém 
em uma parte ínfima do planeta, este por sua vez é um grão de areia. Sem contar o Sol, a Terra responde por apenas 
1/500 da massa total do sistema solar. Essa bolhinha azul e frágil que vaga pelo infinito recebe agora seu habitante 
número 7 bilhões, reavivando a imorredoura questão sobre até quando a população mundial poderá crescer sem 
produzir um colapso nos recursos naturais do planeta. 
A questão se impõe porque o crescimento no uso desses recursos forma uma curva estatística impressionante. A 
estimativa é de que, em 2030, será necessário o equivalente a duas Terras para garantir o padrão de vida da 
humanidade. As perspectivas mais sombrias sobre a sustentabilidade do planeta não levam em conta a 
extraordinária capacidade de recuperação da natureza − e a do próprio ser humano − para superar as adversidades. 
A Terra já passou por cinco grandes extinções em massa e a vida sempre voltou ainda com mais força. Enquanto se 
procuram soluções para o equilíbrio entre crescimento populacional e preservação de recursos, a natureza manda 
suas mensagens de socorro. A espaçonave Terra é uma generosa Arca de Noé, mas ela tem limites. 
(Filipe Vilicic, com reportagem de Alexandre Salvador. Veja, 2 de novembro de 2011. p.130-132, com adaptações) 
A parcela da população mundial que ascendeu ...... classe média nos últimos vinte anos passou ...... consumir mais, 
...... um ritmo acelerado, o que põe em risco a sustentabilidade do planeta. 
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por: 
a) à - a - a
b) à - à- a
c) à - a - à
d) a - a - à
e) a - a - a
Questão 11: FCC - Aux FF II (TCE-SP)/TCE-SP/2010 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Antes de Colombo aportar na América, incas, maias e astecas já conheciam o feijão, primo da lentilha, da ervilha, da 
soja. Também na velha Europa o cultivavam. Greco-romanos usavam feijões, inclusive para votar: branco significava 
sim, preto significava não. 
No Brasil, tornou-se parte da identidade nacional. Feijão com arroz, mais uma "mistura", é o prato nosso de cada dia. 
Em nosso falar cotidiano, ele surge em saborosas expressões, como quando se diz de alguém: não vale o feijão que 
come. 
Há as variações sobre ele: a nacional feijoada, o gaúcho feijão tropeiro, virado à paulista, tutu à mineira. Mocotó e 
dobradinha com feijão branco. Acarajé, fritura de massa de feijão-fradinho. Abará, outro bolinho, este cozido no 
vapor. E está na salada, seja o grão cozido, seja o broto. Até doce se faz! 
Das centenas de variedades, cada lugar tem o seu predileto. No Nordeste e na Amazônia, é o feijão-de-corda. Em 
Salvador, o mulatinho ou carioquinha – usam até na feijoada! Em Florianópolis, o vermelho. Em Porto Alegre e no Rio 
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de Janeiro, o preto. 
Não à toa, em Sobrados e Mucambos, Gilberto Freyre se inclui entre os estudiosos que consideram o feijão "fator de 
unificação brasileira". 
(Mylton Severiano. Brasil. Almanaque de cultura popular. São Paulo: Andreato comunicação e cultura, janeiro 2009, 
ano 10, nº 117, p. 30, com adaptações) 
A alimentação diária, ...... base de feijão com arroz, fornece ...... população brasileira os nutrientes necessários...... 
uma boa saúde. 
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por: 
a) a - à - à
b) à - a - a
c) à - à - a
d) a - a - à
e) à - à - à
Questão 12: FCC - Aux FF II (TCE-SP)/TCE-SP/2009 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão baseia-se no texto apresentado abaixo. 
Vários estudos têm alertado que tanto a população da Terra quanto os níveis de consumo crescem mais rapidamente 
do que a capacidade de regeneração dos sistemas naturais. Um dos mais recentes, o relatório Planeta Vivo 
elaborado pela ONG internacional WWF, estima que atualmente três quartos da população mundial vivem em países 
que consomem mais recursos do que conseguem repor. 
Só Estados Unidos e China consomem, cada um, 21% dos recursos naturais do planeta. Até 1960, a maior parte dos 
países vivia dentro de seus limites ecológicos. Em poucas décadas do atual modelo de produção e consumo, a 
humanidade exauriu 60% da água disponível e dizimou um terço das espécies vivas do planeta. 
"O argumento de que o crescimento econômico é a solução já não basta. Não há recursos naturais para suportar o 
crescimento constante. A Terra é finita e a economia clássica sempre ignorou essa verdade elementar", afirma o 
ecoeconomista Hugo Penteado. Ele não está sozinho. A urgência dos problemas ambientais e suas implicações para a 
economia das nações têm sido terreno fértil para o desenvolvimento da ecoeconomia, ou economia ecológica, que 
não é exatamente nova. Seus principais expoentes começaram a surgir na década de 1960. Hoje, estão 
paulatinamente ganhando projeção graças à visibilidade que o tema sustentabilidade conquistou. 
Para essa escola, as novas métricas para medir o crescimento não bastam, embora sejam bem-vindas em um 
processo de transição. Para a ecoeconomia, é preciso parar de crescer em níveis exponenciais e reproduzir – ou 
"biomimetizar" – os ciclos da natureza: para ser sustentável, a economia deve caminhar para ser cada vez mais 
parecida com os processos naturais. 
"A economia baseada no mecanicismo não oferece mais respostas. É preciso encontrar um novo modelo, que dê 
respostas a questões como geração de empregos, desenvolvimento com qualidade e até mesmo uma 
desmaterialização do sistema. Vender serviços, não apenas produtos, e também produzir em ciclos fechados, sem 
desperdício", afirma o professor Paulo Durval Branco, da Escola Superior de Conservação Ambiental. De acordo com 
ele, embora as empresas venham repetindo a palavra sustentabilidade como um mantra, são pouquíssimas as que 
fizeram mudanças efetivas em seus modelos de negócio. O desperdício de matérias-primas, o estímulo ao 
consumismo e a obsolescência programada (bens fabricados com data certa para serem substituídos) ainda ditam as 
regras. 
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(Texto adaptado do artigo de Andrea Vialli. O Estado de S. Paulo, H4 Especial, Vida &Sustentabilidade, 15 de maio de 
2009) 
A transição rumo ...... economia sustentável deve considerar uma produção limitada ...... necessidade de reposição 
dos itens, e o fabricante prestaria serviços vinculados ...... bens alugados, como manutenção, recolhimento e 
reciclagem. 
As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por: 
a) à - à - a
b) à - à - à
c) à - a - a
d) a - à - à
e) a - a - a
Questão 13: FCC - Aux FF II (TCE-SP)/TCE-SP/2005 
Assunto: Crase 
O exame apurado das contas destinava-se ...... verificação de erros ou desvios na aplicação das verbas, tanto em 
relação ...... despesas ordinárias, quanto ...... eventuais situações de emergência, durante o semestre. 
As lacunas da frase acima serão corretamente preenchidas, respectivamente, por 
a) à - às - a
b) à - as - a
c) à - as - à
d) a - às - à
e) a - as - a
Questão 14: FCC - Tec (INSS)/INSS/2012 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão baseia-se no texto seguinte. 
Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua personalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas 
polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incompreensão estética e o preconceito antissemita também o 
acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se 
empenharam na apresentação de suas obras. Durante os anos 60, porém, uma virada totalmente inesperada levou a 
obra de Mahler ao início de uma era de sucessos sem precedentes, que perdura até hoje. Intérpretes conhecidos e 
pesquisadores descobriram o compositor, enquanto gravações discográficas divulgavam uma obra até então 
desconhecida do grande público. 
Há uma série de fatores envolvidos na transformação de Mahler em figura central da história da música do século 
XX. A visão de mundo de uma geração mais jovem certamente teve influência central aqui: o dilaceramento interior
de Mahler, seu interesse pelos problemas fundamentais da existência humana, seu pacifismo, seu engajamento
contra a opressão social e seu posicionamento em favor do respeito à integridade da natureza – tudo isso se tornou,
subitamente, muito atual para a geração que nasceu no pós-guerra.
O amor incondicional de Mahler pela natureza sempre esteve presente em sua obra. O compositor dedicava 
inteiramente à criação musical os meses de verão, recolhendose em pequenas cabanas na paz dos Alpes austríacos. 
Em Steinbach, Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para sinfonias. 
Comparar a simplicidade espartana dessas casinhas com a enorme complexidade das obras ali criadas diz muito 
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sobre a genialidade do compositor – e, sobretudo, sobre a real origem de sua musicalidade. Totalmente 
abandonadas e esquecidas na Áustria no pós-guerra, essas casinhas de Mahler hoje se transformaram em 
memoriais, graças à ação da Sociedade Internacional Gustav Mahler. O mundo onírico dos Alpes do início do século 
XX certamente voltará à memória de quem, tendo uma imagem desses despojadosretiros musicais de Mahler, voltar 
a ouvir sua música grandiosa. 
(Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criação de um ícone. Revista 18. Ano IV, n. 15, março/abril/ maio de 
2006, p. 52-53. Disponível em: <http.//www.cebrap.org.br/v1/upload/biblioteca_ 
virtual/GIANNOTTI_Tolerancia%20maxima.pdf> Acesso em: 22 dez. 2011) 
Consta que, durante o verão, em meio ...... beleza das montanhas dos Alpes, Mahler buscava ...... inspiração 
necessária para compor sinfonias que, felizmente, foram legadas ...... gerações futuras. 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
a) à - à - as
b) a - a - às
c) à - a - às
d) a - à - às
e) à - a - as
Questão 15: FCC - PMP (INSS)/INSS/2012 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão baseia-se no texto seguinte. 
Em fins do ano passado foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado a denominada Emenda 
Constitucional da Felicidade, que introduz no artigo 6o da Constituição Federal, relativo aos direitos sociais, frase com 
a menção de que são essenciais à busca da felicidade. 
Pondera-se também que a busca individual pela felicidade pressupõe a observância da felicidade coletiva. Há 
felicidade coletiva quando são adequadamente observados os itens que tornam mais feliz a sociedade. E a sociedade 
será mais feliz se todos tiverem acesso aos básicos serviços públicos de saúde, educação, previdência social, cultura, 
lazer, entre outros, ou seja, justamente os direitos sociais essenciais para que se propicie aos indivíduos a busca da 
felicidade. 
Pensa-se possível obter a felicidade a golpes de lei, em quase ingênuo entusiasmo, ao imaginar que, por dizer a 
Constituição serem os direitos sociais essenciais à busca da felicidade, se vai, então, forçar os entes públicos a 
garantir condições mínimas de vida para, ao mesmo tempo, humanizar a Constituição. 
A menção à felicidade era própria da concepção de mundo do Iluminismo, quando a deusa razão assomava ao 
Pantheon e a consagração dos direitos de liberdade e de igualdade dos homens levava à crença na contínua evolução 
da sociedade para a conquista da felicidade plena sobre a Terra. Trazer para os dias atuais, depois de todos os 
percalços que a História produziu para os direitos humanos, a busca da felicidade como fim do Estado de Direito é um 
anacronismo patente, sendo inaceitável hoje a inclusão de convicções apenas compreensíveis no irrepetível contexto 
ideológico do Iluminismo. 
Confunde-se nessas proposições bem-intencionadas, politicamente corretas, o bem-estar social com a felicidade. A 
educação, a segurança, a saúde, o lazer, a moradia e outros mais são considerados direitos fundamentais de cunho 
social pela Constituição exatamente por serem essenciais ao bem-estar da população no seu todo. A satisfação 
desses direitos constitui prestação obrigatória do Estado, visando dar à sociedade bem-estar, sendo desnecessária, 
portanto, a menção de que são meios essenciais à busca da felicidade para se gerar a pretensão legítima ao seu 
atendimento. 
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O povo pode ter intensa alegria, por exemplo, ao se ganhar a Copa do Mundo de Futebol, mas não há felicidade 
coletiva, e sim bem-estar coletivo. A felicidade é um sentimento individual tão efêmero como variável, a depender 
dos valores de cada pessoa. Em nossa época consumista, a felicidade pode ser vista como a satisfação dos desejos, 
muitos ditados pela moda ou pelas celebridades. Ter orgulho, ter sucesso profissional podem trazer felicidade, 
passível de ser desfeita por um desastre, por uma doença. 
Assim, os direitos sociais são condições para o bemestar, mas nada têm a ver com a busca da felicidade. Sua 
realização pode impedir de ser infeliz, mas não constitui, de forma alguma, dado essencial para ser feliz. 
(Miguel Reale Júnior. O Estado de S. Paulo, A2, Espaço Aberto, 5 de fevereiro de 2011, com adaptações) 
... levava à crença na contínua evolução da sociedade ... 
O emprego do sinal de crase, exemplificado acima, estará correto, unicamente, em 
a) aludir à felicidade geral.
b) buscar à felicidade.
c) propor à toda a população.
d) impor à esse grupo.
e) discutir à obrigatoriedade da lei.
Questão 16: FCC - AJ TRT1/TRT 1/Apoio Especializado/Arquivologia/2011 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Os habitantes das cidades não são necessariamente mais inteligentes que outros seres humanos, mas a densidade da 
ocupação espacial resulta na concentração de necessidades. Assim, nas cidades surgem problemas que em outras 
condições as pessoas nunca tiveram oportunidade de resolver. Encarar tais problemas amplia a inventividade 
humana a um nível sem precedentes. Isso, por sua vez, oferece uma oportunidade tentadora para quem vive em 
lugares mais tranquilos, porém menos promissores. 
Ao migrarem para as cidades, as pessoas de fora geralmente trazem "novas maneiras de ver as coisas e talvez de 
resolver antigos problemas". Coisas familiares aos moradores antigos e já estabelecidos exigem explicação quando 
vistas pelos olhos de um estranho. Os recém-chegados são inimigos da tranquilidade. 
Essa talvez não seja uma situação agradável para os nativos da cidade, mas é também sua grande vantagem. A 
cidade está em sua melhor forma quando seus recursos são desafiados. Michael Storper, economista, geógrafo e 
projetista, atribui a vivacidade intrínseca da densa vida urbana à incerteza que advém dos relacionamentos pouco 
coordenados "entre as peças das organizações complexas, entre os indivíduos e entre estes e as organizações". 
Compartilhar o espaço com estranhos é uma condição da qual os habitantes das cidades consideram difícil, talvez 
impossível, fugir. A presença ubíqua de estranhos é fonte de ansiedade, assim como de uma agressividade que volta 
e meia pode emergir. Faz-se necessário experimentar, tentar, testar e (espera-se) encontrar um modo de tornar a 
coabitação palatável. Essa necessidade é "dada", não-negociável. Mas o modo como os habitantes de cada cidade se 
conduzem para satisfazê-la é questão de escolha. E esta é feita diariamente. 
(Adaptado de Zygmunt Bauman. Amor Líquido. Tradução: Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 
2004, pp. 127-130) 
...... pessoas de fora, estranhas ...... cidade, a vida urbana exerce uma constante atração, apesar dos 
congestionamentos e dos altos índices de violência, inevitáveis sob ...... condições urbanas de alta densidade 
demográfica. 
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Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
a) Às - à - as
b) As - à - às
c) As - a - às
d) Às - a - às
e) As - à - as
Questão 17: FCC - TJ TRT1/TRT 1/2011 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Diante da urgência para combater o aquecimento global, os principais institutos nacionais de patentes discutem sua 
possível contribuição para acelerar a difusão de tecnologias de baixa emissão de carbono. Um dos caminhos 
propostos seria acelerar o processamento das patentes relativas a tais tecnologias − as chamadas "patentes verdes". 
Isso estimularia a pesquisa e facilitaria o licenciamento das tecnologias. Um programa-piloto está em andamento 
nos Estados Unidos e projetos semelhantes ocorrem em nações como China, Coreia do Sul e Reino Unido. No Brasil, a 
viabilidade de tal iniciativa está sendo analisada pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Caso não 
haja impedimentos, sua implementação poderá ocorrer já no começo de 2011. 
Num mundo que depende cada vez mais da geração de conhecimentos novos para a solução de problemas graves, é 
preciso garantir os meios institucionais que permitem valorizar e difundir as inovações.Para citar um exemplo, vale mencionar o polietileno verde desenvolvido por importante petroquímica brasileira. A 
tecnologia, ligada à fabricação de plásticos a partir de derivados do etanol, é a primeira do tipo certificada no mundo 
como 100% renovável. Tecnologias como estas poderão ser privilegiadas com as "patentes verdes". 
(Adaptado de Jorge Ávila. "A sustentabilidade tem pressa". FSP, 07/01/2011) 
O avanço rumo ...... um desenvolvimento sustentável depende de diversos fatores, entre os quais estão o estímulo 
...... novas tecnologias e o compromisso ético de empresas que tenham como prioridade o respeito ...... causas 
ambientais. 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
a) a − à − as
b) a − a − às
c) à − a − as
d) a − à − às
e) à − à − as
Questão 18: FCC - DP RS/DPE RS/2011 
Assunto: Crase 
Atenção: Responda à questão com base no texto. 
TEXTO 
Após 24 anos, DNA em pontas de cigarro desvendam assassinato 
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Um policial aposentado ajudou a desvendar um antigo caso de assassinato que o havia atormentado por toda sua 
carreira graças a pontas de cigarro(a) guardadas por 24 anos. 
O detetive Tom Goodwin não conseguiu encontrar os responsáveis pelo homicídio de Samuel Quentzel em 1986, 
quando ele foi morto a tiros dentro de seu carro em frente a sua casa(e), em Long Island, Nova York. Mas Goodwin 
insistiu que fossem guardadas quatro pontas de cigarro encontradas durante a investigação do crime, esperando que 
algum dia elas pudessem identificar os assassinos. 
Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na tecnologia de identificação de DNA e à expansão dos bancos de 
dados com informações genéticas de criminosos, foi possível identificar os homens responsáveis pelo crime. Lewis 
Slaughter, 61 anos, foi condenado por assassinato em segundo grau e será sentenciado em dezembro. 
Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua(c) pela morte de Quentzel, que era casado e pai de três filhos. 
Slaughter, que tem uma longa ficha criminal, já está preso por outro assassinato também ocorrido em 1986. 
"Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse Goodwin, que se aposentou da polícia em 2000, ao New York Daily News. 
"Sempre que investigava um caso no Brooklyn ou em Queens, eu checava se uma arma .380 tinha sido usada, 
esperando encontrar uma ligação. Nunca deu certo". 
Na entrada de casa 
Realizado mais de 20 anos após o crime, o julgamento, em um tribunal em Long Island, estabeleceu que no dia 4 de 
setembro de 1986 Slaughter e seu cúmplice Clifton Waters se aproximaram de Quentzel, que estava em seu carro, 
logo após voltar do trabalho em sua loja de materiais de encanamento no Brooklyn.... 
DNA 
A retomada do caso resultou de uma iniciativa da viúva e um filho de Quentzel, que, em maio de 2007, contataram a 
promotoria pública pedindo uma nova investigação sobre a morte de Samuel. 
A resolução do crime só foi possível graças à ampliação do banco de dados de DNA, que passou a exigir amostras de 
todos os condenados por crimes após 2006, mas que também valia retroativamente para os que estivessem presos 
ou em liberdade condicional na época. 
Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal de Nova York ligou Roger Williams a uma ponta de 
cigarro(d) encontrada na van mais de 20 anos antes. 
... 
"A família Quentzel perseverou por mais de 24 anos com esperança de ver os assassinos de Samuel Quentzel 
enfrentarem a Justiça e esse dia finalmente chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice.(b) "Eu não 
poderia estar mais orgulhosa dos integrantes de meu gabinete e do departamento de polícia, que nunca desistiram 
de seu comprometimento em prender os homens responsáveis por esse crime terrível". 
(http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4792431-EI8 141,00-
Apos+anos+DNA+em+pontas+de+cigarro+desvendam +assassinato.html; 15/11/2010, 09h49 • atualizado às 11h04) 
A crase é facultativa em SOMENTE uma alternativa abaixo. 
a) ...por toda sua carreira graças a pontas de cigarro...
b) ...chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice.
c) ...receber pena de 25 anos a prisão perpétua...
d) ...ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro...
e) ...dentro de seu carro em frente a sua casa...
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Questão 19: FCC - DP RS/DPE RS/2011 
Assunto: Crase 
Atenção: Responda à questão com base no texto. 
TEXTO 
O dilema das definições 
A ciência estabelece que funções antes consideradas universais, como "sujeito" e "predicado", são mais arbitrárias do 
que se imaginava. 
Você já deve ter ouvido estas definições muitas vezes: "Sujeito é aquele de quem se diz algo.", "Predicado é aquilo 
que se diz do sujeito.", "Objeto direto é aquele que sofre a ação.", "Objeto indireto é aquele que se beneficia da 
ação." 
É possível até que você use essas definições quando bate aquela dúvida sobre concordância ou regência, não é? No 
entanto, apesar de correntes, elas não têm fundamento científico, afinal são muito anteriores ao nascimento da 
ciência da linguagem (mais precisamente, 2 mil anos anteriores!). Além disso, por remontarem à Grécia antiga, são 
definições muito mais filosóficas do que linguísticas e absolutamente centradas na língua grega, sem qualquer 
consideração pela estrutura de outras línguas. 
Pode-se dizer que foram uma tentativa legítima (principalmente considerando-se a época em que foi feita) de 
explicar fatos linguísticos, mas que está longe de ter sido bem-sucedida. 
O fato é que a análise de línguas empreendida na primeira metade do século 20, aliada(a)(b) à coleta de dados(a)(b)(c) e 
ao estudo comparado de um número extraordinário de idiomas de várias partes do mundo, resultou na derrubada de 
muitos dogmas da gramática. 
Um exemplo foi a sintaxe translativa de Lucien Tesnière, publicada em 1959 no livro Éléments de Syntaxe Structurale, 
a qual demonstrou que o único termo essencial da oração nas línguas ocidentais é o verbo. 
... 
Primeiro, nem todo verbo exprime ação. Afinal, que ação é expressa por "ser", "estar", "ter", "dormir"? Em segundo 
lugar, o sujeito só pratica a ação se o verbo estiver na voz ativa; na passiva, o sujeito sofre a ação. Aliás, há verbos 
supostamente ativos que não expressam ação realizada, mas sofrida: é o bebê que pratica a "ação" de nascer ou é a 
mãe que pratica a ação de parir? (Não por acaso, em inglês, "nascer" é to be born, literalmente, "ser parido".) Logo, 
essa definição de sujeito é, no mínimo, capenga. 
Quanto à ideia de que o sujeito é aquele sobre quem se declara algo, Marcos Bagno, da Universidade de Brasília, 
questiona: na oração "Nesta sala cabem trinta pessoas", o sujeito é "trinta pessoas", mas não se declara algo sobre 
as pessoas e sim sobre a sala. 
Tudo isso ocorre porque os conceitos de sujeito e objeto dados pela gramática foram tomados de empréstimo da 
filosofia: para os gregos, há uma realidade objetiva (em si, independente de qualquer julgamento) e uma subjetiva 
(tal qual vista por nós). 
Nesse sentido, o objeto é a realidade natural, inerte, impotente e inconsciente, e o sujeito é o ser humano, único 
capaz de tomar consciência da realidade ao redor e de agir sobre ela. Daí a ideia de que sujeito é quem pratica ações 
e objeto, quem as sofre. 
... 
Em resumo, aquelas funções que aprendemos nas enfadonhas aulas de análise sintática são de natureza meramente 
convencional. É por isso que a fala popular simplifica as regências, elimina preposições desnecessárias e diz "assistir 
televisão", "atender o telefone", "responder a pergunta", "visar um objetivo", e assim por diante. E também põe na 
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voz passiva verbos que, segundo a gramática normativa, são transitivos indiretos: "O programa foi assistido por 
milhares de pessoas", "Todas as perguntas foram respondidas", "O objetivo visado por nós é.". 
(Aldo Bizzocchi é doutor em linguística pela USP e autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume) e 
Anatomia da Cultura (Palas Athena) www.aldobizzocchi.com.br) 
A expressão à é constituída 
a) pela preposição oriunda da transitividade da palavra aliada mais o artigo feminino da expressão coleta de
dados. 
b) pela proposição oriunda da transitividade da palavra aliada mais o artigo feminino da expressão coleta de
dados. 
c) pela preposição oriunda da transitividade da expressão coleta de dados.
d) pela combinação do artigo e da preposição, nessa ordem.
e) pela fusão da proposição a com o artigo feminino a.
Questão 20: FCC - TJ TST/TST/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Discos voadores 
Faz tempo que não se veem discos voadores. Passou a moda? Os ETs não nos querem mais? Enjoaram de nós? 
Cansaram-se da paisagem do planeta e foram rodopiar em outras galáxias? Terão achado que os pintamos feios 
demais? Ou nós é que simplesmente desistimos deles? 
Cresci no auge da boataria. Começou com um piloto norte-americano de caças contando que havia visto nove 
estranhos discos voadores brilhantes evoluindo perto de um monte, no estado de Washington. Era 24 de junho de 
1947, Guerra Fria, e a onda começou: seria coisa dos russos ou de outro planeta. Venceu a hipótese de naves vindas 
do espaço sideral, bem mais sensacional e perturbadora. Depois, outras formas de objetos voadores não 
identificados foram engrossando a onda. 
Antes, não se via. Cronistas de reinos passados, gênios das navegações, historiadores, cientistas, jornais, cronistas 
dos primeiros quatrocentos anos da imprensa não falam de discos, pratos ou charutos voadores, nem de pessoas que 
os tivessem avistado. Ninguém foi abduzido de 1950 para trás. As religiões não deixavam sequer pensarmos em 
outros mundos, quanto mais em outros seres. Pois, se Deus houvesse criado outros seres em outros mundos, teria 
contado para os profetas. Portanto, não havia. 
Minto. O profeta Ezequiel, de 600 anos antes de Cristo, relata que viu grandes rodas luminosas girando no ar, 
subindo e descendo, e havia seres lá dentro. Melhor pensar que eram anjos. Antes da boataria, só deuses e anjos 
desciam até a superfície da Terra; e diabos subiam. 
(Adaptado de Ivan Ângelo. Certos homens. Porto Alegre: Arquipélago, 2011. p.151-2) 
Considere: 
...... angústia de imaginar que o homem pode estar só no universo soma-se a curiosidade humana, que se prende 
...... tudo o que é desconhecido, para que não desapareça de todo o interesse por pistas que dariam embasamento 
...... teses de que haveria vida em outros planetas. 
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Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
a) À − a − às
b) A − à − as
c) À − a − as
d) A − a − às
e) À − à − as
Questão 21: FCC - TJ TST/TST/Administrativa/Segurança Judiciária/2012 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Desde as priscas eras do Orkut, noto o fenômeno. Entro no perfil de uma moça e começo a olhar suas fotos: 
encontro-a ali ainda criança, vestida de odalisca, num Carnaval já amarelado do século 20; vejo-a numa praia, com 
uma turma na piscina de um sítio, no final da adolescência. 
Então, sem que eu me dê conta, um retrato puxa meu olhar. Minha reação imediata, naquele interregno mental em 
que as pupilas já captaram a imagem, mas o cérebro ainda não teve tempo de processá-la, é de surpresa: como ela 
saiu bem nessa foto! Só um segundo depois percebo o engano: quem saiu bem não foi a garota do perfil, mas uma 
atriz famosa, cuja imagem foi contrabandeada para aquele álbum por conta de alguma semelhança com sua dona. 
Olho as outras fotos. Comparo. E da distância − às vezes menor, às vezes maior – entre a estrela de cinema e a 
mulher do Facebook surgem sentimentos contraditórios. 
De início, topar com a destoante atriz me dava certa pena: afinal, por mais bonita que fosse a moça, ela nunca 
alcançava a musa. Aos poucos, contudo, fui chegando à constatação de que todo perfil de rede social é um retrato 
ideal de nós mesmos. Quando cito uma frase de Nietzsche, mesmo quando posto uma foto de um churrasco, não 
estou eu, também, editando-me? Tentando pegar esse aglomerado de defeitos, qualidades, ansiedades, desejos e 
frustrações e emoldurá-lo de modo a valorizar o quadro – engraçado, profundo, hedonista? 
Hoje, portanto, admiro as moças que colocam fotos de belas atrizes entre as suas. Vejo ali um pouco de ousadia, um 
pouco de esperança, e, acima de tudo, algo oposto ao que eu via antes: não um delírio, a tentativa de fugir de si 
próprias, mas a capacidade de aceitarem-se na harmoniosa mistura entre o que são e o que gostariam de ser. 
(Adaptado de Antonio Prata. Folha de S. Paulo, 4/7/12) 
Já existem pesquisas que se propõem ...... estudar quais características as fotos de um perfil de rede social podem 
transmitir ...... personalidade de seu usuário, e como esse conhecimento pode ser utilizado por ele para parecer, por 
exemplo, simpático, emocionalmente estável ou até mesmo aberto ...... novas experiências. 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
a) a − à − a
b) à − à − a
c) a − a − à
d) à − à − à
e) à − a − à
Questão 22: FCC - AJ TRE MS/TRE MS/Judiciária/2007 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
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Ensino que ensine 
Jogar com as ambigüidades, cultivar o improviso, juntar o que se pretende irreconciliável e dividir o que se supõe 
unitário, usar falta de método como método, tratar enigmas como soluções e o inesperado como caminho − são 
traços da cultura do povo brasileiro. Estratégias de sobrevivência? Por que não também manancial de grandes feitos, 
tanto na prática como no pensamento? A orientação de nosso ensino costuma ser o oposto dessa fecundidade 
indisciplinada: dogmas confundidos com idéias, informações sobrepostas a capacitações, insistência em métodos 
“corretos” e em respostas “certas”, ditadura da falta de imaginação. Nega-se voz aos talentos, difusos e frustrados, 
da nação. Essa contradição nunca foi tema do nosso debate nacional. 
Entre nós, educação é assunto para economistas e engenheiros, não para educadores, como se o alvo fosse construir 
escolas, não construir pessoas. Preconizo revolução na orientação do ensino brasileiro. Nada tem a ver com falta de 
rigor ou com modismo pedagógico. E exige professorado formado, equipado e remunerado para cumprir essa tarefa 
libertadora. 
Em matemática, por exemplo, em vez de enfoque nas soluções únicas, atenção para as formulações alternativas, as 
soluções múltiplas ou inexistentes e a descoberta de problemas, tão importante quanto o encontro de soluções. Em 
leitura e escrita, análise de textos com a preocupação de aprofundar, não de suprimir possibilidades de 
interpretação; defesa, crítica e revisão de idéias; obrigação de escrever todos os dias, formulando e reformulando 
sem fim. Em ciência, o despertar para a dialética entre explicações e experimentos e para os mistérios da relação 
entre os nexos de causa e efeito e sua representação matemática. Em história, e em todas as disciplinas, as 
transformações analisadas de pontos de vista contrastantes. 
Isso é educação. O resto é perda de tempo. (...) Quem lutará para que a educação no Brasil se eduque? 
(Roberto Mangabeira Unger, Folha de S. Paulo,09/01/2007) 
Quanto à acentuação, grafia das palavras e ocorrência do sinal de crase, a frase inteiramente correta é: 
a) Uma revolução no ensino não se faz de modo fortuíto, mas voltada à uma transformação real e motivada das
formas de pensamento. 
b) Educação não é simples tarefa para filântropos, mas um emprendimento cultural que cabe à sociedade
elevar à níveis de excelência. 
c) Uma reforma não é o mesmo que uma revolução do ensino: falta àquela o teor de radicalismo necessário e
conseqüente que é inerente a esta. 
d) O autor recorreu a varias formas verbais no infinitivo para enfatisar o valor de cada ação que julga
imprecindível à uma revolução no ensino. 
e) Não será à partir de tímidas reformas que se provirá a educação dos meios para, de fato, construir pessoas e
desenvolver idéias. 
Questão 23: FCC - AFR SP/SEFAZ SP/Gestão Tributária/2013 
Assunto: Crase 
Quanto ao emprego do sinal indicativo de crase, respeitado o padrão culto escrito, a única alternativa correta é: 
a) Essa foi uma estratégia que serviu ao Brasil e a maioria dos países inseridos na turma dos remediados.
b) O estudo dá ênfase à educação e às telecomunicações, ajudando à entender por que o Brasil cresce pouco
em comparação à outras nações de economia emergente. 
c) O país tem de fazer a transição à um sistema que premie o desempenho de professores e que garanta à
todos os alunos talentosos resultados de excelência em exames internacionais. 
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d) Vimos uma estratégia equivocada à época da reserva de informática. O país pagou um preço, porque a
reserva não gerou “campeões nacionais” e ainda deixou os usuários atrasados em relação à população de outros 
países. 
e) O processo de urbanização levou à transferir atividades dos setores de subsistência, de baixo valor de
mercado, para atividades mais modernas, que envolvem mais capital e mais tecnologia. Mas isso ocorreu sem novos 
requisitos à novas estratégias educacionais. 
Questão 24: FCC - TST (BB)/BB/2012 
Assunto: Crase 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de meninos. Nós tínhamos 
viajado para ver o mar. No meio de nós havia apenas um menino que já o tinha visto. Ele nos contava que havia três 
espécies de mar: o mar mesmo, a maré, que é menor que o mar, e a marola, que é menor que a maré. Logo a gente 
fazia ideia de um lago enorme e duas lagoas. Mas o menino explicava que não. O mar entrava pela maré e a maré 
entrava pela marola. A marola vinha e voltava. A maré enchia e vazava. O mar às vezes tinha espuma e às vezes não 
tinha. Isso perturbava ainda mais a imagem. Três lagoas mexendo, esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às 
vezes uma porção de espumas, tudo isso muito salgado, azul, com ventos. 
Fomos ver o mar. Era de manhã, fazia sol. De repente houve um grito: o mar! Era qualquer coisa de largo, de 
inesperado. Estava bem verde perto da terra, e mais longe estava azul. Nós todos gritamos, numa gritaria infernal, e 
saímos correndo para o lado do mar. As ondas batiam nas pedras e jogavam espuma que brilhava ao sol. Ondas 
grandes, cheias, que explodiam com barulho. Ficamos ali parados, com a respiração apressada, vendo o mar... 
(Fragmento de crônica de Rubem Braga, Mar, Santos, julho, 1938) 
É de se pensar que mesmo os que nasceram no litoral, habituados ...... ver o mar desde pequenos, não são imunes 
...... magia da contemplação marinha, mas nada talvez se compare ...... visão extática daqueles que, já adultos, o 
contemplam pela primeira vez. 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
a) a - à - à
b) à - à - a
c) a - a - à
d) à - a - à
e) a - à - a
Questão 25: FCC - EST (BB)/BB/2012 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo, escrito em 1777. 
Do roubo 
Sendo de ordinário a gatunice, o furto e o roubo crimes de pobres, e como as leis foram feitas pelos ricos, não vos 
parece que todos os governos, que estão nas mãos dos ricos, devem começar por destruir a mendicidade, em vez de 
ficar à espreita da ocasião de entregá-la aos carrascos? 
Viu-se o enforcamento, em Lyon, cidade riquíssima, de uma moça de dezoito anos. Subtraíra dezoito toalhas de uma 
taberneira, sua patroa, que não lhe pagava salário. Qual é o efeito dessa lei desumana que põe assim na balança 
uma vida preciosa contra dezoito toalhas? O efeito é multiplicar os roubos. Pois qual será o patrão que ousará 
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renunciar a todos os sentimentos de honra e piedade a ponto de entregar seu criado, culpado de erro tão pequeno, 
para que ele seja enforcado à sua porta? Quase todos se limitam a expulsá-lo; e ele vai roubar alhures, acabando 
muitas vezes por transformar-se em bandido assassino. E a lei o terá feito assim; ela é culpada de todos os seus 
crimes. 
(Voltaire. O preço da justiça. Trad. por Ivone Castilho Benedetti) 
Quanto à necessidade do emprego do sinal de crase, está plenamente correta a frase: 
a) Voltaire, a despeito de ser um aristocrata, não se aliava sempre à nobreza, chegando a execrá-la pelas
injustas sanções que ela impunha às classes desfavorecidas. 
b) Pouco a pouco, alguns dos ideais de justiça social à que Voltaire aspirava tornaram-se realidade, graças as
iniciativas políticas que a democracia instigou. 
c) Não se pode esperar que, à curto prazo, se facultem a todos os cidadãos os privilégios que alguns sistemas
judiciários estendem à uma seleta comunidade de bem-nascidos. 
d) Não assiste à ninguém o direito de discriminar entre pobres e ricos, quando se cuida de levar a justiça um
pequeno ou grave delito. 
e) As pessoas ricas, à quem a justiça pouco atinge, não cabe reivindicar penas rigorosas para os delitos
atribuídos às pobres. 
Questão 26: FCC - TJ TRT6/TRT 6/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. 
Um dos mitos narrados por Ovídio nas Metamorfoses conta a história de Aglauros. A jovem é irmã de Hersé, cuja 
beleza extraordinária desperta o desejo do deus Hermes. Apaixonado, o deus pede a Aglauros que interceda junto a 
Hersé e favoreça os seus amores por ela; Aglauros concorda, mas exige em troca um punhado de moedas de ouro. 
Isso irritou Palas Atena, que já detestava a jovem porque esta a espionara em outra ocasião. Não admitia que a 
mortal fosse recompensada por outro deus; decide vingar-se, e a vingança é terrível: Palas Atena vai à morada da 
Inveja e ordena-lhe que vá infectar a jovem Aglauros. 
A descrição da Inveja feita por Ovídio merece ser relembrada, pois serviu de modelo a todos os que falaram desse 
sentimento: “A Inveja habita o fundo de um vale onde jamais se vê o sol. Nenhum vento o atravessa; ali reinam a 
tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, há sempre trevas espessas. A palidez cobre o seu rosto e o olhar não se fixa 
em parte alguma. Ela ignora o sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor alheia. Assiste com despeito aos 
sucessos dos homens, e este espetáculo a corrói; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e este é seu 
suplício”. 
(Adaptado de Renato Mezan. “A inveja”. Os sentidos da paixão. São Paulo: Funarte e Cia. das Letras, 1987. p.124-25) 
Apesar de comumente confundidas, a admiração e a inveja não pertencem ...... mesma categoria de afetos, pois a 
última causa prejuízo ...... autoestima e leva, constantemente, ...... sensações de insatisfação e angústia. 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
a) a - a - à
b) a - à - a
c) à - à - a
d) à - a - à
e) à - à – à
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Questão 27: FCC - TJ TRT6/TRT 6/Administrativa/Segurança/2012 
Assunto: Crase 
...... procura de paisagens e culturas diversas, os turistas têm escolhido ultimamente locais menos conhecidos para 
as férias; ainda assim, poucos planejariam uma viagem de turismo ...... destinos sujeitos ...... crises políticas. 
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: 
a) À - à - a
b) A - à - a
c) A - a - à
d) À - a - a
e) À - à - à
Questão 28: FCC - TJ TRT1/TRT 1/Administrativa/2013 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Visão monumental 
Nada superará a beleza, nem todos os ângulos retos da razão. Assim pensava o maior arquiteto e mais invocado 
sonhador do Brasil. Morto em 5 de dezembro de insuficiência respiratória, a dez dias de completar com uma festa, no 
Rio de Janeiro onde morava, 105 anos de idade, Oscar Niemeyer propusera sua própria revolução arquitetônica 
baseado em uma interpretação do corpo da mulher. 
Filho de fazendeiros, fora o único ateu e comunista da família, tendo ingressado no partido por inspiração de Luiz 
Carlos Prestes, em 1945. Como a agremiação partidária não correspondera a seu sonho, descolara-se dela, na 
companhia de seu líder, em 1990. “O comunismo resolve o problema da vida”, acreditou até o fim. “Ele faz com que a 
vida seja mais justa. E isso é fundamental. Mas o ser humano, este continua desprotegido, entregue à sorte que o 
destino lhe impõe.” 
E desprotegido talvez pudesse se sentir um observador diante da monumentalidade que ele próprio idealizara para 
Brasília a partir do plano-piloto de Lucio Costa. Quem sabe seus museus, prédios governamentais e catedrais não 
tivessem mesmo sido construídos para ilustrar essa perplexidade? Ele acreditava incutir o ardor em quem 
experimentava suas construções. 
Bem disse Le Corbusier que Niemeyer tinha “as montanhas do Rio dentro dos olhos”, aquelas que um observador 
pode vislumbrar a partir do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, um entre cerca de 500 projetos seus. Brasília, 
em que pese o sonho necessário, resultara em alguma decepção. Niemeyer vira a possibilidade de construir ali a 
imagem moderna do País. E como dizer que a cidade, ao fim, deixara de corresponder à modernidade empenhada? 
Houve um sonho monumental, e ele foi devidamente traduzido por Niemeyer. No Planalto Central, construíra a 
identidade escultural do Brasil . 
(Adaptado de Rosane Pavam. CartaCapital, 07/12/2012, www.cartacapital.com.br/sociedade/a-visao-
monumental-2/) 
A frase redigida com correção e clareza é: 
a) A longevidade de Oscar Niemeyer permitiu, à todos os que eventualmente criticavam as suas obras, que as
revalorizasse enquanto ele ainda vivia e não apenas depois da sua morte. 
b) Talvez ninguém tenha feito mais pela divulgação do país no exterior do que Oscar Niemeyer, cujos projetos
inconfundíveis, espalhados pelo mundo, nunca deixarão de aludir à paisagem brasileira. 
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c) Até mesmo o governo dos Estados Unidos, que pensamos estarem muitas vezes alheios as coisas que se
passam no Brasil, lamentaram a morte de Oscar Niemeyer, cuja nota dizia que ele inspirará gerações. 
d) Quando se começar à refletir no fato de que tão grande número de templos religiosos, tenham sido
realmente construídos ou não, foram projetados por um arquiteto que abertamente se declarava ateu. 
e) Grandes arquitetos do mundo todo manifestaram sua admiração pela genialidade de Oscar Niemeyer, onde
muitos chegaram mesmo a declarar a inspiração de suas obras em seu trabalho. 
Esta questão possui comentário do professor no site.www.tecconcursos.com.br 
Questão 29: FCC - AJ TRT1/TRT 1/Judiciária/"Sem Especialidade"/2013 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão refere-se ao texto que segue. 
Cada um fala como quer, ou como pode, ou como acha que pode. Ainda ontem me divertiu este trechinho de crônica 
do escritor mineiro Humberto Werneck, de seu livro Esse inferno vai acabar: 
“− Meu cabelo está pendoando – anuncia a prima, apalpando as melenas. 
Tenho anos, décadas de Solange, mas confesso que ela, com o seu solangês, às vezes me pega desprevenido. 
− Seu cabelo está o quê? 
− Pendoando – insiste ela, e, com a paciência de quem explica algo elementar a um total ignorante, traduz: 
− Bifurcando nas extremidades. 
É assim a Solange, criatura para a qual ninguém morre, mas falece, e, quando sobrevém esse infausto 
acontecimento, tem seu corpo acondicionado num ataúde, num esquife, num féretro, para ser inumado em 
alguma necrópole, ou, mais recentemente, incinerado em crematório. Cabelo de gente assim não se torna 
vulgarmente quebradiço: pendoa.” 
Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu ainda menino. Amigas da família, mãe e filha adolescente 
vieram tomar um lanche conosco. D. Glorinha, a mãe, achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava no 
vocabulário. A certa altura pediu ela a mim, que estava sentado numa extremidade da mesa: 
− Querido, pode alcançar-me uma côdea desse pão? 
− Por falta de preparo linguístico não sabia como atender a seu pedido. Socorreu-me a filha adolescente: 
− Ela quer uma casquinha do pão. Ela fala sempre assim na casa dos outros. 
− A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha com reprovação, isto é, dardejou-a 
com olhos censórios. 
Veja-se, para concluir, mais um trechinho do Werneck: 
“Você pode achar que estou sendo implicante, metido a policiar a linguagem alheia. Brasileiro é assim mesmo, 
adora embonitar a conversa para impressionar os outros. Sei disso. Eu próprio já andei escrevendo sobre o que 
chamei de ruibarbosismo: o uso de palavreado rebarbativo como forma de, numa discussão, reduzir ao silêncio o 
interlocutor ignaro. Uma espécie de gás paralisante verbal.” 
(Cândido Barbosa Filho, inédito) 
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre um aspecto do texto: 
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a) Nem todas as pessoas que utilizam um vocabulário rebuscado alcançam porisso qualquer ganho que se possa
atribuir à seu poder de comunicação. 
b) O autor do texto acredita que muita gente se vale de um palavreado rebuscado para intimidar ou mesmo
calar os interlocutores menos cultos. 
c) Ficou evidente que D. Glorinha buscava ilustrar as pessoas cujo vocabulário menos reduzido as deixasse
impressionadas com tamanho requinte. 
d) O termo “solangês”, tratando-se de um neologismo, aplica-se aos casos segundo os quais quem fala de modo
rebarbativo parece aludir a tal Solange. 
e) Não é difícil encontrar, aqui e ali, pessoas cujo intento é se apoderar de um alto vocabulário, tendo em vista
o propósito de vir a impressionar quem não tem.
Questão 30: FCC - AJ TRF2/TRF 2/Judiciária/Execução de Mandados/2012 
Assunto: Crase 
Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte. 
À sua imagem e semelhança 
Já se foi o tempo em que os homens acreditavam ter sido feitos à imagem e semelhança de Deus. Era uma fantasia 
bonita, que dizia respeito à grandeza dos ideais e à insignificância da condição humana. Se o projeto original do ser 
humano correspondia à imagem e semelhança de Deus, cada homem particularmente se sabia tão dessemelhante da 
plenitude divina que deveria viver buscando a perfeição a que estaria destinado. O sentido de uma vida se escreveria, 
assim, de trás para a frente; era preciso agir de tal modo a fazer valer a aposta antecipada do Criador a respeito de 
suas criaturas. 
A era da religiosidade terminou no Ocidente, libertando os homens da servidão milenar em relação aos planos 
traçados por um Outro onipotente, onisciente e onipresente. O homem contemporâneo continua

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