Buscar

oficina (1)

Prévia do material em texto

Quais as características da comunicação ao longo dos séculos?
A história da comunicação humana permeia a história da própria humanidade e do processo evolutivo de todos nós. Antes mesmo da fala ser criada, nossos ancestrais mais primitivos, os homens das cavernas, já se comunicavam por meio da linguagem rudimentar desenvolvida por meio de gestos, sons, expressões e grunhidos.
Segundo Bordenave, a comunicação tem um começo bastante nebuloso. Realmente não se sabe como foi que os homens primitivos começaram a se comunicar entre si, se por gritos ou grunhidos, como fazem os animais, ou se por gestos, ou ainda por combinações de gritos, grunhidos e gestos. Alguns afirmam que os primeiros sons usados para criar uma linguagem eram imitações dos sons da natureza.
A história mostra que os homens encontraram a forma de associar um determinado som ou gesto a certo objeto ou ação. O signo é qualquer coisa que faz referência a outra coisa ou idéia, e a significação consiste no uso social dos signos
Outra grande invenção humana foi gramática, isto é, o conjunto de regras pra relacionar signos entre si. As regras de combinação são necessárias pela seguinte razão: se cada pessoa combinasse seus signos a seu modo, será muito difícil comunicar-se com os outros. De posse de repertórios de signos, e de regras para combiná-los, o homem criou a linguagem.
A primeira forma organizada de comunicação humana foi à linguagem oral, quer acompanhada ou não pela linguagem gestual. Porém, a linguagem oral sofre duas sérias limitações: a falta de permanência e a falta de alcance. Por isso, os homens tenham apelado a modos de fixar seus signos e a modos de transmiti-los à distância. Utilizaram para fixar os seus signos o desenho e mais tarde a linguagem escrita. Para resolver o problema do alcance, o homem inicialmente apelou a signos sonoros e visuais. E uma solução mais decisiva foi a invenção da escrita, a qual evoluiu a partir dos pictogramas,signos que guardam correspondência direta entre a imagem gráfica e o objeto representado. A escrita inicialmente seguia a mesma sequência que a língua falada.
Simultaneamente à evolução da linguagem desenvolveram-se também os meios de comunicação. O alcance da comunicação foi assegurado de maneira definitiva pela intervenção dos meios eletrônicos que aproveitam diversos tipos de ondas para transmitir signos: o telégrafo, o telefone, o rádio, a televisão e o satélite. Para explorar comercialmente as capacidades tecnológicas dos meios de comunicação, organizaram-se empresas jornalísticas, editoriais e teledifusoras.
A comunicação possui diversas funções e é uma necessidade básica na vida de todos. A comunicação tem função de informar, de regular, de instrumentar, além de se fazer de canal entre pessoas e sociedades. O ato de comunicar estar em nós desde que nascemos e é indispensável para nossa sobrevivência. Segundo Bordenave, a comunicação é mais que as mensagens trocadas consciente e deliberadamente, até o silêncio é uma forma de se comunicar. Porém, existe uma dificuldade de se comunicar entre sociedades, tendo em vista que cada uma possui sua cultura e sua própria comunicação que a difere das outras. Torna-se impossível a comunicação sem o sentido social. Estamos repletos de signos uma vez que o contexto social encontra-se mergulhado neles. A comunicação além de servir como forma das pessoas se relacionarem entre si, servirá também para transformar a realidade que nos rodeia,compartilha experiências, sentimentos e ideias, ela contribui para modificar o significado das coisas atribuídas pelas pessoas, e nesse processo da modificação ela é capaz colaborar na transformação de comportamentos, valores, crenças, mostrando-se assim de grande poder.
Como a comunicação pode ser instrumento da luta pelos Direitos humanos?
Ao longo das últimas décadas, a comunicação passou a ser reconhecida como um direito humano fundamental. Desde quando foi reconhecida na Declaração Universal dos Diretos HumanosA mídia passou a ocupar um lugar ainda mais central na vida pública. Por meio dela, é possível saber o que ocorre em diferentes partes do mundo, as pessoas formam opinião e valores, inclusive sobre diferentes grupos da sociedade, como mulheres, negros e homossexuais.
Com base nos autores estudados comente sobre as peculiaridades que persistem na oligopolização do setor da Comunicação no Brasil;
A concentração dos meios de comunicação no Brasil encontra-se nas mãos de um pequeno grupo de empresários. Desde 1990 até o momento atual, configurou-se de maneira acentuada o movimento ascendente de concentração da mídia nacional e a consequente redução drástica de grupos no controle dos principais veículos de comunicação do país. Atualmente, são apenas cinco famílias que detém o controle da mídia. 
Existem menos quatro tipos de concentração no ramo das comunicações no Brasil. Sendo elas: a concentração horizontal, quando o monopólio e o oligopólio se manifestam em um mesmo setor, a exemplo do que ocorre com a TV aberta e paga; a concentração vertical, que consiste na integração de etapas diversas da cadeia de produção e distribuição, cujo controle é feito por uma única empresa; a concentração em propriedade cruzada, quando um mesmo grupo detém a propriedade de diferentes meios de comunicação, como TV aberta e paga, jornal, revista, rádio e internet, por exemplo; e o monopólio em cruz, definitivamente pela reprodução nos níveis local e regional, da prática de monopólio e de oligopólio pelos grandes grupos de mídia observados em nível nacional.
A televisão ainda é o principal meio de comunicação de massa no Brasil, e a concentração da audiência é alta neste setor. Mais de 70% do público nacional é compartilhado entre quatro grandes redes (Globo, SBT, Record e Band).A concentração da audiência também é significativa nos mercados de mídia impressa e on-line. A soma da audiência dos quatro principais veículos, em ambos os segmentos, é superior a 50%. No segmento de rádio, a audiência local é menos concentrada e mais relacionada a dinâmicas locais. As emissoras de rádio, no entanto, também são organizadas em redes nacionais, que transportam grande parte do conteúdo das emissoras-mães. Das doze grandes redes de rádio, três pertencem ao grupo Bandeirantes e duas ao grupo Globo.
Segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA),a formação de oligopólios ou monopólios de mídia atenta contra a democracia e a liberdade de expressão, por restringir o acesso de determinados grupos sociais, geralmente os mais vulneráveis, aos meios. No caso do Brasil, a concentração midiática por alguns grupos específicos impede a consolidação da democracia no país, já que por meio de seus veículos influenciam a opinião de grande parte da população.
Observa-se como a mídia tem determinado os assuntos que são debatidos pela sociedade, algumas pesquisas realizadas mostram que os assuntos debatidos entre os consumidores de informação são os mesmos que os sugeridos pela mídia, o que implica dizer que a opinião pública é direcionada pelas escolhas dos veículos de comunicação de massa. 
É importante ainda ressaltar o surgimento das novas mídias digitais,as quais são tecnologias que estão tomando lugar das mídias tradicionais, como rádio e televisão. Todos os dias surgem novos aplicativos, novas redes sociais, novas formas de distribuir conteúdo. Essas novas mídias digitais não são tão revolucionárias assim como se pode pensar, uma vez que os grandes grupos já as controlam. Independentemente dos tuiteiros, dos blogueiros. A internet só avança para a classe média, que tem acesso. No Brasil, só 13 milhões de pessoas têm acesso à internet. Os famosos “donos da mídia” estão participando direta ou indiretamente das novas mídias, o que vai mudar é apenas o modo de produção, a ferramenta, ou vai ser banda larga/internet ou televisão, mas os meios vão ser os mesmos. 
REFERÊNCIAS
História da Comunicação Humana.Disponível em https://www.infoescola.com/historia/historia-da-comunicacao-humana/> acesso em : 31 out 2018

Continue navegando